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FISIOLOGIA DO ESTRESSE O QUE É ESTRESSE ? É um desvio significativo das condições ótimas para a vida, e induz mudanças e respostas em todos os níveis funcionais do organismo, os quais são reversíveis a princípio, mas podem se tornar permanente (Larcher, 2000) É um fator externo que exerce uma influência desvantajosa para a planta (Taiz & Zeiger, 2002). RESFRIAMENTO E CONGELAMENTO: Introdução: As temperaturas de resfriamento são diferentes das de congelamento. Espécies tropicais como: milho, arroz, feijão, algodão, tomate e pepino são sensíveis ao resfriamento. Quando plantas experimentam abaixamento brusco de temperatura ocorre DANOS POR RESFRIAMENTO retardando o crescimento, apresentando injúrias nas folhas, etc. O dano por resfriamento pode ser minimizado se a exposição ao frio for lenta e gradual. Já no dano por congelamento ocorre a temperaturas abaixo do ponto de congelamento da água. Respostas ao dano por resfriamento (perda de função de membrana): folhas danificadas apresentam inibição da fotossíntese; translocação mais lenta de carboidratos; taxas de respiração mais baixa; inibição de síntese proteica e aumento da degradação de proteínas existentes. ESTRUTURA BASICA DAS MEMBRANAS: As propriedades físicas dos lipídios afetam as atividades das proteínas de membranas. Plantas sensíveis ao resfriamento têm percentagem alta de cadeias de ácidos Graxos saturados nas membranas; As membranas com essa composição tendem a se solidificar em um estado semicristalino a uma temperatura bem superior a 0° C. Neste caso há um comprometimento da atividade da H+ - ATPase, do transporte de solutos, da transdução de energia e do metabolismo dependente de enzimas. A formação de cristais de gelo e a desidratação de protoplasma matam as células: existem níveis de tolerância ao congelamento em função de tecido vegetal (sementes, folhas, etc.); O resfriamento rápido evita a formação de cristais de gelo evitando a destruição de estruturas sub-celulares; Cristais de gelo pequenos são inofensivos; O gelo geralmente forma-se primeiro nos espaços intercelulares e nos vasos (essa formação não é letal); Quando expostas a temperaturas de congelamento por um longo período o movimento dos cristais de gelo provoca a desidratação das células próximas. A limitação da formação de gelo contribui para a tolerância ao congelamento: Proteínas especializadas podem auxiliar a limitar o crescimento de cristais de gelo ao ligarem-se a eles; As proteínas anti-congelamento localizam-se em células da epiderme e em células que delimitam os espaços intercelulares; Os açucares tem efeito crioprotetores (eles acumulam-se nas paredes celulares onde restringem a formação de gelo). Algumas lenhosas se aclimatam a temperaturas muito baixas: espécies nativas de cerejeiras e ameixeiras apresentam elevado grau de tolerância a baixas temperaturas; Indução gênica durante a aclimatação ao frio: A desestabilização de proteínas acompanha tanto o estresse por calor quanto pelo frio; As expressões das proteínas anti-congelamento são reguladas por estresse pelo frio; Em monocotiledôneas essas proteínas são as mesmas que protegem as plantas contra patógenos; Existem ainda outros grupos de proteínas relacionadas ao estresse pelo frio.
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