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1 Fundamentos de Geologia Formação da terra Tempo geológico Profa. Cecilia Lins UFRPE UACSA GEOLOGIA – AULA 2 – Profª Cecilia Lins A formação da Terra Quando se formou, a terra era constituída por um material pastoso devido às altas temperaturas VÍDEO 2 Pouco a pouco a terra começou a esfriar e sua superfície endurecia lentamente, formando blocos de rochas muito finos. Isso durou alguns bilhões de anos. Durante esse processo, muitas vezes essa camada endurecida - a Crosta terrestre - rompia- se pela pressão do material quente, derretido e em constante movimento, existente nas regiões mais interiores do planeta. Então gases e vapor, inclusive vapor de água, eram liberados para o exterior. A água estava presente desde o princípio. Os gases e os vapores elevavam-se a grandes alturas, formando imensas nuvens que envolviam e escureciam o planeta - Atmosfera primitiva. Por muito tempo a superfície do planeta era tão quente que, quando uma gota de água caía, se transformava imediatamente em vapor. Porém essa "chuva" ajudou a baixar o calor das rochas e apressou o seu resfriamento. 3 Chegou um momento em que as gotas de água que caíam das nuvens não mais retornavam sob a forma de vapor, mas permaneciam na forma de água no estado líquido. Assim começou o acúmulo de água nas depressões da crosta, que iriam formar os mares e o oceanos. Essa hidrosfera primitiva possivelmente tinha uma constituição diferente da atual, o que deve ter possibilitado o aparecimento da vida em nosso planeta. A partir do momento em que surgiram os organismos vivos - há mais ou menos 3 milhões de anos , as condições da Terra começaram a sofrer modificações contínuas até adquirir o aspecto e a composição atual. O Planeta Terra é corpo dinâmico composto por diversos sistemas que estão sempre interagindo entre si. 4 Erupções vulcânicas e terremotos Rochas fraturadas e dobradas Forma, tamanho, peso e densidade da terra. . Esferóide achatado nos Pólos e dilatado no Equador. . DiâmetroPolar: 12.712 Km. . DiâmetroEquatorial: 12.756 Km. . Maior elevação: Everest 8.840m (HIMALAIA). . Maior depressão: Fossa das Marianas (Filipinas): 11.516m. . Massa (lei da gravitação de Newton): 6 sextilhões ton. . Densidade: 5,52 (5,52 vezes o peso da água). . Rochas de ocorrência na superfície: d = 2,7-3,0 ; . Interior da terra: > Densidade. . RaioMédio: 6300 Km. . Perfuração Atingida: 7Km (0,1%). 5 A maior parte dos conhecimentos que se tem atualmente sobre a estrutura interna da Terra foi obtida através da análise das variações na velocidade de propagação das ondas sísmicas. A ESTRUTURA DA TERRA O ramo da geologia que trata dos princípios físicos que ajudam a desvendar o interior da Terra é a geofísica • Crosta: constituída de materiais mais leves • Manto: camada intermediária • Núcleo: formado pôr materiais mais densos. A ESTRUTURA DO INTERIOR DA TERRA 6 A ESTRUTURA DA INTERIOR DA TERRA Crosta terrestre ou litosfera • A crosta é a camada rochosa mais externa do planeta e pode ser analisada a partir de amostras coletadas nos continentes ou no fundo dos oceanos. • A parte da crosta que compõe os continentes é chamada de crosta continental, enquanto que a parte da crosta que forma o substrato oceânico é chamada de crosta oceânica. • É dividida em crosta : Continental (superior) – Sial Oceânica (inferior) - Sima 7 Crosta terrestre - continental Crosta continental: Apresenta composição tipicamente granítica e tem densidade relativamente baixa (aproximadamente 2,7g/cm3). Porém, na sua porção inferior ou basal, mais próximo ao manto, a crosta continental apresenta composição basáltica (com densidade de cerca de 3,0 g/ cm3), ao contrário do que ocorre mais próximo à superfície. Nos locais onde se encontra mais estreita, tem geralmente espessura inferior a 20km, já nas regiões montanhosas pode apresentar até 70km de espessura. Crosta terrestre - continental Crosta oceânica: A crosta oceânica é mais difícil de ser estudada devido ao fato de estar abaixo de uma lâmina d’água de cerca de 4km e de uma pilha de sedimentos marinhos que chega a 200m de espessura. Apresenta composição basáltica e sua espessura média é de 6km, muito inferior à espessura da crosta continental. 8 • Baseado na velocidade de propagação das ondas P, a crosta terrestra pode ser dividida em duas camadas, SIAL, ou camada “granítica” e SIMA, ou camada “basaltica”. Crosta terrestre SIAL (sílica + alumínio) -Nas regiões continentais: zonas superiores (placas), com espessura da ordem de 15 km -Nas regiões oceânicas: praticamente ausente -Predomínio de rochas graníticas, ricas em sílica e alumínio -Propaga ondas elásticas com velocidade de 6,0 a 6,5 km/s -Em geral está coberto pelas formações sedimentares. SIMA (sílica+ magnésio): -Nas regiões continentais: zonas inferiores, com espessura da ordem de 30 km -Nas regiões oceânicas: presentes, espessura de 5 a 10 km -Predomínio de rochas basáltica, ricas em silicatos de magnésio e ferro. -Propaga ondas elásticas com velocidade de 6,5 a 7,0 km/s 9 Manto É a camada imediatamente abaixo da crosta e ocupa mais de 80% do volume do planeta, se estendendo até uma profundidade de 2900 km. Devido ao aumento da profundidade, ocorre um aumento da pressão e consequentemente da densidade do manto. Próximo a Moho (contato crosta/manto) a densidade é de 3,3 g/cm3 e, próximo ao contato manto/núcleo, fica em torno de 5,5 g/cm3. É formado principalmente por silício e magnésio. Sua consistência é pastosa e está em constante movimentação. 10 Manto A cerca de 100km abaixo da superfície, o grande aumento da temperatura predomina sobre o aumento da pressão e as rochas apresentam um estado parcialmente pastoso. Esta região, de ,aproximadamente, 250 km de extensão, é conhecida como Zona de Baixa Velocidade ( ZBV ) e representa mais uma descontinuidade sísmica. Núcleo O núcleo, com cerca de 3.400 Km de raio é formado por rochas e por uma liga metálica constituída principalmente de ferro e níquel a uma temperatura por volta de 3500º C. Sua consistência é líquida, mas supõe-se que mais no interior exista um núcleo sólido. 11 •Abaixo da Litosfera está a Astenosfera, e abaixo encontramos a Mesosfera. •Logo em seguida encontramos a Endosfera (núcleo) formada pôr ferro e níquel. A ESTRUTURA DA INTERIOR DA TERRA *ZBV – Zona de baixa velocidade (Manto inferior) PLACAS TECTÓNICAS A Terra é um planeta muito dinâmico. Os cientistas têm mostrado que as massas continentais não são fixas, elas migram ao redor do globo. E essa mobilidade gera terremotos, vulcões e cadeia de montanhas. 12 PLACAS TECTÓNICAS Em 1915, o cientista alemão Alfred Wegener publicou o livro “A Origem dos Continentes e dos Oceanos” apresentando a revolucionária teoria da deriva continental. Wegener sugere que, há cerca de 200 milhões de anos, existia um supercontinente que ele chamou de PANGEA. Segundo a sua hipótese, este supercontinente teria se fragmentado em pequenos continentes que teriam migrado até as suas posições atuais. A DERIVA DOS CONTINENTES 1880 - 1930 Alfred Lothar Wegener tinha 32 anos e era professor de Meteorologia na Universidade de Marburgo (Alemanha). Em 1912 defendeu a idéia da Deriva dos Continentes , que só seria publicada em 1915 com o título “Die Entstehung der Kontinente und Ozeane ” “A origem dos continentes e dos oceanos”. 13 Modelo da Teoria da Tectônica de Placas A parte superior do manto junto com a crosta formam uma camada rígida chamada de litosfera. Esta camada encontra-se sobre uma outra camada menos rígida chamada de astenosfera. A litosfera é quebrada em diversos segmentos chamadosde placas, que estão constantemente se movimentando e mudando de forma e de tamanho. As sete maiores placas que compõem a nossa litosfera são: A Terra atualmente tem 12 placas tectônicas principais e muitas mais sub-placas de menores dimensões. PLACAS TECTÔNICAS VIDEO 14 PLACAS TECTÓNICAS Diversas evidências contribuíram para esta hipótese: A coincidência do contorno entre a América do Sul e a África; Evidências fósseis; Atual distribuição de alguns organismos; Associação entre tipos e estruturas de rochas; Climas passados. Mais de 50 anos depois das postulações de Wegener, o avanço tecnológico permitiu o conhecimento de dados sísmicos e do campo magnético da Terra e, com isso, surgiu a partir da teoria da deriva continental de Wegener, a TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS. Modelo da Teoria da Tectônica de Placas 15 A TECTÔNICA DE PLACAS EVIDÊNCIAS DA DERIVA DOS CONTINENTES GEOGRÁFICA: um quebra-cabeça gigante Grande similaridade entre as linhas de costa em lados opostos do Atlântico Sul 16 GEOLÓGICAS- GEOGRÁFICAS: cadeias de montanhas que continuam em outros continentes EVIDÊNCIAS DA TECTÔNICA DE PLACAS Algumas cadeias de montanhas com idade, forma, estrutura e composição rochosa similar em continentes opostos. Um exemplo desta evidência são as cadeias de montanhas apalachianas, na América do Norte, e as cadeias de montanhas caledonianas, na Escandinávia. EVIDÊNCIAS DA DERIVA DOS CONTINENTES GEOLÓGICAS (LITOLÓGICAS): rochas similares na América do Sul; Índia; África; Antártica e Austrália 17 EVIDÊNCIAS DA DERIVA DOS CONTINENTES PALEONTOLÓGICAS: fósseis de animais e plantas em continentes diferentes Exemplos é o Mesosaurus, um réptil marinho cujos fósseis foram encontrados na América do Sul e na África EVIDÊNCIAS DA DERIVA DOS CONTINENTES EVIDÊNCIA CLIMÁTICA: glaciação no Paleozóico (300ma) Cerca de 220 a 300 milhões de anos atrás, capas de gelo cobriam extensas áreas do hemisfério sul. Rochas de origem glacial foram encontradas na América do Sul, na África, na Índia e na Austrália, indicando que estes continentes, nesta época, encontravam-se unidos no pólo sul, junto à Antártica. 18 A TECTÔNICA DE PLACAS TECTÔNICA DE PLACAS HÁ 200 MILHÕES DE ANOS 19 TECTÔNICA DE PLACAS PLACAS TECTÓNICAS 20 O que aconteceu PANGÉIA LAURÁSIA GONDWANA AMÉRICA DO NORTE ÁSIA EUROPA ÁFRICA AMÉRICA DO SUL ANTÁRTICA AUSTRÁLIA ÍNDIA NO HEMISFÉRIO SUL NO HEMISFÉRIO NORTE As placas fragmentam em função da pressão interna da Terra é maior que a externa. O movimento das células de convecção na astenosfera menos sólida faz com que a litosfera rígida se movimente como se estivesse em uma esteira rolante. Segundo este modelo, a ascensão do material geraria o afastamento da litosfera, enquanto que o fluxo convectivo descendente geraria as zonas de subducção. Instabilidades das placas 21 Instabilidades das placas ATIVIDADE DAS CORRENTES CONVECTIVAS QUE OCORREM NO MANTO SUPERIOR OU ASTENOSFERA, INFLUENCIAM NA ESTABILIDADE DAS PLACAS. Conseqüências dos deslocamentos AS PLACAS AO SE DESLOCAREM PROVOCAM INSTABILIDADES TECTÔNICAS, REPRESENTADAS, PRINCIPALMENTE, PELO: A) VULCANISMO; B) TERREMOTOS. 22 AS MAIORES AÇÕES VULCÂNICAS DA TERRA OCORREM NO CINTURÃO DO FOGO DO PACÍFICO. ÁREAS DE INSTÁVEIS COM TERREMOTOS NOS CONTATOS ENTRE PLACAS TECTÔNICAS. 23 É possível prever terremotos? Apesar das dificuldades, muitos geólogos acreditam que dá para melhorar a capacidade atual de previsão, que permite apenas um tempo curto de preparação para a catástrofe. “Hoje você consegue fazer previsões que podem variar de algumas horas a um dia de antecedência, mas sempre dentro de uma faixa de probabilidades”, diz João Willy Corrêa Rosa, professor-adjunto do Laboratório de Geofísica Aplicada da UnB (Universidade de Brasília). Um dos entraves para refinar esses resultados tem a ver com a grande variação dos processos que desencadeiam terremotos em cada lugar do planeta. O tipo de fricção e tensão entre as várias formações rochosas acaba impedindo que os resultados de estudos numa região sejam plenamente generalizados para outra. Analisando a história dos terremotos em cada pedaço da Terra, seria possível, portanto, montar um mapa detalhado de risco, ajudando os governos a prever onde o próximo grande desastre ocorrerá. Com o monitoramento online de dados sísmicos e até o uso de GPS, a esperança é que a precisão cresça. “O monitoramento de GPS já permite que você detecte movimentações muito pequenas do solo”, afirma Dourado. Fonte: https://super.abril.com.br/ciencia/prever-terremotos-a-ciencia-do- impossivel/ É possível prever terremotos? "Essa prevenção não existe", diz o professor do Departamento de Geologia e Recursos Naturais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ticiano José Saraiva dos Santos. "O problema é a escala de tempo e o tamanho das áreas, que são gigantescas. Conforme o pesquisador, por conta das dificuldades, todos os avanços na área estão concentrados no monitoramento de terremotos, e não nas previsões. "Ao longo da falha de San Andreas, que vai bordejando o oeste dos Estados Unidos e passa por São Francisco, existem vários monitoramentos. Vi alguns trabalhos com equipamentos de GPS de alta precisão, em que eles conseguem ver deslocamentos. Os estudos têm procurado monitorar as fendas. Mas não existe previsão de um equipamento que aponte onde os tremores vão acontecer. A gente está vendo uma casquinha da superfície, mas em profundidade a coisa muda de figura", afirma o professor. "Tremores acontecem o tempo todo e a gente nem sabe, porque eles são de baixa intensidade. Já aconteceram no Ceará, no Mato Grosso e até no Acre, onde eles são muito profundos, porque a placa da África tenta entrar por baixo da Sul Americana. Não tem muito efeito na gente", diz Saraiva dos Santos. "Todas as placas estão sob compressão, mas onde que vai quebrar? Ninguém sabe. É muito complicado", afirma. Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/voce-sabia/e-possivel- prever-terremotos,5618c087e60ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html 24 Tipos de movimentos AS PLACAS, AO SE DESLOCAREM, UMA EM RELAÇÃO À OUTRA, APRESENTAM TRÊS TIPOS DE MOVIMENTOS. ESTES TRES MOVIMENTOS SÃO: Movimento convergente Movimento divergente Movimento tangencial As placas se movem uma em direção a outra. Neste caso, a placa mais densa mergulha sobre a menos densa e afunda em direção ao manto sobre a crosta menos densa. Com o choque entre as crostas ocorre o “encurtamento” das massas rochosas, gerando grandes cadeias de montanhas e intensa atividade vulcânica devido á fusão da rocha que mergulha em direção ao manto. Movimento Convergente 25 Movimento Convergente Três interações mecânicas diferentes atuam entre as placas com o movimento convergente. Convergência entre duas crostas continentais Convergência entre crosta continental e crosta oceânica Convergência entre duas crostas oceânicas Em cada tipo de interação associam-se algumas conseqüências específicas. 1. CONTINENTAL - CONTINENTAL COMO CONSEQÜÊNCIAS DESSA INTERAÇÃO TEM-SE A FORMAÇÃO: A) DAS CADEIAS MONTANHOSAS CONTINENTAIS; B) DE UMA ZONA DE SUBDUCÇÃO, ISTO É, ÁREA ONDE OCORRE A ENTRADA DO MATERIAL DA LITOSFERA PARA O MANTO. COMO EXEMPLO DE PLACAS COM ESSE MOVIMENTO, PODE SER CITADA A INDIANA COM A EURO-ASIÁTICA. 26 1. CONTINENTAL - CONTINENTAL 2. OCEÂNICA - CONTINENTAL C) DE FOSSAS OCEÂNICAS, ISTO É, ÁREAS DE MAIORES PROFUNDIDADES DOS OCEANOS. A) CINTURÕES VULCÂNICOS; B) MONTANHAS LITORÂNEAS, COMO OS ANDES; COMO EXEMPLO DE PLACAS COM ESSE TIPO DE MOVIMENTO É PLACA DE NAZCA COM A SUL-AMERICANA. 27 2. OCEÂNICA - CONTINENTAL3. OCEÂNICA - OCEÂNICA Placa oceânica mais antiga e, portanto, mais resfriada e mais densa, mergulha sob a placa menos densa. A atividade vulcânica ocorre de forma similar ao caso de choque entre crosta oceânica e continental, contudo, os vulcões gerados na placa oceânica menos densa formará ilhas vulcânicas ou arcos de ilhas. 28 3. OCEÂNICA - OCEÂNICA Pode-se observar, que as montanhas têm origem como conseqüência do movimento convergente. 29 Veja uma animação do movimento convergente. https://www.youtube.com/watch?v=YNOFpOunI6M As placas se afastam uma da outra devido ao movimento divergentes. Esta separação ocorre em média com a velocidade de 5cm/ano. O “vazio” deixado por este afastamento é preenchido pelo material que ascende do manto criando um novo substrato marinho. Esta ascensão de magma vindo do manto gera cadeias de montanhas submersas chamadas de Dorsais Oceânicas. A partir do eixo central destas dorsais, nova crosta oceânica é continuamente formada. Essa crosta se torna mais densa à medida que se resfria e se afasta da fonte que a criou, devido a este movimento contínuo de separação a partir do centro da dorsal. Movimento divergente 30 Movimento divergente https://www.youtube.com/watch?v=tvaQJUKzq9I 31 As principais dorsais oceânicas são: 2 1 1. Dorsal do Atlântico 2. Dorsal do Pacífico Neste limite, as placas passam uma ao lado da outra sem gerar ou destruir litosfera. Estes limites são gerados por zonas fraturadas na crosta, em geral com mais de 100km de comprimento, onde os segmentos de crosta se movimentam em sentidos contrários, lado a lado, gerando as Falhas Transformantes. Nestas regiões é muito intensa a incidência de abalos sísmicos e terremotos. 6.3 Movimento tangencial 32 Caracteriza por ser um movimento paralelo entre as placas. 6.3 Movimento tangencial Este movimento também é denominado de falha transformante. Como conseqüência desse movimento tem-se as instabilidades tectônicas. É um contato conservativo entre as placas, pois a litosfera não é criada ou destruída durante o movimento. 33 A Falha de Santo André, localizada no contato entre as placas Juan de Fuca e Norte-americana, é o principal exemplo de movimento tangencial ou transformante. https://www.youtube.com/watch?v=qF7wKnubg1w Resumo 34 MOVIMENTO DAS PLACAS Divergente: afastando-se Transformante: atritando-se Convergente: subducção LIMITE CONVERGENTE Convergente: subducção Placas de Nazca e Sul-americana = Andes 35 LIMITE CONVERGENTE ANDES MAIS LONGA CADEIA DE MONTANHAS DO PLANETA LIMITE CONVERGENTE Convergente Placas de Indiana e Euro-asiática = Himalaia 36 LIMITE CONVERGENTE HIMALAIA MONTE EVEREST PICO MAIS ALTO DO PLANETA (~ 8850m de altitude) LIMITE DIVERGENTE Divergente: se afastando Placas Sul-americana e Africana = Dorsal Meso-Atlântica 37 MOVIMENTO DIVERGENTE O QUE FEZ COM QUE EXISTÍSSEMOS? 38 Dorsal do Leste-Pacífico Dorsal Meso Atlântica Dorsal do Sudeste Indiano Dorsais oceânicas ou “montanhas submarinas” LIMITES DIVERGENTES Islândia LIMITE TRANSFORMANTE Transformante: se atritando Placas Norte-americana e Pacífico = Falha de Santo André 39 MOVIMENTO TRANSFORMANTE 1300km de extensão MOVIMENTO TRANSFORMANTE Rocha Metamórfica: Quartzo Monzonito Placa do Pacífico Rocha Sedimentar: Arenito e Siltito Placa Norte Americana Gorman Califórnia - USA FALHA DE SANTO ANDRÉ 1300 km de extensão 40 PLACAS TECTÔNICAS A FRAGMENTAÇÃO DA PANGÉIA OCORREU NO INÍCIO DA ERA MESOZÓICA. 41 A PANGÉIA, AO SE FRAGMENTAR, FORMA DOIS SUPER CONTINENTES: GONDWANA, AO SUL E, LAURÁSIA AO NORTE. DE ¨GONDWANA¨ E DA ¨LAURÁSIA¨ SURGIRAM OS CONTINENTES ATUAIS. 42 NO MESOZÓICO FINAL SURGEM A FORMAÇÃO DO ATLÂNTICO E A ÍNDIA COMEÇA O SEU DESLOCAMENTO PARA O NORTE. NO INÍCIO DO TERCIÁRIO COMEÇA A FORMAÇÃO DAS ATUAIS CADEIAS MONTANHOSAS . 43 NA MEADOS DA ERA TERCIÁRIA SURGE A AMÉRICA CENTRAL E O MAR MEDITERRÂNEO COMEÇA A SE ESTREITAR. ASSIM É A CONFIGURAÇÃO CONTINENTAL ATUAL DOS CONTINENTES, PORÉM INSTÁVEL E EM DERIVA. 44 POSIÇÃO DOS CONTINENTES DAQUI A 50 MILHÕES DE ANOS. POSIÇÃO DOS CONTINENTES DAQUI A 150 MILHÕES DE ANOS. 45 POSIÇÃO DOS CONTINENTES DAQUI A 250 MILHÕES DE ANOS. O TEMPO GEOLÓGICO Durante muitos anos, não se sabia nenhum método confiável para datar os vários eventos no passado geológico. Em 1869, John Wesley Powell fez uma pioneira expedição ao Rio Colorado e ao Grand Canyon, nos Estados Unidos. Powell observou que os canyons desta região representavam um livro de revelações escrito nas rochas, como uma Bíblia da geologia. Ele afirmou que milhões de anos da história da Terra estavam expostos nas paredes do Grand Canyon. 46 O TEMPO GEOLÓGICO Um dos princípios básicos usados, ainda nos dias atuais, para desvendar a história da Terra foi postulado por James Hutton no seu livro “Teoria da Terra”, publicado em 1700 – o Princípio do Uniformitarismo. Este princípio diz que as leis químicas, físicas e biológicas que operam atualmente são as mesmas que operaram no passado geológico. Isso significa que as forças e os processos que nós observamos atualmente agindo no nosso planeta têm atuado desde muito tempo atrás. Então, para decifrarmos as rochas antigas temos primeiramente que compreender os processos que atuam hoje e os seus resultados. O TEMPO GEOLÓGICO A principal subdivisão da escala de tempo geológico é chamada de eon. Os geólogos dividiram o tempo geológico em dois grandes eons: Precambriano (dividido em Arqueano e Proterozóico): representa os primeiros 4 bilhões de anos da história do planeta. Fanerozóico: representa últimos 540 milhões de anos. 47 O TEMPO GEOLÓGICO O Precambriano representa cerca de 88% da história da Terra, mas pouco se sabe sobre este período. Devido à grande raridade de fósseis para datações, não foi possível subdividi-lo em pequenas unidades de tempo. O Fanerozóico é marcado pelo aparecimento de animais com partes duras, como as conchas, que permitiram a sua preservação fóssil. Este eon foi dividido em três eras, que por sua vez foram divididas em períodos. As eras geológicas são: Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica 48 O TEMPO GEOLÓGICO Era Paleozóica (540 – 248 milhões de anos atrás): marca o aparecimento de diversos organismos invertebrados, dos primeiros organismos com conchas, dos peixes, das plantas terrestres, dos insetos, dos anfíbios e dos répteis. Por outro lado, o final desta era é marca pela extinção de várias espécies, estima-se que aproximadamente 80% da vida marinha desapareceu nesta era. Durante esta era, o movimento das placas juntou todas as massas continentais em um único supercontinente chamado Pangea. Esta redistribuição de massa e terra gerou grandes mudanças climáticas que se acredita ser a causa da grande extinção de espécies ocorrida nesta época. O TEMPO GEOLÓGICO Era Mesozóica (248 – 65 milhões de anos atrás): é marcada pelo aparecimento e extinção dos dinossauros, e pelo surgimento dos primeiros pássaros e das primeiras plantas com flores. Está subdividida em três períodos. Era Cenozóica (65 milhões de anos até os dias atuais): representa a menor de todas as eras e que se encontra melhor registrada. Marca o aparecimento dos mamíferos e o desenvolvimento da vida humana. Está subdividida em dois períodos: 49 Crosta e as rochas EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 1. Conhecimento geológico é imprescindível para o adequado desempenho do engenheiro civil. Justifique esta afirmação. 2. Conceitue a Terra no Sistema Solar e como um corpoisolado. 3. Descreva de forma sucinta a origem do Universo e da Terra. 4. Cite os movimentos terrestres e suas consequências na Terra. 5. Cite as camadas concêntricas da Terra com seus respectivos estados. 50 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 6. Cite, em ordem decrescente de peso, a composição da Litosfera. 7. Explique brevemente a Tectônica de Placas. 8. Descreva a relação entre as placas dando exemplos. 9. Justifique a ocorrência planetária de terremoto e vulcanismo.
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