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Estudo Dirigido DESEQUILIBRIOS HIDROELETROLÍTICOS E ACIDOBASICOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 
DISCIPLINA: SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II
ALUNO: XXX 		DATA: 21/03/2018
ESTUDO DIRIGIDO
DESEQUILÍBRIOS HIDROELETROLÍTICOS E ÁCIDOBÁSICOS
1. Quais são os mecanismos de manutenção da homeostase hídrica? 
Rins
Eles agem tanto de maneira autônoma quanto em resposta a mensageiros veiculados pelo sangue, como a aldosterona e o hormônio antidiurético (ADH). As principais funções dos rins na manutenção do equilíbrio hídrico normal incluem as seguintes:
Regulação do volume e osmolalidade do LEC através da retenção seletiva e excreção dos líquidos orgânicos.
Regulação dos níveis normais dos eletrólitos no LEC através da retenção e excreção eletrolíticas seletivas.
Regulação do pH do LEC através da retenção dos íons hidrogênio.
Excreção de resíduos metabólicos e substâncias tóxicas.
Diante dessas funções, a falência dos rins resulta em múltiplas anormalidades hídricas e eletrolíticas.
Coração e dos Vasos Sanguíneos
A ação de bombeamento do coração circula o sangue através dos rins sob pressão suficiente para possibilitar a formação da urina. A falha dessa ação de bombeamento interfere na perfusão renal e, dessa maneira, com a regulação hidreletrolítica.
Pulmões
Os pulmões também são vitais na manutenção da homeostasia. Através da expiração, os pulmões removem aproximadamente 300 mℓ de água diários no adulto normal. As condições anormais, como a hiperpneia (respiração anormalmente profunda) ou a tosse contínua, aumentam essa perda; a ventilação mecânica com umidade excessiva a diminui. Os pulmões também desempenham um papel importante na manutenção do equilíbrio acidobásico.
Hipófise
O hipotálamo produz ADH, o qual é armazenado na hipófise posterior e liberado, quando necessário, para conservar a água. As funções do ADH incluem manter a pressão osmótica das células ao controlar a retenção ou excreção de água através dos rins e ao regular o volume sanguíneo.
Suprarrenal
A aldosterona, um mineralocorticoide secretado pela zona glomerulosa (zona externa) do córtex da suprarrenal, tem um efeito profundo sobre o equilíbrio hídrico. A secreção aumentada da aldosterona provoca a retenção de sódio (e, dessa maneira, a retenção de água) e perda de potássio. Em contrapartida, a secreção diminuída de aldosterona provoca perda de sódio e água e retenção de potássio. O cortisol, outro hormônio adrenocortical, tem menor ação mineralocorticoide. No entanto, quando secretado em grandes quantidades (ou administrado como terapia com corticosteroide), ele também pode produzir a retenção de sódio e líquido.
Paratireoide
As glândulas paratireoides, embebidas na tireoide, regulam o equilíbrio de cálcio e fosfato por meio do hormônio paratireóideo (PTH). O PTH influencia a reabsorção óssea, absorção de cálcio a partir dos intestinos e a reabsorção de cálcio a partir dos túbulos renais.
Outros Mecanismos
As alterações no volume do compartimento intersticial dentro do LEC podem acontecer sem afetar a função orgânica. No entanto, o compartimento vascular não pode tolerar a mudança tão prontamente e deve ser cuidadosamente mantido, visando garantir que os tecidos recebam os nutrientes adequados.
Barorreceptores
Os barorreceptores localizam-se no átrio esquerdo e nos arcos carotídeo e aórtico. Esses receptores respondem às alterações no volume sanguíneo circulante e regulam a atividade neural simpática e parassimpática, bem como as atividades endócrinas. Quando a pressão arterial diminui, os barorreceptores transmitem menos impulsos a partir dos arcos carotídeo e aórtico para o centro vasomotor. Uma diminuição nos impulsos estimula o sistema nervoso simpático e inibe o sistema nervoso parassimpático. O resultado é um aumento na frequência, condução e contratilidade cardíacas e um aumento no volume sanguíneo circulante. A estimulação simpática faz a constrição das arteríolas renais; isso aumenta a liberação de aldosterona, diminui a filtração glomerular e aumenta a reabsorção de sódio e água.
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
A renina é uma enzima que converte o angiotensinogênio, uma substância formada pelo fígado, em angiotensina I. A renina é liberada pelas células justaglomerulares dos rins em resposta à perfusão renal diminuída. A enzima conversora de angiotensina (ECA) converte a angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II, com suas propriedades vasoconstritoras, aumenta a pressão de perfusão arterial e estimula a sede. Quando o sistema nervoso simpático é estimulado, a aldosterona é liberada em resposta a uma liberação aumentada de renina. A aldosterona é um regulador de volume e também é liberada à medida que aumenta o potássio sérico, diminui o sódio sérico ou aumenta o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH).
Hormônio Antidiurético e Sede
O ADH e o mecanismo de sede têm papéis importantes para manter a concentração de sódio e a ingesta oral de líquidos. A ingestão oral é controlada pelo centro da sede localizada no hipotálamo. Quando a concentração ou osmolalidade sérica aumenta ou o volume sanguíneo diminui, os neurônios no hipotálamo são estimulados pela desidratação intracelular; em seguida, ocorre a sede e a pessoa aumenta sua ingestão de líquidos orais. A excreção de água é controlada pelo ADH, aldosterona e barorreceptores, conforme mencionado anteriormente. A presença ou a ausência do ADH é o fator mais significativo ao determinar se a urina excretada está concentrada ou diluída.
Osmorreceptores
Localizados na superfície do hipotálamo, os osmorreceptores percebem as alterações na concentração de sódio. À medida que a pressão osmótica aumenta, os neurônios ficam desidratados e liberam rapidamente impulsos para a hipófise posterior, a qual aumenta a liberação de ADH, que, em seguida, viaja no sangue até os rins, onde ele modifica a permeabilidade para a água, provocando a reabsorção aumentada de água e o débito urinário diminuído. A água retida dilui o LEC e retorna sua concentração ao normal. A restauração da pressão osmótica normal proporciona o feedback para os osmorreceptores para inibir a liberação adicional de ADH.
2. Descreva os principais desequilíbrios hídricos e os seus sinais e sintomas. 
Hipovolemia perda de água e eletrólitos em proporções iguais ou isotônicas. O déficit de volume de líquidos (DVL), ou hipovolemia, ocorre quando a perda de volume do LEC excede a ingestão de líquidos. Ocorre quando a água e os eletrólitos são perdidos na mesma proporção que existem nos líquidos orgânicos normais, de tal modo que a proporção entre os eletrólitos séricos e a água permaneça idêntica. O DVL (hipovolemia) não deve ser confundido com a desidratação, que se refere à perda de água isolada, com níveis séricos de sódio aumentados. 
Causas relacionadas: perdas pelo trato GI, como diarreia, vômitos ou drenagem por fístulas ou tubos; perda de plasma ou de sangue total, como em queimaduras ou hemorragia; perspiração excessiva; febre, ingesta oral de líquidos diminuída, confusão ou depressão, uso de diuréticos.
Exame físico: hipotensão postural, taquicardia, membranas mucosas secas, turgor da pele prejudicado, sede, confusão, rápida perda de peso, enchimento venoso lento, veias do pescoço achatadas, letargia, oligúria (< 30 ml/hora), pulso fraco.
Achados laboratoriais: densidade urinária específica (> 1030), nível de hematócrito aumentado (> 50%) e nível de nitrogênio de ureia no sangue > 25 mg/100 ml (concentração).
Hipervolemia água e sódio retidos em proporções isotônicas. O excesso de volume de líquidos (EVL) ou hipervolemia refere-se a uma expansão isotônica do LEC causada pela retenção anormal da água e sódio em proporções aproximadamente idênticas àquelas nas quais eles existem normalmente no LEC. 
Causas relacionadas: insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal, cirrose hepática, níveis de aldosterona e esteroides séricos aumentados, ingesta ou administração excessiva de sódio.
Exame físico: rápido ganho de peso, edema (especialmente em áreas pendentes), hipertensão, poliúrias(se mecanismos renais estiverem normais), distensão das veias do pescoço, pressão venosa e sanguínea aumentadas, crepitações pulmonares, confusão.
Achados laboratoriais: nível de hematócrito diminuído (< 38%) nível de nitrogênio de ureia no sangue < 10 mg/100 ml (hemodiluição).
3. Descreva os principais desequilíbrios de osmolaridade e os seus sinais e sintomas 
Em um desequilíbrio de osmolaridade, os líquidos se tornam hipertônicos ou hipotônicos, provocando o deslocamento osmótico de água através das membranas celulares. São exemplos: hipernatremia e hiponatremia.
A hipernatremia se refere a um nível de sódio sérico superior a 145 mEq/l. Causa sede excessiva. Pode ser causada por ganho de sódio que exceda o de agua ou por perda de água que exceda a de sódio. O excesso de sódio o paciente ingere ou retém mais sódio que água. As manifestações clínicas ocorrem em consequência do aumento da osmolaridade plasmática causada pela elevação da concentração de sódio plasmático. A temperatura corporal pode aumentar discretamente, mas se normalizada quando a hipernatremia é corrigida, da mesma forma ocorre com a desidratação.
A hiponatremia se refere a um nível de sódio sérico inferior a 135 mEq/l. Sinais e sintomas: ocorre turgor cutâneo insatisfatório, mucosas secas, cefaleia, diminuição da produção de saliva, queda ortostática da pressão arterial, náuseas, vômitos, cólica abdominal. Quando os níveis de sódio caem para abaixo de 115mEq/l pode haver sinais de aumento da pressão intracraniana, como letargia, confusão mental, contração muscular, fraqueza focal, hemiparesia, papiledema, convulsões e morte. 
4. Quais são os mecanismos de manutenção da homeostase eletrolítica? 
Os mecanismos da homeostase eletrolítica são: osmose, que acontece quando duas soluções distintas são separadas por uma membrana que é impermeável para as substâncias dissolvidas, de forma que o líquido desloca-se através da membrana da região com concentração de soluto baixa para a região de concentração de soluto alta até que as soluções tenham concentrações iguais. Outro mecanismo é a difusão, que é a tendência natural de uma substância para mover-se de uma área de concentração mais elevada para uma de menor concentração. Esse processo ocorre através do movimento aleatório de íons e moléculas, como por exemplo, a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre os capilares pulmonares e os alvéolos e a tendência do sódio para se mover do compartimento do LEC, onde a sua concentração de sódio é alta, para o LIC, onde a sua concentração é baixa. Além desses, existe também a filtração, que ocorre, por exemplo, quando a pressão hidrostática nos capilares tende a filtrar o líquido para fora do compartimento intravascular para dentro do líquido intersticial. O movimento de água e solutos ocorre de uma área de alta pressão hidrostática para uma área de baixa pressão hidrostática. Os rins filtram aproximadamente 180l de plasma por dia. Outro exemplo de filtração é a passagem de água e eletrólitos do leito capilar arterial para o líquido intersticial; nesse caso, a pressão hidrostática resulta da ação de bombeamento do coração. Existe também a bomba de sódio-potássio. Sabe-se que a concentração de sódio é maior no LEC que no LIC e, por causa disso, o sódio tende a entrar na célula por difusão. Essa tendência é contrabalançada pela bomba de sódio potássio, que é mantida pela membrana celular e que move ativamente o sódio da célula para dentro do LEC. Em contrapartida, a alta concentração intracelular de potássio é mantida pelo bombeamento de potássio para dentro da célula. Por definição, o transporte ativo implica que a energia deve ser gasta para que o movimento ocorra contra um gradiente de concentração. 
5. Descreva os principais desequilíbrios eletrolíticos e seus sinais e sintomas.
	Desequilíbrio
	Descrição
	Sinais e Sintomas
	Hiponatremia 
	É uma concentração de sódio menor que a normal no sangue
	Cólica abdominal, náuseas, vômitos diarreia taquicardia, membrana e mucosas secas, convulsões.
	Hipernatremia 
	Concentração de sódio maior que a normal no Liquido Extra Celular
	Febre, agitação, inquietação, sede extrema, pele seca, convulsões.
	Hipocalemia 
	Concentração de potássio abaixo do normal
	Fraqueza e fadiga, náuseas, vômitos redução dos ruídos intestinais, arritmias ventriculares, parestesia e pulso irregular.
	Hipercalemia
	Concentração de potássio maior que a normal
	Ansiedade, arritmias, parestesia, cólicas abdominais e diarreia.
	Hipocalcemia 
	Redução dos níveis de cálcio total ou/e ionizado
	Dormência e formigamento, reflexos hiperativos, tetania, câimbras musculares. 
	Hipercalcemia
	Apresenta níveis aumentados de cálcio, em geral um sintoma subjacente
	Anorexia, náuseas e vômitos, fraqueza, reflexos hipoativos, letargia, parada cardíaca.
	Hipomagnesemia
	Queda dos níveis de magnésio, ocorre com desnutrição e outras doenças que deprimem a absorção
	Tremores musculares, confusão e desorientação, taquicardia, hipertensão, arritmias.
	Hipermagnesemia
	Aumento inadequado dos níveis de magnésio, resultando em depressão da função muscular e nervosa
	Profundidade e frequência respiratória diminuídas, hipotensão e rubor.
	Hipocloremia 
	Níveis séricos de cloro abaixo do normal. Comumente associado ao desequilíbrio de sódio. Quando esses níveis caem ocorre a alcalose metabólica
	Os mesmos dos desequilíbrios de ácido – básico e eletrolítico.
	Hipercloremia
	Níveis de cloro acima do normal. Normalmente acontece quando cai os níveis de bicarbonato e o sódio aumenta
	Idênticos aos sinais e sintomas da acidose metabólica, hipervolemia e hipernatremia.
6. Descrever os principais desequilíbrios acidobásicos e os seus sinais e sintomas.
	Distúrbios
	Descrição
	Sinais e sintomas
	Acidose respiratória 
	É o aumento da Concentração de dióxido de carbono PaCO2, excesso de ácido carbônico H2CO3 e um PH ácido ou seja menor que 7,4
	Confusão mental,
Tontura;
Letargia;
Dor de cabeça; 
Arritmias ventriculares;
Convulsões e coma.
	Alcalose respiratória
	Diminuição da PaCO2, PH básico, ou seja, acima de 7,4
	Tontura;
Taquipneia;
Dormência e formigamento nas extremidades;
Convulsões e coma.
	Acidose metabólica
	Caracterizado pelo PH ácido e baixa concentração de bicarbonato
	Dor de cabeça;
Letargia;
Confusão;
Arritmias;
Cólicas abdominais;
Pele ruborizada.
	Alcalose metabólica
	Apresenta um PH básico e alta concentração de bicarbonato ou perda de íons H+
	Tontura;
Câimbras musculares;
Tetania; 
Dormência e arritmias.
7. Indique os valores normais de referência dos eletrólitos no sangue e da gasometria arterial. 
	Eletrólito
	Valores de referência
	Sódio
	135 – 145 mEq/l
	Potássio
	3,5 – 5 mEq/l
	Cálcio
	8,6 – 10,2 mg/dL
	Magnésio
	1,3 – 2,3 mg/dL
	Fósforo
	2,5 – 4,5 mg/dL
	Cloreto
	97 – 107 mEq/l
	Gasometria
	Valores de referência
	pH
	7,35 – 7,45
	PaO2
	70 – 100 mmHg
	PaCO2
	35 – 45 mmHg
	HCO3-
	19 – 25 mEq/l
	SaO2
	> 90 a 95%
8. Considerando a necessidade de manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico, liste os dados significativos que o(a) enfermeiro(a) deve buscar na avaliação (histórico de Enfermagem) de clientes com desequilíbrio hidroeletrolítico e acidobásicos. 
DESEQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO:
ANAMNESE: 
Comorbidades? (Diabetes, insuficiência cardíaca)	Sente sede? 
Medicamentos que faz uso?	Hipotensão ortostática?	Mucosa seca?	 Cefaleia?
Náuseas, vômitos e dores abdominais?	Aumento ou perda de peso? Fadiga? Fraqueza muscular?	Sensação de exaustão?	Cor, quantidade de urina?
Dormência no corpo?	 Insônia?	Formigamento na extremidade dos dedos?
Motilidade intestinal diminuída?
Obs: avaliar orientação
EXAME FÍSICO: 
Inspeção
Veias do pescoço distendidas?	Tetania?	Qual o estado sensório do cliente?
Verifica o comprometimento da memória de curto e longo prazo?
Palpação
Turgor cutâneo, lingual e tecidual
Edema
Ausculta
Sons respiratóriosArritmias
EXAMES LABORATORIAIS:
Osmolalidade sérica e urinária, 
Níveis de ureia, 
Creatinina sérica, 
Hematócrito, 
Albumina, 
Concentração sérica dos eletrólitos, 
ECG, 
Gasometria arterial.
DESEQUILÍBRIO ACIDOBÁSICO:
ANAMNESE 
O que o cliente sabe sobre sua doença?
Qual a história de tabagismo do cliente?
Existe alguma exposição ocupacional a fumaça de tabaco ou outros poluentes?
Quais são os eventos deflagradores (esforço, odores, poeira, fumaça, exposição a animais)?
Existem comorbidades?
O cliente tem história de internações anteriores devido a problemas respiratórios?
Que tipos de tratamentos ou medicamentos o cliente faz uso?
EXAME FÍSICO: 
Inspeção estática e dinâmica
Qual a posição assumida pelo cliente durante a entrevista?
Qual o estado sensório do cliente?
Verifica o comprometimento da memória de curto e longo prazo?
Verifica se o cliente está apreensivo?
Qual a frequência e a profundidade respiratória?
O cliente usa musculatura acessória para respirar?
Qual a coloração, quantidade e consistência do escarro?
O cliente consegue completar uma frase sem respirar?
Qual a cor do cliente?
Qual o formato do tórax quanto ao diâmetro anteroposterior?
Há evidência de cianose central?
SSVV
Palpação
-Avalia a sensibilidade, expansibilidade e vibrações.
Percussão
-Avalia o tipo de som.
Ausculta
-Avalia os sons respiratórios.
EXAMES LABORATORIAIS:
Saturação de O2,
Gasometria...
9. Identifique os Diagnósticos de Enfermagem (NANDA) relacionados aos desequilíbrios hidroelétricos e acidobásicos. 
Volume de líquidos deficiente
Volume de liquido excessivo
Risco de desequilíbrio eletrolítico
Mucosa oral prejudicada
Débito cardíaco diminuído
Risco de volume de líquidos desequilibrado
Risco de perfusão tissular periférica ineficaz
10. Liste os resultados esperados (NOC) e as intervenções de enfermagem (NIC) para cada Diagnóstico identificado 
DIAGNÓSTICO: Volume de líquidos deficiente
Intervenções: 
Monitorar o estado hídrico, inclusive ingestão e eliminação;
Manter acesso venoso desobstruído, observando sinais de infiltração ou infecção local;
Monitorar níveis de hematócrito;
Monitorar perda de líquidos (sangramento, vômitos, diarreia, transpiração e taquipneia);
Calcular necessidades hídricas;
Encorajar a ingestão oral de líquidos, se indicado;
Iniciar reposição de líquidos prescrita;
Orientar o paciente para que evite mudanças bruscas de posição (hipotensão postural);
Monitorar o peso;
Observar indicadores de desidratação (turgor da pele deficiente, enchimento capilar retardado, pulsação fraca/filiforme, sede intensa, mucosas secas, débito urinário reduzido e hipotensão);
Resultados esperados:
Volume de líquidos normalizado
DIAGNÓSTICO: Volume de líquidos excessivo
Intervenções:
Pesar o paciente diariamente e monitorar tendências;
Monitorar o padrão respiratório em busca de sintomas de dificuldade respiratória;
Monitorar função renal (nível de ureia);
Monitorar ingestão e eliminação;
Monitorar sinais vitais;
Monitorar alterações no edema periférico;
Monitorar resultados laboratoriais (aumento nos níveis de ureia, redução de níveis de hematócrito e aumento nos níveis de osmolalidade urinária);
Monitorar a adequação dos líquidos endovenosos prescritos;
Promover mudança de decúbito em paciente com edema localizado;
Monitorar diurese excessiva;
Observar indicadores de desidratação (turgor da pele deficiente, enchimento capilar retardado, pulsação fraca/filiforme, sede intensa, mucosas secas, débito urinário reduzido e hipotensão);
Resultados esperados:
Volume de líquidos normalizado
DIAGNÓSTICO: Risco de desequilíbrio eletrolítico
Intervenções:
Monitorar níveis anormais de eletrólitos séricos;
Monitorar manifestações de desequilíbrio de eletrólitos;
Administrar líquidos, quando apropriado;
Manter acesso venoso desobstruído;
Manter registro da ingestão e eliminação;
Monitorar perda de líquidos ricos em eletrólitos (aspiração nasogástrica, drenagem de ileostomia, diarreia, drenagem de ferida e diaforese);
Instituir medidas de controle da perda excessiva de eletrólitos (controle intestinal, mudança no tipo de diurético ou administração de antipiréticos), quando adequado;
Oferecer dieta adequada ao desequilíbrio de eletrólitos;
Orientar paciente e família;
Resultados esperados
Equilíbrio eletrolítico
DIAGNÓSTICO: Mucosa oral prejudicada
Intervenções:
Monitorar lábios, mucosas e gengivas quanto à hidratação, cor, textura e presença de resíduos e infecção, utilizando uma lanterna e um abaixador de língua;
Aplicar lubrificante para umedecer lábios e mucosa oral;
Examinar diariamente a mucosa com risco de fissuras e documentar em caso de ruptura da pele;
Aumentar a umidade do ambiente, usando umidificador, se possível;
Reforçar o regime de higiene oral;
Planejar refeições menores e mais frequentes;
Resultados esperados:
Mucosa oral íntegra
DIAGNÓSTICO: Débito cardíaco diminuído
Intervenções:
Reconhecer a presença de alterações na pressão arterial;
Auscultar os sons pulmonares na busca de crepitações ou quaisquer outros ruídos adventícios;
Auscultar os sons cardíacos;
Monitorar e documentar frequência, pulsação e ritmo cardíaco;
Monitorar níveis de eletrólitos;
Monitorar resistência vascular sistêmica e pulmonar, quando adequado;
Monitorar débito cardíaco e/ou índice cardíaco; 
Elevar cabeceira da cama, ou colocar o paciente na posição de Tredenleburg, a depender da situação;
Monitorar edema periférico e distensão da veia jugular;
Manter equilíbrio hídrico;
Monitorar ingestão e eliminação, débito urinário e peso do paciente;
Avaliar efeitos da terapia hídrica;
Resultados esperados:
Débito cardíaco normalizado
DIAGNÓSTICO: Perfusão tissular periférica ineficaz
Intervenções
Monitorar frequência, ritmo, profundidade e esforço das respirações;
Observar movimentos do tórax: simetria, uso de músculos acessórios e retrações musculares supraclaviculares e intercostais;
Auscultar ruídos respiratórios e presença de crepitações;
Monitorar padrões respiratórios;
Monitorar capacidade do paciente para tossir de forma efetiva;
Estimular a tosse, auxiliando o paciente a sentar-se com a cabeça levemente flexionada, os ombros relaxados e os joelhos flexionados. Encorajar o paciente a fazer várias respirações profundas. Encorajar o paciente a fazer uma respiração profunda, segurar o ar por dois segundos e tossir por duas ou três vezes sucessivas;
Resultados esperados:
Perfusão tissular periférica eficaz
11. Analise e responda as questões relacionadas às situações a seguir: 
Um cliente asmático apresenta a seguinte gasometria arterial: 
pH = 7,19 
PaCO2 = 80 mmHg 
PaO2 = 48 mmHg 
HCO3 = 30, 5 mEq/L 
Interprete o resultado da gasometria arterial e diga qual desequilíbrio 
acidobásico o cliente apresenta.
R= Acidose Respiratória
12 (8.2) Um cliente em Pré-operatório de colecistectomia apresenta vômito em jato, odor fétido e grande quantidade sua gasometria arterial tem os seguintes valores:
pH = 7,60 
PaCO2 = 22,6 mmHg 
PaO2 = 80,3 mmHg 
HCO3 = 29,3 mEq/L 
Interprete o resultado da gasometria arterial e diga qual desequilíbrio acidobásico o cliente apresenta.
A gasometria arterial demonstra pH aumentado (pH > 7,4), diminuição da PaCO2 (PaCO2 < 40 mmHg) e HCO3 aumentado (HCO3 > 24 mEq/L). Esses valores revelam uma alcalose mista, que acontece quando dois distúrbios acidobásicos ocorrem simultaneamente 
13 (8.3) I.B.C, 68 anos, feminino, foi submetida a uma ressecção de colo esquerdo por carcinoma colorretal. No Pós-Operatório Imediato (POI), foi administrado por via intravenosa 3.500ml entre SG5% e SF 0,9%. A diurese foi de 500 ml/24 horas, perdas por SNG de 500 ml/dia e perdas insensíveis de 1000 ml/dia. Após retirada da sonda, continuou em dieta zero, evoluiu com distensão abdominal e após 2 dias a paciente ganhou 2 Kg. Os exames apresentavam o Na sérico 110 mEq/l e K 3,5 mEq/. 
Quais distúrbios hidroeletrolíticos a cliente apresenta e quais são as causas?
A cliente apresenta distúrbioseletrolíticos como hiponatremia, que é o déficit de sódio no líquido extracelular (níveis séricos de sódio <135 mEq/l), superposta a uma hipervolemia, que é o excesso de volume de líquidos. As causas desses distúrbios eletrolíticos são a administração excessiva de hidratação intravenosa e a diurese diminuída, refletindo os sinais de distensão abdominal e ganho de peso.
14. (8.4) Leia a história clínica abaixo e faça o raciocínio de Risner para levantar o principal diagnóstico de Enfermagem da cliente H.S, mencione os resultados esperados e estabeleça as intervenções de Enfermagem. 
Senhora H.S, 72 anos, passou por consulta médica esta manhã após cair em casa. Mora sozinha em apartamento e não tem nenhuma doença crônica, exceto osteoartrite nas mãos. Refere diarreia (três episódios aquosos esta manhã e seis ontem) e vomito há mais de 24 horas e não comeu nada. Se sente fraca e tonta quando fica em pé ou senta, razão pela qual caiu esta manhã. Apesar de sentir-se um pouco enjoada, tentou beber um pouco de água, porque sabia que precisava. Ao exame físico: mucosa oral seca e turgor cutâneo pastoso. Pulso: 102 bat/min, regular e fraco, Pressão arterial em decúbito dorsal: 90x58 mmHg. Veias jugulares planas quando está deitada. Tempo de enchimento capilar prolongado, de 5 segundos. Apresentou 100 ml de diurese amarela escura nas últimas quatro horas. Peso em casa 54,5 Kg e no hospital 46,2 Kg. A senhora H.S foi internada para fluidoterapia por via intravenosa. Achados laboratoriais: hematócrito 55%, sódio 148mEq/L e potássio 3mEq/L.
Categorização dos dados
Queda, diarréia, vômitos, enjôo, fraqueza, tontura, não se alimentou, mucosa oral seca, turgor cutâneo pastoso, taquisfígmico, hipotensa, oligúria, perda de peso, hematócrito elevado, hipernatremia, hipocalemia.
Lacunas
Volume de água ingerido, início dos sintomas, medicações, problemas renais recente, internações pelo mesmo problema, tratamentos anteriores.
	Agrupamento
	Comparação
	Hipótese diagnóstica
	Causa
	Diarreia
Vômito
Turgor cutâneo pastoso
Oligúria
Mucosa oral seca
Fraqueza
Hipernatremia
Hipocalemia
Hematócrito elevado
Taquiesfígmica
Hipotensa
	Sem diarréia
Sem vômito
Turgor preservado
Diurese fisiológica
Mucosa oral hidratada
Sem fraqueza
Níveis de potássio e sódio fisiológicos
Hematócrito fisiológico
Normoesfígmica
Normotensa
	Volume de líquido deficiente
	------
 
Diagnóstico de Enfermagem:
Volume de líquido deficiente relacionado a perda ativa de volume de líquido evidenciado por mucosas secas, fraqueza, elevação do hematócrito, alteração do turgor da pele, aumento da frequência cardíaca, aumento da concentração urinária, diminuição da pressão sanguínea.
Intervenções de Enfermagem:
Administrar fluidoterapia endovenosa; Inserir sonda vesical de demora; Oferecer água 1/1h; Solicitar dieta pastosa; Administrar antipirético conforme prescrição médica; orientar repouso no leito com grades elevadas.
Resultados Esperados:
Volume hídrico não comprometido

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