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Relatório prática Carboidratos

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Universidade Estácio de Sá
 Graduação Ciências Biológicas - Bioquímica
 
Análise Qualitativa de Carboidratos – Teste do Iodo
Março/2016.
Fundamento
Os carboidratos são, predominantemente, poliidroxialdeíos ou poliidroxicetonas cíclicos, são também substâncias que liberam esses compostos por hidrólise.
Os carboidratos estão divididos em três classes principais, de acordo com o seu tamanho:
Monossacarídeos;
Oligossacarídeos;
Polissacarídeos.
Monossacarídeos são açúcares simples, consistem em uma única unidade de poliidroxialdeído ou cetona. 
Os oligossacarídeos são compostos por cadeias curtas de unidades monossacarídicas, unidas entre si por ligações glicosídicas. Os mais abundantes são os dissacarídeos, formados por duas unidades de monossacarídeos.
Já aqueles que possuem mais de vinte unidades são chamados polissacarídeos. 
Soluções de polissacarídeos de estrutura helicoidal, como amido vegetal, formam complexos de coordenação com o iodeto, presente na solução de lugol, e adquirem coloração azul, enquanto, soluções de monossacarídeos ou oligossacarídeos (dissacarídeos) não reagem quimicamente com o iodo.
Objetivos
Analisar qualitativamente a presença ou ausência de carboidratos e seus derivados nas amostras analisadas, além do aprendizado na manipulação correta do reagente nas soluções. 
Material
Conta-gotas;
8 tubos de ensaio;
Estante para tubos de ensaio;
Caneta pilot;
Pipeta de 1 mL;
Espátula;
Banho maria 37°C;
Vortex;
Pêra;
Bécher 50ml.
Reagentes
Água destilada;
Glicose 0,1M;
Sacarose 0,1M;
Solução de amido 1%;
Saliva in natura;
Farinha de trigo;
Batata;
Pão;
Reativo lugol (sol. de Iodo).
Procedimentos
Numerar os tubos de ensaio com a caneta pilot, de 1 a 8;
Colocar pêra nas pipetas;
Adicionar com o uso das pipetas e espátula, respectivamente, nos tubos numerados:
1 ml de água destilada;
1 ml de glicose 0,1M;
1 ml de sacarose 0,1M;
1 ml de amido 1%;
1 ml de amido 1% e adicionar 1 ml de saliva in natura, homogeneizada anteriormente no Vórtex, incubar no banho-maria a 37°C por 10 min;
1 ml de água destilada com uma porção (ponta da espátula) de farinha de trigo;
1 ml de água destilada com raspas de batata (raspar com a espátula);
1 ml de água destilada com um pedaço de 1 cm de pão.
Homogeneizar as soluções utilizando o vórtex;
Após o tempo de encubação do tubo 5 no banho maria, acrescentar em todos os tubos 2 gotas do reativo lugol.
Resultados
As soluções nos tubos 1 e 4 funcionaram como controle negativo e positivo das reações respectivamente. No tubo 2, contendo água destilada não existe a presença de carboidratos, funcionando assim como controle negativo, já que não reage a lugol.
No tubo 4 contendo amido que é um polissacarídeo, houve a reação com lugol, assumindo a coloração azul.
As soluções dos tubos 1, 2, 3 e 5 não reagiram com o lugol, adquirindo a coloração amarela. Apesar de o tubo 5 conter amido 1%, o acréscimo de saliva in natura, que naturalmente contém amilase, que realiza a quebra do amido (polissacarídeo) em maltose (sacarídeo mais simples).
Reagiram com lugol as soluções dos tubos 4, 6, 7 e 8, sendo estes, carboidratos	polissacarídeos.
Conclusão
Ao final da prática laboratorial de análise qualitativa de carboidratos realizada, foi possível observar nas diferentes amostras analisadas, através de duas variações de cor (amarelo ou azul), indicando a ausência ou presença de carboidratos nas soluções. Foi possível observar ainda a amilase do amido presente no tubo cinco em contato com a saliva in natura. 
Bibliografia
LEHNINGER, Princípios da Bioquímica – 4ª Edição, cap. 9 – Carboidratos e Glicoconjugados.

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