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Unidade Curricular de Microbiologia Centro Universitário Estácio da Bahia – Unidade Fratelli Vita Aula Tema № 02. “Controle do crescimento Microbiano e Biossegurança na prática diária em Laboratório.” Professor: José Maurício Albuquerque Cunha, Me. Dr. Objetivos: ➢ Definir a terminologia do controle microbiano; ➢ Entender como agem os agentes de controle microbiano – calor, esterilização por calor úmido; pasteurização; esterilização; filtração; baixas temperaturas; alta pressão; dessecação; pressão osmótica; radiação; ➢ Definir e entender os métodos químicos de controle microbiano: ➢ Os tipos de desinfetantes; ➢ As características e o controle microbiano; ➢ Conceitos de Biossegurança e as normas gerais de trabalho em laboratório de microbiologia. I - Prequela Início do século XX...padronização das técnicas de controle no crescimento microbiano. Ano de 1800,...o médico húngaro Ignaz Semmerlweis e o médico inglês, Joseph Lister . Procedimentos de lavagem das mãos com hipoclorito de cálcio [Ca (OCL)2]; . Técnicas de cirurgias assépticas (feridas cirúrgicas) Infecções nosocomiais (infecções adquiridas em hospitais) 10% de morte no pós-cirúrgico; 25% de óbitos nas mulheres paridas. 1 – Introdução: terminologia do controle microbiano Definir os termos essenciais relacionados de: . Esterilização; . Desinfecção; . Antissepsia; . Degerminação; . Sanitização; . Biocida; . Germicida; . Bacteriostase e assepsia. Definição Comentários Esterilização Destruição ou remoção de todas as formas de vida microbiana, incluindo os endósporos, possivelmente com exceção dos príons. Normalmente realizada com vapor sob pressão ou um gás esterilizante, como o oxido de etileno. Esterilização comercial Tratamento de calor suficiente para destruir os endósporos de Clostridium botulinum em alimentos enlatados. Os endósporos mais resistentes de bactérias termófilas podem sobreviver, mas não germinarão e crescerão sob condições normais de armazenamento. Desinfecção Destruição de patógenos na forma vegetativa em objetos inanimados. Pode fazer uso de métodos físicos ou químicos. Antissepsia Destruição de patógenos na forma vegetativa em tecidos vivos. O tratamento é quase sempre por antimicrobianos químicos. Degerminação Remoção de microorganismos de uma área limitada, como a pele ao redor do local da aplicação de um injeção. Basicamente é uma remoção mecânica feita com algodão embebido em álcool. Sanitização Tratamento destinado a reduzir as contagens microbianas nos utensílios alimentares a níveis seguros de saúde pública. Pode ser feita por meio de lavagem em altas temperaturas ou imersão em um desinfetante químico. Sufixo –cida = morte; Sufixo -statico ou –stase = interrupção ou estabilidade; Sepse = “estragado”, “podre” Assepsia = ausência de contaminação. 2 – Taxa de morte microbiana DESCREVE OS PADRÕES DE MORTE OCASIONADOS PELOS TRATAMENTOS COM AGENTES DE CONTROLE MICROBIANO. Taxa de morte microbiana exponencial: um exemplo Tempo (min) Mortes por minuto Número de sobreviventes 0 0 1.000.000 1 900.000 100.000 2 90.000 10.000 3 9000 1000 4 900 100 5 90 10 6 9 1 Fatores que influenciam a efetividade dos tratamentos antimicrobianos: ➢ Número de micróbios; ➢ Influências ambientais; ➢ Tempo de exposição; ➢ Características microbianas. 3 – Ações dos agentes de controle microbiano. ➢ Alteração na permeabilidade da membrana; ➢ Danos às proteínas e aos ácidos nucleicos; 3 – Ações dos agentes de controle microbiano. ➢ Alteração na permeabilidade da membrana; ➢ Danos às proteínas e aos ácidos nucleicos; 4 – Métodos físicos de controle microbiano – Ações dos agentes de controle microbiano. ➢ Idade da Pedra...secagem (dessecação) e uso de sal (pressão osmótica) 4.1 – Calor ➢ Destruição dos microrganismos pela desnaturação das enzimas, inativando-as; ➢ Ponto de Morte Térmica (PMT): “menor temperatura em que todos os microrganismos em suspenção líquida específica serão destruídos em 10 minutos”; ➢ Tempo de Morte Térmica (TMT): “tempo mínimo em que todas as bactérias em uma cultura líquida específica serão destruídas em uma dada temperatura”; ➢ Tempo de Redução Decimal (TRD ou valor D): “tempo, em minutos, onde 90% da população bacteriana em uma dada temperatura será destruída”. ➢ Ponto de Morte Térmica (PMT): “menor temperatura em que todos os microrganismos em suspenção líquida específica serão destruídos em 10 minutos”; 4 – Métodos físicos de controle microbiano – Ações dos agentes de controle microbiano. ➢ Idade da Pedra...secagem (dessecação) e uso de sal (pressão osmótica) 4.1 – Calor ➢ Destruição dos microrganismos pela desnaturação das enzimas, inativando-as; ➢ Ponto de Morte Térmica (PMT): “menor temperatura em que todos os microrganismos em suspenção líquida específica serão destruídos em 10 minutos”; ➢ Tempo de Morte Térmica (TMT): “tempo mínimo em que todas as bactérias em uma cultura líquida específica serão destruídas em uma dada temperatura”; ➢ Tempo de Redução Decimal (TRD ou valor D): “tempo, em minutos, onde 90% da população bacteriana em uma dada temperatura será destruída”. Legenda: Morte microbiana. Perceba que o número de células sobreviventes em uma população microbiana recua 90% (dez vezes ou um valor logarítmico) durante cada valor D. (Neste caso, o valor D é de 60 minutos.) 4.2 – Esterilização por calor úmido. ➢ Destrói microrganismos através da coagulação das proteínas (desnaturação); ➢ Calor úmido = fervura; ➢ Calor úmido + pressão (psi) = esterilização; Legenda: Uma autoclave (OU RETORTA quando for de uso industrial). O vapor que entra força o ar para fora da parte inferior (setas azuis). A válvula do ejetor automático permanece aberta enquanto uma mistura de ar e vapor está saindo pela tubulação de esgoto. Quando todo o ar tiver sido ejetado, a temperatura mais elevada do vapor puro fecha a válvula, e a pressão na câmara aumenta. P: COMO UM FRASCO VAZIO E DESTAMPADO DEVE SER POSICIONADO PARA ESTERILIZAÇÃO NO INTERIOR DE UMA AUTOCLAVE? 4.2 – Esterilização por calor úmido. Legenda: Uma autoclave (OU RETORTA quando for de uso industrial). O vapor que entra força o ar para fora da parte inferior (setas azuis). A válvula do ejetor automático permanece aberta enquanto uma mistura de ar e vapor está saindo pela tubulação de esgoto. Quando todo o ar tiver sido ejetado, a temperatura mais elevada do vapor puro fecha a válvula, e a pressão na câmara aumenta. P: COMO UM FRASCO VAZIO E DESTAMPADO DEVE SER POSICIONADO PARA ESTERILIZAÇÃO NO INTERIOR DE UMA AUTOCLAVE? Pressão (psi acima da pressão atmosférica) Temperatura (0C) 0 100 5 110 10 116 15 121 20 126 30 135 Obs: Em altitudes elevadas, a pressão atmosférica é menor, o que deve ser levado em consideração quando se estiver operando uma autoclave. Por exemplo, para atingir a temperatura de esterilização (121 0C) em Denver, Colorado, nos EUA, cuja altitude é de 1.600 metros, a pressão mostrada no aferidor da autoclave precisaria ser maior que os 15 psi mostrados na tabela. Efeito do tamanho do recipiente nos tempos de esterilização em autoclave para soluções líquidas* 4.3 – Esterilização por calor seco ➢ Calor seco = efeitos da oxidação = analogia da carbonização de um papel no forno; ➢ Chama direta; ➢ Esterilização em ar quente; ➢ Temperatura de serviço: 170 0C por duas horas; 4.4 – Pasteurização ➢ Louis Pasteur (técnica usada em cervejas e vinhos); ➢ vinho, cerveja...serpentina na temperatura de 72 0C por 15 segundos...envasado para estoque em baixa temperatura (pasteurização de alta temperatura de curto tempo – high-temperature short-time pasteurization - HTST) 4.5 – Esterilização ➢ UHT = ultra-hightemperature; ➢ Leite ou suco...aspergido em atmosfera de vapor de alta temperatura (140 0C por 4 segundos)...empacotamento hermético e pré-esterilizada. 4.6 – Filtração ➢ Líquido ou gás passando em uma tela filtrante que retém microrganismos; ➢ Filtro de ar HEPA (high-efficiency particulate air filters) = 0,3 μm de diâmetro – (filtro de ar particulado de alta eficiência; ➢ Porcelana não esmaltada...filtros de membrana (ésteres de celulose/polímeros plásticos) ➢ [0,1 mm de espessura/0,22μm de diâmetro] poros de 0,45μm]) Espiroquetas ou micoplasmas sem parede celular passam Filtros de membrana com cut-off de 0,01 micrômetros resolvem o problema! Figura 6.18: Contagem de bactérias por filtração. 4.7 – Outros métodos físicos. ➢ Baixas temperaturas; ➢ Não reprodução/nenhum toxina produzida = 0 a 7 0C [efeito bacteriostático]; ➢ Obs: psicotróficos; Listeria...algumas populações de algumas bactérias podem sobreviver por mais de 1 ano; ➢ Alta pressão ➢ Dessecação (liofilização) (criodessecação); ➢ Pressão osmótica...APENAS OS FUNGOS SOBREVIVEM! Legenda: temperaturas de preservação de alimentos. As baixas temperaturas reduzem as velocidades de reprodução microbiana, sendo esse o principio básico da refrigeração. Sempre há alguma exceção para as respostas às temperaturas mostradas aqui; por exemplo, certas bactérias, e algumas podem, na verdade, viver em temperaturas bem abaixo do nível de congelamento. P: QUAL BACTÉRIA TEORICAMENTE TERIA MAIS PROBABILIDADE DE CRESCER NA TEMPERATURA DE UM REFRIGERADOR: UM PATÓGENO HUMANO INTESTINAL OU UM PATÓGENO DE PLANTAS TRANSMISSÍVEL NO SOLO? 4.8 – Radiação ➢ São dois tipos de radiações: RADIAÇÃO IONIZANTE e RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE; ➢ RADIAÇÃO IONIZANTE: raios gama, raios X, feixe de elétrons de alta energia (comprimento de onde menor que 1nm); ➢ RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE: comprimento de onda maior que o da radiação ionizante, normalmente acima de 1 nm...LUZ ULTRAVIOLETA...FAIXA DE DESTRUIÇÃO DE MICROORGANISMOS: 260 nm Legenda: O espectro de energia radiante. A luz visível e outras formas de energia radiante se irradiam pelo espaço com ondas de vários comprimentos. A radiação ionizante, como os raios gama e X, tem um comprimento de onda mais curto que 1 nm. A radiação não ionizante, como a luz ultravioleta (UV), tem um comprimento de onda entre 1 nm e cerca de 380 nm, onde o espectro visível começa. P: COMO O AUMENTO DA RADIAÇÃO UV (DEVIDO À DIMINUIÇÃO DA CAMADA DE OZONIO) PODE AFETAR OS ECOSSISTEMAS DO PLANETA TERRA? Controle Químico dos Microrganismos., parte 02 de 03. 6 – O controle químico dos microrganismos. ➢ São também chamados de agentes quimioterapêuticos; ➢ Substâncias químicas que matam microrganismos são os GERMICIDAS; ➢ Substâncias químicas que inibem o crescimento microbiano são os GERMISTÁTICOS; ➢ GERMICIDAS usados em objetos inaminamdos são os DESINFETANTES; ➢ GERMICIDAS aplicados em tecidos vivos ou na nossa pele são os ANTISSÉPTICOS; ➢ Vários termos são uados para descrever alguns compostos que matam ou interrompem o crescimento de microrganismos: ➢ Biocida; ➢ Bacterecida; ➢ Fungicida; ➢ Virucida; ➢ Biostatico; ➢ Bacteriostatico; ➢ fungistaticos; e etc. 6 – O controle químico dos microrganismos. ➢ São também chamados de agentes quimioterapêuticos; ➢ Substâncias químicas que matam microrganismos são os GERMICIDAS; ➢ Substâncias químicas que inibem o crescimento microbiano são os GERMISTÁTICOS; ➢ GERMICIDAS usados em objetos inaminamdos são os DESINFETANTES; ➢ GERMICIDAS aplicados em tecidos vivos ou na nossa pele são os ANTISSÉPTICOS; ➢ Vários termos são uados para descrever alguns compostos que matam ou interrompem o crescimento de microrganismos: ➢ Biocida; ➢ Bacterecida; ➢ Fungicida; ➢ Virucida; ➢ Biostatico; ➢ Bacteriostatico; ➢ fungistaticos; e etc. O Germicida... ...Vai danificar o tecido ou o objeto sendo tratado? ...Ele irá controlar o microrganismo alvo? ...Qual a finalidade do tratamento? Teste de Germicidas Avaliação de desinfetante pelo método de discodifusão Neste experimento, os discos de papel são embebidos em um solução de desinfetante e colocados na superfície de um meio nutriente em que uma cultura de bactérias- teste foi semeada para produzir um crescimento uniforme No alto de cada placa, verifica-se que o cloro (como o hipoclorito de sódio) foi efetivo contra todas as bactérias-teste, mas foi mais efetivo contra as bactérias gram- positivas. Na fileira inferior de cada placa, os testes mostraram que o composto quaternário de amônio (“quat”) também foi o mais efetivo contra as bactérias gram-positivas, mas não afetou as pseudômonas. No lado esquerdo de cada placa, o hexaclorofeno foi efetivo somente contra as bactérias gram-positivas. No lado direito, o O-fenilfenol foi ineficaz contra pseudômonas, mas foi quase igualmente eficaz contra as bactérias gram-positivas e as gram-negativas. Todas as quatro substâncias químicas funcionam contra bactérias-teste gram-positivas, mas somente uma das quatro afetou as pseudômonas. P: POR QUE AS PSEUDOMONAS SÃO AS MENOS AFETADAS PELOS QUATRO COMPOSTOS QUIMICOS MOSTRADOS NA FIGURA? 7 – Classe de germicidas. ➢ Fenol e Fenólicos; ➢ Álcoois; ➢ Halogêneos e peroxido de hidrogênio; ➢ Metais Pesados; ➢ Surfactantes; ➢ Agentes alquilantes. 7 – Classe de germicidas. ➢ Fenol e Fenólicos; ➢ Álcoois; ➢ Halogêneos e peroxido de hidrogênio; ➢ Metais Pesados; ➢ Surfactantes; ➢ Agentes alquilantes. ➢ Agem primeiro rompendo a membrana plasmática; ➢ Promovem a coagulação das proteínas enzimáticas dos microrganismos. 7 – Classe de germicidas. ➢ Fenol e Fenólicos; ➢ Álcoois; ➢ Halogêneos e peroxido de hidrogênio; ➢ Metais Pesados; ➢ Surfactantes; ➢ Agentes alquilantes. ➢ Agem primeiro rompendo os lipídeos da membrana plasmática; ➢ Promovem a desnaturação das proteínas enzimáticas dos microrganismos; ➢ Etanol e isopropanol (antissépticos da pele); ➢ A solução de 70% de etanol em água destilada é mais eficaz do que a solução pura; ➢ A solução de isopropanol é mais tóxica e a mais eficaz (usar com moderação); ➢ Os álcoois não matam endósporos. 7 – Classe de germicidas. ➢ Fenol e Fenólicos; ➢ Álcoois; ➢ Halogêneos e peroxido de hidrogênio; ➢ Metais Pesados; ➢ Surfactantes; ➢ Agentes alquilantes. ➢ Iodo e Cloro (agentes halógenos) e peroxido de hidrogênio agem em proteínas e enzimas: SÃO AGENTES OXIDANTES PROMOVEM A OXIDAÇÃO DOS GRUPAMENTOS QUIMICOS FUNCIONAIS DESSES COMPOSTOS; ➢ IODO e antisséptico e o CLORO é desinfetante; ➢ IODO NÃO PREJUDICA O TECIDO VIVO; ➢ IODÓFOROS (mistura de iodo + surfactante): SÃO GERMICIDAS PODEROSOS e SEGUROS AOS TECIDOS...usada na sepsia da da pele antes da cirurgia no paciente & esterilização dos equipamentos de leiteria humana; ➢ Cloro livre é usado para tratar a água e água relativamente pura (piscina); ➢ Apenas 0,6 a 1,0 parte por milhão consegue matar quase todos os microrganismos em 60 segundos (EXCETO Crystosporidium); ➢ Peroxido de hidrogênio não é um halógeno mas é um forte oxidante; ➢ 3% de solução é um antisséptico poderoso para limpar ferimentos, desinfectar lentes de contato e pequenos objeto frágeis; ➢ Algumas bactérias – Staphylococcus são resistentes (porque produzem peroxidase). 7 – Classe de germicidas. ➢ Fenol e Fenólicos; ➢ Álcoois; ➢ Halogêneos e peroxido de hidrogênio; ➢ Metais Pesados; ➢ Surfactantes; ➢ Agentes alquilantes. ➢ Sais de Metal pesado reagem com os grupamentos sufidril (-SH) de proteínas, “envenenando” as enzimas e matando as células microbianas; ➢ SAIS DE MERCÚRIO e SAIS DE PRATA foram muito usados; ➢ CLORETO DE MERCÚRIO usado com antisséptico...mas é TÓXICO; ➢ Mertiolate e Mercurocromo são menostóxicos; ➢ SAIS DE PRATA e PRATA COLOIDAL foram usados como antissépticos; ➢ Nitrato de prata nos olhos de recém-nascidos para prevenir gonorreia oftálmica e a cegueira que é causada; ➢ Nitrato de Prata é usado para proteger a pele queimada contra infecção. 7 – Classe de germicidas. ➢ Fenol e Fenólicos; ➢ Álcoois; ➢ Halogêneos e peróxido de hidrogênio; ➢ Metais Pesados; ➢ Surfactantes; ➢ Agentes alquilantes. ➢ São compostos que têm partes hidrofílicas e partes hidrofóbicas; ➢ Penetram em substâncias oleosas na água e fazem surgir pequenas gotas emulsificadas; ➢ Surfactantes são Sabões e Detergentes; ➢ Sabões com agentes antimicrobianos são mais eficazes (evitam de pegar resfriado, por exemplo); ➢ Surfactantes são germicidas (sais de amônio quaternário); ➢ São menos eficazes contra bactérias gram-negativas (por causa das camadas exteriores hidrofílicas protetoras); ➢ Exemplos: Cepacol (cloreto de cetilpiridínio); Zephiran (cloreto de benzalcônio) e alguns enxaguantes bucais que contem sais de amônio quaternário. 7 – Classe de germicidas. ➢ Fenol e Fenólicos; ➢ Álcoois; ➢ Halogêneos e peróxido de hidrogênio; ➢ Metais Pesados; ➢ Surfactantes; ➢ Agentes alquilantes. ➢ Formaldeido, glutaraldeido e oxido de etileno: ligam-se a pequenas cadeias de átomos de carbono (grupos alquila) à proteínas; ➢ DESATIVAM ENZIMAS E ASSIM, MATAM AS CELULAS; ➢ Formalina a 37% é usado para embalsamar corpos e preservar tecidos...consegue matar até endósporos; ➢ Soluções de 0,2% a 0,4% inativam microrganismos em vacinas mortas; ➢ Glutaraldeído é usado para esterilizar instrumentos cirúrgicos; ➢ Oxido de etileno é usado para esterilizar lençóis, colchões, telefones e materiais de difícil controle (ALTAMENTE TÓXICO) Os Princípios de biossegurança aplicados aos laboratórios de ensino universitário de microbiologia e parasitologia. Discussão Bibliográfica do livro: “Conceitos e Métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde, volume 01 Etelcina Monirano- Lucia Caputo – Regina Amendoeira Introdução (Sic) O laboratório é um ambiente extremamente hostil. Convivem no mesmo espaço equipamentos, reagentes, soluções, microrganismos, pessoas, papéis, livros, amostras, entre outros elementos. Para que esse sistema funcione de forma adequada e segura, torna-se necessário: . Disciplina; . Respeito às normas e legislações pertinentes; . Trabalhar no contexto da qualidade e da Biossegurança; . Consciência ética. O ambiente laboratorial deve ser entendido como um sistema complexo, onde existem interações constantes entre os fatores humanos, ambientais, tecnológicos, educacionais e normativos. Essas interações, muitas vezes, favorecem a ocorrência de acidentes. (sic) 1 – Biossegurança e boas práticas laboratoriais. Introdução (Sic) Um instrumento que pode contribuir para a minimização dessas ocorrências desagradáveis é a Biossegurança, definida como: 1 – Biossegurança e boas práticas laboratoriais. Somos portanto, obrigados a entender os conceitos de PERIGO, RISCO e ACIDENTE: Introdução (Sic) Um instrumento que pode contribuir para a minimização dessas ocorrências desagradáveis é a Biossegurança, definida como: 1 – Biossegurança e boas práticas laboratoriais. Somos portanto, obrigados a entender os conceitos de PERIGO, RISCO e ACIDENTE: (Sic) No Brasil, a Biossegurança possui duas vertentes: . A .legal., que trata das questões envolvendo a manipulação de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) e pesquisas com células-tronco embrionárias, e que tem uma lei, a de no 11.105, chamada Lei de Biossegurança, sancionada pelo governo brasileiro em 24 de março de 2005 (SILVA, PELAEZ e VALLE, 2009; VALLE, 2009; VALLE e BARREIRA, 2007). . A .praticada., aquela desenvolvida, principalmente, nas instituições de saúde e laboratórios em geral, que envolve os riscos por agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, presentes nesses ambientes, que se encontra no contexto da segurança ocupacional (COSTA e COSTA, 2009; COSTA e COSTA, 2005, 2006; VALLE e TELLES, 2003; CARVALHO, 1999). (sic) (Sic) 2.1. Facilitando a práxis da Biossegurança O homem é um ser biológico, logo, um produto da natureza. Mas também é um ser social, isto é, um produto da cultura, do saber, das suas interrelações. De acordo com Schramm (2006),... 2 – Qual seria o entendimento pleno da biossegurança? o humano enfrenta seu estado de necessidade e precariedade de várias maneiras, inclusive com o saber- fazer racional e operacional da tecnociência. Ademais, neste século adquiriu a competência biotecnocientífica, que visa transformar e reprogramar o ambiente natural, os outros seres vivos e a si mesmo em função de seus projetos e desejos, fato que se torna, cada vez mais, motivo de grandes esperanças e angústias, consensos e conflitos, em particular do tipo moral. (sic) (Sic) Normalmente, as palavras .moral. e .ética. são utilizadas como sinônimos, vinculadas a um conjunto de regras obrigatórias. Esta confusão ocorre há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera confusão, já que ética vem do grego .ethos., que significa .modo de ser., e .moral. tem sua origem do latim, que vem de .mores., significando .costumes. Podemos definir esses termos da seguinte forma: (Sic) Valores. são normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduo, classe, sociedade, etc. Vásquez (1998) aponta que a ética é teórica e reflexiva, enquanto a moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um interrelacionamento entre ambas, pois, na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis. Normas éticas, segundo Christofari (1998: 57), dizem respeito ao .agir. humano. São aquelas que disciplinam o comportamento do homem, tanto o de foro íntimo e subjetivo, quanto o de natureza exterior e social. Prescrevem deveres para a consecução de valores. Entretanto, não apenas implicam em juízos de valor, mas impõem a escolha de uma diretriz, de caráter obrigatório num determinado grupo social. Sua principal característica é a possibilidade de serem violadas. (sic) (Sic) Valores. são normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduo, classe, sociedade, etc. Vásquez (1998) aponta que a ética é teórica e reflexiva, enquanto a moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um interrelacionamento entre ambas, pois, na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis. Normas éticas, segundo Christofari (1998: 57), dizem respeito ao .agir. humano. São aquelas que disciplinam o comportamento do homem, tanto o de foro íntimo e subjetivo, quanto o de natureza exterior e social. Prescrevem deveres para a consecução de valores. Entretanto, não apenas implicam em juízos de valor, mas impõem a escolha de uma diretriz, de caráter obrigatório num determinado grupo social. Sua principal característica é a possibilidade de serem violadas. (sic) (Sic) O que são os Comitês de Ética em Pesquisa? Os Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) com Seres Humanos são espaços acadêmicos que avaliam a adequação ética dos projetos de pesquisas que envolvam seres humanos. Quando a pesquisa envolve animais, esses comitês são chamados de Comitês de Ética no Uso de Animais (CEUA). No caso dos CEPs, esta avaliação é realizada à luz da resolução n. 196 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de 10 de outubro de 1996, e no caso dos animais, à luz da Lei de Procedimentos para o Uso Científico de Animais, n. 11.794, de 8 de outubro de 2008. Todos os CEPs devem ser credenciados junto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). É uma comissão do CNS, criada através da resolução n.196/96 e com constituição designada pela resolução n. 246/97, com a função de implementar as normas e diretrizes regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, aprovadas pelo conselho. Tem função consultiva, deliberativa, normativa e educativa, atuando conjuntamente com uma rede de CEPs, organizados nas instituições onde as pesquisas se realizam. A Conep e os CEPs têm composição multidisciplinar com participação de pesquisadores, estudiosos de Bioética, juristas, profissionais da saúde, das ciências sociais, humanas e exatas e representantes de usuários. Um instrumento obrigatório nos projetos de pesquisa que envolvem seres humanos é o .Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. (TCLE). A pesquisa só pode ser iniciada se todos os indivíduos participantes tiverem acesso aos objetivos da pesquisa, seus benefícios e possíveis riscos, mecanismos de proteção, endereço dos pesquisadores, e declararem (ou seus representantes legais) formalmente o aceite para a participação no estudo ou em terapias específicas. É uma decisão voluntária. (sic) (Sic) 3. Contenção e infraestrutura laboratorial A contenção laboratorial tem como objetivo reduzir a exposição da equipe de profissionais que trabalha num laboratório, seja na bancada ou mesmo na limpeza, a riscos biológicos, químicos e físicos, como a radiação ionizante. Para se definir a contenção necessária, é importante uma análise de risco da atividade a ser desenvolvida nesse local, ou seja, quais os agentes químicos, biológicos e físicos que serão manipulados. É importante que o profissional conheça a composição e os riscos associados a cada material com o qual vai trabalhar, podendo, para tanto, consultar o protocolo do experimento a ser realizado, a Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico (ABNT/ NBR 14725) e/ou o Manual de Biossegurança. Segundo o Ministério da Saúde, a contenção pode ser classificada como primária . que visa a garantir a proteção do ambiente interno do laboratório . e secundária, que está relacionada à proteção do ambiente externo e é proporcionada pela combinação de infraestrutura laboratorial e práticas operacionais (SKARABA, et al., 2004; PESSOA e LAPA, 2003).(sic) (Sic) Os equipamentos de proteção individual são todos os dispositivos de uso individual destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A seguir, são enumerados os EPIs disponíveis na maioria dos laboratórios de pesquisa, clínico e ensino. (sic) 4 - Classificação das cabines de segurança biológica Os sistemas de filtração das CSB são mais ou menos complexos, de acordo com o tipo de microrganismo ou produto que vai ser manipulado em cada cabine. Por isto elas são classificadas em três tipos: • Classe I • Classe II, subdivididas em A, B1, B2 e B3. • Classe III (Sic) 5 - Barreiras secundárias (infraestrutura laboratorial) Uma instalação adequada é aquela que está de acordo com o funcionamento do laboratório e com o nível de biossegurança recomendado para os agentes manipulados no local, atuando também como uma barreira de contenção secundária. Para os laboratórios de Nível de Biossegurança 1 (NB-1) . onde são manipulados agentes biológicos da classe de risco 1 ., são recomendados os seguintes critérios para área física: . Identificação do nível de Biossegurança e dos microrganismos (Figura ao lado); . Separação do laboratório do acesso público; . Laboratório com acesso controlado; . Local para armazenar EPIs de uso exclusivo no Laboratório; . Paredes, tetos e pisos, impermeáveis e resistentes à desinfecção; . Autoclave próxima ao laboratório. (sic) (sic) Nos laboratórios de Nível de Biossegurança 2 (NB-2), são manipulados microrganismos da classe de risco 2. Além dos critérios relacionados no risco 1, são recomendados também: . Lavatório para as mãos próximo à entrada do laboratório. . Torneira com acionamento sem uso das mãos. . Sistema central de ventilação. . Janelas vedadas. . Antecâmara. . Sistema de geração de emergência elétrica. . Cabine de segurança biológica (OPS, 2009; CAMPOS, 2003). Na figura 2, apresentamos um layout de um laboratório NB-2, onde consta no seu interior uma autoclave que será utilizada para inativar os resíduos gerados durante o experimento para posterior descarte. Constam também o lavatório para lavagem de mãos próximo à entrada e o cilindro de gás instalado na parte externa, abastecendo através de tubulação a estufa de CO2 que fica dentro do laboratório. (sic) (Sic) Os laboratórios de Nível de Biossegurança 3 (NB-3) são aqueles onde são manipulados microrganismos de alto risco individual e moderado risco para a comunidade. Já nos de Nível de Biossegurança 4 (NB-4) são manipulados agentes biológicos com alto risco individual e para a comunidade. Os critérios recomendados para o funcionamento desses laboratórios são bastante complexos e de elevado custo. Para mais esclarecimentos dos laboratórios citados, consulte a documentação do Ministério da Saúde (2006) sobre as diretrizes para o trabalho em contenção com agentes biológicos. (sic) (Sic) 5 - Lavagem das mãos Para manipular materiais potencialmente infectantes e substâncias químicas utiliza-se luvas de proteção. Isto, no entanto, não elimina a necessidade de lavar as mãos regularmente e de forma correta. Na maioria dos casos, lavar bem as mãos com água e sabão é suficiente para a descontaminação, mas em situações de maior risco é recomendada a utilização de sabão germicida. No laboratório, as torneiras são, preferencialmente, acionadas com o pé ou outro tipo de acionamento automático. Não estando disponíveis estes dispositivos, usa-se papel toalha para fechar a torneira a fim de evitar a contaminação das mãos lavadas. O ato de lavar as mãos com água e sabão, através de técnica adequada, objetiva remover mecanicamente a sujidade e a maioria da flora transitória da pele. 5.1 - Quando lavar as mãos a) ao iniciar o turno de trabalho; b) sempre depois de ir ao banheiro; c) antes e após o uso de luvas; d) antes de beber e comer; e) após a manipulação de material biológico e químico; f) ao final das atividades, antes de deixar o laboratório. 5.2 - Regras básicas a) antes de lavar as mãos, retirar anéis e pulseiras; b) quando houver lesões nas mãos e antebraços, protegê-las com pequenos curativos antes de calçar as luvas. (sic) 5.3 - Sequência da lavagem das mãos Obrigado. p.s: RESUMO E MINI GLOSSÁRIO DOS TERMOS USADOS EM BIOSSEGURANÇA. DEFINIÇÕES Para efeito deste manual, são adotadas as seguintes definições: a) Biossegurança Conjunto de medidas voltadas para a prevenção, controle, minimização ou eliminação dos riscos presentes nas atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e/ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. b) Risco ocupacional São os riscos para a saúde ou para a vida dos trabalhadores decorrentes de suas atividades no trabalho. c) Classe de Risco Grau de risco associado ao material biológico manipulado. d) Análise de Risco É o processo de levantamento, avaliação, e comunicação dos riscos, considerando o ambiente e os processos de trabalho, a fim de implementar ações destinadas à prevenção, controle, redução ou eliminação dos mesmos. e) Contenção O termo contenção é usado para descrever os métodos de segurança utilizados na manipulação de materiais infecciosos em um meio laboratorial onde estão sendo manejados ou mantidos. f) Material Biológico Todo material que contenha informação genética e seja capaz de auto-reprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico. Inclui os organismos cultiváveis e agentes (entre eles bactérias,fungos filamentosos, leveduras e protozoários); as células humanas, animais e vegetais, as partes replicáveis destes organismos e células (bibliotecas genômicas, plasmídeos, vírus e fragmentos de DNA clonado), príons e os organismos ainda não cultivados. g) Patogenicidade Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível. h) Filtro HEPA Filtro de alta eficiência, feito de tecido e fibra de vidro com 60μ de espessura. As fibras do filtro são feitas de uma trama tridimensional a qual remove as partículas de ar que passam por ele por inércia, intercessão e difusão. O filtro HEPA tem capacidade para filtrar partículas com eficiência igual ou maior que 99,99%. i) Disposição Final Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental. j) Profissional Responsável Profissional com conhecimento, experiência, formação e treinamento específico para a área de atuação e que exerce a função de supervisão do trabalho. SIGLAS COBIO – Coordenação de Biossegurança do LACEN UO – Unidade Organizacional EPI – Equipamento de Proteção Individual EPC – Equipamento de Proteção Coletiva CSB – Cabine de Segurança Biológica HEPA - High Efficiency Particulate Air filter (Filtro de ar de alta eficiência para partículas) UV – Ultra-Violeta NB – Nível de Biossegurança UN – United Nations (Nações Unidas) v/v – volume a volume ppm – parte por milhão HIV – Human lmunnedeficiency Virus (Vírus da Imunodeficiência Humana) ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC - Resolução da Diretoria Colegiada RSS – Resíduos de Serviços de Saúde. CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico NBR – Norma Técnica Brasileira ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas P.A. – Pró-análise RISCOS OCUPACIONAIS E NORMAS BÁSICAS DE BIOSSEGURANÇA 1 RISCOS EM LABORATÓRIOS DE SAÚDE O trabalho em laboratórios de saúde expõe os trabalhadores a riscos comuns a outros grupos profissionais e riscos específicos da sua atividade. Estes riscos são classificados em cinco grupos principais: 1.1 Risco de Acidente É o risco de ocorrência de um evento negativo e indesejado do qual resulta uma lesão pessoal ou dano material. Em laboratórios os acidentes mais comuns são as queimaduras, cortes e perfurações. 1.2 Risco Ergonômico Considera-se risco ergonômico qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Pode-se citar como exemplos o levantamento e transporte manual de peso, os movimentos repetitivos, a postura inadequada de trabalho, que podem resultar em LER – Lesões por Esforços Repetitivos, ou DORT – Doenças Ósteo- musculares Relacionadas ao Trabalho. O ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, longos períodos de atenção sustentada, ambiente não compatível com a necessidade de concentração, pausas insuficientes para descanso intra e inter-jornadas, assim como problemas de relações interpessoais no trabalho também apresentam riscos psicofisiológicos para o trabalhador. 1.3 Risco Físico Está relacionado às diversas formas de energia, como pressões anormais, temperaturas extremas, ruído, vibrações, radiações ionizantes (Raio X, Iodo 125, Carbono 14), ultra-som, radiações não ionizantes (luz Infra-vermelha, luz Ultravioleta, laser, microondas), a que podem estar expostos os trabalhadores. 1.4 Risco Químico Refere-se à exposição a agentes ou substâncias químicas na forma líquida, gasosa ou como partículas e poeiras minerais e vegetais, presentes nos ambientes ou processos de trabalho, que possam penetrar no organismo pela via respiratória, ou possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão, como solventes, medicamentos, produtos químicos utilizados para limpeza e desinfecção, corantes, entre outros. 1.5 Risco Biológico Está associado ao manuseio ou contato com materiais biológicos e/ou animais infectados com agentes biológicos que possuam a capacidade de produzir efeitos nocivos sobre os seres humanos, animais e meio ambiente. Em relação à biossegurança, os agentes biológicos são classificados de acordo com o risco que eles apresentam (ver capítulo III, sub-ítem 1.1). 2 NORMAS BÁSICAS DE BIOSSEGURANÇA Estas normas consistem num conjunto de regras e procedimentos de segurança que visam a eliminar ou minimizar os acidentes e agravos de saúde relacionados ao trabalho em laboratórios e em outros serviços de saúde. 2.1 Higiene Pessoal a) cabelos Cabelos longos são mantidos presos durante os trabalhos; b) unhas As unhas são mantidas limpas e curtas, não ultrapassando a ponta dos dedos; c) calçados Usa-se exclusivamente sapatos fechados no laboratório; d) lentes de contato O ideal é não usar lentes de contato no laboratório. Se for necessário usá-las, não podem ser manuseadas durante o trabalho e necessitam ser protegidas com o uso de óculos de segurança. Evita-se manipular produtos químicos usando lentes de contato, uma vez que o material das lentes pode ser atacado por vapores ou reter substâncias que possam provocar irritações ou lesões nos olhos; e) cosméticos Não é permitido aplicar cosméticos na área laboratorial; f) jóias e adereços Usa-se o mínimo possível. Não são usados anéis que contenham reentrâncias, incrustações de pedras, assim como não se usa pulseiras e colares que possam tocar as superfícies de trabalho, vidrarias ou pacientes; Quando são usados crachás presos com cordão em volta do pescoço, estes devem estar sob o guarda-pó dentro da área analítica. 2.2 Cuidados Gerais a) cuidar no levantamento e transporte de pesos, para não sofrer lesões osteo-musculares; b) utilizar escada para acessar prateleiras mais altas; c) colocar os objetos mais pesados em prateleiras mais baixas; d) não sobrecarregar fichários e não deixar gavetas abertas em área de circulação; e) não trabalhar sozinho no laboratório. 2.3 Proibições na área analítica a) pipetar com a boca; b) comer, beber ou fumar; c) armazenar alimentos; d) utilizar equipamentos da área analítica para aquecer alimentos; e) manter objetos pessoais, bolsas ou roupas; f) coletar amostras de pacientes; g) usar ventiladores; h) assistir TV, ouvir radio ou fone de ouvido; i) presença de pessoas estranhas ao serviço; j) presença de animais e plantas que não estejam relacionados com os trabalhos. 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