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Resumo AUDIÇÃO E VISÃO

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE NILTON LINS 
COORDENAÇÃO DE MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO DO FUNCIONAMENTO DA BIOFÍSICA DA AUDIÇÃO E VISÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus - AM 
2017 
 
2 
 
CLAUDIA DIAS 
LARISSA KALUME 
LUANA VIEIRA 
MARIA DE LOURDES 
RAYSSA MUNIZ 
SARAH LORENZONI 
TAMMY SUKY 
 
 
 
 
 
RESUMO DO FUNCIONAMENTO DA BIOFÍSICA DA AUDIÇÃO E VISÃO 
 
 
 
Trabalho elaborado para a disciplina de 
Fundamentos da Biofisiologia Humana, no 
curso de Medicina na Universidade Nilton 
Lins. 
 
 
 
 
Professora Nayana Coutinho Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus - AM 
2017 
 
3 
 
SUMÁRIO 
1. VISÃO ............................................................................................................... 4 
1.2 ÓPTICA DO OLHO .......................................................................................... 4 
1.3 ERROS DE REFRAÇÃO .................................................................................. 5 
1.4 SISTEMA DE LÍQUIDOS DO OLHO ............................................................. 7 
1.5 FUNÇÕES RECEPTORA E NEURAL DA RETINA ...................................... 7 
1.6 FOTOQUÍMICA DA VISÃO ........................................................................... 8 
1.7 VISÃO COLORIDA .......................................................................................... 9 
1.8 FUNÇÃO NEURAL DA RETINA ................................................................... 9 
1.9 NEUROFISIOLOGIA CENTRAL DA VISÃO : VIAS VISUAIS ................. 10 
1.10 ORGANIZAÇÃO E FUNÇÃO DO CÓRTEX VISUAL ................................ 11 
1.11 PADRÕES NEURONAIS DE ESTIMULAÇÃO DURANTE ANÁLISE DA 
IMAGEM VISUAL ......................................................................................... 11 
1.12 CAMPOS VISUAIS; PERIMETRIA .............................................................. 11 
1.13 MOVIMENTOS OCULARES E SEU CONTROLE ...................................... 12 
1.14 CONTROLE AUTÔNOMO DA ACOMODAÇÃO E DA ABERTURA 
PUPILAR ......................................................................................................... 12 
2. AUDIÇÃO ....................................................................................................... 13 
2.1 MEMBRANA TIMPÂNICA E O SISTEMA OSSICULAR .......................... 13 
2.2 CÓCLEA ......................................................................................................... 13 
2.3 MECANISMOS AUDITIVOS CENTRAIS ................................................... 14 
2.4 ANORMALIDADES DA AUDIÇÃO ............................................................ 15 
3 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 16 
 
 
 
 
4 
 
BIOFÍSICA DA AUDIÇÃO E VISÃO 
1. VISÃO 
Lembrando que a refração da luz é o fenômeno em que a mesma é transmitida de 
um meio a outro diferente. 
 Ao atravessar uma interface angulada, o feixe se curva pois altera sua velocidade 
significativamente. Como a direção em que a luz trafega é sempre perpendicular ao 
plano, a direção do feixe se modifica. É justamente essa angulação que é observada 
como refração. 
Observando uma lente convexa, 
os raios que a atingem perpendicular não 
são refratados, somente os feites 
angulados. Essa curva em direção ao 
centro é a convergência. E se a lente 
possuir curvatura apropriadas, esses 
feixes serão curvados o suficiente para 
atingir um ponto único: o ponto focal. 
 É importante ressaltar que enquanto as lentes esféricas geram um ponto focal, no 
qual convergem os feixes, a lente cilíndrica só altera os raios nos dois lados, sem alterar 
na sua parte superior e inferior, criando assim uma linha focal. Sendo que as cilíndricas 
côncavas divergem a luz, enquanto as convexas convergem. 
 Em uma lente convexa, distância focal é a alcance além da própria lente em que 
os raios paralelos convergem para um ponto focal. A relação desta com a lente, fonte de 
luz e o foco são expressos pela fórmula: 
 
 
 
 
 
 
 
 
. Onde f é a distância focal, a é a 
distância da fonte e b é a distância do foco no outro lado da lente. 
 Quanto mais uma lente for capaz de curvar os feixes, maior será seu poder 
refrativo, medido através da dioptria, calculado por 1 metro dividido pela distância 
focal. Mas como as lentes côncavas divergem os raios, a sua classificação é comparativa 
e proporcional. 
1.2 ÓPTICA DO OLHO 
Podemos comparar o olho humano à uma câmera fotográfica comum. Um 
sistema de lentes com abertura variável – a pupila – e o correspondente ao filme: a 
retina. Mas no olho, esse sistema é composto por quatro regiões refrativas: entre o ar e a 
5 
 
córnea, entre a córnea e o humor aquoso, entre o humor e o cristalino e, finalmente, 
entre este o humor vítreo. Para facilitar os cálculos, foi criado o olho reduzido que 
considera apenas uma superfície refrativa com um ponto central de 17 mm à frente da 
retina e 59 dioptrias. 
 
 O sistema de lentes focaliza uma imagem invertida e reversa de um objeto na 
retina, porém nossa mente é capaz de se orientar, adaptando a inversão como normal. 
Ainda nessas adaptações naturais, temos o mecanismo de acomodação, quando a forma 
do cristalino é mudada, aumentando a sua convexidade, uma vez que a estrutura é 
composta de uma cápsula elástica forte e cheia de líquido viscoso transparente, onde 
fixam-se cerca de setenta ligamentos capazes de tensionar ou relaxa-lo. Tal acomodação 
é controlada quase inteiramente pela inervação parassimpática. 
 À medida que envelhecemos, nosso cristalino fica mais espesso, tornando-se 
menos elástico, muito pela desnaturação progressiva de suas proteínas. Logo, a 
capacidade de acomodar-se muda com a idade; e ao atingir praticamente 0 dioptria, 
temos a condição de presbiopia. Neste estado, cada olho fica permanentemente focando 
uma distância quase constante; é justamente quando se faz necessário os óculos 
bifocais. 
 Regular a quantidade de luz na escuridão, ou diminuir durante o dia, é função da 
íris. Mas no geral, a quantidade de luz é proporcional à área da pupila; interferindo 
inclusive no foco, cuja maior profundidade é possível quando a pupila é muito pequena, 
uma vez que praticamente todos os feixes atravessariam o centro da lente. 
1.3 ERROS DE REFRAÇÃO 
 Um olho considerado normal é chamado de emetrópico, capaz de ver todos os 
objetos distantes focados mesmo com os músculos ciliares relaxados. Quando existe 
alguma alteração nesta normalidade, considerados um erro de refração. 
6 
 
 Algumas pessoas podem possuir um globo ocular curto demais – ou ainda um 
sistema de lentes fraco – que só permite uma boa visão à distância, a essa condição 
chamamos de hipermetropia. Seus feixes paralelos não são curvados o suficiente para 
chegar ao foco quando alcançam a retina, e o mecanismo de acomodação só pode 
ajustar a visão para longe. 
 Numa condição inversa, a 
miopia ocorre justamente quando o 
globo ocular é longo demais, e neste 
caso o indivíduo possui uma visão boa 
para perto, pois os raios de luz oriundos 
de objetos afastados são focalizados 
antes da retina. E como não existe um 
mecanismo para diminuir a força de 
uma lente para menos, o míope não tem 
uma acomodação para a visão para 
longe. No entanto, quando mais se 
aproxima do olho, o objeto pode ficar 
perto o suficiente para que a imagem seja focalizada. 
 Para corrigir tais condições, é necessário usar as diferentes características das 
lentes.Se a lente côncava diverge os feixes é capaz de diminuir o poder retrativo do 
olho, neutralizando-o e corrigindo a miopia. O processo inverso acontecia com as lentes 
convexas e a hipermetropia. A determinação da força dessas lentes é geralmente feita 
por um processo de tentativa, testando várias lentes até o paciente escolher a melhor 
acuidade visual. 
 Outra condição é o astigmatismo, quando ocorre um defeito óptico nos sistemas 
de lentes fazendo com que a imagem de um ponto seja igual a dois pequenos segmentos 
de reta perpendiculares que se formam a diferentes distâncias. De tal forma, o 
mecanismo de acomodação não é capaz de compensar essa curvatura desigual fazendo 
que a pessoa sem auxílio de óculos – neste caso, composto por duas lentes cilíndricas - 
não consiga focalizar nenhum objeto a qualquer que seja a distância. 
 Já a catarata é uma anormalidade comum, na maioria das vezes em idosos. É 
uma área – ou áreas – nublada no cristalino. Em um primeiro momento, as proteínas de 
algumas fibras começam a desnaturar, depois coagulam formando as áreas opacas. Se 
7 
 
chegar ao ponto de comprometer de forma grave a visão, pode-se fazer uma correção 
cirúrgica. 
1.4 SISTEMA DE LÍQUIDOS DO OLHO 
 Para conservar o globo ocular distendido, o olho é cheio com um líquido 
intraocular que mantém pressão interna. Tal líquido é divido em humor aquoso e vítreo. 
O primeiro está sempre sendo formado e reabsorvido, tal equilíbrio regula o volume e a 
pressão deste líquido intraocular. A pressão média é de cerca de 15mmHg, que pode ser 
medida pelo tonômetro, aplicando uma pressão e deslocando a córnea, a distância do 
movimento é convertida. O nível da pressão é determinado, principalmente, pela 
resistência à saída do humor aquoso da câmara anterior para o canal de Schlemm. 
 Uma das grandes causas da cegueira é o glaucoma, condição em que a pressão 
intraocular se torna patologicamente alta, podendo atingir 70mmHg, sendo que qualquer 
valor acima de 25 de forma constante já causa perda de visão. Tanto que o paciente 
pode ficar cego em dias, mas também em apenas algumas horas. À medida que a 
pressão aumenta, axônios no nervo óptico são comprimidos, bloqueando o fluxo axonal 
e impedindo a nutrição apropriada das fibras, causando suas mortes. Pode ser tratado 
com um colírio que possui uma substância capaz de reduzir secreção ou aumentar a 
absorção do humor aquoso, se falhar técnicas cirúrgicas são indicadas. 
1.5 FUNÇÕES RECEPTORA E NEURAL DA RETINA 
 A retina é região sensível à luz e contém os cones (visão de cores) e os 
bastonetes (visão em preto-e-branco). Ao serem excitados, em primeiro lugar seus 
sinais são transmitidos 
através de várias camadas 
de neurônios para depois 
se propagarem por fibras 
do nervo óptico e de lá 
para o córtex cerebral. 
 Na figura ao lado, 
podemos observar as 
camadas que compõe a 
retina. A fóvea é uma 
pequena área no centro da retina, especializada em visão acurada e detalhada. 
8 
 
 Os principais segmentos funcionais de 
um cone ou bastonete são: segmento externo, 
segmento interno, núcleo e corpo sináptico. Na 
parte mais externa fica a substância fotoquímica 
sensível a luz, nos bastonetes (rodopsina) e nos 
cones três conhecidas por pigmentos coloridos. 
No segmento interno, fica o citoplasma, com 
grande relevância para as mitocôndrias. No 
corpo sináptico que se liga às células nervosas. 
 A melanina na camada pigmentar 
impede a reflexão da luz por todo globo ocular, 
extremamente importante para a visão, uma vez que sem ela os feixes seriam refletidos 
em várias direções. 
 É a artéria central da retina, a responsável pelo suprimento sanguíneo das 
camadas mais internas. A externa é aderente à coroide, que também é um tecido 
altamente vascularizado, entre a retina e a esclera. 
1.6 FOTOQUÍMICA DA VISÃO 
 As substâncias químicas que existem nos cones e bastonetes se decompõem 
diante a exposição de luz, e durante esse processo, excitam as fibras do nervo óptico. A 
rodopsina é a combinação do pigmento carotenoide retinal – ou retineno – e a proteína 
escotopsina. Essa estrutura permite uma decomposição rápida, uma vez que a 
fotoativação de elétrons modifica a forma cis para trans, tal mudança estrutural afasta os 
elementos. Quando ativada, a rodopsina (metarrodopsina II) provoca alterações elétricas 
nos bastonetes, que transmitem a imagem visual para o SNC sob a forma de potencial d 
e ação do nervo óptico. 
 
9 
 
 Ao ser exposto à luz, o bastonete tem seu potencial receptor diferente em 
praticamente todos os seus receptores, pois causa aumento da negatividade do potencial 
de membrana intrabastonetes, um estado de hiperpolarização. Quando a rodopsina se 
decompõe, a condutância da membrana é diminuída para íons sódio no segmento 
externo. O segmento interno bombeia continuamente sódio de dentro para foram 
gerando um potencial negativo. Os discos fotorreceptores são permeáveis aos íons sódio 
que são carregadores positivamente e difundem-se para o interior, neutralizando o 
processo. 
 Quando um indivíduo está sob luz intensa por muito tempo, a maioria das 
substâncias fotoquímicas terá sido reduzida a retinal e opsinas; reduzindo assim a 
sensibilidade à luz. Tal processo é conhecido como adaptação à luz. O inverso é 
verdadeiro, ao ficar em escuridão total, o retinal e a opsina serão convertidos em 
pigmentos sensíveis, gerando a adaptação ao escuro. Além da alteração na concentração 
dessas substancias, a adaptação pode ser a partir da alteração do tamanho pupila ou 
ainda uma adaptação neural. 
1.7 VISÃO COLORIDA 
 O olho humano é capaz de detectar 
vários espectros ainda que somente o azul, 
verde e vermelho seja apresentado em várias 
combinações. Mas quando um único grupo de 
cones receptivos à cor está ausente, o indivíduo 
é incapaz de distinguir algumas cores de outras. 
Existem vários tipos, como a protanopia – 
cegueira para o vermelho – e até o distúrbio 
genético, exclusivamente masculino, a cegueira para o vermelho-verde. Para testar essas 
cegueiras é utilizado um quadro de manchas. 
1.8 FUNÇÃO NEURAL DA RETINA 
 A organização neural da retina é complexa, mas basicamente apresenta conexões 
de diferentes tipos celulares: fotorreceptores (cones e bastonetes) que transmitem a 
informação para a camada plexiforme externa; células horizontais, de fotorreceptores 
para células bipolares, que transmitem para a camada plexiforme interna, para realizar 
sinapse com células ganglionares e amácrinas. 
10 
 
 Células amácrinas transmitem 
sinais em duas direções, de forma 
horizontal dentro da camada plexiforme 
interna ou diretamente de células 
bipolares. Enquanto as ganglionares 
transmitem sinais eferentes da retina 
através do nervo óptico para o cérebro. 
Ainda existe a célula plexiforme, que 
transmite sinais na direção retrógrada a 
partir da camada interna para a externa. A 
transmissão da maioria dos sinais ocorre 
nos neurônios da retina por condução 
eletrônica, não por potenciais de ação. 
1.9 NEUROFISIOLOGIA CENTRAL DA VISÃO : VIAS VISUAIS 
 Os nervos ópticos são as vias para os sinais da retina, e é no quiasma óptico que 
as fibras das metades nasais atravessam para seus lados opostos, unindo-se as fibras 
temporais, formando o trato óptico. No núcleo geniculado dorsolateral do tálamo, essas 
fibras fazem sinapse e as fibras geniculocalcarinas se projetam no trato 
geniculacalcarino para o córtex visual primário. Ainda se projetam para áreas como os 
núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo e os núcleos pré-tectais no mesencéfalo. 
 No chamado sistema novo, as 
fibras do nervo óptico terminam no 
núcleogeniculado dorsolateral, 
exercendo duas funções: retransmissão 
de informações visuais para o córtex por 
meio de radiação óptica. Lembrando que 
metade das fibras é derivado de um olho, 
no final representando as duas retinas. 
 A segunda função é controlar 
quanto do sinal é permitido passar para o 
córtex. Esse sinal são recebidos das 
fibras corticofugais e das áreas 
reticulares do mesencéfalo. 
11 
 
1.10 ORGANIZAÇÃO E FUNÇÃO DO CÓRTEX VISUAL 
 O córtex visual primário situa-se na área da fissura calcarina, estendendo-se à 
frente a partir do polo occipital na parte medial de cada córtex, região dos sinais visuais 
diretos. A fóvea da retina é responsável pelo grau mais alto de acuidade visual, tendo 
significativamente mais representação no córtex visual que a maioria da partes 
periféricas da retina. 
 As secundárias, conhecidas como áreas de associação visual, encontram-se 
lateral, anterior, superior e inferiormente ao córtex visual primário. Sinais secundários 
são transmitidos a estas áreas para análise dos significados visuais. Existe uma 
necessidade de várias áreas pois muitos aspectos da imagem visual são 
progressivamente dissecados e analisados. 
1.11 PADRÕES NEURONAIS DE ESTIMULAÇÃO DURANTE 
ANÁLISE DA IMAGEM VISUAL 
 Apenas alguns neurônios no córtex primário são estimulados quando um 
indivíduo fita uma parede em branco. 
Para compreender o que o córtex visual 
capta, a imagem ao lado mostra o padrão 
espacial. As áreas de máxima excitação 
ocorre ao longo das bordas nítidas. 
 Já o córtex visual detecta não 
apenas a existência de linhas e bordas 
nas diferentes áreas da imagem da retina, 
como a direção de orientação de cada 
linha ou borda. Para cada uma das 
orientações, são estimuladas células neuronais específicas, captadas por células simples. 
As complexas, por outro lado, são capazes de mesmo a distância processar a direção, 
mas não a posição. 
 
1.12 CAMPOS VISUAIS; PERIMETRIA 
 A área visual vista por um olho em determinado instante é o conceito de campo 
visual. E a perimetria é processo para diagnosticar cegueira em partes específicas. Às 
vezes, achamos manchas cegas fora da área do disco óptico, chamadas de escotomas, 
usualmente causadas por lesão do nervo óptico decorrente de glaucoma, reação alérgica 
ou patologia tóxica. 
12 
 
1.13 MOVIMENTOS OCULARES E SEU CONTROLE 
 O uso máximo das capacidades visuais 
do nosso corpo dependemos tanto da 
interpretação dos sinais visuais e do controle de 
direcionamento. Esses movimentos são 
controlados por três pares de músculos: retos 
medial e lateral, os retos superior e inferior e os 
oblíquos superior e inferior. 
 O primeiro par contrai-se para 
movimentar os olhos de lado a lado; o reto superior e inferior, para movimentos de cima 
e baixo, enquanto os oblíquos rodam o globo. O controle cortical do aparelho 
oculomotor propaga sinais das áreas visuais no córtex occipital, através de tratos para as 
áreas pré-tectal e do colículo superior no tronco cerebral. 
 Quanto aos movimentos de fixação, são controlados por dois mecanismos 
neuronais. O de fixação permite movimentação voluntária para determinado objeto, 
enquanto o involuntário mantém o olhar após o objeto ser definido. Os campos oculares 
corticais occipitais involuntários posteriores automaticamente travam os olhos numa 
dada mancha do campo visual, impedindo o movimento da imagem na retina, para sair é 
necessário sinalizar ao campo ocular voluntário. 
 Para tornar as percepções visuais mais significativas, as imagens visuais nos dois 
olhos normalmente se fundem entre si nos pontos correspondentes das duas retinas. 
Nessa fusão, o córtex visual t em papel importante. Ocorrem interações de interferência 
em neurônios específicos quando as duas imagens visuais não estão precisamente 
fundidas. No estrabismo, por exemplo, um ajuste anormal do mecanismo de fusão do 
sistema visual causa o olho torto. 
 
1.14 CONTROLE AUTÔNOMO DA ACOMODAÇÃO E DA 
ABERTURA PUPILAR 
 O olho é inervado por fibras nervosas parassimpáticas e simpáticas. As primeiras 
originam-se no núcleo de Edinger-Westphal e passam no terceiro nervo até o gânglio 
ciliar, atrás do olho. Enquanto a simpática se origina nas células do corno 
intermediolateral do primeiro segmento torácico da medula espinhal. De lá, entram na 
cadeia simpática e sobem para o gânglio cervical superior, onde fazem sinapse com os 
neurônios pós-ganglionares. 
13 
 
 O mecanismo que focaliza o sistema do cristalino do olho é essencial para um 
bom grau de acuidade visual. Essa acomodação resultada da contração ou do 
relaxamento do músculo ciliar do olho, causando aumento do poder refrativo do 
cristalino ou diminuição no caso do relaxamento. É regulada por um mecanismo de 
feedback negativo que automaticamente ajudas esse poder. 
 A estimulação dos nervos parassimpáticos também excita o músculo esfíncter da 
pupila, diminuindo assim a abertura pupilar; conhecido como miose. Inversamente, a 
estimulação dos nervos simpáticos excita as fibras radiais da íris e causa dilatação da 
pupila, a midríase. Algumas doenças do sistema nervoso danificam a transmissão dos 
sinais visuais das retinas, podendo bloquear os reflexos pupilares. 
2. AUDIÇÃO 
2.1 MEMBRANA TIMPÂNICA E O SISTEMA OSSICULAR 
 Os ossículos conduzem o som 
da membrana timpânica através da 
orelha média, chegando à cóclea. 
Fixado à membrana está o cabo do 
martelo, este unido à bigorna por 
minúsculos ligamentos, fazendo que 
eles sempre movam juntos. A outra 
extremidade da bigorna articular-se 
com a base do estribo, e placa do 
estribo encontra-se contra o labirinto membranoso da cóclea na abertura da janela oval. 
A membrana timpânica e o sistema ossicular proporcionam equalização das 
impedâncias entre as ondas sonoras no ar e as vibrações sonoras no líquido da cóclea. 
A cóclea está mergulhada em uma cavidade óssea no osso temporal, o chamado 
labirinto ósseo, as vibrações do crânio inteiro podem causar vibrações no líquido na 
própria cóclea. 
2.2 CÓCLEA 
 É um sistema de tubos espiralados: a rampa vestibular, a rampa média e a 
timpânica. Sendo a primeira e a segundo separadas pela membrana de Reissner (ou 
vestibular); a rampa timpânica e a média são separadas pela membrana basilar, que em 
14 
 
sua superfície encontra-se o órgão de Corti com uma série de células 
eletromecanicamente sensíveis, as células ciliadas. 
 As vibrações sonoras entram na rampa vestibular a partir da placa do estribo na 
janela oval, conectando-se às bordas para movimentar-se para dentro e fora com as 
vibrações. O movimento faz com que o líquido se mova para frente da rampa vestibular 
e média. 
 O órgão de Corti é o receptor que gera impulsos nervosos em resposta à vibração 
da membrana basilar. Com as células ciliadas internas e externas que fazem sinapse com 
uma rede de terminações nervosas da cóclea. As fibras nervosas estimuladas pelas 
células ciliadas levam ao gânglio espiral de Corti, no centro da cóclea. 
 A intensidade é determinada pelo sistema auditivo por alguns modos. À medida 
que o som se torna mais intenso, a amplitude de vibração da membrana basilar e de 
células ciliadas também cresce, de modo que as ciliadas excitem as terminações 
nervosas em frequências mais rápidas. Ou ainda o aumento da vibração faz com que 
cada vez mais células fiquem estimuladas, causando assim somação espacial dos 
impulsos. 
2.3 MECANISMOS AUDITIVOS CENTRAIS 
 As fibras nervosas do gânglio espiral de Corti entram nos núcleos cocleares 
dorsal e ventral, na parte superior do bulbo. Algumas fibras de segunda ordem também 
se projetam para o núcleoolivar, e de lá, a via auditiva sobe através do lemnisco lateral. 
No fim, a via prossegue por meio da radiação auditiva até o córtex auditivo. 
 Sinais de ambas as orelhas são transmitidos através das vidas e em pelo menos 
três lugares no tronco cerebral ocorre cruzamento entre duas vias: no corpo trapezoide, 
na comissura entre os dois núcleos do lemnisco lateral e na comissura que liga os dois 
colículos inferiores. Muitas fibras entram diretamente no sistema reticular ativador do 
tronco cerebral. 
 O córtex auditivo se subdivide em primário e de associação auditiva. Sendo que 
o primário é excitado de forma direta por projeções do corpo geniculado, enquanto áreas 
de associação são por impulsos do córtex. 
 No momento em que a excitação chega ao córtex cerebral, a maior parte dos 
neurônios responsivo ao som responde a apenas uma faixa estreita de frequências, isso 
faz com que em algum ponto da via, mecanismos de processamento focalizam a 
resposta a frequências. 
15 
 
 Um indivíduo percebe a direção do som horizontal através do intervalo de tempo 
e a diferença entre as intensidades de sons nas duas orelhas. Mas os mecanismos de 
percepção não podem dizer se o som está emanado da parte da frente, de trás, cima ou 
baixo da pessoa. Esta discriminação é dada pelos pavilhões auditivos, cuja forma 
modifica a qualidade do som. 
 
2.4 ANORMALIDADES DA AUDIÇÃO 
 A surdez pode ser classificada em dois tipos: a causada por comprometimento da 
cóclea ou do nervo auditivo, a surdez nervosa, ou a causa por problemas nas estruturas 
físicas da orelha condutoras do som, a surdez de condução. No caso de destruição da 
cóclea ou do nervo auditivo, a surdez é permanente. Em outros casos, podemos 
compensar as perdas com aparelhos. 
 
16 
 
3 REFERÊNCIAS 
 
Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2011). Tratado de Fisiologia Médica - 12ª Ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier / Medicina Nacionais.

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