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GRAZIELLA CRISTINA CHICATE 
ORIENTAÇÕES SOBRE OS PRINCIPAIS TIPOS DE ISOLAMENTO E SUAS 
DEVIDAS PRECAUÇÕES 
Projeto Educativo sobre Isolamento apresentado à disciplina de produção Técnico Científico Interdisciplinar do curso de graduação em Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista implementado na UBDS Vila Virgínia
Professor(a) –.Dra. Caroline Cândido Leal 
Ms. Luciana da Costa Ziviani
RIBEIRÃO PRETO 
2018 
 
SUMÁRIO 
Introdução
Conceito de Isolamento 
O isolamento é um termo com conceito voltado a segregação de um paciente do convívio com outras pessoas durante seu período de transmissibilidade da doença infecciosa com finalidade de evitar que os indivíduos suscetíveis sejam infectados. (1)
As práticas de precauções e isolamento são utilizadas há muitos anos como estratégia para prevenção e controles das doenças transmissíveis, o destaque vem sendo abordado às barreiras mecânicas, químicas e ambientais com o intuito de interromper a cadeia epidemiológica. (1)
Os objetivos são de promoção de assistência adequada ao paciente, aumento da segurança e confiança no trabalho e a redução da possibilidade de ocorrência de um surto entre as pessoas que assistem diretamente o paciente, familiares e comunidade. (1) 
A sistematização do isolamento é uma forma benéfica de proporcionar facilidade da atuação dos profissionais de enfermagem, economia para a instituição devido à redução de desperdício de EPis, e uma assistência humanizada deixando claro que o indesejável é o agente infeccioso e não o portador. (2)
As finalidades do isolamento são de preservar os profissionais, pacientes e familiares da contaminação seja ela por bactérias, transmissão de infecções altamente contagiosas ou infecções epidemiológicas importantes. Além disso, o isolamento evita que a bactéria seja levada para outro ambiente. (1)
O isolamento precoce dos pacientes auxilia na minimização de propagação, reduzindo os casos de contaminação e os seus custos relacionados. A enfermagem é responsável por maior parte dos cuidados prestados, portanto está diretamente envolvida neste controle. (2)
Segundo Ministério da Saúde as medidas de isolamento devem ser implantadas nos serviços de saúde para diminuir e evitar o máximo de transmissão de bactérias multirresistentes. É importante salientar que o cumprimento das recomendações de isolamento é uma necessidade incontornável e insubstituível. (2) 
Cadeia Epidemiológica de Transmissão 
Para a prevenção e controle das transmissões é necessário identificar os pontos onde se pode atuar e quebrar os elos desta cadeia. A mesma é organizada de forma didática e sequencial entre o agente, hospedeiro e a fonte, é composta por seis elementos sendo eles: agente infeccioso; fonte; reservatório humano; fontes ambientais; reservatório animais; porta de saída e modos de transmissão. (3) 
Possuem diversos tipos de agente infecciosos que podem causar infecções dentre eles estão: bactérias, vírus, fungos, parasitas e príons. A fonte é o local onde encontra o agente, ou seja, é o seu reservatório, neste sitio ele pode sobreviver, crescer, se multiplicar e atingir o hospedeiro susceptível. (3) 
O reservatório humano enquadra os pacientes, profissionais de assistência saúde (PAS), familiares e visitantes, qualquer indivíduo pode apresentar uma infecção que se manifeste de forma sintomática, porém nem sempre é a apresentado sintomas o indivíduo também pode estar no período de incubação apresentando ou não sintomas, e ainda, não apresentar sintomas algum e já estar transitoriamente ou cronicamente colonizado. (4)
As fontes ambientais são superfícies, materiais, equipamentos, entre outros, que permitem a transmissão de forma secundária. Já as fontes reservatória de animais permite que a transmissão ocorra por meio de vetores como: mosquitos, ratos, e os demais. A porta de saída destes é a via pela qual o agente deixa a fonte ou o reservatório, as principais vias são o trato respiratório, geniturinário, gastrintestinal, sangue, pele e mucosas. (4) 
O modo de transmissão é a forma pela qual o agente infeccioso atinge um hospedeiro susceptível, está transmissão pode ocorrer por meio de contato direito e indireto, para certas doenças ocorre por via respiratória através de gotículas e aerossóis. Os modos de transmissão variam de acordo com o agente infeccioso sendo em alguns transmitidos por mais de um tipo de via. (4) 
Mecanismos de transmissão 
A transmissão de contato é o meio mais frequente onde o micro-organismo pode ser transmitido de uma pessoa para outra podendo ocorrer por meio de contato direto e indireto. Sendo o direto a forma pela qual o micro-organismo é transmitido de uma pessoa infectada para outra sem que haja outras pessoas envolvidas ou algum objeto contaminado. (1)
Segundo o Guidelines for Infecction Control in Healthcare a transmissão entre pacientes e profissionais ocorrem através do contato com sangue e fluídos corporais do paciente direto com mucosa ou pele não integra, e o contato direto sem luvas em pacientes com lesão herpética. Já a transmissão indireta ocorre através de um objeto contaminado. As indicações mais conhecidas são: infecção ou colonização por bactérias multirresistentes, escabiose e pediculose, diarreias de causa infecciosa, Hepatite tipo A, HIV e Hepatite B na vigência de sangue.(1)
O meio de transmissão por Gotícula é considerado uma forma de transmissão de contato, entretanto, a gotícula respiratória que contém o agente infeccioso transmite-se através de gotículas consideradas grandes (> micra) quando se deslocam a curta distância diretamente do trato respiratório quando tosse, espirra ou fala, podendo assim ser transmitida durante a realização de procedimentos como aspiração, intubação, entre outros. Neste caso as doenças mais conhecidas estão: Rubéola, Caxumba, Meningite Meningocócica, Influenza A,B e C, dentro outras. (3)
A Transmissão por Aerossol ocorre através da disseminação de minúsculas partículas (< micra) contento o agente infeccioso por períodos prolongados, os micro-organismos desta forma podem atingir longas distâncias através da corrente de ar e ser inalados por pessoas suscetíveis que não tiveram contato próximo. As doenças mais conhecidas nesta classe são: Varicela, Sarampo, Tuberculose, Herpes Zoster que em paciente imunodeprimidos e varicela associar a precaução de contato e para aerossóis. (3)
Tipos de Precaução 
A precaução padrão é um conjunto de medidas que são aplicadas sempre que houver risco de contaminação, devem ser seguidas para todos os pacientes, independente da suspeita ou não de infecções. As precauções a ser seguidas são: obrigatoriedade na higienização das mãos antes e depois do contato com o paciente, e uso de luvas e entre procedimentos realizados no mesmo paciente, utilização do uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) como luvas, avental, máscara, óculos, e adequar à realização das técnicas e descarte correto de materiais perfuro- cortantes. (4)
As medidas adotadas na precaução de contato enquadram quarto individual ou comum para pacientes acometidos com o mesmo micro-organismo; calçar luvas ao entrar no quarto, trocar durante realização de procedimentos diferentes e descartar imediatamente após o uso; sendo obrigatório o uso de avental em possível contato com paciente e material, evitar ao máximo o transporte do paciente, mas caso seja necessário é recomendando estar devidamente equipado, atentando que o uso de material deve ser exclusivo do paciente. (4)
As precauções adotadas perante a precaução de gotículas inclui um quarto privativo individual ou comum para pacientes acometidos com o mesmo micro-organismo, respeitando a distância de 1,0 metros entre os leitos atentando sempre em manter a porta fechada, é obrigatório o uso de mascara cirúrgica para todos que entrarem no quarto sendo descartada assim que sair do quarto, sendo evitado o transporte destepaciente, mas quando necessário o mesmo deve utilizar máscara cirúrgica. (3)
As medidas instituídas para prevenir a transmissão por aerossol possuem obrigatoriamente um quarto privativo mantendo porta fechada, dispondo de sistema de ventilação com pressão negativa e seis a doze trocas de ar por hora, o uso de mascara N-95 ou PFF-2 ao entrar no quarto, evitando o transporte do paciente, mas caso seja necessário o mesmo deve utilizar mascara cirúrgica. (4)
Os diagnósticos das infecções dependem da confirmação do laboratório sendo em alguns testes principalmente aqueles que envolvem técnica de cultura necessita de dois ou mais dias para ser concluídos, portanto as precações empíricas baseadas em sinais e sintomas devem ser instituídas com finalidade de diminuir o risco de transmissão. (4) 
2- Justificativa
Este trabalho foi desenvolvido na graduação de enfermagem no decorrer do campus de estágio onde foi despertado um interesse pelo assunto avaliando as medidas que eram instituídas na unidade durante as situações de isolamento.
Procurando durante a pesquisa esclarecer as minhas dúvidas e aprimorar o meu conhecimento, levando-me a desenvolver um projeto no qual auxiliaria nas medidas executadas na unidade em que o estágio é exercido. 
 
 
3- Objetivo
Descrever o conceito e orientar sobre isolamento e a importância das suas devidas precauções no controle da transmissão das doenças. 
4 – Metodologia 
Este projeto foi desenvolvido através de uma busca literária entre os períodos de 2010 a 2018, usando a base de dados LILASC e SCIELO. A implementação do mesmo terá principalmente como público alvo os visitantes do paciente portador de doenças transmissíveis e qualquer indivíduo que transite o corredor da unidade que se encontra a sala de isolamento. A forma utilizada para orientação é um banner exposto ao lado da sala informando as necessidades de pareamento adequado ao entrar na sala. 
5 – Desenvolvimento 
A implementação deste projeto ocorrerá voltada a uma sala que é adaptada quando necessário isolar um paciente que está com suspeita de doença transmissível ou já ser portador desta. A sala irá receber um suporte na porta onde será colocada uma plaquinha identificada com o nome de isolamento que logo abaixo virá descrito não entre sem permissão, ainda tendo na mesma porta outras plaquinha contendo os tipos de precaução referente ao paciente que estiver isolado, desta forma tentando minimizar as transmissões de indivíduos leigos sobre o assunto. 
6 – Conclusão 
Com a implementação deste projeto, espera-se que, os visitantes do paciente em isolamento, e qualquer indivíduo que transite no corredor não entrem na sala sem autorização e equipamento adequado, visando assim uma melhor prevenção de todos que estejam na unidade e minimizando as chances de risco para a transmissão. 
7 – Referências 
1- Serviço Público Federal – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC): Guia Básico de Precauções, Isolamento e medidas de prevenção de infecção relacionadas à assistência a saúde. Florianópolis 2012/2013. [Citado em 10 de abril de 2018]. Disponível em: http://www.hu.ufsc.br/setores/ccih/wp-content/uploads/sites/16/2014/11/manual_isolamento_2012-13.pdf
2- Revista Brasileira de Enfermagem. Vol.24. n°4 – Atuação do pessoal de Enfermagem nas medidas de controle de infecções hospitalares. [Citado em 10 de abril de 2018]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671974000400462
3- Plano de prevenção e controle de bactérias multirresistentes (BMR) para hospitais do estado de São Paulo: Precauções e Isolamento [PDF 2016]. [Citado em 12 abril de 2018]. Disponível em: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/ih/projeto/doc/ih16_bmr_manual_precaucoes.pdf
4- ANVISA 2014 – Infecção relacionada à assistência à saúde módulo 5 : Medidas de prevenção e isolamento. [Citado em 13 de abril]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/iras/M%F3dulo%205%20-%20Risco%20Ocupacional%20e%20Medidas%20de%20Precau%E7%F5es%20e%20Isolamento.pdf

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