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FUNDAMENTOS DO COMÉRCIO EXTERIOR
AULA 01 - Panorama econômico atual
Introdução
Esta aula propõe apresentar ao aluno um panorama internacional atualizado com foco na visão abrangente do comércio internacional e as perspectivas do Brasil nesse cenário.
Para tanto, será apresentada uma avaliação histórica da política econômica brasileira em comparação a do principal país emergente, a China.
Fenômenos no processo de transformação
O mundo, assim como um organismo, vem sofrendo transformações ao longo dos séculos. Para traçarmos um panorama do comportamento mundial e de seu respectivo impacto no comércio exterior brasileiro, apresentaremos o desenvolvimento da China e de Brasil, dois países emergentes, como fenômenos importantes nesse processo de transformação.
Líderes políticos
DENP XIAOPING A segunda maior economia mundial, há quarenta anos, mergulhada na revolução cultural maoísta e fechada para o comércio internacional, começou a se abrir com uma “economia de mercado socialista” a partir de Deng Xiaoping, em 1978.
Tendo estudado em Moscou e trabalhado em Paris, Den Xiaoping teve oportunidade de conhecer as faces do capitalismo e do socialismo, o que lhe deu base para levar à China o melhor dos dois sistemas político-econômicos e tirá-la do atraso que durou até a morte de Mao Tsé-tung, em 1976.
MAO TSÉ-TUNG De origem camponesa, Mao Tsé-tung contribuiu para a inclusão do camponês na economia chinesa, mas foi Deng Xiaoping que, tendo trabalhado como metalúrgico em uma fábrica da Renault, na França, pôde entender que a real inclusão social se dá através da educação e da especialização. 
Mao desenvolveu um “socialismo de livre mercado” e promoveu modernizações que começaram nos estados e municípios à base de investimentos em educação e infraestrutura para crescer exponencialmente ao longo dos últimos trinta anos em que a China vem conquistando voluptuosamente o mercado internacional.
O fenômeno China
Campos agrícolas  que deram lugar a metrópoles, ingresso de milhões de pessoas no mercado consumidor e uma economia extremamente focada na exportação. Isso tudo fez da China um caso de sucesso mundial, colecionando índices de crescimento incomparáveis às demais economias do mundo que se fartam de produtos baratos vindos de lá.
A crítica mais ferrenha aos produtos chineses está na qualidade dos produtos oferecidos, mas não é bem assim. há China pra todos os gostos.
 O que quero dizer é que há produto barato e de baixa qualidade para atender diversos mercados, porém, há produtos de alta tecnologia para atender os mercados mais exigentes, como os parques da Disney, nos Estados Unidos.
Segundo pesquisa do Banco Mundial, os produtos de alta tecnologia vêm aumentando a sua participação na pauta das exportações chinesas.
Além disso, com o vigoroso aumento das commodities, impulsionado pela musculosa demanda da própria China, daremos adeus aos preços baratos em breve.
Outro assunto polêmico envolve a mão de obra mal remunerada. Com saúde e educação subsidiada pelo Estado totalitário e com um aumento progressivo de salários impulsionado pela, por incrível que pareça, escassez de mão de obra e pelo aumento intencional do consumo interno como uma forma de atenuar a crise mundial de demanda dos últimos anos, a remuneração do cidadão chinês me parece adequada para a cultura e para o estilo de vida locais que estão mudando a cada ano.
Reflexo negativo do crescimento econômico
• Os chineses estão enriquecendo espantosamente e, à medida que enriquecem, começam a enfrentar problemas antes inexistentes,, como a falta de gente para trabalhos mais básicos, como operários de chão de fábrica e o envelhecimento da população que, sem um plano do Estado para aposentadoria e para previdência social, economiza tudo o que pode para uma velhice mais tranquila.
• De acordo com projeções da das Nações Unidas, o número de chineses em idade para trabalhar começará a cair, consequência da política de filho único, instituída em 1979 para conter o crescimento populacional. “A China vai ficar velha antes de ficar rica”.
• Além desses fatores, a população camponesa está parando de migrar para as cidades, num real aceno de que o combustível do crescimento exponencial está acabando. Numa razão diretamente proporcional, os salários aumentam e com eles, a inflação, o que pode estagnar a economia chinesa. Driblar essa situação, como fizeram Japão, Coréia do Sul, Singapura e Taiwan no século passado, pode não ser tão fácil para um país de dimensões continentais e muito populoso
O desenvolvimento do Brasil
O Brasil vem se desenvolvendo muito rapidamente como um subproduto do crescimento chinês.
Como foi comentado sobre o fenômeno Chinês, o vigoroso aumento das commodities acabou com o nosso déficit comercial, valorizou o real, possibilitou a queda dos juros e alavancou a nossa economia, que vem crescendo desordenadamente sem investimento em infraestrutura, o que não aconteceu com a China, que aproveitou décadas de crescimento para investir pesado em infraestrutura.
Com portos, aeroportos e estradas mal dimensionadas, temos que pisar no freio do crescimento econômico por não termos meios modernos para escoar a produção.
Outro fator limitador do crescimento brasileiro é a inflação. Com a economia aquecida e maior poder de compra, o brasileiro está comprando e provocando aumento inesperado de preços, que devem ser controlados para manter adormecido o mostro da inflação que assolava a nossa economia nos anos oitenta.
Com isso, a desindustrialização que estamos vivendo é inevitável e deve fazer parte do cenário econômico brasileiro por mais alguns anos.
De qualquer forma, deixamos para trás um passado agrário e, paulatinamente, incluímos no mercado de consumo cidadãos que viviam abaixo da linha de pobreza. Uma nova classe média emergente impulsiona um consumo mais exigente, tudo como consequência da forte demanda do nosso minério de ferro pelas indústrias chinesas.
Riquezas de um país
Muitos desses conceitos são relativos. Para fazer justiça a um, outro deverá ser punido e, se não houver imparcialidade nessa decisão, não haverá conscientização de que essa punição será melhor para a maioria e as represálias irão existir na medida da influência do punido. 
 Há que se promover uma mudança cultural, uma sensibilização de longo prazo que não será nada fácil.
Não se pode falar em conscientização sem educação e informação. Por outro lado, educação e informação dão mais poder de escolha ao cidadão. Será que há interesse político nisso? 
Essa é uma questão que cada um irá responder diferentemente e, enquanto isso, ficamos patinando na passada categoria de eterno país do futuro.
EXERCÍCIOS AULA 01
1) O aumento real do valor das commodities nas bolsas internacionais de mercadorias provoca alguns efeitos nas economias dos países que vivem da exploração deste tipo de produtos. Assinale a única opção errada no contexto desta questão:
( ) Melhora a infraestrutura dos países envolvidos
( ) Alavanca a economia
( ) Reduz ou termina os déficits da balança comercial
( ) Valoriza a moeda nacional
( ) Possibilita a queda dos juros
2) Os fatores estratégicos abaixo mencionados alavancaram a economia brasileira nos últimos anos. Marque a única opção fora do contexto.
( ) O vigoroso aumento do preço das commodities
( ) A importação de produtos chineses
( ) O Fim do déficit comercial
( ) A queda dos juros
( ) A Valorização do Real
3) A saída de mercadoria nacional ou nacionalizada ou serviços do território aduaneiro brasileiro está baseada na especialização do país na produção de bens para os quais tenha maior disponibilidade de fatores produtivos, garantindo excedentes. De que tipo de operação estamos falando?
( ) Compras no mercado internacional.
( ) Vendas no varejo.
( ) Exportação.
( ) Compras no mercado interno.
( ) Importação.
4) A sistemática de Comércio Exterior do Brasil tem sua base operacional descritanos Acordos Internacionais assinados pelo Brasil, bem como nas políticas econômicas por ele estabelecidas. O Governo institui, cobra impostos e regulamenta as operações de comércio internacional com base na sua competência, discriminada na Constituição Federal. Exportadores e, principalmente os importadores, enfrentam grandes desafios administrando esta sistemática. Neste contexto, assinale a única afirmativa correta:
( ) A transparência e a constância das políticas brasileiras para o comércio internacional, diminui as possibilidades dos empresários do ramo terem um planejamento empresarial real e eficiente.
( ) As políticas adotadas pelo Brasil no comércio internacional são transparentes, protecionistas e não interferem na performance das empresas brasileiras.
( ) A estabilidade econômica e política do país continuam sendo um entrave ao planejamento empresarial.
( ) As políticas liberais adotadas pelo comércio exterior brasileiro prejudicam o desempenho dos importadores e exportadores.
( ) Os impostos incidentes nas exportações mas, principalmente, nas importações são uma das principais dificuldades no desempenho dos importadores.
5) O comércio internacional é o elo entre a economia e o direito internacional que devido à globalização ganhou uma personalidade própria, passando a ser estudado dentro de um contexto mercadológico. Indique os principais objetivos desta atividade:
( ) Nivelar as sociedades sem considerar o estágio político ou social.
( ) Atender às exigências dos mercados mais seletivos
( ) Ser responsável pelo subdesenvolvimento econômico das nações envolvidas.
( ) Promover trocas comerciais de bens, serviços, capitais e produtos.
( ) Ser um instrumento de progresso político e social.
6) O que distingue um país rico de um país pobre? Marque a única opção correta 
( ) O lastro histórico de crescimento 
( ) A conscientização de um bem comum maior e de acesso a todos
( ) A parceria da sociedade com o governo, a conscientização de um bem comum maior e de acesso a todos, a credibilidade, normas claras e válidas para todos e o lastro histórico de crescimento.
( ) Normas claras e válidas para todos, sem a nociva sensação de impunidade ou favorecimentos 
( ) A credibilidade 
Aula 02: Doutrina do comércio internacional e processos de integração
Introdução
Esta aula irá apresentar à você um conhecimento doutrinário do funcionamento dos processos de integração comercial no contexto internacional e a estrutura do sistema internacional do comércio do ponto de vista público e privado.
Relações internacionais
As Relações Internacionais pressupõem um ordenamento supranacional capaz de fomentar o maior número de trocas de produtos oriundos de importação e exportação, porém, a necessidade soberana de cada país de limitar as importações e incentivar as exportações, como paradigma de uma balança comercial superavitária, dificulta o liberalismo proposto pelo comércio internacional com atitudes protecionistas propostas pelo comércio exterior de cada Estado soberano.
Se de um lado temos o liberalismo econômico promovido pelo comércio internacional materializado em acordos internacionais assinados por países, por outro temos o protecionismo promovido pelo comércio exterior de cada país materializado pela legislação administrativa, fiscal e tributária imposta a cada empresa importadora.
Mesmo sabendo que a legislação de comércio exterior de cada país não pode ferir cláusulas dos acordos internacionais dos quais esses países são signatários, historicamente há inúmeros exemplos de barreiras tarifárias e não tarifárias que emperram a proposta liberalista do comércio internacional. Entende-se por barreira tarifária a restrição imposta pelo imposto de importação e barreira não tarifária as restrições às importações promovidas administrativamente por regulamentos e normas técnicas que enriquecem a burocracia do setor.
Eventualmente o país importador não pode se utilizar da barreira tarifária pelo imposto de importação já ter atingido a alíquota máxima permitida por acordos internacionais assinados por esse país ou, no caso de Blocos Econômicos, a majoração desse imposto ter que ser negociada com os demais países pertencentes a esse Bloco. Nesses casos, o uso de barreiras não tarifárias vem à tona para restringir as indesejáveis importações.
Os impostos de importação
O imposto de importação não tem uma função exclusivamente protecionista, ele também tem função promotora de competitividade que, com uma simples redução da alíquota, provoca a entrada de produtos importados com menores preços e melhor qualidade que os nacionais, obrigando a indústria local a se adequar à nova realidade. Outra função do imposto de importação é a função seletora quando são selecionadas as alíquotas do imposto de acordo com a essencialidade do produto importado, creditando alíquotas menores aos produtos mais necessários à nossa economia e aumentando a alíquota de produtos supérfluos potencializando a função arrecadadora do tributo.
O conflito entre o liberalismo promovido pelo comércio internacional e o protecionismo promovido pelo comércio exterior é antigo, data de 1815 com as Leis de Proteção à Importação de Milho, as “Corn Laws” inglesas, contestadas, na época, por contribuir para o aumento de preços ao impedir a concorrência.
Diametralmente oposto, nos Estados Unidos, o Liberalismo econômico promovido pelos produtores de algodão, tentava evitar retaliações protecionistas inglesas. Devido a aumento de preços, retração do desenvolvimento ou, até mesmo, devido a retaliações comerciais, não uma dosagem exata para medidas protecionistas ou não.
A escolha da melhor política fiscal e tributária a ser adotada dependerá do cenário econômico que se apresenta.
Em ambas escolhas haverá boas e más consequências, por isso, deve-se avaliar criteriosamente a melhor política a adotar.
O comércio internacional
O Comércio Internacional é regulado por vários organismos internacionais de natureza supranacional e privada que tem por objetivo fomentar o maior fluxo de mercadorias e trocas internacionais protegendo os países menos desenvolvidos para também promoverem o equilíbrio do comércio global.
Os organismos internacionais estabelecem acordos e tratados internacionais de comércio para harmonizar as relações comerciais entre diferentes países.
Os organismos de natureza privada promovem o equilíbrio do comércio global enquanto os organismos de natureza supranacional promovem a resolução de práticas de comércio internacional entre os países signatários dos respectivos acordos promovidos por estes organismos seguindo as seguintes cláusulas principais de um tratado internacional, que são:
• Reciprocidade de tratamento que estabelece que qualquer benefício ou restrição serão alterados mediante acordo entre os países signatários do tratado.
• Paridade de Tratamento de taxas que estabelece que os tributos devem ser aplicados igualmente a produtos similares.
• Cláusula da Nação Mais Favorecida que estabelece que os privilégios e concessões oferecidos a um país signatário do tratado internacional, deverá ser igualmente oferecido aos demais países também signatários do respectivo tratado. Sob o ponto de vista comercial, todo país deve respeitar as concessões bilaterais e passar do bilateral para o multilateral e, sob o ponto de vista de política interna , os pequenos países recebem tratamento igual aos países do Primeiro Mundo.
O principal organismo supranacional interveniente nas políticas fiscais, tributárias, administrativas e aduaneiras brasileiras é a OMC desde 1995 e a UNCTAD desde 1964.
A Câmara de Comércio Internacional (CCI) é o organismo de natureza privada de maior amplitude global e é responsável pelos INCOTERMS 2010 e pelas regras da Arbitragem Internacional.
Organização Mundial do Comércio – OMC
A representação majoritária da OMC é feita pelos países em desenvolvimentoque têm nesse organismo um instrumento regulador do desequilíbrio inerente às relações comerciais entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os países em desenvolvimento necessitam da intervenção da OMC para promoverem os seus respectivos desenvolvimentos.
Constituída pela Rodada do Uruguai com a participação de 123 países, em 1994, por consenso, a estrutura da OMC contextualizava-se dentro dos seguintes temas:
• Incorporação plena da agricultura e do setor têxtil e de confecções com redução de subsídios para a o setor agrícola rigor às regras do GATT para o setor têxtil e de confecções.
• Reduções de tarifas industriais dos países desenvolvidos.
Acordo sobre o comércio de serviços (GATS).
• O estabelecimento do TRIM – Trade Investiment Measuraments (medidas de investimentos).
DoTRIPS – Trade Intelectual Property Rights (direitos de propriedade intelectual).
• A regulamentação das compras governamentais.
• O TPRM – Trade Policy Review Mechanism (monitoramento da legislação do país) para regular avaliação se as leis internas de cada país respeitam as cláusulas e diretrizes acordadas na OMC.
Estrutura do OMC
A OMC chegou com promessa de liberdade econômica, as políticas protecionistas unilaterais teriam que dar lugar ao liberalismo econômico multilateral demandante pela globalização que já se mostrava irreversível.
Para tanto os mecanismos de solução de controvérsias eram muito mais musculosos devido a personalidade jurídica da OMC. Para os países em desenvolvimento houve uma redução das margens de manobra para o uso de instrumentos discriminatórios de proteção e de promoção dos produtos domésticos.
EXERCÍCIOS AULA 02
1) Um dos princípios da OMC ¿ Organização Mundial do Comércio é o da não discriminação. O que norteia esse princípio:
( ) OMC possui regras que permitem aos países optarem por acordos regionais ou gerais.
( ) O objetivo maior da OMC é o fomento à expansão do comércio mundial. Logo, a instituição trabalha objetivando a eliminação das tarifas
( ) Refere-se basicamente a produtos, de acordo com a cláusula da nação mais favorecida, e não a países
( ) Todos os países são soberanos e possuem igual direito de constituir sistemas regionais, competindo a cada país tomar a iniciativa de fazê-lo.
( ) Em qualquer negociação regional os países se obrigam a oferecer concessões compensatórias
2) O comércio internacional é constituído de duas operações básicas, a importação e a exportação. Abaixo apresentamos alguns conceitos relacionados à importação. Sinalize a opção correta:
( ) Operação que diminui o déficit da balança comercial nacional
( ) Operação que envolve o ingresso de capital estrangeiro no país, ou seja, gera divisas.
( ) Operação baseada na produção de bens para os quais o Brasil tenha maior disponibilidade de fatores produtivos, garantindo excedentes
( ) Saída de mercadoria nacional ou nacionalizada ou serviços do território aduaneiro brasileiro
( ) Entrada de mercadorias ou serviços provenientes do exterior, no Brasil, com ou sem cobertura cambial
3) O Comércio Internacional é regulado por vários organismos internacionais que têm por objetivo fomentar o fluxo de mercadorias e trocas internacionais promovendo o equilíbrio do comércio global. Marque a única opção correta:
( ) Os organismos de natureza privada promovem o desequilíbrio do comércio global
( ) Os organismos internacionais promovem a resolução de práticas de comércio internacional entre os países signatários promovendo o equilíbrio do comércio global.
( ) Os organismos internacionais estabelecem acordos e tratados internacionais de comércio favorecendo os países industrializados
( ) Os organismos internacionais promovem a resolução de práticas de comércio internacional promovendo o desequilíbrio do comércio global
( ) Os organismos de natureza privada estabelecem acordos e tratados internacionais de comércio favorecendo os países em desenvolvimento
4) Uma união aduaneira e um mercado comum são duas formas de integração econômica regional. Quais são as diferenças entre elas:
( ) Nível de diversificação de produtos comercializados nesse acordo regional.
( ) Número de países que participa do bloco.
( ) Inclusão dos fatores de produção no tratamento das relações econômicas entre os membros do bloco
( ) Existência ou não de barreiras não-tarifárias
( ) Na união aduaneira somente os países-membros são beneficiados pela eliminação das tarifas e no mercado comum mesmo os países não membros são beneficiados pela eliminação das barreiras 
5) Conforme os acordos estabelecidos no âmbito da Organização Mundial do Comércio, a prática do livre comércio pressupõe a existência da competição leal entre as forças do mercado. Qual prática, das alternativas abaixo, vai contra esse princípio.
( ) Acordos regionais para a redução de tarifas de importação
( ) Elevação da produtividade
( ) Apoio governamental às empresas exportadoras
( ) Subsídios à exportação
( ) Competição via redução de preços entre as empresas
6) O Comércio Internacional é regulado por vários organismos internacionais de natureza supranacional e privada que têm por objetivo fomentar o maior fluxo de mercadorias e trocas internacionais protegendo os países menos desenvolvidos para também promoverem o equilíbrio do comércio global. Neste contexto, assinale o único organismo internacional de natureza supranacional
( ) Organização Mundial do Comércio ¿ OMC 
( ) Acordo Geral de Tarifas e Comércio ¿ GATT 
( ) Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual¿ TRIPS
( ) Câmara de Comércio Internacional – CCI
( ) Acordo Geral sobre Comércio de Serviços - GATS 
Aula 03: Histórico e estrutura do comércio exterior brasileiro
Introdução
Nessa aula será apresentado à você um histórico da formação organizacional do nosso atual comércio exterior com a complexidade de sua estrutura vinculada a influência de diversos órgãos intervenientes com suas respectivas hierarquias e procedimentos.
As diversas fases históricas da política de exportação e de importação
Europa e oriente, no século XV, apresentavam relativo desenvolvimento.
Do oriente chegavam à Europa produtos diversos (tecidos de seda, especiarias, porcelanas, condimentos etc.) de grande aceitação. Esses produtos chegavam via caravanas e eram trocados por outras mercadorias (Escambo). Essas caravanas passavam por territórios de soberanias diferentes, às vezes, tinham que pagar taxas que serviram de inspiração para o Imposto de Importação.
Porém, devido a confrontos territoriais, as caravanas eram impedidas de passar pelos territórios em conflito, sujeitas a saques e cobrança de pedágios.
A Europa dessa época praticava o Mercantilismo, prática econômica que dava ao Estado um papel primordial no desenvolvimento da riqueza nacional, ao adotar Políticas Protecionistas e, em particular, estabelecendo barreiras tarifárias e medidas de apoio à exportação.
Em 12/10/1492, o espanhol, Cristóvão Colombo, descobriu a América.
Portugal e Espanha estavam destinadas a conquistar novas terras, de modo a implementar suas explorações. Nesse sentido, estabeleciam meios diplomáticos pacíficos para evitar conflitos cuja maior expressão foi o Tratado de Tordesilhas (07/06/1494), que estabelecia uma linha imaginária de 370 léguas a oeste da Ilha de Santo Antônio. Todas as terras descobertas a oeste desse meridiano pertenceria à Espanha e a leste, à Portugal.
Em 22/04/1500, em Porto Seguro, o português, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. A partir daí, o Brasil passou a ter vários ciclos exploratórios.
1º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Século XVI) 
Extração de pau-brasil. Madeira de cor vermelha que expressava a cor do poder e só podia ser usada pela realeza portuguesa. Fato que originou a tradição do uso do Tapete Vermelho para ostentar deferência.2º. CICLO EXPLORATÓRIO: (Séculos XVI – XVIII) – CICLO DA CANA DE AÇUCAR: 
Agricultura da cana introduziu o modo de produção escravista, baseado na importação e escravização de africanos. Essa atividade gerou todo um setor paralelo, chamado de tráfico negreiro.
O tráfico negreiro só é interrompido em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós.
3º. CICLO EXPLORATÓRIO: CICLO DO GADO:
A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior. Com o aumento da produção de cana-de-açucar no litoral brasileiro, o gado que era usado como força motriz nos engenhos, além de serem fornecedores de carne e couro, foram empurrados para o interior do Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais areas maiores no litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura.
Avançando pelo interior do Brasil, utilizando-se do Rio São Francisco (Rio da Integração Nacional)o gado desceu o "Velho Chico" instalando fazendas de gado por todo o longo do seu curso, daí sua denominação também de Rio dos "Currais" chegando o gado que inicialmente saiu da Bahia até os Estados do Pìauí e Maranhão, sendo estes responsáveis pela ocupação e povoamento do Sul do Estado do Maranhão.
De 1580 a 1640, os reinados de Portugal e Espanha se uniram por Felipe II, Rei da Espanha que herdou o reino de portugal no período conhecido por UNIÃO IBÉRICA. ERA O FIM DO TRATADO DE TORDESILHAS.
4º. CICLO: ENTRADAS E BANDEIRAS:
Período Das Capitanias Hereditárias e dos Governos Gerais.
A expressão Entradas e Bandeiras é utilizada para designar, genericamente, os diversos tipos de expedições empreendidas à época. Com fins tão diversos como os de simples exploração do território, busca de riquezas minerais, captura ou extermínio de escravos indígenas, ou mesmo africanos.
Ainda de maneira geral, considera-se que:
As chamadas Entradas tinham a finalidade de expandir o território, eram financiadas pelos cofres públicos e com o apoio do governo colonial em nome da Coroa de Portugal, ou seja, eram expedições organizadas pelo governo de Portugal.
As Bandeiras eram iniciativas de particulares, associados ou não, que, com recursos próprios, buscavam obtenção de lucros, ou seja, eram expedições organizadas por bandeirantes. 
Há que considerar ainda o aspecto particular desse fenômeno na região amazônica, em busca não apenas do extrativismo das chamadas drogas do sertão, especiarias apreciadas na Europa como, por exemplo, o urucum e o guaraná, mas também em busca do apresamento do próprio índigena.
A revolução industrial e o avanço napoleônico
A Revolução Industrial na Inglaterra e a Revolução Francesa do século XVIII repercutiram significativamente na realidade brasileira. Houve uma mudança na configuração europeia. Napoleão tenta conquistar e dominar toda Europa, principalmente a Inglaterra.
Como o rei de Portugal tinha fortes laços com a Inglaterra, tanto que o governo inglês possuía uma base militar em Portugal, com o avanço napoleônico, D. Joaõ VI é obrigado a fugir de Portugal, vindo se refugiar no Brasil no momento histórico, conhecido pela VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL.
A partir de 1808 – D. João VI aporta em Salvador e, por conselho do seu ministro da fazenda (Visconde de Cairu, abriu os portos às nacões amigas. Esse foi considerado o primeiro ato de COMEX brasileiro).
Em decorrência disso, D. João assinou em 28/01/1808 o texto da CARTA RÉGIA (o que seria um Decreto Lei ou Medida Provisória, hoje) contendo o seguinte texto: “...sejam admissíveis nas alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservarão em paz e harmonia com minha Portugal Real Coroa ou em navios dos meus vassalos, pagando 24% por entrada, sendo 20% de direitos grossos e 4% a títulos de donativo”.
Em outro trecho da Carta Régia: “...que não só os meus vassalos, mas também os estrangeiros possam exportar para os portos que lhes bem parecer em benefício do comércio e da agricultura que tanto deseja promover”.
Em 07 de março de 1808, D. João, o príncipe regente, chegou à cidade do Rio de Janeiro.
No dia 01 de abril, visando desenvolver a economia braileira, decreta que todas as espécies de indústrias e de fabricação tenham plena liberdade de se instalarem no Brasil, revogando, assim, um decreto anterior que proibia a instalação de indústria e de fábrica. Esse foi o PRIMEIRO ATO DESENVOLVIMENTISTA BRASILEIRO.
Em outubro de 1808, foi ordenado aos juízes das alfândegas que não admitissem o despacho de livros ou papéis sem que fosse apresentada a competente licença de desembargo do Paço Imperial. Esse foi o primeiro ato de LICENCIAMENTO COM ANUÊNCIA PRÉVIA.
Os efeitos da vinda da família real para o Brasil
Imprensa Régia (gráfica) – Em uma das caravelas, D. João VI trouxe máquinas gráficas o que deu origem à nossa atual Imprensa Nacional.
Criação da Academia da Marinha Mercante e Artilharia, muitas fortificações, fábricas de pólvora, Hospital Central do Exército, Biblioteca Nacional, Escola de Belas Artes, Jardim Botânico, Banco do Brasil, a 1ª. Companhia de Transportes Coletivos e a 1ª. Cia de Seguros.
Missões de cientistas, matemáticos e engenheiros para levantamento da base territorial do Brasil.
No tocante ao COMEX, notas diplomáticas de mercadores portugueses queixando-se da alíquota de 24%, fez com que D. João VI, em 1809, reduzisse a alíquota para 16% às mercadorias transportadas por embarcações portuguesas.
No entanto, em 1810, o reino de Portugal assina o TRATADO DE NAVEGAÇÃO E DE COMÉRCIO COM A INGLATERRA. Por força deste, a Inglaterra impõe a CLÁUSULA DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA, que estabelecia que as mercadorias transportadas pelos navios ingleses e desembarcadas no Brasil pagariam 15% de direitos aduaneiros. Este tratado vigorou até 1827.
Normas Administrativas do COMEX
Você sabe o que é o MDIC?
É o órgão supremo do Comércio Exterior Brasileiro.
Tem várias Secretarias a serem administradas. De lá saem as normas administrativas do COMEX, delas, a mais importante para o comex é a SECEX (Secretaria de Comércio Exterior), que tem quatro departamentos: DECEX, DECOM, DEINT e DEPLA.
No dia 4 de fevereiro de 2010, a Presidência da República publicou no Diário Oficial da União o Decreto nº 7096, de 4 de fevereiro de 2010, que aprova a nova estrutura regimental do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com as alterações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) ganha o Departamento de Normas e Competitividade (Denoc).
1 ) De acordo com o regimento, o Departamento de Normas e Competitividade será o órgão da Secex responsável por atividades relacionadas a normas e procedimentos. Além disso, o Denoc vai coordenar ações relativas aos acordos de facilitação ao comércio e aos procedimentos de licenciamento de importação junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre as competências do departamento, ainda encontram-se a coordenação dos agentes externos autorizados a processar operações de comércio exterior; o Cadastro de Exportadores e Importadores e o Registro de Empresas Comerciais Exportadoras constituídas nos termos da legislação específica.
2 ) Cabe também ao Denoc a administração do Sistema de Registro de Informações de Promoção (Sisprom). O departamento vai registrar as operações de pagamento de despesas no exterior, com redução a zero da alíquota do Imposto de Renda, de ações de promoção comercial, pagamento de comissões e despesas com logística. Os técnicos do Denoc vão, ainda, planejar ações orientadas para a logística de comércio exterior e formular propostas para aumento da competitividade internacional de produtos brasileiros, especialmente, de âmbito burocrático, tributário, financeiro ou logístico.
3 ) Com a nova estrutura, a Secex passa a atuar de forma mais densa em ações de simplificação, desburocratização e facilitação do comércio exterior. A secretaria passa a trabalhar com maiorharmonização dos normativos e procedimentos, buscando contribuir para a redução dos custos das operações de comércio exterior.
Você sabe o que é o CAMEX?
A Câmara de Comércio Exterior – Camex, órgão integrante do Conselho de Governo, tem por objetivo a formulação, a adoção, a implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.
A Camex é integrada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; que a preside, pelos Ministros Chefe da Casa Civil; das Relações Exteriores; da Fazenda; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e do Planejamento, Orçamento e Gestão.
EXERCÍCIOS AULA 03
1) Assinale a opção que não está relacionada com a prática do mercantilismo:
( ) Conjunto de concepções que pregava a atuação ativa do Estado e a busca de acumulação de metais preciosos.
( ) A riqueza da economia depende do aumento da população e do volume de metais preciosos do país.
( ) O princípio sob o qual o Estado deve incrementar o bem-estar nacional
( ) Autoridade forte e central é essencial para a expansão dos mercados e a proteção dos interesses comerciais locais.
( ) O comércio exterior deve ser estimulado, pois um saldo positivo na balança comercial fornece um estoque de metais preciosos.
2) Como podem ser classificadas as barreiras comerciais não-tarifárias:
( ) São utilizadas para proteger a indústria local contra a concorrência predatória e desleal.
( ) São subjetivas e incidem diretamente sobre o preço final do produto comercializado
( ) São aquelas que incidem indiretamente sobre o preço do produto, através da aplicação de normas e regulamentos que acabam se transformando em um obstáculo ao comércio.
( ) São objetivas e de fácil compreensão por parte dos operadores de comércio internacional
( ) São aquelas que incidem diretamente no preço final do produto comercializado, aumentando significativamente o seu valor.
3) Quais as fases operacionais do comércio exterior brasileiro?
( ) Nenhuma das respostas anteriores.
( ) Fase Administrativa, Fiscal e Tributária.
( ) Fase Introdutória e Sequencial.
( ) Fase Comercial e Despacho Aduaneiro.
( ) Despacho e Desembaraço Aduaneiros
4) Quando o exportador prepara a carga para embarque, é necessário que a embalagem do produto seja de acordo ao solicitado pelo comprador e, às vezes, dependendo do produto, a embalagem pode representar um custo na planilha de formação de preço internacional. O custo da embalagem do produto pode ser repassado ao importador?
( ) Esse custo da embalagem do produto, pode ser repassado à transportadora internacional
( ) Não, esse custo de embalagem é de responsabilidade do fabricante e não do comprador
( ) Não, o importador está comprando o produto e não a embalagem, assim, o custo é por conta do vendedor.
( ) Sim, na planilha, o exportador pode repassar o custo da embalagem do produto, pois faz parte da venda
( ) Esse custo pode ser repassado aos compradores do mercado interno e não aos importadores.
5) O MDIC ¿ Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior é o órgão supremo do Comércio Exterior Brasileiro. É composto por diversas secretarias e Departamentos. Nas opções mencionadas, assinale a secretaria mais relevante para o Comércio Exterior Brasileiro:
SECEX
DECEX
DEPLA
SDP
SCS
6) No transporte marítimo, quando o exportador se apresenta com a carga no porto de embarque, ocorrem uma serie de despesas, como armazenagem, capatazias, estiva e outras taxas logísticas próprias da manipulação da carga que será embarcada. Essas despesas internas devem ser repassadas ao importador?
( ) Todas as despesas de embarque que ocorrem no porto, são por conta da empresa inspetora da carga, pois ao final da operação, vai emitir um certificado dizendo que a carga está a bordo em boas condições
( ) Embora estejam ocorrendo antes do embarque, essas despesas fazem parte do esforço de venda, assim, podem ser repassadas ao importador, na planilha de formação do preço internacional.
( ) todas as despesas antes do embarque são por conta do exportador, assim, não podem ser repassadas ao cliente.
( ) Essas despesas portuárias quem deve paga-las é a companhia marítima, pois estão incluídas no frete internacional
( ) Normalmente essas despesas portuárias ocorrem por conta do despachante aduaneiro, pois o objetivo do trabalho dele é embarcar as mercadorias
Aula 04: Normas administrativas, fiscais e cambiais do comércio exterior brasileiro.
Introdução
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno o ordenamento legal do comércio exterior brasileiro, a hierarquia das normas, os impactos administrativos nas decisões operacionais e no SISCOMEX.
A Hierarquia dos Instrumentos Legais
Constituição Federal de 1988. 
Dela emanam os direitos e as obrigações dos cidadãos brasileiros, dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); a competência da União, Estados e Municípios. É, pois, considerada a Lei Maior, a Carta Magna, a soberana.
Promulgada em 5/10/88, nossa Constituição só pode ser modificada por uma emenda constitucional e já sofreu mais de 40 desde a sua promulgação. Para se fazer uma emenda constitucional ou uma nova Constituição é preciso que Senadores e Deputados Federais constituam uma Assembleia Constituinte.
Lei Complementar. 
Abaixo da Constituição, a Lei Complementar dá mais sentido a um dispositivo constitucional, complementa a Constituição. O Congresso Nacional discute a lei complementar, com a sanção do executivo, haverá a promulgação que é uma comunicação administrativa aos agentes do governo que o povo só tomará conhecimento quando de sua publicação no Diário Oficial.
A elaboração de uma lei federal, seja ela complementar ou ordinária, segue o seguinte trâmite:
• Origina-se na Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal para apreciação.
• Após aprovação pelo Congresso Nacional o projeto de lei segue para o Presidente da República sancioná-lo ou vetá-lo (no caso de veto, o projeto volta para o Congresso que dará o parecer final, podendo, inclusive, derrubar o veto do Executivo).
• Depois segue para promulgação e publicação em Diário Oficial.
Medida Provisória. 
A Constituição Federal proíbe o Decreto-Lei (elaboração da base legal pelo Executivo), mas criou a Medida Provisória de igual força hierárquica (tem força de Lei). O Presidente da República pode, por força de urgência ou relevância social, baixar medidas provisórias sem aprovação do Congresso Nacional.
Atualmente, por modificações, a medida provisória pode vigorar por 60 dias podendo ser prorrogada por mais 60 dias pelo Congresso Nacional. Se nesse período a MP não se transformar em Lei, ela cai.
Decreto. 
No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos).
Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder Executivo para fazer nomeações e regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas.
Decreto é a forma de que se revestem do atos individuais ou gerais, emanados do Chefe do Poder Executivo, Presidente da República, Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto geral e decreto individual. Esse a pessoa ou grupo e aquele a pessoas que se encontram em mesma situação.
O decreto tem efeitos regulamentar ou de execução – expedido com base no artigo 84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o decreto detalha a lei, não podendo ir contra a lei ou além dela.
Outros Normativos Legais. 
Dentro de sua competência, dispõe sobre os procedimentos instituídos pelos DL, MP e Leis.
Legislação Cambial
O CMN é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), por meio de suasResoluções, Circulares e Comunicados.
O BACEN autoriza instituições financeiras a operarem com câmbio.
EXEMPLO: Agências de bancos, agências de turismo e casas de câmbio. Essas operadoras de câmbio autorizadas pelo BACEN vinculam suas operações ao SISBACEN (SISTEMA DE OPERAÇÕES E CONTROLE DO BANCO CENTRAL).
Legislação securitária
As deliberações do CNSP são normatizadas pela SUSEP por meio de Portarias e Circulares. 
Legislação aduaneira
É o conjunto de normas legais capazes de propiciar a administração pública, o exercício do controle dos sistemas aduaneiros vientes no país.
A Legislação Aduaneira é composta de: DL, MP, Leis, Decretos, OUTROS ATOS NORMATIVOS (Regulamentos e Resoluções que são aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e para com os administrados. São aqueles que contêm um comando geral do executivo visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração para com os seus administrados) e ATOS ORDINÁRIOS (Instruções Normativas, Circulares, Aviso, Portarias que são aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos endereçados aos servidores públicos a fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições.
A Legislação Aduaneira é bem complexa pelos seguintes motivos:
• Existência de vários órgãos do governo que atuam no COMEX propiciando divergências por falta de entrosamento entre eles.
• Existência de atos legais sem as respectivas regulamentações gerando períodos de vacâncias e impasses decisórios. Ex.: O DL 37/66 que deveria ser regulamentado em 180 dias, só foi regulamentado pelo Decreto 91030/85, 19 anos depois, o nosso primeiro Regulamento Aduaneiro.
• Imprecisão conceitual envolvendo critérios diversificados de normativos que mudam em função de considerações subjetivas.
• Excesso de ordenamento legal provocando confusões aos contribuintes e aos funcionários do governo, o que já vem melhorando pela consolidação das portarias SECEX, Instruções Normativas e o novo R.A. (Regulamento Aduaneiro).
• Pela excessiva proliferação de obrigações de caráter acessório criadas para facilitar o trabalho da própria fiscalização aduaneira.
• Portarias Ministeriais: Ex.: Portaria MF No. x/2010 – Ministério da Fazenda.
• Portaria, Instruções Normativas (IN) e Atos Declaratórios – Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB.
• Atos Declaratórios ou Normativos, Pareceres Normativos e Normas de Execução – COANA.
• Normas de Execução, Atos Declaratórios e Portarias – Superintendência, Delegacias e Inspetorias.
Terminais alfandegados
O território aduaneiro compreende todo o território nacional e a jurisdição aduaneira abrange todo esse território e divide-se em zona primária e secundária.
A Zona Primária Compreende: 
Portos Alfandegados: Áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local constituída da parte terrestre ou aquática contínua ou descontínua por eles ocupadas.
Aeroportos Alfandegados: Compreende a parte terrestre devidamente demarcada pela autoridade aduaneira local por eles ocupados.
Pontos de Fronteiras Alfandegados: São as áreas terrestres demarcadas pela autoridade aduaneira competente situada numa fronteira terrestre do Brasil com outro país.
A zona primária é a porta oficial de entrada e saída de pessoas e suas bagagens, mercadorias e veículos.
OBS.: se pessoas entram fora da ZP são denominadas clandestinas. Se, no caso, essa entrada ou saída for de mercadorias, denomina-se contrabando (produtos de comercialização proibida ou ilícita) ou descaminho (mercadoria sem procedimento aduaneiro, porém de comercialização permitida).
Na zona primária, a autoridade aduaneira precede a qualquer autoridade do governo brasileiro, isto é, a autoridade aduaneira é mais importante que qualquer outra autoridade do governo brasileiro.
A Zona Secundária compreende:
O restante do território aduaneiro brasileiro, assim constituído por sua base territorial, espaço aéreo, águas internas (rios e lagos) e sua faixa marítima.
Recinto Alfandegado
Os R.A.s são declarados pela autoridade aduaneira competente, a fim de que neles possa ocorrer, sob o controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagens de viajantes e remessas postais internacionais.
EXEMPLO: 
Em Zonas Primárias: Armazéns, pátios, tanques (granel líquido), silos (granel sólido, grãos); depósitos, lojas e zonas francas.
Em Zonas Secundárias: As dependências das remessas postais internacionais administradas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) e Portos Secos(os Portos Secos são recintos alfandegados de uso público dos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem sob o controle aduaneiro).
• Não podem ser instalados em zona primária e têm como finalidade descentralizar os serviços aduaneiros dos portos e aeroportos, minimizando custos operacionais.
• O governo elege uma região que existe concentração de mercadorias destinadas à exportação/importação e são operacionalizados e administrados por empresas privadas ou consórcio de empresas.
Os Terminais Alfandegados estão localizados em R.A.s e operam com a movimentação e armazenagem das cargas. São terrenos públicos arrendados por empresas privadas que exploram essa atividade por prazo determinado. Os terminais especializados em movimentação de containers são denominados TECON.
As principais funções do Imposto de Importação (II):
1ª) Função histórica Protecionista. Protege o produto nacional do produto similar estrangeiro. Funciona como um benefício à indústria e não ao consumidor.
2ª) Função Seletora. É estabelecida de acordo com os critérios de essencialidade da mercadoria. Os produtos necessários ao desenvolvimento do país têm alíquotas menores, já os supérfluos, terão alíquotas elevadas. Exemplos: perfumes, cosméticos, derivados de fumo, bebidas alcoólicas, peles, automóveis etc.
3ª) Função Arrecadadora. Arrecada fundos para o Tesouro Nacional.
4ª) Função Promotora. Promove a competitividade entre o produto importado e o nacional. A qualidade da mercadoria é a base, logo, os produtos importados são melhores, o que obriga a melhoria dos produtos nacionais.
As características do Imposto de Exportação (IE):
O IE é um imposto de característica, exclusivamente, monetária e cambial, com finalidade de disciplinar os efeitos monetários decorrentes de variações de preços no exterior preservando as receitas de exportação e o consumo interno, é um tributo extrafiscal, seu objetivo principal não é a de arrecadar.
Elementos limitadores ou impeditivos das importações/exportações
1) Intervenções Governamentais no COMEX. De 1808 até o Século XX, o Comércio era livre, mas, a partir do Sec. XX houve intervenção maciça do Estado na política exterior.
2) Procedimento Aduaneiro de admissão de mercadoria importada e liberação de mercadorias destinadas ao exterior. Esses procedimentos variam de acordo com a origem, o destino e a classificação fiscal da mercadoria.
3) Acordos Internacionais. Com a criação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade, Genebra, 1947), houve a necessidade de se harmonizar as tarifas aduaneiras e dividir os países em relação ao seu desenvolvimento a partir de regras específicas. Assim sendo, qualquer incentivo fiscal concedido ao produto nacional deveria ser estendido ao produto importado de país membro do GATT. 
Os seus membros poderiam se agrupar em Blocos Comerciais Econômicos com a finalidade de desenvolver uma determinada região (exemplo: a reconstrução dos países afetados pela Segunda Guerra Mundial), surgindo o Mercado ComumEuropeu, 1947 e, posteriormente, a ALADI (Associação Latino-Americana de Integração, 1980).
4) Restrições às mercadorias importadas e exportadas por meio de mecanismos de preços. O Governo disciplina os preços quando necessário.
SISCOMEX
O Sistema Integrado de Comércio Exterior é o sistema de processamento do Comércio Exterior Brasileiro.
Em 1.º de janeiro de 1997, o Governo Federal (SERPRO – SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS) finalizou a implantação do SISCOMEX ao disponibilizar o módulo Importação. A nova sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior, da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de COMEX.
O SISCOMEX elimina a coexistência de controles e sistemas de coleta de dados paralelos, ao adotar o fluxo único de informações tratado pela via informatizada, o que permite, também, a harmonização de conceitos e a uniformização de códigos e nomenclaturas, tornando mais ágil o processamento administrativo, o que significa um salto de qualidade nos serviços prestados, contribuindo para a redução do “custo Brasil”, SE NÃO FOSSEM OS PROBLEMAS DE INTERFACE COM ALGUNS ÓRGÃOS ANUENTES.
SISCOMEX – Órgãos regulatórios
ORGAÕS ADMINISTRADORES / GESTORES: O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO e integrou os três órgãos gestores: SECEX (Secretaria de Comércio Exterior) responsável por legislar / regular o controle dos produtos, SRF (Secretaria da Receita Federal) responsável por legislar / regular o controle fiscal e o BACEN (Banco Central do Brasil) responsável por legislar / regular o controle cambial.
ORGÃOS INTERVENIENTES / ANUENTES: Também integrados ao Sistema, esses órgãos são responsáveis por fiscalizar e executar as normas de controle reguladas pelos órgãos gestores. Podemos citar como exemplos: COTAC (Comissão Coordenadora de Transporte aéreo Civil); CNEM (Comissão Nacional de Energia Nuclear), DECEX (Departamento de Comércio Exterior), Ministérios da Saúde, Agropecuário, Aeronáutica etc.
Orientações ao SISCOMEX Importação WEB
Conceitos
Assinatura Digital É o processo eletrônico de assinatura, baseado em sistema criptográfico assimétrico, que permite ao usuário usar sua chave privada para declarar a autoria de documento eletrônico a ser entregue à SRF, garantindo a integridade de seu conteúdo.
Autoridade Certificadora da Secretaria da Receita Federal (AC-SRF) É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente à AC Raiz, responsável pela assinatura dos certificados das Autoridades Certificadoras Habilitadas.
Autoridade Certificadora Habilitada   É a entidade integrante da ICP-Brasil em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF, habilitada pela Coordenação Geral de Tecnologia e Segurança da Informação – Cotec, em nome da SRF, responsável pela emissão e administração dos Certificados Digitais e-CPF e e-CNPJ.
Autoridade de Registro da Secretaria da Receita Federal (AR-SRF) É a entidade operacionalmente vinculada à AC-SRF, responsável pela confirmação da identidade dos solicitantes de credenciamento e habilitação como Autoridades Certificadoras integrantes da ICP-Brasil, em nível imediatamente subsequente ao da AC-SRF.
Autoridades de Registro São as entidades operacionalmente vinculadas à determinada Autoridade Certificadora Habilitada, responsáveis pela confirmação da identidade dos solicitantes dos certificados e-CPF e e-CNPJ.
Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ É o documento eletrônico de identidade emitido por Autoridade Certificadora credenciada pela Autoridade Certificadora Raiz da ICP-Brasil – AC Raiz e habilitada pela Autoridade Certificadora da SRF (AC-SRF), que certifica a autenticidade dos emissores e destinatários dos documentos e dados que trafegam numa rede de comunicação, bem assim assegura a privacidade e a inviolabilidade destes. 
Não poderão ser titulares de certificados e-CPF ou e-CNPJ as pessoas físicas cuja situação cadastral perante o CPF esteja enquadrada na condição de cancelado e as pessoas jurídicas cuja situação cadastral perante o CNPJ esteja enquadrada na condição de inapta, suspensa ou cancelada.
Documento Eletrônico É aquele cujas informações são armazenadas, exclusivamente, em meio eletrônico.
ICP–Brasil É um conjunto de técnicas, práticas e procedimentos, a ser implementado pelas organizações governamentais e privadas brasileiras com o objetivo de garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.
Usuário   Pessoa física ou jurídica titular de Certificado Digital e-CPF ou e-CNPJ, respectivamente, bem assim de qualquer outro certificado digital emitido por Autoridade Certificadora não habilitada pela SRF e credenciada pela ICP Brasil.
Cadastramento no SISCOMEX
Tratamento administrativo
Permite ao usuário verificar se a mercadoria necessita de algum tratamento administrativo aplicado na importação. Define-se nessa função se o licenciamento será automático ou não automático necessitando, portanto, de LI antes do embarque ou se a importação está dispensada de licenciamento. ESTE VEM A SER O PRIMEIRO PASSO NO SISCOMEX PARA O DESEMBARAÇO ADUANEIRO.
LI SUBSTITUTIDA: Até o registro da Declaração de Importação, o importador poderá solicitar alteração do LI, inclusive prorrogação de validade (se a validade de 60 dias não estiver vencida), mediante sua substituição no Sistema, sujeito a novo exame pelos órgãos anuentes (LI SUBSTITUTIVA). Quando as alterações efetuadas não se relacionarem à validade, será mantida a validade do licenciamento original.
A LI SUBSTITUTIVA é um documento independente da LI original. Ela tem um novo número de registro, porém é um outro documento vinculado ao anterior que está sendo corrigido.
CANCELAMENTO E CONSULTAS LI: O prazo de validade de um LI é de 90 dias a contar do seu deferimento. O Siscomex cancelará automaticamente as licenças deferidas após decorridos 90 (noventa) dias da data de validade, quando se tratar de licenciamento com restrição de embarque, ou após decorridos 90 (noventa) dias da data de deferimento, no caso de LI deferida sem restrição à data de embarque.
Declaração 
Documento eletrônico que contém todas as informações detalhadas da operação, possibilitando ao REPRESENTANTE LEGAL efetuar o despacho aduaneiro
A Declaração compreende o conjunto de informações gerais correspondentes a uma determinada operação de importação e conjunto de informações específicas de cada mercadoria. Adição da Importação e RE na exportação.
É formulada pelo representante legal em seu próprio microcomputador.
De modo geral, o processo de elaboração de uma Declaração compreende:
A introdução dos dados gerais da declaração, comuns a todas as mercadorias objeto do despacho, inclusive dos dados relativos ao pagamento dos tributos, no caso da importação.
Introdução dos dados de cada uma das mercadorias sujeitas a licenciamento automático – TAMBÉM CHAMADO ADIÇÃO na importação.
Nos casos de mercadorias sujeitas ao licenciamento automático ou não automático, indicação do número da LI e introdução dos demais dados não constantes daquele documento.
Inserido o número da LI, os dados informados na Licença migram automaticamente para a Declaração de Importação.
OBS.: a LI é a adição referente ao licenciamento não automático, cabendo, portanto, numa mesma DI, adições referentes a licenciamentos automáticos e não automáticos.
EXERCÍCIOS AULA 04
1) A atividade exportadora e importadora no Brasil é fiscalizada pela autoridade aduaneira que possui poderes na zona primária e secundária para controlar o fluxo de entrada e saida de mercadoria do territorio nacional. Esta responsabilidadecompete à:
( ) Fiscais do Ministério da Agricultura, para controlar a tributação de produtos agro-pecuários.
( ) Polícia Federal, pois trata-se de mercadorias e circulação de pessoas pelos portos, aeroportos e pontos de fronteiras.
( ) Fiscais do Itamaraty, pois trata-se de uma atividade internacional.
( ) Pelos acordos internacionais dos quais o Brasil é assinante, nao existe fiscalização aduaneira nas fronteiras nem com terceiros países.
( ) Fiscais da Receita Federal do Brasil
2) A nomenclatura Comum do Mercosul é aplicada ao comércio do Brasil:
( ) Obrigatória para as operações de comércio exterior efetuadas no âmbito do Mercosul e facultativa às outras regiões;
( ) Abrangendo todas as operações de comércio exterior
( ) Obrigatória nas relações comerciais com a China e a União Europeia
( ) Facultativa para as operações de comércio exterior com outros países latino-americanos;
( ) Restringindo-se às operações de comércio exterior efetuadas pelo país no âmbito do Mercosul;
3) Uma importação com cobertura cambial é aquela que representa uma efetiva compra de mercadoria estrangeira, portanto existe a necessidade da cobertura cambial. Qual é o conceito do termo "cobertura cambial" na importação?
( ) Significa que o importador tem que pagar o exportador estrangeiro em moeda inconversível
( ) Significa que o importador tem que pagar o exportador estrangeiro, em Reais
( ) Significa que o importador tem que pagar o exportador estrangeiro, mediante escambo
( ) Significa que o importador não tem obrigação de pagar o exportador estrangeiro.
( ) Significa que o importador tem que pagar o exportador estrangeiro, em moeda conversível.
4) O CMN- Conselho Monetário Nacional é um órgão deliberativo e suas decisões são normatizadas por meio de Resoluções, Circulares e Comunicados do:
( ) Secretaria do Comércio Exterior Brasileiro ¿ SECEX
( ) Banco Central do Brasil ¿ BACEN
( ) Sistema do Banco Central do Brasil ¿ SISBACEN
( ) Câmara de Comércio Exterior ¿ CAMEX
( ) Banco do Brasil S.A.
5) No que concerne ao comércio exterior compete ao Ministério das Relações Exteriores (MRE):
( ) Traçar as diretrizes da política de comércio exterior, estabelecer normas para sua implementação e supervisionar sua execução;
( ) Estabelecer contratos e contrair, em nome do Estado, compromissos comerciais e coordenar o sistema de informações comerciais
( ) Atuar como agente pagador e recebedor fora do país, como representante do Governo Federal, emitir licenças de importação e exportação e representar o país em feiras e eventos internacionais.
( ) Realizar estudos e pesquisa sobre mercados externos, atuar na promoção comercial e organizar a participação brasileira em feiras internacionais;
( ) Definir normas para exportação e importação de produtos, negociar e celebrar contratos comerciais internacionais e atuar, em nome do Estado, nos foros internacionais;
6) O "contingenciamento" com relação à importação visa:
( ) Proteger o mercado interno e externo contra a concorrência externa excessiva ou predatória.
( ) Proteger o mercado externo contra a concorrência externa excessiva ou predatória.
( ) Proteger o mercado interno contra a concorrência externa excessiva ou predatória
( ) Evitar o desabastecimento do mercado externo.
( ) Evitar o desabastecimento do mercado interno
AULA 05: Os organismos internacionais e nacionais: os sítios na Internet
Introdução
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as entidades do comércio internacional e do comércio exterior brasileiro, bem como os procedimentos operacionais a serem aplicados através dos sítios institucionais públicos e privados e da legislação vigente.
Fase comercial na exportação
Continuando com a divisão do comércio exterior em fases, verificaremos em cada uma das fases apresentadas quais os sítios institucionais a serem visitados, a importância de cada um, quais as suas orientações e como navegar de forma eficaz em cada um deles.
Nesta fase o exportador deverá preocupar-se com a divulgação do seu produto e procurar os possíveis compradores desse produto lá fora. Nesse sentido o exportador brasileiro se sentirá bastante amparado em consultar os seguintes sítios especializados em promoção comercial:
Feiras internacionais
As feiras internacionais vem a ser a principal vitrine para o exportador brasileiro para apresentar os seus produtos a potenciais compradores internacionais, bem como uma vasta oportunidade de encontrar o produto ideal e adequado para os nossos importadores.
Segue abaixo o endereço eletrônico das principais feiras internacionais de diversos setores da economia mundial:
Demais sítios de órgãos de comércios nacionais e internacionais
Ministério das Relações Exteriores 
Neste sítio o Ministério das Relações Exteriores disponibiliza:
• Informações sobre a Política Externa nacional.
• Relações de integração regional na América do Sul.
• Formação profissional inter-regional.
• Mecanismos culturais de promoção internacional.
• Atos das Embaixadas e Consulados brasileiros pelo mundo todo.
• Acesso à assistência para brasileiros lá fora, entre outras informações e serviços.
Câmaras de comércio
As diversas Câmaras de Comércio são associações civis com fins não lucrativos que, por prazo indeterminado podem constituir filiais e escritórios no território nacional e no exterior e cooperar com outras organizações interessadas na promoção do relacionamento econômico, cultural e técnico-educacional com o Brasil.
As Câmaras de Comércio  têm por objetivo principal fomentar as relações econômicas entre o Brasil e outros países, atuando também de maneira pública, facilitando principalmente o acesso ao mercado e a sua ampliação para pequenas e médias empresas.
Entre seus objetivos se incluem a representação de seus associados e de outros interessados no relacionamento econômico entre o Brasil e os demais países, bem como o assessoramento e a sua orientação, segundo critérios de qualidade.
Associação de Comércio Exterior do Brasil 
A Associação de Comércio Exterior do Brasil - AEB é uma entidade privada sem fins lucrativos, que congrega as empresas exportadoras e importadoras de mercadorias e serviços, bem como as de atividades de apoio ao comércio exterior.
A AEB tem como finalidades principais:
• Estudar os assuntos relacionados com o comércio exterior do Brasil e propor soluções para os seus problemas.
• Realizar levantamentos estatísticos da importação e exportação do país, que sirvam de base orientadora para a política de comércio exterior e para as atividades dos associados.
• Cooperar para o aprimoramento técnico dos métodos de produção, visando alcançar maior produtividade e melhores padrões, com as consequentes reduções de custos e melhoria da qualidade dos produtos, que assegurem posição mais competitiva nos mercados mundiais, participando, quando indicada, de órgãos a esse fim destinados.
• Colaborar no constante aperfeiçoamento dos sistemas de crédito e de seguro de crédito à exportação.
• Contribuir para que seja adotada, sempre que possível, legislação que facilite as atividades do comércio exterior.
• Estudar e propor, aos órgãos oficiais competentes, providências que facilitem a implantação de novas empresas dedicadas ao comércio internacional e a ampliação das existentes.
• Colocar à disposição dos seus associados assistência técnica legal, em nível de consultoria.
• Estabelecer relações com entidades semelhantes em outros países, bem como com organismos internacionais, cujos princípios e atividades coincidam com os da AEB, aos quais poderá filiar-se.
• Tomar quaisquer outras iniciativas que beneficiem os interesses do comércio exterior e assegurem o desenvolvimento e o progresso da economia nacional.
Curiosidade: A Associação de Exportadores Brasileiros- AEB foi criada em janeiro de 1971, e, em agosto de 1985 mudou o nome para Associação de Comércio exterior do Brasil- AEB
Alibaba.com
Fundada em 1999, em Hangzhou, China ,o sítio  Alibaba.com torna mais fácil para milhões de compradores e fornecedores em todo o mundo fazer negócios online, principalmente através de três links: um para o comércio global ( www.alibaba.com ), direto entre importadores e exportadores do mundo todo; um link ( www.1688.com ) para o comércio interno na China e um link de transação baseado no atacado do site global ( www.aliexpress.com ) voltadas para pequenos compradores que procuram envio rápido de pequenas quantidades de mercadorias.
 Juntos, esses mercados formam uma comunidade de cerca de 72,8 milhões de usuários registrados em mais de 240 países e regiões. 
Como parte de sua estratégia o Alibaba.com oferece também uma ampla gama de software de gestão empresarial, serviços de infra-estrutura de Internet e exportação de serviços. O Alibaba.com tem escritórios em mais de 70 cidades por toda a Grande China, Índia, Japão, Coréia, Europa e Estados Unidos.
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior  - Mdic
Neste sítio o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior disponibiliza:
• Estatísticas do comércio exterior, emitida pelo DEPLA (Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior) com resultados da Balança Comercial Brasileira semanal, mensal e anual por estados e municípios também.
• Relação de empresas brasileiras exportadoras e importadoras por faixa de valor também.
• Informações comerciais no link do Radar Comercial.
• Informações sobre a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) com seus respectivos códigos e unidades de medida estatística.
• Informações sobre a estrutura do comércio exterior brasileiro.
• Exportação Simplificada e uma série de procedimentos específicos para determinados tipos de exportação é o que se pode achar na série: Aprendendo a Exporta neste mesmo sítio.
• Além dessas, diversas outras funções como o agendamento de Encontros de Comércio Exterior (Encomex) na sua cidade, orientações diversas aos exportadores, legislação aduaneira poderão ser encontradas no sítio do MDIC que precisa ser consultado.
Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet  - ALICE Web
O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet, denominado ALICE-Web, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foi desenvolvido com vistas a modernizar as formas de acesso e a sistemática de disseminação dos dados estatísticos das exportações e importações brasileiras. 
O ALICE-Web é atualizado mensalmente, quando da divulgação da balança comercial, e tem por base os dados obtidos a partir do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), sistema que administra o comércio exterior brasileiro. 
No momento, o acesso ao ALICE-Web é gratuito. Para proceder à consulta, basta clicar no módulo de pesquisa desejado.
COMEXbrasil.gov.br
O Portal Brasileiro do Comércio Exterior (PBCE) foi desenvolvido com base no Projeto de Apoio à Inserção Internacional das Pequenas e Médias Empresas Brasileiras (PAIIPME), parte do Acordo de Cooperação entre o Brasil e a União Europeia. 
O Portal oferece a você, de forma clara, simples e direta as informações básicas sobre os temas exportação, importação, legislação, acordos, promoção comercial, estatísticas, entre outros de grande relevância. A ideia é apresentar os principais termos, procedimentos, eventos e atividades que possam ajudá-lo a alcançar novos mercados mundo afora.
O PBCE é um produto do governo federal, e antes de tudo, atua como prestador de serviços à comunidade brasileira. Por isso, o Portal demonstra quais são as atribuições e responsabilidades de cada órgão ou entidade relacionados ao processo de exportação e importação no Brasil. 
O Portal disponibiliza, também, um serviço de fundamental importância, denominado "Comex Responde", canal direto com o público de comércio exterior, que é  destinado a esclarecer dúvidas e acatar sugestões do usuário atuante em comércio exterior. 
A proposta deste Portal é ser fonte importante de informações do tema importação e exportação. Ele contribui com um serviço eficiente e eficaz para ampliar as exportações e facilitar o comércio entre os países.
EXERCÍCIOS AULA 05
1) Quais as siglas dos INCOTERMS 2010 que obrigam o exportador entregar a carga no país de destino?
( ) As siglas dos INCOTERMS 2010 que obrigam o exportador entregar a carga no país de destino sao: FCA - CFR - EX-WORKS – CPT
( ) Nao existem siglas dos Incoterms 2010 que obriguem o exportador entregar a carga no país de destino
( ) As siglas dos INCOTERMS 2010 que obrigam o exportador a entregar a carga no país de destino são: DAT - DAP e DDP
( ) Todas as siglas dos INCOTERMS 2010 obrigam que o exportador entregue a carga no país de origem
( ) Todas a siglas do INCOTERMS 2010 podem obrigar o exportador entregar a carga no país de destino, menos o FOB.
2) Na estrutura do comércio exterior brasileiro existem determinados órgãos que, em razão da especificidade do produto que controlam emitem parecer técnico sobre o mesmo, na importação e na exportação. Cada um destes órgãos se responsabiliza, dentro da sua área de atuação, por atestar o cumprimento das exigibilidades nacionais em relação ao produto de sua área de competência. De que órgãos estamos falando?
( ) Os Departamentos que constituem a SECEX: Decex, Decom, Deint, Depla, Denoc
( ) Os Órgãos gestores do Siscomex: RFB, SECEX, BACEN
( ) Os sistemas que integram o comércio exterior brasileiro: Siscomex, Sisbacen
( ) Os Ministérios envolvidos no comércio exterior brasileiro: MDIC, Ministério da Fazenda
( ) Os Órgãos Anuentes como: Anvisa, ANP, Anatel, Aneel
3) Pode ser considerado como exemplo de Área de Livre Comércio:
( ) PROTOCOLO DE KYOTO
( ) O que ocorre na área de Santana e de Macapá, entre Brasil e Venezuela; área de livre comércio de Tabatinga, entre Brasil, Peru e Colômbia
( ) A UNIÃO EUROPEIA
( ) A NAFTA
( ) O MERCOSUL
 
4) Em que casos a emissão da Licença de Importação é obrigatória?
( ) Não existe obrigatoriedade de emitir a L.I. pois é opcional
( ) Somente existe obrigatoriedade de emitir L.I. nos casos de sem cobertura cambial.
( ) Somente existe obrigatoriedade de emitir a L.I. nas importações via marítima
( ) Quando se trata de mercadorias enquadradas na L.I. denominada Automática
( ) Quando se trata de mercadorias enquadradas na L.I. denominada Não-Automática.
5) Pode ser considerado como exemplo de União Política: 
( ) PROTOCOLO DE KYOTO
( ) O MERCOSUL
( ) O que ocorre na área de Santana e de Macapá, entre Brasil e Venezuela; área de livre comércio de Tabatinga, entre Brasil, Peru e Colômbia
( ) A UNIÃO EUROPEIA 
( ) A NAFTA 
6) Quais os objetivos do SISCOSERV nas operações de comércio exterior brasileiras?
( ) Atender a exportação e importação de mercadorias e serviços
( ) Registrar as operações cambiais do comércio exterior
( ) Atender a exportação e importação de serviços
( ) Atender a exportação de serviços.
	( ) Registrar e controlar os serviços acessórios do comércio exterior.
	
	
 
AULA 06: Os incentivos e barreiras ao comércio internacional
Introdução
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno as práticas administrativas do Comércio Exterior, os incentivos às exportações e as barreiras às importações. 
O pontapé inicial para conhecermos o tratamento administrativo das importações e exportações brasileiras é a uniformização desses procedimentos aplicados aos produtos objetos das compras e vendas internacionais.
Para promover essa padronização, o comércio internacional adotou a classificação fiscalde mercadorias.
A classificação fiscal de mercadorias e sua evolução histórica
No ano de 1913, em Bruxelas, houve a 2ª.Conferência Internacional sobre estatística, onde estiveram 29 participantes. Como resultado dessa conferência, as mercadorias foram divididas em 5 grupos: 
• Animais Vivos
• Alimentos e bebidas
• Matéria Prima
• Produtos manufaturados
• Ouro e Prata
Todavia, foram catalogados apenas 186 itens que passaram a ser utilizados com finalidade estatística e aduaneira.
Regras gerais para a interpretação do sistema harmonizado
A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes Regras:
1. Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de Capítulo, e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas, pelas Regras seguintes.
2.a) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo, mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresentem, no estado em que se encontram, as características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange  igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar. 
2.b) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma matéria determinada abrange as obras constituídas, inteira ou parcialmente, dessa matéria. A classificação destes produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme os princípios enunciados na Regra 3.
3. Quando parecer que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por aplicação da Regra 2.b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da forma seguinte:
a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou mais posições se referirem, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.
b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes, ou constituídas pela reunião de artigos diferentes, e as mercadorias apresentadas em sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não se possa efetuar pela aplicação da Regra 3.a), todos se classificam pela matéria ou artigo que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizar esta determinação.
c) Nos casos em que as Regras 3.a) e 3.b) não permitam efetuar a classificação, a mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre as suscetíveis de validamente serem tomadas em consideração. A frase está correta?
4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.
5. Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às regras seguintes:
Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para instrumentos de desenho, para joias e receptáculos semelhantes, especialmente fabricados para conterem um artigo determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos que confiram ao conjunto a sua característica essencial.
b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5.a), as embalagens contendo mercadorias classificam-se com estas últimas quando são do tipo normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as embalagens são claramente suscetíveis de utilização repetida.
6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas, assim como, "mutatis mutandis", pelas Regras precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também aplicáveis, salvo disposições em contrário.
Nomenclaturas
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – NBM - O Brasil aderiu, em 31.10.86, à Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, comprometendo-se , por conseguinte, a adotar o referido Sistema em substituição à Nomenclatura do Conselho de Cooperação Aduaneira então vigente.
Não obstante a Convenção facultar aos países em desenvolvimento, que sejam Partes Contratantes, o diferimento da aplicação de parte ou da totalidade das subposições do Sistema Harmonizado pelo tempo que considerem  necessário, o Brasil optou por implementar o referido Sistema na sua totalidade, já a partir do ano de 1989.
A partir de 01.01.97, a Nomenclatura Comum  do Mercosul – NCM passou a constituir a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – NBM.
Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM - O processo de integração para a consolidação do MERCOSUL e a necessidade de uma nomenclatura unificada paraatender o fluxo de comércio, estatísticas e tarifas para o comércio intra e extra Mercosul levaram à criação da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM , tendo como base o Sistema Harmonizado de Codificação e Designação de Mercadorias.    levaram
Esta nomenclatura foi utilizada na elaboração da Tarifa Externa Comum – TEC,  que passou a vigorar em 01 de janeiro de 1996, em substituição à Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB).
Mantendo a mesma estrutura do Sistema Harmonizado com 96 capítulos, ordenados em 21 seções, foram realizadas as adaptações necessárias introduzindo-se subdivisões em nível de itens e subitens.
Desta forma foram utilizados 8 dígitos, sendo os 6 primeiros idênticos aos do Sistema Harmonizado.
Os itens da NCM são representados pelo sétimo dígito, e os subitens pelo oitavo.  Quando não existirem as subdivisões nestes níveis, serão representados pelo número zero (0).
Nomenclatura da Associação Latino Americana de Integração – NALADI - Com a aceitação sistemática do Sistema Harmonizado em nível internacional, a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) promoveu a elaboração de uma nomenclatura adaptada àquele novo sistema de designação e codificação de mercadorias, para uso dos países-membros nas negociações de preferências tarifárias dentro dos instrumentos de negociação da Associação e para a formulação das suas estatísticas de comércio exterior.
Com a adoção efetiva da nomenclatura, a partir de julho de 1991, todas as negociações realizadas no âmbito da ALADI passaram a observar os novos códigos, devendo os Acordos e Protocolos Adicionais negociados consignar as descrições e classificações da NALADI/SH.  Também os documentos da Associação – Certificados de Origem, Certificados  de Utilização de Cotas, etc. – e, necessariamente, os dos países-membros têm que indicar a nova codificação.
A NALADI/SH mantém  a mesma estrutura  do  Sistema Harmonizado, com suas 21  Seções e 96 Capítulos, além das Regras Gerais para Interpretação da Nomenclatura, sendo que seus códigos constam de oito  dígitos.
Barreiras comerciais; aduaneiras e não aduaneiras e suas modalidades
As barreiras comerciais são dificuldades que os Estados instituem nas operações de COMEX.
Essas barreiras são divididas em duas categorias: Aduaneiras e Não Aduaneiras, como vemos a seguir: 
ADUANEIRAS: 
1ª.) Direitos Aduaneiros ou barreira tarifária - A barreira tarifária aparece quando a mercadoria tem que pagar para entrarem outro país. Ex.: Imposto de Importação.     
     
2ª.) Direitos Compensatórios - Utilizados quando existe uma prática desleal de comércio internacional na qual esses direitos neutralizam um excesso de subsídio concedido pelo governo à mercadoria importada.
3ª.) Direitos Anti-Dumping - São utilizados quando ocorre prática desleal de comércio internacional na qual a mercadoria é exportada com preço mais baixo que o custo de sua fabricação.
4ª.) Impostos niveladores de fronteiras - Utilizados para equilibrar o preço de mercadorias em circulação entre cidades fronteiriças. OBS.: O Brasil não adota esse mecanismo.
5ª.) Depósitos Prévios às Importações - Utilizados pelo Brasil em 1962, 1963 e de 1974 a 1979 (período restritivo às importações). Tratava-se de um depósito compulsório à razão de 100% do valor FOB/FCA que a CACEX exigia para a emissão da guia de importação (GI), ficando essa quantia depositada no BECEN por um período de 12 meses, quando era, então, devolvido ao importador sem juros ou correção monetária.
6ª.) Valor Aduaneiro - Foi estabelecido pelo GATT em 1986, através do Acordo de Valoração Aduaneira, que estabeleceu 6 métodos para o cálculo do valor real que uma mercadoria tem quando entra no território aduaneiro de um país. Nem sempre o valor da fatura comercial representa o real valor aduaneiro, e a parametrização em canal cinza expressa a dúvida do fisco. Abaixo, os 6 métodos de valoração aduaneira:
Valor da negociação mercantil propriamente dito (expresso na fatura comercial).
Mercadoria idêntica (valor comparativo a outra mercadoria igual).
Valor similar (valor comparativo de mercadoria similar).
Outros valores a serem deduzidos.
Outros valores a serem acrescentados.
 Métodos condizentes com o acordo e com os dados do país importador, tendo em vista outro despacho aduaneiro no país.
7ª.) Classificação Fiscal - Terá impacto de tributação seletiva sobre a mercadoria, de acordo com os critérios de classificação do país.
8ª.) Certificação de Origem - É estabelecida por tratados de acordos comerciais internacionais para comprovar a origem da mercadoria dentro das condições exigidas. É um formulário oficial emitido por entidades certificadoras devidamente credenciadas pelos tratados. É um documento exigido na alfândega para sustentar o desconto na alíquota do Imposto de Importação. Esse desconto chama-se Preferência Percentual e será registrado na D.I. Ex.: Alíquota do II (20%), Preferência Percentual (70%); logo, o II de 20 % será reduzido preferencialmente de 14% (70% de 20), ficando a nova alíquota residual do II = 6% (20%-14%).
9ª.) Vistos Consulares - São exigências entre alguns países que os documentos que amparam uma exportação tenham a chancela do seu consulado no país exportador com a devida assinatura do cônsul ou de funcionário competente.     
NÃO ADUANEIRAS: 
1ª.) Licenciamento ou guias exigidas administrativamente por uma mercadoria estrangeira ao entrar no país.
2ª.) Quotas ou contingenciamentos - Estabelecem quantitativos de mercadorias (restrição limitada ao volume comercializado).
3ª.) Controle de câmbio - O BACEN controla o câmbio no Brasil e autoriza a operar com câmbio as agências de turismo, agências de câmbio, agências de bancos e entidades de financiamento ou investimento.
4ª.) Preços máximos e mínimos estipulados pelo DECEX, que identifica se as mercadorias importadas têm o mesmo preço.
5ª.) Compras reguladoras (niveladoras) para o estoque governamental.
6ª.) Monopólios - Importação por parte do governo, proibida para pessoas jurídicas. Exemplo: importação de armas de uso exclusivo das forças armadas.
7ª.) Os normativos de COMEX - Resoluções, portarias ou circulares dos órgãos que são autorizativos do COMEX. Atos legais que disciplinam e ditam as regras do COMEX, orientados pelo MDIC.
8ª.) Anuências prévias ou autorizações específicas da competência de órgãos anuentes do governo, de acordo com a espécie da mercadoria importada. Exemplo: ANVISA, IBAMA, INMETRO, entre outros.
9ª.) Medidas de proteção à produção e à exportação.
10ª.) Certificações diversas - Sanitárias, fitossanitárias, de qualidade, safra, laudos técnicos, entre outros.
11ª.) Medidas adotadas pelos EUA para evitar ações terroristas.
Incentivos fiscais à exportação
Uma das questões fundamentais das transações comerciais internacionais é quem tributa as operações de exportação de mercadorias: o país vendedor ou o comprador?
Alguns países adotam o princípio da tributação no destino, em que a incidência dos tributos ocorre no país onde serão consumidas as mercadorias. Dessa forma, a exportação é isenta dos tributos internos. Outros adotam o princípio da tributação na origem das mercadorias. As exportações são tratadas como qualquer transação interna, sofrendo a incidência dos tributos.
 
No Brasil, é adotado o princípio da tributação no país de destino, pelo que as exportações de mercadorias não sofrem a incidência de impostos, respeitados os princípios internacionais.
Imposto de exportação – regulamento aduaneiro
Da incidência O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior (Decreto-lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977, art. 1o).
 
§ 1o Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo.
 
§ 2o A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998, art. 1o).
Produtos alcançados pelo imposto:
 
Armas e munições.
Castanha de caju com casca.
Couro.
Cigarros  e fumo. 
Cilindros para filtros.
Do fato gerador O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o).
 
Parágrafo único. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 1o).
Da base de calculo e do calculo A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 2o, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 51).
O imposto será calculado pela aplicação da alíquota de trinta por cento sobre a base de cálculo (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 1998, art. 1o).
Do pagamento e do contribuinte O pagamento do imposto será realizado na forma e no prazo fixados pelo Ministro de Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 4o).
É contribuinte do imposto o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 5o).
EXERCÍCIOS AULA 06
1) No regime comum de importação e exportação de mercadorias ocorre, via de regra, o pagamento de tributos. Entretanto, devido à dinâmica do comércio exterior e para atender a algumas peculiaridades, o governo criou mecanismos que permitem a entrada ou a saída de mercadorias do território aduaneiro com suspensão ou isenção de tributos. Estes mecanismos são denominados (marque a única alternativa correta):
( ) Regimes Aduaneiros Especiais.
( ) Regimes Comuns, Aduaneiros e Especiais
( ) Regimes Aduneiros Comuns.
( ) Regimes Aduaneiros Especiais e Atípicos.
( ) Regimes Especiais, Aduaneiros e Atípicos
2) Marque a opção INCORRETA em relação à Dumping: 
( ) Pode contar com subsídios governamentais.
( ) É a venda de produtosabaixo do preço de custo, com objetivo de eliminar concorrentes e dominar o mercado.
( ) Prática condenada pela OMC
( ) Regras da OMC autorizam o país prejudicado a aplicar taxas anti-dumping
( ) Não pode contar com subsídios governamentais
3) O pagamento do imposto de exportação, quando incidente, será realizado na forma e no prazo fixados pelo Ministro de Estado da Fazenda, que poderá determinar sua exigibilidade antes da efetiva saída do território aduaneiro da mercadoria a ser exportada (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 4º). É contribuinte do imposto de exportação:
( ) O vendedor
( ) O transportador
( ) O produtor
( ) O importador
( ) O exportador
4) O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior (Decreto-lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977, art. 1o).
( ) Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título não definitivo
( ) Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título de admissão temporária. 
( ) Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título de consignação.
( ) Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo. .
( ) Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título de material usado
 
5) Por Determinação da OMC, o Brasil Adota que Tipo de Tributação no seu Comércio Exterior?
( ) Isenção Integral de Tributos.
( ) Imunidade Tributária.
( ) Nenhuma das respostas anteriores.
( ) Tributação no Destino.
( ) Tributação na Origem.
6) São medidas de defesa comercial adotadas pelo país importador perante práticas desleais de comércio (dumping e subsídio), por parte de países exportadores, que causem ou possam vir a causar dano á indústria doméstica e frente a surtos de importações.
( ) Medidas compensatórias e direitos de restrição às importações
( ) Regras de origem e regras técnicas
( ) Restrições voluntárias às importações e restrições voluntárias às exportações
( ) Medidas preferenciais, barreiras técnicas e medidas compensatórias
( ) Medidas antidumping, medidas compensatórias e medidas de salvaguarda 
Aula 7: Condições de vendas – INCOTERMS 2010
Introdução
Esta aula propõe-se a apresentar ao aluno os INCOTERMS 2010, elaborados a cada década pela CCI (Câmara de Comércio Internacional), e sua importância na organização do Comércio Internacional.
INCOTERMS (Versão 2010)
A padronização das fronteiras de responsabilidades assumidas entre importadores e exportadores deixa internacionalmente mais inteligível a contratação de serviços adicionais, como o frete e o seguro internacionais.
Daí a necessidade da codificação dessas modalidades de vendas, fixando direitos e deveres para os players do comércio internacional. Essa codificação foi elaborada pela CCI (Câmara de Comércio Internacional) e chamada de INCOTERMS, que sofre uma revisão em sua estrutura a cada década.
Os Incoterms (International Commercial Terms) definem os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador. Eles estão incluídos na fatura comercial, no contrato de compra e venda e estabelecem um padrão de definições de regras e práticas usuais, neutras, imparciais e de caráter uniformizador.
O objetivo dos Incoterms é oferecer diversas opções de regras internacionais para a interpretação dos termos comerciais usuais no comércio internacional.
A padronização desses termos nas operações de comércio exterior minimiza a insegurança nas interpretações das responsabilidades assumidas, uma vez que determina, precisamente, o momento de transferência de obrigações, seja no custo, seja no risco.
A utilização dos Incoterms facilita o entendimento entre o exportador (vendedor) e o importador (comprador), quanto às obrigações necessárias para viabilizar a logística de entrega da mercadoria, objeto da transação comercial, até o local de destino final da embalagem, transportes internos, tratamento administrativo, fiscal e tributário, movimentação em terminais, transporte e seguro internacionais, despesas alfandegárias, entre outras coisas.
Como a CCI é um organismo internacional de origem privada, não poderia impor essa padronização, porém propô-la para o melhor entendimento entre importador e exportador, quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local de procedência até o local de destino final para o consumo ou revenda.
É indispensável ao operador do COMEX o domínio dos Incoterms para que o vendedor possa incluir todos os seus gastos nas transações em Comércio Exterior e o comprador possa negociá-los. Os Incoterms estão limitados ao contrato de compra e venda internacional, não devendo ser utilizados nas atividades internas de cada país.
1 - História e aplicação dos Incoterms
A primeira edição dos Incoterms foi em 1936, pela Câmara Internacional do Comércio – CCI, com sede em Paris.
A CCI interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional até aquele momento.
Depois disto, vários aperfeiçoamentos do texto original foram produzidos, sempre com foco nas mudanças do processo negocial e logístico, sendo que o último absolveu a maior parte das alterações. A última versão publicada do Incoterms é do ano de 2000.
A utilização dos Incoterms é feita por intermédio dos 11 termos (siglas), que são chamados de condições de venda e que são mundialmente reconhecidos por importadores e exportadores. Eles são divididos em quatro grupos, o que facilita o entendimento e a definição de cada um.
Representados por siglas de três letras, os termos internacionais de comércio simplificam os contratos de compra e venda internacional, ao contemplarem os direitos e as obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo de elaboração do produto. Por isso, são também denominados "Cláusulas de Preço", pelo fato de cada termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria, adicionais aos custos de produção.
2 - Significado jurídico
Após agregados aos contratos de compra e venda, os Incoterms passam a ter força legal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e agilizam a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda.
3 - Quadro Resumo dos Incoterms
4 - Definições dos Incoterms
EXW - Ex Works
Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando as coloca à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor ou em outro local designado (por exemplo, obra, fábrica, armazém etc.). O vendedor não necessita carregar as mercadorias em qualquer veículo de coleta, nem desembaraçar as mercadorias para exportação, caso tal desembaraço seja aplicável.  
FCA - Free Carrier
Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadora ou a outra pessoa designada pelo comprador no estabelecimento do vendedor ou em outro local designado. Aconselha-se que as partes especifiquem o mais claramente possível o ponto dentro do local designado para entrega, já que o risco é transferido ao comprador nesse ponto.
FOB - Free on Board
Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio designado pelo comprador, no porto de embarque designado, ou obtém as mercadorias já dentro do meio de transporte principal. O risco de perda ou dano em relação às mercadorias é transmitido quando estas estão a bordo do navio, e o comprador arca com todos os custos desse momento em diante.
FAS - Free Alongside Ship
Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando estas são colocadas ao lado do navio (por exemplo, em um cais ou em uma barca) designado pelo comprador no porto de embarque designado. O risco de perda das mercadorias, ou danos a elas, é transferido quando estão ao lado do navio, e o comprador arca com todos os custos desse momento em diante.CFR - Cost and Freight
Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio ou obtém as mercadorias já entregues dessa forma. O risco de perda ou dano em relação às mercadorias é transferido quando estas estão a bordo do navio. O vendedor deve contratar o transporte e pagar pelos custos necessários para trazer as mercadorias ao porto de destino designado.
CIF - Cost, Insurance and Freight
Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio ou obtém as mercadorias já entregues dessa forma. O risco de perda ou dano em relação às mercadorias é transferido quando estas estão a bordo do navio. O vendedor deve contratar o transporte e pagar pelos custos necessários para trazer as mercadorias ao porto de destino designado.
CPT - Carried Paid To
Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadora ou a outra pessoa designada pelo vendedor em um local acordado (caso haja esse local) e que o vendedor deve contratar o transporte e pagar pelos custos necessários para levar as mercadorias ao local de destino designado.
CIP - Carriage and Insurance Paid
Significa que o vendedor entrega as mercadorias à transportadora ou a outra pessoa designada pelo vendedor em um local acordado (caso haja esse local) e que o vendedor deve contratar o transporte e pagar pelos custos  necessários para levar as mercadorias ao local de destino designado, o porto de embarque.
DAT - Delivered at Terminal
Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando estas, uma vez descarregadas do meio de transporte de chegada, são colocadas à disposição do comprador em um terminal designado no porto ou no local de destino designado. “Terminal” inclui qualquer local, coberto ou não, como um cais, armazém, pátio de contêineres ou rodovia, terminal de carga ferroviária ou aérea. O vendedor arca com todos os riscos envolvidos no transporte e na descarga das mercadorias no terminal, no porto ou no local de destino designado
DAP - Delivered at Place
Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando são colocadas à disposição do comprador, no meio de transporte de chegada, prontas para descarga no local de destino designado. O vendedor arca com todos os riscos envolvidos no transporte e na descarga das mercadorias no local designado.
DDP - Delivered Duty Paid
Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando estas são colocadas à disposição do comprador, desembaraçadas para importação no meio de transporte de chegada, prontas para descarga no local de destino designado. O vendedor arca com todos os custos e riscos envolvidos no transporte das mercadorias até o local de destino e tem a obrigação de desembaraçar as mercadorias, não apenas para importação, mas também para exportação, pagar quaisquer impostos de importação/exportação e conduzir todas as formalidades alfandegárias.
EXERCÍCIOS AULA 07
1) Das 11 siglas dos INCOTERMS 2010, existem siglas que são praticadas em qualquer meio de transporte, menos o aquaviário, conhecidas como multimodais. pergunta: Quais são as siglas exclusivamente multimodais estabelecidas dentro do INCOTERMS 2010?
Não existem siglas exclusivamente multimodais, todas valem para o transporte marítimo e aéreo, menos terrestre
Existem siglas multimodais, mais não exclusivamente, tais como FAS - FOB - DAP - DDU – DDP
As siglas exclusivamente multimodais são: DDU - DES - DAF – CIF
As siglas exclusivamente multimodais são: EX-WORKS - FCA - CPT - CIP - DAT - DAP – DDP
As siglas exclusivamente multimodais são: FOB - CFR - FCA – CIF
2) Quem é responsável pelo pagamento do frete internacional, na sigla FOB?
A responsabilidade é da asseguradora, pois foi contratada pelo exportador no país de origem
A responsabilidade é de quem embarca as mercadorias, neste caso o exportador.
A responsabilidade é de quem compra as mercadorias, neste caso, o importador.
A responsabilidade é do despachante aduaneiro, neste caso contratado pelo exportador no país de destino
A responsabilidade é do despachante aduaneiro, neste caso contratado pelo importador no país de origem
3) COST AND PAY TRANSPORT - CPT é uma sigla aquaviária ou multimodal?
( ) O CPT é uma sigla aquaviária e multimodal ao mesmo tempo, pois a carga deve chegar ao destino independente do meio de transporte utilizado pelo exportador.
( ) O CPT determina que a carga deve ser entregue pelo exportador, na transportadora aérea, rodoviária ou ferroviária, no país de origem, portanto é uma sigla multimodal.
( ) O CPT é uma sigla multimodal, pois pode ser utilizada no modal aéreo e rodoviário, menos ferroviário.
( ) O CPT é uma sigla fluvial e lacustre, menos marítima, por a carga entra a bordo de um navio, portanto é aquaviária.
	( ) O CPT é uma sigla marítima, pois a carga deve entrar a bordo do navio em porto de origem, sob responsabilidade do exportador, portanto é uma sigla aquaviária.
	
4) COST AND PAY TRANSPORT - CPT estabelece as responsabilidades de contratar e pagar o frete internacional do país de origem ao país de destino. Quem é responsável por essa obrigação logística, o exportador ou importador?
( ) Nesta sigla, o exportador deverá pagar o frete interno, antes do embarque da carga a bordo do navio, sendo que o frete internacional será arcado pelo comprador, na condição "Freight Collect" conforme determinado CPT
( ) A obrigação do exportador é entregar a carga na transportadora, país de origem, com frete internacional pago até o país de destino, portanto, no CPT o frete será na condição "Freight Prepaid".
( ) A responsabilidade de pagar o frete internacional é de quem compra, portanto o importador deverá pagar o frete assim que a carga chegue ao destino, portanto o frete será "Freight Collect" de acordo ao CPT.
( ) O pagamento do frete internacional entre o país de origem e destino será dividido entre o exportador e importador, assim, numa primeira etapa será "Freight Collect" e no trecho final será "Freight Prepaid", conforme determina o CPT.
( ) O exportador deve entregar a carga na transportadora, no país de destino, com o frete internacional a pagar, portanto o frete será na condição "Freight Collect".
5) FREE ALONGSIDE SHIP - FAS é uma sigla dos INCOTERMS 2010 que determina que a mercadoria deve ser disponibilizada pelo vendedor ao comprador, no país de origem, ao lado do navio designado pelo importador, portanto é uma sigla aquaviária. Neste caso, o vendedor pode entregar a carga ao importador em qualquer cais do porto de origem?
( ) A entrega deve ser feita pelo vendedor no cais onde o navio estiver atracado, no porto de origem
( ) Sim, não importa o cais onde o navio está atracado e sim que está operando no porto de origem.
( ) A entrega deve ser feita pelo vendedor no cais onde o navio estiver atracado, no porto de destino.
( ) A entrega pode ser feita tanto no porto como aeroporto, no pais de origem.
	( ) Sim, o importante é que o navio está atracado no porto de origem
	
6) Os Incoterms tratam única e exclusivamente dos riscos e responsabilidades entre as partes envolvidas nas negociações (importador e exportador). Uma mercadoria importada DDP chegou atrasada ao porto destino gerando custos ao importador. Neste contexto, assinale a única resposta correta
( ) O importador assume os custos porque são de sua inteira responsabilidade
( ) Todas as questões acima estão corretas
( ) Os custos deverão ser pagos ao importador pelo transportador porque ele foi responsável pelo atraso do navio
( ) Os custos devem ser pagos ao importador pela seguradora
( ) Os custos são de inteira responsabilidade do exportador. Ele deve reembolsar o importador pelo não cumprimento do contrato.
AULA 08: Pagamentos internacionais e aspectos cambiais
Pagamentos internacionais
É o pagamento de bens ou serviços adquiridos ou embarcados por pessoasfísicas ou jurídicas brasileiras, ou de outros países.
Para os operadores de comércio exterior (importadores e exportadores) brasileiros receberem ou enviarem esse pagamento do ou para o exterior, é preciso que esse operador execute um outro contrato comprando ou vendendo moeda estrangeira numa operação contratual, que chamamos de contrato de câmbio.
É o pagamento de bens ou serviços adquiridos ou embarcados por pessoas físicas ou jurídicas brasileiras, ou de outros países.
 Para os operadores de comércio exterior (importadores e exportadores) brasileiros receberem ou enviarem esse pagamento do ou para o exterior, é preciso que esse operador execute um outro contrato comprando ou vendendo moeda estrangeira numa operação contratual, que chamamos de contrato de câmbio.
A moeda transacionada no mercado de câmbio é chamada de divisa e o contrato de câmbio no Brasil é celebrado, obrigatoriamente, sempre que houver troca de divisas entre o Brasil e o seu parceiro comercial. 
É proibida a troca de moedas no Brasil sem a intervenção do Banco Central do Brasil, o qual funciona como órgão gestor das operações cambiais através do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), que disciplina essas práticas no Brasil. O RMCCI substituiu a Consolidação das Normas Cambiais (CNC) em 2005.
Aspectos cambiais
A questão cambial é muito importante, pois ela pode fortalecer ou enfraquecer a presença de um país no comércio internacional.
Um país com uma moeda desvalorizada em relação ao US$, por exemplo, terá os seus produtos mais baratos no mercado internacional e, assim, esse país será mais competitivo na oferta dos seus produtos ao exterior.
A China, por exemplo, por ser um país comunista, o Estado decide quanto valerá a sua moeda que é desvalorizada no mercado cambial para tornar os produtos chineses ainda mais competitivos internacionalmente.
No Brasil, o sistema cambial adotado é do tipo flutuante, desde  01/02/1999, com o Banco Central do Brasil (BCB) intervindo apenas ocasionalmente. As transações no mercado de câmbio são efetuadas por bancos, corretoras e agências de turismo autorizadas pelo BCB, sendo que as duas últimas apenas operam com papel-moeda e cheques de viagem. Aos bancos é permitido operar no mercado futuro de câmbio, mas dentro de limites fixados pelo BCB. Estas operações devem ser liquidadas em até 360 dias.
Com isso, se o Brasil quiser desvalorizar o Real para ficar comercialmente mais competitivo no exterior, o BCB terá que intervir no mercado e entrar comprando US$ para forçar a subida dessa divisa pela força da demanda, o que, consequentemente, forçará a desvalorização da nossa moeda barateando o preço dos nossos produtos no exterior.
Devido à guerra cambial que vivemos atualmente, penso que em um  futuro próximo caberá a OMC regular também os efeitos cambiais no comércio internacional, além das barreiras tarifárias e não tarifárias que hoje controla.
Cobertura cambial
Valor passível de pagamento ao exterior em conseqüência de importação realizada por pessoa física ou jurídica domiciliada no País.
Podemos ter importações COM cobertura cambial ou SEM cobertura cambial.
Formas / Modalidade de pagamentos internacionais
Para a perfeita escolha da forma de pagamento a ser aplicada na compra/venda internacional, caberá ao importador/exportador avaliar e calcular os riscos e custos a serem assumidos. A má escolha da forma de pagamento poderá representar o fracasso da operação como um todo.
Para tanto, os players deverão coletar informações sobre a idoneidade comercial do seu parceiro antes de decidir qual a melhor forma de pagamento a escolher.  
Pagamento antecipado
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer anteriormente ao seu embarque no exterior. Exige do importador alta confiabilidade no exportador, que é bastante favorecido com a antecipação das divisas para seu financiamento antes mesmo de fabricar o produto.
O importador, portanto, fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o exportador embarcará o produto-objeto do contrato nas condições e prazos acordados na fatura pro-forma, documento usado pelo importador para providenciar a remessa antecipada das divisas.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada usualmente entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
Remessa sem Saque ou remessa direta
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer em prazo preestabelecido entre comprador e vendedor, após o embarque da mercadoria pelo exportador ao exterior. Exige do exportador alta confiabilidade no importador, que é bastante favorecido com a remessa das divisas sem os custos operacionais e formais que determina a obrigatoriedade do pagamento.
Com isso, o exportador fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o importador pagará o produto já embarcado nas condições e prazos acordados na fatura comercial, documento usado pelo importador para instruir o despacho aduaneiro do produto importado sujeito à nacionalização.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada, usualmente, entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
O Saque, também conhecido como Draft, cambial ou letra de câmbio, é um título de crédito endossável que segue uma padronização internacional e representa o direito do exportador em receber as divisas vinculadas ao seu embarque. E, nessa modalidade, o exportador embarca a mercadoria sem esse título.
Cobrança documentária
Essa operação de cobrança exige a participação de bancos intervenientes, que não avaliarão a operação, mas apenas darão uma formalização a ela com mais este ator no cenário comercial que se apresenta. Essa operação, por envolver uma série de documentos, é chamada de cobrança documentária.
Podendo ser à vista ou a prazo, como os bancos não tem força legal para exigir o pagamento, o exportador fica sem garantias do pagamento pelo importador do produto já embarcado.
Embora não haja essa garantia dos bancos, essas instituições financeiras formalizam a entrega dos documentos ao importador para que ele promova o despacho aduaneiro do produto importado mediante o compromisso firmado em saque, onde o importador assume que retirou os documentos do embarque da mercadoria no banco, sujeito ao pagamento no prazo estipulado pelo exportador na fatura comercial.
O banco remetente encaminha os saques juntamente com os documentos, que instruem o despacho aduaneiro de importação a um banco designado como cobrador, que seja seu correspondente no exterior. 
Na cobrança à vista, os documentos que instruem o despacho aduaneiro de importação, o banco designado pelo banco remetente destes documentos os entregará contra o pagamento integral da operação. Esses documentos também podem ser enviados diretamente ao importador por courrier, uma vez que o banco não garante o pagamento da operação. Essa modalidade é bastante utilizada na venda de produtos perecíveis, que demandam um prazo bastante reduzido entre a produção e o consumo.  
Na cobrança a prazo, os documentos que instruem o despacho aduaneiro de importação serão entregues a este importador contra o seu aceite (assinatura nas cambiais – processo de reconhecimento da dívida vinculada à transação comercial). Deverá, portanto, o importador voltar ao banco cobrador dentro do prazo firmado com o exportador para liquidar a sua obrigação financeira.
Carta de Crédito (Letter of Credit) L/C ou Crédito – Documentário
Esta forma de pagamento apresenta garantias formais a ambos, comprador (importador) e vendedor (exportador). Devido a esse conforto oferecido, a carta de crédito vem a ser a forma de pagamento mais usada nas primeiras operaçõesde importação e exportação entre parceiros sem tradição comercial.
A carta de crédito é aconselhável nas operações de alto risco de não pagamento.
Partes intervenientes na Carta de Crédito são as seguintes:
Proponente/tomador (applicant/taker): comprador, importador, aquele que solicita ao banco emitente a abertura/emissão da Carta de Crédito.
Banco Confirmador (confirming bank): banco que, a pedido ou sob autorização do banco emitente, confirma a Carta de Crédito.
Banco Emitente (issuing bank): banco que, a pedido e por conta do tomador, emite a Carta de CRÉDITO.
Beneficiário (beneficiary): vendedor, exportador, aquele em favor do qual a Carta de Crédito é emitida.
Banco Avisador (advising bank): banco através do qual o banco emitente emite a Carta de Crédito e que é responsável de avisar o beneficiário (entregar a Carta de Crédito ao beneficiário).
Banco Designado ou Nomeado (nominated bank): banco a quem os documentos deverão ser apresentados.
Banco Negociador (negotiating bank): banco que está autorizado a negociar.
Esta forma de pagamento é também chamada de Crédito Documentário por estabelecer, em regra, que o seu pagamento será feito contra ou após a apresentação – pelo beneficiário – de documentos ao banco designado – (nominated bank).
Ao importador fica garantido que o exportador tem a obrigação de embarcar o produto e preparar a documentação necessária para a instrução do despacho aduaneiro de importação, para que o exportador possa negociar a carta de crédito vinculada a essa operação.
Ao exportador fica garantido que, se o importador não pagá-lo, o banco emissor da carta de crédito o fará. O banco emissor funciona como um avalista da operação.
Como o banco tem que arcar com o pagamento da operação se o importador não o fizer, ele, o banco, exigirá do importador uma série de garantias para firmar/assumir essa responsabilidade, que deveria ser exclusiva do importador.
Essas garantias podem ser diversas como exigência de comprovação patrimonial do importador. Poderá lhe ser exigido a apresentação de um ativo de sua empresa como garantia ao banco emissor ou, até mesmo, o depósito de todo valor da operação nos cofres do banco emissor, antes da emissão da carta de crédito.
Para o serviço bancário ser prestado a contento, o importador terá que arcar com um alto custo, seja para a contratação da carta de crédito, seja  para atender as exigências de garantias do banco.
Sendo à vista ou a prazo, o banco só pagará a carta de crédito ao exportador se ele, o exportador, atender literalmente as exigências de embarque e emissão de documentos previstas na carta de crédito, e só entregará os documentos que instruem o despacho aduaneiro de nacionalização ao importador se ele, o importador, formalizar o saque dos documentos assumindo o compromisso de pagar o importador no prazo estipulado na fatura comercial.
A carta de crédito é um documento formal e de grande importância operacional, e não deve ficar ao encargo de amadores a contratação do importador e a negociação do exportador. Por isso, o importador deverá saber os custos e garantias exigidos pelo banco emissor e a expertise dessa instituição financeira em operações de comércio exterior.
Caberá ao importador, como o contratante desse serviço bancário, avaliar a disponibilidade de crédito do Banco emissor a ele, importador.
O importador também deverá estar bastante atento às exigências do exportador, principalmente em relação ao banco a ser escolhido. Nesse caso, o exportador poderá exigir um banco de primeira linha para emissão desse documento ou a confirmação dessa carta de crédito por um outro banco da confiança do exportador, acarretando aumento do custo e da burocracia operacional.
Outra atenção especial que o importador deve ter é quanto à exigência interna em seu país de algum documento específico e não usual para o desembaraço aduaneiro e exigi-lo na redação da carta de crédito, para que o importador fique seguro que o exportador o emitirá para ter o seu crédito confirmado quando for negociar a carta de crédito para receber as divisas correspondentes à operação.
Ter bem definido o local de entrega da carga, especificações técnicas do produto e prazo de entrega são mais algumas atenções especiais que o importador deve ter ao contratar a emissão da carta de crédito junto ao banco.
O importador deverá ter muito cuidado na elaboração do texto da carta de crédito para não gerar discrepâncias e embargos à operação. 
A carta de crédito poderá ser revogável ou irrevogável e essas possibilidades deverão estar impressas no corpo da carta de crédito. No silêncio dessa cláusula, a carta de crédito é considerada irrevogável.   
As discrepâncias poderão ser solúveis ou insolúveis e estão sujeitas à emendas
EMENDA: Quando o exportador recebe a L/C e observa que há erros ou necessidade de correção de algum campo específico para cumprimento das obrigações negociadas, pode solicitar ao importador que providencie junto ao seu banco a emissão de EMENDA(s) à Carta de Crédito, antes do embarque.
DISCREPÂNCIA: Quando o Banco no exterior recebe os documentos para conferência e encontra alguns itens desconforme à L/C, irá apontar e cobrar DISCREPÂNCIA(s) à Carta de Crédito. O importador pode aceitar ou não a(s) Discrepância(s). Caso não aceite, o Banco pode não efetivar o pagamento ao Exportador.
A segurança de uma carta de crédito não dependerá apenas da instituição financeira que a emite. Poderemos ver o caso de um banco poderosíssimo, mas que esteja localizado num país instável econômica e politicamente com intervenções estatais na rede bancária, provendo insegurança se o negócio será honrado ou não, inclusive poderão estar sujeitos a não poderem remeter divisas ao exterior no caso de uma moratória.
Pagamento à vista, “cash against documents”
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro em razão de condições negociais em que se estabeleça que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer a partir da apresentação dos documentos de embarque ao importador ou ao seu preposto.
Podemos considerar o pagamento à vista como uma ausência de prazo para o pagamento.  
Pagamento a prazo
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro em razão de condições negociais onde se estabeleça que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer, em tempo certo, em um determinado período de tempo após o embarque da mercadoria no exterior ou, em alguns casos, em data certa.
OBS.: Essas escolhas vão mudando de acordo com o tempo e o desenvolvimento da parceria entre importador e exportador.
Pagamento antecipado
Valor a ser pago ao exportador estrangeiro por força de condições contratuais em que se estabelece que o pagamento total ou parcial da mercadoria comprada deve ocorrer anteriormente ao seu embarque no exterior. Exige do importador alta confiabilidade no exportador, que é bastante favorecido com a antecipação das divisas para seu financiamento antes mesmo de fabricar o produto.
O importador, portanto, fica desprovido de qualquer garantia comercial de que o exportador embarcará o produto-objeto do contrato nas condições e prazos acordados na fatura pro-forma, documento usado pelo importador para providenciar a remessa antecipada das divisas.
Devido à peculiaridade dessa operação comercial, a remessa sem saque é realizada usualmente entre empresas com vínculo comercial, como matriz e filial da mesma holding.
EXERCÍCIOS AULA 08
1) A legislação aduaneira da Receita Federal do Brasil estabelece que podem existir importações de mercadorias sem cobertura cambial. Que significa "sem cobertura cambial"?
( ) São importações que não correspondem a uma operação de compra e venda, portanto não há necessidade de pagar o exportador estrangeiro.
( ) São importações realizadas exclusivamente pelo sistema "Importe Fácil" do Correio.
( ) São importações feitas entre empresasdo mesmo grupo, tipo matriz e filial, cujos pagamentos são feitos por mecanismos de compensação internos
( ) São importações feitas por estrangeiros em passagem pelo território brasileiro, tipo malas de viagem
( ) Neste caso, a mercadoria importada é de origem de países membros do MERCOSUL.
2) A forma de pagamento intitulada Carta de Crédito ou Letter of Credit apresenta garantias formais ao comprador (importador) e vendedor (exportador). Devido a esta característica específica, a carta de crédito vem a ser a forma de pagamento mais usada nas primeiras operações de importação e exportação entre parceiros sem tradição comercial. As partes intervenientes na Carta de Crédito são as seguintes: Assinale a única opção incorreta:
( ) Beneficiário (beneficiary)
( ) Banco Avisador (advising bank)
( ) Proponente/Tomador (applicant/taker)
( ) Banco Emitente (issuing bank)
( ) Banco Pagador (paying bank)
3) (ARF 2000) As Barreiras Não-Tarifárias (BNT) são frequentemente apontadas como grandes obstáculos ao comércio internacional. Podem vir a se constituir Barreiras Não-Tarifárias (BNT) todas as modalidades abaixo, exceto:
( ) Normas de segurança.
( ) Medidas fitossanitárias.
( ) Quotas.
( ) Direitos Aduaneiros.
( ) Sistemas de Licença de Importação
4) Assinale a afirmativa correta:
( ) A carta de crédito revogável tem o mesmo grau de segurança que a irrevogável, diferindo apenas quanto aos procedimentos de pagamento
( ) A carta de crédito é um meio de recebimento mais seguro para o exportador, por representar o compromisso de pagamento do importador após o cumprimento das condições estipuladas.
( ) A carta de crédito irrevogável pode ser cancelada pelo importador se for apresentada ao banco emissor uma justificativa
( ) A carta de crédito é um meio de recebimento mais seguro para o exportador, por representar o compromisso de pagamento do banco emissor
	( ) A carta de crédito é uma forma de pagamento mais segura que as outras modalidades apenas quando é confirmada.
	
5) A venda de um produto a um país extrangeiro com preço menor que o seu custo de fabricação configura uma prática desleal e mercado chamada
( ) Leasing.
( ) Subsídio.
( ) Drawback.
( ) Dumping.
( ) Salvaguarda.
6) Após o embarque do produto exportado, o exportador envia os documenos originais diretamente ao importador sem qualquer interveniência bancária e sem o importador ter pago absolutamente nada pela mercadoria embarcada. Nesse caso o exportador escolheu que forma de pagamento?
( ) Carta de crédito
( ) Remessa sem saque
( ) Cobrança a prazo
( ) Pagamento antecipado
( ) Cobrança a vista
Aula 09: Roteiro de exportação
Fases da exportação
 • Fase Comercial Essa fase inicia-se com a escolha do mercado-alvo e a adequação dos atributos do produto ao comportamento do mercado escolhido.
• Fase Operacional Divide-se em fase administrativa e fiscal / tributária.
 A fase administrativa inicia-se com o registro da RE (Registro de Exportação) que, na maioria dos casos, é efetivado automaticamente. A efetivação do RE encerra a fase administrativa das exportações.
 A fase fiscal e tributária das exportações inicia-se com o registro da DDE (Declaração de Despacho de Exportação), 
que se encerrará com o respectivo desembaraço aduaneiro.
É importante saber que, para o exportador ingressar na fase operacional de suas exportações, ele precisará estar devidamente habilitado:
Credenciamento de representantes para acesso ao SISCOMEX
 
Somente poderão ser credenciados para exercer atividades relacionadas com o despacho aduaneiro no SISCOMEX:
 
I - despachante aduaneiro;
II - dirigente ou empregado da pessoa jurídica representada;
III - empregado de empresa coligada ou controlada da pessoa jurídica representada; 
IV - funcionário ou servidor especificamente designado, nos casos de habilitação especial.
As operações no SISCOMEX poderão ser efetuadas pelo importador, por conta própria, mediante habilitação prévia, ou por intermédio de representantes credenciados, nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal (SRF).
Registro de exportadores e importadores
A inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI), da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) é automática, sendo realizada no ato da primeira operação de importação em qualquer ponto conectado ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
Os importadores já inscritos no REI terão a inscrição mantida, não sendo necessária qualquer providência adicional.
A pessoa física somente poderá importar mercadorias em quantidades que não revelem prática de comércio desde que não se configure habitualidade.
A inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada nos casos de punição em decisão administrativa final, pelos motivos abaixo:
I - por infrações de natureza fiscal, cambial e de comércio exterior; 
II - por abuso de poder econômico.
Habilitação no radar da SRFB:
A empresa deverá eleger um responsável legal de acordo com a legislação específica, para constituir ou destituir o representante legal. 
Essas rotinas de habilitação não são exclusivas da exportação, elas servem também para importação.
Despacho aduaneiro de exportação
É o procedimento fiscal previsto no Regulamento Aduaneiro, mediante o qual se processa o desembaraço da mercadoria ao exterior, seja ela exportada a título definitivo ou não. Ele se inicia no momento em que o exportador, já com seu RE efetivado, faz - via SISCOMEX - a Declaração de Despacho de Exportação junto à secretaria da Receita Federal.
Documentação e etapas do despacho
Nessa fase, as mercadorias devem estar à disposição da Secretaria da Receita Federal (normalmente, em Recinto Alfandegado), acompanhadas da seguinte documentação básica:
a 1ª via da Nota Fiscal acompanhada dos originais do Conhecimento de Embarque e do Manifesto Internacional de Carga para o transporte terrestre e mais o extrato do RE e DDE, para que seja feita a presença de carga em alguns casos.
1) Os documentos, apresentados pelo exportador ou seu representante legal, são conferidos com os dados constantes do RE. A critério da fiscalização da Receita Federal, pode ser realizada, também, uma verificação física da mercadoria.
2) Caso concluídos os estágios anteriores sem que ocorra qualquer exigência, prossegue o processo de despacho, com a consequente autorização para trânsito, embarque ou transposição de fronteira.
3) O ato final do despacho aduaneiro é a "averbação", que consiste na confirmação, por parte da fiscalização, do embarque ou transposição de fronteira. A averbação é registrada eletronicamente, via SISCOMEX.
Um despacho aduaneiro de exportação pode conter um ou mais Registros de Exportação- RE, desde que estes se refiram, cumulativamente:
 
• ao mesmo exportador;
• à mercadorias exportadas para um mesmo país de destino;
• à mercadorias negociadas na mesma moeda e na mesma condição de venda;
• à operações com o mesmo enquadramento, ou seja, sob o mesmo código (ex.: 
exportação sem  cobertura cambial, exportação financiada etc.);
• à mesma repartição fiscal para despacho e ao mesmo local de embarque.
No despacho aduaneiro, as exportações passam pela "seleção parametrizada", onde, de acordo com uma série de fatores, a critério da Secretaria da Receita Federal, a operação recebe:
- CANAL vermelho - implicando conferências física e documental da mercadoria;
- CANAL amarelo - implicando conferência documental da mercadoria;
- CANAL verde - implicando liberação para embarque.
No caso de divergências entre as informações prestadas na DDE, na documentação do referido despacho e na própria conferência física, a autoridade aduaneira, conforme o caso, pode proceder a averbação, registrando as divergências no Sistema (averbação com divergência), que deverão ser regularizadas posteriormente.
Após o desembaraço aduaneiro,o exportador poderá emitir o Comprovante de Exportação (CE), documento oficial que comprova o efetivo embarque da mercadoria para o exterior.
 
Este documento consubstancia a operação de exportação e tem força legal para fins administrativos, cambiais e fiscais.
Existe, também, o chamado Despacho Sumário, que ocorre nas situações em que é dispensado o preenchimento do RE. No caso, o próprio servidor da Receita registra a operação. Destina-se a amparar a exportação de bagagem, encomendas, donativos e amostras sem valor comercial.
Termos técnicos utilizados no processo de despacho aduaneiro na exportação
Para melhor compreensão do processo do Despacho Aduaneiro, conceituam-se abaixo alguns termos técnicos usualmente utilizados neste procedimento:
1) Estabelecimento da SRFB responsável pela verificação de carga, de documentos e do sistema, ou seja, conferência física e desembaraço da mercadoria (Zona Primária ou Secundária).
 
Zona Primária - Calfandegados.
 
Zona Secundária - Compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.
ompreende os portos e aeroportos alfandegados, assim como a área adjacente aos pontos de fronteira.
2) De Zona Primária: pátios, armazéns, terminais e outros locais destinados à movimentação e ao depósito, sob controle aduaneiro, de mercadorias destinadas à exportação.
De Zona Secundária: entrepostos, depósitos, terminais ou outras unidades destinadas ao armazenamento de mercadorias sob controle aduaneiro.
3) É o local da SRFB onde ocorre a saída física da mercadoria.
4) Operação de transporte, com suspensão de tributos, de mercadoria do local de origem ao local de embarque. Ocorre quando a Unidade de Despacho difere da de Embarque.
EXERCÍCIOS AULA 09
1) Após entregar sua mercadoria a uma empresa comercial exportadora responsável pela exportação, a empresa fabricante foi informada que a operação foi concluída com sucesso. A conseqüência disso foi:
( ) As empresas obtiveram incentivos fiscais diferenciados, não coube à empresa fabricante, por não ser a efetiva exportadora, a isenção do PIS e do COFINS
( ) Apenas a empresa comercial, a efetiva exportadora, fez jus aos incentivos fiscais relativos à operação.
( ) As empresas obtiveram incentivos fiscais diferenciados, não coube à comercial exportadora, por não ser a produtora, a isenção do PIS e do COFINS.
( ) A empresa fabricante e a empresa comercial exportadora fizeram jus aos mesmos incentivos fiscais relativos à operação.
( ) Apenas a empresa fabricante fez jus aos incentivos fiscais relativos à operação
2) O multimodalismo, muito utilizado no transporte de mercadorias direcionadas para a importação e exportação, apresenta características especiais. Assinale a única opção correta: 
( ) Isenta as operações de importação e exportação do pagamento do AFRMM pode esta modalidade, normalmente, não faz parte do multimodalismo.
( ) Permite controlar a emissão dos conhecimentos de transporte para cada uma das modalidades utilizadas facilitando o pagamento de cada uma das parcelas destes transportes.
( ) Coordena as operações de importação e exportação com mais facilidade do que se a mesma fosse operada somente no trasnporte rodoviário
( ) Permite que um único responsável tenha a obrigação do transporte da carga desde a origem até à entrega no destino final e que o frete seja pago uma única vez para o responsável pela operação.
( ) Facilita o transporte das mercadorias nas modalidades ferroviária e aérea para os países da América Latina.
3) No comércio internacional é normal utilizar-se mais de uma modalidade de transporte para a carga chegar ao seu destino devido à impossibilidade de atingir determinado ponto por apenas um dos modais existentes. Como é comumente chamado este tipo de operação no tranporte internacional? Assinale a única opção correta:
( ) Marítimo.
( ) Ferroviário.
( ) Multimodal.
( ) Aéreo.
( ) Rodoviário. 
4) A modalidade de exportação indireta ocorre quando:
( ) A mercadoria é enviada para o destinatário final em outro país
( ) O transporte internacional é feito por vários modais
( ) A mercadoria é mantida armazenada a espera do embarque por mais de 180 dias
( ) A exportação é efetuada por uma empresa revendedora
( ) O transporte internacional é feito em várias etapas
5) O Siscomex ¿ Sistema Integrado de Comércio Exterior foi criado para:
( ) Promover as exportações brasileiras e contribuir para manter um saldo superavitário na balança comercial
( ) Centralizar as negociações comerciais no âmbito do mercosul
( ) Integrar as atividades administrativas dos órgãos intervenientes e anuentes do comércio exterior
( ) Desempenhar as atribuições dos antigos órgãos do comércio exterior
( ) Servir de instrumento para a política de restrição às importações brasileiras
6) Os incentivos fiscais aplicáveis às empresas produtoras na exportação indireta são:
( ) Imunidade do pagamento do IPI, não-incidência do ICMS, além de isenção do PIS e do COFINS
( ) Não-incidência do ICMS, além de isenção do Imposto de Renda
( ) Imunidade do pagamento do IPI, isenção do PIS e isenção do COFINS
( ) Imunidade do pagamento do IPI, não-incidência do ICMS, além de isenção do Imposto de Renda
( ) Suspensão do pagamento do IPI, não-incidência do ICMS, além de isenção do PIS e do COFINS 
AULA 10: Roteiro de importação
Introdução
Esta aula se propõe a apresentar ao aluno as práticas de importação no Brasil.
Uma importação, em sua etapa operacional, segue algumas fases que precisam ser conhecidas:
Fase Administrativa: A fase administrativa inicia-se com o registro da LI (Licenciamento de Importação) que, na maioria dos casos, é dispensado. O deferimento do LI encerra a fase administrativa das importações.
Fase fiscal/tributária: A fase fiscal/ tributária das importações inicia-se com o registro da DI (Declaração de Importação), que irá se encerrar com o respectivo desembaraço aduaneiro.
Tratamento administrativo à importação
Atualmente o tratamento administrativo às importações está disciplinado pela Portaria SECEX nº 23/2011.
Classificação “doutrinária” das importações
Para efeito de aplicações das normas regulamentares e de tramitação administrativa, as importações brasileiras, em termos de classificação, estão assim agrupadas:
Importações não permitidas
Por País Para alguns países, por razões de ordem econômica, política, ou social, e em função de recomendações de organismos internacionais, restringe-se o desenvolvimento de operações comerciais, resultando no impedimento de importações
Por Mercadoria Com o objetivo de preservar o meio ambiente, a saúde pública ou por diversos outros fatores, vários produtos são identificados, pela classificação fiscal no tratamento administrativo do Siscomex, como impedidas, o que representa proibição de importação.
Exemplos:
Produtos de perfumaria ou de toucador preparados e preparações cosméticas apresentadas sob a forma de aerossol e que utilize como propelente substâncias constantes no Protocolo de Montreal; tricale, quando originários / procedentes da América do Norte, Ásia, África ou Oceania; e zipeprol e seus sais.
Importações Permitidas
O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes modalidades:
Importações dispensadas de Licenciamento
Importações sujeitas a Licenciamento Automático
Importações sujeitas a Licenciamento não Automático
Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, devendo os importadores tão somente providenciar o registro da Declaração de Importação – DI.
Processamento do Licenciamento de Importação.
Nas importações sujeitas aos licenciamentos automático e não-automático, o importador deverá prestar, no Siscomex, as informações necessáriaspara registro, previamente ao embarque da mercadoria no exterior.
Nas situações abaixo indicadas, o licenciamento poderá ser efetuado após o embarque da mercadoria no exterior, mas anteriormente ao despacho aduaneiro, exceto para os produtos sujeitos a controles previstos no Tratamento Administrativo no Siscomex:
Importações ao amparo do regime aduaneiro especial de “drawback”;
Importações ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio, exceto para os produtos sujeitos a licenciamento;
Sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
Os órgãos anuentes poderão autorizar diretamente no Siscomex o licenciamento anteriormente ao despacho aduaneiro quando previsto em legislação específica, mantidas as atribuições de cada anuente.
Tratamento tributário – Imposto de Importação I.I
Incidência O imposto incide sobre a mercadoria estrangeira.
Fato Gerador O fato gerador do imposto é a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeitos fiscais, será considerada como entrada no território aduaneiro a mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente.
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador:
• Na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria despachada para consumo, inclusive a ingressada no país em regime suspensivo de tributação e a contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, se aplicado ao caso o regime de importação comum;
• No dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria contida em remessa postal internacional não compreendida na hipótese acima, bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou não, e mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, cuja falta ou avaria for apurada pela autoridade aduaneira.
Base de Cálculo Valor aduaneiro apurado pela aplicação do Código de Valoração Aduaneira, acrescidos do valor do frete internacional e seguro.
VALOR ADUANEIRO Taxa de Câmbio Os valores expressos em moeda estrangeira deverão ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador.
De acordo com o disposto na Portaria MF n.º 6 de 26.01.99, esta taxa será fixada com base na cotação diária para a venda da respectiva moeda e produzirá efeitos no dia subsequente, sendo divulgada por intermédio da tabela específica “Taxa de Conversão de Câmbio” do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.
Imposto sobre produtos industrializados – I.P.I
Incidência O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros.
Fato Gerador O desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira.
A legislação do I.P.I. apresenta as mesmas hipóteses do I.I., que não constituem fato gerador (exceto exportação temporária).
Base de Cálculo O imposto será calculado mediante a aplicação da alíquota do produto constante da TIPI sobre o respectivo valor tributável. Constitui o valor tributável dos produtos de procedência estrangeira o valor que servir ou serviria de base de cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos efetivamente pagos pelo importador.
VALOR ADUANEIRO + I.I
PIS/PASEP – Importação e Cofins – instituidos pela Lei nº 10.865 de 30/04/2004
Incidência Sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
Fato Gerador A entrada de bens estrangeiros no território nacional, para efeito do cálculo das contribuições, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de bens, submetidos a despacho para consumo.
Base de Cálculo O valor aduaneiro, assim entendido, para os efeitos desta Lei, o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições.
Fórmula para Cálculo (Instrução Normativa SRF 572 – DOU de 24/11/2005)
Os valores a serem pagos relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins-Importação) serão obtidos pela aplicação das seguintes fórmulas, exceto quando a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) for específica
I. Na importação de bens: 
Onde:
• VA = Valor Aduaneiro
• a = alíquota do Imposto de Importação (II)
• b = alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
• c = alíquota da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação
• d = alíquota da Cofins-Importação
• e = alíquota do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS)
Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços – I.C.M.S/ RJ
Incidência Imposto incide sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda que se trate de bem destinado ao consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento, assim como o serviço prestado no exterior
Fato Gerador De acordo com o Art. 3º, inciso V, da Lei nº 2.657/96, ocorre o fato gerador no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior
Base de Cálculo A base de cálculo do ICMS é composta das parcelas abaixo descritas, segundo o Art. 4º, inciso V, da Lei nº 2.657/96:
A) O valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, tais como: frete, seguros e valor da mercadoria.
B) Imposto de importação.
C) Imposto sobre produtos industrializados.
D) Imposto sobre operações de câmbio.
E) Quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras, assim entendidos os valores pagos ou devidos à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria, tais como taxas e os decorrentes de diferenças de peso, erro na classificação fiscal ou multa por infração.
Os Direitos Antidumping, se exigidos pelo Fisco federal, também farão parte da base de cálculo do ICMS. Entende-se também que a taxa de serviços cobrada pela Secretaria da Receita Federal para acessar o SISCOMEX é parte integrante da base de cálculo do ICMS.
VA + I.I. + I.P.I. + PIS + COFINS + DESPESAS ADUANEIRAS+ ICMS
Alíquota: De acordo com o Art. 14, incisos IV, da Lei nº 2.657/96 alterada pela Lei 4.383 de 30/08/2004, são respectivamente 15% (quinze por cento) e 13% (treze por cento) quando a operação de importação for realizada através do Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Em cumprimento ao disposto na Emenda Constitucional n. 31, de 14/12/2000, os Estados têm regulamentado a cobrança de um ponto percentual adicional sobre o I.C.M.S. devido nas importações, para composição do Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais.
ICMS IMPORTAÇÃO 15% - ICMS FECP 1% 
Adicional ao frete para renovação da marinha mercante - AFRMM
Incidencia –> O AFRMM incide sobre o frete, que é a remuneração do transporte aquaviário da carga de qualquer natureza descarregada em porto brasileiro
Fato Gerador É o início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto brasileiro
Base de Cálculo Remuneração do transporte aquaviário - Frete Internacional (constante no B/L).
O AFRMM deverá ser pago no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data do início efetivo da operação de descarregamento da embarcação
Fato Gerador 25 % sobre o frete
O pagamento do AFRMM, acrescido das taxas de utilização do Sistema Eletrônico de Controle de Arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante – MERCANTE – R$ 1,20, será efetuado pelo contribuinte antes da liberação da mercadoria pela Secretaria da Receita Federal.
O Decreto 5324 de 29/12/2004, que dispõe sobre Taxa de Utilização do Sistema Eletrônico de Controle da Arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovaçãoda Marinha Mercante, o MERCANTE, estabelece que a partir de 01 de janeiro de 2005 deverá ser recolhido, juntamente com o pagamento do AFRMM  (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante), o valor de R$ 20,00 por emissão de CE-Mercante
Armazenagem aeroportuária
Portaria MF n. 257/11 de 20/05/2011 D.O.U 23/05/2011
Dispõe sobre o reajuste da Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior, administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
O Ministro da Fazenda, no uso das atribuições que lhe conferem o artigo 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição Federal, considerando o disposto no artigo 6º, do Decreto-Lei n. 1.437, de 17 de dezembro de 1975, ratificado pelo Decreto Legislativo n. 22, de 27 de agosto de 1990, e no parágrafo 2º do artigo 3º da Lei n. 9.716, de 26 de novembro de 1998, resolve:
Artigo 1° Reajustar a Taxa de Utilização do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), devida no Registro da Declaração de Importação (DI), de que trata o parágrafo 1º do artigo 3º da Lei n. 9.716, de 1998, nos seguintes valores:
I – R$ 185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI;
II – R$ 29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição de mercadorias à DI, observados os limites fixados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
Artigo 2° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
OBS.: A Taxa é devida independentemente da ocorrência de tributo a recolher.
Despacho Aduaneiro
Conceito: Despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro.
• A Declaração de Importação (DI) será formulada pelo importador no Siscomex e consistirá na prestação das informações constantes do anexo único da instrução normativa SRF 680/06, de acordo com o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro.
• A DI será instruída com os seguintes documentos:
I - via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;
II - via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;
III - romaneio de carga (packing list), quando aplicável; e
IV - outros, exigidos exclusivamente em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica.
Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à SRFB quando sua apresentação for solicitada, devendo ser mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação.
• Contrato de compra/venda internacional.
O artigo 557 do Regulamento Aduaneiro (Decreto 6750/2009) informa o que deverá conter na fatura comercial.
• O conhecimento de carga original, ou documento de efeito equivalente, constitui prova de posse ou de propriedade da mercadoria.
• Romaneio de carga (packing list) – Lei nº 10.833/2003 – Artigo 77 altera o artigo 104 do Decreto Lei n..º  37/66 e estabelece multa de R$ 500,00 pela não apresentação.
O inciso III do Artigo 18 da Instrução Normativa SRF nº 680/2007 estabelece que o Packing List deverá ser instruído junto com a DI (Declaração de Importação), quando aplicável.
• No caso de mercadoria que goze de tratamento tributário favorecido em razão de sua origem, a comprovação constará de certificado de origem, emitido por entidade competente, de acordo com modelo aprovado.
Além dos documentos anteriormente indicados, necessários ao despacho de importação, outros poderão ser exigidos, por força de lei, regulamento ou ato normativo.
Conferência Aduaneira
Parametrização
Após o registro, a DI será submetida à análise fiscal, e selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira:
I. verde: pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria.
II. Amarelo: pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria.
III. Vermelho: pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação da mercadoria.
IV. cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica .
Verificação da Mercadoria - Verificação Física 
 Procedimento fiscal destinado a identificar e quantificar a mercadoria submetida a despacho aduaneiro, a obter elementos para confirmar sua classificação fiscal, origem e seu estado de novo ou usado, bem como para verificar sua adequação às normas técnicas aplicáveis.
O importador prestará à fiscalização aduaneira as informações e a assistência necessárias à identificação da mercadoria.
OBS.: A conferência física da carga dependerá do canal de parametrização como já vimos acima e, assim que a parametrização revelar a necessidade da conferência qualitativa e quantitativa da carga, o importador deverá promover a entrega dos documentos que instruem o despacho ao servidor da receita federal competente para distribuir o processo ao fiscal que conduzirá o processo do despacho aduaneiro rumo ao desembaraço. Essas etapas são conhecidas por recepção de documentos e distribuição.
Desembaraço Aduaneiro 
 Concluída a conferência aduaneira, a mercadoria será imediatamente desembaraçada.
A mercadoria objeto de exigência fiscal de qualquer natureza, formulada no curso do despacho aduaneiro, somente será desembaraçada após o respectivo cumprimento ou, quando for o caso, mediante a apresentação de garantia, conforme estabelecido na Portaria MF nº 389, de 13 de outubro de 1976.
Revisão Aduaneira
Revisão Aduaneira é o ato pelo qual é apurada, após o desembaraço aduaneiro, a regularidade do pagamento dos impostos e dos demais gravames devidos à Fazenda Nacional, da aplicação de benefício fiscal e da exatidão das informações prestadas pelo importador na declaração de importação. A revisão aduaneira deverá estar concluída no prazo de cinco anos, contado da data do registro da declaração de importação correspondente.
EXERCÍCIOS AULA 10
1) Em uma exportação, exportador e importador pactuaram o INCOTERM a ser aplicado nesse contrato de compra e venda internacional, ficando acertado que os produtos seriam entregues pelo exportador ao importador no navio, já desembaraçada para exportação, no porto de embarque. De acordo com o contexto, escolha a única alternativa correta para identificar o INCOTERM expresso nesse contrato.
( ) EXW
( ) DDP
( ) CPT
( ) FOB
( ) FAZ
2) Quais são e o que significam os canais de conferência aduaneira na importação?
( ) Verde: liberação da mercadoria; Amarelo: autorização de saída; Vermelho: processo em exigência
( ) Verde: liberação da mercadoria; Amarelo: exame documental; Vermelho: exame documental e físico
( ) Verde: exame físico da mercadoria; Amarelo: exame documental; Vermelho: processo em exigência; Cinza: análise do valor aduaneiro.
( ) Verde: liberação da mercadoria; Amarelo: exame físico; Vermelho: exame documental e físico; Cinza: análise do valor aduaneiro.
( ) Verde: liberação da mercadoria; Amarelo: exame documental; Vermelho: exame documental e físico; Cinza: análise do valor aduaneiro.
3) Despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. Sinalize o único documento que se encontra fora do contexto da questão:
( ) Declaração de Importação
( ) Fatura Comercial
( ) Packing List (Romaneio)
( ) Nota fiscal
( ) Conhecimento de Embarque
4) Os impostos de importação e exportaçãopossuem um cunho:
( ) Exclusivamente arrecadatório. Fazendo com que o governo possa ter mais dinheiro para aplicar em saúde, segurança e educação.
( ) Arrecadatório, visando aumentar as reservas cambiais e posterior utilização das verbas para pagamento da dívida externa.
( ) Regulação dos mercados e política macroeconômica e preocupação com o desabastecimento interno.
( ) Criar mecanismos impeditivos aos produtos estrangeiros.
( ) Arrecadatório, visando criar mecanismos impeditivos à saída de produtos brasileiros para o exterior
5) Dos impostos e tributos inerentes ao comércio exterior assinale o único que não é de responsabilidade da união:
( ) ICMS
( ) II
( ) PIS/PASEP
( ) COFINS
( ) AFRMM
6) Quais os canais de parametrização usados no despacho aduaneiro de importação?
( ) Verde, laranja e cinza.
( ) Amarelo, vermelho e cinza.
( ) Verde, amarelo, vermelho e cinza
( ) Verde, amarelo e vermelho.
( ) Amarelo e vermelho.

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