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Universidade Feevale
Instituto de Ciências da Sáude
Educação Física
Fisiologia do Exercício
	
DÉBITO CARDÍACO
Elisa Cristina Freiberger
Gabriela Behs
Róbson Ribeiro da Silva
Orientador
Prof. Me. Rafael Machado de Souza
Novo Hamburgo, 29 de Maio de 2018.
Introdução
O débito cardíaco foi o tópico a ser utilizado para a construção de um artigo de revisão para a disciplina de Fisiologia do Exercício. A busca bibliográfica foi eletrônica e manual, com as palavras chave: débito cardíaco no exercício físico, débito cardíaco em repouso, debito cardíaco nas doenças e gasto cardíaco em alguns sites como Google Acadêmico e Scielo. No Google Acadêmico, onde foram encontrados 11.800 resultados e também no Scielo.org e foi localizado 246 artigos relacionados. A busca da literatura básica foi encontrada em livros de fisiologia do exercício, de fisiologia humana e em dissertações e teses, realizada na biblioteca da Universidade Feevale. No entanto, foi utilizado 13 artigos que abordavam o assunto específico e 2 livros. 
Em esforço, o débito cardíaco aumenta de forma proporcional à intensidade do esforço. Simultaneamente a este aumento, verifica-se também um aumento do retorno venoso, isto é, maior chegada de sangue ao coração direito. 
O consumo de oxigênio é determinado pelo débito cardíaco e pela diferença arteriovenosa de oxigênio. O treinamento físico aumenta a diferença arteriovenosa de oxigênio através do aumento da volemia, do débito cardíaco e da extração periférica de oxigênio durante o exercício (MORAES, 2005).
Débito cardíaco em relação ao repouso: definição, relacionado a idade, sexo, etnia, na saúde e na doença.
Segundo a literatura de McArdle et. Al (2011), o débito cardíaco é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo para todo o corpo em litros por minuto (L/min). Esse volume pode variar entre homens e mulheres, para indivíduos não treinados e atletas e pessoas com algum tipo de patologia.
Nesse estudo foi averiguada a recuperação da frequência cardíaca após o exercício em uma amostra composta por homens e mulheres, normais, sedentários e não atletas sem evidência de cardiopatia após avaliação clínica e laboratorial minuciosa. Demonstrou-se que a capacidade aeróbica de mulheres sedentárias na fase da menopausa era inferior à de homens na mesma faixa etária. A taxa de recuperação da frequência cardíaca após o exercício também foi modulada pela idade. E foi constatado, que a frequência cardíaca máxima e o débito cardíaco foram mais baixos em indivíduos mais velhos, em parte por causa da menor resposta beta-adrenérgica e em parte por causa da menor carga de exercício atingida (ANTELMI,2008).
Em relação a pressão arterial e débito cardíaco de fisiculturistas e levantadores de peso em repouso, uma revisão realizada por Longhusr & Stebbins (1997), concluiu que ambas assemelham-se a de indivíduos não atletas. 
Loures et al (2002), realizou um estudo sobre o estresse mental e sistema cardiovascular, e verificaram que o estresse mental também afeta de forma importante a função miocárdica. Nos pacientes que apresentam disfunção do ventrículo esquerdo, durante o teste de estresse mental, há um aumento maior da frequência cardíaca, débito cardíaco, pressão arterial e resistência vascular periférica, quando comparados com aqueles que não desenvolveram disfunção de ventrículo esquerdo durante o estresse.  
Os autores Moretti et al (2008), em estudo com mulheres idosas no Brasil, constataram que doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte, a exemplo do que ocorre na grande maioria dos países. Com o Débito Cardíaco reduzido, observa-se um acúmulo excessivo de líquidos no corpo. Este quadro de retenção líquida em excesso associada à falência do funcionamento da bomba cardíaca é denominado insuficiência cardíaca congestiva.
Débito cardíaco em relação ao exercício físico: relacionado com os sistemas energéticos, idade, sexo, etnia, na saúde e na doença.
Conforme a literatura de McArdle et. Al (2011), o débito cardíaco aumenta rapidamente durante a transição do repouso para o exercício físico. O débito cardíaco em pessoas sedentárias aumenta rapidamente, em contrapartida em um atleta atinge a frequência cardíaca máxima mais lentamente. 
Segundo Polito e Farinatti (2003) para se obter uma zona de segurança em exercícios de desenvolvimento de força, potência ou resistência muscular, para melhorar a qualidade de vida tanto para adultos e idosos saudáveis, é de extrema importância ter conhecimento das atividades ministradas. O débito cardíaco sofre limitações em virtude da maior resistência periférica, já que a oclusão nos capilares teciduais, proporcionada pelos músculos ativos, prejudica o fluxo sanguíneo do compartimento arterial para o venoso. Os autores ainda afirmam que no exercício aeróbio, à medida que o débito cardíaco aumenta, a resistência periférica eleva-se nos tecidos metabolicamente menos ativos, enquanto tende a diminuir na musculatura em trabalho. Mas no caso específico das pessoas com idade avançada, comparativamente aos adultos jovens, deve ser lembrado que elas possuem uma FC, um débito cardíaco e uma fração de ejeção ventricular esquerda mais reduzida.
	Segundo o artigo publicado na Revista Brasileira de Ciências do Esporte (2001), os atletas de endurance (treinamento de longa duração) ou de força máxima tiveram um aumento do volume sistólico em repouso, em compensação tiveram uma redução da frequência cardíaca. Em períodos de competição essa bradicardia é menor, quando o físico do desportista encontra-se em uma fase ótima, PAULO e DE MORAES FORJAZ (2001).
Leitão et al (2000) cita também que durante exercícios aeróbicos observa-se menor consumo máximo de oxigênio em mulheres em comparação com os homens, sendo que o principal mecanismo hemodinâmico envolvido é o menor débito cardíaco decorrente de menor volume sistólico. Esta característica, por sua vez, é consequente à menor massa e volume ventriculares em mulheres, seja do ponto de vista absoluto ou relativo ao peso corporal total. 
Pardono et al (2012), realizou uma pesquisa entre homens brancos e afro-americanos normotensos, e verificaram que jovens negros normotensos que realizaram exercício aeróbio de intensidade moderada obtiveram redução prolongada da PA sistólica pós-exercício, resultado possivelmente relacionado às mudanças relativas ao débito cardíaco e resistência periférica total.
Para MONTEIRO E FILHO (2004), verificou que em indivíduos hipertensos, o exercício físico de baixa intensidade diminui a pressão arterial porque prova uma redução no débito cardíaco, o que pode ser explicado pela diminuição na frequência cardíaca de repouso e diminuição do tônus simpático no coração.
Gonçalves et al (2006) analisa que pacientes com hipertireoidismo, apesar de conviver com débito cardíaco elevado, também apresenta baixa tolerância ao esforço em razão da manutenção dos níveis de hormônios tireoidianos elevados por tempo prolongado, o que mantém a frequência cardíaca permanentemente alta e, em consequência, gera prejuízo na capacidade de trabalho do coração.
Conclusão
O débito cardíaco, após um período de treinamento, aumenta devido ao aumento do volume sistólico gerado pela dilatação da câmara cardíaca.
Verificou-se que o treinamento aeróbico permite o aumento do débito cardíaco máximo, devido às adaptações geradas pelo treinamento, aumentando também o volume sistólico.
 Sabe-se que, durante o exercício, as mulheres têm menos condicionamento cardiorrespiratório, maior débito cardíaco com cargas comparáveis e menor volume sistólico, o que faz com que o equilíbrio entre a demanda e a oferta de O2 seja obtido por meio de um aumento na frequência cardíaca.
Dentre os mecanismos pelos quais o exercício aeróbio pode reduzir a pressão arterial de forma crônica, destaca-se a redução do débito cardíaco em repouso por meio da redução da atividade simpática e o aumento da sensibilidade dos pressorreceptores(PONTES JÚNIOR 2010).
Na perspectiva de Stratton et al (1994) apud FECHINE e TROMPIERI (2012), o decréscimo do débito cardíaco máximo, associado à idade, decorre da frequência cardíaca máxima, pois esta diminui de 6 a 10 batimentos por minuto (bpm). O débito cardíaco em repouso, no entanto, é pouco influenciado pela idade. Porém o débito cardíaco máximo reduz-se progressivamente com o passar dos anos (SHEPHARD, 2003).
Observou que o pior desempenho físico do idoso e sua menor capacidade de adaptações ao exercício provêm da combinação entre necessidade de gasto energético, consumo de O² e redução do débito cardíaco, GORZONI E RUSSO 2002 apud FECHINE (2015).
Referências
ANTELMI, Ivana et al. Recuperação da freqüência cardíaca após teste de esforço em esteira ergométrica e variabilidade da freqüência cardíaca em 24 horas em indivíduos sadios. Arq. Bras. Cardiol. Vol.90, n.6: pp.413-418. 2008. Disponível em < http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2008000600005>. Acesso em 25/05/2018.  ISSN 0066-782X. (B1).
FECHINE, B. R. A.; TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: as principais alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. InterSciencePlace. Vol.1, n.20: pp. 106-132. 2012. Disponível em <http://www.fonovim.com.br/arquivos/534ca4b0b3855f1a4003d09b77ee4138-Modifica----es-fisiol--gicas-normais-no-sistema-nervoso-do-idoso.pdf> Acesso em 25/05/2018. ISSN 1679-9844. (B5) 
GONCALVES, A. et al. Influência dos hormônios tireoidianos sobre o sistema cardiovascular, sistema muscular e a tolerância ao esforço: uma breve revisão. Arq. Bras. Cardiol.  Vol.87, n.3: pp.45-47, 2006. Disponível em < http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2006001600033>. Acesso em 08/04/2018. ISSN 0066-782X. (B2).
LEITAO, M. B. et al. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde na mulher. Rev Bras Med Esporte. Vol.6, n.6: pp.215-220, 2000. Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922000000600001>. Acesso em 24/05/2018. ISSN 1517-8692 (A2).
LONGHURST, J. C.; STEBBINS, C. L. O atleta de força. O Coração de Atleta e a Doença Cardiovascular, n. 4, p. 413-429, 1997. file:///C:/Users/Usuario/Downloads/415-1223-1-PB%20(1).pdf Acesso em 20/05/2018. (B3)
LOURES, D. L. et al. Estresse Mental e Sistema Cardiovascular. Arq. Bras. Cardiologia. Vol.78, n.5: pp.525-530, 2002. Disponível em < http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2002000500012> Acesso em 24/05/2018. ISSN 0066-782X. (A2).
MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho humano. Traduzido por Giuseppe Taranto. 7ª ed. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
MONTEIRO, M. F; FILHO, D. C. S. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Rev. Bras. Med. Esporte. Vol.10, n.6: pp. 513-516. 2004. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n6/a08v10n6> Acesso em 29/05/2018. ISSN 1517-8692 (A2).
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SHEPHARD, Roy J. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo, SP: Phorte,2003.

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