Patologia Médica - Conceitos Básicos

1 HISTÓRIA DA PATOL OGIA (RESUMO) Hom enagem ao Prof . Dr. Jarbas Do les, Pai da Anato mia Pato lógica no Es tado de Goiá s, Grande Mes tre, Exemp lo de Honra e D ignidad e, de Éti ca e R igor C ien tíf ico e Human itário . Profes sor Dr. M aur ício Sérgio Brasil Leite. Acadêmic o da Cadeir a 20 da Academ ia Goiana de M edici na (Memb ro d o C omi t ê de Ét i ca em Pes quisa Hu mana e Anim a l do HC, da UF G) . No livro Os Fundame ntos da Medicina, Dr. Walter M aff ei es c reveu: \u201c... este l ivro é dedicado aos médicos e estudantes que desejam saber a Medicina como el a é e não como el a é imaginada... A Anatomia, H istologia e Citol ogia Patológicas deram à M edicina a base científ ica r et irando-a das especulações filos ó ficas para colocá -la entre as ciências naturais... A Anatomia Patológica é a parte objetiva por ex celência da M edicina e o Médico que não está em contato com el a não pode saber com o é a Medicina, igualando -se, dess e modo, ao curandeir o\u201d. M aff ei, W.E . O passado, in que sti o navelmente, é o l ume e a b ús sola que v a l o ri zam o presente que, com a so m at óri a do s conh e cim e n t o s, ex pur gado dos en ga n o s e erros, apres enta m o s cami nho s para o f ut uro, portanto qual qu er t eori a que m ost re a possibili d ade da expiação individual dos erro s e o desenvolvim e n t o , se m se co nhecer o passado, não passa de espec ulação. Assim sendo, o conhecimento e a v a lo r iza ção da H i stó r ia dev e s er considerado como o p o n to alto da avaliaç ão da c ultura de um pov o. Um dos grandes pro bl emas para o est ud o da H i st óri a é a m o t iv ação, que é in t rínseca, jam ais inst il a da por um educador ou si st ema educaci o nal. Com o pro pi ciar a in t rojeção que leve à i ntr ínsec a ne cessidade do co nhe cimento dos val or es, à cur i os i dade, ao in t eresse inv est iga t iv o , a o g o s to c o m parat iv o , fl u in do na val or ização do co nj unto das áreas d o conh ec im e nto ou das suas sub u nidades? Um a das maneiras, co m certeza, é a defi nição prévia que propicie o com par t il ha m e nto do c o nhecimen t o, evi t ando - se o \u201c magis ter - dix \u201d e a do mi nação in t electual, a pior e m a i s perversa f o r m a de despotism o, assim sen do , apesa r de, aparen t e m ente na contr am ão, a lguma s definições podem pr eceder à expli c ação da sua or i gem : 1) Patologia : \u201c Pat hos\u201d = do en ç a, enfermida de, m o l ést i a + \u201c l ogus\u201d = e studo, portanto, o ter m o PATOLOGIA significa , et im o l og i c amente, o \u201ces t udo das doen ças, po r quaisquer mé t o d o s\u201d. Não si gnif i ca \u201cdoença\u201d, com o habi t ualmente usada pel o s l e i go s e, inc o m pree n sivelmente, por Médi co s, que d i zem: \u201ca pac i e nte t em uma pato l o gi a en do m etr i a l\u201d, \u201c o paci e n t e t em u ma pato l o gia pu lm o n ar \u201d, para subst i t ui r os vocáb u l o s l esão, enf er m idade, m o lést i a e do ença, certam e nte d evi do à infl uê n c ia da li t eratur a m édica a m er icana , diga-se de p assagem, rica em tecno l og i a e c aren t e de val or es cul t urais. 2 2) Anatomia , et im o l o gi c amente de o ri ge m gr ega, s i gnifica: ( anatome ): Ana (d i strib ut iv o , em part es) + tome = co rte ou temnein = co rtar, p ort an to, \u201ca An at omia é a d i ssecação, a descriç ão, a in t erpretação a av a liação de um ser e das suas partes\u201d, segundo a defini ç ão do p ro f essor Di Di o , L. J. 3) Anatomia Patológica (Anato m o patol o g i a): É o est ud o das doenças, das le sõ es do s ór gã o s, aparelh o s e s i st emas, co m a disseca ção , a des cr i ção , a i nt erpre t ação e a av a liação de um ser e das suas part es . Não de trata de s i mples \u201cm acro scop i a\u201d, co m a descr i ção do que é obse r v ado , c o m o se est i vesse descreven do um balde ou uma ca n et a. Trata-se da observação do s desvi o s macro scópicos da norm a lidade dos ó rgãos, aparelh o s e sis t emas , co m inf erê ncia às possíveis causas, repercussões funci o nais l o cais e si stê mic as, al t erações l abor atori ais (bioquímica s e o utras), e, enf im, al t eraçõ es decorrentes, apresen t adas pel o pac i ente, das m anifestaçõ es c l ínicas. Assim defini do , dev e ficar claro que, a l ém do s Médic o s Pato l og istas, o s ci rurg i ões e os c l ínic os, de vem ser e x celentes Anato m o patol o gis t as, posto que, atrav és d a ectoscopia , da endoscopia e da ex po si ção c i rúrg i c a e do exa m e do s órgãos l esado s, são o s prim ei ro s a de sc r everem as al t erações e xistentes, da m esma f or ma que o s mé dicos respons á veis pe l o s d ia gnóst i cos por ima gem, a I m age n o l o gi a (u l tr a - sonografia , r adi o grafia, ressonância nuclea r magnét i ca, visualização de m arcação com isóto p os radi o ativ o s, et c). Algun s dest es méto d o s, al é m d a f o rma e das suas al t erações anor m ais, per mi t em o estudo da sua f u nção e, até m e sm o da co m po si ç ão, em virtude da det ecção de mai o r ou m enor quan t i dade o u da i nter ação de elemento s qu ími co s, o u da sua ausência, d e f o r m a i nd i ret a. Com o se t rata de det ecçã o de f or m a indireta, n o s caso das neop l asias, o seu polim o r f ism o deve ser s e mpre levado em co nsi d eração, dei xando cla r o, as s im com o para a mac ro scopi a, a po ssibili dade de erro e da necessidade do exame pela Hi sto pa to l o g i a e, no f ut uro, pe l o que s er á rotina, a Patol o g i a Mo l ecu la r e, até mesm o a Mo rf o l og i a Mo l ecu la r. 4) Bióp sia : \u201cbi o \u201d = vida + \u201cpsis\u201d = exame. Portan t o, si g nifica exame em vida, en t ret an to, na prát i ca signif i ca a o b t enç ão de f rag m ento s d e t eci do de órgão s para ex a me. A bió psia pode ser exc i sio n al (ret ir ad a co m pleta da lesão), incisional (reti r ada de parte da l es ã o ), co m fó r ce ps (pin ças cortantes), co m agulhas finas (citopu nção e citoaspiração ) e gr o ssas (ob t enção de f ra g m e ntos, \u201cc ore bio ps y \u201d), cur eta gem, etc. So m e nt e pode s er usada pa r a ser viv o, não s e pode dizer: \u201cf i z um a bióps ia do pulm ão de um cadáv er\u201d. 5) Necrópsia (necrops i a): \u201cne cr o\u201d= m o rto + \u201cpsi s \u201d = exa m e. Exame \u201c pos mo rtem \u201d de órgãos, tecidos ou de cél u l as i so l ad as de cadáver. Es te vocábul o , etim o l o g i ca m ente perf e i t o, pode ser usado t an t o para a espéci e human a co m o para outr o s anim a i s e vegetais. 6) Autópsia (autopsi a): \u201cauto \u201d= por si mesm o + \u201cpsis\u201d= e xam e. É usado c o m o sin ô nim o de n ecróps i a, entretanto é e t i m o l o gicam e nte im per fei t o , depen de de ex p licação, posto que pode -se examinar por s i m esm o até m e sm o u m o bj et o (c i nzeiro, ped r a, i squeiro ) ou um ser viv o . 3 Este term o t em razão hi st ór i ca e, pro vav e lmente, po l í t ico - pedagógi ca, quando r eti ra os \u201c senhor es m ag i st rais\u201d da o bs er vaç ão à d i stância , para próxim o do cadáv er, não deix a ndo a dissecação (in c is õ es) e a evisceração par a os t écnic os. 7) Histopatologia : \u201c H is t o \u201d= t eci do, t ex t ura + \u201cpathos\u201d = enfermidade + \u201c l ogus\u201d = estudo. Portanto, o term o HISTOPATOLOGIA significa \u201co estudo das doen ças pe l o estudo dos t eci dos que co m põe m o s órgãos, atrav és do exam e microscópi co \u201d. Não se tr ata de \u201cmi cro scopi a \u201d, t rata -se de u m m ét o d o que usa o mi cro scópi o para o di ag n ó stic o dos desvi os da nor m alidade do s teci do s, o u sej a, das l esõ es, en t ret an to, l e vando-se em consi deração as a l t erações clí n icas, Anato m opato l ó gi ca s e lab o ratoriais, com infe r ênc i a às repercussõ es sobre os outros órgãos e tec i dos, com a possibili d ade de se esta b e le cer o d iagnósti co e o pro gnós t i co para u m deter mi nado grupo ou t i po de al t eração. Portanto, c o m p lem enta o Exam e Anat om o patológic o , afi r maç ão que t em o en t endimento f á cil , mesm o para o s l e igos, qua n do se e x a mina co rtes his t o pa to l ó gi co s, sem se t er examinado o u sem se recebe r a des cri ç ão de t alh ada da lesão. E, assim sendo, fi ca c laro que o ex am e de co rt es hi sto pa to l ó gic os n ão é, de for m a al gu ma, sin ônimo de An at omia Pato l ó gi ca e, em se t ratando de pequen o s f rag men t o s envi ado s para exame , o Médico que ret i ro u o m at eri al t em a obr i gação Ética e Lega l de e nvi ar as inf o r m açõ es c línicas e laborato ri ais co m pletas ao Médic o Patologis t a, bem assim , a des cr i ção porm e nor i zada da lesão. Por exempl o , um Médico Der m at o l ogista o u um E ndoscopista que ret i ra u m pequen o fragmento , de 2m m a 4 m m, de uma lesão de 3cm , ou at é mesm o de 10c m, dev e estar c o ns ciente que a \u201c represent ativi dade macroscó pi ca\u201d do material e nvia do para exame , devidamen t e e imediata m ente fi xado , n ão che ga nem próximo da i deal. 4) Citopat ol ogia : \u201cci t o \u201d= cé l u la + \u201cpa t hos\u201d = doença + \u201cl o gus\u201d = estudo , o u sej a, o estudo das m o l é st i as at ravés das m od ifi caçõ es d e células o u conj u nto de cé l ulas dis po stas i so l adamente. 5) Imuno - histoquímica e i munocitoquímica: Méto d o s co m plementares da his t o pa to l o gi a e da c i t opato l o gi a, usando -se co rantes agregados a ant i cor p o s para a dem o nstr ação de an t í genos, sej a m tec i dos o u cél u l as n o rmais e al t erado s o u de agen t es infecci oso s. 6) Patologia Molecu l a r : Estudo das do en ças pel o estudo das a l t erações m o lec u lares, até dos ác i do s nucléic os, o ADN e A RN, o u da in t eração errô n ea de m o l écu la s o u de fragmento s de m o l éula s, at ravés de vários méto dos, PCR ( \u201c po l imerasys c h a in reation\u201d ) , capt ura de híb r i do s e outros. A Pat ol ogia Molecular t em u m ra m o em que se estuda estas a l t erações e as doen ças, ou a possibi lidade da sua oco rrên c i a, através de al t erações demon stráveis pelo ex a me mi cro scópi co , é a Morf o logia Molecul a r , ou sej a, a Histopatologia Molecul a r e a Citopat ol ogia Molecul a r . 7) Nanomedicina : é a ap li cação de nanoro bôs para o di ag nósti co e tratam e nto de al t eraçõ es mo l eculares , celulares e t eci dua i s, enf im das l e sões, m e smo que m o leculares, das do en ças, o u m es m o an t es que a do en ça se m a nif este. Quan do es t a t écni ca pud er ser ap li cada, co m cert eza , a mai o ri a do s mé t o d o s at uai s, se não to dos , de Di ag n óst ic o por Ima ge m e a His to e Ci t opatol o gia po derão, se não tot al mente, quase que tot al mente subs t i t u í dos. 4 8) Fisiopatologia : e n qua n t o a Fi s i o l o g i a Humana estuda as funções nor m ais do corpo human o , a F i s i opat o l ogia est udo os desvi o s da nor m a lida de, pro curando o s me canis m os des sa s al t erações. I) F ase o rgâni ca: O Médic o Jean Fer n e l (1 497 \u2013 1558), prof essor da Faculdade de Medicina de Par is, f o i o prim e iro a ro m per co m a teo ri a do s tem p eramen t os e espí r i t os vi t ais ant i go s, m esmo que alguns charlatõ es a t é hoj e os usem a b u sando da boa fé e da i g norância do po vo, m esm o daquel e s que cursara m universidade, m as se m o desenvo lvi mento do j uízo crí t i co , que se esperari a co m o desi derat o de um a u niversida de. Ele estudo u as m o l ést i as do ponto de vista anatô mi co e c lí nico, classifi c ando -as em gerai s, sem l o caliza ção det erm inada, e especiais, l oca li za d as nos ór gã o s ou em segmento s do corpo. No seu li vro, Pathol o g i ae \u2013 L i br i VII, conceituou etimol ogicamente o term o PATOL OG IA , com o \u201co estudo das do en ças\u201d, f o i o prim ei ro ho m em a esc r ever um man ua l de Medi c ina . Um Médico ci rurg i ão de Fl or ença, An to ni o Be niv i e ni (1443 \u2013 1502), realiz a va ne cr ópsias dos seus pa cientes que fal eciam, ped in do perm issão para a f a mília; fo i o pr i mei ro a so l ici t ar per missão aos f a miliares para o estudo n ecro scópi co do s casos duvidosos; deix o u escritas 20 o b servações, publicadas pelo seu i r m ão , Geronim o Benivieni , cinco an o s após a sua m or te. Benivi e ni usa o t erm o incisã o e não d i ssecaçã o e, in dubitavelmente, e l e é u m importante precursor da An at omi a Pat ol ó gi c a. Assim , Gio v a ni Batt is t a Morgagni ( 1682 \u2013 1771 ), 150 anos após o t rabalho de An t oni o Benivieni , public ou u m com p êndio co m 700 o b servações c línicas a co m pa nh ada s de rel at o s das necrópsi a s, corr el ac i ona ndo os sin t o m as e sinais clí nicos co m as al t erações en co ntradas, entret an to, sem usar o mi cro scópi o . A sistem at i za ção l ançada po r Morgagni est ab e l ece u as bases para uma n o va ciência, a Anato mi a Pat ol ó g i ca, fato que o l e v o u a ser c onsi d erado com o o Pai , o Fun dado r da An ato mi a Pat o l ógica. A Ana t omi a Patol óg i ca, port an to , nas ceu da necessidade dos Méd i co s, quer sej a m clí nicos ou ci rur g i ões, port an to não se trata de um a ciênc i a dissoc i ada de sta necessidade, assim sendo, deve fi car c l aro que é impe rat iv o que os Mé d i co s, in depe n dente da sua especiali zação , devem t er sóli das ba ses do conh ec im e nto anatô m ico e da Anato mi a Patológic a, desde que queira se r conside rado u m p r aticant e da M edicina d a Pós- Renascenç a, e o s Médicos Es p ecial i stas nest a co m plexa A r te e C i ência esc l ar ece dor a, receb e m, t al vez po r reco n hecimento da sua importância na pr át ica de Medicina Moderna, a epíteto de \u201cMédico Patologista\u201d. II) Fas e t eci dua l : O gêni o f r ancês , Marie Franço i es Xa vi er Bichat (1771 \u2013 1802), cl ass i f i co u os t eci dos, s e m usar microscópi o , subm et en do -o s a aç ão do a r, da água, d o s ál ca lis , dos áci do s, da de ss ec ação, f er v ura, putr ef ação , e t c., e m 21 ti po s, ent re o s quais o nervoso, glan du lar, m uscular, cart il aginoso, ó sse o , etc. Ele apli co u a do u tr i na dos t eci dos à Anato mi a Pato l ó gi ca, m a s, devido à sua m o rt e pre m atura ao s 31 anos de i dad e, de t ub ercu l o se, não as publicou, entretanto desl oco u a doutr i na do est udo das doenç as do s ó rgãos (An at omia Pat ol óg i ca) para os t ecidos (Pato l ogia Histo l óg i ca). 5 Não se pode olvi dar que Phillipe P i ne l ( 1756 \u2013 1926), o gran de re f o rm ador da Psi qu iatr i a, havia antec i pado ao Bi chat, de m onstrando que certos t eci do s t inham pro pensã o a cert as doença s. O mi cro scópi o havia s ido inv e n t ado pr o vav e lmente e m 1610, na Ho l a n da po r Johannes e Za chari u s Ja n se n , invenção m o dificada consideravelmente pe l o tapecei ro Anto n von Leeuweenhoek . Entretanto, Bichat e nem Rok i tansky perceberam a i mport ân c i a desta inv e n ç ão e da t e o ri a ce lula r de Schleiden e Sc h wann, segu i da do s estudo s de Marcell o Malpighi, (1628 \u2013 1694) que deram or i gem à Anatomi a M i cro scópica ( Histologia ), da qua l é cons i der ado fundador. Na Á u stri a, V iena to rnou-se um grande centro Méd i co , graças a Kar l Freiherr von Roki t ansky (1804 \u2013 1878) e Joseph Sko da, o primei r o, após assumi r a cátedra de An at omi a Patológic a, rea li zo u 30.000 n ecróps i as, co m protocol o s m anuscr i t os. Ainda se usa, co m a lguma m o dificação, o m o del o de pr oto c o l o de Roki t ans k y , a l é m de vá r ias técnicas de cliva gem de ó rgãos descri to s por el e. II) Fas e celular. Na Al emanha, ao co ntrári o do que o c orr eu na Á ust r i a e na França, o n de o s na t ura li stas es t av a m aferrado s às i dé ias de B ichat da pouca utilida de do s mi cro scópi o s, deu-se val or às suas potencialidades , ali ando -se o estudo m acro scópi co e a obse r v ação t eci dual macroscópica, ao exame hi st ol óg i co . O alemão, Jo se ph Ge r lach (1820 \u2013 1896) desc obriu que o car m in e m so l ução am o niacal t inh a gra n de a finidade pe l o s núcleos, o que l e v o u , ao l ado do s aperfei çoa m ento s do mi cro scóp i o , à ot imi zaç ão das técnicas histo l ógicas ( mi cro gráfi ca s). Assim , o Prussiano Rudo l f Ludwig Ka r l Virchow (1821 \u2013 1902), estudando o s t eci dos lesa dos, co m p aran do - os com os nor m ais, pe l a micro scopia , l e vou -o à concepçã o da Patologia Celular, 1858, entret an to , h o uve um a l ac una de 250 anos entre a invenção e o uso do mi cro scóp i o na An at o m ia Pato l óg i ca. Vi rc h o w dest rui u de u m a só v ez, co m as sua s desco b ert as, a t e o ri a neo -hum o ralis t a de Rokitansky e a da geração espont ân ea, sist em at i zou e descreveu vári o s pro cess o s m ó rbidos, introduz i ndo na Anato m ia Pat ol ó gic a numeroso s t erm o s e a cl a ssifi c ação do s t um ores e m ho m ó l o go s e h eteról o gos.. Não o bs t an t e a genialidade que l e vou V i rchow ao a f o rism o \u201cOmm n is ce ll u la e cell u la\u201d, d eixando c l aro que um a cé l u la se o ri g in a de outr a cél ula, custo u a acei t ar o s microrganism o s na gê nese das m o lés t i as, ligando as le sõ es ape n as à reação celular, além de nã o acei t ar as cé l u las infl a ma t ó ri a s co m o o ri g inadas do sa ngue, já que e las aparec i a m e m ór gã o s av ascu l ares (cart il age m , cór n ea). Entretanto, o russo Eli a Metchiniko ff ( 1845 \u2013 191 6), zool o g i st a do Ins t i tuto Pasteur (Paris), houvera pro vado, c i e n t i ficamen t e, que a inflamação era u m processo de de f e sa , não a causa d a lesão o u da doença, e que o s l eucóc i t os migravam do sangue para o s tec i do s, mesm o para os avas culares. Com a evo l ução da Ana to mi a P ato l óg i ca, que se som o u à An ato mi a Pato l ó gi ca Microscópic a (a H i st opatol o g i a), a sua apli c ação cl ínica passou do est ud o de ór gã o s e t eci dos de cadá v ere s, o ri undos das necró psi as e do s anim a is da Pat ologia Expe r imen t a l , a t er importância para o d iagnósti co e m vida, do estudo de t eci do s o b t i do s de pacientes, co m o fim d e se dia gnost ic ar a l esão, pro pi ciando o t ratam ento m a is adequado. 6 Assim , Ernest Bes nier (1831 \u2013 1909), um Dermato logi sta franc ês, i ntr oduzi u o t erm o BIÓPSIA na li terat ura e na prát i ca médica, dan do o ri gem a u m r am o da Anato m ia Patológic a, a Patol ogia Cir ú rgica . Po r tanto, a queles que pensam que a fu n ção do Médic o Pato l o gi sta é some nte a de r e a liza r n ec r ó psia , estagno u o seu conhecimento no fim do século XIX , da mesma fo r ma que os que r e tiram fragme ntos o u órgão de pacientes e nã o so l icitam o exame histopatoló gi c o, po dem ser acu sad o s de negl igência , po sto que o estudo m ac r o scó pico (Anatomo patológico ), na a t ualid a de , d eve ser co mplementado pelo Hi sto patoló gic o . O desenvo l vimento da Histo patolo gia baseo u -se n a de scob erta e síntese de corantes, n o dese n vo lvimento da Química , o que pr o piciou a H istoquímic a e de substân c i as não corantes que i mpreg n am determi n ado s c o mponen tes t issul ar e s, o que pode ser demonstrado por subs t âncias reve l ado r as, as impreg naçõ es por m e tais pesado s (prata, o ur o, etc ). III) Fase subc e lular. O fí s ico al e mão Karl-Abbe (1840 \u2013 1905), ape r fei çoo u o m ic ro scópi co ópti co, deix a ndo cl aro que h a vi a um limi te para a sua resoluç ão, que é a capaci dad e discrimi nató ri a. Os ra i os-X f o ram desc ober tos por Wil he lm Conrad Roentgen (1845 \u2013 1923), e os el ét ro n s po r Thom pson, J.J., (1846 \u2013 1940), pro pi ciando a co nstrução do mi cro scópi o el et rô ni co . O m icro sc ópio e l etrô ni co, pel os gr an d es aumento s , a par da alta r esolução , permi t e o est ud o de or gan e l as su b celulares e, atua l men t e existem vári os m ode l o s, de tr an s mi s são, de varredura, etc. A m a i o ria das n eo pl a sia t êm o seu diagn ó stico es t abel ec i do pe l a microscopia óptic a m a s, e m t orno de 1 a 8% em séries a l ta mente seleci o nadas, necess i ta m do s estudo s ultra-mic r oscópicos para a sua cl assificação. A aplicação do mi cro scópi o ele t rôni co, para o di ag n ó sti co , não reside ape n as no estudo das neoplasi a s, se ndo im po rtante, ain d a ho j e, em do en ça s não n eo plásicas glome ru l ar es , m usculares e o u t ras. O PRESE N TE E O PROVÁ VEL FUTURO \u201cO objet ivo da ciência é substituir as apar ência s por fatos e as impressões por demonstr ações\u201d. François Magendie. O desenv o lvimento da Medi cina dependeu e depende, f u n damenta lm ent e, do desenvo l vim ento de outr as c iên c ias, a Físi ca, a Quím ica, a Matemá t i ca, a B i o l o gi a, a A rqueo l o g i a, a An t ropol o g i a, etc. , som ado a de s m ist ifi ca ção de pseudoci ências, o que ex p lica os sal t o s tecnol ó gi cos da década de 40 at é ho j e, not adam ente na era e spacial e co m o desenv o l vimento da inf or m át i ca. Entretanto, s e este desenv o lvimen t o n ão for cen t rado n a necessidade de Hum anidade, n a b u sca da v erdade, com o fim de se mi norar, quan do possív el , acabar co m o sof r imento d o ser h u m a n o , é estéri l e a n t i-ét i ca. Na década de 40 já se acop l a v a m co ran t es a a n t i cor pos para a detecção de an t í genos (substância s), quer e stranh o s, co m o pró pri o s do indiví duo e, passou -se a usa r corantes que emi t iam luz qua n do est i mulados po r feixes m o nocro m át i co s, po r ex e m plo: o i s i o t i o ci a n at o de fl uo resceína, estim u lado pe l a l uz ul t ra -vi o l eta, emi t e um a luz verde maçã. 7 Este mé t odo denomi nado de im u n o fl uo rescênci a, é apli c ado a tec i do s, cé l u l a s is o l adas e para a detecção e est udo de mic ro rgani sm o s o u para a det ecçã o de m o l é culas an t i gênicas. A pós décadas, a so m at ória de est udos, cul min o u co m o aco pl amento de en z im a s a an t i cor pos, resul t an do na Im u n o - hi st oquímica e na Im u nocito quí mica. Estes m ét odos permi te m a det ecção de ant í ge nos n o r m a i s e anor m a is , pró pri o s das cél u las do or gani s m o est udado, bem co mo os não pró pri os, co m o o s neo -ant í genos das cél u las n eo plá sicas, a lém d e per mi t irem a det ecção da perda de antí ge nos, entre estes, os receptor es das m embranas celulares. Inicialmente, t al vez devido a u m a a n á lis e apressa da e super fi c i a l , penso u -se que a I m uno -his to quími ca e a Imunoc i to quí mica subs t i t ui r iam a Histo pa to l o gia e a Cito patol o gia no diagnósti co das n eo pl as i a, haja vis t a serem mais específi co s. Entretanto, n ão se pode olvidar que t anto a p l ace n t a e a s suas memb r anas, co m o o cor dã o um bilical e to dos os folhe t os emb r i o ná r i o s, enfim, o f eto , têm a m es m a o r i gem , a cél u la ovo, o óvul o fec u ndado. Assim sendo, u m linfóci t o t em t o das as infor m aç ões gen ét i cas de u m neurônio ou de u m a célula ep i te lial o u m e sen qu imal , da mesma fora m que e stas apresentam o ge n o ma com u m e n t re si e o l inf ó ci t o . Em se trat an do de cél u las neoplá sicas, po dem ocorrer a perda de an t í genos, o aparecim e nto de novos ant í genos (po r m ut ação, aqui s iç ão , ex e mpl o : vi r a l , etc.) o u a ex po sição de antí ge n o s própr i os que nã o têm t radução f e not í pica em células nor m ais, assim , um linfóci t o neopl á sico pode ex pressar a porção do A DN r espons á v el p ela sín t ese de ceratin a, co mo pode, um ast róci t o, de or i gem e piblá st ica, a viment i na , a nt i gamente t i da com o marcadora de cél ulas mesenquim a i s. A t ualm e n t e, sabe-se que o ant i cor po anti-ant í geno espe c ífi co pro státi co , liga-se e m vá r i o s ó rgãos, i nclusive n o carcin o m a da m ama f eminina e masculina, da m es m a for m a que a enola se neurôni o específica, l iga-se a a n t í ge n os existentes em células n ão -neuronais. Estas descobertas sã o t ã o c ruciais que, e m se t ratan do do di agnóst i co e cl assifi cação de neop l asias, quando a I m u n o -his t o quí mica e I mun o ci t oquímica não são co n gr uentes co m o diagnósti co Hi st op a to l ó gic o s, a pr ef erência é dada à Histo pa to l o gi a. Para se evi t ar erros, usa- se painéis com vários anticorpos , que serv e m t amb é m, depen d endo do s an t i co rpos usados, para se determinar o pro gn ó s t i co das neo pl as i a s, do índic e pr oliferativ o e da apo ptose, da capacidade de invadir o s t eci dos e dar metástases, al é m da sua sensibili dade o u n ão a quimi ot erápi cos. Entretanto, n o m o m e nto , não exis t e a n t icorpo que, s e m leva r o ut r os fator es e m consideraçã o , di scriminam as neop l asias beni g nas das m a lignas, ali a s, conce ito clíni co exi ste n t e desde a ant i gu idade , segundo as t áb ua s vot iv as e outro s docum e n t o s estudad o s e descri t o s p o r Hi pócr ates. As definiç õ es de n eo pla sias beni g nas e m aligna s não s ão re sul t antes do estudo Hi sto pa to l ó g i co. Ocorr eu o contrári o , o estudo das neoplasias diagnosticadas clinicamente, permitir a m, a liado primordialmente à macroscopia e aos métodos e statísticos, concl u ir-se q uais a spectos Hi stopatológicos e stão rel a cionados ao compo r t am ento biológico benigno e ao mal ign o de uma neoplasia. Vem daí a necessidade da co rr e laç ão c l ínica e da Anatomia Patológica, mesmo que s ej a por métodos de imagem (radiografia, ul tra - sonograf ia, captação e demonstraç ão desta captação, etc), par a se chegar aos diagn ósticos mais acurados. 8 Os méto d o s de B i o l o gia Mo l ecular, especialment e com o s de senvo l vimen t o s das últ i mas duas décadas, co m o u sem a mplifi c ação ant i gê ni ca (P CR, capt ura de híb r idos) t r o uxeram a po ssi b ili d ade da sua ap lic ação no est udo m o rf o l ó gi co , dando or i gem à Hi sto pa to l o g i a Mo l ecular e à C i to patologia Mo l ecu l ar, pelas técnicas de Hibr i d iza ção \u201c in - situ \u201d, fluorescência \u201c in -situ \u201d(F I SH), PCR \u201c in -situ \u201d, permi t indo o estudo de al t erações m o leculares, do ADN, co m fins diagnósti cos e t erapêuti co s, das células , além da c l o nagem de seres vi vos e adul t os, t ecni ca m ente exeqüível p ara seres human o s. Fase pós-cel u lar e subcelular \u2013 será o f ut uro? Com o s experimentos e co m a prát ic a, t em-se de m o nstrado que a Medi cin a Molecular é uma r eali d ade e repre senta grande esperança para o f ut uro, par a a prev enção, para o di agnóst i co e para o tratamento das doença s. Entretanto, a c o ns t ruçã o de mi núscu l o s ro b ô s mol eculares, às vezes obser v á veis apenas n o mi cro sc ó pi o e l etrô ni co , tornou -se reali dade co m o s av a nç o s da Física, in clusive da Fí s ic a Quânt i ca, da Bi o logia Mo l ecu l ar e da Ciên c i a da, da E n ge nharia da Co m put ação, etc. Será questão de po uc o t em po o se u u so para o d i agn ó stico e para o t ra t am e n t o de al t eraçõ es subcelula res, ce lula res e do s ó rgãos, quan do estes micror obôs f o rem const ruí do s para reco n hecerem as c élulas normais e anorma i s, a l ém do s el e m ento s estranh o s, co m o o s microrganism o s. Os nan oro b ô s se r ão criados de m o do a serem hí b r i do s, \u201cmulas\u201d, e vi t ando -se a sua rep l icação, se f o ssem \u201cférte i s\u201d e cada u m co m uma funç ão espec ífi ca, co m o cui dado de serem inertes do pon to de vi st a im u no l óg i co , com a superfície de diamante, com m enor ativ ação de leucóc i t os e ab so rção de fib r in o gêni o , quas e que co mple t am e n t e in ert e do ponto de vi st a qu í mico p o rtanto col aborando para a minimi z ação da opsonis ação . Os nanoro b ô s são c o m put adores sim p les, port an to, co m o s pro pósi t o s Médic os, não t eri am e nem ter ão a inteligên c ia art ifi c ial as semelh a ndo -se à in t eli gê nci a humana, como ex e mpl o , o s respi r óc i to s, que têm menos de 1000 o peraç õ es computaci o nais /po r di spo si t iv o por segundo, bem m enos que u m Apll e II. Capacida de co m put aci o n al mai s ráp i da não é requer i da p ara a mai o r ia dos nan o ro b ôs par a uso Méd i co. Os respi r óc i to s sã o mic r orobôs com a capacidade de l iberare m ou de r eterem oxigêni o e gás carb ô nico. Os na norobôs se r i a m ativados ou desativa dos \u201ci n -viv o \u201d co m o n das de r ádi o , u l tr a - som , co m mens ag em acúst i ca, o u ao encontrarem cert as caract erí sticas bi o químicas, t ai s com o receptores de memb r ana, sen do que cada t i po de cé l ula apresenta um conj u nto úni co de ant í genos de superfí c ie, os sensor es quimi ot áti c os. A sua eliminação do o rganism o dar- se -á por fil tr ação com equ ipamen t o s pró p r i os ou por vi as naturais, com o o corre com o utras m o l écu l as. Algun s a n t í ge n os de superfície indicam o est ad o normal , de saúde, da cé l u la, o s ór gã o s afi ns, a es pécie do ani mal e, po d em l e v ar à ident i ficação do i ndivíduo. Os n a n oro b ô s po deri a m levar, espe c ifi c ament e nas células can cerosas, os me dicamento s, por exem p l o, dro gas ant i-cânc er , e m quant i dade ínfima, entr etanto es t e us o seri a uma incongruência. Da m es m a f o r m a qu e po deri am aj u dar a co mb at er agentes infecci o sos e a co rri g i r as falhas m o lecu l ar es de células a nor m ais, já que o s n a n o d i spo si t i vos po dem ser pro gram ados 9 para um s í t i o mui t o específic o de an t í genos de superf ície ce l u lares , tal co m o um tu m o r, um conj u nto de cél ulas neoplásicas. Haj a vis t a que e sta t ecn o l o gi a poderá propici ar a m od ifi cação e norm a li zação das cél u las neop l ás i cas, é u ma incongruênci a querer que as mi cro m áquinas levem quimi o terápicos at é as cé l ulas ca n cero sas , po i s, espera -se que e sta co rreçã o o c o rra m o dificando o m etabo li s m o , impedindo, po r ex empl o , que se for m em p la cas de at erom a s nas coronária s, artér i as cerebrais e o utras. Da mesma f o r m a, co m a Resso n â nci a Nuc le ar Magnét i ca, po der - se - i a det ectar o s nan o sondas, o seu a cúmul o n o s t eci do s e ór gãos, en t retanto , seri a out ra i ncongruência, u m an a cro ni s m o. Os na norobôs p o deri a m ser pr ogram ado s par a m apeare m os ó rgã o s, en viando para equi pa mentos adequado s, inf or mações que, ao serem pro cess ados po r \u201cso f t wares \u201d específi co s, im ag ens macro e mic r oscópic a s, além de inf o r m açõ es so b re o estado funci o na l das cél u las e dos t eci dos. Portanto, o desenv o lvi mento da M ed i c i na N anot ecn o l ó gi ca, aposentará tanto os mei o s e méto dos terapêuti co s at uai s, co m o o s de di ag n ó stic o, tal co m o a endosco pi a co m en do scóp i o de fi bras de vi dr o, já que nanorobôs mai o res po derão percorrer o s o rif íci o s e cavi dad es natura is do corpo, f aze n do o inv e ntár i o dos aspecto s norm a i s e a n o r m a i s, aliando o estudo da m orfo l og i a as dosagens de substân c ias pro duzi das ou absorvi d as nestes ó rgã o s. E o ex a m e H i st opato l óg i co com a fi na li dade d iagnó s t i ca, com o fica r ia? Com certeza a bi ó psia pers i st irá para o est udo, pel a microsco pi a e le t rônica de t ran s m issão, do estado dos n anoro bôs nos t eci do s, não com o at ualm e n t e, cuj o interesse é a condi ção do tec i do . Entretanto, as n a n o m áqu inas poderão ser usadas para examina r , r api da m ente, uma peça de t eci do, vi sto ri a n do a sua bi o qu í mica, bi o mecanism o s, características histo m étr i cas, Realm e n t e, n u ma er a de Na n o m edicina pro fici ente, raramen t e necessi t ar - se - á da ret i rada de am o str as de tec i do ou de células para a anális e, já que a m a i o r i a do s t estes serão possívei s \u201ci n - vivo\u201d. A Na n o m edicina e liminará, vi r tua l mente, to das as do en ça s co muns do sécul o XX, com a capa cidade de se e x pa ndir a capa cidade men t a l e de se readqu i r ir f u n çõ es sen soriais perd i das, depende n do da pr ogram ação do s n a n o computado res, que será t an to m a i o r, qua nto mai s co m p l e xa s f o re m as suas funções e, eventua lm ent e, usados para est imula r em e regu l arem a d i ferenc iaç ão de cél u l as t ro n co, m ã e, as células precurso ras, as qui meras, que possibili t ará, po r exem p l o, a reconst i t ui ção de part e perdi da de ó rgã o s, inclusi ve do céreb r o, m edula espinhal e ret i na. A Med i c ina, mesm o co m a Na n o ro b ót i ca, t erá que se ater ao Juram e nto de Hi pócr ates e aos pri nc í p i o s Ét i cos e B i oét i cos, quand o a C l ínic a cont in uará pere n e mente soberana, j á que o Médico, compe t en t e para o exam e do pac ien t e, sabendo in d i car o uso dos nanoco m put adores, entenderão o s resultados advindos da sua função \u201cin - viv o \u201d e saberão us á- l o s, i so l ada m e nte ou em equi pe, para a te rapêut i ca, s e m a n ecess ida de de mé t odos inv a sores, t an to para evi t ar as do en ças, co m o par a promove r a saúde e, pro v avelmente, a m ai or l ongevidade, ao rest aurar o s m ecanismos de reparação cel ular. Ref erê ncias bi bliográ f icas. Cam p bell, J.: O Poder do Mi t o . Pal a s A t h e na, São Paulo, 1988. Chen, L., A s hby , P ., Hafne r J., Chin- Li , C., Lieber, CM . : Nan o -P r obes f o r the Presente e Future, , 199 9, WWW . foresi g ht. org . 10 Di D i o, L.J.A: Tratado de An at omia A p lic ada, 1999. 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Patologia Médica - Conceitos Básicos

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