Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO SPSS - MANUAL DE UTILIZAÇÃO ARMANDO MATEUS FERREIRA Escola Superior Agrária de Castelo Branco, 1999 SPSS Índice ESACB i ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1 2 - EDITOR DE DADOS.............................................................................. 3 2.1 - CRIAR UM FICHEIRO DE DADOS .................................................. 5 2.1.1 - DEFINIÇÃO DE VARIÁVEIS .................................................................... 5 2.1.2 - INTRODUÇÃO DOS VALORES ................................................................ 9 2.1.3 - GRAVAR O FICHEIRO DE DADOS........................................................ 11 2.1.4 - ABRIR UM FICHEIRO DE DADOS EXISTENTE .................................... 12 2.1.5 - ACESCENTAR NOVOS CASOS A UM FICHEIRO DE DADOS............... 13 2.1.6 - ACRESCENTAR NOVAS VARIÁVEIS ...................................................... 14 2.1.7 - DEFINIR UMA VARIÁVEL EM FUNÇÃO DE OUTRAS ......................... 15 2.1.8 - ELIMINAR LINHAS E VARIÁVEIS .......................................................... 16 2.2 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS EXTERNOS .............................. 17 2.2.1 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS LOTUS E EXCEL 4.0 ........................... 17 2.2.2 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS DE DBASE........................................... 18 2.2.3 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS EXCEL................................................. 19 2.2.4 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS ACCESS............................................... 22 2.2.5 - RECODIFICAÇÃO DE VALORES........................................................... 22 2.2.6 - SELECÇÃO DE CASOS........................................................................... 25 3 - ANÁLISE DE DADOS ......................................................................... 29 3.1 - OBTER ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS....................................... 29 3.1.1 - PROCEDIMENTO DESCRIPTIVES ........................................................ 29 3.1.2 - PROCEDIMENTO EXPLORE ................................................................. 32 3.1.3 - PROCEDIMENTO EXPLORE COM FACTORES .................................... 36 3.1.4 - PROCEDIMENTO FREQUENCIES ........................................................ 39 4 - GRÁFICOS................................................................................................. 44 4.1 - GRÁFICOS STANDARDIZADOS.................................................... 44 4.1.1 - GRÁFICO DE BARRAS ........................................................................... 45 4.1.2 - HISTOGRAMA ........................................................................................ 50 4.1.3 - GRÁFICO DE EXTREMOS-E-QUARTIS................................................. 52 4.1.4 - GRÁFICO DE BARRA DE ERROS .......................................................... 54 4.1.5 - GRÁFICOS DE PROBABILIDADES........................................................ 56 4.1.6 - GRÁFICO DE DISPERSÃO..................................................................... 59 4.2 - EDIÇÃO DOS GRÁFICOS STANDARDIZADOS........................ 62 4.3 - GRÁFICOS INTERACTIVOS............................................................ 65 4.3.1 - GRÁFICO DE BARRAS ........................................................................... 66 4.3.2 - GRÁFICO DE DISPERSÃO..................................................................... 70 4.4 - EDIÇÃO DE GRÁFICOS INTERACTIVOS................................... 75 SPSS Índice ESACB ii 5 - TESTES T ......................................................................................................... 79 5.1 - TESTE T PARA A MÉDIA DE UMA AMOSTRA...................................... 82 5.2 - TESTE T PARA DUAS AMOSTRAS INDEPENDENTES......................... 83 5.3 - TESTE T PARA DUAS AMOSTRAS EMPARELHADAS......................... 86 6 - ANÁLISE DE VARIÂNCIA ........................................................................... 90 6.1 - ENSAIOS UNI-FACTORIAIS ...................................................................... 90 6.1.1 - PROCEDIMENTO ONE-WAY ANOVA ................................................. 91 6.1.2 - PROCEDIMENTO MEANS.................................................................... 96 6.2 - ENSAIOS MULTI-FACTORIAIS................................................................. 99 7 - REGRESSÃO LINEAR................................................................................. 111 7.1 - INTRODUÇÃO............................................................................................ 111 7.2 - REGRESSÃO LINEAR SIMPLES.............................................................. 115 7.3 - REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA.......................................................... 121 7.4 - AJUSTAMENTO DE MODELOS PRÉ-DEFINIDOS................................ 131 8 - MANUSEAR OS RESULTADOS................................................................. 136 ANEXOS ..................................................................................................................... 143 SPSS 1 - Introdução ESACB 1 1 - INTRODUÇÃO O pakage estatístico SPSS para Windows é um poderoso sistema de análises estatísticas e manuseamento de dados, num ambiente gráfico, em que a utilização mais frequente, para a maioria das análises a efectuar, se resume à selecção das respectivas opções em menus e caixas de diálogo. Contudo, o sistema dispõe de um editor de comandos, a que o utilizador mais avançado poderá recorrer a fim de realizar determinado tipo de análises mais complexas e elaboradas. De um modo muito sucinto, o sistema SPSS dispõe de: Data Editor: Editor de Dados: uma versátil folha de cálculo, que permite definir, introduzir, modificar, corrigir e visualizar a informação. O Data Editor abre automaticamente quando se entra no SPSS. Viewer: Janela de Resultados: Todos os resultados estatísticos, tabelas, gráficos, são visualizados numa janela designada por Viewer. Uma janela Viewer abre automaticamente na primeira vez que o utilizador executar uma tarefa que gera output. Na figura seguinte apresenta-se o aspecto da janela de resultados referentes ao cálculo das estatísticas elementares um conjunto de dados (variável com o nome fosfo). O Viewer é composto por duas janelas: à esquerda está um organigrama do output; à direita estão os resultados propriamente ditos. Neste exemplo, os resultados incluem as instruções necessárias à execução SPSS 1 - Introdução ESACB 2 da tarefa: é o que se designa por Log1, e que é composto pelas seguintes linhas de instruções: DESCRIPTIVES VARIABLES=fosfo /STATISTICS=MEAN SUM STDDEV VARIANCE RANGE MIN MAX SEMEAN KURTOSIS SKEWNESS . Estas instruções foram geradas, no caso, pela selecção de opções nos menus do programa; contudo, podem ser digitadas, como se de uma linguagem de programação se tratasse2. Pivot Tables: Tabelas Dinâmicas: O programa dispõe de uma potente rotina de geração de tabelas dinâmicas (ou pivot tables), que permitem que o utilizador explore os dados, com o re-arranjo de colunas e linhas. Gráficos: O SPSS permite realizar todos os tipos de gráficos usuais em estatística, a fim de realçar as análises efectuadas. Acesso a Bases de Dados: O SPSS permite o acesso às bases de dados mais usuais, em formato SQL e ODBC, tais como ficheiros de dados criados em dBase, Access, Excel, Lotus, etc. A importação de ficheiros de texto, Access, Excel, é feita através de umassistente de importação (wizard). 1 O Log pode não estar visível; só aparece na janela Viewer se se tiver configurado o programa para mostrar este item. 2 O utilizador pode escrever as suas próprias rotinas de análise; para tal, deve abrir o SPSS Syntax Editor, janela de edição de comandos do SPSS. SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 3 2 - EDITOR DE DADOS O Data Editor do SPSS é um programa do tipo de folha de cálculo que permite facilmente criar ou editar ficheiros de dados. O Data Editor abre automaticamente quando se entra no SPSS. O aspecto inicial do editor é o seguinte: Muitas das características do data editor do SPSS são similares ás de qualquer folha de cálculo em ambiente Windows, tal como o Excel. As colunas correspondem às variáveis. Inicialmente, todas as colunas, ou variáveis, tem o mesmo nome genérico, var, tal como é mostrado na imagem. O utilizador irá dar os nomes às variáveis que definir. As linhas correspondem aos casos, ou indivíduos. Cada célula contém um valor ou observação de um indivíduo, em relação a uma determinada característica ou variável. As células podem apenas conter valores (numéricos ou alfanuméricos); não é possível, tal como se faz nas folhas de cálculo, definir fórmulas em células. O SPSS permite definir fórmulas, mas que afectam integralmente toda uma variável ou coluna. O ficheiro de dados é rigorosamente rectangular, sendo o seu tamanho definido pelo número de casos e de variáveis. O utilizador pode introduzir valores em células fora das SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 4 fronteiras actuais da folha de cálculo; contudo, o SPSS automaticamente acrescenta linhas e/colunas de modo a que essa nova observação fique incluída dentro da estrutura rectangular. A fim de ilustrar este aspecto, considere a seguinte imagem referente a um folha de dados do SPSS, em que existem duas variáveis (com os nomes x e y), com 6 casos ou observações. Repare na posição da célula activa. Se se introduzir um valor (por exemplo, 25) para esta célula, fora dos limites do ficheiro rectangular, o SPSS cria duas novas variáveis numéricas atribuindo-lhes automaticamente os nomes var00002 e var00003, e introduz valores em branco para as células, de modo a ficar um ficheiro rectangular, com 4 variáveis e 7 casos (repare que estas células têm o ponto decimal): Estas células, aparentemente vazias, são assumidas pelo SPSS como “missing values”, isto é, observações em falta para algumas variáveis. Contudo, e para já, estas células não afectam os cálculos estatísticos, caso se se trate de variáveis numéricas. Por exemplo, calculando a média da variável x obter-se-á o valor de 15, como é lógico, para os valores apresentados. SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 5 2.1 - CRIAR UM FICHEIRO DE DADOS Vamos usar os seguintes dados a fim de ilustrar como se cria um ficheiro com o Data Editor do SPSS. Trata-se dos resultados de um ensaio, em que se registaram as produções (kg/ha) de arroz, em função da variedade (V1: IR8; V2: IR5; V3: C4-63) e de 5 níveis de adubação azotada (N0: 0 kg/ha; N1: 60 kg/ha; N2: 90 kg/ha; N3: 120 kg/ha; N4: 150 kg/ha). Para cada tratamento fizeram-se 4 repetições. Na imagem seguinte, capturada do Excel, estes dados estão perceptíveis para o leitor, e estão estruturados para algumas possíveis análises a executar na folha de cálculo; contudo, ao serem introduzidos para um ficheiro SPSS, dever-se-ão respeitar as normas deste programa, de modo a que os dados possam ser analisados. Variedade Azoto 1 2 3 4 N0 3852 2606 3144 2894 N1 4788 4936 4562 4608 V1 N2 4576 4454 4884 3924 N3 6034 5276 5906 5652 N4 5874 5916 5984 5518 N0 2846 3794 4108 3444 N1 4956 5128 4150 4990 V2 N2 5928 5698 5810 4308 N3 5664 5362 6458 5474 N4 5458 5546 5786 5932 N0 4192 3754 3738 3428 N1 5250 4582 4896 4286 V3 N2 5822 4848 5678 4932 N3 5888 5524 6042 4756 N4 5864 6264 6056 5362 Repetição Como se referiu atrás, os dados deverão ser introduzidos para uma matriz rectangular, em que as colunas são as variáveis e as linhas os casos. Neste caso, as variáveis são a Variedade, o Azoto, a Repetição e a Produção. 2.1.1 - DEFINIÇÃO DE VARIÁVEIS Vamos começar por definir estas variáveis no SPSS dando-lhes nomes válidos; as regras para os nomes das variáveis são: • nome da variável tem no máximo, 8 caracteres; • nome da variável deve começar por uma letra; os restantes caracteres podem ser letras (maiúsculas ou minúsculas são iguais), algarismos, ou os símbolos @, #, _, $. Não se podem usar espaços em branco, nem os seguintes caracteres: !, ?, ‘, “, *, +, -, %, vírgula, ponto e vírgula, \, /, >, < • Os nomes não podem terminar com ponto; • Evitar terminar o nome com o caracter _ (underscore); • Evitar usar caracteres acentuados ou com til. SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 6 No exemplo, vamos definir as seguintes variáveis: variedad Variável numérica inteira, cujos valores são 1, 2, 3, com as seguintes correspondências, a fim de facilitar a sua introdução: 1 : IR8; 2 : IR5; 3 : C4-64; azoto Variável inteira: 0: 0 kg/ha; 1: 60 kg/ha; ... ; 4: 150 kg/ha; repete Variável inteira, com os valores 1, 2, 3, 4 producao Variável real, com duas casas decimais (por defeito). A fim de definir cada uma das variáveis, fazer o seguinte procedimento: Duplo click na célula do nome da variável (var) no topo da coluna, ou click em qualquer sítio da coluna para a variável e seleccionar no menu a opção Data, seleccionando depois a opção Define Variable... Igualmente pode fazer click com o botão direito na célula do nome da variável (var) no topo da coluna; aparece o menu: onde se selecciona a opção Define Variable... Na sequência de qualquer dos procedimentos anteriores aparece a seguinte caixa de diálogo de definição da variável: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 7 No campo Variable Name escrever o nome da variável; no caso, variedad Seleccionar a opção No campo Decimal Places alterar o valor para 0 (casas decimais); e fazer . Seleccionar a opção No campo Value escrever o valor 1; no campo Value Label: escever IR8; fazer : SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 8 Repetir o processo de definição de Value e Value Label para os valores 2 (IR5) e 3 (C4- 63); para cada valor, fazer : No final, fazer . A caixa serve para entrar uma breve descrição da variável, mais elucidativa que apenas o nome; é de preenchimento facultativo. Para aceitar estas alterações, e terminar a definição da variável variedad, na caixa de diálogo fazer OK: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 9 De modo idêntico, definir as restantes variáveis; note-se que a opção Labels serve para fazer as correspondências, de modo que neste exemplo só é usada para as variáveis variedad e azoto; na definição da variável producao, não é necessário ir à opção Type porque, por defeito, as variáveis são numéricas reais (com duas casa decimais). Terminada a definição de variáveis, o Data Editor terá o seguinte aspecto: 2.1.2 - INTRODUÇÃO DOS VALORES Definidas as variáveis, introduzem-se os dados; o utilizador deve optar pela estratégia de introduzir os valores coluna a coluna, ou linha a linha, que lhe for mais favorável e menos propensa a erros. Para apagar um valor, colocar o cursor na célula respectiva e carregar a tecla DEL. Para alterar ou corrigir um valor errado numa das células, activa-se essa célula (levando o cursor para lá, ou simplesmente fazendo click) e digita-se o valor correcto, fazendo-o entrar com Enter ou deslocando para outra célula. O ficheiro ficará como seguinte aspecto: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 10 Usou-se a codificação dos valores das variáveis variedad e azoto, por um lado para facilitar a introdução dos valores, e por outro lado para ser menos propenso a erros. Contudo, podem visualizar-se o nome da variedade e o valor da adubação; para tal, no menu principal seleccionar a opção , e depois seleccionar a opção Value Labels: O ficheiro de dados toma agora o aspecto mais elucidativo acerca dos dados a analisar: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 11 2.1.3 - GRAVAR O FICHEIRO DE DADOS Tendo introduzido e corrigido os dados, grava-se o ficheiro com um nome válido (aplicam- se as regras de nomes de ficheiros de MS-DOS). Para gravar, faz-se: Na caixa escreve-se o nome a dar ao ficheiro, por exemplo arroz; automaticamente é atribuída a extensão .sav típica dos ficheiros de dados do SPSS: Caso se pretenda guardar o ficheiro num disco ou directório que não do directório activo, abrir a caixa e seleccionar o disco/directório pretendido: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 12 2.1.4 - ABRIR UM FICHEIRO DE DADOS EXISTENTE Se se pretende abrir um ficheiro de dados, para introduzir mais dados, para alterar ou corrigir valores, ou para efectuar a análise desses dados, tem de se abrir o ficheiro. Para tal, efectua-se o seguinte procedimento: Se o ficheiro pretendido aparece na listagem, faz-se click sobre o nome do ficheiro, ou escreve-se na caixa , e de seguida faz- se . Caso o nome do ficheiro não conste na listagem, é porque está guardado noutro directório que não o especificado na janela. Nesta situação, ter-se-á de encaminhar para a drive/directório onde se encontra. Para tal, abre-se a o caixa , e selecciona-se a o disco ou o directório pretendido: Como o SPSS apenas admite um ficheiro de dados aberto, ao abrir um ficheiro o programa encerra o ficheiro actual. Caso este não esteja gravado, após quaisquer alterações, o programa apresenta uma mensagem de aviso: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 13 O utilizador deverá responder Sim ou Não, consoante queira guardar ou não as alterações efectuadas no ficheiro aberto (no caso da imagem, tinha-se aberto o ficheiro lambs.sav, em que se tinham efectuado alterações). 2.1.5 - ACESCENTAR NOVOS CASOS A UM FICHEIRO DE DADOS Para acrescentar um novo caso, após os dados já introduzidos, basta digitar o valor pretendido para a variável a acrescentar; automaticamente é acrescentado um caso a todas as variáveis. Se interessa introduzir um caso, não no final dos dados, mas entre duas observações, então ter-se-á de introduzir uma linha (caso) entre essas duas observações. Admitamos que foi esquecido um caso referente a hora=Manhã; este caso deveria ser introduzido imediatamente antes da primeira observação da Tarde; para tal, faz-se duplo click sobre o indicador da linha 5, ou um click em qualquer parte da linha 5 e de seguida selecciona-se a opção no menu. Aparece a janela: Pode igualmente fazer click com o botão direito do rato sobre o indicador da linha, aparecendo o menu: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 14 No menu anterior deve seleccionar . Automaticamente é aberta uma linha, onde se introduzem os valores respectivos das variáveis: 2.1.6 - ACRESCENTAR NOVAS VARIÁVEIS Para acrescentar uma nova variável ao ficheiro, basta colocar o cursor numa célula da primeira coluna não usada, e executar o procedimento de definição de variáveis atrás descrito. O programa cria a nova variável com tantas células (em branco ou missing values) quantos os casos das restantes variáveis. Após isto, só há que proceder à introdução dos valores. Se, por algum motivo, há que introduzir uma nova variável, não no final do ficheiro, mas entre duas variáveis já definidas, colocar o cursor na variável à direita da qual se pretende a nova variável, seleccionar a opção e de seguida . Pode igualmente fazer click com o botão direito do rato, aparecendo o menu: e seleccionar a opção . De seguida, definir esta variável, tal como descrito atrás. SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 15 2.1.7 - DEFINIR UMA VARIÁVEL EM FUNÇÃO DE OUTRAS O programa SPSS permite criar novas variáveis como resultado de funções ou operações envolvendo as variáveis já existentes. Por exemplo, determinadas metodologias estatísticas (análise de variância, regressão, etc) baseiam-se no pressuposto de que os dados a analisar seguem a função de distribuição normal; ora, tal pressuposto, é muitas vezes violado (e, infelizmente para a validade das conclusões, não é testado). Nas situações em que se verificou a não normalidade, é frequente proceder a determinadas transformações dos dados (logaritmo, raíz quadrada, arc-seno são transformações usuais). Vamos ilustrar a criação de uma nova variável no ficheiro arroz.sav, com o nome ln_prod, definida como sendo o logaritmo neperiano dos valores da variável producao. Para tal, coloca-se o cursor na primeira célula da primeira coluna não ocupada, e faz-se: Aparece a seguinte caixa de diálogo: Na caixa Target Variable escreve-se o nome da variável a criar, ln_prod; transfere-se o cursor para a caixa Numeric Expression e na caixa das funções selecciona-se a função LN(numexpr); de seguida, fazer click sobre a variável argumento (producao). A janela fica com o seguinte aspecto: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 16 Para calcular, basta fazer . O ficheiro fica com o seguinte aspecto: A variável ln_prod é visualizada com 2 casas decimais (por defeito), muito embora seja guardada com maior precisão. Caso haja interesse em visualizar mais casa decimais, proceder como descrito na definição de variáveis. As transformações de variáveis podem ser mais complexas que uma simples função; repare- se que a caixa de definição das transformações apresenta o que se parece a uma máquina de calcular científica, que permite definir transformações várias, incluindo selecção condicional de casos (if), funções lógicas (e &; ou |; negação ~) comparações (<, <=, >, >=, =, ~=), etc. 2.1.8 - ELIMINAR LINHAS E VARIÁVEIS Para eliminar linhas de valores (casos) ou colunas (variáveis), fazer click sobre o número da linha, à esquerda do ecran, ou sobre o nome da variável; a linha ou coluna, consoante o caso, ficam seleccionadas (sombreadas). Para a eliminar, seleccionar e de seguida (ou carregar na tecla DEL). SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 17 Pode também fazer click com o botão direito do rato sobre a identificação da linha ou coluna a eliminar, e fazer Cut ou Clear. 2.2 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS EXTERNOS O programa SPSS dispõe de uma rotina de importação de ficheiros criados noutras aplicações, nomeadamente folhas de cálculo (Lotus 123, Excel), bases de dados (dBase, Access), ficheiros ASCII (separados por tabulações, vírgula, espaços), etc. Vamos abordar a importação de ficheiros Excel e Access, por serem duas das aplicações actualmente mais usadas na constituição de bases de dados, e ficheiros ASCII, pois não havendo outra forma de transferir informação entre aplicações, todos os programas permitem exportar e importar ficheiros ASCII, sendo esta forma uma ponte comum entre as aplicações. É pressuposto que, qualquer que tenha sido a aplicação utilizada para criar os ficheiros, estes devem estar organizados de acordo com a estrutura dos ficheiros SPSS. 2.2.1 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS LOTUS E EXCEL 4.0 Se o ficheiro tiver sigo gravado em Excel 4, Lotus 123 (ou Quattro), o SPSS abre-o automaticamente. Para tal, executar o seguinte procedimento: File Open...Nesta janela deve especificar-se que o ficheiro é do tipo Excel (*.xls) [se se tratar de um ficheiro Lotus, selecciona-se a opção Lotus(*.w*)]; para tal, abrir a caixa Ficheiro do tipo e especificar Excel (*.xls): SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 18 Na caixa Procurar em deve especificar-se o directório onde se encontra o ficheiro: No campo Nome do ficheiro, especificar o nome do ficheiro a importar e fazer OK: Aparece de seguida a seguinte caixa de diálogo, onde se especifica se as primeiras células contêm os nomes das variáveis (se sim activar ) e o intervalo (rectangular) de células (no exemplo, A1:B11): O SPSS cria um ficheiro, com tantas variáveis quantas as colunas e tantos casos quantas as linhas do bloco especificado. 2.2.2 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS DE DBASE Dada a relevância da utilização do gestor de bases de dados dBase III, é natural que alguns utilizadores disponham de bases de dados organizadas neste programa, e que pretendam importá-las para o SPSS a fim de executar algumas análises estatísticas. Os ficheiros gerados pelo dBase III (*.dbf) obedecem tipicamente à estrutura dos ficheiros SPSS, de modo que a sua importação é extremamente fácil. Para tal, faz-se o seguinte procedimento: File Open... Na caixa de diálogo, deve definir-se o tipo de ficheiro [dBase (*.dbf)], o directório onde está guardado e o nome do ficheiro a importar, tal como se mostra na figura: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 19 Ao fazer a importação processa-se automaticamente. 2.2.3 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS EXCEL Os ficheiros Excel 5.0 e Excel 97 são constituídos por diversas folhas de cálculo; a rotina de importação é ligeiramente diferente, e é assegurada pelo protocolo Open Database Connectivity (ODBC), que é um método padrão de partilha de dados entre bases de dados e outros programas. Os controladores ODBC utilizam a linguagem SQL (Structured Query Language) padrão para aceder a dados de origens exteriores. Pretende-se importar a seguinte folha de cálculo, criada em Excel 97: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 20 Para tal, executar o seguinte procedimento: File Database Capture New Query... Aparece o seguinte assistente de importação de ficheiros: Especificar qual a origem do ficheiro (no caso ) e fazer . Na caixa de diálogo que se segue, especificar o disco, directório e o ficheiro a abrir: Aparece a seguinte janela: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 21 Caso o ficheiro tenha diversas folhas de cálculo, será conveniente confirmar qual é que se pretende importar; para visualizar as variáveis de cada folha, click sobre o sinal + à esquerda da identificação: Tendo confirmado qual a folha a importar (neste caso, Folha1$), click sobre o nome da folha e arraste-o para campo Retrieve Fields : SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 22 Para executar a importação, click em Terminar. 2.2.4 - IMPORTAÇÃO DE FICHEIROS ACCESS Os ficheiros de bases de dados criados em Microsoft Access são constituídos por diversas folhas ou tabelas (base de dados, consultas, formulários); a rotina de pelo protocolo Open Database Connectivity (ODBC), que é um método padrão de partilha de dados entre bases de dados e outros programas. Os controladores ODBC utilizam a linguagem SQL (Structured Query Language) padrão para aceder a dados de origens exteriores, e processa- se em tudo de modo semelhante à importação de ficheiros Excel, sendo guiada pelo mesmo assistente (wizard): File Database Capture New Query... Aparece o seguinte assistente de importação de ficheiros: Especificar qual a origem do ficheiro (no caso ) e fazer Seguinte. Depois, é prosseguir tal como descrito para o Excel. 2.2.5 - RECODIFICAÇÃO DE VALORES SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 23 Ao fazer a importação de ficheiros externos, acontece que variáveis alfanuméricas são importadas como tal, causando posteriormente problemas em determinadas análises. Isto acontece, por exemplo, quando se importam variáveis de agrupamento ou definição de classes, ou variáveis nominais, do género de variável sexo, que agrupa os casos em masculino e feminino. Em situações deste género, é natural que posteriormente haja necessidade de agrupar os casos por sexo (genericamente por classes), nomeadamente para comparar médias de sub-amostras. Para contornar esta questão, a fazer a importação destas variáveis, há que recodificá-las em variáveis nominais, com códigos numéricos, por exemplo masculino=1, feminino=2, à semelhança do que se fez na introdução das variáveis variedad e azoto. Vamos ilustrar usando o ficheiro pulso.sav, que se criou pela importação do ficheiro pulso.dbf do dBase. Neste ficheiro, as variáveis sexo (Homem, Mulher) e fuma (Fuma, Não Fuma) são alfanuméricas, mas nitidamente com uma conotação de agrupamento em classes. Vamos recodificar a variável sexo (Homem=1, Mulher=2) e fuma (Fuma=1, Não Fuma=2). Para tal, executar o seguinte procedimento (por variável a recodificar): Transform Recode Into Same Variable Na caixa de diálogo seguinte, seleccionar a variável a recodificar (sexo): Seleccionar . Na caixa de diálogo seguinte definir as recodificações, identificando em o valor antigo a recodificar, e em o novo valor a atribuir; fazer . SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 24 Repetir para o outro valor da variável (Mulher=2). No final, a caixa de diálogo mostra as recodificações a efectuar: No final, fazer e OK. As alterações são executadas. Seguidamente, deve alterar-se o tipo de variável para numérica, e definir as “labels”: 1=Homem; 2=Mulher, tal como já anteriormente explicado: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 25 Fazer o mesmo procedimento para a outra variável a recodificar. No final, aparentemente não houve alterações: a variável sexo contém os valor Homem e Mulher, como anteriormente; só que, após esta transformação, estas variáveis têm a conotação de agrupamento de casos, coisa que não acontecia tal como resultaram da importação do ficheiro de dados externo ao SPSS. 2.2.6 - SELECÇÃO DE CASOS Por vezes, há necessidade de proceder a análises sem a inclusão de todos os casos contidos nas variáveis em jogo. Uma situação típica é ter-se verificado que há valores “outliers”, isto é, valores extremos muito elevados ou muito baixos, que provavelmente são registos mal efectuados, ou eventualmente observações anómalas que, incluídas nas análises estatísticas, vão distorcer a validade das conclusões. Desta forma, poderá ser preferível excluí-las das análises, mas sem as eliminar do ficheiro de dados. A detecção de “outliers” será efectuada no procedimento EXPLORE (cap. 3). Vamos ilustrar com a exclusão do caso nº 6 do ficheiro pulso.sav, em que a observação correspondente à variável ritmod é 265, valor impossível para a característica em análise, sendo provável que tenha acontecido um lapso no acto de registo dos valores. Pretende-se excluir todo este caso das análises subsequentes, sem contudo o eliminar do ficheiro, pois poderá haver necessidade de posteriormente efectuar análises sobre as outras variáveis (por exemplo, ritmoa), cujo valor (96) é perfeitamente normal. Para tal, fazer: Data Select Cases... SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 26 Pretende-se excluir o caso nº 6 da análise, isto é, incluir na análise todos os casos com excepção do caso nº 6. Para tal, na caixa de diálogo seleccionar , e definir que se seleccionam para análise todos os cados diferenntes do caso nº 6: A indicação caso ~= 6 significa todos os casos excepto o caso 6.O Data Editor do SPSS criou automaticamente uma variável designada filter_$, em que indica quais os casos seleccionados e os não incluídos. Repare-se que a linha 6 está traçada, indicando que este caso está excluído de futuras análises: SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 27 A variável filter_$ é uma variável numérica, cujos valores são 0=”Not Selected” e 1=”Selected”. No ecran, aparecem visualizados as labels dos valores, caso se tenha optado por este modo de visualização. A fim de incluir novamente o caso 6 nas análises, fazer: Data Select Cases... ou digitar o valor 1 na célula 6 da variável filter_$. Por exemplo, querendo seleccionar os casos referentes aos homens (sexo=1) que fumam (fuma=1), dever-se-á fazer o seguinte procedimento: Data Select Cases... SPSS 2 - Edição de Dados ESACB 28 Para definir a condição atrás referida, seleccionar a variável sexo, defini-la como sendo igual a 1; o operador lógico e (AND) é simbolizado pelo caracter &; seleccionar a variável fuma e defini-la igual a 1: Fazer para avançar. SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 29 3 - ANÁLISE DE DADOS Vamos iniciar a utilização do SPSS a fim de efectuar diversas análises estatísticas. Antes de iniciar um processo de análise, os dados a analisar devem estar carregados na memória do computador. Vamos ilustrar utilizando o ficheiro arroz.sav que deverá estar carregado na memória do computador. 3.1 - OBTER ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS Esta rotina calcula as estatísticas elementares (média, moda, mediana, variância, etc) de uma variável numérica. No exemplo, a única variável susceptível de ser analisada é a variável producao. 3.1.1 - PROCEDIMENTO DESCRIPTIVES Para obter as estatísticas elementares de uma variável numérica, fazer: Aparece a seguinte caixa de diálogo, onde se definem as variáveis a analisar; no presente caso, será apenas a variável producao: SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 30 Para seleccionar as variáveis a analisar, click sobre o nome da variável na listagem que aparece na caixa esquerda, e de seguida click no botão . Ficará com o seguinte aspecto: A fim de definir quais os parâmetros estatísticos a estimar, seleccionar , obtendo- se a seguinte caixa de diálogo: Inicialmente, estariam seleccionadas apenas a Mean (média), Std. deviation (desvio padrão), Minimum (mínimo) e Maximum (máximo); vamos seleccionar também a Sum SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 31 (soma de todas as observações), Variance (variância), Range (intervalo de variação), S.E.mean (erro padrão da média: N ssx = ), Kurtosis (curtose ou achatamento), Skewness (enviesamento ou assimetria). As opções Display Order só têm significado nos casos em que se procede ao cálculo de parâmetros de mais do que uma variável. No final, fazer e depois . O programa abre o Viewer (janela de resultados), com o aspecto: Na janela direita estão os resultados; como se pediu o cálculo de muitos parâmetros, o quadro de resultados demasiado largo para caber no ecran; use a barra de scroll para ler o quadro de resultados Caso tenha interesse em imprimir os resultados, o SPSS resolve o problema da largura, fraccionando o quadro em vários. Repare que ficou no SPSS Viewer; para voltar ao Data Editor do SPSS, onde está aberto o ficheiro arroz.sav, restaure a janela na barra Iniciar do Windows: O SPSS permite capturar os resultados visualizados no Viewer e colá-los por exemplo, no relatório que está a ser escrito no editor de texto Word; no processador de texto, pode seleccionar-se a tabela e fazer o ajuste automático, de modo a que o quadro, demasiado largo, caiba na largura do texto. Contudo, resulta mais elegante se não for necessário reduzir SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 32 muito a largura do quadro original. Para tal, a solução é obter menos parâmetros estatísticos, de modo que o quadro de resultados seja menos largo. 3.1.2 - PROCEDIMENTO EXPLORE Em caso de necessidade de apresentar todos os parâmetros estatísticos, estes podem ser obtidos noutra rotina do SPSS, cujo quadro de resultados se desenvolve na vertical, sendo mais fácil inclui-los no relatório em Word. Vamos ilustrar esta opção. A opção EXPLORE calcula os parâmetros estatísticos, e elabora o gráfico caule-e-folhas (esquema de histograma) e o gráfico de extremos-e-quartis, muito útil para analisar a amostra em termos de concentração ou dispersão dos valores por intervalos quartílicos, bem como a sua simetria; além disso, é uma boa ferramenta de verificar se há observações “outliers”, isto é, observações extremas que se afastam muito da gama média dos valores da amostra. Opcionalmente, podem obter-se outras análises, como veremos. Na caixa de diálogo que se segue, selecciona-se a variável a analisar (producao) tal como descrito atrás. De seguida, seleccionar o botão SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 33 Seleccionando o botão , verifica-se que o cálculo das estatísticas descritivas está activado; pode-se optar por verificar analiticamente a existência de “outliers”, bem como calcular os percentis. A opção M-estimators destina-se ao cálculo de parâmetros estatísticos (média e variância) ponderados; geralmente esta opção só interessa em utilizações muito específicas. No final, fazer . Voltando à caixa de diálogo Explore, seleccionar a opção ; seleccionar a opção e fazer . Na janela Explore seleccionar a opção fazer para obter os resultados. SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 34 Note-se que os resultados vêm na sequência dos resultados obtidos anteriormente, de modo que durante a sessão de trabalho, os resultados vão-se acumulando, podendo o utilizador em qualquer momento seleccionar os que lhe interessam. Utilize a barra se scroll vertical para visualizar os resultados, ou na caixa do organigrama dos resultados, à esquerda, seleccione os que lhe interessa visualizar. Por exemplo, para ver os parâmetros estatísticos, click sobre : Esta opção, além dos parâmetros estatísticos obtidos no procedimento DESCRIPTIVES, calcula o intervalo de confiança para a média, e a média após eliminar as 5% observações inferiores e as 5% observações superiores (5% Trimmed Mean). De seguida apresentam-se o histograma, diagrama de caule-e-folhas (steam-and-leaf) e diagrama de extremos-e-quartis (Boxplot) referentes a esta análise. SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 35 Producao 6500.0 6250.0 6000.0 5750.0 5500.0 5250.0 5000.0 4750.0 4500.0 4250.0 4000.0 3750.0 3500.0 3250.0 3000.0 2750.0 2500.0 Histogram Fr eq ue nc y 10 8 6 4 2 0 Std. Dev = 952.52 Mean = 4956.5 N = 60.00 Producao Stem-and-Leaf Plot Frequency Stem & Leaf 3.00 2 . 688 3.00 3 . 144 5.00 3 . 77789 6.00 4 . 111234 13.00 4 . 5556778889999 7.00 5 . 1223344 18.00 5 . 555666678888899999 5.00 6 . 00024 Stem width: 1000.00 Each leaf: 1 case(s) SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 36 60N = Producao 7000 6000 5000 4000 3000 2000 3.1.3 - PROCEDIMENTO EXPLORE COM FACTORES Os resultados anteriores referem-se à globalidade das produções, e têm o interesse que o utilizador pretender retirar deles. Numa situação como a que estamos a analisar, teria igualmente interesse executar estas análises, não para a globalidade das observações, mas sim repartidas por um ou mais dos factores. Vamos executar o procedimentoEXPLORE, obtendo os resultados para cada uma das três variedades (poderia ser para os cinco níveis de azoto, ou para os dois factores em simultâneo). SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 37 Na caixa de diálogo que se segue, selecciona-se a variável a analisar (producao) tal como descrito atrás. Seleccionar a variável variedad para o campo Factor List: A partir deste ponto, o procedimento é análogo ao atrás descrito. Os resultados têm o seguinte aspecto: A seguir apresenta-se a listagem completa dos resultados do procedimento: SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 38 Descriptives Variedade Statistic Std. Error Producao IR8 Mean 4769.4000 235.8637 95% Confidence Interval for Mean Lower Bound 4275.7316 Upper Bound 5263.0684 5% Trimmed Mean 4819.3333 Median 4836.0000 Variance 1112633.726 Std. Deviation 1054.8145 Minimum 2606.00 Maximum 6034.00 Range 3428.00 Interquartile Range 1762.0000 Skewness -.651 .512 Kurtosis -.441 .992 IR5 Mean 5042.0000 214.0869 95% Confidence Interval for Mean Lower Bound 4593.9109 Upper Bound 5490.0891 5% Trimmed Mean 5085.3333 Median 5410.0000 Variance 916664.421 Std. Deviation 957.4259 Minimum 2846.00 Maximum 6458.00 Range 3612.00 Interquartile Range 1574.5000 Skewness -.839 .512 Kurtosis -.076 .992 C4-63 Mean 5058.1000 191.4035 95% Confidence Interval for Mean Lower Bound 4657.4878 Upper Bound 5458.7122 5% Trimmed Mean 5081.6667 Median 5091.0000 Variance 732706.305 Std. Deviation 855.9827 Minimum 3428.00 Maximum 6264.00 Range 2836.00 Interquartile Range 1493.5000 Skewness -.419 .512 Kurtosis -.921 .992 O diagrama de extremos-e-quartis é apresentado agora para cada uma das três variedades: SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 39 202020N = Variedade C4-63IR5IR8 Pr od uc ao 7000 6000 5000 4000 3000 2000 Estes resultados podem começar a fornecer pistas para a análise dos dados, do género de que a variedade C4-63 apresenta uma produção mais homogénea. 3.1.4 - PROCEDIMENTO FREQUENCIES O procedimento FREQUENCIES permite gerar tabelas de frequências (contagem de casos quer de variáveis alfanuméricas, quer de variáveis numéricas. Adicionalmente, pode calcular os parâmetros estatísticos calculados pelos procedimentos DESCRIPTIVES e EXPLORE, anteriormente vistos; pode igualmente gerar histogramas, com o ajustamento a uma função de distribuição de probabilidades. No caso de variáveis numéricas, em que se admite que seguem uma lei de distribuição normal (pressuposto quase obrigatório para a maioria das metodologias estatísticas usuais em ciências agrárias), a visualização do ajustamento do respectivo histograma à função de distribuição normal pode ser uma valiosa ferramenta para análises subsequentes. A fim de ilustrar, vamos executar dois procedimentos FREQUENCIES: gerar as tabelas de frequência das variáveis nominais azoto e variedad, e gerar a tabela de frequências da variável producao, neste caso com o respectivo histograma ajustado à fdp normal. Seleccionar: Statistics Summarize Frequencies... Na caixa de diálogo, seleccionar as variáveis variedad e azoto: SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 40 A opção permite seleccionar, facultativamente, quais os parâmetros estatísticos a calcular. No caso de variáveis nominais e alfanuméricas não têm significado. Os resultados obtidos, que são acrescentados ao Viewer, têm o seguinte aspecto: Repita-se o procedimento para a variável numérica producao: Statistics Summarize Frequencies... SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 41 Vá à opção seleccionar para calcular os decis (com a selecção da opção ), a média, mediana e variância. No final, fazer : De seguida, vá-se á opção para seleccionar o histograma com ajustamento à função de distribuição normal: SPSS 3 - Análise de Dados ESACB 42 Fazer para avançar, e OK para calcular. Veja no Viewer os resultados. O histograma com o ajustamento à f.d.p. normal tem o seguinte aspecto, onde sobressai o enviezamento da amostra para a direita em relação à distribuição teórica, bem como um achatamento um pouco maior que o que seria de esperar (isto é, cerca de 75% da amostra está abaixo da curva, nomeadamente na zona central da distribuição): Producao 6500.0 6250.0 6000.0 5750.0 5500.0 5250.0 5000.0 4750.0 4500.0 4250.0 4000.0 3750.0 3500.0 3250.0 3000.0 2750.0 2500.0 Producao Fr eq ue nc y 10 8 6 4 2 0 Std. Dev = 952.52 Mean = 4956.5 N = 60.00 SPSS 4 - Gráficos ESACB 44 4 - GRÁFICOS A representação gráfica dos dados é geralmente uma boa abordagem para as análises estatísticas a efectuar: a representação de variáveis numéricas em histograma permite inferir acerca da simetria, achatamento e normalidade da amostra em análise; o gráfico de barras representando contagens ou percentagens de valores de variáveis permite comparar visualmente diversas características amostrais; a representação gráfica de duas variáveis que se julgam correlacionadas num gráfico de pontos ou de dispersão permite definir uma abordagem prévia à metodologia de regressão; os gráficos de extremos-e-quartis facilitam a detecção de outliers, além de permitirem analisar a simetria e sub-intervalos de maior concentração da amostra; etc. Muitos dos procedimentos estatísticos do SPSS incluem já a elaboração de gráficos adequados às análises respectivas. Nesta secção, vamos abordar a criação de gráficos isolados de outros procedimentos. O programa SPSS permite definir os gráficos por duas vias: • gráficos interactivos: disponíveis a partir do sub-menu Interactive do menu Graphs; a característica principal desta metodologia de gerar gráficos é a facilidade em intercambiar variáveis entre os eixos do gráfico, nomeadamente a partir da janela Viewer, após ter gerado o gráfico. A edição do gráfico faz-se directamente na janela Viewer. • gráficos standardizados: esta metodologia permite definir os gráficos, a partir de sub- menus individualizados no menu Graphs; após criados, estes gráficos são menos dinâmicos que os gráficos interactivos. Para editar o gráfico, selecciona-se este na janela Viewer e abre-se uma janela de edição do gráfico. De seguida vão-se apresentar a definição de alguns tipos de gráficos, tendo como base de trabalho os dados do ficheiro pulso.sav (listagem em anexo). Vamos de seguida ilustrar a realização de alguns gráficos. Não se pretende fazer uma apresentação exaustiva de todos os tipos de gráficos; contudo, os procedimentos para qualquer outro tipo de gráfico são genericamente semelhantes, de modo que os gráficos descritos de seguida fornecem bases suficientes para que o utilizador explore e crie qualquer outro tipo de gráficos. 4.1 - GRÁFICOS STANDARDIZADOS SPSS 4 - Gráficos ESACB 45 4.1.1 - GRÁFICO DE BARRAS Vamos ilustrar criando um gráfico com a contagem de casos de cada uma das idades do ficheiro pulso.sav. Para tal: Graphs Bar ... Aparece a seguinte caixa de diálogo, onde se selecciona o tipo de gráfico de barras a executar (Simple: para representar uma única série de valores ou variável; Clustered: permite representar várias variáveis agrupadas; para cada valor de uma das variáveis são geradas barras para cada valor da outravariável; Stacked: permite representar várias variáveis em barras sobrepostas). Vamos iniciar por criar o gráfico de barras simples. Nesta caixa de diálogo selecciona-se também o tipo de dados (no caso, pretende-se representar a contagem das idades, isto é, um sumário – contagem – dos dados; para tal, selecciona-se a opção ). Para prosseguir, fazer . Na janela seguinte, selecciona-se a variável a representar no gráfico para o campo Category Axis, e define-se que as barras representam a contagem de casos (N of cases): SPSS 4 - Gráficos ESACB 46 Para definir os títulos do gráfico, seleccionar . Escrever o título principal (Title - Line 1 e Line 2), sub-título (Subtitle) e notas de rodapé (Footnote – Line 1 e Line 2). Qualquer destes títulos é facultativo: No final fazer . O gráfico tem o seguinte aspecto: SPSS 4 - Gráficos ESACB 47 Distribuição das idades dos pacientes As idades estão expressas em anos completos Fonte: Abcde, 1998. IDADE 4238353331292725232119 C ou nt 10 8 6 4 2 0 Os gráficos de linhas (Line) e área (Area) dão a mesma informação; em vez de barras ou colunas, é desenhada uma linha unindo os pontos à altura da contagem do número de casos em cada categoria ou valor do eixo dos xx; no caso do gráfico de áreas, a área definida por essa linha e o eixo dos xx é preenchida. A definição destes gráficos tem os mesmos passos do gráfico de barras. A título de exemplo, apresenta-se de seguida o gráfico de área para a variável idade (o gráfico de linhas seria exactamente o mesmo, sem a área sombreada): Distribuição das idades dos pacientes As idades estão expressas em anos completos Fonte: Abcde, 1998. IDADE 4238353331292725232119 C ou nt 10 8 6 4 2 0 SPSS 4 - Gráficos ESACB 48 Poderá ter interesse ver a distribuição de idades por sexo, isto é, fazer a separação das idades por sexo; para tal, na janela Bars Chart selecciona-se a opção Clustered. Aparece a seguinte janela, onde se seleccionam a variável a representar em barras (idade) e a variável de agrupamento (sexo): Todo o restante procedimento é semelhante. O gráfico resultante é o seguinte: Distribuição das idades dos pacientes por sexo As idades são expressas em anos completos Fonte: Abcde, 1998 IDADE 4238353331292725232119 C ou nt 5 4 3 2 1 0 ����������������� SEXO Homem Mulher � � � ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ������������������� � � � �� �� �� �� �� ���������������� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ������������������� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ���������� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � ���� ���� ���� ���� ���� ����������� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � � � � � � � � � ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ��� � � � ��� ��� ��� ��� ��� ��� O gráfico de barras pode também usar-se para comparar visualmente a média (ou outro parâmetro estatístico) de duas ou mais variáveis da mesma natureza. Para exemplificar, vamos elaborar o gráfico de barras referente às médias das variáveis ritmoa e ritmod. Para tal: SPSS 4 - Gráficos ESACB 49 Graphs Bar ... Na janela de diálogo seguinte, seleccionar o tipo Simple (só uma série de barras) e a opção (isto é, cada barra representa um parâmetro estatístico de uma variável): Para prosseguir, fazer . Na janela seguinte, seleccionar as variáveis a representar: Veja-se que, por defeito, será representada a média (mean) das variáveis. Pretendendo representar outro parâmetro, fazer (seleccionando individualmente cada uma das variáveis, ou seleccionando todas as variáveis em simultâneo – para tal, manter o botão esquerdo pressionado e arrastar sobre o nome das variáveis a seleccionar). Aparece a seguinte caixa de diálogo, onde se define o parâmetro a representar. Veja-se que pode seleccionar-se um parâmetro estatístico (primeiro bloco da janela), ou então o número (ou SPSS 4 - Gráficos ESACB 50 percentagem) de casos acima ou abaixo de um valor a definir (bloco central), ou entre dois valores a definir (último bloco)3: Definir os títulos como referido previamente. O gráfico tem o seguinte aspecto: Ritmo cardíaco antes e após exercício físico Valores médios Fonte: Abcde, 1998 RITMODRITMOA M ea n 160 140 120 100 80 60 4.1.2 - HISTOGRAMA 3 Os campos Value, Low, High só são activados após seleccionar uma opção do respectivo bloco de opções. SPSS 4 - Gráficos ESACB 51 O histograma é um gráfico parecido ao de barras, só que o eixo dos xx é escalar contínuo, representando classes de uma variável numérica, e não categorias como no caso do gráfico de barras. As barras representam as frequências absolutas registadas no intervalo ou classe definido no eixo dos xx. O histograma traduz a distribuição de frequências, sendo possível analisar a simetria e o achatamento da amostra. Para ilustrar a elaboração do histograma, vamos usar a variável ritmoa do ficheiro pulso.sav. Executar o seguinte procedimento: Graphs Histogram ... Aparece a seguinte caixa de diálogo, onde se selecciona a variável numérica a representar no eixo dos xx do histograma: Seleccionando a opção , é sobreposta a curva de distribuição normal ao histograma. Para definir os títulos do gráfico, seleccionar , tal como descrito anteriormente. SPSS 4 - Gráficos ESACB 52 RITMOA 95.090.085.080.075.070.065.060.0 Histograma das frequências absolutas Ritmo cardíaco Fonte: Abcde, 1998 14 12 10 8 6 4 2 0 Std. Dev = 9.54 Mean = 76.0 N = 40.00 4.1.3 - GRÁFICO DE EXTREMOS-E-QUARTIS O diagrama de extremos-e-quartis, ou caixa-com-bigodes, é uma útil representação gráfica dos dados na detecção de outliers, e na análise da simetria e de sub-intervalos de concentração da amostra de valores. O gráfico baseia-se na localização dos quartis (1º quartil, 2º quartil ou mediana, 3º quartil), que definem assim 4 sub-intervalos, cada um com 25% das observações: 1º intervalo quartílico, delimitado pelo xmin e quartil1; 2º intervalo quartílico, delimitado pelo quartil1 e quartil2; 3º intervalo quartílico, definido pelo quartil2 e quartil3; 4º intervalo quartílico, desde o quartil3 ao xmax. São considerados outliers as observações que fiquem abaixo do limite definido pela expressão ( )131 5.1 qqq −×− ou acima do limite ( )133 5.1 qqq −×+ ; caso existam outliers, o limite do “bigode” do diagrama passa a ser a observação extrema que se situe dentro dos limites dos outliers atrás definidos. Para criar o diagrama de extremos-e-quartis, executar o seguinte procedimento (vamos usar a variável ritmoa do ficheiro pulso.sav): Graphs Boxplot ... Na caixa de diálogo seguinte seleccionar a opção Simple, já que se trata de uma única variável, e a opção para criar um diagrama de extremos-e- quartis da variável ritmoa para cada categoria de uma outra variável (vamos usar a variável sexo para definiras categorias). Seleccionar a opção se se SPSS 4 - Gráficos ESACB 53 pretender criar o gráfico com todos os dados da variável ritmoa, sem separar pelas categorias da variável sexo: Fazer para continuar. Na seguinte caixa de diálogo, seleccionar a variável numérica a representar no gráfico (ritmoa), e a variável para definir as categorias (sexo): O resultado é o seguinte: Case Processing Summary 22 100.0% 0 .0% 22 100.0% 18 100.0% 0 .0% 18 100.0% SEXO Homem Mulher RITMOA N Percent N Percent N Percent Valid Missing Total Cases SPSS 4 - Gráficos ESACB 54 1822N = SEXO MulherHomem R IT M O A 100 90 80 70 60 50 3810 15 Repare-se que no caso dos homens, há duas observações outliers, que são assinaladas fora dos “bigodes” do diagrama; o “bigode” chega, neste caso, até à observação mais alta, mas que não seja outlier (valor 80). Repare-se que é indicado o número de observações para cada uma das categorias (N=22 para os homens; N=18 para as mulheres). 4.1.4 - GRÁFICO DE BARRA DE ERROS Um gráfico de barra de erros representa um intervalo de confiança para a média de uma variável numérica de uma amostra (ou sub-amostras definidas pelas categorias de uma variável categórica). O intervalo de confiança é definido por uma das seguintes expressões (entre parentesis são indicadas as respectivas opções a seleccionar durante a definição do gráfico – ver à frente): • N stx N .)1,( −± α , em que )1,( −Nat é o quantil α da distribuição t-Student (opção Confidence interval for mean); • xskx .± , em que N ssx = é o erro padrão da média e Ν∈k (opção Standard error of mean); • szx .α± , em que αz é o quantil α da distribuição normal reduzida N(0,1) (opção Standard deviation). Vamos ilustrar a criação deste tipo de gráfico usando a variável ritmoa do ficheiro pulso.sav, sub-dividida pelas duas categorias (Homem, Mulher) da variável sexo: SPSS 4 - Gráficos ESACB 55 Graphs Error Bar ... Na caixa de diálogo seguinte seleccionar a opção Simple, já que se trata de uma única variável, e a opção para um gráfico da variável ritmoa para cada categoria de uma outra variável (sexo). Seleccionar a opção se se pretender criar o gráfico com todos os dados da variável ritmoa, sem separar pelas categorias da variável sexo: Fazer para continuar. Na seguinte caixa de diálogo, seleccionar a variável numérica a representar no gráfico (ritmoa), e a variável para definir as categorias (sexo): Na caixa Bars Represent deve seleccionar-se o tipo de intervalo de confiança que se pretende (definidos anteriormente). Para pequenas amostras, o mais usual é o intervalo de confiança para a média (Confidence interval for mean). O nível de confiança é de 95% (o utilizador pode definir outro nível de confiança). SPSS 4 - Gráficos ESACB 56 Para definir os títulos do gráfico, seleccionar . O gráfico tem o seguinte aspecto: 1822N = Intervalo de confiança a 95% para a média do r itmo cardíaco (por categoria sexo) Fonte: Abcde, 1998 SEXO MulherHomem 95 % C I R IT M O A 90 80 70 60 4.1.5 - GRÁFICOS DE PROBABILIDADES Os gráficos de probabilidades (P-P: Probability Plots) visualizam graficamente o ajustamento de uma variável a uma função de distribuição de probabilidades. Este tipo de gráficos representa no eixo dos xx as frequências relativas acumuladas observadas na amostra (observed cummulative probability) e no eixo dos yy a função de distribuição de probabilidades esperada (expected cummulative probability). A diagonal do gráfico (x=y) representa um ajustamento perfeito da amostra à função de distribuição de probabilidades. Quanto mais os pontos se afastam da diagonal, ou se se distribuem segundo um determinado padrão, menor é o ajustamento da amostra à distribuição teórica. O SPSS pode fazer o gráfico P-P de ajustamento às seguintes distribuições: beta, chi- quadrado, exponencial, gamma, Laplace, Logistic, Log-normal, normal, semi-normal, Pareto, t-Student, Weibull e uniforme. Vamos ilustrar ajustando a variável ritmoa à distribuição de probabilidades normal, com média x (parâmetro de localização) e variância 2s (parâmetro de escala), estimados a partir da amostra: Graphs P-P ... SPSS 4 - Gráficos ESACB 57 O campo permite seleccionar a distribuição teórica de probabilidades. As frequências acumuladas teóricas ou esperadas são calculadas por expressões matematicamente definidas, e todas relacionadas com o “ranking” das observações (isto é, com a ordem desde 0 – correspondente a xmin - a n – correspondente a xmax), sendo o método Blom o mais usual. Quando há observações repetidas (ties), a sua ordem pode ser definida pela ordem da observação média ( ), ou pela ordem mais elevada (High) ou da observação mais baixa (Low) da observação repetida. O resultado é o seguinte: PPlot MODEL: MOD_3. Expected Normal quantiles calculated using Blom's proportional estimation formula and assigning the mean to ties. For variable RITMOA... Normal distribution parameters estimated: location=75.95 scale=9.5379135 SPSS 4 - Gráficos ESACB 58 Normal P-P Plot of RITMOA Observed Cum Prob 1.00.75.50.250.00 Ex pe ct ed C um P ro b 1.00 .75 .50 .25 0.00 Detrended Normal P-P Plot of RITMOA Observed Cum Prob 1.0.8.6.4.20.0 D ev ia tio n fro m N or m al .10 .08 .06 .04 .02 0.00 -.02 -.04 -.06 O output inclui, além do gráfico de ajustamento à normal (onde se observa um afastamento com comportamento cíclico em relação à diagonal), um gráfico do ajustamento dos resíduos (yobs-yest); se a amostra é perfeitamente normal, os resíduos distribuir-se-ão segundo uma faixa horizontal em torno do zero, sem denotar qualquer padrão de distribuição; no exemplo, é nítido um comportamento cíclico em torno do zero, denotando algum afastamento em relação à normal. SPSS 4 - Gráficos ESACB 59 4.1.6 - GRÁFICO DE DISPERSÃO O gráfico de dispersão (scatterplot) é um gráfico de pontos, representando num plano (x,y) N pares de valores numéricos escalares, que permite analisar a distribuição conjunta das duas variáveis. Este tipo de gráficos é muito útil como metodologia prévia de análise a problemas de regressão, quando se tenta ajustar uma função y=f(x), que estabelece uma relação de dependência entre as duas variáveis. Permite igualmente detectar observações outliers bi-variadas, isto é, observações que se afastam do contexto das restantes observações, mesmo que, analisadas isoladamente em relação a cada variável, não se suspeite desses outliers. No eixo dos xx representa-se a variável independente ou causal, e no eixo dos yy a variável dependente, resposta ou efeito. A fim de ilustrar, vamos usar as variáveis ritmoa (x) e ritmod (y), pensando a priori que o ritmo cardíaco após exercício físico está relacionado com o ritmo cardíaco em repouso do mesmo indivíduo. Graphs Scatter ... Nesta janela, deve seleccionar-se o tipo de gráfico de dispersão a executar: Simple quando se pretende representar num plano xy uma série de observações bi- variadas (x,y); se nessa série existem diferentes categorias, definidas por uma terceira variável categórica, podem identificar-se os pontos correspondentes a cada categoria com marcas diferentes; Overlay quando se pretende representar num mesmo plano (x,y) duas ou mais séries de observações bi-variadas (x,y) da mesma natureza; Matrix quando se pretendem representar os gráficos xy de todas as combinações possíveisde duas ou mais variáveis; isto é, dispondo de 3 variáveis genericamente identificadas por x,y,z, esta opção representa os seguintes gráficos: (x,y), (x,z), (y,z), bem como a imagem simétrica destes gráficos; este gráfico é útil para uma análise exploratória das associações entre diversas variáveis; 3-D representa o gráfico espacial a 3 dimensões definido pelos eixos (x,y,z). O tipo de gráfico mais usual é o Simple. Tendo seleccionado a opção pretendida, fazer para prosseguir. Na janela seguinte, definir as variáveis a usar em cada um dos SPSS 4 - Gráficos ESACB 60 eixos (x: ritmoa; y: ritmod), bem como a variável categórica (sexo) de agrupamento (opcional): Definir os títulos como previamente descrito. O gráfico resultante tem o seguinte aspecto: Ritmo após exercício versus ritmo cardíaco em repouso Os casos são identificados por sexo Fonte: Abcde, 1998 RITMOA 10090807060 R IT M O D 280 260 240 220 200 180 160 140 120 100 SEXO Mulher Homem Nota-se que, aparte da observação no canto superior direito do gráfico, que é um outlier bi- variado, todas as outras observações têm uma tendência mais ou menos linear ligeiramente crescente. Para ilustrar a matriz de gráficos, com as variáveis idade, ritmoa, ritmod, executar o procedimento: SPSS 4 - Gráficos ESACB 61 Graphs Scatter ... Matrix O gráfico resultante é o seguinte: IDADE RITMOA RITMOD Relação entre idade, ritmoa, ritmod Casos identificados por sexo Fonte: Abcde, 1998 SEXO Mulher Homem SPSS 4 - Gráficos ESACB 62 4.2 - EDIÇÃO DOS GRÁFICOS STANDARDIZADOS Quando o gráfico é criado e aparece na janela Viewer do SPSS pode não estar optimizado em relação a algumas características, nomeadamente cores e padrões de preenchimento (com particular ênfase se se pretende imprimir ou exportar para outras aplicações). Para editar o gráfico, a fim de fazer estes pequenos ajustamentos, seleccionar o gráfico (click sobre o gráfico) na janela Viewer do SPSS e abri-lo com um dos seguintes procedimentos: i) Edit SPSS Chart Object Open ii) Click com o botão direito do rato Aparece o seguinte menu: Seleccionar SPSS Chart Object Open iii) Duplo click com o botão esquerdo do rato Qualquer dos anteriores procedimentos abre o gráfico numa nova janela, com a designação SPSS Chart Editor, sobreposta ao Viewer, tal como se ilustra; o gráfico está sombreado na janela Viewer durante a edição; as alterações efectuadas são reflectidas automaticamente neste gráfico: SPSS 4 - Gráficos ESACB 63 Para alterar um pormenor, por exemplo o padrão de preenchimento das barras, fazer click sobre uma barra (no Chart Editor); repare-se que automaticamente todas as barras ficaram seleccionadas (muito embora as marcas sejam colocadas em apenas algumas barras, todas elas estão seleccionadas): Para alterar o formato das barras, seleccionar o menu Format: SPSS 4 - Gráficos ESACB 64 Neste menu, seleccionar uma das seguintes opções, conforme o objectivo; cada opção abre uma caixa de diálogo onde o utilizador selecciona a alteração a efectuar; para tomar efeito, fazer : Nota: A barra de ferramentas do SPSS Chart Editor tem os botões de atalho para as respectivas entradas no menu Format, tal como de seguida se apresentam: Fill Patern... ou Alterar o padrão de preenchimento; Color... ou Alterar a cor; Marker... ou Alterar o tipo de marca ou ponto (no scatterplot); Line Style... ou Alterar o tipo (contínua, pontuada) e espessura de linhas; Bar Style ... ou Alterar o tipo de barras: SPSS 4 - Gráficos ESACB 65 Text... ou Alterar as características (fonte e tamanho) do texto (só activo se se se seleccionou previamente uma região de texto, por exemplo os títulos) Cada uma das caixas de diálogo tem o botão ou , para fechar após aplicar a alteração. Para alterar os títulos ou notas de rodapé (ou defini-los, se não o foram durante o procedimento do elaboração do gráfico), faz-se o seguinte procedimento: Chart Title... (ou Footnote... se se trata de editar as notas de rodapé) Abre-se a seguinte janela de diálogo, onde o utilizador poderá alterar os títulos (se não foram previamente definidos os títulos, os respectivos campos aparecem vazios), e o respectivo alinhamento: No caso da edição das notas de rodapé, a janela de diálogo é a seguinte: Após ter efectuado as alterações pretendidas, fechar o Chart Editor para regressar ao Viewer; para tal, fazer File Close, ou click no botão . 4.3 - GRÁFICOS INTERACTIVOS SPSS 4 - Gráficos ESACB 66 Como referido no início do capítulo, o SPSS dispõe de uma rotina interactiva de definição de gráficos, em que a selecção e alteração do tipo de gráficos, variáveis a incluir, e pormenores, são mais facilmente editados. Para criar um gráfico interactivo, seleccionar: Graphs Interactive No menu seguinte, selecciona-se o tipo de gráfico a criar: Vamos ilustrar a criação de um gráfico de barras e de um gráfico de dispersão; para os restantes tipos, os procedimentos são análogos. 4.3.1 - GRÁFICO DE BARRAS No menu Interactive selecciona-se a opção Bar... , aparecendo a seguinte janela de diálogo: SPSS 4 - Gráficos ESACB 67 Esta janela é típica dos gráficos interactivos, e representa o “esqueleto” do gráfico, com um sistema de eixos ortogonais, cada um com um campo, para o qual se selecciona a variável a usar nesse eixo; alguns campos podem já conter uma variável4 automaticamente assumida pelo programa; é o que acontece no eixo dos yy, em que o programa propõe representar o número de casos iguais, ou frequências absolutas (variável $count). O gráfico pode ser bi-dimensional, ou tri-dimensional; a selecção faz-se com os botões: gráfico bi-dimensional (plano xy) gráfico tri-dimensional (espaço xyz) No caso de um gráfico bi-dimensional, pode ser representado na vertical ( ) ou na horizontal ( ). Seleccionar para o eixo dos xx a variável a representar (sexo): 4 Aparte das variáveis definidas no ficheiro, nesta rotina o programa automaticamente define outras variáveis, nomeadamente a variável $count (contagem de casos), $pct (percentagem de casos), $case (número de ordem dos casos). Se a variável é precedida pelo ícon , trata-se de uma variável categórica; se é precedida pelo ícon , é uma variável numérica escalar do ficheiro; se o ícon é , trata-se de uma variável escalar definida pelo programa, e não constante no ficheiro. SPSS 4 - Gráficos ESACB 68 Para definir os títulos, seleccionar o separador Titles: O gráfico resultante tem o seguinte aspecto: SPSS 4 - Gráficos ESACB 69 Se se pretende visualizar a distribuição, dentro de cada um dos sexos, pela variável fuma, deve especificar-se esta divisão por categorias, no separador Assign Variables da janela Create Bar Chart, incluindo a variável para definir as categorias no campo Legend Variables – Color; o que se está a fazeer, é instruir o programa para usar cores diferentes para cada uma das categorias da variável fuma: O gráfico resultante é o seguinte: SPSS 4 - Gráficos ESACB 70 4.3.2 - GRÁFICO DE DISPERSÃO Vamos ilustrar com a criação do gráfico que relaciona o ritmo cardíaco antes de exercício (ritmoa) com o ritmo cardíaco após exercício (ritmod). Para tal: Graphs Interactive Scatterplot ... Na janela de diálogoseguinte, definir as variáveis para os eixos dos xx e dos yy; para identificar os casos por sexo, seleccionar a variável sexo para o campo Legend Variable Style (os casos de cada um dos sexos são identificados com uma marca distinta; se se incluir a variável em Color, para cada um dos sexos é usada uma cor distinta): SPSS 4 - Gráficos ESACB 71 Para definir os títulos, seleccionar o separador Titles. O gráfico tem o seguinte aspecto: SPSS 4 - Gráficos ESACB 72 O gráfico de dispersão interactivo tem a particularidade de poder ajustar uma equação de regressão linear aos pontos, na totalidade, sem diferenciação por categorias, ou então para os pontos de cada uma das categorias definidas por uma variável categórica. Para tal, na janela de diálogo Create Scatterplot, após identificar as variáveis x e y e a variável categórica (se se pretender uma equação para cada categoria), seleccionar o separador Fit: SPSS 4 - Gráficos ESACB 73 No campo Method, seleccionar a opção Regression; no campo Fit lines for, seleccionar a opção se se pretende uma equação para cada um dos casos da variável sexo (a opção Total, que pode ser seleccionada isolada ou em conjunto com a opção Subgroups, destina-se a ajustar uma equação a toda a amostra). O resultado é o seguinte: SPSS 4 - Gráficos ESACB 74 Para cada uma das sub-amostras definidas pela variável sexo, foi ajustada a equação de regressão linear, cujas equações, e o respectivo coeficiente de determinação R2, são apresentadas na figura. Uma outra possibilidade é apresentar os gráficos por categorias isolados. Para tal, na janela Create Scatterplot, a variável categórica é seleccionada para o campo Panel Variables (e não para o campo Legend Variables): SPSS 4 - Gráficos ESACB 75 Para ajustar, em cada um dos gráficos, a respectiva equação de regressão, seleccionar no separador Fit a opção (já que o ajustamento da equação é feito para cada um dos gráficos isoladamente). O resultado é o seguinte: 4.4 - EDIÇÃO DE GRÁFICOS INTERACTIVOS Para editar um gráfico criado com a rotina Interactive, seleccionar o gráfico a editar e fazer um dos seguintes procedimentos: i) Edit SPSS Interactive Graphic Object ii) Click no botão direito do rato; no menu seguinte: seleccionar SPSS Interactive Graphic Object iii) Duplo click com o botão esquerdo do rato sobre o gráfico O gráfico é editado na janela Viewer do SPSS, tomando o seguinte aspecto: SPSS 4 - Gráficos ESACB 76 A área do gráfico em edição, assinalada na margem esquerda por uma seta, está no interior de uma bordadura tracejada. Não é permitido efectuar modificações em qualquer zona fora desta bordadura. Os ícons na borda do gráfico são botões de atalho para as tarefas de edição. Para editar um elemento do gráfico, deve seleccionar-se previamente, fazendo click sobre esse elemento. Seguidamente, utiliza-se o botão pretendido: Espessura de linhas; Estilo de linhas (contínuas, tracejadas); Tamanho de marcas ou pontos; Estilo (forma) de marcas ou pontos; Padrão de preenchimento de áreas; Estilo e cor das linhas de bordadura de áreas; Cor de preenchimento de áreas; Ferramenta para criar/editar uma caixa de texto; Ponteiro do rato para seleccção de elementos do gráfico; Abre a seguinte caixa de diálogo de selecção de variáveis, onde se podem mudar as variáveis a representar no gráfico: SPSS 4 - Gráficos ESACB 77 Permite inserir elementos no gráfico (os elementos que se podem inserir dependem do tipo de gráfico, e natureza das variáveis em uso): Botão que permite desfazer a última modificação efectuada no gráfico; Selecciona a orientação horizontal ou vertical do gráfico; Dispõe automaticamente na área os elementos do gráfico; Definição da fonte e tamanho do texto, bold ou negrito, itálico (só está activo se previamente se tiver seleccionado um elemento de texto do gráfico). Além destes botões, que permitem efectuar a maior parte das modificações que o utilizador normal pretende efectuar no gráfico, os menus Edit, View, Format possibilitam executar SPSS 4 - Gráficos ESACB 78 essas mesmas alterações através de menus, e outras modificações que não dispõem de botão de atalho. No final, para terminar a sessão de edição do gráfico, basta fazer click sobre uma área do ecran não pertencente à janela do gráfico. SPSS 5 - Testes T ESACB 79 5 - TESTES T As metodologias estatísticas que envolvem testes de hipóteses acerca de médias de hipótese designam-se genericamente por testes t. O SPSS dispõe de três tipos de testes t: • Teste t para a média de uma amostra: compara a média de uma amostra com a média hipotética conhecida de uma população. São apresentados os parâmetros estatísticos da amostra em análise; igualmente é estabelecido um intervalo de confiança para )( µ−x . O teste de hipótese subjacente é: 0:0: :: 10 10 ≠−=− ⇔ ≠= µµ µµ xHxH xHxH e a estatística de testes é − = N xt σ µ • Teste t para duas amostras independentes: Compara as médias de uma mesma variável ou característica observada sobre duas amostras independentes de indivíduos, com a condição de que os indivíduos sejam aleatoriamente atribuídos aos dois conjuntos em comparação (por exemplo, produção obtida sob um tratamento versus produção obtida sob outro tratamento diferente, ou de um modo genérico, controlo versus tratamento). São apresentados os parâmetros estatísticos das amostras em análise; é efectuado o teste de LEVENE para a homogeneidade das variâncias das duas amostras; são apresentadas as estatísticas de teste para as situações de variâncias homogéneas e não homogéneas; é estabelecido um intervalo de confiança para ( 21 xx − ). O teste de hipótese subjacente é: 0:0: :: 211210 211210 ≠−=− ⇔ ≠= xxHxxH xxHxxH e a estatística de testes é −× − = 21 2 21 11 NN s xxt O teste de Levene para decidir 22 2 11 2 2 2 10 :: ssHssH ≠= consiste numa análise de variância aos valores absolutos das diferenças entre os valores observados e a média de cada uma das amostras. SPSS 5 - Testes T ESACB 80 • Teste t para duas amostras emparelhadas: Compara as médias de duas variáveis ou características para uma mesma amostra de indivíduos (do género peso antes versus peso depois de um determinado tratamento). São apresentados os parâmetros estatísticos para as duas amostras em análise; é calculada a correlação entre as duas amostras; São apresentados os parâmetros estatísticos para as diferenças entre as duas amostras emparelhadas; é estabelecido um intervalo de confiança para ( 21 xx − ). O teste de hipótese subjacente é: 0:0: :: 211210 211210 ≠−=− ⇔ ≠= xxHxxH xxHxxH e a estatística de testes é −× − = 21 2 21 11 NN s xxt A fim de ilustrar a realização destes testes vamos usar o ficheiro PULSO.SAV que foi criado por importação de um ficheiro dBase. Em anexo é fornecida uma impressão do ficheiro. Os dados consistem em 40 casos de pacientes (seleccionados aleatoriamente entre os alunos de uma universidade), homens e mulheres, alguns dos quais fumam e outros não fumam. Para cada um dos indivíduos foi medido o ritmo cardíaco antes (ritmoa) e após uma corrida de 1500 m (ritmod). Pretende-se, entre outros objectivos, verificar se há diferenças entre os ritmos cardíacos antes e após o exercício físico; se há
Compartilhar