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UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CLAUDINEI ELIAS FIGUEREDO DANIELLA NEIA DE FREITAS EVARISTO JOSÉ DOS SANTOS JUNIOR LUANA ELIZETE SOARES MEYER ROBERTO VINÍCIUS DE MORAIS ALCÂNTARA RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA À INDÚSTRIA “SUPERMASSA E ARTEFATOS DE CONCRETO” 05/2018 SINOP – MT UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CLAUDINEI ELIAS FIGUEREDO DANIELLA NEIA DE FREITAS EVARISTO JOSÉ DOS SANTOS JUNIOR LUANA ELIZETE SOARES MEYER ROBERTO VINÍCIUS DE MORAIS ALCÂNTARA RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA À INDÚSTRIA “SUPERMASSA E ARTEFATOS DE CONCRETO” Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Materiais de Construção Civil II, do curso de Bacharelado em Engenharia Civil, da Universidade do Estado de Mato Grosso. Prof.: Vinicius Gonsales Dias. 05/2018 SINOP – MT UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL SUMÁRIO 1. Introdução ................................................................................................................................... 2 2. Objetivos ..................................................................................................................................... 2 3. Descrição da visita ...................................................................................................................... 2 4. Conclusão .................................................................................................................................... 6 5. Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 6 UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 2 1. Introdução A concretagem é o processo final envolvido no ciclo de execução de uma estrutura de concreto. Embora seja a etapa mais “curta”, necessita de um bom planejamento que leve em conta todos os possíveis fatores que interfiram na produção, visando um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. Dessa forma, é de extrema importância para o futuro engenheiro o estudo de todos os procedimentos e aspectos envolvidos nesta etapa. Neste contexto, o conhecimento prático também se faz muito necessário, visto que a teoria é importante para a real compreensão dos fenômenos e procedimentos analisados, porém servem apenas como uma boa base para o futuro trabalho prático. Seguindo este princípio, foi realizada uma visita técnica à indústria concreteira “Supermassa e Artefatos de Cimento”, da Transterra, para que visualizássemos na prática como ocorrem os inúmeros processos relacionados à concretagem estudados nesta disciplina, no intuito de agregar conhecimento à base teórica que estamos formando ao longo do curso. 2. Objetivos Este relatório visa discorrer de forma descritiva a respeito da visita técnica à empresa concreteira “Supermassa e Artefatos de Cimento”, abordando aspectos de seu funcionamento e a forma como o mesmo se relaciona com os conteúdos abordados na disciplina de Materiais de Construção Civil II, bem como expor as respectivas conclusões referentes a este evento. 3. Descrição da visita A visita aconteceu no dia 15 de maio, no período matutino (por volta das 09h), quando nos locomovemos até a sede da empresa, que se situa ao lado da BR-163. Quem nos recebeu foi o engenheiro Thiago Pinto, remanescente da própria UNEMAT, e o mesmo foi o responsável por conduzir-nos durante toda a visita e nos apresentar à estrutura da empresa. Antes de iniciarmos a visita às divisões do local, o mesmo nos explicou a respeito da importância de se adotar um bom controle para o preparo do concreto, que envolve uma boa escolha dos agregados, estudo da granulometria e umidade dos mesmos, o cálculo correto do traço, além de uma experiência prática mínima necessária, considerando que qualquer erro UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 3 nestas etapas pode prejudicar a estrutura quando pronta, comprometendo sua resistência, por exemplo. A Supermassa, como a maioria das concreteiras e outras indústrias que trabalham com esse tipo de matéria prima, enfrenta como principal problema de logística o elevado custo do transporte desta até a sede da fábrica. Os traços são calculados no escritório, e os agregados ficam dispostos no pátio da empresa e podem ser divididos em três tipos básicos: • Areia: retirada do rio Teles Pires, é fina e reativa; • Brita 1: é transportada de Santa Helena; • Areia de brita: artificial, decorrente do processo de britagem. A empresa utiliza mais de um tamanho de brita, para diminuir a quantidade de vazios no concreto, e assim evitar problemas como diminuição da sua capacidade de suportar carregamentos. O controle da temperatura da brita é feito por meio de mangueiras que molham a superfície do monte de agregado, medida que é imprescindível para um bom controle da umidade do concreto, visto que se a temperatura da brita for muito superior à temperatura ambiente, podem ocasionar futuras fissuras. Outro aspecto que é necessário monitorar é a umidade da areia, pois tal percentual afeta consideravelmente a relação água/cimento. O primeiro local visitado foi a indústria de concreto onde, inicialmente, os agregados são colocados em baias de triagem, nas quais são pesados e, em seguida, as britas de tamanhos previamente especificados descem junto à areia por uma esteira, seguindo para o caminhão (onde são misturadas e homogeneizadas). Figura 1: Fábrica de concreto. Figura 2: Esteira. Fonte: Elaborada pelos autores. Fonte: Elaborada pelos autores. UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 4 Próximo ao local onde os caminhões são estacionados para receber a mistura, existem dois silos de considerável capacidade volumétrica, que são responsáveis pelo armazenamento do cimento e da água utilizados no processo (ambos possuem balança): assim que acionados os devidos comandos, o cimento e a água são liberados e se misturam pouco antes de caírem no caminhão betoneira, os aditivos adequados são adicionados na água que compõe a mistura. Figura 3: Silos de armazenamento. Fonte: Elaborada pelos autores. A mistura dura no mínimo 5 minutos e, acima disso, são adicionados um minuto para cada metro cúbico de concreto (a capacidade do caminhão é de 9 m3). Durante esse processo é realizado novamente um controle: o teste de slump (slump test), que serve como parâmetro para avaliar a trabalhabilidade do concreto em seu estado plástico, buscando medir sua consistência e avaliar se está adequado parao uso a que se destina. São moldados os corpos de prova necessários para manter a garantia de qualidade da linha de produção. Figura 4: Slump test. Figura 5: Corpos de prova moldados. Fonte: Elaborada pelos autores. Fonte: Elaborada pelos autores. UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 5 A empresa possui também um sistema de gerenciamento de resíduos, todo o concreto que sobra é lavado e reaproveitado (desde os agregados à água restante). Figura 6: Reaproveitamento do concreto. Fonte: Elaborada pelos autores. Posteriormente, fomos levados à fábrica de tubos. O local possui a estrutura de um “barracão”, e lá fica o processador (misturador) de cimento. As peças são dimensionadas de acordo com a sua necessidade de vazão, especificidade e resistência mecânica necessária (de acordo com a carga que atuará sobre a peça), sendo assim, quanto maior a resistência do produto, maior será o número de sua classificação. Figura 7: Fábrica de tubos. Figura 8: Armações dos tubos. Fonte: Elaborada pelos autores. Fonte: Elaborada pelos autores. UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 6 Depois de o concreto ser colocado nas fôrmas de moldagem das peças, é feito o adensamento por meio dos efeitos vibratórios com o uso de vibradores eletromecânicos especialmente projetados para esta finalidade. O ar incorporado no concreto é retirado, propiciando a acomodação dos agregados miúdos e graúdos. Após essa etapa, as fôrmas são retiradas por uma máquina específica e ficam em processo de cura por tempo compatível com o ganho de resistência, para o seu transporte e manuseio. Estima-se um ganho de resistência final com prazo máximo de 28 dias corridos, seguindo a média usual da maioria dos tipos de concreto. 4. Conclusão O acompanhamento do processo de concretagem na indústria contribuiu para a formação de nossos conhecimentos teóricos envolvidos na disciplina. Observando todas as etapas necessárias, tornou-se clara a importância do controle de qualidade em cada parte do processo, para que não haja desperdícios e/ou perda de qualidade. Houve uma troca de informações que se relacionam com os conteúdos estudados em sala, além de ter sido comprovada, também, a importância da realização de visitas técnicas durante o curso, que permitem expandir o conhecimento e, mais que isso, observá-lo na prática. 5. Referências COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO. Concretagem – práticas. Disponível em: < http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concretagem- praticas/execucao/60/concretagem-praticas.html>. Acesso em: 22 mai. 2018. ESCOLA ENGENHARIA. Concretagem. Disponível em: < https://www.escolaengenharia.com.br/concretagem/>. Acesso em: 22 mai. 2018. MAPA DA OBRA. Tubos de concreto. Disponível em: < http://www.mapadaobra.com.br/negocios/veja-como-sao-fabricados-os-tubos-de-concreto/>. Acesso em: 22 mai. 2018. PICCOLO, Rafael de Barros Aranha. Processo de execução da concretagem e controle do serviço. Unicamp, São Paulo. 2011. UFRGS. Concreto: Ensaio do abatimento (Slump test). Disponível em: < https://www.ufrgs.br/eso/content/?p=956>. Acesso em: 22 mai. 2018.
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