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Slide - JECRIM

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Lei Federal nº. 9.099/95
Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências 
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Fundamento de validade: 
 Art. 98 da CF – A União (...) e os Estados criarão
 Inciso I - juizados especiais (...) competentes (...) infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau
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Princípio do JECRIM (art. 62): 
 Oralidade 
 Informalidade 
 Economia processual 
 Celeridade 
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Objetivos do JECRIM (art. 62): 
 Reparação dos danos sofridos pela vítima 
 Aplicação de pena não privativa de liberdade
 Pena restritivas de direitos 
 Multa 
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Infração de menor potencial ofensivo (IMPO): 
 Art. 61 - Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
≤ 2 anos 
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 Abrangência dos IMPO 
 Todas as Contravenções Penais (D.L. nº. 3.688/41) 
 Código Penal 
 Legislação Penal Especial 
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 Obs.: Exceção
 Lei deverá prever expressamente a não aplicação / incidência da Lei nº. 9.099/95
 Lei Maria da Penha (art. 41 da Lei nº. 11.340/06) 
 Art. 90-A da Lei nº. 9.099/95 – não aplicação na Justiça Militar 
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Art. 88 - Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas
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Competência territorial do JECRIM (art. 63) 
 Lugar em que foi praticada a infração penal 
 Teoria da Ubiquidade 
 Lugar da conduta (ação ou omissão) 
 Lugar do resultado (produz ou deveria produzir) 
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Competência relativa do JECRIM 
 Admite modificações 
 Corrente minoritária – competência absoluta (Ada Pellegrini Grinover) 
 Existem 3 causas modificativas de competência
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1º Hipótese – Impossibilidade de citação por edital 
 Art. 66 - A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado
 Contrário senso – não admite citação por edital 
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Parágrafo único do art. 66 - Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei
 Juízo Comum adotará o Rito Sumário (art. 538 CPP) 
 Pena máxima for inferior a 4 anos e maior que 2 anos 
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 Obs.: 
 Citação por hora certa – alteração do CPP em 2008 
 25º FONAJE (Fórum Nacional dos Juizados Especiais) 
 Enunciado 110 – É cabível a citação por hora certa no JECRIM 
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2º Hipótese – Complexidade da causa
 Parágrafo 2º do art. 77 - Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art. 66 desta Lei
 P.ex.: Pluridade de acusados ou dificuldade probatória por conta de perícias complexas 
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3º Hipótese – Conexão e continência (art. 60) 
 Conexão (art. 76 CPP) 
 Continência (art. 77 CPP) 
Objetivo: reunir processos 
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Continência (art. 77 CPP)
I - Concurso formal de crimes 
 Uma conduta dando ensejo a vários resultados 
 P.ex.: jogar veneno em comida de seus inimigos
II – Concurso de agentes (ou pessoas) 
 P.ex.:Caso Richthofen (Suzane + irmão Cravinhos) 
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III - aberratio ictus (erro na execução) 
 P.ex.: Quer matar o vizinho com arma e acaba matando, além do vizinho, pessoa que passava pelo caminho – uma conduta com resultado duplo
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Conexão (art. 76 do CPP)
 
I – Agentes reunidos no mesmo lugar 
 P.ex.: Jogos de futebol – vários crimes praticados por pessoas diversas – roubo, homicídio, lesão corporal 
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II – Conexão instrumental 
 Prova de um crime interfere na prova de outro crime 
 P.ex.: furto de um automóvel em uma cidade e o mesmo veículo é objeto de receptação em outra cidade 
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III – Conexão lógica (ou material) 
 Agente houver praticado crime para facilitar ou ocultar outro delito, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas
 P.ex.: Agente mata uma pessoa que é a única testemunha de um crime 
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Parágrafo único do art. 60 - Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis
 P.ex.: Indivíduo pratica homicídio (6 a 20 anos) e, no momento da prisão, praticou desacato (6 meses a 2 anos) 
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Lavratura do Termo Circunstanciado (TC) 
Art. 69 - A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários 
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Conceito de TC 
 Relatório sumário da IMPO 
 Contém: 
 Identificação das partes envolvidas 
 Síntese do delito 
 Indicação das provas e testemunhas 
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Parágrafo único do art. 69 - Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima
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 Se o autor da IMPO não assumir o compromisso 
 Lavrado Auto de Prisão em Flagrante 
 Prisão será mantida pela autoridade policial se não for o caso de concessão de fiança (art. 322 e ss CPP) 
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Audiência preliminar (art. 72) 
 Presentes na audiência 
 Ministério Público 
 Autor do fato + responsável civil (quando possível) 
 Vítima 
Advogados 
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 Magistrado ou conciliador esclarecerá:
 Composição do dano 
 Transação
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 Parágrafo único do art. 73 - Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da Justiça Criminal
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 Composição dos danos pelas partes (art. 74) 
 Reduzida a escrito 
 Homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível 
 Eficácia de título executivo no juízo cível 
 Obs.: não é discutido o ilícito penal 
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Cuidado
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 Tratando-se de ação penal privada ou ação pena pública condicionada à representação (Art. 74, § único) 
 Homologação acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação 
 Consequência: Extinção da punibilidade 
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 Tratando-se de ação penal pública incondicionada 
 Caberá composição civil do dano 
 Não ocorrerá a extinção da punibilidade 
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Representação – Pressuposto (art. 75) 
 Não composição civil dos danos 
 Direito de representação verbal oferecido pela vítima 
 Momento: 
 Audiência preliminar 
 Prazo decadencial de 6 meses (art. 38 CPP) 
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Havendo a representação da vítima ou tratando-se de crime de ação penal incondicionada 
 MP poderá 
 Novas diligências 
 Arquivamento do TC 
 Proposta de transação 
 Remessa dos autos ao juízo comum 
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Transação (art. 76) 
 Consiste em um acordo celebrado entre o titular da ação penal e o suposto autor do fato delituoso, assistido por advogado, por meio do qual é proposta a aplicação imediata de penas restritivas de direitos ou multa, evitando-se a instauração do processo
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 Art. 76 - Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério
Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta
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Não será admitido proposta de transação (art. 76, § 2º) 
I – ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva
II – ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo
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III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida 
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MP propõe a transação
 Autor dos fatos poderá 
I - Aceitar a proposta (art. 76, §3º) 
II – Não aceitar a proposta
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I - Aceitar a proposta (art. 76, §3º) 
 Sentença homologatória da transação 
 Aplicação pena restritiva de direitos ou multa 
 Caberá Recurso de Apelação 
 Art. 76, §5º, cc art. 82
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II – Não aceitar a proposta
 Inicia-se o processo no JECRIM 
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Considerações importantes: 
I – Discordância sobre a aceitação (ou não) da proposta de transação entre o advogado e o autor dos fatos.
 Prevalece a vontade do acusado 
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II – Pena de multa aplicada isoladamente 
 Magistrado poderá reduzi-la até a metade 
 Art. 76, §1º
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III – Aceita a transação pelo autor dos fatos 
 Art. 76, §6º
 Não contará em certidão de antecedentes criminais 
 Não importa em reincidência (art. 76, §4º) 
 Salvo para a transação (mesmo benefício) 
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(IV Exame) À luz da lei que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95), assinale a alternativa correta.
A) A competência do juizado será determinada pelo lugar em que se consumar a infração penal. 
B) A citação será pessoal e se fará no próprio juizado, sempre que possível, ou por edital. 
C) O instituto da transação penal pode ser concedido pelo juiz sem a anuência do Ministério Público. 
D) Tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
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(IV Exame) À luz da lei que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95), assinale a alternativa correta.
A) A competência do juizado será determinada pelo lugar em que se consumar a infração penal. 
B) A citação será pessoal e se fará no próprio juizado, sempre que possível, ou por edital. 
C) O instituto da transação penal pode ser concedido pelo juiz sem a anuência do Ministério Público. 
D) Tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
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Descumprimento
Transação penal de multa 
Transação penal de pena restritiva de direitos
Descumprimento injustificado da transação penal 
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Descumprimento da transação penal de multa 
 Art. 85 - Não efetuado o pagamento de multa, será feita a conversão em pena privativa da liberdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lei
 Art. 85 foi revogado pela nova redação do art. 51 do CP (Lei nº. 9.268/96)
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 A pena de multa imposta na transação será considerada como dívida ativa da Fazenda Pública 
 Objeto de execução fiscal perante Vara especializada 
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Descumprimento da transação penal da pena restritiva de direito 
 Prosseguimento do processo no JECRIM 
 Homologação pelo juiz não faz coisa julgada material 
 Sentença meramente declaratória 
 2ª Turma do STF – HC nº. 79.572, de Goiás, rel. Ministro Marco Aurélio 
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1. A sentença que aplica pena no caso do art. 76 da Lei dos Juizados Especiais Criminais não é nem condenatória e nem absolutória. É homologatória da transação penal. 
2. Tem eficácia de título executivo judicial, como ocorre na esfera civil (art. 584, III, do Código de Processo Civil). 
3. Se o autor do fato não cumpre a pena restritiva de direitos, como a prestação de serviço à comunidade, o efeito é a desconstituição do acordo penal. 
4. Em consequência, os autos devem ser remetidos ao Ministério Público para que requeira a instauração de inquérito policial ou ofereça denúncia.
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Posição do STJ 
 Sentença homologatória possui natureza condenatória
 Consequência: coisa julgada material e formal 
 Impede o oferecimento da denúncia pelo M.P. se descumprido o acordo 
 Sentença homologada poderá ser executada 
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Atenção 
 Diante divergência – os juízes deixam de homologar o acordo até o cumprimento da transação, deixando os autos sobrestados
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Procedimento Sumaríssimo
 (art. 77 a 82 da Lei) 
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Análise dos autos pelo MP 
 Arquivamento do TC 
 Requisitar diligência à autoridade policial 
 Solicitar encaminhamento dos autos ao juízo comum 
 Oferecer a denúncia ou queixa-crime 
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Denúncia (art. 77) 
 Oferecida oralmente (reduzida a termo)
 Não há necessidade do exame de corpo de delito
 Basta boletim médico ou prova equivalente
 Princípio da celeridade 
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Art. 77, §1º, da Lei - Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo (circunstanciado) (...), com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente
 Corpo de delito é dispensável 
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 Citação do denunciado para Audiência de Instrução e Julgamento e oferecimento da resposta à acusação
 Designação da audiência de instrução e julgamento (dia / hora) 
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 Nenhum ato será adiado na audiência de instrução e julgamento 
 Juiz poderá determinar a condução coercitiva de quem deva comparecer (art. 80) 
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Art. 78, §1º, da Lei - Se o acusado (...) será citado (...) e cientificado da data da audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimação (via correio), no mínimo cinco dias antes de sua realização
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Número de testemunhas do JECRIM 
 Art. 538 do CPP - Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário (...) 
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 Art. 532 do CPP - Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação e 5 (cinco) pela defesa
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Abertura da audiência de instrução e julgamento 
(art. 81 da Lei) 
 Defensor do autor dos fatos oferece a resposta à acusação 
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Objetivos da resposta à acusação: 
 Rejeição da denúncia / queixa-crime (art. 395 CPP)
 Absolvição sumária (art. 397 CPP) 
 Excludentes de tipicidade, culpabilidade e extinção de punibilidade 
 Instrução probatória 
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Análise do Juiz do JECRIM 
Rejeitar denúncia ou queixa-crime
Receber denúncia ou queixa-crime
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 Rejeitar a denúncia / queixa-crime (art. 395 CPP) 
 Caberá apelação (art. 82)
 Não caberá RESE (art. 581, I, CPP) 
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 Receber a denúncia / queixa-crime 
 Absolver sumariamente o acusado (art. 397 CPP) 
 Proposta de suspensão do processo (art. 89) 
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Suspensão do processo 
(art. 89)
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 Instituto despenalizador 
 Baseada no nolo contenderre
 Acusado não admite a culpa e não proclama sua inocência 
 Art. 89, §6º - Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo
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Período de provas
 Prazo da suspensão do processo – 2 a 4 anos 
 Obs.: 
 Suspensão condicional do processo será cabível em qualquer delito, ainda que a infração penal não seja de competência do JECRIM
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Hipóteses
de cabimento da suspensão do processo 
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I – Pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano 
 Súmula 723 do STF – não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado (art. 71 do CP), se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano
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Crime continuado 
Art. 71 do CP - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
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 Súmula 243 do STJ - O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material (art. 69 do CP), concurso formal (art. 70 do CP) ou continuidade delitiva (art. 71 do CP), quando a pena mínima cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um ano
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II – Não estar sendo processado ou não ter sido condenado por outro crime 
 Acusado estiver sendo processado ou condenado por contravenção penal – não impede a concessão da suspensão
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 “Sendo processado” – não fere o princípio da presunção de inocência (corrente majoritária) 
 Ter sido condenado 
 Lapso temporal da reincidência (5 anos – art. 64, inciso I, do CP) 
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III – Presente os demais requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena (art. do 77 CP) 
 Obs.: Condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício (art. 77, §1º, CP) 
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Art. 77 do CP - suspensão condicional da pena 
 Condenado não reincidente em crime doloso 
 Culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade, os motivos e circunstâncias autorizarem a sua concessão 
 Não incidência ou cabimento das penas restritivas de direito (art. 44 CP) 
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Procedimento para a suspensão condicional do processo 
 Momento para o oferecimento – denúncia 
 Oferecida pelo titular da ação penal (MP ou querelante) – divergência jurisprudencial 
 Não poder ser concedida de ofício pelo juiz 
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 Análise da proposta pelo acusado, que poderá: 
 Aceitar a suspensão – “período de prova”
 Não aceitar a suspensão – Art. 89, §7º 
 Prosseguimento do procedimento no JECRIM
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Condições da suspensão condicional do processo 
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo
II - proibição de frequentar determinados lugares
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades
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Art. 89, §2º - O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado
 Situações ofensivas ou vexatórios não podem ser condições da suspensão condicional do processo 
 P.ex.: impor ao médico a limpeza de hospital público 
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Revogação da suspensão condicional do processo 
 Divide-se em: 
 Revogação obrigatória (art. 89, §3º) 
 Revogação facultativa (art. 89, §4º) 
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Revogação obrigatória 
Art. 89, §3º, da Lei - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário (i) vier a ser processado por outro crime ou (ii) não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano
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Art. 89, §3º, da Lei - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário (i) vier a ser processado por outro crime (...) 
 Revogação automática 
 Dispensável a oitiva do beneficiário 
 Sem distinção entre doloso e culposo 
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Revogação obrigatória 
Art. 89, §3º, da Lei - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário (...) (ii) não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano
 Indispensável a oitiva do beneficiário 
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Revogação facultativa 
Art. 89, §4º, da Lei - A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
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Extinção da punibilidade 
Art. 89, §5º, da Lei - Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade
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Sistema Recursal do JECRIM
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Apelação
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I – Rejeição da peça acusatória (art. 82) 
 CPP caberá RESE (art. 581, I, do CPP) 
II – Sentença homologatória da transação penal 
III – Sentença de mérito (art. 82) 
 Condenatória 
 Absolutória 
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Supondo que um advogado displicente confunda a sistemática recursal do CPP e do JECRIM, e deixe de apresentar as razões no mesmo momento da interposição, qual é a consequência? 
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 Prevalece o entendimento de que a não apresentação das razões nos juizados não prejudica o conhecimento da apelação
 É uma irregularidade que pode ser suprida pela parte
 STF, HC 85.344
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Embargos de declaração
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Recurso Extraordinário
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Art. 102, III, da CF - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
 CF/88 não fez menção a órgão jurisdicional 
 Não aponta que a causa tenha que ser decidida por um tribunal 
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Súmula 640 do STF -   É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.
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Recurso Especial
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Art. 105, III, da CF – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
 CF/88 condiciona a apreciação por TRIBUNAL 
 Só caberá no JECRIM quando não houver Turma Recursal 
 Recurso julgado pelo TJ / TRF 
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Súmula 203 do STJ -  Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais
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(XII Exame) Segundo a Lei dos Juizados Especiais, assinale a alternativa que apresenta o procedimento correto.
A) Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença.
B) Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa caberá recurso em sentido estrito, que deverá ser interposto no prazo de cinco dias.
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C) Os embargos de declaração são cabíveis quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida, que deverão ser opostos em dois dias.
D) Se a complexidade do caso não permitir a formulação da denúncia oral em audiência, o Ministério Público poderá requerer ao juiz dilação do prazo para apresentar denúncia escrita nas próximas 72 horas.
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(XII Exame) Segundo a Lei dos Juizados Especiais, assinale a alternativa que apresenta o procedimento correto.
A) Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença.
B) Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa caberá recurso em sentido estrito, que deverá ser interposto no prazo de cinco dias.
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(IX Exame) Com relação à Lei n. 9.099/95, assinale a afirmativa incorreta. 
A) A transação penal consiste
na aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas àquele a quem se imputa uma infração de menor potencial ofensivo.
B) Não poderá ser oferecida a suspensão condicional do processo ao acusado que tiver sido condenado anteriormente por contravenção penal. 
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C) Em caso de delito persequível por ação penal pública condicionada à representação, havendo a representação do ofendido, o Ministério Público está legitimado para oferecer transação penal, mesmo que o ofendido se oponha e deseje a continuação do processo.
D) Se, no curso da suspensão condicional do processo, o acusado vier a ser processado por contravenção penal, o benefício poderá ser revogado pelo juiz.
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(IX Exame) Com relação à Lei n. 9.099/95, assinale a afirmativa incorreta. 
A) A transação penal consiste na aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas àquele a quem se imputa uma infração de menor potencial ofensivo.
B) Não poderá ser oferecida a suspensão condicional do processo ao acusado que tiver sido condenado anteriormente por contravenção penal. 
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Habeas Corpus no JECRIM
 Desde que haja risco a liberdade de locomoção 
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Pena no delito
Pena de multa
Pena restritiva de direitos 
M.S.
H.C.
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Súmula 693 do STF - Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a (i) pena de multa, ou (ii) relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada
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Exemplo
 Autoridade coatora 
 Juiz Federal de SP
 H.C. impetrado na Turma Recursal do JECRIM da Justiça Federal de SP 
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A quem compete o julgamento do HC contra a decisão da Turma Recursal?
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Cuidado
 Súmula 690 do STF ultrapassada 
 Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas corpus contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais
 Precedente: HC 86.834 – STF 
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 H.C. contra decisão da Turma Recursal 
 Será julgado pelo TJ ou TRF, dependendo da justiça competente 
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Mandato de Segurança e JECRIM 
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Súmula 376 do STJ - Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial.
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A quem compete o julgamento do MS contra decisão da Turma Recursal? 
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 Divergência doutrinária 
 Art. 35 da LC nº. 35/79 (Lei Orgânica da Magistratura) - Compete aos Tribunais, privativamente (VI) julgar, originariamente, os mandados de segurança contra seus atos, os dos respectivos Presidentes e os de suas Câmaras, Turmas ou Seções
 Deverá ser julgado pela própria Turma Recursal 
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(FCC – 2013 – TJ/PE – Juiz) No tocante à transação penal, INCORRETO afirmar que
(A) incabível a proposta no caso de o agente ter sido beneficiado anteriormente nos mesmos moldes, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva.
(B) a imposição da sanção não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
(C) a aplicação de pena restritiva de direitos não importará em reincidência.
(D) incabível a proposta no caso de ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, ainda que não definitiva a sentença.
(E) a imposição da sanção não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo registro para impedir nova concessão do beneficio no prazo de cinco anos. 
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(FCC – 2013 – TJ/PE – Juiz) No tocante à transação penal, INCORRETO afirmar que
(A) incabível a proposta no caso de o agente ter sido beneficiado anteriormente nos mesmos moldes, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva.
(B) a imposição da sanção não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
(C) a aplicação de pena restritiva de direitos não importará em reincidência.
(D) incabível a proposta no caso de ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, ainda que não definitiva a sentença.
(E) a imposição da sanção não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo registro para impedir nova concessão do beneficio no prazo de cinco anos. 
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(VUNESP – 2012 – TJ/MG – Juiz) Analise as proposições seguintes.
I. O não oferecimento da representação na audiência preliminar implica em decadência do direito. 
II. A transação penal, com trânsito em julgado, consistente em multa e não cumprida, acarreta tão somente a sua execução pela Fazenda Pública.
III. Da decisão do juiz que homologa a transação penal, caberá o recurso de apelação.
IV. Da decisão de rejeição da denúncia, nos processos de competência do Juizado Especial, caberá apelação.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I, II e III. 					(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.					(D) II, III e IV.
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(VUNESP – 2012 – TJ/MG – Juiz) Analise as proposições seguintes.
I. O não oferecimento da representação na audiência preliminar implica em decadência do direito. 
II. A transação penal, com trânsito em julgado, consistente em multa e não cumprida, acarreta tão somente a sua execução pela Fazenda Pública.
III. Da decisão do juiz que homologa a transação penal, caberá o recurso de apelação.
IV. Da decisão de rejeição da denúncia, nos processos de competência do Juizado Especial, caberá apelação.
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I, II e III. 					(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.					(D) II, III e IV.
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(VUNESP – 2012 – PC/SP – Escrivão) Para os efeitos da Lei n.º 9.099/1995, com as alterações da Lei n.º 11.313/2006 (Lei dos Juizados Especiais Criminais), consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
(A) máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
(B) exclusivamente de multa.
(C) mínima de 1 (um) ano e máxima de 3 (três) anos, cumulada ou não com multa.
(D) de detenção ou multa.
(E) restritiva de direitos.
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(VUNESP – 2012 – PC/SP – Escrivão) Para os efeitos da Lei n.º 9.099/1995, com as alterações da Lei n.º 11.313/2006 (Lei dos Juizados Especiais Criminais), consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
(A) máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
(B) exclusivamente de multa.
(C) mínima de 1 (um) ano e máxima de 3 (três) anos, cumulada ou não com multa.
(D) de detenção ou multa.
(E) restritiva de direitos.
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(VUNESP – 2014 – PC/SP – Escrivão) Segundo a Lei n.º 9.099/95, são orientadores do processo em trâmite perante o Juizado Especial, os critérios da
(A) oralidade, informalidade, seletividade e impessoalidade.
(B) informalidade, oralidade, economia processual e celeridade.
(C) impessoalidade, abstração, formalidade e economia
processual.
(D) fungibilidade, informalidade, abstração e economia
processual.
(E) oralidade, formalidade, impessoalidade e celeridade
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(VUNESP – 2014 – PC/SP – Escrivão) Segundo a Lei n.º 9.099/95, são orientadores do processo em trâmite perante o Juizado Especial, os critérios da
(A) oralidade, informalidade, seletividade e impessoalidade.
(B) informalidade, oralidade, economia processual e celeridade.
(C) impessoalidade, abstração, formalidade e economia
processual.
(D) fungibilidade, informalidade, abstração e economia
processual.
(E) oralidade, formalidade, impessoalidade e celeridade
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professor.irineu.ruiz@gmail.com
Nome / UMC / Tópicos Penais 
Irineu Ruiz

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