SERVIÇOS JURÍDICOS

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ANHANGUERA EDUCACIONAL
Unidade de Apoio Presencial – Polo Cordeirópolis - SP
Curso de Tecnologia em Serviços Jurídicos, Cartorários e Notariais.
PAULO NUNES LIMA – RA: 2776541372
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
“Casar duas vezes em Cartório Civil é ato ilegal?”.
Cordeirópolis - SP
2018
PAULO NUNES LIMA – RA: 2776541372
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
“Casar duas vezes em Cartório Civil é ato ilegal?”.
Trabalho apresentado às disciplinas:Projeto Integrado I,Responsabilidade Social e Ambiental, Homem, Cultura e Sociedade, Direito Civil – Pessoas e Bens, Teoria Geral do Direito Constitucional e Direito Penal – Parte Geral, do curso de Tecnologia em Serviços Jurídicos, Cartorários e Notariais-Anhanguera.
Professores:Márcio Saviani, LuísaSararia, Janaina Carla Testa, Flávio Pierobon, João Scaff, Maria Angela Santini.
Tutora Eletrônica: Claudia Tersarioli
Cordeirópolis - SP
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUCÃO	4
2 DESENVOLVIMENTO	5
2.1 Passo 1 – Homem, Cultura e Sociedade 	6
2.2 Passo 2 – Responsabilidade Social e Ambiental 	7
2.3 Passo 3 - Direito Civil – pessoas e bens 	8
2.4 Passo 4 – Teoria Geral do Direito Constitucional 	10
2.5 Passo 5 – Direito Penal – parte geral 	11
3 CONCLUSÃO	12
4 REFERÊNCIAS 	13
1 INTRODUÇÃO
Considerando que a questão em aberto e se, “Casar duas vezes em cartório de registro civil é um ato ilegal”. Nesse trabalho acadêmico trataremos do caso do Sr. Frederico, um cidadão casado legalmente que depois de 20 anos mesmo sem ser viúvo ou divorciado tornou a casar novamente com uma jovem de dezesseis anos, e tendo o Ministério Publico interpondo uma ação para o cancelamento do segundo casamento.
È possível casar duas vezes em cartório de registro civil de pessoas naturais?
Pode Ministério Público intervir em um casamento?
Existe amparo legal para anulação de casamento após sete anos?
2 DESENVOLVIMENTO
Vamos tratar nesse tema sobre o amparo legal para a anulação do segundo casamento do Sr, Frederico, analisando as questões éticas, as responsabilidades e a maneira a conservar os direitos adquiridos pela segunda esposa, que por não ter conhecimento dos fatos, agiu de “boa fé”, entenderemos o convívio do homem, sua cultura e vida em sociedade praticando seus atos com responsabilidade social e ambiental garantindo seus direitos civis das pessoas e seus bens amparados em seus direitos constitucionais respeitando o código penal de nosso país.
2.1 Passo
 1 – Homem, Cultura e Sociedade.
Émile Durkheim grande estudioso, considerado como o pai da Sociologia foi um intelectual francês do século XIX, que estudava as organizações da sociedade humana, ou os chamados fatores sociais: são os elementos externos ao indivíduo presentes no convívio, variantes ou não, mas de qualquer forma coercitivos e impostos a sociedade.
Um exemplo bom de fato social é a instituição de casamento ocidental: nesta cultura, pautada pelos valores cristãos, um marido pode ter a apenas uma esposa e vice-versa.
Ao violar esta regra, a sociedade o (a) pune e rejeita, julgando seus costumes e reprimindo sua conduta. 
Segundo Durkheim :
Casamento, o modelo de casamento ocidental é norteado para monogamia de maneira instituída como regra na sociedade.
Valores Cristãos que são tão fortes como leis na sociedade que gera punições religiosas para pessoas que se divorciam e que praticam a bigamia.
Sociedade do mesmo modo que são rejeitados mesmo, pela sociedade que zela muito pelos suas leis e costumes, se tornam pessoas com uma espécie de mácula ética social.
2.2 Passo 
2 – Responsabilidade Social e Ambiental
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. E como a cultura brasileira é monogâmica e ele sabia do seu passado, ele não foi transparente com a nova esposa. Do ponto de vista da Filosofia, estuda os valores e princípios morais de uma sociedade, é um instrumento social orientador do comportamento humano, entretanto, é individual, ou seja, cada pessoa baseada em seus princípios, valores e sentimentos, trazem consigo a sua ética, seu modo de agir único.
Uma pessoa é moral quando age conforme valores e costumes determinados pela sociedade em que vive, mas que podem ser questionados pela ética. 
Assim, uma pessoa pode ser moral (até por conveniência), mas não necessariamente ter ética.
Então se pode afirmar que Frederico não agiu com ética, moral ou transparência com sua segunda esposa.
2.3 Passo
 3 – Direito Civil – pessoas e bens
De acordo com o art. 5º do Código Civil a menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. No parágrafo único do mesmo artigo, o Código estabelece que cessará, para os menores, a incapacidade conf. Item ll - pelo casamento.
Das Capacidades:
Capacidade Plena
Capacidade plena é quando uma pessoa é apta a tomar decisões, ou seja, tem mais de 18 anos e não possui problemas mentais.
Capacidade Plena – Idade
No Brasil, a idade mínima para ser considerado um cidadão com plena capacidade é de 18 anos.
Capacidade Plena da Pessoa Natural
Capacidade plena da pessoa natural possui o mesmo conceito de capacidade plena (quando alguém é apto a tomas suas próprias decisões), já que a denominação pessoa natural/física é usada para se referir a qualquer ser humano.
Capacidade Plena Civil
Capacidade plena civil é quando uma pessoa é apta a realizar atos da vida civil, como casar, registrar um filho ou votar.
Capacidade Plena, Limitada e Relativa.
Capacidade plena: é quando uma pessoa é totalmente responsável por seus atos, ou seja, quando é apta a tomar suas próprias decisões (mais de 18 anos e não possui problemas mentais).
A capacidade limitada ou relativa: é concedida a pessoas entre 16 e 18 anos, usuários de drogas ou usuários de bebidaalcoólica. Nesse caso, a pessoa é relativamente capaz de tomar decisões, ou seja, ela pode exercer seus direitos de cidadão, mas deve ser auxiliada por alguém plenamente capaz.
A Emancipação
No Brasil, a emancipação pode se dar de diferentes formas: 
a partir dos 16 anos, pela simples vontade dos pais (chama-se a isso de direito potestativo), mediante registro em escritura pública, bastando o comparecimento do menor acompanhado dos pais a um cartório (ver Código Civil, art. 5º, § único, I). 
Também a partir dos 16 anos, e independente da vontade dos pais, pelo estabelecimento de economia própria (negócio próprio legalizado ou trabalho com carteira assinada). Ver Código Civil, art. 5º, § único, V. 
Pelo casamento, conforme art. 5º, § único, II, do Código Civil, sendo que: 
a partir dos 16 anos, mediante autorização necessária dos pais (art. 1517 do CC); 
abaixo dos 16 anos, excepcionalmente, nos casos de gravidez, sem limite de idade (artigos 1520 e 1551 do Código Civil), ou para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal (art. 1520 do CC) ao parceiro, neste último caso em combinação com as leis referentes à presunção de violência e à idade de consentimento. 
O jovem que "mora junto", entretanto, não possui o status legal de emancipado, e assim não goza de capacidade jurídica plena. 
A emancipação, no Brasil, abrange a responsabilidade civil e não penal. 
“Perante o Código Penal, a maioridade penal somente advém aos 18 anos”. 
Atos Nulos, Anuláveis e Inexistentes.
Na falta de um dos pressupostos de validade do negócio jurídico teremos o defeito ou vício do negócio e, em consequência, o negócio jurídico poderá ser considerado “nulo”, “anulável” ou simplesmente inexistente. 
Os atos nulos são aqueles que aconteceram, porém não causaram efeitos na esfera do direito, como, por exemplo: o casamento de pessoas já casadas como é o caso de Frederico. 
Os atos anuláveis são aqueles que aconteceram, mas que geraram seus efeitos na órbita do direitoe, portanto, são suscetíveis de anulação desde que comprovados alguns estados como: erro, dolo, coação, estado de perigo, fraude contra credores, etc.
Os atos inexistentes é aquele que aconteceu, mas que não causou efeito jurídico algum e, portanto, não precisa o ato em si, ser sanado pelo direito.
2.4 Passo 
4 – Teoria Geral do Direito Constitucional 
Conforme art. do cód. civil, Lei nº10. 406, de 10.01.2002 - DOU 1 de 11.01.2002
Capítulo Vlll - Da Invalidade Do Casamento
Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público.
Capítulo Ill - Dos Impedimentos
Art. 1.521. Não podem casar:
 VI - as pessoas casadas;
NULIDADE, Ante a comprovada bigamia constata-se, da combinação dos arts. 183, VI, 203 e 207 do Código Civil, o segundo casamento é absolutamente nulo e de nenhum efeito, sendo o vício irremediável. 
No art. 43 da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, encontramos elencados os deveres éticos dos membros do Ministério Público, nos seguintes termos:
“I – manter ilibada conduta pública e particular
Em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos trouxe no seu artigo XXV, nº 2, que “a maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais”, evidenciando a proteção do direito à maternidade.
Somos hoje quase sete bilhões na face da Terra, três bilhões a mais do que no dia em que o homem pisou na Lua, em 1969. Em 2050, poderemos atingir 10 bilhões, três bilhões a mais do que hoje. 
2.5 Passo 
5 – Direito Penal – parte geral. 
Sim o Sr. Dagoberto responderá pelo crime de lesão corporal, porém com alegação de legítima defesa de terceiros.
Considerado crime de Lesão corporal é resultado de atentado bem sucedido à integridade corporal ou a saúde do ser humano, excluído o próprio autor da lesão. 
O crime pode ser praticado por ação ou omissão.
O dano à integridade físico trazido pelo crime deve ser juridicamente apreciável. Por ser um crime previsto no artigo 129 do código penal brasileira quatro. – Elemento subjetivo – Constitui-se no animus nocendi, quando há vontade agredir fisicamente, que esta demonstrada quando o autor do fato pratica conduta que resultará na ofensa à integridade corporal de terceiro, atuando conscientemente nesse sentido.
3 CONCLUSÃO
Considerando os estudos e levantamentos referente caso de Frederico e a situação do casamento duas vezes em cartório de registro civil, chegamos às considerações finais conforme análise:
Considerando que no Diário Oficial da União do dia 27 de setembro de 2017 foi publicada a Lei nº 13.484, que altera a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, conhecida como Lei de Registros Públicos. A nova lei é resultado da conversão da MP nº 776/2017, com alterações posteriores inseridas na Câmara e no Senado. 
A Lei nº 13.484, entre outras inovações: dá nova redação aos arts. 97 e 110 da Lei de Registros Públicos, dispensando o prévio parecer do Ministério Público para as averbações, bem como para as retificações do Registro Civil das Pessoas Naturais decorrentes de erro material. 
Para melhor compreensão da nova lei, é importante esclarecer os conceitos de “averbação” e de “retificação”. 
“Averbar”é o ato de lançar, no registro existente, informação sobre fato que o modifique, retifique ou cancele. 
“Retificar”é corrigir um erro existente no registro. Portanto, retificação é uma espécie de averbação, no sentido amplo do termo.
Portanto, a lei não mais exige prévia manifestação do Ministério Público nem na averbação fundada em documento legal e autêntico nem na retificação administrativa. No que se refere às averbações, somente na hipótese de não estar o Oficial seguro sobre os fatos alegados no pedido de averbação e havendo suspeita de fraude, falsidade ou má-fé nas declarações ou na documentação, deverão ser remetidos os autos ao Ministério Público para análise, sendo indicados pelo Oficial os motivos da suspeita. É o que esclarece o parágrafo único do art. 97, na nova redação. Aumenta, pois, a responsabilidade do Oficial.
Com essa nova lei cria-se então um amparo legal que cria a possibilidade de retificação do registro de casamento do Sr. Frederico sem prejuízo a sua esposa atual.
4 REFERÊNCIAS 
LIVROS***
Brasílis, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988 Direito Civil - Brasil. I. Título. Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 224 p.
Novo Código Civil – 2002 BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 27abr. 2018.
SOUZA, Jessé. Os Batalhadores Brasileiros. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2011.
DINIZ, Maria Helena. Norma constitucional e seus efeitos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
ARTIGO DE INTERNET
https://www.recivil.com.br/app/webroot/files/uploads/2017/Artigos/ARTIGO-
28/04/2018
http://www.notariado.org.br/index.php?pG=X19leGliZV9ub3RpY2lhcw==&in=MTAyMDQ=
17/05/2018.
https://jus.com.br/artigos/50847/um-crime-de-lesao-corporal-grave-
28/04/2018.
https://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/das-lesoes-corporais.html-
28/05/2018