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Pressupostos processuais Moacyr Amaral Santos Ele divide os pressupostos processuais em duas vertentes básicas: pressupostos subjetivos e objetivos. 1. Pressupostos subjetivos: diz respeito aos sujeitos da relação processual, as partes, sujeitos parciais, e o juiz, sujeito imparcial e constante. 1.1 Quanto ao juiz: é necessário que tenha investidura, ou seja, que a autoridade seja revestida da qualidade de juiz segundo normas pré-estabelecidas; competência, que seja competente para o caso determinado, que tenha a relação de adequação legítima; imparcialidade, que não tenha nenhuma pré-disposição para favorecer qualquer das partes. 1.2 Quanto às partes: as partes precisam ser capazes diante de três dimensões. ↳ Capacidade de ser parte: é a capacidade de titularizar direitos e deveres processuais. Terá capacidade de ser parte quem tiver capacidade no direito material, sendo, assim, uma assimilação. Podem ser partes a pessoa física, jurídica e a formal, sendo esta última uma universalidade de bens ou massa financeira que o Direito empresta unidade e trata como se fosse pessoa. ↳ Capacidade processual: também chamada de legitimidade ad processum, significa a capacidade de estar pessoalmente na relação processual. No direito material é a capacidade de fato, de exercício. Terá capacidade de estar pessoalmente no processo quem tiver a capacidade de exercício para tal. Quando alguém não tem essa capacidade de estar pessoalmente em juízo, deverá ser representada ou assistida. O suprimento da incapacidade de exercício se dá pela representação. ↳ Capacidade postulatória: é a capacidade de postular em juízo, ou seja, de se dirigir diretamente ao juiz na propositura da demanda e na prática dos atos processuais. A regra geral é que todo mundo é incapaz de postular em juízo, sendo necessário, portanto, que tenha a representação processual exercida por advogado para que, assim, supra essa incapacidade. OBS: não é correto dizer que o advogado é quem tem a capacidade postulatória, mas sim que a parte a tem ou não. A lei processual confere a qualquer pessoa a capacidade postulatória no juizado de pequenas causas, sendo estas de no máximo 20 salários mínimos. O advogado pode ser parte e postular em causa própria. 2. Pressupostos objetivos: 2.1 Extrínsecos (externos): referem-se a fatores exteriores ao processo considerado, mas que mesmo assim influi na sua validade. O não atendimento desse pressuposto objetivo extrínseco impede se o processo que constitua validamente. Eles podem ser negativos, tendo como exemplo a não litispendência e não coisa julgada, ou podem ser positivos, tais como a conciliação prévia trabalhista e o pagamentos das despesas de processo anterior extinto sem julgamento de mérito. 2.2 Intrínsecos (internos): referem-se aos procedimentos próprios do processo considerado. Diz respeito ao procedimento segundo as normas legais, ou seja, ao modo que se praticarem os atos processuais. Significa a subordinação do procedimento às normas legais. Tem-se como exemplo a citação do réu e os requisitos da petição inicial.
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