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Sumário 
PSICOLOGIA DA RELIGIÃO ....................................................................................... 5 
I - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5 
II – ASPÉCTOS DE COMPORTAMENTO ...................................................................................... 6 
III – A PSICOLOGIA DA RELIGIÃO É INVESTIGATIVA .................................................................. 7 
IV – ISSO É VERDADEIRO EM TRÊS SENTIDOS. ........................................................................ 11 
V – CRÍTICAS AO BEHAVIORISMO ............................................................................................ 12 
VI – CRÍTICAS À PSICANÁLISE .................................................................................................. 12 
VII – NASCIMENTO DO HUMANISMO ..................................................................................... 13 
VIII – ENFIM A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL ........................................................................... 14 
IX – NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA ................................................................................................... 15 
X – MITOS E CRENDICES .......................................................................................................... 16 
XI – PSICOTERAPIA .................................................................................................................. 16 
XII – FUNCIONAMENTO DA PSICOTERAPIA ............................................................................. 18 
XIII – MECANISMO DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA ............................................................ 20 
XIV – CONCLUSÃO ................................................................................................................... 24 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR .......................................................................... 25 
I - INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 25 
II – BASES DA DIDÁTICA ........................................................................................................... 28 
III – ELEMENTOS DA DIDÁTICA ................................................................................................ 29 
IV – METODOLOGIA DO ENSINO ............................................................................................. 30 
V – CICLO DOCENTE ................................................................................................................. 32 
VII – PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA ............................................................................................. 37 
VIII – CONCLUSÃO ................................................................................................................... 39 
SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO ..................................................................................... 40 
I – INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 40 
II – PERÍODO HISTÓRICO ......................................................................................................... 40 
III - A EPISTEMOLOGIA............................................................................................................. 43 
IV – CONHECIMENTO CIENTIFICO DA RELIGIÃO ..................................................................... 45 
V – FILOSOFIA DA RELIGIÃO .................................................................................................... 46 
VI – ANTROPOLOGIA DA RELIGIÃO ......................................................................................... 56 
VII - SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO ............................................................................................... 60 
VIII – HISTÓRIA DA RELIGIÃO .................................................................................................. 66 
 
 
IX-CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 71 
FILOSOFIA DA RELIGIÃO ........................................................................................ 73 
I - INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 73 
II - DEFINIÇÃO .......................................................................................................................... 74 
III - PROPÓSITO DA FILOSOFIA DA RELIGIÃO ........................................................................... 74 
IV- CONTRIBUIÇÕES DE OUTRAS CIÊNCIAS ............................................................................. 75 
V - A FILOSOFIA DA RELIGIÃO INVESTIGATIVA ........................................................................ 79 
VI - AS CARACTERÍSTICAS FILOSÓFICAS DO CRISTIANISMO .................................................... 81 
VII — CONFLITOS E CONCILIAÇÃO ENTRE A FÉ E O SABER ..................................................... 85 
VIII - CONCLUSÃO .................................................................................................................... 88 
PEDAGOGIA DA RELIGIÃO ...................................................................................... 89 
I - INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 89 
II ENSINO TEOLÓGICO: ............................................................................................................ 90 
III — FORMAR: É A VIRTUDE DO CRESCIMENTO ..................................................................... 91 
IV - ÉTICA E COMPROMISSO PROFISSIONAL ........................................................................... 92 
V - PEDAGOGIA E DIDÁTICA .................................................................................................... 93 
VI - OS OBJETIVOS E OS CONTEÚDOS DE ENSINO ................................................................... 93 
VII • CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS ...................................................................... 94 
VIII - OS MÉTODOS DE ENSINO ............................................................................................... 95 
IX - A AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 96 
X - PLANEJAMENTO ................................................................................................................. 97 
XI - RELAÇÕES PROFESSOR-ALUNO NA SALA DE AULA ........................................................... 98 
XII - PIAGET AO ALCANCE DOS PROFESSORES ........................................................................ 99 
XIII - IDEIAS CHAVES DE COMO ENTENDER AS CRIANÇAS .................................................... 100 
XIV - DESCOBERTAS IMPORTANTES ...................................................................................... 102 
XV - NO ESTÁGIO DO PENSAMENTO INTUITIVO ................................................................... 103 
XVI - NO ESTÁGIO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS ................................................................. 114 
XVII- CONCLUSÃO .................................................................................................................. 116 
TEOLOGIA DA REFORMA ...................................................................................... 117 
I - INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 117 
II - CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA ..............................................................................................118 
III - PRÉ-REFORMA ................................................................................................................. 119 
IV - REFORMA NA ALEMANHA, SUÍÇA E FRANÇA. ................................................................ 120 
 
 
V - AS NOVENTA E CINCO TESES DE LUTERO ........................................................................ 121 
VI - EXTENSÃO DA REFORMA PROTESTANTE NA EUROPA. ................................................... 131 
VII — O MURO DOS REFORMADORES .................................................................................. 132 
VIII - NO REINO UNIDO .......................................................................................................... 134 
IX - ARQUEOLOGIA BÍBLICA ................................................................................................... 135 
X- CONFLITOS E CONCILIAÇÃO ENTRE A FÉ E O SABER ......................................................... 137 
XI - CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA ....................................................................................... 139 
XII - IGREJA ORTODOXA ......................................................................................................... 141 
XIII - IGREJA DO ORIENTE ...................................................................................................... 141 
XIV - O PROTESTANTISMO ..................................................................................................... 142 
XV - CONCLUSÃO ................................................................................................................... 143 
QUESTIONÁRIOS .................................................................................................... 145 
PSICOLOGIA DA RELIGIÃO ..................................................................................................... 145 
DIDÁTICA ............................................................................................................................... 145 
SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO..................................................................................................... 146 
FILOSOFIA DA RELIGIÃO ........................................................................................................ 147 
PEDAGOGIA DA RELIGIÃO ..................................................................................................... 147 
TEOLOGIA DA REFORMA ....................................................................................................... 148 
ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIA E TCC ............................................................. 149 
- Orientações ABNT – ............................................................................................................ 149 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
PSICOLOGIA DA RELIGIÃO 
 
 
I - INTRODUÇÃO 
 
PSICOLOGIA. “Ciência do comportamento humano”. 
 
Ao contrário da Sociologia, que é a ciência que estuda o grupo social, a 
Psicologia estuda o individuo dentro do grupo social, o seu comportamento 
diante dos estímulos recebidos pelas circunstâncias sociais que o cercam, por 
seu lado a Psicologia Social destaca o papel dos fatores de liberdade de 
situações que influem no comportamento humano, enquanto a Psicologia 
Individual estuda o homem em relação as suas transformações evolutivas e ao 
dinamismo interno de sua personalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo 1909 foto na frente da Clark University. 
Fila da frente: Sigmund Freud, G. Stanley Hall, Carl Jung. 
Fila de trás: Karl Abraham; A. Brill, Ernest Jones, Sandor Ferenczi. 
 
A Psicologia da Religião é o estudo psicológico das experiências e crenças. No 
Cristianismo, a Psicologia da Religião ou Psicologia Pastoral, é um subcampo 
da Teologia Pastoral. Há de se verificar ao tecer considerações acerca das 
inter-relações entre a Psicologia e Religião as distintas formas ou escolas de 
6 
 
psicologia enquanto ciência e a ampla variedade do fenômeno religioso 
enquanto objeto de estudo da História e/ou da Sociologia das Religiões. 
II – ASPÉCTOS DE COMPORTAMENTO 
Sem conhecer os conceitos grupais ou individuais, não há como diferenciá-los, 
pois cada um tem estilo de comportamento e regras diferentes de grupo para 
grupo e são os fatores de liberdade e as situações que influenciem no 
comportamento humano. 
No aspecto grupal para a vivência em grupo social é necessário negar seus 
conceitos próprios e passar a respeitar o querer e as observações dos grupos, 
suas leis, seus costumes, seu modo de viver, sua maneira de vestir, sua língua, 
etc. 
No aspecto individual estuda o homem em relação as suas transformações 
evolutivas, seu dinamismo, sua personalidade, sua crença. 
A Psicologia da Religião é o estudo sistemático dos fenômenos religiosos não 
importa a igreja ou seita religiosa ou filosofia dos diversos comportamentos 
filosóficos das religiões, sua maneira de crer, seu comportamento de adoração, 
ela estuda todos os comportamentos de crença e de fé, aferindo os valores de 
cada um, positivos e negativos. 
 
EXEMPLOS: 
 
1. Assembleia de Deus tem uma Doutrina, seus costumes, sua maneira de 
adoração, de entender seus sacramentos e como agir. Se eu 
individualmente não gostar deste sistema, terei que procurar outro que 
esteja de acordo com o meu querer e não tentar mudar o que já está 
implantado, pois já é natural para os seus seguidores. 
 
2. Isto acontece com todas as igrejas pentecostais ao modelo das 
Assembleias de Deus no mundo e não me dá outro direito de contestar 
suas crenças, tais como o batismo no Espírito Santo e outros 
7 
 
sacramentos. Se não creio o que devo fazer? - Procurar outra 
denominação. 
 
3. Para identificar uma Seita teremos que diferenciar seus conceitos de 
crença, suas interpretações e seus aspectos religiosos tais como: 
Testemunhas de Jeová, Mormonismo, Espiritismo em seus vários 
seguimentos, Budismo, que é mais uma filosofia do que uma crença e 
outras. 
 
4. A Psicologia da Religião é o estudo das Emoções a qual dá ao individuo 
a segurança, controlando-o no sentido religioso e humanístico, dando ao 
mesmo tempo experiência de vida, assegurando-o dentro do aspecto 
social e contribuindo para o bom relacionamento emocional no seu meio 
de atividade. O seu comportamento passa a ser assegurado em 
diversos aspectos da vida tais como: as emoções da ansiedade e do 
temor, no amor, no prêmio que ganhou no carro e no apartamento que 
comprou, na crença, em todos estes momentos da vida. 
III – A PSICOLOGIA DA RELIGIÃO É INVESTIGATIVA 
As experiências místicas que modificam as vidas das pessoas e a maneira 
delas pensarem. Interessa-se especialmente pelos estados de consciência, 
pelos fenômenos psíquicos, pelas visões e pelos alegados encontros com 
seres espirituais. As emoções da ansiedade e do temor, mormente no que diz 
respeito às doutrinas do pecado e do julgamento, encontram-se entre seus 
interesses. 
Na exaltação religiosa a experiência do sagrado e a experiência do seu oposto. 
As manifestações demoníacas e os estados mórbidos também são assuntos de 
seus estudos. 
A Psicologia da Religião nasceu na segunda metade do século XIX nos 
Estados Unidos, tempo de um despertar religioso de impressionante vitalidade, 
caracterizado pelo surgimento de numerosos surgimentos religiosos, inclusive 
pelo aparecimento de movimentos de origem oriental. 
8 
 
Um cenário de crenças e religiões sem igual em todo o resto do mundo. Os 
psicólogos experimentais interessados no fenômeno religiosos depararam 
assim diante de um extraordinário campo de estudo que despertava inusitado 
interesse com grande vitalidade. 
A Cultura Americanaapresentava como característica dominante a 
individualidade e a Psicologia da Religião nasciam como Psicologia Aplicada 
ao indivíduo religioso. 
Não se deve ignorar que foi neste período que a filosofia predominante nos 
Estados Unidos caracterizou-se pelo surgimento e afirmação do pragmatismo, 
isto é, um tipo de pensamento que afirmava que “a religião é aquilo que ela 
faz”, com a importante conclusão de que a religião se estrutura em função da 
eficácia prática, e, portanto, psicológica. 
Atualmente os fenômenos religiosos tem sido alvo de grande interesse por 
parte da Psicologia Contemporânea, isto é, o estudo científico da religião a 
partir da perspectiva das ciências sociais, aspectos como as origens, as 
motivações, as expressões, a dinâmica, o desenvolvimento e os efeitos da 
religião são motivos de interesse. 
A Psicologia da Religião definida de modo geral como o estudo científico da fé 
e/ou da religião com o emprego de métodos psicológicos é um campo fértil 
para os que procuram entender melhor a natureza e o comportamento do 
homem e, desperta interesse especial por parte dos cristãos que a consideram 
uma oportunidade de conciliar as muitas áreas de mútua coincidência e 
preocupação entre a psicologia e a teologia. 
Julgam que o estudo comparativo conjunto das duas é uma possibilidade de 
averiguação da exatidão das verdades de Deus que são descobertas através 
de duas ciências, relacionando-as à sua própria vida e aplicando-as a ela na 
revelação da correspondência de fatos Psicológicos e Teológicos. 
1. A Psicologia através da religião se constitui em uma análise normativa 
da natureza humana, a busca da compreensão mais plena da 
importância destes processos para a religião. A Psicologia da Religião, 
9 
 
definida de modo geral como estudo científico da fé e da religião, com o 
emprego de métodos psicológicos é um campo fértil para os que 
procuram entender melhor a natureza e o comportamento do homem. 
2. A Teologia em qualquer experiência de conversão fica claro que a 
preocupação da Bíblia é como o Deus que inicia e dirige todo o processo 
que envolve a conversão, o que implica dizer que o homem só responde 
positivamente ao evangelho porque Deus primeiramente começa a 
trabalhar em sua vida. 
 
Em At 16.14: “Certa mulher chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de 
púrpura, temente a Deus, nos escutava, o Senhor lhe abriu o coração para 
atender as coisas que Paulo dizia”. 
 
 
O acreditar em uma pregação do evangelho torna-se o compromisso de 
considera-lo efetivamente como verdade diante de sua profissão de fé, que é 
uma atividade dinâmica que evolui, influenciando o relacionamento com Deus e 
de uns com os outros e os membros em particular. 
 
“Uma certa senhora de uma cidade, onde eu era o pastor, dona de uma rede de 
supermercados na cidade, um dia esta senhora foi convidada para ir a uma de nossas 
congregações, e aceitou a Jesus como seu Salvador. Passados 15 dias de sua 
conversão ela foi ao gabinete Pastoral e disse: - Pr. Alcino, gostaria de sua 
compreensão e me desse mais 15 dias para eu me apresentar como uma verdadeira 
crente de nossa Igreja, pois sou fazendeira e lá em casa, tenho que fazer tudo. Meu 
marido não tem esta disposição, eu amanso cavalo, domo todos os tipos de animais e 
minha vida toda vesti bermuda, não tenho vestido nem saia como é costume da Igreja, 
mas já mandei fazer. Dentro de 15 dias eu serei uma crente completa. Eu perguntei 
aquela senhora: Quem falou a senhora deste comportamento? Ela respondeu: 
Ninguém falou, eu vim para a Igreja para ficar e não quero ser diferente das outras 
irmãs. Então eu disse: Glória a Deus. Ele fala através de sua Palavra”. 
 
A Psicologia a Teologia tem sido relacionadas entre si de muitas maneiras, 
como a Psicologia da Religião sendo definida como a tentativa de enquadrar a 
religião à dinâmica psicológica ou como busca a compreensão mais plena da 
importância destes processos para a religião. 
10 
 
A Psicologia através da religião se constitui em uma análise normativa da 
natureza humana, fornecendo o entendimento psicológico das pessoas e “com” 
a religião é entendida como um esforço para oferecer a interpretação 
psicológica e religiosa dos mesmos fenômenos inerentes a ela sem reduzir sua 
importância particular. Em contrapartida, a Psicologia “pró” religião é uma 
perspectiva definida como a tentativa de usar a psicologia para autenticar a 
religião. 
Em princípio, qualquer aspecto da conduta religiosa pode, de certa maneira, 
ser investigado pelos psicólogos e alguns se concentram na influência 
formadora do ambiente social e cultural, tais como a família e a igreja se juntam 
no processo de conversão e determinam as convicções religiosas do 
convertido. 
A Bíblia esclarece que pessoas diferentes chegam à conversão de maneiras 
diferentes e em um estudo rápido de Atos dos Apóstolos indica que as 
conversões ali relatadas se diferenciavam grandemente em suas 
circunstâncias. 
Quando se faz menção dos aspectos psicológicos da conversão, não significa 
que se esqueça, ou que se negue que é a “verdade” que conquista a mente e o 
coração do ouvinte, mas que o provocar das emoções é, de certa forma, um 
fator de fundamental importância. 
Em qualquer experiência de conversão, também fica claro que a preocupação 
da Bíblia é com o Deus que inicia e dirige todo o processo que envolve a 
conversão, o que implica dizer que o homem só responde positivamente ao 
evangelho porque Deus primeiramente começou a trabalhar em sua vida. 
Ainda que alguns dos que escreveram sobre a Psicologia da Religião adotaram 
o ponto de vista de que ao dar uma explicação da sua conduta religiosa e das 
raízes das suas crenças, o homem está negando a veracidade dessas crenças, 
a maioria dos psicólogos não concorda com tal conceito, afirmando 
veementemente que mesmo que uma crença tenha raízes psicológicas, não 
prova que seja falsa e que não precisa haver uma relação entre uma base 
psicológica para uma fé e a verdade dessa fé. 
11 
 
Enquanto uma pessoa convertida descreverá sua experiência em termos 
pessoais, que influenciem uma nova relação com Deus na pessoa de Jesus 
Cristo, um não convertido pode dizer que sempre encontra este tipo de 
explicação supérflua, ou considerará tal descrição sem sentido. 
Ao mesmo tempo considerar a relação psicológica como em oposição com a 
relação religiosa pessoal equivale a cometer um grande erro, pois como 
sintetiza em sua obra o psicólogo da religião R.F. Paloutzian: “Psicologia e 
religião são complementares”. 
IV – ISSO É VERDADEIRO EM TRÊS SENTIDOS. 
Em primeiro lugar não devemos jamais pensar em termos de Psicologia versus 
Religião, como explicações opostas do comportamento humano. Não se destrói 
a validade de uma área simplesmente porque se aceita a validade da outra 
porquanto, elas não são reciprocamente excludentes. 
Como uma explicação psicológica da vida das pessoas não elimina o possível 
valor de verdade de uma visão religiosa e vice-versa, os pesquisadores e os 
peritos e os peritos de um campo não precisam considerar os outros como uma 
ameaça, ao contrário, eles são livres para influenciar-se a ajudar-se 
mutuamente. 
Em segundo lugar a Psicologia e a Religião chegaram, em certos casos, a 
conclusões paralelas, dando o sentido das coisas e das crenças, colocando-as 
cada uma em seu lugar. 
Em terceiro lugar a Psicologia e a Religião são na prática complementares, 
pois cada uma com seu conceito diferente, porém, todos em favor dos seres 
humanos, dando aos mesmos um comportamento adequado para viver em 
sociedade e praticar sua religião com livre conceito de crença e deve haver 
respeitoa qualquer crença de um ser humano dando a ele a oportunidade de 
estudar cada denominação com seus vários costumes. 
12 
 
V – CRÍTICAS AO BEHAVIORISMO 
Maslow era um dos críticos descontentes com a atual ideia da Psicologia. Ele 
achava que o Behaviorismo, que estudava o comportamento humano através 
do comportamento do animal, não condizia com o estudo da mente humana, 
muito mais complexa, envolvendo razão e sentimento. 
O aprendizado superior, liberdade pessoal, livre-arbítrio a arte e a ciência, são 
também pontos negativos e próprios do ser humano; 
a) Como ódio, 
b) Magoa, 
c) Tendência para fazer o “mal”, 
d) Como uma luta pelo melhor para si próprio. 
Também falava da falta de definição dos comportamentos patológicos, únicos 
do ser humano e criativa ênfase no estudo do comportamento em detrimento à 
consciência. 
Vale ressaltar que essas críticas de Maslow só são válidas se aplicadas ao 
Behaviorismo watsoniano. Os outros behaviorismos em especial ao radical que 
é praticamente o único dos dias atuais estudam todos os fenômenos que 
Maslow criticou o behaviorismo de não estudar, descaracterizando-se assim a 
crítica. 
VI – CRÍTICAS À PSICANÁLISE 
A CRÍTICA DE Maslow à Psicanálise consiste no reducionismo de toda a 
mente para a libido e o inconsciente além de tratar o humano como “doente por 
natureza” cuidando apenas dos aspectos patológicos humanos. 
Outra crítica comum está na restrição e prejuízos que rótulos diagnósticos 
como histeria, psicose e neurose grave podem gerar, segundo eles, ao fazer 
com que alguém se identifique e seja identificado com um diagnóstico. 
Segundo alguns autores transpessoais o ser humano deve viver livre de rótulos 
para alcançar a plenitude. 
13 
 
VII – NASCIMENTO DO HUMANISMO 
Algum tempo depois de Maslow juntamente a Anthony Sutich fundam a 
Associação de Psicologia Humanista (Association for Humanistic Psycology) e 
lançam um jornal para divulgar a escola. 
Foi muito bem aceito por um grande número de psicólogos sendo que muitos 
contribuíam com suas teorias naquela mesma época, como Carl Rogers, autor 
da Abordagem Centrada na Pessoa (ou cliente), Viktor Frankl, com a Escola do 
“Sentido da Vida”, o Logoterapia, Fritz Perls e sua Gestalt-Terapia, e Alexander 
Lowen com a Bioenergética. 
A ênfase destas teorias humanistas está no presente, no aqui e agora e na 
capacidade de mudança, de escolha, baseado nas escolas filosóficas 
Fenomenologia e Existencialismo, respectivamente. 
Também enfatiza os sentimentos, tanto na vida, como na terapia e a 
congruência. Dentro do próprio berço e dos próprios fundadores do humanismo 
foi crescendo a ideia de algo que faltava a esta Escola Humanista: o aspecto 
espiritual. 
 
- Uma Nova Corrente de Pensamento 
Por que uma nova corrente de pensamento? Era a década de 1960, muito 
conturbada, devido às várias novas ideologias e a “importação” de filosofias 
orientais de vida, como o panteísmo oriental, Hare-Krishna, o Zen-Budismo, o 
Taoísmo entre outras. No Vietnã a Guerra explodia de vez e em Paris os 
estudantes se revoltavam, o mundo estava precisando acreditar em uma esfera 
superior, espiritual. 
Experiências como a meditação transcendental, o transe, o G-12 a 
efervescência cultural e cientifica abriam portas para uma nova abordagem na 
psicologia, voltada para o que Há de mais interior do ser humano, o espírito. 
14 
 
VIII – ENFIM A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL 
Para Maslow e Sutch que não aceitavam mais suas próprias teorias por 
completo, pois faltava o fator espiritual, e os fatores incomuns da consciência, 
foi um pulo até aceitar as ideias de Stanislav Grof, que falava dos estados 
alterados da consciência e estruturas diferentes, como o estado de vigília. 
O Inconsciente Freudiano e o Inconsciente Coletivo, entre outros, a esta nova 
abordagem, nascida em 1967, foi dada o nome de Transpessoal onde 
encontramos: as Críticas a psicologia transpessoal e o Mau uso da física 
quântica. 
A mecânica quântica, a peça central da física moderna, tem sido mal 
interpretada para que implique que a mente humana controla a realidade e que 
o universo é um todo conectado que não pode ser entendido pela mera 
redução de partes. 
Entretanto, nenhum argumento ou indício decisivo requer que a mecânica 
quântica tenha um papel central na consciência humana ou que forneça 
conexões holísticas instantâneas através do universo. 
A física moderna incluindo a mecânica quântica permanece completamente 
materialista e reducionista na medida em que é consistente com todas as 
observações científicas. 
A interpretação convencional da mecânica quântica, a interpretação 
Copenhague, promulgada por Bohr e ainda mantida pela maioria dos físicos, 
não diz nada sobre consciência. 
Ela se preocupa apenas com o que pode ser medido e que predições podem 
ser feitas sobre como as condições estatísticas de conjuntos de medições 
futuras. 
O comportamento aparentemente holístico e não local dos fenômenos 
quânticos pode ser entendido sem se descartar o bom senso da noção das 
partículas seguindo caminhos definidos no espaço e no tempo ou exigindo que 
sinais viagem mais rapidamente que a luz. 
15 
 
Nenhum movimento ou sinalização superluminal foi alguma vez observado em 
concordância com o limite definido pela teoria da relatividade. Ademais, as 
interpretações dos efeitos quânticos não precisam demolir a física clássica ou o 
bom senso para tornarem-se inoperantes em todas as escalas – especialmente 
na escala macroscópica na qual os humanos funcionam. 
A física Newtoniana que descreve com sucesso virtualmente todos os 
fenômenos macroscópicos, segue suavemente o limite de muitas partículas da 
mecânica quântica e o bom senso continua a se aplicar na escala humana. 
IX – NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA 
A sombra – aqui o homem tem seu Self distorcido, ele aliena várias 
porções da Psique em detrimento de alguma que causa incongruência. 
É um nível negativo e patológico. 
O Ego – é o nível superficial da consciência onde o homem se identifica 
com uma imagem criada, seu Self individual sem se interessar 
profundamente em questões sociais ou ecológicas, ou seja, pensando 
em si próprio. 
O Biossocial – neste nível o homem tende a ter uma preocupação com 
o outro, enxergando também o que o rodeia. Ele aceita uma 
responsabilidade perante os outros e pelo ambiente natural. 
O Existencial – nele o homem encontra a ligação entre o corpo e a 
mente que tende a auto-organização, o qual e ligado a um alto grau de 
desenvolvimento e auto atualização. É o grau perfeito para a filosofia e o 
humanismo. Emoção e razão se unem para o crescimento. 
O Transpessoal – este é o nível que esta escola estuda, sendo o nível 
mais profundo que, hoje em dia, consegue se chegar. É um nível 
aproximado das experiências místicas onde tudo está imerso no todo – o 
Tão, como uma gota d’água no oceano, mas, não de uma forma linear, 
cartesiana. Os limites do Ego são ultrapassados. 
16 
 
É possível entrar em contato com o inconsciente coletivo, entre outros 
fenômenos relacionados. Há quem diga que é possível o fenômeno como 
precognição e telepatia, mas, estes não são considerados comuns e científicos, 
pois estão dentro da parapsicologia, mas ainda assim são válidos dentro da 
teoria. 
X – MITOS E CRENDICES 
É importante ressaltar que esta é uma teoria de certo modo polêmica, já que se 
opõe a paradigmas e traz conteúdos ainda sem um estudo conclusivo. 
Por esta razão há ainda alguns mitos: 
1. Psicologia transpessoal não é magia nem religião, é uma ciência séria 
que busca, através de sua transdisciplinaridade, uma forma de ver e 
entender o homem no universo e o homemcomo parte deste universo. 
2. Regressões a vida passada não são um conteúdo aceito por todos os 
psicólogos transpessoais, por não ser científico e, deve-se ter cuidado 
quando se fala sobre este tema, relacionando com Psicologia Transpessoal. 
Há terapeutas que se utilizam desta técnica, mas não significa que seja 
aceito no meio acadêmico como conceito científico. 
XI – PSICOTERAPIA 
O termo Psicoterapia refere-se a intervenções psicológicas que buscam 
melhorar os padrões de funcionamento mental do indivíduo e o 
funcionamento de seus sistemas interpessoais (família, relacionamentos, 
etc.). Como todas as formas de intervenção clinico-psicológica, a 
Psicoterapia utiliza meios psicológicos, para atingir um 
fim especifico. 
A cura ou a diminuição do sofrimento do paciente, 
geralmente causada por um transtorno mental, baseia-
se no corpo teórico da Psicologia e é praticada por 
pessoal especializado “o Psicoterapeuta ou Psicólogo 
17 
 
Clínico”, em um determinado contexto formal “individual, em casal, com a 
presença de familiares, em grupo – de acordo com a indicação”, que é a 
estrutura básica da Psicoterapia. 
Os vários tipos de Psicoterapia, em todas as suas diferentes formas e 
métodos, possuem uma série de características em comum, somente tendo 
em mente tais características se pode compreender o funcionamento da 
psicoterapia em geral e as qualidades que definem cada uma das diferentes 
escolas. Orlinsky e Howard procuraram descrever a interação dinâmica dos 
diferentes fatores que influenciam a psicoterapia, independente da linha 
específica. Primeiramente as condições da terapia são organizadas por 
determinadas circunstâncias sociais, por um lado, a oferta de terapeutas, as 
instituições que oferecem terapia, o acesso físico e financeiro da população, 
estrutura do sistema de saúde, e, por outro lado, a formação dos terapeutas 
e a aceitação de terapia por parte da população – “fatores socioculturais”. 
Sobre esse pano de fundo, filtrado pela presença de outras partes 
interessadas – pais, família, supervisores, etc., se desenrola então o 
processo terapêutico: entre o terapeuta e paciente em determinadas 
escolas chamado cliente, cada um dos quais possuindo determinadas 
características profissionais e de personalidade, se fecha com um contrato 
terapêutico que define as regras do trabalho terapêutico para ambas as 
partes. 
Dois elementos – a técnica terapêutica o relacionamento terapêutico, 
representam a base de trabalho e são ambas influenciadas atributos tanto 
do terapeuta quanto do paciente. O trabalho técnico do terapeuta, por outro 
lado, só poderá dar frutos se o paciente mostrar abertura a este trabalho. 
Os efeitos da terapia se apresentam em diferentes níveis, tanto em relação 
aos padrões de funcionamento do indivíduo, quanto em relação a seus 
relacionamentos interpessoais. 
 
18 
 
XII – FUNCIONAMENTO DA PSICOTERAPIA 
Uma vez confirmado o efeito positivo da Psicoterapia sobre a saúde mental 
dos pacientes, a pesquisa empírica começou a voltar sua atenção a uma 
pergunta muito mais difícil de ser respondida: Como e com que 
mecanismos é que ela funciona? 
Fases de Mudança do Paciente: 
O processo terapêutico começa para o paciente antes da terapia em si e 
termina somente muito depois de sua conclusão formal. Prochaska, 
DiClemente e Norcross (1992) propuseram um modelo em seis fases que 
descreve este processo: 
1ª Fase “pré-contemplativa” (precontemplation stage): é a fase da 
despreocupação. O paciente não tem consciência de seu problema e 
não tem intensão de modificar o seu comportamento – apesar de as 
pessoas que estão a sua volta estarem cientes do problema. Nesta fase 
os pacientes só procuram terapia se obrigados; 
2ª Fase “contemplativa”(contemplation stage): é a fase da tomada de 
consciência. O paciente se dá conta dos problemas existentes, mas 
ainda não sabe como reagir. Ele ainda não está preparado para uma 
terapia: está ainda pensando os prós e os contras; 
3ª Fase de “preparação”(preparation): é a fase da tomada de decisão. O 
paciente se decide pela terapia – nesta fase o meio social pode 
desempenhar um papel muito importante; 
4ª Fase da “ação”(action): o paciente investe – tempo, dinheiro, esforço 
na mudança. É a fase do trabalho terapêutico propriamente dito; 
5ª Fase da “manutenção” (maintenance): é a fase imediatamente após o 
fim da terapia. O paciente investe na manutenção dos resultados obtidos 
por meio da terapia e introduz as mudanças no seu dia a dia; 
19 
 
6ª Fase da “estabilidade” (termination): é a fase da cura. Nesta fase o 
paciente solucionou o seu problema e o risco de uma recaída não é 
maior do que o risco de outras pessoas para esse transtorno específico. 
De acordo com o desenvolvimento do paciente através das diferentes fases 
que classificam quatro tipos de progressão: 
A. O transcurso estável em que o paciente se estagna em uma fase 
especifica; 
B. O transcurso progressivo em que o paciente se movimenta em 
fases; 
C. O transcurso regressivo o paciente se movimenta para fase que 
já esteve; 
D. O transcurso circular (recycling) em que o paciente muda a 
direção do movimento pelo menos duas vezes. 
Fases da terapia: 
A terapia em si se desenvolve em quatro fases consecutivas e cada qual com 
objetivos próprios: 
1. Indicação: definição do diagnóstico e decisão com respeito à 
necessidade de uma terapia de qual tipo “médica, psicoterapêutica ou 
ambas”. Aos métodos indicados para o problema em questão, 
esclarecimento ao paciente a respeito da terapia; 
2. Promoção de um relacionamento terapêutico e trabalho de clarificação 
do problema: a estruturação dos papéis “terapeuta e paciente”, 
desenvolvimento de uma expectativa de sucesso, promoção do 
relacionamento entre paciente e terapeuta, transmissão de um modelo 
etiológico do problema; 
3. Encenação do aprendizado terapêutico: aquisição de novas 
competências ”terapia cognitivo-comportamental”, análise e experiência 
de padrões de relacionamento “Psicanálise”, reestruturação da 
autoimagem “terapia centrada na pessoa”; 
20 
 
4. Avaliação: verificação do cumprimento dos objetivos propostos, 
estabilização dos resultados alcançados, fim formal da terapia e da 
relação paciente-terapeuta. 
As decisões tomadas na fase 1 não devem necessariamente permanecer 
imutáveis até o fim da terapia. Pelo contrário, o terapeuta deve estar atento às 
mudanças do paciente, a fim de adaptar seus métodos e suas decisões de 
trabalho à situação do paciente, que nem sempre é clara no começo da terapia. 
Isso se dá o nome indicação adaptável. 
 
XIII – MECANISMO DE MUDANÇA EM PSICOTERAPIA 
 
Vários autores se dedicaram á questão do funcionamento da psicoterapia: o 
que é que leva a mudança no paciente. K. Grawe (2005) descreve 5 
mecanismos básicos de mudanças (Grundmechanismen der Veränderung) 
comuns a todas as escolas psicoterapêuticas: 
1. Relacionamento terapêutico (therapeutische Beziehung): a qualidade do 
resultado de uma terapia é em grande parte influenciada pela qualidade 
do relacionamento entre o terapeuta e o paciente; 
2. Ativação de ressources (meios) (Ressourcenaktivierung): a Psicoterapia 
auxilia o paciente a mobilizar a força interna que possui para realizar a 
mudança necessária e estabiliza-la; 
3. A atualização do problema (Problemaktualisierung): a psicoterapia 
expõe o paciente ao seu padrão normal de comportamento, como modo 
de tornar esses padrões conscientes e assim modificáveis. Exemplos 
são o trabalho com meios teatrais como psicodrama, os treinamentos de 
competências sociais, que podem ser contados como parte integrante 
da terapia comportamental,a técnica de focusing de Gendlin e o 
trabalho com transferência e contratransferência, típico da psicanálise e 
de outras escolas psicodinâmicas; 
21 
 
4. Esclarecimento motivacional (Motivationale Klärung) ou clarificação e 
transformação de interpretações (Klärung und Veränderung der 
Bedeutungen): a psicoterapia auxilia a clarificação de ambiguidades e 
obscuridades na experiência pessoal do paciente, ajudando-o a 
encontrar um sentido para aquilo que ele experiencia. Exemplos são 
métodos de clarificação típicos da terapia centrada no cliente e os 
métodos de reestruturação cognitiva da terapia cognitiva; 
5. Competência na superação dos problemas (Problembewältigung): a 
psicoterapia capacita o paciente a adquirir a capacidade de adaptação à 
realidade psíquica social, típico dos transtornos psíquicos. Exemplo 
típico de métodos que usam esse mecanismo de maneira explicita são 
os métodos de exposição, comuns a terapia comportamental, outra 
abordagem do problema oferecem Prochaska et al. (1992) 
Ao descreverem 10 (dez) processos de mudança diferentes, tais processos são 
definidos como atividades e experiências pessoais que o paciente, de maneira 
direta ou indireta, realiza na tentativa de modificar seu comportamento 
problemático. 
1. Auto exploração ou auto reflexão (conscious raising), ou seja, o paciente 
procura se conhecer melhor; 
2. O que leva a uma auto reavaliação; 
3. Auto libertação da convicção de que uma mudança não é possível; 
4. Contra condicionamento, ou seja, a substituição do comportamento 
problemático por outro mais adequado; 
5. Controle dos estímulos, ou seja, o evitar ou combater estímulos que 
levam ao comportamento problemático; 
6. Administração de reforços, ou seja, o paciente se dá uma recompensa 
cada vez em que se comporta da maneira desejada “ver 
condicionamento operante”; 
7. Relacionamentos auxiliadores, ou seja, o paciente se abre a 
possibilidade de falar sobre seus problemas com uma pessoa de 
confiança (de maneira especial o terapeuta); 
8. Alívio emocional através da expressão de sentimentos em relação ao 
problema e as suas soluções; 
22 
 
9. Reavaliação ambiental, ou seja, o paciente percebe como o seu 
problema provoca estresse não apenas para si, mas também para as 
pessoas a sua volta e; 
10. Libertação social, ou seja, o paciente realiza gestos construtivos para 
seu ambiente social “família, amigos, sociedade geral”. 
Em seu modelo transteórico da Prochaskaet al. (1992) unem os processos 
acima descritos a seu modelo das fases de mudança (ver acima): os diferentes 
processos estão intimamente ligados às diferentes fases e determinados 
processos são completamente inócuos se realizados em uma fase inadequada. 
- Efeitos da psicoterapia: 
Ainda sob um ponto de vista geral, ou seja, comum a todas as escolas 
psicoterapêuticas, os efeitos da psicoterapia podem ser analisados sobre dois 
aspectos: 
1. O aspecto processual, isto é, que se refere ao trabalho terapêutico em 
si. Aqui podem se observar os seguintes efeitos: o fortalecimento do 
relacionamento terapêutico, a intensificação da expectativa de sucesso 
paciente, sensibilização do paciente a fatores que ameaçam sua 
estabilidade psíquica, um mais profundo conhecimento de si mesmo 
(auto exploração) e a possibilidade novas experiências pessoais. 
2. O aspecto final se refere às consequências da terapia da vida em si. 
Aqui se diferenciam os micro efeitos dos macro efeitos. Os micro efeitos 
referem-se aos pequenos processos que acontecem durante a terapia, 
entre sessões: os pacientes tem como experiências novas situações, 
emoções, novas facetas e formas de comportamento. 
Já os Macro efeitos dizem respeito às consequências a longo prazo e às 
mudanças mais profundas relacionadas às estruturas mais centrais da 
personalidade e do funcionamento psíquico: a pessoa adquire novas 
posturas em relação a si mesma e aos demais, adquire novas 
capacidades e competências. 
23 
 
Sobretudo, uma terapia realizada com sucesso conduz a um aumento da 
auto eficácia (self-efficacy), ou seja, da convicção do paciente de ser 
capaz de lidar com os problemas que o faziam sofrer, que leva a um 
aumento da autoestima. Outros efeitos são ainda uma compreensão 
maior dos problemas que afligem o paciente e da história de vida que 
conduziu a eles. 
Os Micro e os Macro efeitos, podem se dar em três níveis: 
1. Melhora do bem estar do paciente, 
2. Modificação dos sintomas e 
3. Modificação na estrutura da personalidade. 
Mudanças na estrutura da personalidade só são possíveis depois de uma 
melhora do bem estar e dos sintomas. 
Os tipos de psicoterapia, apesar de terem tanto em comum, os diferentes 
tipos de psicoterapia se diferenciam na ênfase que dão em cada um desses 
aspectos comuns. 
Antes de serem concorrentes os diferentes tipos de Psicoterapia possibilitam 
uma maior adaptabilidade do tratamento às características individuais do 
paciente e podem ser classificados sob diversos pontos de vista, tais como os 
aspectos formais: 
De acordo com o numero de pessoas: psicoterapia individual, de casal, familiar 
ou de grupo, de acordo com a duração: terapias curtas “de 6 a 15 sessões” e 
longas “até três ou mais anos”, de acordo com o setting ”contexto”: online ou 
pessoalmente; 
De acordo com a delegação do “poder terapêutico”: terapias diretivas (power to 
the terapist), em que o terapeuta trabalha com apenas um paciente, terapias de 
meditação em que o auxilio não é direcionado ao paciente diretamente, mas a 
pessoas relevantes para ele (pais, parceiro, etc.), grupos de autoajuda em que 
pessoas com os mesmos problemas procuram se ajudar mutuamente na 
superação do problema. 
24 
 
 
XIV – CONCLUSÃO 
 
No estudo da Psicologia, nas regras que giram em torno do comportamento 
humano, têm que ser observado alguns métodos cujos objetivos são mudanças 
intrapessoais “nas funções psíquicas do individuo”, outros tem por fim 
mudanças em sistemas interpessoais disfuncionais, de acordo com o fim da 
terapia: alguns tipos de psicoterapia têm por fim a superação de um problema, 
outras objetivam uma clarificação dos motivos e objetivos pessoais do paciente 
como o motivacional e por fim outras buscam enfatizar as ressources do 
paciente, dando atenção mais as partes saudáveis da pessoa. Este poder 
terapêutico que dará o resultado e a conclusão da terapia e o paciente terá um 
resultado favorável. Glória a Deus por isso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Antes de andar vagabundo ou perambulando pelas 
ruas, lembre-se que temos um Deus que é real e que 
tudo pode em nossa vida. Dê um lugarzinho para Ele 
atuar e as coisas vão mudar”. 
25 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 
 
 
I - INTRODUÇÃO 
 
 
A expansão do ensino de nível superior tem 
demandado cada vez mais docentes 
qualificados, tanto para responder às 
exigências conteudistas curriculares quanto à 
condução pedagógica no espaço da sala de 
aula, constituindo-se assim num duplo 
desafio. Tem por objetivo discutir os aspectos 
da didática aplicáveis ao processo de ensino-
aprendizagem no nível superior, 
considerando-se a necessidade de 
ressignificação dos modelos de ensino visto que as abordagens Didáticas 
tradicionais amiúde deixaram de atender as especificidades da 
contemporaneidade. 
Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva que utiliza como fonte de 
dados uma ampla pesquisa bibliográfica sobre a temática. Procura concluir 
com a premente necessidade de reflexão da práxis didático-pedagógica do 
docente universitário frente às demandas da sociedade do século XXI e propõe 
algumas recomendaçõesdidáticas visando alavancar o processo de ensino-
aprendizagem em adultos. 
Conceito: Didática Magma. O vocábulo ”Didática” vem do Grego didaktiké, que 
quer dizer “arte de ensinar”. A palavra didática foi empregada pela primeira vez 
com o sentido de ensinar em 1629, por Ratke, em seu livro “Aphorisma 
Didactici Precipui” ou “Principais Aforismos Didáticos”. O termo, porém foi 
consagrado por João Amus Comenius na sua obra “Didática Magna” publicada 
em 1657. 
26 
 
Didática assim, primeiramente, significou arte de ensinar. E como Arte a 
Didática dependia muito do jeito de ensinar, da intuição do professor, uma vez 
que havia muito pouco a aprender para ensinar. Esse “jeito de ensinar”, pelo 
que tudo indica, advém da capacidade de empatia do professor, que se prende 
à sensibilidade de colocar-se na situação de outrem e, assim, melhor se sentir 
e compreender a situação pela qual esse outro esteja passando. Essa 
capacidade de empatia facilita a capacidade do professor e sua aproximação 
ao educando, com maiores possibilidades de adequação da ação Didática e na 
orientação da aprendizagem. 
É de se notar que alguns professores, apesar de sua boa formação 
pedagógica, não tem a capacidade de empatia. Outros, têm mais junto às 
crianças, outros, junto aos adolescentes, e outros ainda, junto a jovens e 
adultos. 
Didática a seguir, passou a ser conceituada como ciência e arte de ensinar, 
prestando-se assim, a pesquisas referentes à como melhor ensinar. Pode 
então ser compreendida em dois sentidos: amplo e pedagógico. 
Didática em sentido amplo, tão só preocupa-se com os procedimentos que 
levam ao educando a mudar de comportamento ou a aprender algo, tanto para 
produzir hábeis delinquentes como a formar autênticos cidadãos. 
No sentido pedagógico, no entanto, apresenta compromissos com o sentido 
sócio moral da aprendizagem do educando que é a de visar a formação de 
cidadãos conscientes, eficientes e responsáveis. 
Pode-se, mais explicitamente, vincular o conceito de Didática com o de 
Educação e, então, ter-se-ia a seguinte conceituação: “Didática é o estudo 
conjunto de recursos técnicos que tem em mira dirigirem a aprendizagem do 
educando, tendo em vista leva-lo a atingir um estado de maturidade que lhe 
permita encontrar-se com a realidade de maneira consciente, eficiente e 
responsável para nela atuar como um cidadão participante e responsável”. 
A ação Didática pode ser focalizada do ponto de vista do professor ou do 
educando. Assim: 
27 
 
PONTO DE VISTA 
DO PROFESSOR 
PONTO DE VISTA 
DO EDUCANDO 
ELEMENTO 
1. Quem ensina? 
Quem orienta a 
aprendizagem? 
Professor 
2. A quem ensina? Quem aprende? Educando 
3.Para quem ensina Para que aprende? Objetivos 
4. O que ensina? O que aprende? Conteúdo 
5. Como ensina? Como aprende? Metodologia 
6. A que nível ensina? Em que nível aprende? 
Fase evolutiva do 
educando. 
7. Onde ensina? Onde aprende? 
No lar, escola, oficina ou 
outra instituição social, 
mas sempre vinculada à 
realidade/maio. 
 
É preciso ressaltar, no entanto, que a Didática se interessa, 
preponderantemente, em “como ensinar ou como orientar a aprendizagem” 
sendo que os outros elementos são subsídios importantes para que o ensino 
ou a aprendizagem se efetue mais eficientemente. É claro, em direção aos 
desígnios da educação. Importante seria fazer-se uma distinção entre ensino e 
aprendizagem sob o ponto de vista didático porque esse binômio é uma 
constante da ação didática. 
 
Objetivos da Didática: Em termos educacionais convergem todos para 
possibilitar a efetivação mais eficiente do conceito de educação e de seus 
objetivos gerais ou particulares, mediatos ou imediatos. Os objetivos das 
Didáticas podem ser expressos da maneira que se segue: 
 Efetivar os propósitos que se conceitue por educação; 
 Tornar o ensino e, consequentemente a aprendizagem, mais eficiente; 
 Aplicar novos conceitos advindos da Biologia, Psicologia, Sociologia e 
Filosofia que possam tornar o ensino mais consequente e coerente; 
28 
 
 Orientar o ensino de acordo com a idade evolutiva do educando; 
 Adequar o ensino as possibilidade e necessidades do educando; 
 Inspirar as atividades ecoares na realidade e ajudar o educando a 
perceber o fenômeno da aprendizagem como um todo e não 
artificialmente alcançados; 
 Orientar a organização dos trabalhos escolares para serem evitadas 
perdas de tempo e esforços inúteis; 
 Tornar o ensino adequado à realidade e às necessidades do educando e 
da sociedade; 
 Realizar acompanhamento adequado e controle consciente da 
aprendizagem a fim de que possa haver retificações ou recuperações 
oportunas da aprendizagem. 
 
II – BASES DA DIDÁTICA 
 
A Didática para tornar-se mais consequente, tem de lançar mão dos 
conhecimentos das diversas ciências, principalmente da Biologia, Psicologia, 
Sociologia e Metodologia Cientifica coordenados por uma visão filosófica que 
se venha a ter da educação. 
Essa visão filosófica da educação faria o papel de integradora de todos os 
subsídios a fim de coordená-los com o objetivo precípuo de objetivação, no 
comportamento do educando e na sociedade, dos propósitos da educação: 
tornar o homem livre e responsável, tornar a sociedade aberta, cooperadora e 
solidária. 
A Biologia dirá sobre a fadiga e as fases evolutivas do educando com os 
seus diversificados interesses e necessidades. 
A Psicologia quanto aos processos que mais favoreçam o 
desenvolvimento da personalidade e mais eficientemente a efetivação 
da aprendizagem. 
29 
 
A Sociologia as maneiras de trabalho escolar para que se desenvolvam 
a cooperatividade, o respeito mútuo, a liderança e clima comunitário. 
Cabe aqui uma observação de alerta o perigo dos exclusivismos quanto à 
orientação psicológica a ser adotada com relação aos métodos e técnicas de 
ensinos. 
A Didática deve fazer um esforço muito grande para “em que, como e quando” 
é útil aplicar a orientação de uma escola ou concepção psicológica a ser 
adotada com relação à reflexologia, behaviorismo, gestalismo, psicanálise, 
existencialismo, funcionalismo, geneticismo, etc. 
Cada escola ou cada concepção dá uma visão parcial do comportamento 
humano e seria deformar a realidade psicológica ou se propor a não alcançar 
os objetivos da educação se na orientação da aprendizagem, na estruturação 
dos métodos e técnicas de ensino, for adotada uma só posição psicológica. 
É preciso haver estudo e acuidade para aplicar uma ou outra concepção na 
efetivação do ensino, segundo o tipo de aprendizagem, visando os objetivos 
almejados. 
Cabe dizer que o “ecletismo” psicológico interessa mais à Didática para não 
fugir de uma “definição psicológica”, mas, porque nenhuma delas abarca ou 
explica convincentemente, na sua totalidade, o comportamento e a 
aprendizagem humana. 
 
III – ELEMENTOS DA DIDÁTICA 
 
A Didática trabalha, fundamentalmente, com professor, educando, meio, 
objetivos, conteúdo, metodologia de ensino e avaliação. Ação do professor em 
função dos níveis de ensino. Três são os níveis de ensino que exigem atitudes 
bem definidas do professor que neles atuem: 
1) Nível de ensino “Fundamental” – duas atitudes se fazem necessárias: 
A primeira de entusiasmo por tudo que existe a fim de empolgar o 
30 
 
educando pelo homem, a sociedade e a natureza, transmitindo-lhe 
otimismo e alegria de viver. A segunda deve ser paternal. Paterna, não 
no sentido de tudo fazer para o educando ou de tudo a ele dar, mas no 
sentido que o educando pode recorrer ao professor com toda a 
confiança e em todas as circunstâncias. 
 
2) Nível de ensino “Médio” – há tambémduas atitudes que devem orientar 
a conduta do professor: A primeira, de ação diante dos fenômenos da 
natureza e da sociedade. Experimentação a fim de incutir confiança na 
ação do homem. A segunda de aventura. Sim, de aventura, aceitando 
as sugestões de realização do educando e o estimulando para que 
novos planos sejam traçados para melhor conhecimento da realidade. 
 
3) Nível de ensino de “Graduação” – também duas atitudes, mais do que 
as outras, devem orientação Didática do professor. A primeira reflexão, 
a segunda de universalidade. Pela primeira, o educando deve atirar-se 
ao procedimento científico-filosófico, para mais profundo conhecimento 
da realidade. Pela segunda, ele deve ser orientado para olhar mais 
distante, para que possa abarcar a realidade no seu todo e não tão só, 
uma parte que não raro, pode deformar esta mesma realidade. 
 
Funções do Professor: As funções do professor, tudo indica, são cinco: 
1) - Técnica, 
2) - Didática, 
3) - Orientadora, 
4) - Não diretiva e, 
5) - Facilitadora. 
 
 
IV – METODOLOGIA DO ENSINO 
 
31 
 
A metodologia do ensino é fundamental no processo de aprendizagem e deve 
estar o mais próximo possível da maneira de aprender dos educandos. Deve 
propiciar atividade dos educandos, pois mostra a Psicologia da aprendizagem, 
a superioridade dos métodos e técnicas ativas sobre as passivas. 
Os métodos e técnicas de ensinos passivos são aqueles que levam o 
educando a aprender, fixar e, se possível, compreender conhecimentos em que 
a memorização é solicitada constantemente. 
Os métodos e técnicas de ensinos ativos são aqueles que colocam o educando 
em posição de elabora por si os conhecimentos ou formas de comportamentos 
desejados, em que a busca, a realização e a reflexão são solicitações 
constantes. A concepção de método e técnica de ensino evoluiu daquela que 
fornece dados até chegar a que não fornece dado algum para estimular, em 
crescente, a ação de pesquisa do educando. 
Claro que o ensino de cada disciplina ou área de estudo, requer métodos e 
técnicas específicos, mas devem estar todos eles orientados no sentido de 
levar o educando a participar ativamente nos trabalhos de classe, retirando-o 
daquela posição clássica de só ouvir, anotar e repetir. 
Pelo contrário, sejam quais forem os métodos ou técnicas aplicadas, o 
professor deve fazer com que o educando viva ou esteja sendo estudado. 
Os métodos e técnicas de ensino devem propiciar oportunidades para que o 
educando perceba, compare, selecione, classifique, defina, critique, isto é, 
elabore por si os frutos da sua aprendizagem. 
 Os métodos e técnicas de ensino representam as “estratégias instrucionais” 
aplicadas no ensino para serem alcançados os objetivos previstos. Eles são os 
instrumentos com que efetivar o ensino, realizar a aprendizagem e também os 
instrumentos de ação da didática, a fim de levar o educando a alcançar os 
objetivos do ensino. 
A disposição e maneira de usar os métodos e técnicas de ensino podem 
receber a denominação de “Plano de Ação Didática” ou “Estratégia 
Instrucional”. Plano de Ação Didática ou Estratégia Instrucional representa a 
32 
 
maneira de desenvolver o ensino quanto aos momentos mais oportunos de 
utilização da adequada metodologia Didática a fim de tornar o ensino e 
consequentemente mais eficiente. 
Plano de Ação Didática representa, realmente, a estratégia, a maneira de agir e 
de aplicar certos recursos didáticos tendo em vista tornar mais consequente à 
marcha para a obtenção dos objetivos visados pelo ensino. O mesmo tema a 
ser estudado, em classes ou séries diferentes, poderá admitir Planos de Ação 
Didática diferentes, tendo em vista as diferenças e as condições específicas de 
cada uma delas. 
 
V – CICLO DOCENTE 
 
O ciclo docente representa a marcha do “ensino-aprendizagem” ou da 
orientação de estudo de um tema ou unidade, desde o seu planejamento, 
apresentação, estudo propriamente dito e avaliação, até que se considere 
vencida a tarefa, para, depois, passar o estudo de outro tema ou unidade. 
Em outras palavras, ciclo docente representa o desenvolvimento de um tema 
ou unidade, desde o seu planejamento e apresentação até o aprendizado 
satisfatório por parte do educando. 
Esquematicamente o ciclo docente pode desenvolver-se da seguinte maneira: 
Sondagem: Pesquisa dos pré-requisitos necessários ao estudo a ser efetuado, 
determinação das condições mais favoráveis para se efetuar o estudo em foco. 
Planejamento: Objetivos informativos, formativos e de automização ou 
objetivos educacionais e instrucionais visados, material didático necessário, 
conteúdo a estudar, métodos e técnicas de ensino mais adequados mais 
adequados ao estudo almejado e sua estruturação em Estratégia Instrucional 
ou Plano de Ação Didática. 
33 
 
Execução: Apresentação do conteúdo ou contato com o tema ou unidade a 
estudar: apresentação motivadora, indicação das normas de trabalho, para 
estudo coletivo, em grupo ou individualizado. 
Estudo: Estudo sistemático, fixação dos elementos essenciais de estudo, 
integração da aprendizagem, com a estruturação lógica, em suas partes 
essenciais, do objeto de estudo. 
Avaliação: Verificação e avaliação da aprendizagem, conforme as 
circunstâncias, pela associação das seguintes possibilidades, pelo 
desempenho do educando durante o estudo, individualmente ou em grupo, 
pelo trabalho realizado, por tarefas ou aplicações do objeto de estudo 
efetuadas, por auto avaliação, por provas. 
Reorientação da aprendizagem, segundo necessidades: de retificação, de 
recuperação. 
Reflexão crítica: sobre o processo de estudo e o objeto de estudo. 
Ampliação da aprendizagem: Destinada aos educandos mais interessados no 
tema ou na unidade. O ciclo docente pode ser simplificado da seguinte 
maneira: Sondagem, Planejamento do estudo a efetuar, Motivação, 
Apresentação geral do objeto de estudo com indicações metodológicas, 
Avaliação propriamente dita, acompanhada de avaliação, sempre que 
justificável, Estudo propriamente dito, acompanhado de avaliações de 
continuidade e retificações de aprendizagem, sempre que oportunas. 
Sondagem: Investigação do pré-requisito para ser efetuado o estudo em foco. 
Planejamento: Planejamento do ensino do conteúdo considerado em função da 
realidade do educando ou da classe. 
Estudo: É a apresentação motivadora do conteúdo, apresentação 
propriamente dita do conteúdo, cuja extensão varia segundo a Metodologia de 
Ensino adotada. 
Elaboração do conteúdo: Por meio de estudo sistemático do conteúdo, por 
meio de processos que levam à fixação dos elementos fundamentais do 
34 
 
conteúdo em estado, por meio de processos que visem à integração das partes 
essenciais do conteúdo em foco. 
Avaliação: Avaliação de continuidade, avaliação propriamente dita seguida de 
retificações quando necessárias, recuperações quando necessárias, ampliação 
da aprendizagem para os educandos mais interessados na disciplina ou no 
conteúdo de estudo. 
 
PLANO DE CURSO 
 
Plano de Unidade: consta de três momentos: Momento vertical que consiste 
em indicar as subunidades e o número de horas-aula que poderão ser 
destinadas para cada uma das unidades, Momento horizontal é aquele que em 
cada subunidade tem a sua extensão e profundidade delimitada e o Momento 
de Coordenação aquele em poderão ser feitos reajuste em função da 
articulação com outras atividades, áreas de estudo ou disciplinas. 
 
PLANO DE UNIDADE 
 
Curso: 
Série: 
Ano letivo: 
Curso: 
Série: 
Disciplina: 
Número de aulas semanais: 
Número total de aulas: 
Ano letivo: 
Motivação do curso: 
35 
 
Disciplina:Unidade: 
Número de aulas: 
Período de Execução: 
Motivação da Unidade: 
METODOLOGIA 
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Motivação da 
unidade 
Subunidade (a) 
Subunidade (b) 
Subunidade (c) 
Subunidade (d) 
Subunidade (e) 
Avaliação 
Retificação e 
Recuperação 
 
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 TOTAL 15 
 
Plano de Aula: A palavra “aula” vem do grego, “aule” – pátio, em especial pátio 
do palácio real, através do latim ”aula” (ae) – pátio. O sentido de “sala onde se 
ministram lições” prende-se ao significado antigo através da acepção de 
“recinto espaçoso á maneira de pátio”. 
A lição é a execução do trabalho de aula, em que o professor “transmite parte 
do saber” aos seus alunos. A lição, neste sentido, supõe alunos ignorantes e 
professor sábio “transmite” o seu saber àqueles. 
36 
 
A aula é representada pela realização de trabalhos entre professor e 
educandos, durante determinado tempo, que pode variar de 30 a 45 minutos 
nas quatro primeiras séries do 1º grau, e de 45 a 90 minutos nas séries de 2º e 
3º graus. Justificam-se as aulas de 60 a 90 minutos, quando se destinam a 
aplicação de métodos de ensino como ”estudo dirigido, certas formas de 
dinâmicas de grupo e outros”, que requerem mais tempo para que se complete 
o seu ciclo natural de estudo. Não seria interessante interromper esse ciclo 
para que tivesse continuidade em outra aula, pois haveria o perigo exaurir o 
interesse dos educandos pelo trabalho e não terminado. 
Tudo indica que o mais preciso conceito de aula seja o seguinte: 
“Aula é um período de tempo variável em que o professor ativa o processo de 
ensino-aprendizagem que possibilite ao educando alcançar os objetivos 
previamente estabelecidos”. 
 
O sentido moderno de aula deve ser o de alunos procurando o saber ao invés 
de recebê-lo (Cousinet). Pode-se dizer que a aula é um determinado período 
de tempo vivido entre professor e aluno em que aquele orienta as atividades 
desse, tendo em vista levá-lo a alcançar objetivos pré-determinados e deve 
sofrer planejamento por parte do professor, no escopo de levá-lo a refletir e 
sistematizar o que vai executar em classe, eliminando, dessa maneira, a pura 
improvisação. O professor fornece o material sobre o qual os alunos vão 
trabalhar, dá regras e indicações de trabalho e os alunos realizam a aula, no 
lugar do professor. 
O Plano de Aula é um projeto de atividade e destina-se a indicar elementos 
concretos de realização da unidade didática e, consequentemente do Plano de 
Curso. Em sua elaboração não deve ser esquecido o tempo disponível e para o 
Professor não cria obrigatoriedade de cumpri-lo fielmente, sem afastamento do 
mesmo, pelo contrário, segundo as circunstâncias, o professor deve afastar-se 
do Plano. 
Ele é um roteiro de trabalho disciplinador de esforços e depende da acuidade 
pedagógica do professor saber quando deixar ou quando não deixar de lado o 
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plano para aproveitar motivações espontâneas, a fim de dar outro rumo a aula 
e com mais aproveito para os alunos do que se insistisse em manter o plano. 
O professor deve preparar o Plano de Aula à medida que for desenvolvendo o 
Curso, pois uma unidade pode comportar uma série de aulas, mas nada 
impede, conforme o assunto, que a unidade se realize em uma só aula. Ele 
deve conter um conjunto significativo de conteúdo que tenha um princípio, uma 
sequência e fim e, permita a estruturação de um todo “lógico ou psicológico” 
sobre o qual o aluno possa refletir. 
O Plano de aula obriga o professor a pensar sobre “oque vai fazer”, sobre “o 
que os alunos vão fazer”, no material didático necessário e nos procedimentos 
que melhor se ajustem ao tipo de tarefas a executar, logo em última análise, se 
não é mais do que “uma reflexão sobre o trabalho a ser executado em classe”. 
 
 
 
 
VII – PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA 
 
O Plano de Ação Didática obedece aos critérios normativos dos pareceres do 
CNE – Conselho Nacional de Educação que determina quanto a Carga Horária 
e a distribuição das matérias por séries evolutivas do Curso. Tendo como 
orientação as Ementas publicas no Plano Pedagógico da Instituição de Ensino 
Superior. O modelo novo distribuído por este Conselho fala dos Núcleos 
Comuns e Núcleos Diversificados, nomenclatura esta que ainda é usada no 
Ensino Infantil, Fundamental e Médio, a saber, a “Educação Básica”. 
Quanto ao Curso Superior, a dinâmica é outra, é determinado o Núcleo Comum 
por linhas horizontais e o Núcleo Diversificado por linhas verticais. 
A explicação técnica do Conselho é fazer com que as matérias se juntem 
formando assim o Ensino Padrão de determinado Curso. 
38 
 
Quanto a Aula propriamente dita, tem hoje aplicação moderna como Datashow, 
filmes relacionados à matéria, dinâmica dentro e fora da Instituição, grupo de 
pesquisas internas e externas, formando assim o Pensamento Cognitivo do 
Educando na visão dos temas propostos. 
Cada instituição tem sua orientação uma diversidade de aulas que poderá ser 
ministrada pelos seus professores com liberdade, como aula de sondagem, de 
motivação, de planejamento, de apresentação de matéria, de discussão, com 
base em outra dinâmica de grupo, de estudo dirigido, de demonstração ou 
prática, de exercícios, de recapitulação, de avaliação e aula ocasional, de 
debates, com base em um tema escolhido o qual pode ser da matéria ou um 
tema da cidade, como por exemplo, falar sobre os reservatórios de águas de 
São Paulo ou a iluminação das periferias e meios de transportes ou ainda 
escolher um debate social que envolva um grupo social, religioso, do trabalho, 
do comércio e outros. 
 
Desenvolvimento de uma Aula: Segue uma diversidade de comportamentos 
orientados pela Instituição de Ensino. Mesmo com a liberdade acadêmica, o 
Professor deve observar com cuidado os três elementos básicos da Educação: 
o Aluno, o Sistema Pedagógico e o Local onde se dá a Aula propriamente dita. 
Observa-se que a distribuição de Aula tem como base principal a Acomodação 
da Classe onde o Professor ficará atento à mesma usando dentro dos 60 
minutos o mínimo de 45 minutos de Aulas Expositivas, não devendo abrir mão 
deste período. Os 15 minutos restantes serão distribuídos na Acomodação, na 
Motivação e na Apresentação do Conteúdo, podendo, porém, além disso, usar 
outros métodos didáticos para a sua distribuição. 
 
Professores e Mestres 
Profissão ou aptidão? A meu ver é mais do que uma profissão ou aptidão, pois 
é uma Chamada da Educação para servir. O Professor não é missionário e não 
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é simplesmente um servidor. Ele é uma pessoa que trabalha para a formação 
de diversos profissionais. 
 
VIII – CONCLUSÃO 
 
A Didática não diretiva como é fácil perceber, funciona com base na liberdade 
do educando onde expressa, em parte na escolha de algumas unidades da 
matéria e disposição na ordem de estudo das mesmas.Esta liberdade pode ser expressa também por: Liberdade de Ação, que 
consiste na liberdade de escolha de método de estudo que pode ser em grupo 
ou individual, demonstração ou exposição do professor, instrução programada, 
etc. 
Enfim, liberdade de escolha de método de estudo, dentro dos limites em que a 
escola e o professor oferecem Liberdade de expressão, que consiste em que o 
Educando possa expressar todos os seus sentimentos e pontos de vista, sejam 
quais forem, com relação à matéria, ao curso, ao professor, sem o perigo de 
sofrer represálias e ter consciência de que ele é responsável pelo uso que fizer 
da liberdade. 
O professor de ter a preocupação de ressaltar que o educando é responsável 
pelas suas ações, que é o agente e não o paciente na tarefa escolar e que os 
resultados satisfatórios ou não satisfatórios dependem muito dele mesmo. 
Assim, levar o educando a tomar decisões como: estudar, não porque é seu 
dever, mas porque assim decidiu. Não seguir este ou aquele caminho porque 
deve ser seguido, mas porque decidiu fazê-lo. 
 
 
 
 
“ESTUDE COM CUIDADO POIS AS 
REGRAS SÃO CLARAS”. 
40 
 
 SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO 
 
I – INTRODUÇÃO 
 
O termo “teologia” é derivado de duas palavras gregas, theos e logos, sendo 
que a primeira significa Deus e a segunda significa estudo, discurso ou 
doutrina. Em um sentido mais restrito, Teologia pode ser definida como 
Doutrina de Deus. 
“Em um sentido mais amplo, porém pode-se definir Teologia como a ciência de 
Deus e suas relações com o universo: a Teologia examina todos os aspectos 
da metafisica, a teologia propriamente dita “O estudo de Deus”, a antropologia “ 
O estudo do Homem “ e a cosmologia “ O estudo do universo “. 
A ciência pode ser definida como conhecimento organizado das Leis naturais 
gerais, principalmente aquelas obtidas através do método cientifico. 
Método cientifico pode ser definido como os princípios e modos de buscar o 
conhecimento sistemático, incluindo o reconhecimento de um problema e sua 
consequente formulação, a soma de informações obtidas através da 
observação e das experiências, a apresentação e comprovação das hipóteses. 
 
II – PERÍODO HISTÓRICO 
 
Em alguns períodos da historia, principalmente a partir dos estudos do teólogo 
francês Pierre Aberlardo (1079-1142), com que a expressão “ Teologia “ 
passou a indicar a ciência da Religião, ou seja, o estudo acadêmico acerca das 
Escrituras e a respeito de Deus, a Teologia passou a ser considerada a “ 
Rainha das ciências “ e a Teologia Sistemática “ Sua Coroa “. 
A partir daí as ciências comuns passaram a ser opor à ideia de que a Teologia 
seja uma ciência, muito menos a rainha das ciências mas é preciso reconhecer 
que se a verdade não está limitada à Teologia, todas as ciências revelam uma 
41 
 
parte da inteligência, desígnio e vontade de Deus e em função disso, conclui-se 
que todas as ciências são revelações de Deus. 
As ciências, em suas investigações empíricas, estão pesquisando a verdade de 
Deus, produzindo conceitos em muitas áreas importantes para os homens, 
embora nenhuma delas se relacionem explicitamente ao Ser Supremo, tarefa 
que cabe exatamente à Teologia que, portanto, é, sempre foi e continuará 
sendo a “ Rainha das ciências “ e como conceito de ciência disse que se trata 
de busca de conhecimento sistemático das verdades que a se relacionam, a 
Teologia Sistemática, é, sempre foi e continuará sendo a “ Coroa da Rainha “. 
Existem cientistas que se portam como verdadeiros ditadores do conhecimento 
desejando anexar a sua ciência os conhecimentos de outras áreas cientificas, 
enquanto procuram defender seu próprio território dos ataques de algum 
império cientifico rival. 
Assim, alguns psicólogos, enquanto defendem seu território cientifico dos 
ataques das ciências físicas, ao mesmo tempo se empenham em invalidar as 
verdades da ciência teológica, procurando reduzi-las a categorias do seu 
próprio domínio, como projeções da mente humana no seu comportamento 
externo, tais como “Poder da Mente, regressão, etc.” ao invés de reconhecer a 
religiosidade como influência externa como mente do Homem. 
“operação da vontade de Deus 
manifestado ao homem segundo o seu Espírito, sua Palavra e 
sua Graça“. 
A ciência, como disciplina, destaca o processo empírico da busca do 
conhecimento, embora individualmente alguns cientistas creiam também na 
eficiência da razão, da intuição e até das experiências místicas para descobrir 
e adquirir o conhecimento de teses cientificas. 
É o destaque das ciências comuns sobre o empirismo, em contraste com o 
destaque da ciência da religião “a Teologia sobre o misticismo” que de maneira 
desnecessária tem provocado conflitos de umas contra as outras. O cientista, 
no âmbito da física, restringe suas investigações aos fenômenos cujo 
comportamento, segundo pressupõem, pode ser explicado em termos de leis 
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causais com possibilidade de verificação empírica “método fundamentado 
unicamente na experiência”. 
Por seu lado, as ciências sociais, incluída aí a Teologia interessam-se pela 
analise do comportamento humano, devendo levar em conta que o homem é 
livre em sua conduta e em função disto, suas ações são imprevisíveis, 
dedicando-se o cientista social ao estudo de vários aspectos que motivam tais 
ações e seus resultados práticos, tanto no âmbito de consequências ao próprio 
individuo, bem como no meio social em que ele vive. 
As crenças religiosas, diversamente das crenças cientificas, não são hipóteses 
e nem se baseiam nos experimentos comprováveis ou não, sob determinadas 
condições, pois Deus não é passível de pesquisa empírica. Elas são 
dependentes do exercício do livre-arbítrio do homem, que pode ou não aceitar 
a influência externa do Espirito Santo de Deus, desvendando diante de si a 
verdade absoluta do Criador. 
Algumas pessoas se surpreendem ao constatarem que a ciência também 
envolve uma questão de fé. Sem fé na invariabilidade e coerência do processo 
de pesquisa, no resultado de suas conclusões, a ciência seria simplesmente 
impossível. Nem uma investigação cientifica seria possível sem a rigidez das 
leis da natureza, o que garante que uma mesma experiência, repetida sob as 
mesmas condições produza os mesmos resultados. 
Não poderia haver ciência sem a certeza de que o Universo que nos rodeia, de 
alguma maneira, misteriosamente tem correspondência com as nossas mentes 
e que as leis da natureza podem ser descobertas por meio da repetição das 
experiências. Estas leis naturais, até por força de sua coerência, sugerem a 
existência de um Legislador. 
E as experiências cientificas que são realizadas em qualquer um de seus 
ramos leva sempre a ciência de volta aos princípios religiosos da crença neste 
Legislador e na perfeição de suas leis que desmentem cabalmente as ideias de 
alguns cientistas quando falam de caos e obras do acaso no Universo. 
A mente divina opera em todas as atividades do homem e isso não deve ser 
ignorado. A mente humana tem uma afinidade com a Mente Divina por ser o 
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homem criado a imagem e semelhança de Deus, portanto, a mente humana, 
sem qualquer ajuda direta, é capaz de obter coisas surpreendentes das suas 
buscas de conhecimento em todos os campos do saber. 
A Carta do Apóstolo Paulo aos romanos, capítulo I, ensina que até os pagãos 
tinham a responsabilidade de saber coisas básicas de Deus e sua vontade, 
simplesmente através da revelação da natureza com a ajuda da razão. Não se 
pode subestimar os poderes humanos que nos foram concedidos

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