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C u rs o d e E n g e n h a ri a B á s ic o Silvania Maria Netto DESENVOLVIMENTO e SUSTENTABILIDADE Aula 05 A engenharia da sustentabilidade Modelos Simples de um sistema de armazenamento Crescimento utilizando uma fonte de energia renovável Crescimento utilizando uma fonte de energia lentamente renovável Crescimento utilizando uma fonte de energia não-renovável Crescimento utilizando duas fontes de energia C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO Para construir um modelo Criar uma caixa imaginária que contenha o sistema de interesse; Desta forma, defini-se o sistema. Desenhar os símbolos que representam: Influências externas; Partes internas de nosso sistema; As linhas de conexão entre estes símbolos Relações e fluxos de materiais e energia. Para que o modelo se torne quantitativo, adicionamos valores numéricos a cada fluxo; Desta forma, podemos utilizar os modelos para avaliações quantitativas e para simulações, que permitem acompanhar/prever o comportamento do sistema ao longo do tempo. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO Vamos começar com um sistema simples que contém apenas um processo de armazenamento Apesar de usarmos a água, como exemplo do material a ser armazenado, este modelo se aplica a qualquer tipo de estoque (petróleo, minérios, dinheiro, pessoas, livros e etc.) O fluxo de entrada é provido por uma fonte externa (círculo). O estoque de água no tanque é representado pelo símbolo de estoque, que alimenta um fluxo de saída para outro sistema externo. O modelo do diagrama é observado da esquerda para a direita. Pode-se imaginar o fluxo de água entrando no tanque para depois sair em um fluxo proporcional à pressão de água no tanque. A água sai do sistema pela direita, atravessando a fronteira estabelecida para nosso sistema (caixa imaginária). O modelo representa a primeira lei da energia: A energia disponível na fonte de água que entra no tanque, é estocada como energia potencial (de acordo com a altura da água no tanque) e à medida que a água sai, parte da energia é perdida por atrito na forma de calor (segunda lei). A energia perdida no processo é também representada como um fluxo de calor (não água). C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO Quanto mais água entra, maior será o depósito e maior o fluxo de saída. Se a entrada de água for constante, o estoque irá aumentar até que o fluxo de entrada se iguale ao de saída. Depois disso, o nível de água se mantém constante Utilizando a linguagem da energia para entender os sistemas e empregar diagramas de energia de sistemas permite definir equações matemáticas para cada sistema. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO J é o fluxo de entrada de água. Q é a quantidade de H2O armazenada. k1 (cte) é a quantidade com que o fluxo aumenta, sendo normalmente obtida experimentalmente. k1 é chamada de constante pois seu valor independe se o estoque aumenta ou diminui. Esta equação diferencial estabelece a mudança do estoque com o tempo em termos gerais, sem utilizar ainda valores numéricos. Para um caso particular pode-se encontrar o valor de J e o de k1 x Q. A mudança na quantidade armazenada com o tempo (dQ/dT) é a diferença entre o fluxo de entrada J e o de saída k1 x Q. dQ/dT = J – k1 x Q Por exemplo, sabendo-se que o fluxo de saída de um determinado depósito de 1000 L é de 100 L/h, temos: k1 = 100/Q = 100/1000 = 0,1 h -1 ou k1 x Q = 100 L/h C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO De posse das equações que descrevem o sistema, podem-se construir gráficos que podem ser comparados com as expectativas do comportamento do sistema e para verificar se o modelo corresponde ao que acontece no mundo real. Tomando-se como exemplo o modelo de armazenamento de água e as equações que descrevem o sistema, pode-se construir uma tabela para acompanhar/prever o comportamento do sistema com o tempo. Tempo Fluxo de saída Variação Quantidade armazenada t+Dt k1 x Q DQ = J - k1 x Q Q + DQ 0 0,00 2,00 1,00 1 0,03 1,97 2,97 2 0,09 1,91 4,88 3 0,15 1,85 6,73 4 0,20 1,80 8,53 5 0,26 1,74 10,28 6 0,31 1,69 11,97 7 0,36 1,64 13,61 8 0,41 1,59 15,20 9 0,46 1,54 16,74 ... ... ... ... 299 2,00 0,00 66,66 300 2,00 0,00 66,66 Exemplo: J = 2 L/h, Dt = 1h e k1 = 0,03 h -1, pode-se acompanhar as mudanças na quantidade armazenada em um depósito (Qo = 1 L) que recebe 2 L H2O/h com um fluxo de saída inicial de 0,03 L (k1 x Q) www.advancesincleanerproduction.net/disciplinas Observa-se que após aproximadamente 150 h a quantidade armazenada se estabiliza entre 60 L e 70 L. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o Observe o que ocorre quando dobramos ou reduzimos à metade o fluxo de saída de H2O: MODELO k1 x Q = 0,060 L Após aproximadamente 150 h a quantidade de H2O armazenada se estabiliza entre 60 L e 70 L. k1 x Q = 0,030 L k1 x Q = 0,015 L Após aproximadamente 75 h a quantidade de H2O armazenada se estabiliza entre 30 L e 35 L. Após aproximadamente 300 h a quantidade de H2O armazenada se estabiliza entre 120 L e 140 L. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO Segundo o relatório anual da British Petroleum Statistical Review (gcmd.nasa.gov/records/GCMD_BP_WORLD_ENERGY_REVIEW.html) as reservas mundiais de petróleo em 2007 eram de 1,14 x 1012 barris com um consumo diário estimado em 81,53 milhões de barris. Fazendo-se Qo=1,14x10 12 barris e k1xQ=81,53x10 6 barris/dia, obtém-se: 1- 12 6 1 ano 0,026 barris 1,14x10 dia 365 x barris/dia 81,53x10 k Tempo Fluxo de saída Variação Quantidade armazenada T+DT k1 x Q DQ = J-k1xQ Q + DQ 0 0,0E+00 0,0E+00 1,1E+12 1 3,0E+10 -3,0E+10 1,1E+12 2 2,9E+10 -2,9E+10 1,1E+12 3 2,8E+10 -2,8E+10 1,1E+12 4 2,7E+10 -2,7E+10 1,0E+12 5 2,7E+10 -2,7E+10 1,0E+12 6 2,6E+10 -2,6E+10 9,8E+11 7 2,5E+10 -2,5E+10 9,5E+11 8 2,5E+10 -2,5E+10 9,3E+11 9 2,4E+10 -2,4E+10 9,0E+11 10 2,3E+10 -2,3E+10 8,8E+11 ... ... ... ... 298 1,2E+07 -1,2E+07 4,4E+08 299 1,2E+07 -1,2E+07 4,3E+08 300 1,1E+07 -1,1E+07 4,2E+08 Se os padrões de consumo continuarem como os observados em 2007, não haverá mais petróleo após, aproximadamente, 150 anos! Neste exemplo J = 0, ou seja, não há fluxo de entrada. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO Observe o que ocorre se o consumo de petróleo, respectivamente,dobrar ou cair pela metade, em relação aos padrões observados em 2007:Se os padrões de consumo continuarem como os observados em 2007, não haverá mais petróleo após, aproximadamente, 150 anos! k1 x Q = 3,0x10 10 barris/ano k1 x Q = 6,0x10 10 barris/ano k1 x Q = 1,5x10 10 barris/ano Não haverá mais petróleo após, aproximadamente, 75 anos. Não haverá mais petróleo após, aproximadamente, 300 anos. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO Segundo o relatório anual da British Petroleum Statistical Review (gcmd.nasa.gov/records/GCMD_BP_WORLD_ENERGY_REVIEW.html) o Brasil tem uma reserva de petróleo avaliada, em 2008, de 8,5 bilhões de barris com um consumo diário estimado em 2,1 milhões de barris/dia. Fazendo-se Qo = 8,5x10 9 barris e k1 x Q = 2,1x10 6 barris/dia, obtém-se: 1- 9 6 1 ano 0,090 barris 8,5x10 dia 365 x barris/dia 2,1x10 k Tempo Fluxo de saída Variação Quantidade armazenada T+DT k1 x Q DQ = J-k1xQ Q + DQ 0 0,0E+00 0,0E+00 8,5E+09 1 7,7E+08 -7,7E+08 7,7E+09 2 7,0E+08 -7,0E+08 7,0E+09 3 6,3E+08 -6,3E+08 6,4E+09 4 5,8E+08 -5,8E+08 5,8E+09 5 5,3E+08 -5,3E+08 5,3E+09 6 4,8E+08 -4,8E+08 4,8E+09 7 4,3E+08 -4,3E+08 4,4E+09 8 4,0E+08 -4,0E+08 4,0E+09 9 3,6E+08 -3,6E+08 3,6E+09 10 3,3E+08 -3,3E+08 3,3E+09 ... ... ... ... 98 8,0E+04 -8,0E+04 8,1E+05 99 7,3E+04 -7,3E+04 7,3E+05 100 6,6E+04 -6,6E+04 6,7E+05 Se os padrões de consumo no Brasil continuarem como os observados em 2008, não haverá mais petróleo após, aproximadamente, 45 anos! Neste exemplo J = 0, ou seja, não há fluxo de entrada. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELO Conclusões: Vimos que as diferentes opções para o futuro dependem da capacidade Do meio ambiente em fornecer materiais e energia ; Dos seres humanos perceberem e compreenderem que o desenvolvimento depende dos fluxos provenientes da natureza e é limitado por eles. Os engenheiros sabem que tudo está baseado em energia Quando a energia disponível é abundante, há crescimento; Se as fontes de energia são exploradas a uma velocidade superior àquela que o planeta tem condição de regenerar, o crescimento tem de parar. Na busca pela sustentabilidade, os engenheiros devem Conhecer as fontes de energia ; Avaliar sua disponibilidade de acordo com modelos quantitativos que permitam prever e acompanhar o uso de cada tipo de energia. Vimos que a fonte de energia que move o planeta tende a esgota-se em menos de dois séculos se sua utilização se mantiver nos mesmos padrões de 2007. Uma das propostas da humanidade para resolver este problema é a utilização de fontes de energia renováveis capazes de substituírem o petróleo Faz-se necessária a utilização de modelos de crescimento que usem fonte de energia renovável. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Um modelo de crescimento que utilize uma fonte de energia renovável deve possuir, por exemplo, uma unidade autocatalítica baseada em fluxo externo e limitado de energia. O crescimento de biomassa (folhas, troncos, raízes, animais, bactérias, etc) de uma floresta, por exemplo, utiliza os fluxos de entrada regular de luz solar Este tipo de fonte de energia é renovável, porém extremamente limitado; A maneira como esta luz solar é utilizada não pode afetar o seu fluxo; Uma floresta que utiliza a luz solar cresce, aumentando a sua biomassa até utilizar quase toda a luz solar disponível a cada dia; Quando a quantidade de biomassa que cresce for igual à quantidade que entra em decomposição, a quantidade estocada de biomassa Q se torna constante, e o sistema entra em estado estacionário. Diagrama de sistemas do modelo de crescimento utilizando uma fonte renovável. À esquerda o diagrama completo e, à direita, o diagrama simplificado em que k3 = k1 – k2. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO J = fluxo constante de entrada de energia (luz solar) R = energia que está disponível para uso adicional Q = quantidade de energia estocada k = constante indicativa do aumento de fluxo No exemplo da floresta, a produção de biomassa (k1 x R x Q) é proporcional à luz disponível (k0 x R x Q) e à quantidade de biomassa (Q) que já está crescendo DQ = k1 x R x Q – k2 x R x Q - k4 x Q = k3 x R x Q – k4 x Q k1 x R x Q é a contribuição positiva do fluxo de produção e k2 x R x Q a retroalimentação do estoque Como em muitos outros modelos de crescimento autocatalítico, a produção e a retroalimentação são combinadas como um fluxo de produção líquida (k3 x R x Q), onde k3 = k1 – k2 A morte e decomposição de biomassa (k4 x Q) é proporcional à biomassa estocada (Q) da floresta A equação para a variação da biomassa da floresta em cada iteração DQ é: C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO A quantidade de biomassa, a cada instante, é dada pela biomassa inicial (Qi) somada a variação DQ durante o intervalo de iteração DT: Q = Qi + DQ x DT Tempo R Variação do estoque DQ T+DT J/(1 + k0 x Q) Q+DQ k3 x R x Q - k4 x Q 0 34,653 0,100 0,000 1 34,555 0,129 0,029 2 34,431 0,165 0,037 3 34,272 0,212 0,047 4 34,072 0,272 0,060 5 33,820 0,349 0,076 6 33,506 0,446 0,097 7 33,117 0,569 0,123 8 32,640 0,723 0,154 9 32,064 0,916 0,193 10 31,378 1,154 0,239 ... ... ... ... 50 7,532 36,469 0,584 ... ... ... ... 60 6,856 41,054 0,368 ... ... ... ... 100 6,102 47,362 0,051 ... ... ... ... 200 6,001 48,327 0,000 ... ... ... ... 300 6,000 48,333 0,000 ... ... ... ... 400 6,000 48,333 0,000 ... ... ... ... 500 6,000 48,333 0,000 Modelo de crescimento utilizando uma fonte renovável Inicialmente, o crescimento de biomassa da floresta Q é quase exponencial. A quantidade de biomassa armazenada Q chega ao estado estacionário no momento em que a luz se torna limitante e a produção equilibra as perdas devido a depreciação, dispersão, etc. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Como o aumento do sol e da chuva afetaria o crescimento de uma floresta representada por este modelo? Modelo de crescimento utilizando uma fonte renovável Q = 0,10; J = 70; k1 = 0,01 e k4= 0,06 Q = 0,10; J = 19; k1 = 0,01 e k4= 0,06 Quando o fluxo de entrada de energia (J) é elevado, a quantidade de biomassa (Q) aumenta mais rapidamente e o estoque de biomassa (Q+DQ) da floresta madura é maior. Quando o fluxo de entrada de energia (J) é pequeno, a quantidade de biomassa (Q) aumenta mais lentamente e o estoque de biomassa (Q+DQ) da floresta madura é menor. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Considerando-se que uma floresta esteja em fase de crescimento de arbustos, esta suportará maior quantidade debiomassa? Modelo de crescimento utilizando uma fonte renovável Q = 0,10; J = 70; k1 = 0,01 e k4= 0,06 Sim, a diferença observada é apenas no início de dados do eixo vertical. Isto significa que a quantidade de biomassa armazenada (Q+DQ) é dependente do fluxo de entrada de energia (J) e independe da quantidade de biomassa inicial (Qi). Q = 25,00; J = 70; k1 = 0,01 e k4= 0,06 C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO O que aconteceria se uma dada floresta apresentasse elevado nível de decomposição? Modelo de crescimento utilizando uma fonte renovável Q = 0,10; J = 70; k1 = 0,01 e k4= 0,06 A curva da floresta com elevado nível de decomposição cresce mais lentamente e atinge um armazenamento de biomassa (Q+DQ) menor que a floresta original. Isto significa que, com a mesma quantidade de biomassa inicial (Q) e maior taxa de decomposição (k4), a floresta não poderá desenvolver um estoque de biomassa (Q+DQ) tão elevado como a floresta original. Q = 0,10; J = 70; k1 = 0,01 e k4= 0,12 C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Modelo de crescimento utilizando uma fonte lentamente renovável Este tipo de modelo apresenta dois estoques de energia em série, isto é, o fluxo de entrada de energia (J), vindo de uma fonte externa para o sistema, e acumula-se no primeiro estoque (E) que, por sua vez, alimentará o segundo estoque (Q). Tempo Variação de E Variação Q DQ DE T+DT E+DE Q+DQ 0 159,000 3,000 0,000 0,000 1 158,456 3,387 0,387 -0,544 2 157,798 3,822 0,435 -0,658 3 157,014 4,311 0,488 -0,784 4 156,090 4,858 0,547 -0,924 5 155,013 5,471 0,613 -1,077 ... ... ... ... ... 10 146,780 9,733 1,034 -2,079 ... ... ... ... ... 50 21,396 51,287 -0,420 -0,481 ... ... ... ... ... 60 19,498 46,476 -0,492 -0,030 ... ... ... ... ... 100 24,436 33,064 -0,190 0,141 ... ... ... ... ... 200 30,049 28,226 0,001 0,003 ... ... ... ... ... 300 30,003 28,335 0,000 0,000 ... ... ... ... ... 400 30,000 28,333 0,000 0,000 ... ... ... ... ... 500 30,000 28,333 0,000 0,000 C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Modelo de crescimento utilizando uma fonte lentamente renovável Neste exemplo, inicia-se com uma grande reserva (E) acumulada antes da unidade consumidora utilizá-la. O estoque da unidade de consumo (Q) cresce rapidamente retirando cada vez mais energia e reduzindo a reserva E. Com menos energia disponível, a quantidade acumulada (Q) diminui e a reserva recupera-se um pouco, pois recebe o fluxo de energia externa (J). Este modelo pode representar a maneira com que os recursos estão suprindo a nossa sociedade consumidora de energia; O tanque de reserva E representa os estoques de carvão, óleo, gás natural, solo, madeira e minerais. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Modelo de crescimento utilizando uma fonte não renovável E é o estoque de recursos não-renováveis utilizados pelos consumidores Q a uma taxa ko x E x Q, que depende tanto da quantidade de recursos E (p.e., madeira) como da quantidade de consumidores armazenados em Q (p.e, besouros). A produção de consumidores (besouros, k1 x E x Q) é função da quantidade de recursos E e da de consumidores Q. O termo k2 x E x Q representa a retroalimentação dos consumidores. A variação na quantidade de consumidores em Q resulta de um balanço entre a produção, a retroalimentação e as perdas k4 x Q (dispersão e mortalidade). Os fluxos de produção e retroalimentação no loop autocatalítico são combinados em um único termo, k3 x E x Q, onde k3 = k1 – k2. Ao final de cada ciclo (DT), a quantidade dos consumidores Q (besouros) é igual ao número inicial de besouros (Qi) somado a DQ e multiplicado pelo intervalo de tempo do ciclo: Q = Qi + DQ x DT C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Modelo de crescimento utilizando uma fonte não renovável O que aconteceria com a população de besouros (Q) se a derrubada de árvores, na tempestade, fosse maior? Q = 0,10; E = 160; k3 = 0,001 e k4= 0,03 Q = 0,10; E = 250; k3 = 0,001 e k4= 0,03 Aumentando a derrubada de árvores (E), a quantidade de besouros (Q) cresce mais rapidamente e desenvolve grande estoque. No entanto, a duração do evento permanece inalterada. Isto significa que haveria um aumento momentâneo da população de besouros. C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Modelo de crescimento utilizando uma fonte não renovável O que aconteceria com os troncos (E) e besouros (Q) se a população de besouros fosse 100 vezes maior? Q = 0,10; E = 250; k1 = 0,001 e k4= 0,03 A madeira (E) seria utilizada mais rapidamente e, consequentemente, os besouros seriam produzidos, também, mais rapidamente. Q = 10,0; E = 250; k3 = 0,001 e k4= 0,03 C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Modelo de crescimento utilizando uma fonte não renovável Que efeito seria causado se a espécie de besouros tivesse um crescimento menos eficiente? Q = 10,0; E = 160; k1 = 0,0015 e k4= 0,03 A madeira (E) seria totalmente utilizada quando uma grande população de besouros se desenvolve. Se a taxa de crescimento (k1) é menos eficiente, a quantidade de besouros aumenta lentamente e a madeira não será totalmente consumida. Q = 10,0; E = 160; k1 = 0,0003 e k4= 0,03 C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Modelo de crescimento utilizando uma fonte não renovável Que efeito seria causado se houvesse um aumento na taxa de mortalidade de besouros? Quando há aumento na mortalidade de de besouros (k4), a quantidade de besouros armazenada (Q) diminui e a reserva (E) é utilizada mais lentamente. Para esta simulação, ainda sobrariam troncos Q = 10,0; E = 160; k1 = 0,001 e k4= 0,06 Q = 0,10; E = 160; k1 = 0,001 e k4= 0,03 C u r s o d e E n g e n h a r ia B á s ic o P ro fa S il v a n ia M a ri a N e tt o MODELOS de CRESCIMENTO Modelo de crescimento utilizando 2 fontes: renovável e não renovável E é o estoque de energia não-renovável, localizado fora do sistema, que diminui com o uso (k4 x E x Q). No símbolo de interação, parte da energia é transformada em fluxo de produção (k7 x E x Q). J é a fonte renovável, cujo fluxo de energia é dado por ko x R x Q. O segundo símbolo de interação é usado para gerar o fluxo de produção k3 x R x Q. R representa a energia renovável, ou seja, a diferença entre o fluxo de entrada(J) e a sua utilização. O estoque (Q) resulta do balanço entre os fluxos de entrada de produção e as perdas (k8 x Q), proporcionais ao estoque. A produção bruta e os loops de retroalimentação da produção estão combinados com um coeficiente representando as combinações da produção líquida (k7 e k3).
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