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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES[1] DA COMARCA DE... ESTADO DE... NOME, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG n.º..., inscrito no CPF/MF sob o n.º..., residente e domiciliado na Rua..., número..., bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa ou instrumento de mandato anexo), com escritório profissional[2] sito na Rua..., número..., bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., local em que poderá ser intimado, vem, à presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO DE MENOR COM PEDIDO DE LIMINAR contra NOME, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG n.º..., inscrito no CPF/MF sob o n.º..., residente e domiciliado na Rua..., número..., bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., com fundamento nas razões que seguem: I.DOS FATOS O requerente e a requerida[3] foram casados por 5 (cinco) anos, divorciando-se em...[4]. Deste relacionamento nasceu o menor impúbere/púbere NOME, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG n.º..., inscrito no CPF/MF sob o n.º..., residente e domiciliado na Rua..., número..., bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., mesmo endereço do requerente. Restou convencionado nos autos da ação de divórcio (cópias da sentença e do trânsito em julgado anexas[5]) que a guarda do menor pertenceria ao requerente, remanescendo nas mãos da requerida o direito de visitar o filho em finais de semanas alternados, podendo retirá-lo da casa do requerente nos sábados a partir das 10h e restituí-lo no mesmo lugar nos domingos imediatamente seguintes até às 18h. No último final de semana, depois de meses sem ver o filho, a requerida deslocou-se para o lar do requerente e do menor e exerceu seu direito, retirando o filho no sábado às 11h. No domingo passado, imediatamente subsequente à retirada, a requerida não restituiu o menor ao lar paterno, sendo certo que com o impúbere/púbere permanece até hoje, ... (citar o dia da semana). Não bastasse, foi o requerente cientificado por testemunhas que a requerida já adquiriu passagens para rumar com o filho para o Sul do País, onde residem seus familiares, tornando o cumprimento desta medida ainda mais difícil e aumentando os transtornos na vida do menor que, desde então, não comparece a escola. Sendo assim, considerando os fatos acima e a impossibilidade de resolução amigável do impasse, alternativa não há senão o manejo desta ação.[6] II. DO DIREITO A medida cautelar de busca e apreensão vem objetivamente definida pelo Código de Processo Civil, conforme se verifica no art. 536, § 1.º, que dispõe que pode ser deferido inclusive a busca e apreensão pelo juiz para garantia do resultado prático equivalente da demanda. II.i. DA CONCESSÃO DE LIMINAR A pretensão do requerente encontra amparo na legislação vigente[7]. O artigo 839 do Código Civil estabelece que o juiz poderá decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas[8]. Para que tal direito exista é necessária a prova dos requisitos autorizadores da concessão da medida, tal como em qualquer ação cautelar, quais sejam: fumus boni iuris e periculum in mora, tal como determina o artigo 305, do Código de Processo Civil. O fumus boni iuris deriva da própria narrativa fática em cotejo com a sentença e o trânsito em julgado, os quais demonstram que a pretensão do requerente encontra amparo na legislação. O periculum in mora consiste na possibilidade de a requerida evadir-se do Estado com o menor, já que, como dito, há testemunhas que confirmam que a requerida pretende migrar para o Sul do País com a criança, o que dificultará o exercício da guarda e o cumprimento da medida cautelar. Deste modo, presentes os requisitos autorizadores, impõe-se a concessão da medida[9] para que os oficiais de justiça cumpram a ordem de Busca e Apreensão na Rua..., número..., bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., local em que o menor se encontra com a mãe, ou em qualquer outro local em que esteja. III. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer-se: a) a concessão da medida cautelar pretendida em caráter liminar, inaudita altera parte, determinando-se, por conseguinte, a expedição do pertinente mandado de Busca e Apreensão para que os Oficiais de Justiça busquem e apreendam o menor NOME, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG n.º..., inscrito no CPF/MF sob o n.º..., residente e domiciliado na Rua..., número..., bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., ou em qualquer outro lugar em que o menor for encontrado; b) a citação da ré por meio de oficial de justiça[10], a quem deverão ser concedidas as benesses do artigo 212[11], do Código de Processo Civil, para que, querendo, no prazo legal[12], apresente a resposta que tiver sob pena de revelia[13]; c) a procedência da pretensão para confirmar a decisão proferida em caráter liminar, condenando-se a requerida no pagamento de custas, despesas processuais e honorários sucumbenciais a serem fixados de modo equânime[14] por Vossa Excelência; d) O alegado será provado por todos os meios em direito admissíveis.[15] Atribui-se à causa o valor de R$... (valor por extenso). Termos em que, pede deferimento. Local e data. Advogado OAB/... n.º... [1] A questão – guarda/busca e apreensão – está afeta à Vara de Família e Sucessões. [2] O artigo 106 do CPC exige que tal informação seja prestada na inicial ou na contestação. Portanto, atentem-se e jamais dela se esqueçam, sob pena de perda de preciosos pontos. [3] Adequação necessária. Evitem usar os nomes fornecidos. Usem autor/réu, requerente/requerido, recorrente/recorrido, impetrante/impetrado, apelante/apelado, etc. [4] A despeito de não constar data do problema, cite essa informação nos moldes sugeridos. [5] Você precisará provar que seu cliente faz jus à pretensão esboçada. Uma das forma se dá por meio da juntada dos documentos em que restara fixada a guarda, como a sentença e o trânsito em julgado. [6] É importante que você finalize a narrativa fática com um parágrafo parecido com o em destaque, tudo para que se crie um link entre a narrativa fática e os fundamentos jurídicos amparadores dos direitos de seu cliente. [7] Essa frase de abertura, ou outra com o mesmo propósito, é importante para demonstrar o raciocínio jurídico e a concatenação de ideias. [8] Cite o artigo e faça paráfrase deste, não é aconselhável a transcrição, pois, ocuparia muito espaço na prova. [9] A medida cautelar é o que o juiz concede/nega, lembrando que se trata de AÇÃO CAUTELAR (e não de medida). [10] Peçam sempre a citação por oficial de justiça, única das formas citatórias admitidas em qualquer contexto, tudo com a finalidade de padronizar e evitar equívocos. [11] Os benefícios do art. 212 do CPC também não podem faltar. [12] Evitem citar prazos específicos. Como as defesas em cada procedimento podem ser ofertadas em prazos diferentes, prefira generalizar (de modo correto, aliás) para que jamais erre. Lembre-se que nas cautelares o prazo de resposta é de 5 (cinco) dias – 306, CPC. [13] Abstenham-se de pedir pena de confissão (que nem sempre é cabível). Vide art. 307 do CPC. [14] Para evitar erros utilizem a expressão em destaque, já que nem sempre os honorários deverão ser fixados em percentuais que gravitem entre 10% e 20%. [15] Usem esse jargão simples, objetivo e certo. Apenas evitem a palavra protesto (que significa no momento oportuno), fato que pode ensejar a perda de pontos, como já vimos. Se houver provas específicas (perícia, testemunhas, documentos, desde que constem do problema), não hesitem em mencioná-las.
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