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ATIVIDADE DA AULA 7 (Enviar no portfólio 7)
 VALOR: 1.0 pontos - PRAZO PARA ENVIO: 19/11/2017
Observação: Tenha cuidado no envio da atividade, porque não serão corrigidas atividades enviadas no Portfólio errado, conforme as orientações postadas na AGENDA e no QUADRO DE AVISOS, no início da disciplina.
NO PORTFÓLIO 7 VOCÊ DEVE ENVIAR SOMENTE A FOLHA DE RESPOSTA, CONFORME APRESENTADA NO FINAL DAS QUESTÕES.
Caros/as alunos/as, vamos exercitar os conceitos fundamentais apreendidos na aula 7, onde descobrimos sobre as partes que compõem um Artigo Científico, entre outras aprendizagens. 
QUESTÃO (1.0): O Artigo científico apresentado a seguir está faltando identificar suas partes. 
Essa é a sua atividade: Complete as lacunas que estão numeradas nos parênteses ao longo do artigo com os respectivos nomes que as caracterizam, apresentados a seguir, fora da ordem: Palavras-chave; Metodologia; Resumo; Título; Introdução; Referências bibliográficas; Autor(a); Questionário; Desenvolvimento; Considerações finais.
ARTIGO
O QUE PENSAM OS/AS PROFESSORES/AS DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICIPIO DE MARACAJU/MS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA? ( 1 - )
 Maristela Soares Rojas ( 2 - )
( 3 - ) O referido artigo apresenta algumas reflexões sobre a importância da contação de história na Educação Infantil, bem como investigar como essa ação vem se realizando no cotidiano da sala de aula. Além disso, apresenta relevância no desenvolvimento da imaginação da criança e no processo de crescimento cultural e de sua personalidade. O estudo teve como suporte teórico pesquisas elaboradas na área em questão, que podem ser encontradas em livros, artigos, trabalhos acadêmicos, periódicos online, dos autores como Busatto (2008), Zilberman (2003),Oliveira (1996), entre outros. A pesquisa bibliográfica deu sustentação à interpretação e análise dos dados coletados na pesquisa de campo, por meio da aplicação de questionários aos professores da Educação Infantil, dos Centros Integrados de Educação Infantil (CIEIs), do município de Maracaju/MS. No intuito de compreender o que pensam professores/as sobre a importância da contação de histórias na prática docente da Educação Infantil e como se dá esse processo. Finalmente, foi apresentada uma reflexão crítica sobre a realidade em que se apresenta a prática de professores em relação à contação de histórias na educação infantil, no município de Maracaju/MS. 
( 4 - ): Educação infantil. Contação de história. Prática docente.
( 5 - )
O referido estudo trata da investigação acerca da importância da Contação de história na Educação Infantil, segundo docentes atuantes nesse segmento de ensino. Por meio de estudos realizados até o presente momento, observação envolvendo as metodologias empregadas por professores alfabetizadores, substituições ocorridas na Educação Infantil e mais recentemente, o estágio curricular realizado na Educação Infantil, foi possível perceber a necessidade de aprofundamento na temática em questão, desdobrando-se na realização de uma pesquisa, que buscou compreender como vem se desenvolvendo o processo de contação de histórias nos Centros Integrados de Educação Infantil (CIEIs), da rede pública de ensino de Maracaju/MS. 
A contação de história para crianças desta faixa etária é de fundamental importância para o seu desenvolvimento social, emocional e intelectual, posto que desperta a imaginação da mesma, processo esse, muito importante no desenvolvimento do pensamento e na personalidade da criança. A escola tem como um de seus principais objetivos aproximar as crianças da prática literária despertando o gosto pela leitura e o reconhecimento da escrita enquanto uma possibilidade de registro da expressão do pensamento.
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI),“[..].acontação de histórias é um momento em que a criança pode conhecer a forma de viver, de pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não são o seu”(BRASIL,1998, p.143).
Constantemente tenho ouvido de pedagogas/os e acadêmicas/os, graduandas/os do curso de pedagogia, ponderações que demonstram o receio que estes/as têm em trabalhar com turmas de Educação Infantil, onde o processo de alfabetização inclui a contação de histórias. Muitos até acreditam que essa contação não seja importante, mas ela é peça fundamental no processo para a formação de um ser social e principalmente, na preparação para a alfabetização.
As histórias da literatura infantil através da contação de histórias estimulam o desenvolvimento intelectual, promovendo assim, ideias e atitudes positivas que contemplam a formação de posturas e habilidades que contribuem para o desenvolvimento intelectual, afetivo, social e cultural da criança.
Como afirma Busatto (2008,p.45) "contar histórias é uma atitude multidimensional. Ao contar histórias atingimos não apenas o plano prático, mas também o nível do pensamento e, sobretudo, as dimensões do místico-simbólico e do mistério".
Mas o que acontece que professores/as e futuros professores/as ,nem sempre, fazem uso da contação de história, o que não deveria faltar na Educação Infantil? Será a falta de preparo em cursos superiores, falta de incentivos materiais e pessoais, insegurança em não saber como proceder para desenvolver tal atividade?
Essas e outras questões serão abordadas na pesquisa bibliográfica e de campo, onde a sustentação teórica estará dando respaldo à análise do discurso de professoras/es que atuam na Educação Infantil; como percebem a importância desse processo e se fazem uso do mesmo no cotidiano de suas aulas.
( 6 - )
Contação de história na Educação Infantil
Contar e ouvir história contribui para o processo do desenvolvimento da personalidade da criança, pois é um recurso desafiador e motivador que poderá contribuir para que ela venha a se tornar um ser crítico e responsável mostrando, na medida em que apresenta a sequência lógica dos fatos, o sentido da ordem cronológica, a ampliação do vocabulário, o estímulo e interesse pela leitura, linguagem oral e escrita. Segundo Simões (2000, p.23), 
a grande maioria dos professores reconhece que, ao anúncio de uma história, as crianças se aquietam, concentram-se e ficam extremamente interessadas. Podemos perceber que a história lida ou contada, desempenha uma função de despertar nas crianças interesse e prazer, porque se elas prestam atenção à história que está sendo contada é porque o mundo narrado no texto corresponde a seus interesses e anseios.
Assim, a contação de história, quando bem trabalhada, prende a atenção da criança de tal maneira que ela passa a se imaginar fazendo parte da história. Segundo (Amarilha,1991) especialistas em livros de historinhas reconhecem que, principalmente, leitores em fase de alfabetização, precisam do auxílio de ilustração, e que tenham uma linguagem mais direta facilitando o entendimento das palavras.
A linguagem literária dos livros organiza os fatos em forma diferente da linguagem oral do nosso cotidiano. Sendo assim, a criança vai percebendo que está diante de uma maneira diferente de ser da língua. É por essa razão que, muitas vezes, a criança solicita a repetição de uma mesma história várias vezes, principalmente, aquelas que se encontram na faixa etária da educação infantil que ainda não dominam esquemas e convenções da escrita e por isso, necessitam do apoio do professor para aprenderem as novidades da linguagem literária, como ritmo das frases (AMARILHA, 1991).
Toda atividade lúdica implica distanciamento do real temporariamente, a criança entra em outro universo, nesse caso, o da história; depara-se com situações que a levam a pensar, imaginar. “Os contos de fadas participam da infância, juntamente com o brincar e trazem expressões da fantasia e dos anseios da criança ajudando-a a lidar com aspectos inconscientes” (FERNANDES, 1990, p. 127).
Ao ouvirhistórias, a criança tem a oportunidade de enriquecer e alimentar sua imaginação, ampliar seu vocabulário, permitir sua auto identificação e auto reconhecimento, aprender a refletir para aceitar situações relativas às dimensões diversas da vida, além de desenvolver o pensamento lógico que favorece a memória e o espírito crítico através da manifestação de humor e de satisfação de sua curiosidade natural.
SegundoAbramovich:
[...]Ah,como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas,muitas histórias... escutá-las é o início da aprendizagem para ser leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo(1997, p.16).
Desde há muito tempo, a transmissão oral, ou seja, a contação de histórias é passada de geração em geração. Esta foi uma das soluções encontradas pelas comunidades que não conheciam a escrita, para informar às gerações mais novas os seus conhecimentos, valores e crenças, que eram considerados fundamentais para a sobrevivência geral da respectiva comunidade (BENJAMIN, 2004).
De acordo com Zilberman (2003), a história da literatura infantil inicia-se no século XVIII, com o advento da revolução industrial, responsável por várias mudanças, alterando a estrutura social, inclusive no que diz respeito a das crianças.
A literatura infantil surgiu a partir do século XVIII, na Europa, onde contextos sociais e históricos demonstraram imagens e representações da infância que a explicitavam (KIRCHOF et al., 2013, p.1045). Nesta época teremos por um lado a infância como sinônimo de singeleza, doçura, graça e inocência, como meio de distração e lazer para os adultos, e por outro, a ideia de que as crianças deveriam primeiramente ser disciplinadas e instruídas (SHAVIT, 2003, p. 26).
A maior parte dos livros dedicados a crianças, desde o século XVIII até o século XIX, eram conhecidos por sua característica didática e pedagógica, com ênfase em princípios morais. Somente a partir de 1970 os pensadores literários iniciaram a discussão entre a literatura infantil e a pedagogia (KIRCHOF et al.,2013,p.1046).
Segundo Oliveira,
Na atualidade, podemos observar o crescimento quantitativo e qualitativo dos livros de literatura infantil com uma diversidade de textos que auxiliam a prática educativa do professor, sendo instrumento fundamental para apoiar o professor no processo de contação de histórias (1996, p.27).
E através da contação que o/a professor/a pode sempre instigar o aluno à reflexão ou à problematização de situações, nas quais a criança seja obrigada a pensar, para fazer novas descobertas e assim, construir sua aprendizagem.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI)salienta:
[...] a importância de diversas situações de leitura para o domínio da linguagem, assim tornando o momento da contação de histórias como procedimento pedagógico para a percepção da função social que a leitura, o livro e as histórias têm na facilitação da compreensão do meio oral e escrito. O livro é um instrumento de recreação e entretenimento para as crianças, além de fonte inesgotável de informação e conhecimento através dos momentos de contação de histórias (BRASIL,1998, p.145).
A contação de história é um importante instrumento para o desenvolvimento de uma criança, pois durante o processo de leitura, ou mesmo a audição de uma história, a criança desenvolve a cognição. "A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura." (BRASIL, 1998, p.141)
A leitura ou contação de história estimula a imaginação da criança, além de contribuir para uma boa aquisição da linguagem oral e para a formação crítica do indivíduo. Quanto mais cedo os livros começarem a fazer parte da vida das crianças, tão logo elas poderão despertar o gosto pela leitura, possibilitando assim, a formação de futuros leitores. “As crianças devem ter contato com o livro para cumprir seu objetivo de ser atrativo e fascinante como são as histórias que gostam de ouvir e participar"(BRASIL, 1998, p.143).	
	A literatura não é cópia do real, nem puro exercício de linguagem, tampouco mera fantasia. É um mundo mágico no qual a criança mergulha para viver aquela história.
A formação do/a professor/a de educação infantil e a contação de história
Cada ser humano é único e possui especificidades próprias, singular e, ao mesmo tempo, plural, posto que pertencente a um grupo de pessoas, de uma determinada cultura, entre as muitas existentes sobre o planeta. 
Nessa concepção, Neira (2007, p.6) defende que
[...] a cultura não é só um conjunto de modos de vida, mas também práticas que expressam significados que permitem aos grupos humanos regular e organizar todas as relações sociais. Nessa perspectiva, toda e qualquer ação social expressa ou comunica um significado e, nesse sentido, são práticas de significação, o que indica que cada instituição ou atividade social cria e precisa de um universo próprio, distinto, de significados e práticas, isto é, sua própria cultura.
Também faz parte desse conjunto de crenças, costumes, culinária, modo de vestir-se, danças, suas histórias e lendas. Muitas vezes, essas histórias são passadas de geração em geração, com diferentes intuitos: moralizar, alertar, educar e amedrontar. 
Assim, a criança coloca-se como parte integrante de uma família, um sujeito histórico-social que pertence a determinado meio social e cultural em determinado momento (EHRENBERG, 2014, p. 03).
Em relação ao universo escolar, Rego (1995, p. 71) reconhece que o aprendizado da leitura e escrita relaciona intimamente com o meio cultural em que a criança está inserida e suas relações com os indivíduos de sua espécie. Segundo o mesmo autor,
[...] isto quer dizer que, por exemplo, um indivíduo criado numa tribo indígena, que desconhece o Sistema de escrita e não tem nenhum tipo de contato com um ambiente letrado, não se alfabetizará. O mesmo ocorre com a aquisição da fala. A criança só aprenderá a falar se pertence a uma comunidade de falantes, ou seja, as condições orgânicas (possuir o aparelho fonador), embora necessárias, não são suficientes para que o indivíduo adquira a linguagem.(REGO,1995, p.71).
Da mesma forma, contar histórias a uma criança pequena é uma prática cultural comum tanto no ambiente familiar, como no escolar e, como em diversas partes do mundo, essa prática vem se reproduzindo através dos tempos. 
Segundo Éstes (1994, p. 342), 
[...] a hora de contar histórias é determinada pelas sensibilidades internas e pela necessidade externa. Algumas tradições designam épocas específicas para contar histórias. Nas minhas tradições, existe um legado entre os contadores, através do qual um contador transmite suas histórias a um grupo de "sementes". As sementes são contadores que, segundo o que o mestre espera, irão preservar a tradição como a aprenderam. Nessa tradição, considera-se que as histórias são escritas como uma leve tatuagem na pele de quem as viveu. 
Alguns estudos já demonstraram o importante papel que as histórias têm nos processos cognitivos da criança, envolvendo principalmente, a aquisição e desenvolvimento da linguagem humana. Segundo Simões (2000, p. 26) as histórias infantis despertam interesse nas crianças por isso os adultos utilizam-se destas histórias infantis para entreter ou distraí-las.
Desta forma, uma história que aguce a curiosidade e incite a imaginação da criança, colaborando para seu desenvolvimento intelectual e envolvendo-a em seu universo afetivo, terá o poder de prender sua atenção durante o conto (SIMÕES, 2000, p. 25). O professor que lê histórias, que tem boa e prazerosa relação com a leitura e gosta verdadeiramente de ler, servindo de modelo para as crianças (BRASIL, 1998(b), p. 144).
Através do olhar o contador de histórias vê o que cria enquanto constrói, e ao acompanhar com seus olhos estamovimentação, ele dá vida ás suas imagens que ganham veracidade diante do espectador (BUSATTO, 2013, p. 54). Desta forma, o professor deverá ser capacitado para planejar e desenvolver o processo de criação da arte de contar histórias, de modo a tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas e oferecer outras possibilidades de aprendizagem ao aluno. Segundo o RCNEI, a contação de histórias exige que o professor, como leitor, demonstre interesse ao ler, possibilitando um ambiente agradável e focado na expectativa das crianças, mostrando ilustrações e o texto enquanto lê (BRASIL, 1998(b), p. 143).
Através da contação de histórias, estabelece-se um laço de afetividade entre professor/a e aluno/a, tornando-os mais atentos, estimulando sua curiosidade. Para tal, será necessário que o/a professor/a da Educação Infantil tenha consciência da importância do desenvolvimento de um trabalho onde a contação de história seja elemento cotidiano de suas aulas. Ela é uma atividade fundamental que visa a transmissão de valores e conhecimentos, onde o papel do professor se torna decisivo no processo de ensino-aprendizagem da criança. 
Na educação infantil a contação de histórias está diretamente relacionada ao desenvolvimento das estruturas linguísticas e cabe ao/à professor/a compreender a importância desse processo para a criança. 
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 
[...] o perfil do profissional de educação infantil é de formação ampla e polivalente, ou seja, cabe a este trabalhar com conteúdo de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento. Vale ressaltar o compromisso com a prática educacional como requisito para que os projetos educativos das instituições possam, de fato, representar esse diálogo e debate constante. Neste contexto, o professor ao contar suas histórias pontuando ideias com gestos expressivos e recursos vocais para enfatizar sua dramaticidade, com seu repertório de gestos e posturas, é modelo para as crianças (BRASIL, 1998(a), p. 41).
O Referencial Curricular Nacional pontua ainda que as instituições e profissionais de educação infantil deverão organizar sua prática de forma a promover o interesse pela leitura de histórias, colocando a contação como uma prática diária nas instituições de educação infantil (BRASIL, 1998(a), p. 63). Estas instituições podem resgatar histórias que estas crianças ouvem em casa, pois estas possuem um rico material a ser compartilhado, repleto de emoções e questões éticas, trabalhando assim a sensibilidade das crianças (BRASIL, 1998(a), p. 15).
( 7 - )
No presente trabalho optou-se pela pesquisa exploratória, pois foram levantadas informações sobre o objeto de estudo. Também utilizamos a pesquisa do tipo explicativa uma vez que se analisou o fenômeno estudado, suas características e seus determinantes. Inicialmente procurou-se os centros de Educação Infantil CIEIS, para que fosse efetuada a pesquisa. 
Pretende-se realizar um estudo de caso nos CIEIS, de Maracaju/ms através de um questionário (ANEXO 1) contendo 07 questões, com o objetivo de chegar a algumas conclusões referentes ao trabalho dos professores na referida instituição. Este questionário abordará a prática do trabalho executado pelos professores na instituição, com enfoque na contação de histórias. Desta forma, com este questionário pretendem-se identificar as percepções, as ações pedagógicas e as reais necessidades e expectativas quanto à contação de histórias no dia-a-dia das crianças em sala de aula.
A escolha do questionário se deu pela objetividade das perguntas, o que colaborou para obtermos dados estatísticos mais precisos. Salienta-se que o anonimato dos informantes foi preservado. 
Antes de iniciar a aplicação do questionário, foi explicado aos participantes a importância da colaboração deles, sendo primordial a sinceridade e ética no preenchimento do mesmo. A pesquisa também incluiu visita ao CIEI para fins de conhecimento do local e envolvimento com o trabalho desenvolvido. 
O questionário foi aplicado no período de Agosto/2015 na própria instituição. Com o resultado dos questionários em mãos, estes dados serão tabulados e discutidos com outros autores para sintetizar as informações e reais resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Participaram da pesquisa professores que atuam nos CIEIS do município de Maracaju/MS.
Nas questões que nortearam essa pesquisa os resultados foram satisfatórios, pois os professores demonstraram, se preocupar com a importância que a contação de história tem na educação infantil, e fazem uso dessa pratica em suas aulas. 
Os dados coletados através do questionário aplicado para os professores da educação infantil, com a permissão das mesmas vamos transcrever no corpo do trabalho. Iniciamos o questionário perguntando para as professoras o que elas pensam sobre a “importância da contação de história na educação infantil”. 
Contar história para crianças é promover e estimular a leitura, também como o desenhar, o brincar, o escrever, o imaginar, despertando assim na criança diferentes emoções, como medo, tristeza, alegria, raiva.
Além de desenvolver na criança a oralidade através da participação, trabalhar o lúdico o faz-de-conta, é fundamental para despertar na criança o gosto e prazer na leitura futuramente.
A oralidade é muito importante na educação infantil, enriquecendo a comunicação e a expressão, uma vez que as crianças fazem uso da linguagem a todo momento, esta ajuda favorece a interação social. Neste sentido, o papel do educador é de assumir um compromisso com o livro, criando o habito de contar histórias e despertando curiosidade nas crianças para que suas criem suas hipóteses. Segundo o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (BRASIL,1998)
Apesar da maioria dos professores reconhecer tal importância, só 50% fazem isso da contação de história diariamente em suas aulas, quanto aos outros responderam que usam, contar história para suas crianças 1 a 4 vezes por semana. Diante dessa resposta perguntamos em que situação, Inicialmente as histórias são contadas em momentos mais curtos entre uma atividade e a rotina da creche, também devido ao pedido das crianças que gostam muito de historinhas e que sempre pedem. Na roda de conversa, na hora das atividades você ilustra uma história baseada na atividade que a criança vai fazer escrita, visual ou brincadeiras.
Na próxima pergunta indagamos os professores se eles encontram alguma dificuldade para incluir a contação de história no cotidiano das aulas? Onde todos responderam que não encontram nenhuma dificuldade em relação a contar histórias, todos os dias, porem tem que se tomar um certo cuidado para não se tornar muito repetitivo, e com isso perder o interesse das crianças, 
 Não tenho dificuldade para incluir as histórias, pois nossa vida é feita de histórias diárias, e na educação infantil através das histórias vem a parte lúdica interpretação da história da maneira deles.
Sendo assim caberá ao professor, estar sempre inovando em suas aulas, usando o lúdico como um grande aliado para suas rodas de contação de histórias, fantasias, caras e bocas que as crianças adoram e ficam encantadas.
Ao serem questionados se sua formação profissional contribuiu e os preparou para trabalhar em sala de aula com a pratica da contação de história as respostas dos professores foi bem dividida, alguns dizem que os preparou outros discordam.
Em partes pois minha formação apresentou rol de leitura e teóricos que favoreceram na formação da concepção de ensino, portanto algumas habilidades e competências foram adquiridas no dia-a-dia da sala de aula.
Mas também a os professores que se sentem preparados devido a sua capacitação durante sua graduação. 
Sim, essa pratica esteve presente em várias ocasiões nas aulas de metodologia da educação infantil e na realização dos estágios sempre fiquei em turmas que a professora utilizavaessa metodologia.
E quando perguntamos sobre a opinião deles, a respeito da pratica da contação de histórias, se realmente contribui para o desenvolvimento da leitura e escrita das crianças?
Todos concordam que através desta pratica o gosto da criança pela leitura é aguçado fazendo com que a criança se sinta motivada e criativa. Nas histórias contadas dependendo do professor, podemos levar as crianças aos mais diversos lugares e situações, basta usar a imaginação fazendo com que o aluno embarque no mundo imaginário.
E por fim questionamos os professores se os CIEIS disponibilizam materiais ou seja livros de histórias variados para se desenvolver um bom trabalho de contação de história com as crianças, e quais seriam esses livros. A grande maioria respondeu que sim, a escola tem muitos livros e de todas as formas e gêneros, um grande repertorio, os três porquinhos, chapeuzinho vermelho, a bela adormecida, branca de neve, a festa no céu, João e o pé de feijão, gosto também de história com leitura de imagens.
( 8 - )
O presente artigo teve como tema principal saber: O que pensam os/as professores/as da educação infantil no município de Maracaju/MS sobre a importância da contação de história? 
Visto que a educação infantil é o lugar onde ocorre a construção e reconstrução de conhecimentos, devemos dar atenção especial à contação de histórias, pois ela contribui na aprendizagem escolar em todos os aspectos como cognitivo, físico, psicológico, moral e social.
A contação de história é de fundamental importância no desenvolvimento da criança que se encontra na Educação Infantil, posto que desperta a imaginação da mesma, processo esse, muito importante no desenvolvimento do pensamento e na personalidade da criança. 
Os professores reconhecem que a maioria das crianças se concentram e ficam extremamente interessadas, assim percebemos que a história lida ou contada desperta nas crianças interesse e prazer, por que quando a história consegue prender a atenção das crianças, o mundo ao seu redor passa a não existir e a criança passa a viver aquela história, sofrendo e vibrando com o personagem.
Ao ouvir histórias, a criança tem a oportunidade de enriquecer e alimentar sua imaginação, ampliar seu vocabulário, permitir sua auto identificação e auto reconhecimento, aprender a refletir para aceitar situações relativas às dimensões diversas da vida, além de desenvolver o pensamento lógico que favorece a memória e o espírito crítico através da manifestação de humor e de satisfação de sua curiosidade natural. 
 
( 9 - )
ABRAMOVICH, Fanny.Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
AMARILHA, Marly(coord.). O ensino de literatura infantil da l° á 5° séries do l° grau nas escolas estaduais do Rio Grande do Norte. Relatório parcial. Natal: CNPq/UFRN/Departamento de Educação, 1991.
AYOUB, Eliana. Reflexões sobre a Educação Física na Educação Infantil. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, 4: 53-60, 2001. 
BRASIL. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/1996, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 23 dez. 1996. 
BRASIL . Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Documento Introdutório. Brasília: MEC/SEF, 1998 (a). v. 1.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Conhecimento de Mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998 (b). v. 3.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Revista Criança do Professor de Educação Infantil. Ministério da Educação: Brasília, DF, janeiro de 2005.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e histórias da cultura. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BUSATTO, Cleo. Contar e encantar: pequenos segredos da narrativa. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
BUSATTO, Cleo. Arte de contar histórias século XXI. 4. ed. vozes, 2013.
EHRENBERG, Mônica Caldas. A linguagem da cultura corporal sob o olhar de professores da educação infantil. Pro-Posições,25 (1): 181-198, 2014.
ÉSTES, C. P. Mulheres que correm com os lobos: mitos e historias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordada psicopedagogia. Clínica da criança e sua família. Porto alegre: Artes Médicas, 1990.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed 2.tir.SãoPaulo: Atlas,2005. 
GONÇALVES, E. M. Iniciação à pesquisa científica. 2 ed. Campinas: Alínea.2001. 
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KIRCHOF, Edgar Roberto; BONIN, Iara Tatiana  and  SILVEIRA, Rosa Maria Hessel. Apresentação literatura infantil e diferenças. Educ. Real. 2013, 38(4): 1045-1052. 
LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagem qualitativa. São Paulo: EPU, 1986.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cientifica. São Paulo: Atlas. 1991.
NEIRA, Marcos Garcia. Ensino de Educação Física. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 
OLIVEIRA, Maria Alexandre de.Leitura e prazer: interação participativa da criança com a literatura infantil na escola. São Paulo: Paulinas, 1996.
REGO, Tereza Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. -17°ed.Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
ZILBERMAN, R. A literatura infantil na escola.8.ed. São Paulo: Global,1993.
SHAVIT, Zohar. Poética da Literatura para Crianças. Lisboa: Editorial Caminho, 2003.
SIMÕES, Vera Lucia Blanc. Histórias infantis e aquisição de escrita. São Paulo em perspectiva, 14(1), 2000.
ANEXO 1
( 10 - )
Qual a importância da contação de histórias na educação infantil? 
Você utiliza a contação de histórias com que frequência em suas aulas? 
( ) Diariamente
( ) Semanalmente
( ) Mensalmente
( ) Esporadicamente
Em que situações? Como?
Quais as barreiras encontradas pelo docente para incluir a contação de histórias no cotidiano de suas aulas?
Sua formação profissional contribui e te preparou para trabalhar com a contação de histórias em suas aulas? Por que?
Na sua opinião esta prática contribui para o desenvolvimento de leitura e escrita das crianças? Por que?
FOLHA DE RESPOSTA – ATIVIDADE DA AULA 7
Curso: Pedagogia
Semestre: Primeiro 
Disciplina: Metodologia e Prática de Pesquisa em Educação
Professora: Magda Carvalho Fernandes
Acadêmico (a):_____________________________________________________RGM: _______________
QUESTÃO (1,0): 
( 1 - )
( 2 - )
( 3 - ) 
( 4 - )
( 5 - )
( 6 - )
( 7 - )
( 8 - ) 
( 9 - )
(10 - )

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