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Como se alimentar no período da amamentação

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5Como se alimentar no período da amamentação?
09/12/2014
O que uma mulher que amamenta pode ou não pode comer? Muita gente dá palpite e há recomendações contraditórias. Pode ou não pode tomar café? É verdade que alguns alimentos dão cólica no bebê? 
O que devo comer agora que estou amamentando? 
Continue a cultivar os hábitos saudáveis de alimentação que procurou ter durante a gravidez. Mantenha uma dieta rica em grãos e cereais integrais, frutas e verduras, e alimentos que sejam boas fontes de proteínas, cálcio e ferro. É claro que uma guloseima de vez em quando não faz mal a ninguém. 
O consumo de gorduras saudáveis é benéfico para o bebê: abacate, azeite, castanhas, sementes e peixes gordurosos como o salmão são bons exemplos. Evite as gorduras saturadas (frituras, manteiga, gordura vegetal). 
Muitas mulheres sentem mais fome na fase em que amamentam o que faz todo o sentido, já que o corpo está dando o maior duro 24 horas por dia para produzir o leite do bebê. 
Tenha o hábito de comer um pequeno lanche nutritivo como uma vitamina de iogurte batido com frutas, uma barrinha de cereais ou uma torrada com queijo entre as mamadas, a fim de manter a fome sob controle e seus níveis de energia mais altos.
Preciso tomar mais água que o normal? 
Apesar de ter que se manter bem hidratada, você não precisa ficar contando quantos copos d?água toma durante o dia. Seu corpo vai se encarregar de avisar quando você precisa de água: os hormônios envolvidos na amamentação provocam a sensação de sede. 
Quando for se posicionar para amamentar, já leve com você um copo ou uma garrafinha de água. 
Se sua urina estiver bem clara, é um bom sinal de que você está tomando uma quantidade adequada de líquidos. 
Já posso voltar a tomar café ou tomar bebidas alcoolicas? 
Substâncias como cafeína e álcool podem passar da corrente sanguínea para o leite, por isso evite excessos. A nicotina dos cigarros também vai parar no leite. 
Um cafezinho por dia não fará mal ao bebê. No caso das bebidas alcoolicas, o melhor é evita-las ou tomar um pouquinho só em ocasiões especiais. 
Caso tenha que tomar alguma medicação, verifique com seu médico se é adequada para mães que amamentam. 
É verdade que alguns alimentos dão cólica no bebê? 
Muitas mães observam que, quando comem determinados alimentos, o bebê fica mais irrequieto e com sintomas de cólica. 
Confie na sua observação. Se o bebê ficou irritado a troco de nada, pense no que você comeu nas últimas horas e experimente eliminar esse alimento da sua dieta por alguns dias, para ver se melhora. Depois, você pode fazer o experimento contrário, e comer o alimento suspeito para ver se o bebê sente alguma coisa. 
Se você perceber que um prato cheio de alho ou um chocolate não perturbaram em nada seu filho, vá em frente. 
Vale notar que entres os suspeitos mais comuns de causar cólica estão brócolis, feijão, repolho, cebola e leite de vaca. 
Caso o bebê seja alérgico a algo que você consumiu, ele poderá ter uma reação cutânea, um incômodo respiratório (um barulho parecido com um apito ao respirar, ou congestão) ou fezes alteradas (verdes ou com muco). Se isso persistir, procure seu pediatra. 
Preciso continuar tomando vitamina? 
Converse com seu ginecologista/obstetra para saber se deve continuar tomando a vitamina pré-natal. Você também pode pedir a orientação do pediatra do seu filho. Muitas vitaminas pré-natais já são preparadas para cobrir também o período da amamentação. 
Mas lembre-se de que a vitamina não substitui uma alimentação rica e variada. 
Posso começar a fazer regime enquanto amamento? 
Não é recomendável começar a fazer dieta enquanto o bebê tem menos de 2 meses. O melhor é perder peso aos poucos, através de uma alimentação saudável combinada a uma rotina de exercícios físicos. 
A perda rápida de peso (mais de 1 quilo por semana) pode até representar um risco ao bebê, porque às vezes leva à liberação de toxinas normalmente armazenadas na gordura do corpo para a corrente sanguínea, elevando a quantidade dessas substâncias presentes no leite. 
A amamentação por si só já ajuda a queimar a gordura da gravidez, por usá-la na produção do leite. 
Procure comer sempre que tem fome. Fazer um regime radical, com calorias reduzidas, pode acabar com sua energia e afetar sua produção de leite. 
Conte que você vai levar de dez meses a um ano para voltar à forma de antes da gravidez. Se mesmo assim decidir moderar um pouco na alimentação, espere pelo menos o bebê completar 2 meses. 
AMAMENTAÇÃO COMO ATO PSICOSSOCIAL
Por: Viviane Borges Louzada 
AMAMENTAÇÃO COMO UM ATO PSICOSSOCIAL
      
 
Monografia apresentada como requisito parcial a obtenção do título de bacharel em Psicologia,
 da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE.
Governador Valadares 2008
                                                    
 
1- INTRODUÇÃO
O trabalho proposto teve como objetivo pesquisar a amamentação e todo o processo envolvido nessa ação, e buscou analisar as alterações tanto psicológicas quanto sociais que a classificam como um ato psicossocial. Para tanto, objetivos específicos foram desenvolvidos durante a pesquisa tais como: a identificação do papel do psicólogo na amamentação frente a uma equipe multiprofissional; caracterização da amamentação como um ato biopsicossocial, e compreensão de como se dá o processo do vínculo na amamentação, e como este ato fortalece os laços afetivos entre mãe e filho. Portanto, o problema investigado a partir deste trabalho foi: “Como ocorre o processo da amamentação e qual o papel do psicólogo neste contexto?”.
O interesse pela pesquisa se deu a partir de uma vivência pessoal e de grande interesse pelo tema, em favor da necessidade de compreender a relevante importância de tal prática, além de perceber como um ato tão natural e vantajoso para todos, sofreu ao longo do tempo influências a ponto de ser quase esquecido.
Apesar da escassez de estudos em psicologia relacionados com o tema, o estudo em questão é de grande relevância, por ser um assunto motivador, que possibilita a busca de conhecimento sobre o aleitamento materno, a fim de verificar a importância do psicólogo atuando nesta área.
Vale ressaltar que é muito importante a atuação do profissional – psicólogo, na fase da amamentação, pois a mãe necessita adquirir conhecimentos sobre os aspectos biológicos, sociais e psicológicos que a norteiam nesta fase tão única. Portanto, o profissional deve conhecer cada um desses aspectos para trabalhar terapeuticamente, preventivamente e pedagogicamente.
Acredita-se que por meio de um estudo desta natureza pode-se fazer compreender a total importância do papel que o psicólogo exerce sobre a fase da amamentação, ajudando essas mães a adquirir uma autoconfiança, a ponto de elas conseguirem transpor todos os obstáculos que possam surgir no decorrer desse processo, dessa forma, resgatando a prática da amamentação.
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi uma pesquisa bibliográfica com analise descritiva, através de leitura de livros e materiais. Tendo em vista a importância da amamentação, o estudo pretende demonstrar o papel do psicólogo inserido na amamentação, dando apoio para que mãe e bebês estabeleçam o aleitamento materno. Para tanto, a pesquisa foi desenvolvida em três capítulos:
No capítulo 1 foi abordado o conceito sobre a amamentação, dando enfoque sobre a história do aleitamento materno, desde os primórdios até os dias atuais. Analisou-se como o processo da amamentação, e porque se deve amamentar.
No capítulo 2, o destaque foi dado ao processo do aleitamento materno como um ato biológico social e psicológico, levando em conta os obstáculos existentes que podem levar ao desmame.
No capítulo 3 foi feito considerações sobre os aspectos psicológicos que envolvem o período da amamentação, assim como o vínculo afetivo entre mãe e filho e o papel do psicólogo na amamentação.
A partir da execução deste trabalhoficou clara a importância de se compreender todo o processo da amamentação através de ações preventivas de conscientização que podem ser realizadas pelo profissional da psicologia, dentro de uma equipe multiprofissional.
 
2- AMAMENTAÇÃO
 
2. 1 - HISTÓRIA DA AMAMENTAÇÃO
Segundo Vieira (2008), o ser humano está geneticamente programado para a amamentação, pois em 99,9 % da sua existência na terra, amamentou seus descendentes. A amamentação apesar de ser biológica deixou de ser praticada por influências socioculturais; “O homem é o único mamífero que dá o leite de outra espécie animal para seu próprio filho! E isto (...) não é inócuo; causa problemas, às vezes para o resto da vida!” (MARTINS FILHO, 1987, p. 14).
Dentro desse contexto, Bueno e Teruya, acrescentam:
Apesar de pertencer à classe dos mamíferos, o ser humano distanciou-se muito de nossas origens, deixando de amamentar seus filhos e por isso paga um ônus que vai desde uma simples suscetibilidade às doenças até à morte. A amamentação assegura proteção à saúde não só para as crianças, como também para suas mães, assim como fortalece o vínculo afetivo entre eles. A amamentação propicia também a economia para famílias, instituições de saúde, governos e nações. (BUENO E TERUYA, 2008, p.155).
...
 
2.2- O QUE É A AMAMENTAÇÃO
 
O termo amamentação se difere do aleitamento materno, pois o conceito da amamentação é o ato da mãe dar diretamente o peito para o bebê mamar e o aleitamento materno se refere ao meio pelo qual a criança recebe o leite de sua mãe, que pode ser pela mama, pelo copinho, pela colherzinha, pelo conta-gotas e até mesmo pela mamadeira (REGO, 2008, p.17):
A amamentação não é apenas uma técnica alimentar: é muito mais do que a simples passagem do leite de um organismo para o outro, ainda que diretamente ao seio. Ela é um rico processo de entrosamento entre dois indivíduos um que amamenta e o outro que é amamentado. A amamentação não só é propiciada como também propiciadora de uma gama de interações facilitadoras de formação e consolidação do vínculo mãe-filho. A participação da família, em especial do pai, tem grande influência na amamentação (REGO, 2008, p.17).
            O leite materno é o melhor alimento para o bebê, pois é especialmente produzido para a espécie humana. De acordo com Martins Filho (1987) todo ser mamífero produz leite especial para atender às necessidades de crescimento e maturação do bebê de cada espécie. Dessa forma, “cada mamífero produz um tipo de leite que é bom para seu filhote. Assim, o leite de égua para o potro, o da gata para o gatinho, o da vaca para o bezerro, o da mulher para o seu bebê” (MURAHOVSCHI, 1997, p. 13).
...é tão maravilhosa essa adaptação, que vários trabalhos de investigação recentemente têm demonstrado que as mães de bebês prematuros produzem leites especiais. Adaptados às suas necessidades especiais, tais leites costumam ter maior concentração de proteínas, principalmente no colostro, e em maior quantidade (....), portanto o melhor leite para um prematuro é o de sua própria mãe (MARTINS FILHO, 1987, p. 18).
...
 
2.3 - PSICOFISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
 
...
 
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA AMAMENTAÇAO E A INSERÇÃO DO PSICÓLOGO NESTE PROCESSO
 
4.1 - VÍNCULO MÃE E FILHO NA AMAMENTAÇÃO
Segundo Klaus et al (2000), o recém-nascido depende totalmente dos pais para seu desenvolvimento e sua sobrevivência. Por isso que neste período é muito importante uma elaboração de um vínculo entre pais e bebês. O vínculo pode ser definido como um elo entre os pais e a criança, enquanto que o termo apego refere-se ao elo da criança com os pais, mas ambos os termos descrevem o processo do vínculo.
A amamentação é uma ligação muito forte entre mãe e filho. É um contato intimo de pele a pele e olhos nos olhos, que possibilita a dupla sentir um enorme prazer neste ato, um amor que aumenta a cada mamada e se constrói em uma base firme vinculando pra sempre mãe e filho.
Esse ato traz inúmeras vantagens do ponto de vista emocional. É uma interação rica entre mãe e filho que proporciona uma mútua satisfação, suprindo o vazio e a ruptura do pós-parto: “Há estudos que mostram que, quando o bebê lambe o seio ou massageia, a liberação do hormônio Ocitocina provoca na mãe sonolência leve, euforia, aumento de tolerância à dor e “aumento do amor” pelo filho” (FALCETO, 2006, p. 61).
De acordo com Klaus et al (2000), o inicio da formação do vínculo entre pais e bebês que começam durante a gravidez. A construção deste processo é influenciada pelos sentimentos dos pais em relação a essa gravidez e qualquer alteração que possa ocorrer durante essa fase virá retardar o vínculo entre os pais e bebês. Quando ocorre tudo bem nesse período, fortalece gradualmente os laços entre pais e bebês.
Dessa forma, de acordo com o autor citado acima a vinculação materna é um processo gradual de envolvimento de determinadas competências por parte do bebê, pelo que o bebê participa na ligação afetiva que a mãe vai ter com ele. O mesmo será dizer que o comportamento do bebê interfere na vinculação materna que por isso não é um processo unidirecional.
Segundo Bertoldo e Santos (2008), os neurofisiologistas concluíram que os elevados níveis de ocitocina liberados acompanhado com a prolactina colaboram para o aumento do amor materno e essas ações comportamentais desses hormônios sugerem que a amamentação facilita a relação mãe e filho, promovendo o vínculo afetivo, contribuindo assim nesse período um aumento do prazer e da felicidade da mãe.
Lana (2001) descreve que nos primeiros momentos após o parto acontecem níveis muito altos de ocitocina durante as mamadas. Este momento é chamado período sensitivo, pois é critico para o estabelecimento do vínculo afetivo mãe e filho, e se não for aproveitado, este vínculo poderá não ser intenso. O período sensitivo é um momento que a mãe está mais disposta e ativa na interação com o bebê e as crianças que usufruem deste período de maior sensibilidade da mãe tem seu desenvolvimento e personalidade favorecidos. O contato mãe-filho neste período pode alterar o comportamento posterior da mãe com seu filho. Portanto o vínculo mãe e filho é um processo que deve ser iniciado logo após o parto o mais cedo possível.
O autor citado acima, diz que mesmo se não tivesse o hormônio da ocitocina à amamentação determinaria por si só um vínculo muito maior do que o conseguido com a mamadeira, pois quando a criança mama ao seio ela tem um contato com a mãe mais prolongado, calorosos, aconchegantes e mais freqüentes. O contato físico para o bebê é um estímulo agradável e possibilita-lhe alcançar mais plenamente suas potencialidades, sendo uma necessidade biológica e vital. O vínculo quando é estabelecido é tão poderoso, que proporcionam as essas mães fazerem qualquer sacrifício pelos seus filhos. E isso é “Para o resto da vida, a força e a qualidade deste vínculo influenciarão a qualidade de todos os futuros vínculos que serão estabelecidos pela criança com outras pessoas” (LANA, 2001, p.54).
Este contato que a amamentação proporciona é um momento de proximidade, um vínculo emocional que ajuda a criança a se desenvolver e se relacionar com outras pessoas. Os benefícios emocionais do leite materno são indubitáveis, pois o bebê que acaba de nascer não consegue sobreviver sem afeto, carinho e cuidados. (CARVALHO E TAMEZ, 2002).
É na amamentação que esse afeto, toque e carinho é maior, pois o bebê receberá da mãe um contato intimo de aconchego e calor, os mesmos que sentia no útero da mãe, numa relação de continuidade, proporcionando a dupla mãe-filho estreitar os laços de afetividade.
O recém nascido durante as mamadas vivencia sensações bem parecidas de quando estava no útero de sua mãe, como as batidas do coração materno, o seu calor, o seu cheiro, prazer pelo contato com o seio materno, além de satisfazer sua fome: “A mãe capta a angústia do recém-nascido, dilui esse sentimento e devolve o bem-estar ao recém-nascido. É graças a esse processo que uma mãe consegue fazer cessar o choro de seu recém-nascidoapós tentativas fracassadas de outras pessoas” (BORTOLLETI ET AL, 2008, p. 366).
A amamentação fortalece o vínculo mãe e filho, pois é através dela que “... nutrem-se seres em seus primeiros estágios de desenvolvimento e solidificam-se relações interpessoais, formando vínculos e condições que facilitam a sobrevivência e a caminhada em direção à maturidade” (COUTINHO E TERUYA, 2006, p. 5).
Além disso, é uma maior interação entre mãe e filho, pois o contato de pele após o parto e durante a amamentação exclusiva favorece o desenvolvimento do apego e reduz o índice de rejeição e abandono. As crianças privilegiadas por este contato precoce com suas mães após o parto são mais tranqüilas, menos ansiosas e sofrem menos estresse causado pela separação do corpo materno:
A maior recompensa (...) da amamentação é o contato íntimo, freqüente e prolongado entre mãe e filho, que, além de ser por si só muito gratificante para ambos, resulta num estreito e forte laço de união entre eles. A conseqüente maior ligação mãe-filho na amamentação possibilita melhor compreensão das necessidades do bebê, facilitando o desempenho maternal. Além disto, a amamentação ajuda a transição gradual de bebê dentro e fora da barriga, importante para o bebê e para a mãe (LANA, 2001, p. 143).
De acordo com Pryor (1981) a união da dupla na amamentação é concedida através do afeto mútuo. Quando esta união é estabelecida, torna-se difícil desfazê-la e tanto a mãe quanto o bebê necessitam um do outro tanto física quanto emocionalmente. A criancça tem uma necessidade física de leite, mas a sua necessidade emocional é igualmente forte, pois precisa de contato com a mãe, de amor e de tranqüilidade, que é recebido enquanto mama através de todos os sentidos. A mãe também tem uma necessidade física que é de aliviar os seios cheios de leite e essa sensação de estar com os seios repletos faz com que a mãe anseie pelo filho e pela satisfação de alimentá-lo:
Mas talvez mais do que tudo, a mãe – como o bebê – precisa receber alguma demonstração de ser amada; e o comportamento de um bebê, ainda que muito novinho, quando está no seio, é uma prova positiva disto. Sua avidez é encantadora; contagiante é o seu ditoso prazer, e sua saciedade satisfeita, um cumprimento cômico. Com o correr dos dias, o amor que sente pela mãe torna-se consciente e intenso. O bebê de três meses fica fixando o olhar no rosto da mãe todo o tempo enquanto mama, procurando seus olhos e amando-a com toda sua alma. Com cinco ou seis meses, brinca enquanto está no seio, remexendo num cordão ou num botão de vestido da mãe, dando-lhe tapinhas amorosos. Sorri com o canto da boca, põe a mão nos lábios da mãe para que esta a beije mostra a ela em todas as mamadas o quanto a ama. É uma experiência realmente incrível! A vida não é assim toda feita de um amor verdadeiro, a ponto de podermos considerá-lo algo comum, sejam quais forem as circunstancias. Não surpreende às mães que amamentam saber que, em geral elas têm famílias mais numerosas do que as mães que não amamentam. (PRYOR, 1981, p. 16-17)
Muitas mulheres que amamentam por um período prolongado revelam que a relação com o filho é muito boa, diferente e intensa, sendo motivo de orgulho. E esse contato íntimo freqüente e prolongado é que desenvolve um forte vínculo afetivo entre a mulher e seu bebê favorecendo esta ligação. (BERTOLDO E SANTOS , 2008).
“O vínculo mãe-filho, fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança, é fortalecido pela amamentação, que proporciona grande variedade de estímulos ao recém-nascido e interações mais intensas com sua mãe” (PEDROSO, PUCCINI, 2008, p. 45).
Pryor (1981) afirma que não pretende dizer que a mãe e bebê que não passaram pela experiência da amamentação não se amem, mas a dupla bem estabelecida na amamentação sente algo diferente um pelo outro. As mães que deram mamadeiras para um ou dois filhos e que descobriram que podiam amamentar filhos posteriores tem uma consciência bem grande sobre este fato. Quando há a amamentação a intimidade física dessa prática dispensa todos os obstáculos que sempre existiam entre indivíduos e de uma forma tal que nenhum esforço consciente por parte da mãe consegue igualar:
A dupla de amamentação aprendeu a trabalhar em conjunto como equipe na hora das mamadas e essa compreensão mútua estende-se para todos os demais contatos que vierem a fazer. É por isso que as mães dizem que um bebê que mama no seio é “mais fácil”. A “facilidade” consiste - além de não precisar cuidar dos incômodos todos representados pela mamadeira – em sentir como é agradável e boa a companhia do bebê. O bebê de peito normalmente vai com a mãe a qualquer parte, não só por precisar do leite materno, mas também por não dar “trabalho” e, principalmente, porque a mãe sente sua falta quando estão longe um do outro, mesmo que seja por poucas horas. Esse relacionamento pode continuar a ser uma parte da relação mãe-criança, muito tempo após o desmame (PRYOR, 1981, p.17).
Segundo Lana (2001) O amor de mãe e filho não é recíproco por natureza, mas é construído aos poucos a cada contato. E a qualidade destes contatos terá influencia na vida do bebê atualmente e futuramente também, favorecendo o relacionamento com outras pessoas no decorrer de sua vida e na sua capacidade de ser feliz. No entanto, isso não significa que o bebê que não foi amamentado será infeliz, pois nenhum bebê é feliz sendo amamentado por uma mãe indisposta, ansiosa, culpada e deprimida, ele poderá até estar sendo bem nutrido fisicamente, mas não será nutrido emocionalmente. Portanto deve se criar condições para que as mães possam amamentar com alegria e tranqüilidades os seus filhos:
O ambiente que cerca a relação mãe-filho contribui para a qualidade da reatividade de ambos: num ambiente em que a mãe é cercada de pessoas hostis e críticas ou que é excessivamente turbulento e confuso, a ansiedade materna e, conseqüentemente a inquietação do bebê serão maiores (...) Em contraste, se a mãe é cercada de pessoas que realmente conseguem ajudá-la e apoiá-la, os sentimentos de autoconfiança e satisfação emocional tendem a aumentar, assim como a disposição de dar afeto ao bebê (MALDONADO, 2002, p. 52).
Para Klaus et al (2000), o vínculo é desenvolvido no decorrer de todo período da gravidez, do nascimento e do pós-parto. Este vínculo afetivo fortalece as relações, o apego da criança com os pais e na independência futura da criança.
De acordo com Coutinho e Teruya (2006), inúmeros estudos têm procurado compreender a relação da amamentação com o vínculo mãe – bebê. Porém, nota-se que no decorrer das ultimas décadas, as mudanças culturais aliadas a condutas médicas interferiram nesta relação. O contato precoce da mãe e filho, dentro das primeiras horas de vida, pode influenciar na relação da mãe com o seu bebê. Este contato que se estabelece na amamentação de “pele a pele” e “olho no olho” são formas de interação que ajudam para a formação dos laços afetivos, para a saúde mental. Coutinho e Teruya (2008) apud Fergusson (1999), relatando que observou isso em crianças que foram amamentadas, após 15 a 18 anos. O resultado disso foi, que essas crianças apresentavam alto nível de apego familiar, e suas mães se mostravam carinhosas e não tão superprotetoras.
Os profissionais capacitados para amamentação devem ajudar mãe e filho a estabelecer o mais rápido possível esse vínculo, criando condições para que a amamentação ocorra durante a primeira hora pós-parto e que seja estabelecido o alojamento conjunto, além de ajudar essas mães através de aconselhamentos e quebrando possíveis obstáculos que poderão surgir nesse período.
 
4.2 – PAPEL DO PSICÓLOGO NA AMAMENTAÇÃO
O papel do psicólogo na amamentação consiste em ajudar a mãe-nutriz, atuando nos aspectos emocionais envolventes neste período. É essencial que haja a atuação do psicólogo nesta fase da vida da mulher, estimulando as mães à prática da amamentação, informando, conscientizando sobre todos os benefícios e facilidade para seu êxito, assim, promovendo orientações e aconselhamentono pré-natal e pós-parto. Dessa forma o psicólogo, juntamente com uma equipe multidisciplinar se torna responsável pelo sucesso da amamentação, evitando assim possíveis problemas que resultaria em um desmame precoce.
Figueiredo (2006) relata que várias pesquisas demonstram que quando o profissional de saúde realiza aconselhamento e encorajamentos apropriados, as taxas de inicio e duração da amamentação podem ser aumentadas. Dessa forma para que se tenha sucesso com o aleitamento materno faz-se necessário que os profissionais de saúde estejam prontos a proteger, apoiar e promover o aleitamento materno, através de suas habilidades clínicas e de aconselhamento.
Lana (2001) destaca que é muito importante promover a amamentação, mas não existe sucesso nesta promoção sem o apoio e a proteção. Portanto é preciso que se criem condições para solucionar os problemas que possam surgir, e isso significa dar apoio. A proteção significa cuidar para que nenhum obstáculo seja colocado no caminho da amamentação. Dessa forma, a promoção, o apoio e a proteção devem ser dados no pré-natal, no pós-parto e no mínimo durante os dois primeiros anos de vida da criança.
Segundo Bueno e Teruya (2008), a compreensão da diferença entre o simples ato de aconselhar e aconselhamento é essencial, pois quando se dar conselho ou se aconselha significa dizer à pessoa o que ela deve fazer e o aconselhamento é uma maneira da atuação do profissional que escuta e procura entender e compreender a mãe através dos seus conhecimentos e oferece apoio, ajudando a mãe a planejar e tomar decisões e se fortalecer para que possa combater as pressões e assim aumentar a sua auto-estima e autoconfiança. A principal idéia do aconselhamento em amamentação é estabelecer entre profissional e mãe uma ação construtiva e uma facilitação na comunicação.
De acordo com Bertoletti et al (2008), a gravidez e o pós-parto é um período considerado o auge do desenvolvimento psicossexual feminino. O período da amamentação fecha esse ciclo, aprovando a identidade feminina da mulher. Por isso que qualquer obstáculo nesta fase poderá atingir diretamente na sua auto-estima, que naturalmente se encontrará vulnerável aos transtornos emocionais. O psicólogo deverá atuar no ciclo gravídico-puerperal, estando comprometido com a prevenção desses, pois o aleitamento materno tem sua atuação ligada diretamente nesse aspecto.
Os aspectos emocionais pelos qual a mãe passa é um fator muito importante para o sucesso da amamentação, pois “... não basta colocar o bebê no peito para que o leite vá sendo produzido, vá descendo. Colocar o bebê no peito não é tudo. Há que se levar em conta as emoções vivenciadas pela dona do peito” (LANA, 2001, p.114). O pós- parto por ser uma época de profundas mudanças emocionais na mãe pode torná-la mais emotiva e sensível. Portanto as emoções negativas poderão prejudicar a “descida” do leite através da inibição do reflexo ocitocina e as emoções positivas como a calma, tranqüilidade e confiança fazem com que aumente os níveis da liberação de ocitocina e ajudam no processo da amamentação.
Maldonado (2000) descreve que na amamentação poderão surgir nas mães fantasias, medos e emoções em relação à qualidade de seu leite e de sua competência em cuidar do seu bebê. Porém as emoções tem influencia sobre os mecanismos psicossomáticos da lactação. A calma, confiança e a tranqüilidade ajudam à efetividade de uma boa amamentação, porém quando a mãe está sofrendo dor, tensão, medo, depressão, tensão, fadiga, ansiedade, pode ocorrer prejuízos na amamentação.
...
O psicólogo quando atender uma mãe deverá avaliar tudo que está a sua volta, pois nada adiantará orientar, aconselhar sem entender os aspectos culturais que norteiam essa mãe. Portanto o psicólogo deverá levantar questões, sobre a história de vida dessa mãe, e trabalhar para despertar sua autoconfiança, mostrando que a melhor pessoa pra nutrir e cuidar do bebê é ela própria, sendo assim ela estará tão segura de seu papel como mãe que não será influenciada negativamente por questões socioculturais.
Contudo, é muito importante a amamentação para vida do bebê, e mais importante ainda que ele seja amamentado por uma mãe otimista e autoconfiante. É papel do psicólogo juntamente com uma equipe de saúde especializada em aleitamento materno criar condições para que a mãe amamente seu bebê com satisfação e que ambos desfrutem e tenham sucesso nessa fase tão especial em suas vidas.
CONCLUSÃO
Pode-se verificar através do trabalho que a amamentação é fortemente influenciada por questões biológicas, sociais e psicológicas, pois apesar da amamentação ser algo biologicamente determinado pela natureza ela sofre influências psicossociais. Portanto, é em favor desses aspectos envolventes neste processo, que se conduzirá a maneira de como o aleitamento materno será realizado, com sucesso ou fracasso.
Para que a amamentação seja realizada com sucesso, é importante que a mulher esteja amparada por um psicólogo juntamente com uma equipe multiprofissional para ser esclarecida quanto à prática, vantagens e obstáculos que poderão ocorrer na amamentação. Deve ser orientada quanto aos mecanismos de lactação, para que possa compreender todo o processo que ocorre em seu corpo.
Através desta pesquisa pode-se notar em literaturas, como o apoio recebido pelas mulheres em fase de aleitamento, reflete positivamente na amamentação. Por isso é dever de todos garantir a amamentação. A mãe quando amamenta seu filho, deve receber apoio do companheiro, de toda a família e pessoas que estão em volta, além de uma equipe multidisciplinar especializada para garantir a realização desse processo.
Faz-se necessário que o psicólogo e toda a equipe multidisciplinar criem condições para a amamentação, promovendo, apoiando e protegendo essa prática. E é muito importante que essas ações sejam realizadas desde o pré-natal e permaneça durante os primeiros anos de vida da criança.
Estas ações são necessárias e devem ser conscientizadas entre todos os profissionais de saúde e principalmente nas maternidades onde deve haver uma capacitação entre todos os profissionais, os preparando para poderem ajudar as mães quanto a prática da amamentação.
O psicólogo em sua prática deve levar em conta todas as questões envolventes no período da amamentação, assim como os mecanismos psicológicos, biológicos e o meio em que esta mãe está inserida, quebrando possíveis obstáculos que possa encontrar nesta fase. É muito importante que a mãe receba apoio psicológico no puerpério, período onde se desencadeia muita emoção que pode influenciar o bom andamento da amamentação. Portanto o psicólogo deverá ajudar essas mães a lidar com esses conflitos e emoções, desenvolvendo a sua confiança que é a chave para uma boa amamentação.
Contudo, na literatura pouco se encontra atribuições sobre a ação do psicólogo na amamentação. Porém, fica claro que o aspecto psicológico é um fator primordial que tem influencia direta sobre o sucesso ou insucesso da lactação. Para isso, é necessário que o psicólogo trabalhe as emoções sentidas pela mãe no processo inerente ao aleitamento materno e juntamente com toda uma equipe de saúde, promovendo ações, e considerando que a amamentação além de trazer benefícios físicos e psicossociais à mãe e ao filho, ela é influenciada também por fatores psicossociais.
 
Mas Martins Filho (1997, p. 31), analisando os saberes e práticas sobre aleitamento materno na sociedade brasileira constatou que, no século XVI e XVII, a índia Tupinambá carregava o seu bebê durante todo o dia amarrado ao seu corpo, praticando a amamentação sob livre demanda. Isso significa dizer que na cultura dos índios a amamentação era comum, mesmo com o trabalho materno e, os bebês comiam outros alimentos somente quando iniciavam a marcha. No entanto, para Badinter (1985, p.48), com a vinda dos europeus às terras brasileiras muitos hábitos indígenas sofreram mudanças, inclusive o aleitamento materno. O ato de aleitar direto ao seio, certamente foi percebido pelos portuguesescomo um comportamento repulsivo, impróprio para o homem civilizado, cujo padrão de referência comportamental baseava-se nos hábitos e costumes da cultura europeia. E no Brasil, da mesma forma que na Europa, foi difundida a ideia de que a amamentação era considerada indigna para uma dama, não sendo, portanto, uma tarefa nobre. Freyre (1998, p.32), ressalta o descobrimento do Brasil como ponto marcante na história, marcando o início do desmame precoce dos bebês. As amas de leite das famílias que se estabeleceram no Brasil, passaram a função às índias e depois, com a vinda das escravas negras, passam a elas o papel de amas de leite, com o encargo de cuidar e alimentar os filhos dos senhores da corte. Em consequência deste fato, muitas delas eram vendidas como mercadoria quando produziam muito leite. A importância atribuída a esse novo ator social assumiu tamanha proporção que alguns senhores de escravos chegaram a admitir que criar negras para alugar como amas, era até mais rentável do que plantar café. As questões morais das negras amas de leite podem justificar o alto índice de desmame precoce e mortalidade infantil daquela época. Embora pareça não haver causas isoladas para estabelecer o curso da amamentação e sim, relação de fatores associados entre a mãe, o recém-nascido e o contexto em que eles se encontram, em um dado período de tempo. Existe uma espécie de tendência latente ao desmame, historicamente presente na sociedade, levando as mulheres a desmamarem os seus filhos de forma precoce. Mesmo não existindo respostas conclusivas quanto ao desmame precoce, a história tem nos mostrado que se trata de uma decisão tomada pela mulher, de forma consciente ou não. Colaborando com as afirmações de que o ato de 
 
 
amamentar tem variado em função do tempo e lugar, obedecendo a determinantes sociais e culturais, sobrepondo à determinação biológica. Dessa forma, percebe-se que o aleitamento materno é um ato individual e consciente, estando preso à aprovação do seu grupo social. 
 
2. FORMAÇÃO DO VÍNCULO AFETIVO MÃE-FILHO 2.1 Amamentação: propiciadora do vínculo afetivo A amamentação é muito importante, tanto como fonte de nutrição para o bebê, quanto pela transferência de imunidade que a mãe oferece a partir do colostro. Os aspectos psíquicos e emocionais do binômio também recebem ênfase especial, pois durante o aleitamento materno se estabelece a cumplicidade e o vínculo afetivo entre ambos. Apesar de a criança sentir necessidade física de leite, sua necessidade emocional é igualmente forte, por isso precisa do contato com a mãe, de tranquilidade e de amor, recebidos enquanto mama. Do ponto de vista emocional, amamentar traz inúmeras vantagens, pois, a interação rica entre mãe e filho proporciona uma mútua satisfação. A ligação forte entre ambos, o contato íntimo da pele e o olhar permitem que sintam um enorme prazer neste ato. Este contato possibilita que o amor vá aumentando a cada mamada, construindo uma base sólida, vinculando para sempre mãe e filho. As crianças privilegiadas por este contato precoce com suas mães após o parto são menos ansiosas e mais tranquilas, sofrendo menos estresse causado pela separação do corpo materno. Fato este, confirmado por Lana, (2001, p. 143): A maior recompensa da amamentação é o contato íntimo, freqüente e prolongado entre mãe e filho, que, além de ser por si só muito gratificante para ambos, resulta num estreito e forte laço de união entre eles. A conseqüente maior ligação mãe-filho na amamentação possibilita melhor compreensão das necessidades do bebê, facilitando o desempenho maternal. 
 
Na verdade, o contato físico para o bebê é um estímulo agradável, que por ser uma necessidade biológica e vital, permite que ele alcance mais plenamente suas potencialidades. Porém, segundo Bertoldo e Santos (2003, p.263), o início da formação deste vínculo não começa no parto. Ele começa já durante a gravidez. Neste período, quando tudo corre bem, os laços entre pais e bebês vão se fortalecendo gradualmente. Se, no entanto, durante esse período ocorrer qualquer alteração, o vínculo entre eles poderá ser retardado. Para Pedroso e 
 
 
Pucinni (2008, p.45), “O vínculo mãe-filho, fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança, é fortalecido pela amamentação, que proporciona grande variedade de estímulos ao recém-nascido e interações mais intensas com sua mãe.” Conforme os autores desejam demonstrar, o aconchego resultante de uma interação sensorial tão estreita dará à criança a sensação de pertencimento, referência insubstituível para a estruturação de sua personalidade. Colaborando com essa ideia, Lana (2001, p.148) reforça: “Para o resto da vida, a força e a qualidade deste vínculo influenciarão a qualidade de todos os futuros vínculos que serão estabelecidos pela criança, com outras pessoas” Assim sendo, faz-se necessário deixar que mãe e bebê se reconheçam, pois, um sistema de comunicação equilibrado entre ambos é que vai orientar e facilitar a relação da mãe com a criança e a consequente formação do vínculo, que vai se solidificando no desenrolar desta interação. 2.2 Aspectos subjetivos e emocionais da amamentação A amamentação é um direito adquirido pela mãe. Dar de mamar depende da sua escolha e de algumas questões culturais que envolvem a família, o marido e até fatores estéticos. Algumas mulheres se adaptam à nova rotina, outras não. Isso acontece porque, apesar de ser um ato natural na teoria, na prática o processo pode ser bem mais difícil. As dificuldades e o possível fracasso serão maiores quanto menor for a preparação e conscientização da futura mãe no período pré-natal. Se, por falta de oportunidades da mãe interagir com seu filho, o estabelecimento do vínculo e apego for prejudicado, pode gerar desordens no relacionamento futuro de ambos. Quanto a isso temos que: Há sistemas neuroquímicos, como os da ocitocina e vasopressina, desenvolvidos no cérebro da criança, que operam em sintonia com o afeto materno, reforçando o equilíbrio emocional ou gerando agressividade e outros comportamentos sociais. São sistemas sensíveis aos cuidados com a criança durante os primeiros anos de vida. Seus efeitos dependem do vínculo afetivo que se estabelece entre a mãe, a criança, o pai e a família como primeiro grupo social. Garantem relações estáveis ou podem ser a fonte da violência humana (CAMPOS, 2011). 
 
Pelo exposto acima percebe-se que, quando essa vinculação afetiva não acontece na infância é muito provável que tenhamos um adulto incapaz de vincular-se nos grupos sociais, com facilidade para o descontrole das emoções, 
 
 
caminhando para a agressividade. Por isso, incentivar o vínculo afetivo na idade adequada é um direito fundamental do ser humano, pois é ele vai garantir suas relações estáveis e seu equilíbrio emocional. E a intimidade física da prática de amamentar dispensa os obstáculos que possam existir de forma tal que nenhum outro esforço consciente por parte da mãe consegue igualar. Sendo assim, o que dizer da mãe quando por motivos diversos se vê impossibilitada de amamentar? Como fica sua imagem de boa maternagem? Abrese aí um hiato entre a maternidade e a amamentação, sendo necessário analisar todos os aspectos subjetivos e emocionais, advindos da prática interrompida, já que esta pode trazer sérias consequências psicológicas para o binômio. Importante reforçar que durante a nutrição do bebê pela mamadeira deve-se ter como elemento mais importante as condições para que se estabeleça uma relação de cumplicidade satisfatória entre a dupla, para que assim também ocorra um desenvolvimento satisfatório do bebê. O apego ao filho não nasce repentinamente e nem sempre será instintivo ligar-se a ele. Este vínculo se estabelece continuamente e os bebês contribuem efetivamente para que ele ocorra desde as primeiras horas após o parto. O elo afetivo formado será imprescindível para o desenvolvimento infantil e sua falta pode prejudicar a criança. Desta forma, um bebê que não foi amamentado ao seio, não será necessariamenteinfeliz, considerando que, mãe e filho, podem desfrutar de sensações incríveis de amor e confiança de outra forma. Porém, é inegável que uma amamentação eficiente desperta na mulher um sentimento de ligação mais profunda com o filho e de realização como mulher e mãe. No entanto, qualquer nutriz pode ter experiências boas e agradáveis, ao mesmo tempo em que, difíceis e cansativas. Pois, segundo Badinter (1985, p. 31): “O amor materno é de fato importante para a sobrevivência da espécie, porém, tal maternagem varia de acordo com a concepção de valores da mulher quanto ao amor maternal”. Podemos aferir desta observação que para ser boa mãe não há a obrigatoriedade do aleitar, salvo se a mulher assim o queira. Não existe, portanto, qualquer impedimento para que mulheres que não amamentem não sejam encorajadas a dar atenção e amor ao seu bebê. Além disso, e de acordo com a autora, “Nem sempre uma experiência bem sucedida de amamentação resulta num 
 
 
bebê satisfeito, se esta amamentação não resulta de uma verdadeira riqueza de experiência e de envolvimento” (BADINTER, 1985, p.37). Em conformidade com as ideias de Badinter, Lana (2001, p.148) afirma que o amor de mãe e filho é construído aos poucos a cada contato e que se este for um contato de qualidade, terá influências positivas na vida do bebê nos primeiros meses e futuramente também. Da mesma maneira que vai favorecer o relacionamento com outras pessoas no decorrer de sua vida e na sua capacidade de ser feliz. A grande questão aqui discutida é como dar conta desta representação do mito da mãe perfeita para as mães impossibilitadas de amamentar? Como criar condições para que as mães possam amamentar com alegria e tranquilidade os seus filhos? Quando existe a impossibilidade de amamentar, cabe à mãe achar suporte na família e naqueles que a cercam, uma vez que elas são levadas a acreditar que a amamentação além de ser um momento de grande importância para o binômio, também é fundamental para a construção da relação afetiva entre ambos. Atitudes desta natureza colaboram para que, este momento único, carregado de emoções e significados, seja conduzido de forma mais tranquila. Da mesma maneira, o apoio do profissional de saúde será essencial, tendo em vista que, na dinâmica da alimentação, seja por aleitamento no peito ou por meio artificial, o profissional de saúde tem um papel importante na promoção dos recursos naturais e ambientais. 
 
3. O TRABALHO TERAPÊUTICO, PREVENTIVO E PEDAGÓGICO DO ENFERMEIRO FRENTE À AMAMENTAÇÃO 3.1 Enfermeiro: elemento de transformação O ato de amamentar é uma experiência das mais significativas, pois inaugura um forte vínculo entre mãe e filho, além de envolver alimentação, acolhimento, cuidados e troca. Melhor ainda se puder ser vivenciado por ambos, de forma prazerosa e tranquila. Teoricamente, todas as mulheres podem amamentar se estiverem saudáveis física e psicologicamente, por isso, é muito importante ter em mente que não há regras ou ordens fixas que devam ser seguidas Muitas. mulheres vivem um sentimento único, de cuidado e intimidade. Mas a amamentação adquire um sentido 
 
 
particular para cada uma, tudo dependerá de como a mulher está vivendo e sentindo a maternidade e de como está construindo a sua relação com o filho. Todavia, toda mulher tem o direito de receber informações sobre a amamentação e suas vantagens, tanto para ela quanto para o bebê, antes, durante e depois do parto. Visto que, para assumir com mais segurança o seu papel de mãe e de provedora do alimento de seu filho, a mulher precisa se sentir adequadamente assistida nas suas dúvidas e dificuldades. O enfermeiro pode levantar questões sobre a história de vida dessa mãe, trabalhando para despertar sua autoconfiança, mostrando que a melhor pessoa pra nutrir e cuidar do bebê é ela própria. Por este motivo, promover um ambiente adequado é fundamental, pois: O ambiente que cerca a relação mãe-filho contribui para a qualidade da reatividade de ambos [...] Se a mãe é cercada de pessoas que realmente conseguem ajudá-la e apoiá-la, os sentimentos de autoconfiança e satisfação emocional tendem a aumentar, assim como a disposição de dar afeto ao bebê (MALDONADO, 2002, p. 52). 
 
Assim, a atuação profissional nesta fase da vida da mulher, estimulando as mães à prática da amamentação contribui para ajudá-las a adquirir a autoconfiança necessária para transpor os obstáculos que possam surgir no decorrer do processo. Por meio de estudos que possibilitem os conhecimentos necessários sobre os aspectos biológicos, sociais e psicológicos desta prática e conhecendo cada um dos aspectos envolvidos na amamentação, o enfermeiro poderá trabalhar terapeuticamente, preventivamente e pedagogicamente. Pois, de acordo com Lana (2009, p.14), o profissional treinado em aleitamento materno pode ter um papel importante na sua promoção e consequentemente influencia sua taxa e sua duração. Além disso, ele pode melhorar o apoio oferecido à mãe, removendo os obstáculos existentes, exigindo dele, o descobrir e o assumir a responsabilidade de ser elemento de transformação, fazendo-se necessárias mudanças enriquecidas com orientações, incentivos, gestos de apoio e de carinho. 
 
3.2 O aconselhamento em amamentação O aconselhamento pode ser considerado uma ajuda à mãe na tomada de decisões, dando a ela informações objetivas, com evidências científicas, de que ela possa realmente utilizar. A decisão final deve ser tomada por ela, cabendo ao 
 
 
enfermeiro apenas defender, por meio de uma linguagem simples e clara, a amamentação como a melhor escolha. Segundo Bueno e Teruya (2008, p 45), a compreensão da diferença entre o simples ato de aconselhar e aconselhamento é essencial, pois quando se aconselha significa dizer à pessoa o que ela deve fazer e o aconselhamento é uma maneira da atuação do profissional que escuta e procura entender e compreender a mãe através dos seus conhecimentos. Mas, a principal ideia do aconselhamento em amamentação é estabelecer entre o profissional e a mãe uma ação construtiva e uma facilitação na comunicação, oferecendo apoio para que ela se fortaleça, para combater as pressões, aumentando assim, sua autoestima e autoconfiança. Outro aspecto importante a ser considerado é quando a amamentação natural torna-se impossível. O que pode provocar um forte sentimento de culpa na mulher, fazendo com que ela fique em conflito durante esse período, comprometendo assim, o aspecto afetivo do ato de amamentar. Para Lana (2009, p.8) o leite materno será preferível e desejável, mas a decisão final é da mãe. Se ela não conseguir superar os impedimentos para a amamentação, não será pior do que uma mãe que amamenta. E para complementar essa ideia, ele acrescenta: A amamentação é de importância indiscutível. Não só pelo leite físico, mas também pelo leite emocional. Quando a mãe tem prazer em amamentar, representa uma energia vital, uma energia amorosa, também incorporada pela criança. Este leite amoroso pode não vir com o leite físico ou o leite amoroso pode vir sem o leite físico (LANA, 2009, p.144). 
 
O mesmo autor relata que a crítica pode levar a mãe a ficar na defensiva e até direcionar seu ressentimento contra o profissional que a orientou, diminuindo as chances de intervir a favor da amamentação: Uma amamentação mal sucedida pode levar a mãe a sentir-se culpada, não se julgar uma boa mãe por ser incapaz de alimentar o próprio filho, o que pode interferir na formação do vínculo mãe/filho. Muitas mães não se contentam em ser boas mães; querem ser perfeitas (LANA, 2009, p.145). 
 
Por este motivo, mesmo aquela mãe que recebe a melhor informação possível sobre como amamentar seu filho e, por algum motivo, decide não fazê-lo, não deve ser criticada. Como muitos fatores podem estar relacionados a esta 
 
 
recusa, o enfermeiro deve tentar perceber o que poderia ter feito para que o desmame não ocorresse. A atuação profissional nos períodos mais críticos do processo de aleitar efetiva o trabalho do enfermeiro, por meio da promoçãode práticas saudáveis, aqui em relevância, a prática do aleitamento materno. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo foi realizado com o propósito de contribuir como suporte teórico para a construção do conhecimento em enfermagem, focalizando a importância e a potencialidade da assistência deste profissional na continuidade da prática de amamentação e na consolidação do vínculo afetivo mãe-filho. Através da leitura e análise dos textos previamente selecionados, foi possível constatar que a amamentação é fortemente influenciada por questões biológicas, sociais e psicológicas, pois apesar da amamentação ser biologicamente determinada pela natureza ela sofre influências psicossociais. A enfermagem tem um papel de grande importância no desenvolvimento de estratégias para promover o aleitamento materno e auxiliar na desmistificação e na quebra desses paradigmas. Cabe a ela a tarefa de garantir a cada mãe uma escuta ativa, de modo a tornar a amamentação um ato prazeroso. Sendo assim, em favor desses aspectos envolventes, é que se conduzirá a maneira como a amamentação será realizada. E, para que ela seja realizada com sucesso, é importante que a mulher esteja amparada pelo enfermeiro, e por toda equipe multiprofissional
	esde 1991, a Organização Mundial de Saúde, em associação com a UNICEF, tem vindo a empreender um esforço mundial no sentido de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno.
As recomendações da Organização Mundial de Saúde relativas à amamentação são as seguintes:
         As crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade[1]. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou bebida.
         A partir dos 6 meses de idade todas as crianças devem receber alimentos complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno.
         As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os 2 anos de idade.
 
 
	Dez passos para o sucesso da amamentação, 
segundo recomendações da OMS/UNICEF: 
 
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, a qual deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipa de cuidados de saúde.
2. Treinar toda a equipa de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta norma.
3. Informar todas as grávidas atendidas sobre as vantagens e a pratica da amamentação. 
4. Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto.
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo que tenham de ser separadas de seus filhos.
6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que seja por indicação médica.
7. Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e os bebés permaneçam juntos 24 horas por dia. 
8. Encorajar a amamentação sob livre demanda (sempre que o bebé quiser).
9. Não dar bicos artificiais (tetinas) ou chupetas a crianças amamentadas.
10. Encorajar a criação de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar.
Até o século 18, o aleitamento materno exclusivo era muito praticado, inclusive, havia que se chamava “mãe de leite”. A mãe de leite alimentava aqueles bebês cujas mães não conseguiam amamentar. No entanto, no século 19, começou-se a administração de leite de outra espécie para o lactente da espécie humana, consequentemente, os prejuízos da introdução do leite de vaca no aleitamento foram enormes e os profissionais de saúde da época foram os grandes responsáveis pois diziam que o leite materno transmitia doenças. Consequentemente, nos anos 60, a maioria das mulheres não amamentavam.
Hoje, sabe-se que os benefícios da amamentação exclusiva são enormes tanto para o desenvolvimento do bebê quanto para a mãe. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses e complementar até os dois anos.
Mas o que é aleitamento materno exclusivo?
Quando a criança recebe apenas leite humano e em livre demanda é considerado como aleitamento materno exclusivo. Se a criança receber qualquer outro tipo de alimentação, até mesmo água, já não se classifica como aleitamento materno exclusivo com exceção de uso de medicamentos.
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses da criança e o aleitamento materno complementado até os dois anos de idade.
A partir dos seis meses já se começa a introduzir alimentação complementar: papas doces ou salgadas. A partir dessa idade, o leite como alimento exclusivo deixa de ser suficiente para o desenvolvimento físico e cognitivo da criança que necessita da complementação de outros alimentos.
O Aleitamento complementar deverá ser dado até o segundo ano de vida. Salienta-se que não há nenhuma contraindicação médica de amamentar até, por exemplo, 9 anos de idade da criança, mesmo que isso pareça um “pouco ridículo.”
Motivos do Leite Materno até dois anos:
O leite materno é um fonte importante de alto valor biológico;
O leite materno é uma “sopa imunológica” oferecendo proteção para a criança contra uma série de doenças.
Muitas mães, ao amamentar, sentem dores causadas pela boquinha do bebê. Isso é resultado de uma pega incorreta, que além de prejudicar o conforto e a capacidade da mãe para amamentar, impede o bebê de sugar o leite e se alimentar.
Para proporcionar uma boa pega e amamentação, primeiramente a mãe deve estar numa posição confortável, adequada ao seu corpo: se a mãe fez cesárea, prefere posicionar o bebê de maneira a não tocar sua barriga, e se ela está muito cansada, não é recomendado que se deite para amamentar, pois pode causar acidentes caso durma, por exemplo. Também há posições adequadas para gêmeos e bebês frágeis, por isso é importante saber que posição adotar.
O corpo do bebê deve ficar alinhado, sem estar virado ou torto, e deve ser levado até a mama (jamais o contrário). Seu nariz deve apontar para o mamilo, com o queixinho tocando o peito ou bem próximo a ele e o lábio inferior distante do mamilo. Para fazê-lo abrir bem a boca, a mãe pode molhar o bico do peito com o leite materno e encostá-lo no lábio do bebê, causando o reflexo. Assim que isso ocorrer, ele deve ser levado firmemente ao peito de maneira a pegar o máximo possível, cobrindo toda a aréola com a boca. A mãe pode esvaziar um pouco a mama antes de amamentar, facilitando a pega.
Alguns sinais de uma pega correta é a ausência de dor e a aréola coberta. Para o bebê ser retirado do peito, não deve ser puxado: o mindinho deve ser colocado do lado da boquinha do bebê e ele irá trocar a mama pelo dedo, sem puxar o mamilo com força, evitando assim possíveis lesões.
É bom deixar um copo de água ao alcance as mãos, para que ao sentir sede a mãe não precise interromper a amamentação, e estar em um lugar tranquilo e silencioso. Se a mãe está encontrando muitas dificuldades em amamentar, é importante procurar ajuda de um especialista em amamentação.

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