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Profilaxias relativas as fontes de infecção

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Profilaxias relativas as fontes de infecção
	As medidas profiláticas são importantes ações que visam impedir ou diminuir a transmissão de uma doença, protegendo assim a população local da mesma. A escolha de tais medidas se baseia em diversos fatores, como a característica da doença, o agente etiológico, os animais susceptíveis, o meio ambiente e o mecanismo transmissor da doença. As profilaxias relativas as fontes de infecção têm como objetivo principal limitar a capacidade infectante, ou seja, diminuir o potencial de infecção, que se define pelo número e mobilidade das fontes infectantes em determinado espaço geográfico. Os procedimentos com maior eficiência aplicavelmente disponíveis são:
SACRIFÍCIO: É o abate de um número de animais infectados (fontes de infecção) com o intuito de proteger a maioria da população ainda não afetada, visando a eliminação do potencial de infecção. 
INDICAÇÃO DO SACRIFÍCIO: A decisão por esse método deve ser bem fundamentada e apresentar boa justificativa de uma ação drástica como tal. É feita em caso de doenças gravas, de alta difundibilidade ou zoonóticas, em ocorrência em áreas de pequena extensão ou de introdução recente em região não endêmica.
	CUIDADOS: Os procedimentos devem ser realizados por pessoal técnico especializado, altamente qualificado, com o objetivo de se evitar riscos de disseminação do agente ou contaminação, infecção devido a acidentes de manejo e realização. Também deverá se adotar medidas de rigorosa desinfecção e destruição ou destinação adequada dos resíduos e carcaças animal restantes no local. É indicado que o sacrifício ocorra no próprio local onde foi encontrado animal, porém, em circunstâncias especiais, o mesmo poderá ser transportado para local apropriado (matadouro público, etc.), com os cuidados apropriados, visando impedir a disseminação do agente de infecção. 
Porém, há alguns fatores limitantes para a aplicação de tal medida, são eles:
Disponibilidade diagnóstica: a dificuldade de identificação da fonte de infecção é um dos maiores problemas para a execução do sacrifício. Porém, ainda assim, os sacrifícios seletivos dos animais reagentes aos testes e procedimentos imunológicos de diagnósticos de triagem, que se apresentam como doentes típicos, se mostram extremamente relevantes em muitas campanhas modernas e eficientes no combate à doença animal.
Natureza da espécie hospedeira:
- Espécies domésticas: nessas espécies, quando se tratando de animais de estimação, e no caso de doenças zoonóticas (transmissíveis ao homem), devido a risco iminente de transmissão, o sacrifício ocorre devido a ineficiência das medidas alternativas. 
Já no caso dos animais de produção, de exploração econômica, o entrave com relação ao sacrifício se dá devido a fatores técnicos e econômicos, devendo-se analisar a relação custo benefício, considerando-se os valores zootécnicos do animal, o risco de prevalência da doença no rebanho, os possíveis prejuízos econômicos, contra a disponibilidade financeira para a realização desse programa tão oneroso. 
Se tratando de um nível elevado de prevalência, a realização do sacrifício deve ser considerada apenas em casos especiais, como o risco para a população ou ameaças aos rebanhos do país. Outro fator a ser considerado é a possibilidade de reposição dos animais, seja pela reconstrução do rebanho no que se diz respeito a recursos financeiros, como a existência de excedentes no mercado de animais.
- Espécies peridomiciliares: esse grupo é representado pelas espécies roedoras e, devido a impossibilidade de identificação dos indivíduos infectados, as ações se conduzem de forma mais generalizadas, se enquadrando no procedimento de despovoamento. 
- Espécies silvestres: nesse caso, há variáveis graus de dificuldades, instaurados em razão do equilíbrio ecológico, pois o sacrifício de uma grande população de uma espécie animal pode causar o desequilíbrio da cadeia alimentar, e, portanto, da ecologia local. 
Características do agente causal: Representa um elemento significativo na restrição do emprego do sacrifício como medida preventiva.
- Agentes que apresentam alta resistência às condições ambientais, como os esporulados.
- Agente que apresentam recursos alternativos para a sua manutenção na natureza, como a participação de vetores em seu ciclo biológico, ou que possuem seus reservatórios em animais silvestres.
ISOLAMENTO: Consiste na segregação do indivíduo que é a fonte de infecção, pelo período máximo de transmissibilidade da doença, com dupla finalidade, a de concentração do potencial de infecção em uma área restringida, onde é possível se ter o controle e realizar a eliminação do agente infectante através da desinfecção e de medidas adequadas de tratamento, e do bloqueio do acesso do agente a outros hospedeiros suscetíveis. No caso dos animais de estimação, essa segregação ocorre em locais próprios, como Centro de Controle de Zoonoses, hospitais, clínicas, ou até no próprio domicílio do animal, desde que sejam asseguradas as condições necessárias de segurança relativas ao risco de disseminação da doença a outros susceptíveis ou a própria população humana. Com relação aos animais de produção há limitações técnicas e econômicas, principalmente devido a dificuldade de realização da prática nas condições primordiais de segurança, portanto, há segregação de grupos de animais doentes em instalações de acordo com a espécie e o tipo de exploração econômica, definindo o manejo adotado.
Isolamento individual: o indivíduo é alocado em um ambiente especifico para tal finalidade.
Isolamento em grupo ou acantonamento: os animais doentes são colocados em dependências adequadas para tal fim, atentando-se as medidas de segurança necessárias devido ao risco de dispersão do agente infectante a outros suscetíveis, sejam animais ou humanos.
Isolamento da área, sequestro ou isolamento da propriedade ou instalação: Nesse caso, não só os animais como também todas as dependências e objetos envolvidos ficam isolados, sem nenhuma comunicação com o exterior. A propriedade fica impedida da movimentação de animais, produtos, pessoas e objetos para o seu exterior sem o controle eautorização dos agentes sanitários responsáveis. Juntamente com essa medida, outras poderão ser tomadas em conjunto sempre que se julgue necessário, a fim de melhor combater o agente infeccioso no local.
TRATAMENTO ESPECÍFICO: Medida profilática que apresenta duas finalidades terapêuticas, sendo elas de cunho:
Curativo: busca bloquear a evolução do quadro da doença do indivíduo, visando sua rápida recuperação. 
Profilático: A principal importância como medida preventiva, é a busca da redução do período de transmissibilidade do agente infeccioso. A vantagem dessa forma de profilaxia não reside na ação terapêutica que a mesma poderá exercer sobre o parasita, mas sim no possível prejuízo que possa ser ocasionado em seu ciclo biológico evolutivo. Dificilmente as medidas profiláticas relativas as fontes infecciosas irão, isoladamente, combater a transmissão e propagação da doença, bem como proteger a população do agente de infecção, porém, associadas a outras medidas relativas a outros elementos da cadeia transmissiva, como comunicantes, suscetíveis ou vias de transmissão, se tornam medidas profiláticas valiosamente efetivas.

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