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Estrutura das Demonstrações Contábeis PROFESSORA MS. ANNA BEATRIZ GRANGEIRO RIBEIRO MAIA 2015.2 2Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz Conteúdo Programático Aula 10 - Unidade 03 – Balanço Patrimonial – Ativo 3.1.1 Conceitos 3.1.2 Ativo Circulante 3.1.3 Ativo Não Circulante 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo 3.1.5 Exercícios de Fixação 3Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.1 Conceitos Recordar é Aprender 4Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.1 Conceitos Recordar é Aprender 1. São considerados como pressupostos básicos da estrutura conceitual das demonstrações contábeis de acordo com o CPC 26: a) Entidade e Continuidade b) Entidade e Conservadorismo c) Regime de Competência e Continuidade d) Regime de Competência e Conservadorismo e) Regime de Competência e Entidade 5Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.1 Conceitos Recordar é Aprender 2. Qual a base de mensuração em que os valores dos ativos são descontados conforme o fluxo futuro de entrada líquida de caixa (CPC 00 R1): a) Custo Histórico b) Custo Corrente c) Valor Realizável d) Valor Presente e) Nenhuma das alternativas anteriores 6Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.1 Conceitos Recordar é Aprender 3. Nos termos do Pronunciamento Conceitual Básico do CPC que dispõe sobre a Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, essas demonstrações retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, agrupando-os em classes de acordo com as suas características econômicas, sendo essas classes chamadas de elementos das demonstrações contábeis. Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira são os seguintes: a) ativo e passivo b) ativo, receitas e despesas c) ativo, passivo, receitas e despesas d) ativo, passivo e patrimônio líquido e) passivo e patrimônio líquido 7Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.1 Conceitos Recordar é Aprender O que é ATIVO? 8Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.1 Conceitos Recordar é Aprender É um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade, e seu custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade. As contas deste grupo não se encerram com a apuração do resultado do exercício e podem ser debitadas ou creditadas, sendo o saldo sempre devedor (exceto as contas redutoras). Posição Patrimonial e Financeira Ativos Passivos Patrimônio líquido Mensuração do Desempenho Receitas Despesas usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos; trocado por outros ativos; usado para liquidar um passivo; ou distribuído aos proprietários da entidade Por exemplo, o ativo pode ser: 9Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.1 Conceitos Recordar é Aprender No balanço patrimonial, a disposição das contas do ativo obedece ao grau decrescente de liquidez dos elementos nelas registrados. Devemos entender como liquidez a capacidade que tem um bem ou um direito de se transformar o mais rapidamente possível em dinheiro. De acordo com o Artigo 37 da Lei nº 11.941/09, o ativo está subdivido em: 10Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.1 Conceitos Recordar é Aprender Distinção entre circulante e não circulante ATIVO Circulante •Quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios: • (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; • (b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; • (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou • (d) é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Não Circulante •Todos aqueles que não satisfazem os critérios circulantes. •Devem ser subdivididos em: •Realizável a longo prazo; • Investimentos; • Imobilizado; e • Intangível. 11Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Classificação Objetivando à classificação contábil dos elementos patrimoniais nos respectivos grupos de contas do ativo, foi estabelecido o conceito de curto prazo. Incluem-se, no curto prazo, todos os bens e direitos (ativos) realizáveis em moeda ou nela conversíveis, até o término do exercício social seguinte. Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração superior ao do exercício social, a classificação da conta no ativo circulante terá por base o prazo desse ciclo (Item 67A, CPC 26 – R1). Entende-se como ciclo operacional a aplicação de recursos na formação de estoques, a venda desses estoques e o recebimento dessa venda, começando novamente o ciclo, com a aquisição de estoques. 12Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Classificação Ciclo operacional 13Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: É o termo utilizado para representar valores de liquidez imediata. Disponibilidades Representam direitos que a empresa tem a receber. Créditos São as mercadorias para serem revendidas que a empresa possui. Estoques Não representam o objeto principal da empresa, são normais e inerentes a suas atividades. Outros créditos São despesas a vencer, a apropriar, a transcorrer, que já foram pagas, sendo direitos d a empresa. Despesas antecipadas Ativos Especiais 14Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Disponibilidades Caixa: dinheiro existente (em espécie) na empresa, sendo o item de maior liquidez (rapidez com que pode ser convertido em dinheiro). Banco conta movimento: corresponde aos recursos depositados em contas-correntes de livre movimentação. OBS.: Também pode existir a conta Poupança (se a empresa tiver). Aplicações financeiras de liquidez imediata: investimentos por um curto período, pois assim que a empresa necessitar do dinheiro, ela pode se desfazer da aplicação e usá-lo. Podem ser: - Aplicações com rendimentos prefixados: a empresa fica sabendo, no dia da aplicação, o valor dos seus rendimentos (correção monetária mais os juros). - Aplicações com rendimentos pós-fixados: a empresa somente fica sabendo quanto ganhou com a operação no dia do seu resgate. Depósitos bancários à vista (Numerários em trânsito): para cheques e/ou transferências que entrarão na conta da empresa a curto prazo. 15Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Créditos Duplicatas a receber ou Clientes: valores a receber decorrentes das vendas à prazo efetuadas pela empresa. (-) Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD): conta redutora. Títulos a receber: são representados, na maioria das vezes, por notas promissórias. Podem ser originários de duplicatas não pagas no vencimento, cujos valores renegociados passam a ser representados por notas promissórias ou por outro título equivalente com prazo de vencimento dilatado, conforme acordo entre as partes. Representam também valores de empréstimos a receber de terceiros e de vendas não ligadas às operações normais da empresa, tais comovendas de investimentos como ações, debêntures, imóveis, etc. 16Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Créditos Outras contas a receber: são valores ainda não recebidos, decorrentes da prestação de serviços a prazo (no curto prazo). Fazem parte as contas: - Juros a receber: são os juros a receber de terceiros originários de empréstimos, bem como de outras operações nas quais os juros não sejam agregados aos próprios títulos. - Adiantamento a fornecedores: os adiantamentos efetuados a fornecedores de matéria- prima ou produto para revenda são registrados nessa conta. OBS.: A baixa será efetuada por ocasião do efetivo recebimento, registrando-se o custo total na correspondente conta de Estoques, e caso haja saldo a pagar, na conta Fornecedores, no passivo circulante. Etc. 17Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 16 (R1) - Estoques São bens comprados ou fabricados pela empresa com o objetivo de venda ou utilização própria no decorrer normal de suas atividades. • Se a empresa for comercial, os estoques são de mercadorias; • Se a empresa for industrial, teremos estoques de produtos acabados, estoques de matérias-primas e estoques de produtos em elaboração. 18Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 16 (R1) - Estoques A questão fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas. Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. V al o r d e C u st o Custos de Aquisição (compra + impostos + transporte + seguro + manuseio - descontos) Custos de Transformação (custos diretos + custos indiretos) Outros custos (desenho de produtos para clientes específicos) V al o r re al iz áv e l líq u id o Preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. 19Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 16 (R1) - Estoques A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso. O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O custo dos estoques pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. 20Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 16 (R1) - Estoques ITENS NÃO-INCLUÍDOS NO CUSTO DO ESTOQUE E RECONHECIDOS COMO DESPESA: (a) valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros insumos de produção; (b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra fase de produção; (c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais; e (d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes. Os gastos, por exemplo, em função das compras a prazo (a diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago) devem ser reconhecidos como despesa de juros durante o período do financiamento. 21Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 16 (R1) - Estoques PRESTADOR DE SERVIÇOS TEM ESTOQUE? 22Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 16 (R1) - Estoques ESTOQUE DE PRESTADOR DE SERVIÇOS: Na medida em que os prestadores de serviços tenham estoques de serviços em andamento, devem mensurá-los pelos custos da sua produção. Consistem principalmente em mão-de-obra e outros custos com o pessoal diretamente envolvido na prestação dos serviços, incluindo o pessoal de supervisão, o material utilizado e os custos indiretos atribuíveis. ATENÇÃO! Os salários e os outros gastos relacionados com as vendas e com o pessoal geral administrativo NÃO devem ser incluídos no custo, mas reconhecidos como despesa do período em que são incorridos. O custo dos estoques de prestador de serviços não inclui as margens de lucro nem os gastos gerais não atribuíveis que são frequentemente incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços. 23Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 16 (R1) - Estoques ESTOQUE DE ATIVOS BIOLÓGICOS: Os estoques que compreendam o produto agrícola que a entidade tenha colhido, proveniente dos seus ativos biológicos, devem ser mensurados no reconhecimento inicial pelo seu valor justo deduzido dos gastos estimados no ponto de venda no momento da colheita. Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Alterada pela Revisão CPC 03) 24Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques O que é Ativo Biológico? 25Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 29 – Ativos Biológicos Transformação Biológica Crescimento Procriação Produção Degeneração Produto Agrícola Ativo Biológico Adicional Atividade Biológica 26Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques CPC 29 – Ativos Biológicos Entende-se como ativo biológico um animal ou uma planta, vivos, que produz produto agrícola. O produto agrícola é definido como o produto colhido ou, de alguma forma, obtido a partir de um ativo biológico de uma entidade. A transformação biológica compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que causa mudança qualitativa e quantitativa no ativo biológico. • Imediatamente após a colheita, o nascimento ou qualquer outra forma de sua obtenção, os produtos são avaliados ao valor justo menos despesas de venda, com a contrapartida desse registro afetando o resultado. 27Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques Estoque de produtos acabados: produtos cujo processo de fabricação foi concluído e já se encontram em condições de venda. Estoque de mercadorias para revenda: mercadorias adquiridas para comercialização. Estoque de produtos em elaboração: produtos que, no fechamento do balanço, ainda se encontram em fase de produção. Compreende todos os custos aplicados nesses produtos. Em empresas prestadoras de serviços, essa conta é chamada de Serviços em Andamento. Estoque de matéria-prima: quando se trata de produtos que ainda não tenham sofrido qualquer tipo de uso para produção de novos produtos. No comércio,esse estoque é chamado de Material de Revenda. 28Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Estoques Estoque de materiais: compreende todo tipo de material existente na empresa, tanto aquele que se incorpora ao produto como aquele auxiliar da produção, administração e entregas. OBS.: a conta Estoque de materiais pode ser dividida em outras contas, como por exemplo: Estoque de matéria-prima Estoque de materiais secundários Estoque de embalagens Estoque de peças para reposição Etc. Estoque de mercadorias em trânsito: compreende os bens comprados pela empresa que, na data do balanço, se acham em transporte a caminho da empresa. (-) Provisão para ajuste de estoque ao valor de mercado / perda com estoque: conta redutora. 29Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Ativo Especial é toda aplicação de recursos que, diretamente relacionada à atividade-fim da entidade, gera, por si só, benefícios econômicos futuros, independente de ser um bem tangível ou intangível. Desde que, para tanto, seja mantido o domínio do bem, pois a potencialidade de geração de receita não se esgota em uma única transação, não importando quantas vezes o mesmo é negociado. Origem: Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, de Sérgio de Iudícibus: A principal diferença em relação a estoques é que estes, quando comercializados, geram receitas que são confrontadas com a baixa integral de seu custo, ocasionando a transferência de fato e de direito para o comprador. Com relação aos ativos especiais, apesar destes também gerarem receitas quando comercializados, sua baixa total não ocorre necessariamente, pois poderão existir outras comercializações utilizando-se o mesmo ativo. Ex.: gastos incorridos com conteúdos artístico-culturais (filmes) elaborados por produtoras cinematográficas com o objetivo de obter receita mediante a cessão do direito de exibição. Ativos Especiais 30Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Existe o caso dos softwares, que são produzidos ou adquiridos com o objetivo de cessão de seus direitos de uso a diferentes clientes. Ressalta-se que se o objetivo for a alienação definitiva de sua propriedade, tratar-se-á de um caso típico de mercadoria, mesmo sendo um ativo intangível. PLANO DE CONTAS DOS ATIVOS ESPECIAIS: • Ativos especiais: prontos para produzir receita. • Ativos especiais em produção: ainda não estão disponíveis para geração de receita. • Amortização acumulada (conta credora) • Perda estimada para redução ao valor de mercado (conta credora) • Perda estimada (conta credora) Ativos Especiais Os ativos especiais somente podem ser reconhecidos contabilmente se, e somente se, for provável que os benefícios econômicos futuros decorrentes desses ativos ingressarão na entidade, e que o custo desses ativos possa ser mensurado com segurança. Isso serve tanto para ativos adquiridos de terceiros quanto gerados internamente. 31Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Outros créditos OBS.: Deve-se observar a relevância de cada conta do balanço e decidir se vale a pena considerá-las como um item isolado ou não. Se não, deve-se agrupá-las com outras contas (materialidade X agregação – NBC TG 26 (R1)). A não ser em casos especiais, nenhum item com menos de 5% do ativo circulante precisa ser destacado. Acima de 10%, convém refletir sobre a necessidade de destacá-lo ou não e com mais de 20% certamente deve ser destacado. Essa não é, contudo, uma regra fixa. É apenas uma sugestão geral que precisa ser analisada em cada caso. Impostos a recuperar: impostos pagos no ato da compra de mercadorias, incidentes sobre as compras realizadas. Denomina-se a recuperar, pois quando ocorrer a vendas das mercadorias, o valor de imposto pago será reduzido dos Impostos a recolher (referente à venda de mercadorias). Desta forma, a empresa pagará apenas a diferença de valor, diminuindo o imposto das compras do imposto das vendas. São contas de impostos a recuperar: ICMS a recuperar PIS a recuperar etc. COFINS a recuperar IPI a recuperar 32Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Outros créditos Adiantamento a fornecedores: pagamentos ou parcelas de pagamentos antecipadas a pela compra produtos para revenda ou de materiais que fazem parte do produto. Adiantamento a funcionários: nesta conta devemos juntar todas as operações de créditos a funcionários por adiantamentos concedidos por conta de salários, de despesas, de empréstimos e outros. Quando chegar o dia de pagamento de cada um destes itens, o valor que constar de adiantamento deverá ser reduzido do valor a ser pago pela empresa. São contas de adiantamento a funcionários: Adiantamento para viagens Adiantamento de salários Adiantamento de 13º salário Adiantamento de férias Etc. 33Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Outros créditos Adiantamento a terceiros: pagamentos ou parcelas de pagamentos antecipadas a terceiros, mas sem vinculação específica ao fornecimento de bens, produtos ou serviços predeterminados. Ou seja, se for adiantamento relacionado a produtos para revenda ou que fazem parte do produto, se classificará na conta Adiantamento a fornecedores. Já os demais adiantamentos, de coisas que a empresa adquire (sem um tipo determinado), classifica-se nesta conta. Aluguéis ativos a receber: valor de aluguel que a empresa tem a receber, sendo um direito. Exemplo: no final do mês, ano, ou data estipulada entre as partes, o cliente deverá pagar para a empresa o valor de aluguel do imóvel. A empresa forneceu o ambiente e agora ela tem o direito de receber o dinheiro equivalente a este aluguel. Sendo assim, é o aluguel que o cliente usou e ainda não pagou (que será pago em uma data estipulada). Etc. 34Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Despesas antecipadas OBS.: Por se tratar de aplicação antecipada de recursos financeiros em despesas a serem incorridas no exercício seguinte, a sua apropriação às contas de resultado terá lugar à medida que os benefícios forem auferidos (obtidos). Prêmio de seguros a vencer (ou a apropriar): quando a empresa faz um contrato de seguro, o segurador se obriga com a segurada mediante pagamento de um prêmio, a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros, previstos no contrato. Ex.: Seguro de vida dos funcionários, Seguro de automóvel, Seguro da empresa, etc. Aluguéis passivos a vencer (ou a apropriar): pagamento antecipado de aluguéis pela empresa, mas que ainda não foram usados pelo tempo contratado. Sendo assim, é direito da empresa usufruir dos aluguéis pelo tempo que foram pagos. OBS.: Tem a denominação passivos, pois é uma conta que se relaciona a eventos que importam em redução do patrimônio da entidade. Por isso, é uma conta de despesa. 35Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Despesas antecipadas Assinaturas e anuidades a apropriar: são títulos de assinaturas que a empresa compra por "x" meses ou por um ano, seja de jornais, revistas, TV a cabo, etc. Ex.: Assinatura de um jornal pelo período de um ano com pagamento à vista (foi pago pela empresa o valor de um ano de assinatura, sendo assim, por um ano a empresa tem o direito de usufruir do pacote). Antecipação de comissões e prêmios: referente as comissões e prêmiosrecebidos pela venda de contratos, venda de produtos, etc. Juros passivos a vencer: são juros diversos pagos antecipadamente pela empresa. A realização é "pro rata tempore" (proporcional ao tempo). Aparece, por exemplo, em empréstimos bancários feitos pela empresa, como encargo financeiro. Ex.: Juros de 3% ao semestre. 36Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Os ativos circulantes podem ser: Despesas antecipadas Variações monetárias passivas a vencer: quando a empresa faz um empréstimo bancário, há encargos financeiros que deverão ser realizados (pagos) de acordo com o contrato firmado (realização proporcional ao tempo). É o caso das variações monetárias passivas a vencer. Ex.: Correção monetária medida pelo IGP-M com índice de 1,75% no 1º semestre/2010 e de 0,38% no 2º semestre/2010. Os índices já foram pagos antecipadamente, por isso devem permanecer nesta conta, sendo um direito da empresa. OBS.: O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) registra a inflação de preços desde matérias- primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Honorários técnicos antecipados: honorários decorrentes de serviços técnicos- profissionais pagos antecipadamente aos serviços prestados. Etc. 37Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 4. (CONSULPLAN/2014) Determinados gastos são realizados no período corrente, mas beneficiam o exercício seguinte ou o subperíodo de tal exercício, como, por exemplo, os prêmios de seguros pagos antecipadamente. Tais gastos são denominados Despesas do Exercício Seguinte ou Despesas Antecipadas. As Despesas do Exercício Seguinte são classificadas no: a) Ativo Circulante. b) Despesas Gerais. c) Ativo Não Circulante. d) Despesas Administrativas. Ativo Circulante 38Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 5. (CFC/2014) De acordo com a NBC TG 16(R1) – Estoques, os estoques devem ser mensurados: a) Pelo valor de compra ou pelo valor justo, dos dois o menor. b) Pelo valor de compra ou pelo valor realizável líquido, dos dois o maior. c) Pelo valor de custo ou pelo valor justo, dos dois o maior. d) Pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Ativo Circulante 39Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 6. (CESGRANRIO/2011) Dados extraídos da contabilidade da Companhia Frizomar S.A. sobre as mercadorias destinadas à venda em 31/12/2008: Produto Valor do Custo Valor de Mercado Alfa 23.500,00 21.100,00 Beta 19.650,00 18.120,00 Gama 12.100,00 14.300,00 Total 55.250,00 53.520,00 Considerando-se exclusivamente as informações acima, o valor das avaliações dos estoques em 31/12/2008, em reais, será: a) 57.450,00 b) 55.250,00 c) 53.250,00 d) 51.320,00 e) 51.230,00 Ativo Circulante 40Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 7. Sobre os ativos biológicos, assinale a alternativa incorreta: a) Entende-se como ativo biológico um animal ou uma planta, vivos, que produz produto agrícola. O produto agrícola é definido como o produto colhido ou, de alguma forma, obtido a partir de um ativo biológico de uma entidade. b) A transformação biológica compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação que causa mudança qualitativa e quantitativa no ativo biológico. c) Pode ser citado como exemplo de ativo biológico o gado que produz leite (produto agrícola) e, por sua vez, o queijo e derivados (estoques ou parte do processo produtivo). d) Pode ser citado como exemplo de ativo biológico a madeira, utilizada como matéria-prima para a obtenção da celulose etc. e) Imediatamente após a colheita, o nascimento ou qualquer outra forma de sua obtenção, os produtos são avaliados ao valor justo menos despesas de venda, com a contrapartida desse registro afetando o resultado. Ativo Circulante 41Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Ativo Não Circulante Mantido para Venda CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada Os ativos que satisfazem aos critérios de classificação como mantidos para venda são: a) mensurados pelo menor valor entre o valor contábil até então registrado e o valor justo menos as despesas de venda, e que a depreciação ou a amortização desses ativos cesse; b) apresentados separadamente no balanço patrimonial e que os resultados das operações descontinuadas sejam apresentados separadamente na demonstração do resultado. A entidade não deve depreciar (ou amortizar) o ativo não circulante enquanto estiver classificado como mantido para venda ou enquanto fizer parte de grupo de ativos classificado como mantido para venda. Os juros e os outros gastos atribuíveis aos passivos de grupo de ativos classificado como mantido para venda devem continuar a ser reconhecidos. 42Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Ativo Não Circulante Mantido para Venda Antes das mudanças na contabilidade, quando uma empresa tinha, digamos, quatro fábricas e decidia vender uma delas, a decisão de vender não gerava nenhuma contabilização imediata. O público externo (fornecedores, clientes, acionistas, credores, etc.) só tomava conhecimento da alienação depois do fato consumado. Mas a decisão de vender ativos pode influenciar a tomada de decisão dos usuários externos. Por isso, quando a empresa decide alienar uma linha de produção ou uma unidade geradora de caixa (uma parte do seu negócio), deve reclassificá-lo como Ativo Não Circulante mantido para venda. Bom, entre outras coisas, o ativo reclassificado como Ativo Não Circulante Mantido para venda deixa de ser depreciado, ainda que continue sendo usado na produção. Contudo, a subjetividade responsável do contador é mais uma vez colocada à prova pela convergência contábil. Os contadores devem se preocupar com a relevância, mas também com a representação fidedigna do fato contábil. 43Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Ativo Não Circulante Mantido para Venda Suponha que uma determinada empresa esteja apurando prejuízo e os administradores estão loucos para mostrar lucro, para receber seus bônus e para que a empresa continue tendo crédito na praça. Que tal pegar os imobilizados de maior valor, classificar como “Mantidos para Venda” e parar de depreciá-los? Olha que “coisa boa”, a empresa continua usando o imobilizado, mas deixa de reconhecer a depreciação. Isso deve melhorar bastante o resultado da empresa. Para evitar essa manipulação contábil, o CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada: definiu todas as condições que devem ser atendidas, para que seja possível realizar essa reclassificação. 44Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Ativo Não Circulante Mantido para Venda CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada A entidade deve classificar um ativo não circulante como mantido para venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo: 7. A venda deve ser altamente provável. 8. Para que a venda seja considerada altamente provável, as seguintes condições devem ser observadas: 8.1) O nível hierárquico de gestão apropriado deve estar comprometido com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Ou seja, quem manda na empresa decidiu vender e está correndo atrás, para efetivar a venda. 8.2) Além disso, o ativo mantido para venda deveser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda se qualifique como concluída em até um ano a partir da data da classificação. 8.3) As ações necessárias para concluir o plano devem indicar que é improvável que possa haver alterações significativas no plano ou que o plano possa ser abandonado. 45Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.2 Ativo Circulante Ativo Não Circulante Mantido para Venda CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada Acontecimentos ou circunstâncias podem estender o período de conclusão da venda para além de um ano. A extensão do período durante o qual se exige que a venda seja concluída não impede que o ativo seja classificado como mantido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controle da entidade e se houver evidência suficiente de que a entidade continua comprometida com o seu plano de venda do ativo. (ver Apêndice B do CPC 31). Analisando o caso exposto inicialmente, após um ano, se ficar evidente que os ativos não serão alienados por erros ou decisão da gestão, devem voltar para a classificação original (saem de mantidos para venda) e devem ser depreciados. Ou seja, a empresa deverá reconhecer (contabilizar) de uma só vez a depreciação que deixou de contabilizar enquanto o ativo estava classificado como mantido para venda. 46Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação Ativo Não Circulante Mantido para Venda 8. (ESAF/2014) Com relação às assertivas a seguir, pode-se afirmar que: I. Os Ativos Não Circulantes Mantidos para a Venda, devem ser depreciados normalmente até a data da venda, e os encargos financeiros, se verificados, devem ser reconhecidos como custo de operação e contrapostos aos ingressos de caixa obtidos ao final da operação. II. Os Ativos Não Circulantes Mantidos para a Venda, uma vez identificados, devem estar disponíveis para a venda imediata nas condições em que se encontram desde que a recuperação do seu valor contábil esteja firmemente atrelada à geração de caixa por uso contínuo. III. No Balanço Patrimonial os Ativos Não Circulantes Mantidos para a Venda e os passivos a eles relacionados devem ser compensados e apresentados em um único montante no Balanço Patrimonial. a) Todas são verdadeiras. b) Somente I é falsa. c) Somente III é verdadeira. d) Todas são falsas. e) Apenas a II é verdadeira. 47Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação São registrados os direitos que serão realizados (transformados em dinheiro) após o final do exercício seguinte (longo prazo), assim como os bens de uso (veículos, máquinas, etc.) e de renda da empresa (aluguéis, imóveis para vendas, etc.). Ou seja, no Não Circulante são incluídos todos os bens de natureza duradoura destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. OBS.: As contas que aparecem em um Balanço Patrimonial apurado dia 31/12/X1, no grupo Ativo Não Circulante, poderão ser transformadas em dinheiro somente após o dia 31/12/X2, pois encontram-se no longo prazo. Está dividido em 4 grupos: Realizável a longo prazo Investimentos Imobilizado Intangível 48Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Segundo o inciso II do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas no Ativo Realizável a Longo Prazo serão classificadas do seguinte modo: “(...) os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.” São classificados neste grupo as contas de bens e direitos da empresa cujas realizações se darão no longo prazo (após o término do exercício seguinte) ou direitos sem prazo de vencimento. Ou seja, quando não se determina o prazo de vencimento do direito, em contabilidade, entende-se como de longo prazo. São contas de natureza devedora, assim como as do Ativo Circulante. Realizável a LP 49Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação ATENÇÃO! • Será considerado Realizável a LP independente do prazo se não se constituírem negócios usuais da companhia. • Se a empresa vender mercadorias a uma coligada, as venda de curto prazo devem ser lançadas no Circulante e de longo prazo no Realizável LP do Não circulante. • Se a empresa emprestar dinheiro a uma coligada será sempre Longo Prazo, pois não constitui negócio usual do objeto social emprestar dinheiro. Ex.: Empréstimo a coligadas. Empréstimos a controladas. Adiantamento a diretores. Investimento Temporário de longo prazo. Realizável a LP 50Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação ATENÇÃO! Os créditos de "coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro", oriundos de negócios não usuais na exploração do objeto da companhia, devem ser também classificados no longo prazo, ou seja, mesma que vencíveis ou com previsão de recebimento a curto prazo. Tais contas seriam as que a companhia tiver a receber dessas pessoas, oriundas, por exemplo, de: 1. venda de bens do ativo imobilizado ou outros do ativo permanente; 2. adiantamentos ou empréstimos para suprir necessidades de caixa de empresas coligadas ou controladas; 3. empréstimos ou adiantamentos a diretores e acionistas ou outros participantes no lucro, tais como os detentores de partes beneficiarias ou debêntures, quando isso não for seu objeto social. Assim, as duplicatas e contas a receber dessas mesmas pessoas, oriundas de vendas normais dos produtos ou serviços da empresa, serão classificadas como contas a receber do Ativo Circulante, a não ser que seu vencimento seja efetivamente a longo prazo. Realizável a LP 51Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Aplicações financeiras de longo prazo: aplicações que a empresa faz, mas que só terá o direito de retirar o dinheiro aplicado após um prazo de 12 meses. Ex.: Aplicação financeira de 18 meses. Depósitos bancários a longo prazo: cheques e/ou transferências a receber que entrarão na conta da empresa a longo prazo (após o período de 12 meses ou dependendo do ciclo operacional da empresa, se este for superior a 12 meses). Duplicatas a receber de longo prazo: também conhecida como Clientes de longo prazo, são valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa a longo prazo. Ex.: Um cliente comprou uma mercadoria no valor de R$3.600,00 e parcelou-a em 36 vezes, sendo cada parcela de R$100,00. Uma parte destas parcelas será classificada na conta Duplicatas a receber de curto prazo, já a outra parte de longo prazo. Outras contas de longo prazo: haverá, de acordo com cada empresa, diversas outras contas que serão realizadas a longo prazo. Realizável a LP 52Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Despesas antecipadas de longo prazo: tem a mesma função que as despesas antecipadas do Ativo circulante, porém, as que aqui são classificadas, irão trazer benefícios para a empresa somente após o final do exercício seguinte (no longo prazo). Elas serão futuramente apropriadas decorrentes dos pagamentos feitos antecipadamente, sendo direitos da empresa. Empréstimos, adiantamentos ou vendas: independentemente do prazo de realização, por determinaçãolegal, devem ser classificados no Realizável a longo prazo os valores a receber (desde que não constituam negócios usuais na exploração do objeto da empresa) provenientes de: Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sociedades coligadas Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sociedades controladas Empréstimos, adiantamentos ou vendas a diretores Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sócios Empréstimos, adiantamentos ou vendas a acionistas Empréstimos, adiantamentos ou vendas a participantes no lucro da companhia Realizável a LP 53Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação OBS.: No caso dos empréstimos, serão classificados de acordo com a operação (Ativo Circulante se for receber até o final do curto prazo ou Ativo Realizável a Longo Prazo se for receber após o término do curto prazo) se a atividade da empresa que fez o empréstimo for efetivamente essa, ou seja, de fazer empréstimos, pois este é o produto que ela oferece. Ex.: Financeiras, bancos, etc. Empréstimo compulsório: é um tributo estabelecido por lei, onde o contribuinte adquire uma determinada quantia de dinheiro em forma de empréstimo para depois resgatá-lo, conforme as determinações estabelecidas por lei. Atende a situações excepcionais. Empréstimo para incentivo fiscal: incentivo fiscal é um mecanismo pelo qual o governo estimula a parceria público-privada para o financiamento de projetos. Sendo assim, o governo abre mão do recebimento de um imposto (podendo ser uma redução de alíquota, isenção, compensação, etc.) e permite que o pagador (empresa) invista diretamente em atividades que geram algum tipo de ganho social. Realizável a LP 54Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação No grupo Investimentos são classificadas as participações e aplicações financeiras de caráter permanente, com o objetivo de gerar rendimentos para a empresa de forma que esses bens e direitos não sejam destinados à manutenção das atividades normais da companhia. Segundo o inciso III do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas do grupo Investimentos serão classificadas da seguinte forma: “(...) as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.” Pode-se dividir em: • Bens não destinados à manutenção da atividade da empresa • Participações permanentes no capital de outras sociedades Investimentos 55Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Participações permanentes no capital de outras sociedades, podem-se classificar: Participações societárias: são participações (investimentos) em outras sociedades (coligadas e controladas) que não são destinadas à venda. A empresa não deve ter a intenção de se desfazer destes investimentos em um horizonte previsível. Podem ser: Investimentos em ações de Coligadas Investimentos em ações de Controladas Participações em outras empresas: são ações/cotas em outras empresas que não sejam coligadas e controladas. Dessa forma, quando a empresa compra essas ações, ela passa a fazer parte do quadro de acionistas da empresa em questão. Ou seja, possuir ações de uma empresa é o mesmo que possuir um pedaço dela. Em tese, você é dono de uma fração de cada prédio, automóvel e qualquer outro bem da empresa. E quanto mais ações possuir, maior é sua parcela. Investimentos 56Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Bens não destinados a manutenção podem-se classificar: Propriedades para investimento (CPC 28): também conhecido como bens de renda, são usadas como forma de gerar renda (lucro) para a empresa ou para valorização do capital ou para ambas, e não são utilizadas para o desenvolvimento de atividades da própria companhia. Ex.: Imóveis alugados a terceiros. Outros investimentos permanentes Terrenos e imóveis para futura utilização: são bens que a empresa tem mas não usa e também não coloca como geradores de renda. Ex.: Terrenos para expansão Obras de arte ou antiguidades: são um tipo de investimento, sendo elas desvinculadas da atividade principal da empresa. Para que uma obra de arte seja classificada como investimento, a empresa não deve ter a intenção de vendê-la. Investimento em ouro: uma forma de investimento (aplicação) que tem por objetivo gerar lucro para a empresa. Investimentos 57Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação CPC 28 - Propriedade para Investimento Métodos de Avaliação de Investimentos: Investimentos Método de custo usado para os investimentos em outras sociedades, ou seja, os investimentos em empresas que não sejam coligadas e controladas ou que não farão parte de um mesmo grupo ou não estejam sob controle comum. São incluídos todos os gastos incrementais necessários na colocação do ativo em condição de efetivo uso, o que inclui transporte em alguns casos, tributos, comissões, legalizações etc. Valor justo deve, preferencialmente, ser obtido de avaliador independente. O valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação. Método de equivalência patrimonial utilizado para os investimentos permanentes em coligadas e controladas (inclusive controladas em conjunto), sendo os demais métodos utilizados nos demais tipos de investimentos. 58Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação (-) Provisão para perdas prováveis na realização de Investimentos: conta redutora. Obs.: Caso a empresa venha a ter intenção de vender algum bem ou direito não relacionado a atividade da empresa e saiba quando pretende colocá-lo a venda (no curto ou longo prazo), deverá classificar o bem no Ativo circulante (se for no curto prazo) ou no Realizável a longo prazo (se for no longo prazo), não sendo mais classificado no grupo Investimentos. Investimentos 59Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Segundo o inciso IV do artigo 179 da Lei 6.404/76 (redação dada pela Lei nº 11.638/07), as contas do Ativo Imobilizado serão classificadas da seguinte forma: “(...) os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;” (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) No Imobilizado são classificados os bens e direitos de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção das atividades normais da empresa, servindo a sua estrutura. A empresa não pretende vender os seus bens e direitos, ou seja, não há intenção de transformá-los em dinheiro. Caracterizam-se por se apresentarem na forma tangível (bens corpóreos). O critério de avaliação dos ativos não circulante imobilizado é o custo de aquisição deduzido da respectiva, depreciação, amortização ou exaustão. Imobilizado 60Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação CPC 27 – Ativo Imobilizado As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de ativo imobilizado: • os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil bruto; • os métodos de depreciação utilizados; • as vidas úteis ou as taxas de depreciação utilizadas; • o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdaspor redução ao valor recuperável acumuladas) no início e no final do período; e • a conciliação do valor contábil no início e no final do período. Imobilizado 61Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação CPC 27 – Ativo Imobilizado • Reconhecimento: Reconhece os custos de ativo no momento em que são utilizados, ao adquirir ou construir o bem e os custos posteriores para renová-los. • Reparos e manutenção: são considerados como resultados (despesas). • Substituições em intervalos regulares: reconhece o valor contábil e o custo da peça reposta quando o custo é incorrido e são atendidos os critérios de reconhecimento. • Mensuração no Reconhecimento (Custo): O custo de um item é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. A diferença entre o preço equivalente à vista e o total de pagamentos deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período. Imobilizado 62Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação CPC 27 – Ativo Imobilizado • Mensuração após o Reconhecimento: Quando a opção pelo método de reavaliação for permitida por lei, a entidade deve optar pelo método de custo ou pelo método de reavaliação como sua política contábil e deve aplicar essa política a uma classe inteira de ativos imobilizados. Imobilizado Método de custo Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas (CPC 01) Método da Reavaliação Se o método de reavaliação for permitido por lei e um item do ativo imobilizado for reavaliado, toda a classe do ativo imobilizado à qual pertence esse ativo deve ser reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes. 63Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação CPC 27 – Ativo Imobilizado • Classe de ativo imobilizado é um agrupamento de ativos de natureza e uso semelhantes nas operações da entidade. São exemplos de classes individuais: (a) terrenos; (b) terrenos e edifícios; (c) máquinas; (d) navios; (e) aviões; (f) veículos a motor; (g) móveis e utensílios; e (h) equipamentos de escritório. Imobilizado 64Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Imóveis: são os imóveis que fazem parte da empresa e que podem ser usados para o desenvolvimento das atividades necessárias. Fazem parte: Terrenos: terrenos de uso da empresa. Edificações: são construções de uma forma geral, como por exemplo, casas, prédios, viadutos e indústrias. É uma forma genérica de se referir às construções. Máquinas e equipamentos: são as máquinas e equipamentos que a empresa usa para desenvolver as suas atividades. Ex.: Em uma padaria, o padeiro precisa usar as máquinas de fazer pães em grande escala para desenvolver o produto que venderá. Móveis e utensílios: são os móveis e utensílios usados na companhia, como por exemplo, as mesas e cadeiras da sala da administração de uma empresa, os utensílios de uma empresa de restaurante (garfos, facas, pratos, colheres), entre outros. Imobilizado 65Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Veículos: são os carros, motos, camionetes, caminhões, etc. que são usados para o desenvolvimento da companhia, seja para entrega de produtos, deslocamento dos funcionários e para qualquer outra atividade da empresa. Ferramentas: qualquer instrumento usado para a realização de determinados trabalhos. São usados para facilitar a realização de uma tarefa mecânica que requer o uso de força. Ex.: chave de fenda, alicate, martelo, etc. Reflorestamento e florestamento: projetos de florestamento e reflorestamento de propriedade da empresa, sendo dever dela ter cuidados permanentes como trabalhos de plantio, capinação, irrigação, adubação, etc. OBS.: Florestamento é usado quando há implantação de florestas em áreas que não eram florestadas naturalmente. Já o termo Reflorestamento é usado quando há implantação de florestas em áreas “desmatadas”. Minas e jazidas: exploração de minas e jazidas de minério e pedras preciosas, por exemplo, de uma empresa que trabalha com este devido fim. Imobilizado 66Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação (-) Depreciação acumulada: conta redutora. É a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Perda da capacidade do imobilizado de produzir eficientemente. (-) Exaustão acumulada: conta redutora. É a redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis ou de exaurimento determinado, bem como do valor de ativos corpóreos utilizados no processo de exploração. (-) Perda por redução ao valor recuperável: conta redutora. É a redução do valor contábil dos bens pelo valor recuperável (pelo valor em uso ou pelo valor realizável líquido, dos dois o maior). Imobilizado 67Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação Segundo o inciso VI do artigo 179 da Lei 6.404/76 (incluído pela Lei nº 11.638/07), as contas no Intangível serão classificadas da seguinte forma: "os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)” São Intangíveis os bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são incorpóreos (não tem corpo). Possuem valor econômico mas carecem de substância física (material), tendo o valor patrimonial nos direitos de propriedade imaterial que são conferidos a seus possuidores. OBS.: Caso não haja condições de reconhecer um ativo intangível, este deve ser registrado como despesa. Nem tudo o que é imaterial será classificado no intangível. Ex.: tradição, história, reputação, etc. Intangível 68Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação CPC 04 (R1) – Ativo Intangível O CPC 04 define um ativo intangível quando: (1) for separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da entidade, podendo ser vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado; (2) resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais; (3) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; (4) puder ser mensurado com segurança o custo do ativo. O ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente pelo custo. É necessário que esse custo possa ser mensurado com segurança e não por expectativa de valor de mercado. Após o reconhecimento, o ativo intangível sofrerá amortização, apropriada de acordo com a sua vida útil definida, ou avaliado o valor recuperável se tiver vida útil indefinida. Intangível 69Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação CPC 04 (R1) – Ativo Intangível O valor amortizável de um ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada, a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso até a data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. Um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado. De acordo com o CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos,é exigido que uma entidade teste a recuperação de um ativo intangível com vida útil indefinida comparando o seu valor recuperável com o seu respectivo valor contábil, anualmente ou sempre que haja uma indicação de que o ativo intangível pode estar perdendo substância econômica. Intangível 70Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.3 Ativo Não Circulante Classificação O critério de avaliação dos ativos não circulante intangível é o custo de aquisição deduzido da respectiva, depreciação, amortização ou exaustão. Softwares (sistemas aplicativos) Fundo de comércio adquirido Marcas: é o nome que a empresa utiliza nos seus produtos e serviços. São conhecidos e reconhecidos pelos seus fornecedores e clientes. Ex.: Nike, Coca Cola, Nestlé, etc. Patentes: são de propriedades incorpóreas e de uso exclusivo, ou seja, significa prevenir que os competidores copiem ou vendam a sua invenção ou criação - "marca".) Direitos de exploração de serviços públicos: mediante concessão ou permissão do Poder Público. Direitos autorais Licenças (-) Amortização acumulada: conta redutora. (-) Perda por redução ao valor recuperável: conta redutora. Intangível 71Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 9. A empresa S.A. Indústria e Comércio produz tornos metálicos e outras ferramentas industriais que são comercializados em operações de venda, tanto a vista como a prazo. Seu exercício financeiro coincide com o ano-calendário. Em 21 de dezembro de 2009 o Diretor Financeiro dessa empresa, que também é seu acionista, obteve na Tesouraria um empréstimo de R$ 6.000,00, assinando uma promissória vencível em 25 do mês seguinte. No mesmo dia, esse Diretor comprou a prazo algumas ferramentas, na própria loja da fábrica, assinando três notas promissórias de R$ 600,00, vencíveis a 60, 120 e 180 dias. As operações foram debitadas em Títulos a Receber. Ao encerrar o exercício em 31 de dezembro do referido ano, deverá constar no balanço patrimonial dessa empresa a conta “Títulos a Receber” com saldo de: a) R$ 7.800,00 no ativo circulante b) R$ 7.800,00 no ativo realizável a longo prazo c) R$ 6.000,00 no ativo circulante d) R$ 6.000,00 no ativo circulante e de R$ 1.800,00 no ativo realizável a longo prazo e) R$ 1.800,00 no ativo circulante e de R$ 6.000,00 no ativo realizável a longo prazo Ativo Não Circulante 72Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 10. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da Companhia”. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, e serão classificadas no(s): a) ativo realizável a longo prazo: disponibilidades, direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. b) ativo imobilizado: direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a manutenção das atividades da Companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e o controle desses bens. c) ativo circulante: direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia d) intangível: participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem a manutenção da atividade da companhia ou da empresa. e) investimentos: direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados a manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comercio adquirido. Ativo Não Circulante 73Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 11. (ESAF/2014) Com relação às assertivas a seguir, pode-se afirmar que: I. Os Ativos Não Circulantes Mantidos para a Venda, devem ser depreciados normalmente até a data da venda, e os encargos financeiros, se verificados, devem ser reconhecidos como custo de operação e contrapostos aos ingressos de caixa obtidos ao final da operação. II. Os Ativos Não Circulantes Mantidos para a Venda, uma vez identificados, devem estar disponíveis para a venda imediata nas condições em que se encontram desde que a recuperação do seu valor contábil esteja firmemente atrelada à geração de caixa por uso contínuo. III. No Balanço Patrimonial os Ativos Não Circulantes Mantidos para a Venda e os passivos a eles relacionados devem ser compensados e apresentados em um único montante no Balanço Patrimonial. a) Todas são verdadeiras. b) Somente I é falsa. c) Somente III é verdadeira. d) Todas são falsas. e) Apenas a II é verdadeira. Ativo Não Circulante 74Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 12. (CESGRANRIO/2011) Dados extraídos da contabilidade da Cia. Maracanã S.A. do ramo da indústria de produtos elétricos, em um determinado exercício social, com valores em reais. • Ferramentas 65.000,00 • Instalações 895.000,00 • Máquinas e Equipamentos 674.500,00 • Marcas, Direitos e Patentes Industriais 135.215,00 • Móveis e Utensílios 77.000,00 • Obras de Arte 678.990,00 • Participações Acionárias 715.500,00 • Terrenos para Futura Utilização 233.500,00 • Títulos e Valores Mobiliários 450.000,00 • Veículos 145.000,00 Considerando exclusivamente os dados, e respeitando as determinações da Lei no 6.404/76, com as alterações das Leis nos 11.638/07 e 11.941/09, o valor do ativo imobilizado, apurado no balanço patrimonial, elaborado com as informações acima, em reais, é: Ativo Não Circulante 75Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 13. (CFC/2014) De acordo com a NBC TG 27 (R1) – Imobilizado, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo. III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como retificação de erro de período anterior. A sequência CORRETA é: a) F, F, V, V. b) F, V, F, V. c) V, F, V, F. d) V, V, F, F. Ativo Não Circulante 76Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 14. (CFC/2014) Os ativos intangíveis estão sujeitos à amortização com base na sua vida útil, que pode sofrer influência tanto de fatores econômicos quanto de fatores legais. Ativos intangíveis com vida útil indefinida, no entanto, devem ser amortizados no prazo máximo de dez anos. Certo ( ) Errado ( ) Ativo Não Circulante 77Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.5 Exercícios de Fixação 15. (CESGRANRIO/2011) A redação atual da Lei Societária estabelece que o Ativo, no Balanço Patrimonial, terá as contas dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados no grupo do Ativo Circulante e do Ativo Não Circulante. Estabelece, ainda, a composição do Ativo Não Circulante por Ativo Realizávela Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. Os novos dizeres da Lei, ratificados definitivamente a partir de maio de 2009, provocaram a eliminação do Ativo, do Grupo do Ativo Permanente e das despesas diferidas, bem como promoveram o desdobramento do Imobilizado em Imobilizado e Intangível. Essas alterações, acompanhando a tendência contábil internacional, passaram a exigir maiores cuidados para a classificação dos Intangíveis, principalmente para os gerados internamente. Considerando-se os Intangíveis gerados internamente, os gastos incorridos na fase de pesquisa devem ser classificados como: a) Ativo Intangível. b) Ativo Imobilizado. c) Ativo Investimento. d) despesa antecipada a apropriar em exercício seguinte ou futuro. e) despesa reconhecida no resultado do exercício em que o gasto ocorreu. Ativo Não Circulante 78Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Também chamadas de retificadoras, as contas redutoras são contas que, embora apareçam num determinado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo), têm saldo contrário em relação às demais contas desse grupo. As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em que aparecem. Desse modo, uma conta redutora do Ativo terá natureza credora, bem como uma conta redutora do Passivo terá natureza devedora. A seguir, veremos algumas contas retificadoras do grupo Ativo: Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) Provisão para Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado Perdas com Estoques Perda do valor recuperável do ativo Perdas prováveis na realização de investimentos Depreciação acumulada Exaustão acumulada Amortização acumulada 79Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) Quando uma empresa vende a prazo, ela corre o risco de receber ou não o dinheiro devido pelo cliente. A PECLD é uma conta patrimonial representativa, por ser considerada uma fonte de proteção contra o risco de crédito, fator inerente às atividades de financiamento. Além disso, é importante destacar a possibilidade da sua utilização no gerenciamento de resultados, dado ao elevado grau de discricionariedade utilizado pela gestão e consequentemente facilitando a manipulação dos dados contábeis. A PECLD é uma conta de natureza credora, fazendo parte do Ativo Circulante, grupo Disponibilidades. É uma conta redutora, ou seja, entra com saldo negativo no Ativo, deduzindo os valores a receber dos clientes (conta Duplicatas a receber) 80Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) A contabilização deve ser feita da seguinte forma: Pelo registro da Perda: D- Despesas com PECLD (despesas administrativas (DRE) / -PL) C- PECLD (conta redutora de ativo, saldo credor (Ativo) / -A) Pela baixa de títulos incobráveis: D- PECLD (conta redutora de ativo, saldo credor (Ativo) / -A) C- Contas a receber (conta do Ativo) Pela reversão de saldo PECLD: D- PECLD (conta redutora de ativo, saldo credor (Ativo) / -A) C- Despesas com PECLD (despesas administrativas (DRE) / -PL) 81Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) OBS.: A empresa deve considerar os fatores de risco conhecidos, para que se possa estimar, criteriosamente, a expectativa de perdas com contas a receber. Pode ser feito através da determinação do valor das perdas já conhecidas com base nos clientes em concordata, falência ou dificuldades financeiras ou ainda estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas prováveis, mesmo que ainda não conhecidas, tomando-se como base a taxa de inadimplência ocorrida nos anos anteriores. De acordo com o CPC 38, se existir evidência objetiva de que se tenha incorrido em perda no valor recuperável de contas a receber, essa quantia é medida pela diferença entre a quantidade contabilizada e o valor do fluxo de caixa estimado, excluindo-se as perdas de créditos futuros que ainda não incorreram e que sejam resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial do ativo financeiro. Perdas futuras esperadas que ainda não ocorreram, a partir de então não podem mais ser reconhecidas por meio de estimativas, é preciso que o evento tenha efetivamente ocorrido para que possa ser registrada a referida perda (CPC 38). 82Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) No entanto, conforme pronunciamento do CFC, a metodologia de cálculo tem por base uma média percentual dos recebimentos ao longo dos três últimos exercícios anteriores, do qual se inferirá o percentual de inadimplência, a ser aplicado sobre o saldo final dos créditos a receber. Essa metodologia tem sido orientada para as empresas que adotam a contabilidade pública. Ademais, o próprio documento informa que os Conselhos Regionais poderão adotar outra metodologia para apuração da perda estimada de créditos de liquidação duvidosa que julgarem mais adequada à sua realidade patrimonial. Porém, os critérios e as informações relativas à sua adoção (método, percentual de inadimplência, periodicidade e a memória de cálculo) deverão constar das Notas Explicativas. Na prática, pelas empresas privadas, o que se percebe é uma diversidade de critérios. Algumas adotam a análise individual dos clientes com risco de inadimplência. Outras realizam avaliação individual, em atraso há mais de 360 dias; ou análise de risco para as contas vencidas há mais de 180 dias; ou o histórico de perdas e a análise de títulos, etc. 83Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) Exemplo: - Percentual médio de perdas ocorridas nos três últimos exercícios, em relação ao saldo da conta Clientes na data do balanço de encerramento: 3% - Empresa titular de $5.000.000,00 em Duplicatas a receber *Valor da provisão: $5.000.000,00 x 3% = $150.000,00 Sendo assim: D- Despesa com PECLD....$150.000,00 C- PECLD...........................$150.000,00 84Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Provisão para Ajuste de Estoque ao Valor de Mercado Para constituição da provisão é necessário que se especifique, item por item, os bens que, comprovadamente, estejam com preço de mercado inferior ao seu custo. Segundo o artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76), considera-se valor de mercado: a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado; e b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro. Para fins fiscais, esta provisão passou a ser indedutível para efeito de apuração do lucro real a partir de 01.01.1996 (Lei nº 9.249/95, art. 13, I). 85Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Provisão para Ajuste de Estoque ao Valor de Mercado O custo de aquisição ou produção dos bens existentes na data do balanço deverá ser ajustado ao valor de mercado, mediante a constituição de uma provisão, quando este for menor, que será classificada como conta redutora do subgrupo estoques. A constituição desta provisãoé feita com base no Princípio de Avaliação de Estoque, que é assim determinado: custo ou mercado, dos dois o menor. De acordo com esse princípio, as perdas devem ser reconhecidas no resultado do exercício em que ocorreram e não no exercício em que a mercadoria (produto) é vendida, reposta ou transformada em sucata. A constituição desta provisão gera um lançamento a crédito nessa conta e a contrapartida é lançada na demonstração de resultado (DRE), no grupo de Despesas Operacionais. 86Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Provisão para Ajuste de Estoque ao Valor de Mercado Exemplo: Custo Histórico das Mercadorias = R$ 300.000,00 Em 31 de dezembro, Valor Realizável Líquido = R$ 250.000,00 Ajuste de Estoque ao Valor de Mercado = (R$ 50.000,00) Sendo assim: D- Despesa com PAEVM....$50.000,00 C- PAEVM...........................$50.000,00 87Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perdas com Estoques As quebras e perdas conhecidas em estoques ou calculadas por estimativa, relativas a estoques obsoletos ou que se perdem ou evaporam no processo produtivo, são ajustadas mediante a constituição da provisão para perdas em estoques, classificada como redutora do subgrupo estoques, tendo como contrapartida uma conta de despesa no resultado, não dedutível para efeitos fiscais. Exemplo: Empresa inventariou estoques em 31 de dezembro e encontrou R$ 4.000,00 em almoxarifado, correspondente a itens obsoletos e que não terão mais uso dentro das atividades normais. D- Perdas com Estoques (Conta de Resultado) C- Provisão para Perdas em Estoques (Conta Redutora – Estoques – Ativo Circulante) R$ 4.000,00 88Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perda do valor recuperável dos ativos (Impairment Test) 89Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perda do valor recuperável dos ativos (Impairment Test) O ativo é reconhecido por seu custo, e após a dedução da depreciação acumulada deve ser verificado se o seu valor contábil corresponde exatamente o seu valor recuperável. Caso haja diferença, deve ser reconhecida a sua perda por imparidade acumulada. Valor Contábil Líquido Não pode ser maior que Valor Recuperável Valor líquido de Venda¹ Valor em Uso² O maior entre Valor líquido de venda¹: é o valor obtido ou que se pode obter na venda de um ativo, líquido dos custos correspondentes. Valor em uso²: representa a estimativa de fluxos futuros de caixa descontados a valor presente derivados de um ativo. 90Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perda do valor recuperável dos ativos (Impairment Test) Exemplo: Um equipamento industrial com valor contábil de $ 220.000,00 a) Pelo valor líquido de venda O valor líquido de venda consiste no valor justo de venda do ativo menos todos os custos de transação (cartórios, transporte, montagem, entre outros.). 91Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perda do valor recuperável dos ativos (Impairment Test) Exemplo: Um equipamento industrial com valor contábil de $ 220.000,00 b) Pelo valor de uso O valor de uso deve ser determinado pelo valor presente do fluxo de caixa que será gerado pelo uso do bem nas atividades ou na produção. 92Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perda do valor recuperável dos ativos (Impairment Test) Exemplo: Um equipamento industrial com valor contábil de $ 220.000,00 Contabilização do impairment O ativo deverá ser reduzido ao valor recuperável pelo uso, devendo os seguintes lançamentos contábeis serem efetuados para ajuste do ativo: D- Ajuste por perda do valor recuperável (conta de resultado) 29.969,51 C- Ajuste por perda do valor recuperável (conta do ativo) 29.969,51 93Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perda do valor recuperável dos ativos (Impairment Test) Exemplo: Um equipamento industrial com valor contábil de $ 220.000,00 A posição do ativo no balanço ficará da seguinte forma: 94Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Perdas prováveis na realização de investimentos É conta redutora da conta Participações em outras empresas (Ativo Não Circulante, grupo Investimentos). Deverá ser constituída no exercício social quando, nas empresas investidas, houver perdas de difícil ou improvável recuperação. Ou seja, quando essa perda estiver comprovada como permanente. A contabilização deve ser feita da seguinte forma: D- Perdas com PPRI (despesas não operacionais (DRE) / -PL) C- PPRI (conta retificadora, saldo credor (Ativo) / -A) 95Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Depreciação acumulada É a diminuição do valor de um bem, resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal. Ou seja, é o motivo de perda de valor ao passar do tempo, por ter surgido um melhor (desvalorização). A depreciação é o registro da perda de materiais da empresa (desgaste de bens materiais/tangíveis). Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente (CPC 27). A depreciação ocorre apenas nos bens materiais classificados no Ativo Imobilizado e nos bens de renda classificados no grupo de Investimentos do Ativo Não Circulante (ex.: imóveis alugados). Pode ser calculada mensalmente ou no final do ano, por ocasião da Apuração do Resultado do Exercício (ARE). OBS.: Obsolescência se dá em função de novos inventos. Um bem obsoleto é um bem antiquado, ultrapassado, fora de moda (na Legislação Tributária é fixado métodos, prazos e critérios para tal). 96Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Depreciação acumulada De acordo com o CPC 27, a depreciação do período deve ser normalmente reconhecida no resultado. No entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a depreciação faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu valor contábil. Por exemplo, a depreciação de máquinas e equipamentos de produção é incluída nos custos de produção de estoque (ver o CPC 16 – Estoques). De forma semelhante, a depreciação de ativos imobilizados usados para atividades de desenvolvimento pode ser incluída no custo de um ativo intangível reconhecido de acordo com o CPC 04 – Ativo Intangível. 97Estrutura das Demonstrações Contábeis – Professora Ms. Anna Beatriz 3.1.4 Contas Redutoras do Ativo Natureza Credora Depreciação acumulada O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A depreciação pelo método linear resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. O método dos saldos decrescentes resulta em despesa decrescente durante a vida
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