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ENVELHECIMENTO E SAÚDE DA PESSOA IDOSA: PREOCUPAÇÕES COM O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL Professora Ericka Holmes Amorim. Enfermeira. Doutoranda e Mestra em Modelos de Decisão e Saúde pela UFPB. Especialista em Saúde da Família com Ênfase nas Linhas de Cuidado pela UFPB. Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 . ENVELHECIMENTO A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como “um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte” Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 . ENVELHECIMENTO E CONCEITOS ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ENVELHECIMENTO INDIVIDUAL Pode ser reversível, caso aumente a fecundidade Consequência ou os efeitos da passagem do tempo ENVELHECIMENTO E CONCEITOS Sabe-se que todos os seres vivos passam por transformações com o passar dos anos; Estas transformações e modificações podem ser consideradas uma involução morfológica e funcional que afetam a maioria dos órgãos; Ainda, essas modificações podem causar um gradual declínio no desempenho funcional dos indivíduos, culminando com a morte. Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 . GRÁFICO – FUNCIONALIDADE GLOBAL X IDADE O ser humano atinge o máximo das suas funções orgânicas por volta dos 30 a 40 anos. Entre os 40 e 50 anos há uma estabilização e, a partir dai, um declínio funcional progressivo, com a perda funcional global de 1% ao ano. Quanto maior a reserva funcional, menor será a repercussão do de envelhecimento fisiológico. GRÁFICO – FORMAS DE ENVELHECIMENTO Alguns fatores interferem no formato de envelhecimento e interferem nas alterações moleculares, ocasionando uma desregulação nesse processo. Dentre eles tem- se: a hereditariedade, os hábitos de vida e as doenças. Outros fatores que podem modificar são: a hospitalização e a institucionalização. COMO ENTENDER O ENVELHECIMENTO? O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos – senescência - o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema. Em condições de sobrecarga como, por exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, pode ocasionar uma condição patológica que requeira assistência - senilidade. Cabe ressaltar que certas alterações decorrentes do processo de senescência podem ter seus efeitos minimizados pela assimilação de um estilo de vida mais ativo. Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 . BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Envelhecimento Envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade, considerada como definidora do início da velhice. O envelhecimento populacional é um fenômeno natural, irreversível e mundial. Envelhecimento ativo Pode ser compreendido como o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas Envolve políticas públicas que promovam modos de viver mais saudáveis e seguros, favorecendo a prática de atividades físicas no cotidiano e no lazer, a prevenção às situações de violência familiar e urbana, o acesso a alimentos saudáveis e a redução do consumo de tabaco, entre outros. BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL No Brasil, é definida como idosa a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade. A população idosa brasileira tem crescido de forma rápida e em termos proporcionais. Os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada” (acima de 80 anos), também vêm aumentando proporcionalmente e de maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo hoje mais de 12% da população idosa. ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Existem diferenças entre envelhecimento em países desenvolvidos e em países em desenvolvimento. No primeiro, o processo de envelhecimento acontece de forma lenta e associado à melhoria nas condições gerais de vida; no segundo, configura-se como um processo acelerado, sem reorganização social e de saúde, adequadas às novas demandas emergentes. Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 . BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem idades avançadas com o melhor estado de saúde possível, sendo o envelhecimento ativo e saudável, o principal objetivo. Se considerarmos saúde de forma ampliada, torna- se necessária alguma mudança no contexto atual em direção à produção de um ambiente social e cultural mais favorável para população idosa. Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 . BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Em 2008, enquanto as crianças de 0 a 14 anos de idade correspondiam a 26,47% da população total, o contingente com 65 anos ou mais de idade representava 6,53%. Em 2050, o primeiro grupo representará 13,15%, ao passo que a população idosa ultrapassará os 22,71% da população total. BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Em 2008, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos, havia 24,7 idosos de 65 anos ou mais de idade. Neste período, a proporção de idosos cresceu mais de 170% enquanto a redução da proporção de crianças até 14 anos foi de 42% BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL O Brasil caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido; fenômeno que, sem sombra de dúvidas, implicará na necessidade de adequações das políticas sociais, particularmente daquelas voltadas para atender às crescentes demandas nas áreas da saúde, previdência e assistência social. Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 . BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 ACONTECIMENTOS X ENVELHECIMENTO Redução da mortalidade Aumento da expectativa de vida Melhoria no acesso aos serviços de saúde Campanhas nacionais de vacinação Avanços tecnológicos da medicina Aumento de atendimentos pré- natais Aumento no nível de escolaridade da população Infraestrutura e saneamento básico Queda da fecundidade Aumento de esperança de vida ao nascer BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 POR QUÊ A POPULAÇÃO ESTÁ ENVELHECENDO? TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Desde a década de 60, observam-se os processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional no país, que resultam em alterações nos padrões de ocorrência das enfermidades. A transição epidemiológica caracteriza-se pela mudança do perfil de morbidade e de mortalidade de uma população, com diminuição progressiva das mortes por doenças infectocontagiosas e elevação das mortes por doenças crônicas. Além disso, apresenta diversidades regionais quanto às características socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde. BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Atualmente, os agravos decorrentes das doenças crônicas não- transmissíveis têm sido as principais causas de óbito na população idosa, seguindo uma tendência mundial. Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 . BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 MORBIDADE E O USO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE Dentre o conjunto das principais causas de internação hospitalar, tem-se um predomínio de doenças crônicas não transmissíveis; Quando se trata de internação hospitalar pelo SUS, várias considerações precisam ser feitas: o número de internações é condicionado à oferta do serviço, não obstante guarda alguma relação com a ocorrência da enfermidade na população; podem haver distorções quanto à notificação da morbidade, tendo emvista que o sistema que notifica é o mesmo que remunera o prestador do serviço; nem todos os idosos brasileiros são usuários exclusivos do SUS, em média 70% dos idosos brasileiros o são, porém há variações regionais consideráveis, com uma tendência de diminuição desses percentuais de Norte para o Sul do país. BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE POPULAÇÃO IDOSA EM 2007, BRASIL BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 DESAFIOS O maior desafio na atenção à pessoa idosa é conseguir contribuir para que, apesar das progressivas limitações que possam ocorrer, elas possam redescobrir possibilidades de viver sua própria vida com a máxima qualidade possível. Essa possibilidade aumenta na medida em que a sociedade considera o contexto familiar e social e consegue reconhecer as potencialidades e o valor das pessoas idosas. Assim, observa-se que parte das dificuldades das pessoas idosas está mais relacionada a uma cultura que as desvaloriza e limita. Como membro da equipe de saúde da família, se faz necessário romper essas barreiras. BRASIL, 2006; BRASIL, 2010 ENVELHECIMENTO E SAÚDE DA PESSOA IDOSA: PREOCUPAÇÕES COM O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BRASIL Professora Ericka Holmes Amorim. Enfermeira. Doutoranda e Mestra em Modelos de Decisão e Saúde pela UFPB. Especialista em Saúde da Família com Ênfase nas Linhas de Cuidado pela UFPB. Fo n te : G o o gl e I m ag e n s, 2 0 1 9 .
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