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Sumário PSICOLOGIA DA RELIGIÃO ....................................................................................... 5 I - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5 II – ASPÉCTOS DE COMPORTAMENTO ...................................................................................... 6 III – A PSICOLOGIA DA RELIGIÃO É INVESTIGATIVA .................................................................. 7 IV – ISSO É VERDADEIRO EM TRÊS SENTIDOS. ........................................................................ 11 V – CRÍTICAS AO BEHAVIORISMO ............................................................................................ 12 VI – CRÍTICAS À PSICANÁLISE .................................................................................................. 12 VII – NASCIMENTO DO HUMANISMO ..................................................................................... 13 VIII – ENFIM A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL ........................................................................... 14 IX – NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA ................................................................................................... 15 X – MITOS E CRENDICES .......................................................................................................... 16 XI – PSICOTERAPIA .................................................................................................................. 16 XII – FUNCIONAMENTO DA PSICOTERAPIA ............................................................................. 18 XIII – MECANISMO DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA ............................................................ 20 XIV – CONCLUSÃO ................................................................................................................... 24 DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR .......................................................................... 25 I - INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 25 II – BASES DA DIDÁTICA ........................................................................................................... 28 III – ELEMENTOS DA DIDÁTICA ................................................................................................ 29 IV – METODOLOGIA DO ENSINO ............................................................................................. 30 V – CICLO DOCENTE ................................................................................................................. 32 VII – PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA ............................................................................................. 37 VIII – CONCLUSÃO ................................................................................................................... 39 SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO ..................................................................................... 40 I – INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 40 II – PERÍODO HISTÓRICO ......................................................................................................... 40 III - A EPISTEMOLOGIA............................................................................................................. 43 IV – CONHECIMENTO CIENTIFICO DA RELIGIÃO ..................................................................... 45 V – FILOSOFIA DA RELIGIÃO .................................................................................................... 46 VI – ANTROPOLOGIA DA RELIGIÃO ......................................................................................... 56 VII - SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO ............................................................................................... 60 VIII – HISTÓRIA DA RELIGIÃO .................................................................................................. 66 IX-CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 71 FILOSOFIA DA RELIGIÃO ........................................................................................ 73 I - INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 73 II - DEFINIÇÃO .......................................................................................................................... 74 III - PROPÓSITO DA FILOSOFIA DA RELIGIÃO ........................................................................... 74 IV- CONTRIBUIÇÕES DE OUTRAS CIÊNCIAS ............................................................................. 75 V - A FILOSOFIA DA RELIGIÃO INVESTIGATIVA ........................................................................ 79 VI - AS CARACTERÍSTICAS FILOSÓFICAS DO CRISTIANISMO .................................................... 81 VII — CONFLITOS E CONCILIAÇÃO ENTRE A FÉ E O SABER ..................................................... 85 VIII - CONCLUSÃO .................................................................................................................... 88 PEDAGOGIA DA RELIGIÃO ...................................................................................... 89 I - INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 89 II ENSINO TEOLÓGICO: ............................................................................................................ 90 III — FORMAR: É A VIRTUDE DO CRESCIMENTO ..................................................................... 91 IV - ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL ........................................................................... 92 V - PEDAGOGIA E DIDÁTICA .................................................................................................... 93 VI - OS OBJETIVOS E OS CONTEÚDOS DE ENSINO ................................................................... 93 VII • CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS ...................................................................... 94 VIII - OS MÉTODOS DE ENSINO ............................................................................................... 95 IX - A AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 96 X - PLANEJAMENTO ................................................................................................................. 97 XI - RELAÇÕES PROFESSOR-ALUNO NA SALA DE AULA ........................................................... 98 XII - PIAGET AO ALCANCE DOS PROFESSORES ........................................................................ 99 XIII - IDEIAS CHAVES DE COMO ENTENDER AS CRIANÇAS .................................................... 100 XIV - DESCOBERTAS IMPORTANTES ...................................................................................... 102 XV - NO ESTÁGIO DO PENSAMENTO INTUITIVO ................................................................... 103 XVI - NO ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS ................................................................. 114 XVII- CONCLUSÃO .................................................................................................................. 116 TEOLOGIA DA REFORMA ...................................................................................... 117 I - INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 117 II - CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA ..............................................................................................118 III - PRÉ-REFORMA ................................................................................................................. 119 IV - REFORMA NA ALEMANHA, SUÍÇA E FRANÇA. ................................................................ 120 V - AS NOVENTA E CINCO TESES DE LUTERO ........................................................................ 121 VI - EXTENSÃO DA REFORMA PROTESTANTE NA EUROPA. ................................................... 131 VII — O MURO DOS REFORMADORES .................................................................................. 132 VIII - NO REINO UNIDO .......................................................................................................... 134 IX - ARQUEOLOGIA BÍBLICA ................................................................................................... 135 X- CONFLITOS E CONCILIAÇÃO ENTRE A FÉ E O SABER ......................................................... 137 XI - CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA ....................................................................................... 139 XII - IGREJA ORTODOXA ......................................................................................................... 141 XIII - IGREJA DO ORIENTE ...................................................................................................... 141 XIV - O PROTESTANTISMO ..................................................................................................... 142 XV - CONCLUSÃO ................................................................................................................... 143 QUESTIONÁRIOS .................................................................................................... 145 PSICOLOGIA DA RELIGIÃO ..................................................................................................... 145 DIDÁTICA ............................................................................................................................... 145 SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO..................................................................................................... 146 FILOSOFIA DA RELIGIÃO ........................................................................................................ 147 PEDAGOGIA DA RELIGIÃO ..................................................................................................... 147 TEOLOGIA DA REFORMA ....................................................................................................... 148 ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIA E TCC ............................................................. 149 - Orientações ABNT – ............................................................................................................ 149 5 PSICOLOGIA DA RELIGIÃO I - INTRODUÇÃO PSICOLOGIA. “Ciência do comportamento humano”. Ao contrário da Sociologia, que é a ciência que estuda o grupo social, a Psicologia estuda o individuo dentro do grupo social, o seu comportamento diante dos estímulos recebidos pelas circunstâncias sociais que o cercam, por seu lado a Psicologia Social destaca o papel dos fatores de liberdade de situações que influem no comportamento humano, enquanto a Psicologia Individual estuda o homem em relação as suas transformações evolutivas e ao dinamismo interno de sua personalidade. Grupo 1909 foto na frente da Clark University. Fila da frente: Sigmund Freud, G. Stanley Hall, Carl Jung. Fila de trás: Karl Abraham; A. Brill, Ernest Jones, Sandor Ferenczi. A Psicologia da Religião é o estudo psicológico das experiências e crenças. No Cristianismo, a Psicologia da Religião ou Psicologia Pastoral, é um subcampo da Teologia Pastoral. Há de se verificar ao tecer considerações acerca das inter-relações entre a Psicologia e Religião as distintas formas ou escolas de 6 psicologia enquanto ciência e a ampla variedade do fenômeno religioso enquanto objeto de estudo da História e/ou da Sociologia das Religiões. II – ASPÉCTOS DE COMPORTAMENTO Sem conhecer os conceitos grupais ou individuais, não há como diferenciá-los, pois cada um tem estilo de comportamento e regras diferentes de grupo para grupo e são os fatores de liberdade e as situações que influenciem no comportamento humano. No aspecto grupal para a vivência em grupo social é necessário negar seus conceitos próprios e passar a respeitar o querer e as observações dos grupos, suas leis, seus costumes, seu modo de viver, sua maneira de vestir, sua língua, etc. No aspecto individual estuda o homem em relação as suas transformações evolutivas, seu dinamismo, sua personalidade, sua crença. A Psicologia da Religião é o estudo sistemático dos fenômenos religiosos não importa a igreja ou seita religiosa ou filosofia dos diversos comportamentos filosóficos das religiões, sua maneira de crer, seu comportamento de adoração, ela estuda todos os comportamentos de crença e de fé, aferindo os valores de cada um, positivos e negativos. EXEMPLOS: 1. Assembleia de Deus tem uma Doutrina, seus costumes, sua maneira de adoração, de entender seus sacramentos e como agir. Se eu individualmente não gostar deste sistema, terei que procurar outro que esteja de acordo com o meu querer e não tentar mudar o que já está implantado, pois já é natural para os seus seguidores. 2. Isto acontece com todas as igrejas pentecostais ao modelo das Assembleias de Deus no mundo e não me dá outro direito de contestar suas crenças, tais como o batismo no Espírito Santo e outros 7 sacramentos. Se não creio o que devo fazer? - Procurar outra denominação. 3. Para identificar uma Seita teremos que diferenciar seus conceitos de crença, suas interpretações e seus aspectos religiosos tais como: Testemunhas de Jeová, Mormonismo, Espiritismo em seus vários seguimentos, Budismo, que é mais uma filosofia do que uma crença e outras. 4. A Psicologia da Religião é o estudo das Emoções a qual dá ao individuo a segurança, controlando-o no sentido religioso e humanístico, dando ao mesmo tempo experiência de vida, assegurando-o dentro do aspecto social e contribuindo para o bom relacionamento emocional no seu meio de atividade. O seu comportamento passa a ser assegurado em diversos aspectos da vida tais como: as emoções da ansiedade e do temor, no amor, no prêmio que ganhou no carro e no apartamento que comprou, na crença, em todos estes momentos da vida. III – A PSICOLOGIA DA RELIGIÃO É INVESTIGATIVA As experiências místicas que modificam as vidas das pessoas e a maneira delas pensarem. Interessa-se especialmente pelos estados de consciência, pelos fenômenos psíquicos, pelas visões e pelos alegados encontros com seres espirituais. As emoções da ansiedade e do temor, mormente no que diz respeito às doutrinas do pecado e do julgamento, encontram-se entre seus interesses. Na exaltação religiosa a experiência do sagrado e a experiência do seu oposto. As manifestações demoníacas e os estados mórbidos também são assuntos de seus estudos. A Psicologia da Religião nasceu na segunda metade do século XIX nos Estados Unidos, tempo de um despertar religioso de impressionante vitalidade, caracterizado pelo surgimento de numerosos surgimentos religiosos, inclusive pelo aparecimento de movimentos de origem oriental. 8 Um cenário de crenças e religiões sem igual em todo o resto do mundo. Os psicólogos experimentais interessados no fenômeno religiosos depararam assim diante de um extraordinário campo de estudo que despertava inusitado interesse com grande vitalidade. A Cultura Americanaapresentava como característica dominante a individualidade e a Psicologia da Religião nasciam como Psicologia Aplicada ao indivíduo religioso. Não se deve ignorar que foi neste período que a filosofia predominante nos Estados Unidos caracterizou-se pelo surgimento e afirmação do pragmatismo, isto é, um tipo de pensamento que afirmava que “a religião é aquilo que ela faz”, com a importante conclusão de que a religião se estrutura em função da eficácia prática, e, portanto, psicológica. Atualmente os fenômenos religiosos tem sido alvo de grande interesse por parte da Psicologia Contemporânea, isto é, o estudo científico da religião a partir da perspectiva das ciências sociais, aspectos como as origens, as motivações, as expressões, a dinâmica, o desenvolvimento e os efeitos da religião são motivos de interesse. A Psicologia da Religião definida de modo geral como o estudo científico da fé e/ou da religião com o emprego de métodos psicológicos é um campo fértil para os que procuram entender melhor a natureza e o comportamento do homem e, desperta interesse especial por parte dos cristãos que a consideram uma oportunidade de conciliar as muitas áreas de mútua coincidência e preocupação entre a psicologia e a teologia. Julgam que o estudo comparativo conjunto das duas é uma possibilidade de averiguação da exatidão das verdades de Deus que são descobertas através de duas ciências, relacionando-as à sua própria vida e aplicando-as a ela na revelação da correspondência de fatos Psicológicos e Teológicos. 1. A Psicologia através da religião se constitui em uma análise normativa da natureza humana, a busca da compreensão mais plena da importância destes processos para a religião. A Psicologia da Religião, 9 definida de modo geral como estudo científico da fé e da religião, com o emprego de métodos psicológicos é um campo fértil para os que procuram entender melhor a natureza e o comportamento do homem. 2. A Teologia em qualquer experiência de conversão fica claro que a preocupação da Bíblia é como o Deus que inicia e dirige todo o processo que envolve a conversão, o que implica dizer que o homem só responde positivamente ao evangelho porque Deus primeiramente começa a trabalhar em sua vida. Em At 16.14: “Certa mulher chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava, o Senhor lhe abriu o coração para atender as coisas que Paulo dizia”. O acreditar em uma pregação do evangelho torna-se o compromisso de considera-lo efetivamente como verdade diante de sua profissão de fé, que é uma atividade dinâmica que evolui, influenciando o relacionamento com Deus e de uns com os outros e os membros em particular. “Uma certa senhora de uma cidade, onde eu era o pastor, dona de uma rede de supermercados na cidade, um dia esta senhora foi convidada para ir a uma de nossas congregações, e aceitou a Jesus como seu Salvador. Passados 15 dias de sua conversão ela foi ao gabinete Pastoral e disse: - Pr. Alcino, gostaria de sua compreensão e me desse mais 15 dias para eu me apresentar como uma verdadeira crente de nossa Igreja, pois sou fazendeira e lá em casa, tenho que fazer tudo. Meu marido não tem esta disposição, eu amanso cavalo, domo todos os tipos de animais e minha vida toda vesti bermuda, não tenho vestido nem saia como é costume da Igreja, mas já mandei fazer. Dentro de 15 dias eu serei uma crente completa. Eu perguntei aquela senhora: Quem falou a senhora deste comportamento? Ela respondeu: Ninguém falou, eu vim para a Igreja para ficar e não quero ser diferente das outras irmãs. Então eu disse: Glória a Deus. Ele fala através de sua Palavra”. A Psicologia a Teologia tem sido relacionadas entre si de muitas maneiras, como a Psicologia da Religião sendo definida como a tentativa de enquadrar a religião à dinâmica psicológica ou como busca a compreensão mais plena da importância destes processos para a religião. 10 A Psicologia através da religião se constitui em uma análise normativa da natureza humana, fornecendo o entendimento psicológico das pessoas e “com” a religião é entendida como um esforço para oferecer a interpretação psicológica e religiosa dos mesmos fenômenos inerentes a ela sem reduzir sua importância particular. Em contrapartida, a Psicologia “pró” religião é uma perspectiva definida como a tentativa de usar a psicologia para autenticar a religião. Em princípio, qualquer aspecto da conduta religiosa pode, de certa maneira, ser investigado pelos psicólogos e alguns se concentram na influência formadora do ambiente social e cultural, tais como a família e a igreja se juntam no processo de conversão e determinam as convicções religiosas do convertido. A Bíblia esclarece que pessoas diferentes chegam à conversão de maneiras diferentes e em um estudo rápido de Atos dos Apóstolos indica que as conversões ali relatadas se diferenciavam grandemente em suas circunstâncias. Quando se faz menção dos aspectos psicológicos da conversão, não significa que se esqueça, ou que se negue que é a “verdade” que conquista a mente e o coração do ouvinte, mas que o provocar das emoções é, de certa forma, um fator de fundamental importância. Em qualquer experiência de conversão, também fica claro que a preocupação da Bíblia é com o Deus que inicia e dirige todo o processo que envolve a conversão, o que implica dizer que o homem só responde positivamente ao evangelho porque Deus primeiramente começou a trabalhar em sua vida. Ainda que alguns dos que escreveram sobre a Psicologia da Religião adotaram o ponto de vista de que ao dar uma explicação da sua conduta religiosa e das raízes das suas crenças, o homem está negando a veracidade dessas crenças, a maioria dos psicólogos não concorda com tal conceito, afirmando veementemente que mesmo que uma crença tenha raízes psicológicas, não prova que seja falsa e que não precisa haver uma relação entre uma base psicológica para uma fé e a verdade dessa fé. 11 Enquanto uma pessoa convertida descreverá sua experiência em termos pessoais, que influenciem uma nova relação com Deus na pessoa de Jesus Cristo, um não convertido pode dizer que sempre encontra este tipo de explicação supérflua, ou considerará tal descrição sem sentido. Ao mesmo tempo considerar a relação psicológica como em oposição com a relação religiosa pessoal equivale a cometer um grande erro, pois como sintetiza em sua obra o psicólogo da religião R.F. Paloutzian: “Psicologia e religião são complementares”. IV – ISSO É VERDADEIRO EM TRÊS SENTIDOS. Em primeiro lugar não devemos jamais pensar em termos de Psicologia versus Religião, como explicações opostas do comportamento humano. Não se destrói a validade de uma área simplesmente porque se aceita a validade da outra porquanto, elas não são reciprocamente excludentes. Como uma explicação psicológica da vida das pessoas não elimina o possível valor de verdade de uma visão religiosa e vice-versa, os pesquisadores e os peritos e os peritos de um campo não precisam considerar os outros como uma ameaça, ao contrário, eles são livres para influenciar-se a ajudar-se mutuamente. Em segundo lugar a Psicologia e a Religião chegaram, em certos casos, a conclusões paralelas, dando o sentido das coisas e das crenças, colocando-as cada uma em seu lugar. Em terceiro lugar a Psicologia e a Religião são na prática complementares, pois cada uma com seu conceito diferente, porém, todos em favor dos seres humanos, dando aos mesmos um comportamento adequado para viver em sociedade e praticar sua religião com livre conceito de crença e deve haver respeitoa qualquer crença de um ser humano dando a ele a oportunidade de estudar cada denominação com seus vários costumes. 12 V – CRÍTICAS AO BEHAVIORISMO Maslow era um dos críticos descontentes com a atual ideia da Psicologia. Ele achava que o Behaviorismo, que estudava o comportamento humano através do comportamento do animal, não condizia com o estudo da mente humana, muito mais complexa, envolvendo razão e sentimento. O aprendizado superior, liberdade pessoal, livre-arbítrio a arte e a ciência, são também pontos negativos e próprios do ser humano; a) Como ódio, b) Magoa, c) Tendência para fazer o “mal”, d) Como uma luta pelo melhor para si próprio. Também falava da falta de definição dos comportamentos patológicos, únicos do ser humano e criativa ênfase no estudo do comportamento em detrimento à consciência. Vale ressaltar que essas críticas de Maslow só são válidas se aplicadas ao Behaviorismo watsoniano. Os outros behaviorismos em especial ao radical que é praticamente o único dos dias atuais estudam todos os fenômenos que Maslow criticou o behaviorismo de não estudar, descaracterizando-se assim a crítica. VI – CRÍTICAS À PSICANÁLISE A CRÍTICA DE Maslow à Psicanálise consiste no reducionismo de toda a mente para a libido e o inconsciente além de tratar o humano como “doente por natureza” cuidando apenas dos aspectos patológicos humanos. Outra crítica comum está na restrição e prejuízos que rótulos diagnósticos como histeria, psicose e neurose grave podem gerar, segundo eles, ao fazer com que alguém se identifique e seja identificado com um diagnóstico. Segundo alguns autores transpessoais o ser humano deve viver livre de rótulos para alcançar a plenitude. 13 VII – NASCIMENTO DO HUMANISMO Algum tempo depois de Maslow juntamente a Anthony Sutich fundam a Associação de Psicologia Humanista (Association for Humanistic Psycology) e lançam um jornal para divulgar a escola. Foi muito bem aceito por um grande número de psicólogos sendo que muitos contribuíam com suas teorias naquela mesma época, como Carl Rogers, autor da Abordagem Centrada na Pessoa (ou cliente), Viktor Frankl, com a Escola do “Sentido da Vida”, o Logoterapia, Fritz Perls e sua Gestalt-Terapia, e Alexander Lowen com a Bioenergética. A ênfase destas teorias humanistas está no presente, no aqui e agora e na capacidade de mudança, de escolha, baseado nas escolas filosóficas Fenomenologia e Existencialismo, respectivamente. Também enfatiza os sentimentos, tanto na vida, como na terapia e a congruência. Dentro do próprio berço e dos próprios fundadores do humanismo foi crescendo a ideia de algo que faltava a esta Escola Humanista: o aspecto espiritual. - Uma Nova Corrente de Pensamento Por que uma nova corrente de pensamento? Era a década de 1960, muito conturbada, devido às várias novas ideologias e a “importação” de filosofias orientais de vida, como o panteísmo oriental, Hare-Krishna, o Zen-Budismo, o Taoísmo entre outras. No Vietnã a Guerra explodia de vez e em Paris os estudantes se revoltavam, o mundo estava precisando acreditar em uma esfera superior, espiritual. Experiências como a meditação transcendental, o transe, o G-12 a efervescência cultural e cientifica abriam portas para uma nova abordagem na psicologia, voltada para o que Há de mais interior do ser humano, o espírito. 14 VIII – ENFIM A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL Para Maslow e Sutch que não aceitavam mais suas próprias teorias por completo, pois faltava o fator espiritual, e os fatores incomuns da consciência, foi um pulo até aceitar as ideias de Stanislav Grof, que falava dos estados alterados da consciência e estruturas diferentes, como o estado de vigília. O Inconsciente Freudiano e o Inconsciente Coletivo, entre outros, a esta nova abordagem, nascida em 1967, foi dada o nome de Transpessoal onde encontramos: as Críticas a psicologia transpessoal e o Mau uso da física quântica. A mecânica quântica, a peça central da física moderna, tem sido mal interpretada para que implique que a mente humana controla a realidade e que o universo é um todo conectado que não pode ser entendido pela mera redução de partes. Entretanto, nenhum argumento ou indício decisivo requer que a mecânica quântica tenha um papel central na consciência humana ou que forneça conexões holísticas instantâneas através do universo. A física moderna incluindo a mecânica quântica permanece completamente materialista e reducionista na medida em que é consistente com todas as observações científicas. A interpretação convencional da mecânica quântica, a interpretação Copenhague, promulgada por Bohr e ainda mantida pela maioria dos físicos, não diz nada sobre consciência. Ela se preocupa apenas com o que pode ser medido e que predições podem ser feitas sobre como as condições estatísticas de conjuntos de medições futuras. O comportamento aparentemente holístico e não local dos fenômenos quânticos pode ser entendido sem se descartar o bom senso da noção das partículas seguindo caminhos definidos no espaço e no tempo ou exigindo que sinais viagem mais rapidamente que a luz. 15 Nenhum movimento ou sinalização superluminal foi alguma vez observado em concordância com o limite definido pela teoria da relatividade. Ademais, as interpretações dos efeitos quânticos não precisam demolir a física clássica ou o bom senso para tornarem-se inoperantes em todas as escalas – especialmente na escala macroscópica na qual os humanos funcionam. A física Newtoniana que descreve com sucesso virtualmente todos os fenômenos macroscópicos, segue suavemente o limite de muitas partículas da mecânica quântica e o bom senso continua a se aplicar na escala humana. IX – NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA A sombra – aqui o homem tem seu Self distorcido, ele aliena várias porções da Psique em detrimento de alguma que causa incongruência. É um nível negativo e patológico. O Ego – é o nível superficial da consciência onde o homem se identifica com uma imagem criada, seu Self individual sem se interessar profundamente em questões sociais ou ecológicas, ou seja, pensando em si próprio. O Biossocial – neste nível o homem tende a ter uma preocupação com o outro, enxergando também o que o rodeia. Ele aceita uma responsabilidade perante os outros e pelo ambiente natural. O Existencial – nele o homem encontra a ligação entre o corpo e a mente que tende a auto-organização, o qual e ligado a um alto grau de desenvolvimento e auto atualização. É o grau perfeito para a filosofia e o humanismo. Emoção e razão se unem para o crescimento. O Transpessoal – este é o nível que esta escola estuda, sendo o nível mais profundo que, hoje em dia, consegue se chegar. É um nível aproximado das experiências místicas onde tudo está imerso no todo – o Tão, como uma gota d’água no oceano, mas, não de uma forma linear, cartesiana. Os limites do Ego são ultrapassados. 16 É possível entrar em contato com o inconsciente coletivo, entre outros fenômenos relacionados. Há quem diga que é possível o fenômeno como precognição e telepatia, mas, estes não são considerados comuns e científicos, pois estão dentro da parapsicologia, mas ainda assim são válidos dentro da teoria. X – MITOS E CRENDICES É importante ressaltar que esta é uma teoria de certo modo polêmica, já que se opõe a paradigmas e traz conteúdos ainda sem um estudo conclusivo. Por esta razão há ainda alguns mitos: 1. Psicologia transpessoal não é magia nem religião, é uma ciência séria que busca, através de sua transdisciplinaridade, uma forma de ver e entender o homem no universo e o homemcomo parte deste universo. 2. Regressões a vida passada não são um conteúdo aceito por todos os psicólogos transpessoais, por não ser científico e, deve-se ter cuidado quando se fala sobre este tema, relacionando com Psicologia Transpessoal. Há terapeutas que se utilizam desta técnica, mas não significa que seja aceito no meio acadêmico como conceito científico. XI – PSICOTERAPIA O termo Psicoterapia refere-se a intervenções psicológicas que buscam melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o funcionamento de seus sistemas interpessoais (família, relacionamentos, etc.). Como todas as formas de intervenção clinico-psicológica, a Psicoterapia utiliza meios psicológicos, para atingir um fim especifico. A cura ou a diminuição do sofrimento do paciente, geralmente causada por um transtorno mental, baseia- se no corpo teórico da Psicologia e é praticada por pessoal especializado “o Psicoterapeuta ou Psicólogo 17 Clínico”, em um determinado contexto formal “individual, em casal, com a presença de familiares, em grupo – de acordo com a indicação”, que é a estrutura básica da Psicoterapia. Os vários tipos de Psicoterapia, em todas as suas diferentes formas e métodos, possuem uma série de características em comum, somente tendo em mente tais características se pode compreender o funcionamento da psicoterapia em geral e as qualidades que definem cada uma das diferentes escolas. Orlinsky e Howard procuraram descrever a interação dinâmica dos diferentes fatores que influenciam a psicoterapia, independente da linha específica. Primeiramente as condições da terapia são organizadas por determinadas circunstâncias sociais, por um lado, a oferta de terapeutas, as instituições que oferecem terapia, o acesso físico e financeiro da população, estrutura do sistema de saúde, e, por outro lado, a formação dos terapeutas e a aceitação de terapia por parte da população – “fatores socioculturais”. Sobre esse pano de fundo, filtrado pela presença de outras partes interessadas – pais, família, supervisores, etc., se desenrola então o processo terapêutico: entre o terapeuta e paciente em determinadas escolas chamado cliente, cada um dos quais possuindo determinadas características profissionais e de personalidade, se fecha com um contrato terapêutico que define as regras do trabalho terapêutico para ambas as partes. Dois elementos – a técnica terapêutica o relacionamento terapêutico, representam a base de trabalho e são ambas influenciadas atributos tanto do terapeuta quanto do paciente. O trabalho técnico do terapeuta, por outro lado, só poderá dar frutos se o paciente mostrar abertura a este trabalho. Os efeitos da terapia se apresentam em diferentes níveis, tanto em relação aos padrões de funcionamento do indivíduo, quanto em relação a seus relacionamentos interpessoais. 18 XII – FUNCIONAMENTO DA PSICOTERAPIA Uma vez confirmado o efeito positivo da Psicoterapia sobre a saúde mental dos pacientes, a pesquisa empírica começou a voltar sua atenção a uma pergunta muito mais difícil de ser respondida: Como e com que mecanismos é que ela funciona? Fases de Mudança do Paciente: O processo terapêutico começa para o paciente antes da terapia em si e termina somente muito depois de sua conclusão formal. Prochaska, DiClemente e Norcross (1992) propuseram um modelo em seis fases que descreve este processo: 1ª Fase “pré-contemplativa” (precontemplation stage): é a fase da despreocupação. O paciente não tem consciência de seu problema e não tem intensão de modificar o seu comportamento – apesar de as pessoas que estão a sua volta estarem cientes do problema. Nesta fase os pacientes só procuram terapia se obrigados; 2ª Fase “contemplativa”(contemplation stage): é a fase da tomada de consciência. O paciente se dá conta dos problemas existentes, mas ainda não sabe como reagir. Ele ainda não está preparado para uma terapia: está ainda pensando os prós e os contras; 3ª Fase de “preparação”(preparation): é a fase da tomada de decisão. O paciente se decide pela terapia – nesta fase o meio social pode desempenhar um papel muito importante; 4ª Fase da “ação”(action): o paciente investe – tempo, dinheiro, esforço na mudança. É a fase do trabalho terapêutico propriamente dito; 5ª Fase da “manutenção” (maintenance): é a fase imediatamente após o fim da terapia. O paciente investe na manutenção dos resultados obtidos por meio da terapia e introduz as mudanças no seu dia a dia; 19 6ª Fase da “estabilidade” (termination): é a fase da cura. Nesta fase o paciente solucionou o seu problema e o risco de uma recaída não é maior do que o risco de outras pessoas para esse transtorno específico. De acordo com o desenvolvimento do paciente através das diferentes fases que classificam quatro tipos de progressão: A. O transcurso estável em que o paciente se estagna em uma fase especifica; B. O transcurso progressivo em que o paciente se movimenta em fases; C. O transcurso regressivo o paciente se movimenta para fase que já esteve; D. O transcurso circular (recycling) em que o paciente muda a direção do movimento pelo menos duas vezes. Fases da terapia: A terapia em si se desenvolve em quatro fases consecutivas e cada qual com objetivos próprios: 1. Indicação: definição do diagnóstico e decisão com respeito à necessidade de uma terapia de qual tipo “médica, psicoterapêutica ou ambas”. Aos métodos indicados para o problema em questão, esclarecimento ao paciente a respeito da terapia; 2. Promoção de um relacionamento terapêutico e trabalho de clarificação do problema: a estruturação dos papéis “terapeuta e paciente”, desenvolvimento de uma expectativa de sucesso, promoção do relacionamento entre paciente e terapeuta, transmissão de um modelo etiológico do problema; 3. Encenação do aprendizado terapêutico: aquisição de novas competências ”terapia cognitivo-comportamental”, análise e experiência de padrões de relacionamento “Psicanálise”, reestruturação da autoimagem “terapia centrada na pessoa”; 20 4. Avaliação: verificação do cumprimento dos objetivos propostos, estabilização dos resultados alcançados, fim formal da terapia e da relação paciente-terapeuta. As decisões tomadas na fase 1 não devem necessariamente permanecer imutáveis até o fim da terapia. Pelo contrário, o terapeuta deve estar atento às mudanças do paciente, a fim de adaptar seus métodos e suas decisões de trabalho à situação do paciente, que nem sempre é clara no começo da terapia. Isso se dá o nome indicação adaptável. XIII – MECANISMO DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA Vários autores se dedicaram á questão do funcionamento da psicoterapia: o que é que leva a mudança no paciente. K. Grawe (2005) descreve 5 mecanismos básicos de mudanças (Grundmechanismen der Veränderung) comuns a todas as escolas psicoterapêuticas: 1. Relacionamento terapêutico (therapeutische Beziehung): a qualidade do resultado de uma terapia é em grande parte influenciada pela qualidade do relacionamento entre o terapeuta e o paciente; 2. Ativação de ressources (meios) (Ressourcenaktivierung): a Psicoterapia auxilia o paciente a mobilizar a força interna que possui para realizar a mudança necessária e estabiliza-la; 3. A atualização do problema (Problemaktualisierung): a psicoterapia expõe o paciente ao seu padrão normal de comportamento, como modo de tornar esses padrões conscientes e assim modificáveis. Exemplos são o trabalho com meios teatrais como psicodrama, os treinamentos de competências sociais, que podem ser contados como parte integrante da terapia comportamental,a técnica de focusing de Gendlin e o trabalho com transferência e contratransferência, típico da psicanálise e de outras escolas psicodinâmicas; 21 4. Esclarecimento motivacional (Motivationale Klärung) ou clarificação e transformação de interpretações (Klärung und Veränderung der Bedeutungen): a psicoterapia auxilia a clarificação de ambiguidades e obscuridades na experiência pessoal do paciente, ajudando-o a encontrar um sentido para aquilo que ele experiencia. Exemplos são métodos de clarificação típicos da terapia centrada no cliente e os métodos de reestruturação cognitiva da terapia cognitiva; 5. Competência na superação dos problemas (Problembewältigung): a psicoterapia capacita o paciente a adquirir a capacidade de adaptação à realidade psíquica social, típico dos transtornos psíquicos. Exemplo típico de métodos que usam esse mecanismo de maneira explicita são os métodos de exposição, comuns a terapia comportamental, outra abordagem do problema oferecem Prochaska et al. (1992) Ao descreverem 10 (dez) processos de mudança diferentes, tais processos são definidos como atividades e experiências pessoais que o paciente, de maneira direta ou indireta, realiza na tentativa de modificar seu comportamento problemático. 1. Auto exploração ou auto reflexão (conscious raising), ou seja, o paciente procura se conhecer melhor; 2. O que leva a uma auto reavaliação; 3. Auto libertação da convicção de que uma mudança não é possível; 4. Contra condicionamento, ou seja, a substituição do comportamento problemático por outro mais adequado; 5. Controle dos estímulos, ou seja, o evitar ou combater estímulos que levam ao comportamento problemático; 6. Administração de reforços, ou seja, o paciente se dá uma recompensa cada vez em que se comporta da maneira desejada “ver condicionamento operante”; 7. Relacionamentos auxiliadores, ou seja, o paciente se abre a possibilidade de falar sobre seus problemas com uma pessoa de confiança (de maneira especial o terapeuta); 8. Alívio emocional através da expressão de sentimentos em relação ao problema e as suas soluções; 22 9. Reavaliação ambiental, ou seja, o paciente percebe como o seu problema provoca estresse não apenas para si, mas também para as pessoas a sua volta e; 10. Libertação social, ou seja, o paciente realiza gestos construtivos para seu ambiente social “família, amigos, sociedade geral”. Em seu modelo transteórico da Prochaskaet al. (1992) unem os processos acima descritos a seu modelo das fases de mudança (ver acima): os diferentes processos estão intimamente ligados às diferentes fases e determinados processos são completamente inócuos se realizados em uma fase inadequada. - Efeitos da psicoterapia: Ainda sob um ponto de vista geral, ou seja, comum a todas as escolas psicoterapêuticas, os efeitos da psicoterapia podem ser analisados sobre dois aspectos: 1. O aspecto processual, isto é, que se refere ao trabalho terapêutico em si. Aqui podem se observar os seguintes efeitos: o fortalecimento do relacionamento terapêutico, a intensificação da expectativa de sucesso paciente, sensibilização do paciente a fatores que ameaçam sua estabilidade psíquica, um mais profundo conhecimento de si mesmo (auto exploração) e a possibilidade novas experiências pessoais. 2. O aspecto final se refere às consequências da terapia da vida em si. Aqui se diferenciam os micro efeitos dos macro efeitos. Os micro efeitos referem-se aos pequenos processos que acontecem durante a terapia, entre sessões: os pacientes tem como experiências novas situações, emoções, novas facetas e formas de comportamento. Já os Macro efeitos dizem respeito às consequências a longo prazo e às mudanças mais profundas relacionadas às estruturas mais centrais da personalidade e do funcionamento psíquico: a pessoa adquire novas posturas em relação a si mesma e aos demais, adquire novas capacidades e competências. 23 Sobretudo, uma terapia realizada com sucesso conduz a um aumento da auto eficácia (self-efficacy), ou seja, da convicção do paciente de ser capaz de lidar com os problemas que o faziam sofrer, que leva a um aumento da autoestima. Outros efeitos são ainda uma compreensão maior dos problemas que afligem o paciente e da história de vida que conduziu a eles. Os Micro e os Macro efeitos, podem se dar em três níveis: 1. Melhora do bem estar do paciente, 2. Modificação dos sintomas e 3. Modificação na estrutura da personalidade. Mudanças na estrutura da personalidade só são possíveis depois de uma melhora do bem estar e dos sintomas. Os tipos de psicoterapia, apesar de terem tanto em comum, os diferentes tipos de psicoterapia se diferenciam na ênfase que dão em cada um desses aspectos comuns. Antes de serem concorrentes os diferentes tipos de Psicoterapia possibilitam uma maior adaptabilidade do tratamento às características individuais do paciente e podem ser classificados sob diversos pontos de vista, tais como os aspectos formais: De acordo com o numero de pessoas: psicoterapia individual, de casal, familiar ou de grupo, de acordo com a duração: terapias curtas “de 6 a 15 sessões” e longas “até três ou mais anos”, de acordo com o setting ”contexto”: online ou pessoalmente; De acordo com a delegação do “poder terapêutico”: terapias diretivas (power to the terapist), em que o terapeuta trabalha com apenas um paciente, terapias de meditação em que o auxilio não é direcionado ao paciente diretamente, mas a pessoas relevantes para ele (pais, parceiro, etc.), grupos de autoajuda em que pessoas com os mesmos problemas procuram se ajudar mutuamente na superação do problema. 24 XIV – CONCLUSÃO No estudo da Psicologia, nas regras que giram em torno do comportamento humano, têm que ser observado alguns métodos cujos objetivos são mudanças intrapessoais “nas funções psíquicas do individuo”, outros tem por fim mudanças em sistemas interpessoais disfuncionais, de acordo com o fim da terapia: alguns tipos de psicoterapia têm por fim a superação de um problema, outras objetivam uma clarificação dos motivos e objetivos pessoais do paciente como o motivacional e por fim outras buscam enfatizar as ressources do paciente, dando atenção mais as partes saudáveis da pessoa. Este poder terapêutico que dará o resultado e a conclusão da terapia e o paciente terá um resultado favorável. Glória a Deus por isso! “Antes de andar vagabundo ou perambulando pelas ruas, lembre-se que temos um Deus que é real e que tudo pode em nossa vida. Dê um lugarzinho para Ele atuar e as coisas vão mudar”. 25 DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR I - INTRODUÇÃO A expansão do ensino de nível superior tem demandado cada vez mais docentes qualificados, tanto para responder às exigências conteudistas curriculares quanto à condução pedagógica no espaço da sala de aula, constituindo-se assim num duplo desafio. Tem por objetivo discutir os aspectos da didática aplicáveis ao processo de ensino- aprendizagem no nível superior, considerando-se a necessidade de ressignificação dos modelos de ensino visto que as abordagens Didáticas tradicionais amiúde deixaram de atender as especificidades da contemporaneidade. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva que utiliza como fonte de dados uma ampla pesquisa bibliográfica sobre a temática. Procura concluir com a premente necessidade de reflexão da práxis didático-pedagógica do docente universitário frente às demandas da sociedade do século XXI e propõe algumas recomendaçõesdidáticas visando alavancar o processo de ensino- aprendizagem em adultos. Conceito: Didática Magma. O vocábulo ”Didática” vem do Grego didaktiké, que quer dizer “arte de ensinar”. A palavra didática foi empregada pela primeira vez com o sentido de ensinar em 1629, por Ratke, em seu livro “Aphorisma Didactici Precipui” ou “Principais Aforismos Didáticos”. O termo, porém foi consagrado por João Amus Comenius na sua obra “Didática Magna” publicada em 1657. 26 Didática assim, primeiramente, significou arte de ensinar. E como Arte a Didática dependia muito do jeito de ensinar, da intuição do professor, uma vez que havia muito pouco a aprender para ensinar. Esse “jeito de ensinar”, pelo que tudo indica, advém da capacidade de empatia do professor, que se prende à sensibilidade de colocar-se na situação de outrem e, assim, melhor se sentir e compreender a situação pela qual esse outro esteja passando. Essa capacidade de empatia facilita a capacidade do professor e sua aproximação ao educando, com maiores possibilidades de adequação da ação Didática e na orientação da aprendizagem. É de se notar que alguns professores, apesar de sua boa formação pedagógica, não tem a capacidade de empatia. Outros, têm mais junto às crianças, outros, junto aos adolescentes, e outros ainda, junto a jovens e adultos. Didática a seguir, passou a ser conceituada como ciência e arte de ensinar, prestando-se assim, a pesquisas referentes à como melhor ensinar. Pode então ser compreendida em dois sentidos: amplo e pedagógico. Didática em sentido amplo, tão só preocupa-se com os procedimentos que levam ao educando a mudar de comportamento ou a aprender algo, tanto para produzir hábeis delinquentes como a formar autênticos cidadãos. No sentido pedagógico, no entanto, apresenta compromissos com o sentido sócio moral da aprendizagem do educando que é a de visar a formação de cidadãos conscientes, eficientes e responsáveis. Pode-se, mais explicitamente, vincular o conceito de Didática com o de Educação e, então, ter-se-ia a seguinte conceituação: “Didática é o estudo conjunto de recursos técnicos que tem em mira dirigirem a aprendizagem do educando, tendo em vista leva-lo a atingir um estado de maturidade que lhe permita encontrar-se com a realidade de maneira consciente, eficiente e responsável para nela atuar como um cidadão participante e responsável”. A ação Didática pode ser focalizada do ponto de vista do professor ou do educando. Assim: 27 PONTO DE VISTA DO PROFESSOR PONTO DE VISTA DO EDUCANDO ELEMENTO 1. Quem ensina? Quem orienta a aprendizagem? Professor 2. A quem ensina? Quem aprende? Educando 3.Para quem ensina Para que aprende? Objetivos 4. O que ensina? O que aprende? Conteúdo 5. Como ensina? Como aprende? Metodologia 6. A que nível ensina? Em que nível aprende? Fase evolutiva do educando. 7. Onde ensina? Onde aprende? No lar, escola, oficina ou outra instituição social, mas sempre vinculada à realidade/maio. É preciso ressaltar, no entanto, que a Didática se interessa, preponderantemente, em “como ensinar ou como orientar a aprendizagem” sendo que os outros elementos são subsídios importantes para que o ensino ou a aprendizagem se efetue mais eficientemente. É claro, em direção aos desígnios da educação. Importante seria fazer-se uma distinção entre ensino e aprendizagem sob o ponto de vista didático porque esse binômio é uma constante da ação didática. Objetivos da Didática: Em termos educacionais convergem todos para possibilitar a efetivação mais eficiente do conceito de educação e de seus objetivos gerais ou particulares, mediatos ou imediatos. Os objetivos das Didáticas podem ser expressos da maneira que se segue: Efetivar os propósitos que se conceitue por educação; Tornar o ensino e, consequentemente a aprendizagem, mais eficiente; Aplicar novos conceitos advindos da Biologia, Psicologia, Sociologia e Filosofia que possam tornar o ensino mais consequente e coerente; 28 Orientar o ensino de acordo com a idade evolutiva do educando; Adequar o ensino as possibilidade e necessidades do educando; Inspirar as atividades ecoares na realidade e ajudar o educando a perceber o fenômeno da aprendizagem como um todo e não artificialmente alcançados; Orientar a organização dos trabalhos escolares para serem evitadas perdas de tempo e esforços inúteis; Tornar o ensino adequado à realidade e às necessidades do educando e da sociedade; Realizar acompanhamento adequado e controle consciente da aprendizagem a fim de que possa haver retificações ou recuperações oportunas da aprendizagem. II – BASES DA DIDÁTICA A Didática para tornar-se mais consequente, tem de lançar mão dos conhecimentos das diversas ciências, principalmente da Biologia, Psicologia, Sociologia e Metodologia Cientifica coordenados por uma visão filosófica que se venha a ter da educação. Essa visão filosófica da educação faria o papel de integradora de todos os subsídios a fim de coordená-los com o objetivo precípuo de objetivação, no comportamento do educando e na sociedade, dos propósitos da educação: tornar o homem livre e responsável, tornar a sociedade aberta, cooperadora e solidária. A Biologia dirá sobre a fadiga e as fases evolutivas do educando com os seus diversificados interesses e necessidades. A Psicologia quanto aos processos que mais favoreçam o desenvolvimento da personalidade e mais eficientemente a efetivação da aprendizagem. 29 A Sociologia as maneiras de trabalho escolar para que se desenvolvam a cooperatividade, o respeito mútuo, a liderança e clima comunitário. Cabe aqui uma observação de alerta o perigo dos exclusivismos quanto à orientação psicológica a ser adotada com relação aos métodos e técnicas de ensinos. A Didática deve fazer um esforço muito grande para “em que, como e quando” é útil aplicar a orientação de uma escola ou concepção psicológica a ser adotada com relação à reflexologia, behaviorismo, gestalismo, psicanálise, existencialismo, funcionalismo, geneticismo, etc. Cada escola ou cada concepção dá uma visão parcial do comportamento humano e seria deformar a realidade psicológica ou se propor a não alcançar os objetivos da educação se na orientação da aprendizagem, na estruturação dos métodos e técnicas de ensino, for adotada uma só posição psicológica. É preciso haver estudo e acuidade para aplicar uma ou outra concepção na efetivação do ensino, segundo o tipo de aprendizagem, visando os objetivos almejados. Cabe dizer que o “ecletismo” psicológico interessa mais à Didática para não fugir de uma “definição psicológica”, mas, porque nenhuma delas abarca ou explica convincentemente, na sua totalidade, o comportamento e a aprendizagem humana. III – ELEMENTOS DA DIDÁTICA A Didática trabalha, fundamentalmente, com professor, educando, meio, objetivos, conteúdo, metodologia de ensino e avaliação. Ação do professor em função dos níveis de ensino. Três são os níveis de ensino que exigem atitudes bem definidas do professor que neles atuem: 1) Nível de ensino “Fundamental” – duas atitudes se fazem necessárias: A primeira de entusiasmo por tudo que existe a fim de empolgar o 30 educando pelo homem, a sociedade e a natureza, transmitindo-lhe otimismo e alegria de viver. A segunda deve ser paternal. Paterna, não no sentido de tudo fazer para o educando ou de tudo a ele dar, mas no sentido que o educando pode recorrer ao professor com toda a confiança e em todas as circunstâncias. 2) Nível de ensino “Médio” – há tambémduas atitudes que devem orientar a conduta do professor: A primeira, de ação diante dos fenômenos da natureza e da sociedade. Experimentação a fim de incutir confiança na ação do homem. A segunda de aventura. Sim, de aventura, aceitando as sugestões de realização do educando e o estimulando para que novos planos sejam traçados para melhor conhecimento da realidade. 3) Nível de ensino de “Graduação” – também duas atitudes, mais do que as outras, devem orientação Didática do professor. A primeira reflexão, a segunda de universalidade. Pela primeira, o educando deve atirar-se ao procedimento científico-filosófico, para mais profundo conhecimento da realidade. Pela segunda, ele deve ser orientado para olhar mais distante, para que possa abarcar a realidade no seu todo e não tão só, uma parte que não raro, pode deformar esta mesma realidade. Funções do Professor: As funções do professor, tudo indica, são cinco: 1) - Técnica, 2) - Didática, 3) - Orientadora, 4) - Não diretiva e, 5) - Facilitadora. IV – METODOLOGIA DO ENSINO 31 A metodologia do ensino é fundamental no processo de aprendizagem e deve estar o mais próximo possível da maneira de aprender dos educandos. Deve propiciar atividade dos educandos, pois mostra a Psicologia da aprendizagem, a superioridade dos métodos e técnicas ativas sobre as passivas. Os métodos e técnicas de ensinos passivos são aqueles que levam o educando a aprender, fixar e, se possível, compreender conhecimentos em que a memorização é solicitada constantemente. Os métodos e técnicas de ensinos ativos são aqueles que colocam o educando em posição de elabora por si os conhecimentos ou formas de comportamentos desejados, em que a busca, a realização e a reflexão são solicitações constantes. A concepção de método e técnica de ensino evoluiu daquela que fornece dados até chegar a que não fornece dado algum para estimular, em crescente, a ação de pesquisa do educando. Claro que o ensino de cada disciplina ou área de estudo, requer métodos e técnicas específicos, mas devem estar todos eles orientados no sentido de levar o educando a participar ativamente nos trabalhos de classe, retirando-o daquela posição clássica de só ouvir, anotar e repetir. Pelo contrário, sejam quais forem os métodos ou técnicas aplicadas, o professor deve fazer com que o educando viva ou esteja sendo estudado. Os métodos e técnicas de ensino devem propiciar oportunidades para que o educando perceba, compare, selecione, classifique, defina, critique, isto é, elabore por si os frutos da sua aprendizagem. Os métodos e técnicas de ensino representam as “estratégias instrucionais” aplicadas no ensino para serem alcançados os objetivos previstos. Eles são os instrumentos com que efetivar o ensino, realizar a aprendizagem e também os instrumentos de ação da didática, a fim de levar o educando a alcançar os objetivos do ensino. A disposição e maneira de usar os métodos e técnicas de ensino podem receber a denominação de “Plano de Ação Didática” ou “Estratégia Instrucional”. Plano de Ação Didática ou Estratégia Instrucional representa a 32 maneira de desenvolver o ensino quanto aos momentos mais oportunos de utilização da adequada metodologia Didática a fim de tornar o ensino e consequentemente mais eficiente. Plano de Ação Didática representa, realmente, a estratégia, a maneira de agir e de aplicar certos recursos didáticos tendo em vista tornar mais consequente à marcha para a obtenção dos objetivos visados pelo ensino. O mesmo tema a ser estudado, em classes ou séries diferentes, poderá admitir Planos de Ação Didática diferentes, tendo em vista as diferenças e as condições específicas de cada uma delas. V – CICLO DOCENTE O ciclo docente representa a marcha do “ensino-aprendizagem” ou da orientação de estudo de um tema ou unidade, desde o seu planejamento, apresentação, estudo propriamente dito e avaliação, até que se considere vencida a tarefa, para, depois, passar o estudo de outro tema ou unidade. Em outras palavras, ciclo docente representa o desenvolvimento de um tema ou unidade, desde o seu planejamento e apresentação até o aprendizado satisfatório por parte do educando. Esquematicamente o ciclo docente pode desenvolver-se da seguinte maneira: Sondagem: Pesquisa dos pré-requisitos necessários ao estudo a ser efetuado, determinação das condições mais favoráveis para se efetuar o estudo em foco. Planejamento: Objetivos informativos, formativos e de automização ou objetivos educacionais e instrucionais visados, material didático necessário, conteúdo a estudar, métodos e técnicas de ensino mais adequados mais adequados ao estudo almejado e sua estruturação em Estratégia Instrucional ou Plano de Ação Didática. 33 Execução: Apresentação do conteúdo ou contato com o tema ou unidade a estudar: apresentação motivadora, indicação das normas de trabalho, para estudo coletivo, em grupo ou individualizado. Estudo: Estudo sistemático, fixação dos elementos essenciais de estudo, integração da aprendizagem, com a estruturação lógica, em suas partes essenciais, do objeto de estudo. Avaliação: Verificação e avaliação da aprendizagem, conforme as circunstâncias, pela associação das seguintes possibilidades, pelo desempenho do educando durante o estudo, individualmente ou em grupo, pelo trabalho realizado, por tarefas ou aplicações do objeto de estudo efetuadas, por auto avaliação, por provas. Reorientação da aprendizagem, segundo necessidades: de retificação, de recuperação. Reflexão crítica: sobre o processo de estudo e o objeto de estudo. Ampliação da aprendizagem: Destinada aos educandos mais interessados no tema ou na unidade. O ciclo docente pode ser simplificado da seguinte maneira: Sondagem, Planejamento do estudo a efetuar, Motivação, Apresentação geral do objeto de estudo com indicações metodológicas, Avaliação propriamente dita, acompanhada de avaliação, sempre que justificável, Estudo propriamente dito, acompanhado de avaliações de continuidade e retificações de aprendizagem, sempre que oportunas. Sondagem: Investigação do pré-requisito para ser efetuado o estudo em foco. Planejamento: Planejamento do ensino do conteúdo considerado em função da realidade do educando ou da classe. Estudo: É a apresentação motivadora do conteúdo, apresentação propriamente dita do conteúdo, cuja extensão varia segundo a Metodologia de Ensino adotada. Elaboração do conteúdo: Por meio de estudo sistemático do conteúdo, por meio de processos que levam à fixação dos elementos fundamentais do 34 conteúdo em estado, por meio de processos que visem à integração das partes essenciais do conteúdo em foco. Avaliação: Avaliação de continuidade, avaliação propriamente dita seguida de retificações quando necessárias, recuperações quando necessárias, ampliação da aprendizagem para os educandos mais interessados na disciplina ou no conteúdo de estudo. PLANO DE CURSO Plano de Unidade: consta de três momentos: Momento vertical que consiste em indicar as subunidades e o número de horas-aula que poderão ser destinadas para cada uma das unidades, Momento horizontal é aquele que em cada subunidade tem a sua extensão e profundidade delimitada e o Momento de Coordenação aquele em poderão ser feitos reajuste em função da articulação com outras atividades, áreas de estudo ou disciplinas. PLANO DE UNIDADE Curso: Série: Ano letivo: Curso: Série: Disciplina: Número de aulas semanais: Número total de aulas: Ano letivo: Motivação do curso: 35 Disciplina:Unidade: Número de aulas: Período de Execução: Motivação da Unidade: METODOLOGIA O b je ti v o s In s tr u c io n a is C o n te ú d o - s u b u n id a d e s N º d e A u la s M a te ri a l D id á ti c o M é to d o s e T é c n ic a s F ix a ç ã o e In te g ra ç ã o A v a lia ç ã o 1 . M e n o r N º d e o b je ti v o s , p o ré m s ig n if ic a ti v o s e e x e q u ív e is . Motivação da unidade Subunidade (a) Subunidade (b) Subunidade (c) Subunidade (d) Subunidade (e) Avaliação Retificação e Recuperação 1 3 2 4 2 3 1 2 3 4 1 2 In d ic a ç ã o d a s f o rm a s d e a v a lia ç ã o a s e re m a p lic a d a s TOTAL 15 Plano de Aula: A palavra “aula” vem do grego, “aule” – pátio, em especial pátio do palácio real, através do latim ”aula” (ae) – pátio. O sentido de “sala onde se ministram lições” prende-se ao significado antigo através da acepção de “recinto espaçoso á maneira de pátio”. A lição é a execução do trabalho de aula, em que o professor “transmite parte do saber” aos seus alunos. A lição, neste sentido, supõe alunos ignorantes e professor sábio “transmite” o seu saber àqueles. 36 A aula é representada pela realização de trabalhos entre professor e educandos, durante determinado tempo, que pode variar de 30 a 45 minutos nas quatro primeiras séries do 1º grau, e de 45 a 90 minutos nas séries de 2º e 3º graus. Justificam-se as aulas de 60 a 90 minutos, quando se destinam a aplicação de métodos de ensino como ”estudo dirigido, certas formas de dinâmicas de grupo e outros”, que requerem mais tempo para que se complete o seu ciclo natural de estudo. Não seria interessante interromper esse ciclo para que tivesse continuidade em outra aula, pois haveria o perigo exaurir o interesse dos educandos pelo trabalho e não terminado. Tudo indica que o mais preciso conceito de aula seja o seguinte: “Aula é um período de tempo variável em que o professor ativa o processo de ensino-aprendizagem que possibilite ao educando alcançar os objetivos previamente estabelecidos”. O sentido moderno de aula deve ser o de alunos procurando o saber ao invés de recebê-lo (Cousinet). Pode-se dizer que a aula é um determinado período de tempo vivido entre professor e aluno em que aquele orienta as atividades desse, tendo em vista levá-lo a alcançar objetivos pré-determinados e deve sofrer planejamento por parte do professor, no escopo de levá-lo a refletir e sistematizar o que vai executar em classe, eliminando, dessa maneira, a pura improvisação. O professor fornece o material sobre o qual os alunos vão trabalhar, dá regras e indicações de trabalho e os alunos realizam a aula, no lugar do professor. O Plano de Aula é um projeto de atividade e destina-se a indicar elementos concretos de realização da unidade didática e, consequentemente do Plano de Curso. Em sua elaboração não deve ser esquecido o tempo disponível e para o Professor não cria obrigatoriedade de cumpri-lo fielmente, sem afastamento do mesmo, pelo contrário, segundo as circunstâncias, o professor deve afastar-se do Plano. Ele é um roteiro de trabalho disciplinador de esforços e depende da acuidade pedagógica do professor saber quando deixar ou quando não deixar de lado o 37 plano para aproveitar motivações espontâneas, a fim de dar outro rumo a aula e com mais aproveito para os alunos do que se insistisse em manter o plano. O professor deve preparar o Plano de Aula à medida que for desenvolvendo o Curso, pois uma unidade pode comportar uma série de aulas, mas nada impede, conforme o assunto, que a unidade se realize em uma só aula. Ele deve conter um conjunto significativo de conteúdo que tenha um princípio, uma sequência e fim e, permita a estruturação de um todo “lógico ou psicológico” sobre o qual o aluno possa refletir. O Plano de aula obriga o professor a pensar sobre “oque vai fazer”, sobre “o que os alunos vão fazer”, no material didático necessário e nos procedimentos que melhor se ajustem ao tipo de tarefas a executar, logo em última análise, se não é mais do que “uma reflexão sobre o trabalho a ser executado em classe”. VII – PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA O Plano de Ação Didática obedece aos critérios normativos dos pareceres do CNE – Conselho Nacional de Educação que determina quanto a Carga Horária e a distribuição das matérias por séries evolutivas do Curso. Tendo como orientação as Ementas publicas no Plano Pedagógico da Instituição de Ensino Superior. O modelo novo distribuído por este Conselho fala dos Núcleos Comuns e Núcleos Diversificados, nomenclatura esta que ainda é usada no Ensino Infantil, Fundamental e Médio, a saber, a “Educação Básica”. Quanto ao Curso Superior, a dinâmica é outra, é determinado o Núcleo Comum por linhas horizontais e o Núcleo Diversificado por linhas verticais. A explicação técnica do Conselho é fazer com que as matérias se juntem formando assim o Ensino Padrão de determinado Curso. 38 Quanto a Aula propriamente dita, tem hoje aplicação moderna como Datashow, filmes relacionados à matéria, dinâmica dentro e fora da Instituição, grupo de pesquisas internas e externas, formando assim o Pensamento Cognitivo do Educando na visão dos temas propostos. Cada instituição tem sua orientação uma diversidade de aulas que poderá ser ministrada pelos seus professores com liberdade, como aula de sondagem, de motivação, de planejamento, de apresentação de matéria, de discussão, com base em outra dinâmica de grupo, de estudo dirigido, de demonstração ou prática, de exercícios, de recapitulação, de avaliação e aula ocasional, de debates, com base em um tema escolhido o qual pode ser da matéria ou um tema da cidade, como por exemplo, falar sobre os reservatórios de águas de São Paulo ou a iluminação das periferias e meios de transportes ou ainda escolher um debate social que envolva um grupo social, religioso, do trabalho, do comércio e outros. Desenvolvimento de uma Aula: Segue uma diversidade de comportamentos orientados pela Instituição de Ensino. Mesmo com a liberdade acadêmica, o Professor deve observar com cuidado os três elementos básicos da Educação: o Aluno, o Sistema Pedagógico e o Local onde se dá a Aula propriamente dita. Observa-se que a distribuição de Aula tem como base principal a Acomodação da Classe onde o Professor ficará atento à mesma usando dentro dos 60 minutos o mínimo de 45 minutos de Aulas Expositivas, não devendo abrir mão deste período. Os 15 minutos restantes serão distribuídos na Acomodação, na Motivação e na Apresentação do Conteúdo, podendo, porém, além disso, usar outros métodos didáticos para a sua distribuição. Professores e Mestres Profissão ou aptidão? A meu ver é mais do que uma profissão ou aptidão, pois é uma Chamada da Educação para servir. O Professor não é missionário e não 39 é simplesmente um servidor. Ele é uma pessoa que trabalha para a formação de diversos profissionais. VIII – CONCLUSÃO A Didática não diretiva como é fácil perceber, funciona com base na liberdade do educando onde expressa, em parte na escolha de algumas unidades da matéria e disposição na ordem de estudo das mesmas.Esta liberdade pode ser expressa também por: Liberdade de Ação, que consiste na liberdade de escolha de método de estudo que pode ser em grupo ou individual, demonstração ou exposição do professor, instrução programada, etc. Enfim, liberdade de escolha de método de estudo, dentro dos limites em que a escola e o professor oferecem Liberdade de expressão, que consiste em que o Educando possa expressar todos os seus sentimentos e pontos de vista, sejam quais forem, com relação à matéria, ao curso, ao professor, sem o perigo de sofrer represálias e ter consciência de que ele é responsável pelo uso que fizer da liberdade. O professor de ter a preocupação de ressaltar que o educando é responsável pelas suas ações, que é o agente e não o paciente na tarefa escolar e que os resultados satisfatórios ou não satisfatórios dependem muito dele mesmo. Assim, levar o educando a tomar decisões como: estudar, não porque é seu dever, mas porque assim decidiu. Não seguir este ou aquele caminho porque deve ser seguido, mas porque decidiu fazê-lo. “ESTUDE COM CUIDADO POIS AS REGRAS SÃO CLARAS”. 40 SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO I – INTRODUÇÃO O termo “teologia” é derivado de duas palavras gregas, theos e logos, sendo que a primeira significa Deus e a segunda significa estudo, discurso ou doutrina. Em um sentido mais restrito, Teologia pode ser definida como Doutrina de Deus. “Em um sentido mais amplo, porém pode-se definir Teologia como a ciência de Deus e suas relações com o universo: a Teologia examina todos os aspectos da metafisica, a teologia propriamente dita “O estudo de Deus”, a antropologia “ O estudo do Homem “ e a cosmologia “ O estudo do universo “. A ciência pode ser definida como conhecimento organizado das Leis naturais gerais, principalmente aquelas obtidas através do método cientifico. Método cientifico pode ser definido como os princípios e modos de buscar o conhecimento sistemático, incluindo o reconhecimento de um problema e sua consequente formulação, a soma de informações obtidas através da observação e das experiências, a apresentação e comprovação das hipóteses. II – PERÍODO HISTÓRICO Em alguns períodos da historia, principalmente a partir dos estudos do teólogo francês Pierre Aberlardo (1079-1142), com que a expressão “ Teologia “ passou a indicar a ciência da Religião, ou seja, o estudo acadêmico acerca das Escrituras e a respeito de Deus, a Teologia passou a ser considerada a “ Rainha das ciências “ e a Teologia Sistemática “ Sua Coroa “. A partir daí as ciências comuns passaram a ser opor à ideia de que a Teologia seja uma ciência, muito menos a rainha das ciências mas é preciso reconhecer que se a verdade não está limitada à Teologia, todas as ciências revelam uma 41 parte da inteligência, desígnio e vontade de Deus e em função disso, conclui-se que todas as ciências são revelações de Deus. As ciências, em suas investigações empíricas, estão pesquisando a verdade de Deus, produzindo conceitos em muitas áreas importantes para os homens, embora nenhuma delas se relacionem explicitamente ao Ser Supremo, tarefa que cabe exatamente à Teologia que, portanto, é, sempre foi e continuará sendo a “ Rainha das ciências “ e como conceito de ciência disse que se trata de busca de conhecimento sistemático das verdades que a se relacionam, a Teologia Sistemática, é, sempre foi e continuará sendo a “ Coroa da Rainha “. Existem cientistas que se portam como verdadeiros ditadores do conhecimento desejando anexar a sua ciência os conhecimentos de outras áreas cientificas, enquanto procuram defender seu próprio território dos ataques de algum império cientifico rival. Assim, alguns psicólogos, enquanto defendem seu território cientifico dos ataques das ciências físicas, ao mesmo tempo se empenham em invalidar as verdades da ciência teológica, procurando reduzi-las a categorias do seu próprio domínio, como projeções da mente humana no seu comportamento externo, tais como “Poder da Mente, regressão, etc.” ao invés de reconhecer a religiosidade como influência externa como mente do Homem. “operação da vontade de Deus manifestado ao homem segundo o seu Espírito, sua Palavra e sua Graça“. A ciência, como disciplina, destaca o processo empírico da busca do conhecimento, embora individualmente alguns cientistas creiam também na eficiência da razão, da intuição e até das experiências místicas para descobrir e adquirir o conhecimento de teses cientificas. É o destaque das ciências comuns sobre o empirismo, em contraste com o destaque da ciência da religião “a Teologia sobre o misticismo” que de maneira desnecessária tem provocado conflitos de umas contra as outras. O cientista, no âmbito da física, restringe suas investigações aos fenômenos cujo comportamento, segundo pressupõem, pode ser explicado em termos de leis 42 causais com possibilidade de verificação empírica “método fundamentado unicamente na experiência”. Por seu lado, as ciências sociais, incluída aí a Teologia interessam-se pela analise do comportamento humano, devendo levar em conta que o homem é livre em sua conduta e em função disto, suas ações são imprevisíveis, dedicando-se o cientista social ao estudo de vários aspectos que motivam tais ações e seus resultados práticos, tanto no âmbito de consequências ao próprio individuo, bem como no meio social em que ele vive. As crenças religiosas, diversamente das crenças cientificas, não são hipóteses e nem se baseiam nos experimentos comprováveis ou não, sob determinadas condições, pois Deus não é passível de pesquisa empírica. Elas são dependentes do exercício do livre-arbítrio do homem, que pode ou não aceitar a influência externa do Espirito Santo de Deus, desvendando diante de si a verdade absoluta do Criador. Algumas pessoas se surpreendem ao constatarem que a ciência também envolve uma questão de fé. Sem fé na invariabilidade e coerência do processo de pesquisa, no resultado de suas conclusões, a ciência seria simplesmente impossível. Nem uma investigação cientifica seria possível sem a rigidez das leis da natureza, o que garante que uma mesma experiência, repetida sob as mesmas condições produza os mesmos resultados. Não poderia haver ciência sem a certeza de que o Universo que nos rodeia, de alguma maneira, misteriosamente tem correspondência com as nossas mentes e que as leis da natureza podem ser descobertas por meio da repetição das experiências. Estas leis naturais, até por força de sua coerência, sugerem a existência de um Legislador. E as experiências cientificas que são realizadas em qualquer um de seus ramos leva sempre a ciência de volta aos princípios religiosos da crença neste Legislador e na perfeição de suas leis que desmentem cabalmente as ideias de alguns cientistas quando falam de caos e obras do acaso no Universo. A mente divina opera em todas as atividades do homem e isso não deve ser ignorado. A mente humana tem uma afinidade com a Mente Divina por ser o 43 homem criado a imagem e semelhança de Deus, portanto, a mente humana, sem qualquer ajuda direta, é capaz de obter coisas surpreendentes das suas buscas de conhecimento em todos os campos do saber. A Carta do Apóstolo Paulo aos romanos, capítulo I, ensina que até os pagãos tinham a responsabilidade de saber coisas básicas de Deus e sua vontade, simplesmente através da revelação da natureza com a ajuda da razão. Não se pode subestimar os poderes humanos que nos foram concedidos
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