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- -1
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO, PRÁTICAS E TEORIAS
Doriana Dias Barros
- -2
Olá!
Você está na unidade Educação, práticas e teoria. Conheça aqui assuntos que implicam muitas reflexões com
muitas perguntas. Compreenda a filosofia da educação e sua história. Conheça as concepções de aprendizagem
nas teorias psicológicas, bem como as articulações na compreensão do processo ensino-aprendizagem.
Bons estudos!
- -3
1 Filosofia da educação
Muitas vezes, relacionamos a educação sob o ponto de vista de áreas como a pedagogia, psicologia, história,
política etc. e não buscamos a . No entanto, é ela que se encontra mais próxima do ser humano e em suafilosofia
busca pelo saber, pelo conhecimento.
A filosofia persegue o entendimento do ser humano como ser social, cultural, inserido num determinado
momento histórico. Para os filósofos, poder compreender esse homem permite o conhecimento também de 
.como educá-lo
- -4
1.1 Filosofia e história
A filosofia a que temos acesso originou-se na Grécia Antiga. A palavra filosofia é de origem grega e significa
literalmente amor à sabedoria (philos) (sophia).
Tal movimento acontece como uma tentativa de elucidar a realidade fora do âmbito das explicações e religiosa 
. Como não havia uma aceitação dessas explicações, os filósofos gregos começaram a especular sobremitológica
princípios naturais para explicar a origem do mundo. Desde então, a filosofia não interrompe sua continuidade
em busca de conhecimento.
Várias escolas de pensadores existiram no decorrer da história grega e quase todos se preocupavam com a
educação do ser humano; uma inquietude para tornar o ser humano melhor. Mais uma vez temos na Grécia a
origem da palavra , que significa .Educação: Educare trazer à tona
Continuando a busca pela essência do ser humano, novas ideias vieram e Santo Agostinho defendia que cada ser
humano é uma pessoa e cada uma tem sua consciência, que é dotada de vontade, imaginação, memória e
inteligência.
Na , a verdade é passível de ser conhecida desde que não contradiga a fé.Idade Média
Na , os filósofos conseguem separar a fé da razão.Idade Moderna
Assim, a teoria do conhecimento retorna para a relação do pensamento com as coisas, a consciência e a
realidade, em suma, o sujeito e o objeto do conhecimento, tal qual como tudo começou na Grécia.
O filósofo Descartes, da famosa frase: , elaborou um procedimento, a dúvida no método.“Penso, logo existo”
Neste, o sujeito do conhecimento analisa cada um de seus saberes, identifica e avalia as fontes e as causas de
cada um, suas verdades ou mentiras e, assim, encontra meios para livrar-se de tudo quanto seja duvidoso
perante o pensamento.
Fique de olho
A Grécia Antiga é muito rica em relação às escolas filosóficas, pensadores de muita importância
para o rumo de novas ideias acerca do homem, várias tentativas de definir o seu humano e sua
forma de viver. São muitos, mas Sócrates, Platão e Aristóteles são personagens de muito peso
nesse panorama. Dessa forma, você pode pesquisar e ler “O Mito da Caverna” alegoria
encontrada no livro “A Republica” de Platão.
- -5
Com essa proposição, embarcamos em duas grandes orientações da teoria do conhecimento da época moderna
conhecidas como e .racionalismo empirismo
Racionalismo
Descartes, o principal representante do racionalismo, acredita que a fonte do
conhecimento verdadeiro é a razão atuando por si mesma, sem o auxílio da experiência
sensível e dominando a própria experiência sensível. Parte do conhecimento geral para o
particular: . método dedutivo
Empirismo
Em oposição à grande parte da Europa, John Locke, principal representante do empirismo,
afirma que a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, sendo
responsável pelas ideias da razão e controlando o trabalho da própria razão (CHAUÍ,
2002). Ao contrário de Descartes, parte do individual para o geral: .método indutivo
O termo “empirismo” vem do grego cuja tradução para o latim é que significa έμπειρία, experientia, experiência.
Ainda temos outros filósofos da modernidade. Por exemplo, Kant, fazendo uma síntese entre as duas orientações
anteriores, alegando que o conhecimento é possível porque o homem possui faculdades que o tornam possível.
Com esse posicionamento, Kant investiga a razão e seus limites, e não como deve ser o mundo para que se possa
conhecê-lo. Ele é conhecido por seu acerca do homem.“criticismo”
Com toda essa agitação filosófica, chegamos ao momento da do final do século XIX, que tinhafenomenologia 
como tese a intencionalidade da consciência humana, buscando descrever, compreender e interpretar os
fenômenos que se apresentam à nossa percepção. Como representantes, temos Heidgger, Edmund Husserl,
Sartre e outros.
Ainda no século XIX, temos dois nomes que realizaram seus trabalhos de forma independente: Nietzsche e
Kierkegard.
Podemos abordar Nietzsche em quatro pilares:
Fique de olho
Georg Wilhelm Friedrich Hegel colabora na construção do conhecimento na modernidade
paralelo ao Movimento Iluminista (Séculos XVII/XIX). Esse filósofo acreditava no poder do
racional e, consequentemente, que tudo poderia ser explicado através de categorias reais. Quer
conhecer melhor? Então, pesquise e leia “A Ciência da Lógica”, publicado em 1802.
- -6
• Pilar 1
Em suas teorias, pregava basicamente sobre uma visão cristã sobre o bem e o mal que limita e nega a
humanidade. Atacava a moral cristã, pois seus devotos não são bons ou procuram ser porque se
preocupam com o semelhante. Eles são “bons” porque têm medo de queimar no inferno. Em seu livro “O
, Nietzsche afirma: “Deus está morto”.Anticristo”
• Pilar 2
O , conceito do seu livro “A Gaia Ciência”, relata o momento que se avalia as escolhas daEterno Retorno
vida. Questiona se essas são reais ou decorrentes de exigências externas, econômicas etc.
• Pilar 3
O , de modo básico, é a falta total de confiança nos valores impostos pelaNiilismo de Nietzsche
sociedade. Segundo suas ideias, a vida não deve ser vivida a partir de nenhum padrão.
• Pilar 4
O pode ser representado por aquele que encara a vida sem as “muletas” para poderSuper Homem
suportar a existência, apoiando-se na religião ou na moral. Segundo Nietzsche, essas muletas equivalem
a uma negação da morte, que faz o ser humano acreditar em mentiras, como o paraíso. Dessa feita, o
Super Homem seria um Ser Superior, uma ideia melhorada de nós mesmos: não na força, mas no
psicológico.
Há muitos outros filósofos e outras escolas encontrados em toda a história da humanidade. Aprenda mais sobre
eles.
Assista aí
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1.2 Filosofia: necessidade da educação
Chauí (2002) apoia que uma atitude filosófica emerge de demandas do dia a dia e estas devem ser abordadas de
uma forma diferente daquela encontrada no senso e, assim, adotar uma . perspectiva crítica Para a autora, há
dois atributos da atitude filosófica:
O primeiro atributo da atitude filosófica traz uma sensação , ou melhor dizendo, é necessárionegativa
abandonar o senso comum, os pré-conceitos, os pré-julgamentos, os fatos da experiência cotidiana, o que “todo
mundo diz e pensa”, levando a uma sensação de afastamento da sociedade.
O segundo atributo da atitude filosófica é . Consiste numa dúvida construtiva que também é umapositivo
interrogação sobre o porquê de tudo e do próprio ser humano. Questiona-se sobre o porquê de tudo ser assim e
não de outro modo.
Sendo a educação parte integrante desses fatos do cotidiano, a filosofia se coloca como forma de conhecimento e
a educação como um . Assim, a Filosofia da Educação chega para unir essas partes e consisteproblema filosófico
em acompanharcriticamente a atividade educacional, especificando seus fundamentos, esclarecendo a função e
a contribuição das diversas disciplinas pedagógicas e avaliando o significado das soluções escolhidas.
Compreendendo a importância da Filosofia como ordenadora da prática, quando se fala de Educação também
não é diferente. A Filosofia da Educação é imprescindível embora não seja reconhecida por muitos pedagogos
para os quais a pedagogia é uma e, por isso, independe de qualquerciência puramente experimental
fundamentação filosófica.
Essa característica decorre do preconceito naturalista que inspira a . De acordo com Bello (1969), aPedagogia
filosofia naturalista reduziu toda a ciência às ciências que pudessem ser experimentais, reprovando como
anticientíficas todas as que não pudessem ser comprovadas pela experimentação dos laboratórios.
Para se tornar científica, segundo esse conceito, a Pedagogia acabou por reduzir os seus fundamentos filosóficos,
fazendo uma Pedagogia puramente experimental, teoricamente descaracterizada. Essa postura apresentou uma 
que até hoje se estende sobre o domínio da Educação.crise generalizada 
A pedagogia é uma ciência e seus princípios devem ser submetidos à reflexão filosófica, uma vez que esta não se
limita ao domínio do que pode ser percebido pelos sentidos, orienta-se também em direção ao conhecimento dos
princípios que escapam à percepção.
É de suma importância compreender o pensamento filosófico como reflexão, ou melhor, é uma busca de algo por
si mesmo, por meio da especulação, mas com . Ao definir a filosofia como reflexão, ela se fundaanálise crítica
como um conhecimento do conhecimento, atuando sobre este, interrogando-o e problematizando-o.
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Sem o exercício da filosofia, o desenvolvimento de teorias educativas torna-se incapaz de gerar resultados
profundos e com durabilidade, até mesmo porque se não há reflexão, também não se sabe aonde se quer chegar. 
Se não existe uma filosofia de formação com um ideal e com concepção de cultura, a inviabilização de uma
ciência educativa é a pior consequência com certeza.
Eucken (apud BELLO, 1969) também acresce que é no cenário da educação e do ensino que a lacuna da
orientação filosófica acarreta as consequências mais lamentáveis. O sistema educativo só pode melhorar e
realizar mudanças reais quando inclui uma verdadeira Filosofia da Educação, na qual possam realizar um acordo
acerca da , das e das .finalidade possibilidades condições da educação
A Filosofia apresenta como função: explicar e justificar os princípios em que as ciências se fundamentam. Dessa
forma, o elo entre a filosofia e o universo da educação se fortalece considerando que a justificativa das ações
educativas precisa de substratos filosóficos. Não se trata de dotar a Filosofia como a cura de todos os males, mas
ela possui a audácia de auxiliar os questionamentos sobre a vida escolar e educacional.
Reescrevendo Chauí (2000), não aceitar a vida e o mundo como já apresentados, pode ser uma árdua tarefa, mas
igualmente necessária. A Filosofia da Educação, por conseguinte, se torna imperativa para a Pedagogia e a
formação de qualquer pessoa envolvida com o mundo, em especial, com o mundo escolar.
- -9
2 Educação, escola e práticas pedagógicas
Conforme a história avança, a educação precisa acompanhar os diferentes cenários e sua metodologia também.
Por exemplo, nas sociedades primitivas, a educação era transmitida de pai para filho a partir da prática e de
vivências diárias. Caminhando mais um pouco, temos a elitização da transmissão dos conhecimentos. Assim, a
todo instante há um pensamento político que se encontra submerso à educação e, consequentemente, à sua
prática.
Mas o que seriam essas práticas pedagógicas?
- -10
2.1 Prática pedagógica e historicidade
A é uma prática social e política, pois não se pode idealizar a educação sem uma conexão prática pedagógica 
sócio-histórica. Segundo Aranha (1996), a educação não pode ser compreendida fora de um contexto histórico-
social concreto, sendo a prática social o ponto de partida e o ponto de chegada da ação pedagógica. Enquanto
prática pedagógica, a educação tem, historicamente, o desafio de atender às demandas que os cenários históricos
lhes colocam.
(...) Não somos apenas objeto da História, mas seus sujeitos igualmente. A partir deste saber
fundamental: mudar é difícil, mas é possível que vamos programar nossa ação político-pedagógica.
(FREIRE, 1997, p. 89)
O que podemos observar é que as práticas pedagógicas se desenvolvem com e na historicidade, marcada por
decisões e contradições permanentemente. O princípio basal dos pressupostos da própria racionalidade
pedagógica crítico- emancipatória é a historicidade. É através desse movimento que o conhecimento se
desenvolve na interação sujeito e objeto.
No que se refere às metas de uma ação pedagógica, o ponto dirigido à Pedagogia abarca a formação de
indivíduos "na e para a práxis". Precisam ser conscientes de sua importância na transformação da realidade
sócio-histórica, a partir de uma ação coletiva em que todos estão cientes do que é possível e necessário para essa
mudança. É a tarefa da base da pedagogia e não apenas da educação.crítico-emancipatória 
Assim, sujeito e objeto estão em contínua e dialética formação, evoluindo pela contradição interna, mas não de
forma determinante, e sim através da intervenção dos homens mediante a práxis. Esta apresenta realização de
ações concretas, objetivando uma .transformação do social
A educação apresenta seu caráter dialético das práticas pedagógicas, visto ser da competência da subjetividade
construir a realidade e, ao mesmo tempo, modificá-la mediante a interpretação coletiva.
O que se deve estar alerto é para a paralisia de tais práticas como da história e do pensamentoreféns lineares
dominante. Isso porque estas acontecem nas interações entre os sujeitos e suas intencionalidades. Enquanto
prática social, a educação transforma-se com a ação dos homens e produz mutações naqueles que dela
participam.
Caminhando nas contradições, as práticas pedagógicas expressarão o momento, as circunstâncias e as sínteses
transitórias em que se organizam no processo de ensino. Sendo assim, as conjunturas educacionais estão sempre
sujeitas às circunstâncias súbitas e não planejadas. Essa característica ocasiona um redirecionamento dos
- -11
processos, facilitando uma . reconfiguração da situação educativa Para tanto, o trabalho pedagógico necessita
espaço de ação e de análise ao não planejado, pressupondo como sujeitos dialógicos os alunos e os professores.
Por conseguinte, as práticas pedagógicas requerem do professor um mergulho profundo na e no dinâmica 
, para garantir a compreensão das teorias implícitas que permeiam as ações do coletivo designificado da práxis
alunos.
O exercício da docência é uma que se renova tanto na base teórica quanto na prática,ação transformadora
exigindo necessariamente o incentivo a uma consciência crítica. Nessa concepção, o exercício da ação docente
requer preparo além da teoria. Segundo Freire, “Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (FREIRE, 1997, p. 21).
Como fechamento e alerta, enquanto as diretrizes de políticas públicas considerarem a prática pedagógica como
um mero instrumento de reprodução de “fazeres” e atuações externas para os indivíduos, esta não mais tem
valor e, por si só, não tem como se perpetuar.
Fique de olho
Estamos vivendo um período em que o acesso à informação está cada vez mais presente na
sociedade. Porém, temos uma grande complexidade ao lidarmos com esse tema. Existem
diferenças sociais que não garantem o mesmo acesso a todos os indivíduos. Pensando nessa
nova era, como ajustar esse novo modelo a uma realidade divergente dela? Refletindo sobre
isso, pesquise e leia o artigo “Competências: desafios para alunos, tutores e professores da
EaD”.
- -12
2.2 Prática pedagógica e teoria
Assista aíhttps://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2
/a394a25fa925d2ef30f50ef542a495a9
As práticas pedagógicas tendem a se organizar em torno de queintencionalidades previamente estabelecidas 
contaminarão o processo didático, suas formas e estratégias. Por essa razão, para não sermos repetitivos, a
prática pedagógica aqui apresentada sempre será a que tem como base sua função social emancipatória e
conscientizadora da realidade em que se vive.
A docência não é formada apenas de práticas, seu fundamento teórico é imprescindível e de enorme valia e ao
analisarmos nos inquietamos com essa dicotomia da .teoria e prática
Pimenta (2005, p. 26 fundamentação teórica traz grandes benefícios numa tomada de decisão) defende que a
dentro de uma proposta contextualizada, capaz de ampliar perspectivas para compreender os diversos contextos
do estudante. Facilita também a descoberta de novas práticas de ensino sempre com rumo à aprendizagem do
aluno.
Sob essa aptidão a ser continuamente aprimorada, o educador somente poderá ensinar quando aprender. Ele
deve adquirir conhecimento a partir do diálogo, da troca com o outro e da pesquisa científica.
Mesmo com esses princípios, há de se lembrar que mesmo as grandes escolas teóricas que baseiam as práticas,
trazem seu "tempo de validade". A todo momento a que se transforma e quereflexão sobre a dinâmica social
os processos não são lineares, torna-se importante mais uma habilidade do professor, que é a flexibilidade para
incorporar novas concepções teóricas mais próximas da realidade em que vivemos.
Para tanto, como dizer que se tem conhecimento total de qualquer assunto? É importante ter humildade para
diferenciar na prática ações negativas e/ou positivas para a construção da autonomia do aluno. Não somos o
dono do saber. Tal como (filósofo grego), a extensa magnitude das mudanças nos leva à conclusão: Sócrates “
Quanto mais eu sei, mais sei que nada sei!”.
Não existe um planejamento de ensino que dê conta da imensidão dos desdobramentos possíveis acerca da
aprendizagem de um estudante.
A prática educativa é algo mais do que expressão do ofício dos professores, é algo que não lhes
pertencem por inteiro, mas um traço cultural compartilhado, assim como o médico não possui o
domínio de todas as ações para favorecer a saúde, mas as compartilha com outros agentes, algumas
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vezes em relação de complementariedade e de colaboração, e, em outras, em relação de atribuições.
A prática educativa tem sua gênese em outras práticas que interagem com o sistema escolar e, além
disso, é devedora de si mesma, de seu passado. São características que podem ajudar-nos a entender
as razões das transformações que são produzidas e não chegam a acontecer. (SACRISTÁN, 1999, p.
91)
Independente da teoria que sustenta a prática pedagógica e da escolha, esta deve ser coerente com as ações
promovidas pelo professor para a e a do seu estudante.libertação autonomia
O educador não pode desistir do seu discente, é preciso refletir e buscar novas estratégias para acompanhar a
lógica de seu estudante e compreender as relações que este faz com o conhecimento. Mas como conseguir?
Através do , sempre com diálogo.diálogo
- -14
3 Concepções de aprendizagem nas teorias psicológicas
Sendo a aprendizagem um processo que envolve o indivíduo e o mundo, a na sua trajetória,Psicologia
apresenta várias contribuições para o melhor conhecimento desse processo e, consequentemente, a escolha da
que mais se aproxima das diversidades que nos deparamos no mundo escolar. Conhecê-las nos traz a
compreensão e o desenvolvimento do papel da docência em seu campo de atuação, assim como um olhar
diferenciado por parte da Psicologia no desenvolvimento do ser humano.
Cabe lembrar que a aprendizagem não é um processo próprio da escola. O ser humano aprende desde o
momento de seu nascimento até sua morte. Por essa razão, estuda-se de que forma as capacidades cognitivas
se organizam para alcançar o aprendizado no sentido “ e “ da palavra.lato” strictu”
Desta feita, iremos abordar as teorias conforme uma classificação que as divide em: Teorias maturacionais,
Teorias comportamentalistas, Teorias de campo, Teorias psicanalíticas e neopsicanalíticas, Teorias
fenomenológicas e humanistas e, por fim, Teorias psicogenéticas.
- -15
3.1 Teorias maturacionais
As contribuições desse grupo de teóricos, como Arnold Gesell Francis Galton, Cattell, Stanley Hall e Alfred Binet,
ocorrem por volta dos anos 30, 40 e 50.
Eles defendiam que as características de qualquer organismo vivo já estariam programadas na própria
constituição genética, nos seus processos biológicos propriamente ditos, ou melhor, tanto o desenvolvimento
quanto a aprendizagem são frutos de determinantes genéticos e maturacionais. Por conta de sua característica,
seu maior legado foram seus estudos normativos, apresentando o ritmo e a previsibilidade das ações do 
.desenvolvimento infantil
Gesell, psicólogo, filósofo e pediatra americano, mostra-se um pioneiro dessa teoria e seu interesse no
desenvolvimento infantil iniciou com o tratamento de crianças com deficiências e, para compreendê-las,
precisava estudar a evolução de crianças normais.
Para ele, existe uma continuidade de etapas que estão relacionadas à idade e com comportamentos típicos de
cada faixa etária. Defendia que as são reproduções de todo o desenvolvimento da espéciefases da infância
humana. Sua teoria foi muito influenciada pelas teorias evolucionistas, muito populares na época, e um debate,
no início do século XX, sobre a dualidade Aprendido Inatoversus .
Por conta de seus princípios, o processo de maturação poderia ser aprimorado dentro de um ambiente
cuidadosamente delineado. Estimulava os pais a deixarem as crianças desenvolverem-se sozinhas, sem ajuda.
Isso porque tinha a crença de que ações como falar, brincar e raciocinar surgiriam com a maturidade da idade.
Gesell é responsável pela produção de escalas de desenvolvimento e estas dividiam-se em quatro dimensões:
motora, verbal, adaptativa e social, todas relacionadas à teoria da maturação. Ele utilizava muitos recursos
tecnológicos (câmeras, vídeos etc.) nos seus estudos e seu principal instrumento foi o ,espelho unidirecional
que se Astornou uma câmara de observação. Eram duas salas separadas por um espelho unidirecional.
pessoas de uma das salas são refletidas no espelho enquanto as outras pessoas na outra sala podem ver o que
está acontecendo sem serem vistas. Assim, os comportamentos podem surgir de forma espontânea e natural.
Essa câmera ainda é empregada como um método de pesquisa e estudo e é conhecida como Câmera Gesell. Sua
influência, de que há um tipo de programação no desenvolvimento infantil, continua presente em várias rodas de
debate.
- -16
3.2 Teorias comportamentalistas
Tendo o como base epistemológica, as teorias comportamentalistas defendem que todoempirismo
conhecimento provém da experiência, propondo um ideal de objetividade, que rompe com conceitos tradicionais
da Psicologia, como a consciência e a alma.
Essa corrente baseia-se na crença de que o ser humano é uma e desde ao nascer o homem aprende“tabula rasa”
tudo, desde as capacidades mais elementares aos comportamentos mais complexos. As ideias são registradas a
partir de percepções e a inteligência é idealizada como uma faculdade capaz apenas de armazenar e acumular
conhecimento.
Como principais teóricos, temos John Watson, Thorndike, Skinner e outros que tinham como objeto de estudo o 
, que comportamento é observável, interpretado como um produto do ambiente, significando um conjunto de
reações a estímulos que, por conseguinte, podem ser medidos, previstos e controlados.
As primeiras sistematizaçõesdo controle do comportamento foram desempenhadas por Watson, que se apoia
nos trabalhos de Pavlov acerca do .processo de condicionamento
Para Thorndike, o padrão básico da aprendizagem seria uma resposta mecanicista às forças externas, estímulos
externos: .Resposta recompensada = aprendizagem realizada
Paralelo a essa teoria, temos Skinner que enfatizava o controle do comportamento através de quereforços 
ocorrem com a resposta dada ou após a mesma com o propósito de atingir metas específicas ou definir
comportamentos manifestos. Ele enfatiza sua ênfase no estímulo posterior ao estímulo inicial. Ou seja, o
posterior seria o reforço usado como recurso para a manutenção ou extinção de determinado comportamento.
Skinner defendia um sistema empírico com de experiências cotidianasconhecimentos adquiridos
provenientes de tentativas, erros e acertos e não a partir de uma estrutura teórica para conduzir uma pesquisa.
Para ele não havia um modelo pré-concebido de comportamento, seja fisiológico, mental ou conceitual.
Fique de olho
As experiências de Pavlov iniciaram-se com animais e apresentam características
interessantes para nosso conhecimento. Não é curioso usar os mesmos princípios para animais
e seres humanos? Aproveite e conheça um pouco mais no Filme “Ivan Pavlov”, de 1949, sob a
direção de Grigoryi Roshai.
- -17
Uma grande contribuição dessa escola é que ao possibilitar medições, avaliações quantitativas dos fenômenos do
ser humano (o comportamento), a “porta” da cientificidade foi aberta para a Psicologia, possibilitando que se
firmasse como .ciência
Muitas semelhanças ainda se encontram presentes na educação formal ou informal com o uso do reforço para se
alcançar resultados desejados. O aprofundamento dessa linha de análise oferece um modelo de aprendizagem
que facilitaria a resolução de vários problemas.
3.3. Teorias de campo
Essa escola apresenta um fundamento racionalista e idealista e tem como principais representantes Wertheimer
(1880-1943), Köhler (1887-1967), Koffka (1886-1941) e Kurt Lewin (1890-1947) que desenvolvem a 
 ou .Psicologia da Gestalt Psicologia da Forma
A proposição surge com o objetivo inicial de questionar a Psicologia Americana como reação a uma psicologia
que fraciona o comportamento em estímulo e resposta. Para eles, os comportamentos e as experiências não
podem ser divididos e, na verdade, o “todo é maior que a soma das partes”, sendo este um dos seus maiores
pressupostos.
Não acreditavam em um processo de adição e sim em uma “síntese integradora” que não corresponde a apenas
às partes constituintes. As pesquisas iniciam pela percepção e pela sensação do movimento. Encontravam-se
envolvidos na compreensão de processos que partiam de um estímulo físico, mas traziam informações diversas;
a ilusão de ótica, por exemplo.
A idiossincrasia era evitada no momento que buscavam descrever os fenômenos a partir da observação do
sujeito. Procuravam alcançar sem ter que utilizar o reducionismo das partes e éLeis Gerais Explicativas
exatamente através dessa universalidade que o discurso positivista considera como um estudo científico
verdadeiro. O ser humano é dotado de que determinam e condicionam todas as suasestruturas pré-formadas
experiências perceptuais em uma totalidade do ser.
Outro teórico importante é Kurt Lewin, um dos primeiros psicólogos a estudar as organizações, que também
acreditava que os comportamentos ocorrem no intercâmbio do indivíduo com o meio. Isso traz que cada sujeito
sintetiza suas experiências de formas diferentes, pois cada ser tem sua dinâmica interna particular.
O comportamento é o efeito de um conjunto de eventos que coexistem em uma determinada situação e essa
inter-relação cria um .campo dinâmico
Concluindo, a principal contribuição desse agrupamento teórico reside no fato de atribuir importância à
percepção no processo de conhecimento, enfatizando as , sejam a nível de maturação dediferenças individuais
funções cognitivas, sejam pela própria importância da significação de conteúdos e experiências
- -18
3.4 Teorias psicanalítícas e neopsicanalíticas
Tal qual as teorias vistas anteriormente, essa nova visão também possui uma base epistemológica que é a
dialética, fazendo uma composição entre o racionalismo e o empirismo. No entanto, uma grande diferença é que
a Psicanálise surge na clínica e não no academicismo. Seu fundador é Sigmund Freud, médico psiquiatra que foi
seguido por outros teóricos (Erikson, Spitz etc.), formando então as teorias .neopsicanalíticas
Freud, discordando da visão organicista da psiquiatria, almeja uma abordagem psicológica para as doenças
mentais e mesmo usando o modelo cartesiano da ciência se opunha aos racionalistas.
Na visão freudiana, o homem é extremamente comandado pelo inconsciente, a racionalidade (consciente) e
irracionalidade (inconsciente) não se opõem. São as bases dialéticas de um único processo: o da formação da
.personalidade
A estrutura teórica de Freud tem como grande relevância o resgate da subjetividade enquanto objeto de estudo
da Psicologia. Ocorre, então, a possibilidade de estudar a (dimensão humana essencial).subjetividade Sua
abordagem enfatiza os impulsos inconscientes e os seus efeitos sobre o nosso comportamento.
Em relação ao desenvolvimento humano, Freud considera que o desenvolvimento se baseia em uma criança que
precisa satisfazer uma série de necessidades em cada estágio evolutivo. Dessa feita, classifica o desenvolvimento
em uma série de etapas de acordo com a forma como a satisfação dessa série de necessidades é estabelecida e,
em todas, enfatiza a importância da .sexualidade
Sua contribuição direta para a aprendizagem encontra-se no papel da escola, que é auxiliar o aluno a equilibrar
suas exigências , e da instintivas (Id) proibitivas (Superego) realidade (Ego)
Assim, educar é procurar fazer com que as pessoas atuem e pensem de modo mais racional e mais prazeroso.
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3.5 Teorias fenomenológicas e humanistas
A composição das teorias fenomenológicas e humanistas não é precisa temporalmente, mas está vinculada ao 
 . criticismo de Kant Seus postulados preveem uma consciência a priori intencional, uma consciência
estabelecida na relação sujeito-objeto, em que o sujeito individual é a própria origem e fim do conhecimento. É
um sujeito que avança a partir de suas vivências e seus valores, os quais darão a possibilidade de seu bem-estar e
realização pessoal.
Para essas teorias, o indivíduo vive conforme sua apreensão da realidade do momento e não a partir de suas
questões biológicas ou de seu passado. Eles defendem uma aprendizagem significativa, raiz das teorias atuais de
Ausubell. Como representantes dessas teorias, citamos: Maslow (1972), Rogers (1975) e Comb (1975).
Para , por exemplo, havia uma hierarquia de necessidades, muito conhecida. Como teve a oportunidadeMaslow
de conhecer pesquisas realizadas com filhotes de macacos para estudar seus comportamentos, aproximou-se da
Psicologia. Assim, começou a se dedicar aos estudos da motivação do ser humano e suas necessidades.
Dentro desse ponto de vista, a contribuição para a educação concentra-se numa ,aprendizagem significativa
não reduzida a apenas um acúmulo de informações. Assim, o estudante a partir das informações poderá
reorganizá-las com mudanças expressivas de valores e atitudes em todos os aspectos particulares da vida
humana.
Para que isso aconteça, a aprendizagem deve partir do estudante dentro de seus interesses e o professor é um
facilitador desse processo. Sendo assim, a aprendizagem é a possibilidade de o ser humano visualizar seus
fenômenos e a si mesmo, trazendo suas .próprias estratégias de avanço
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3.6 Teorias psicogenéticas
Dando continuidade, as teorias psicogenéticas apresentam também uma base dialética, mas de forma diferente
das teorias psicanalíticas e neo-psicanalíticas.
A dialética encontra-se no , entendem que sujeito e objeto interagem em um processo queinteracionismo
constrói e reconstrói estruturascognitivas. Seus principais teóricos são Jean Piaget (1896-1980), Vygotsky
(1896-1934), Leontiev (1903-1979), Luria (1902-1977) e Wallon (1879-1962).
• Piaget
Para Piaget, a aprendizagem é construída passo a passo na proporção da organização das estruturas
mentais e cognitivas, de acordo com o desenvolvimento da inteligência, que para ele significava
adaptação. A organização seria um equilíbrio entre o ser e o meio ambiente, cuja interação resultaria nos
processos de assimilação e acomodação. A aquisição do conhecimento (assimilação) e sua interiorização
(acomodação) teria como resultado uma renovação interna. Esse mecanismo proporciona que não haja
uma ruptura entre o velho e o novo. O que surge é uma adaptação intelectual e o progresso das
estruturas cognitivas que ele nomeia como , que é comum a todos os estágios deequilibração
desenvolvimento criados por ele.
• Vygotsky
Vygotsky, também interacionista, aborda essa interação como uma experiência social mediada por
instrumentos e signos compatíveis com os conceitos do próprio sujeito. Para ele, a interação baseia-se na
linguagem e na ação em que “desafios” da vida surgem, estimulando o progresso constante da cognição e
estruturas emocionais. Alerta sobre a dificuldade dos desafios enfrentados, que para terem um resultado
de sucesso deve ser passível de superar e lança os conceitos de e . zona distal zona proximal Ele
defende que para haver crescimento, a periodicidade, a própria irregularidade no desenvolvimento, as
metamorfoses ou mudanças é o que entrelaça os fatores internos e externos e os processos adaptativos. 
Em tempo, cabe mencionar que Alexander Romanovich Luria realizou muitos trabalhos junto com
Vygotsky.
• Wallon
Já na abordagem interacionista de Wallon, a inteligência é genética e organicamente social, ou melhor, "o
ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se
•
•
•
- -21
atualizar" (WALLON apud CRUZ, 2014, p. 33). Dentro desse ponto de vista, o desenvolvimento cognitivo
é centrado na psicogênese da pessoa completa. Para Wallon, as fases do desenvolvimento são
descontínuas, com rupturas e retrocessos que modificam as estruturas anteriores de forma significativa.
Não há um desenvolvimento linear, mas sim uma reformulação de uma etapa a outra subsequente e que
é nesse momento que ocorrem as “crises” que afetam a conduta da criança. Ele fundamentou suas ideias
em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a , o , a afetividade movimento
e a do “eu” como pessoa.inteligência formação 
Outras teorias, como Montessori, Ausubel, Emilia Ferrero, Edgar Morin, Rubem Alves, Mario Sérgio Cortella,
continuam os estudos como uma demonstração de que a aprendizagem é um comprocesso dinâmico
modificações necessárias conforme o momento histórico e suas necessidades.
E, então, com qual delas você se identificou?
- -22
4 Articulações na compreensão do processo ensino-
aprendizagem
É notório que ocorram as mudanças da sociedade conforme o período histórico e, por conseguinte, o perfil dos
estudantes também se transforma.
Com o olhar claro e crítico, como articular permanentemente a teoria e a prática no trabalho docente?
Compreendendo a importância desse , seu início precisa ser instigado desde a formação dosexercício contínuo
educadores.
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4.1 Formação docente
Ao pensarmos na formação docente, devemos rever a vereda para essa formação que começa nas Escolas
, no nível da Educação Básica. Cabe ressaltar as ofertas do Nível Superior, levando em consideraçãoNormalistas
também as dos diversos cursos, em geral, e o curso de licenciatura como proposta formativa do profissional de
Educação.
Dentre as qualificações gerais, temos desde profissionais liberais até bacharéis caminhando para o campo da
Educação, ocupando um papel de educador e, muitos, sem nem a licenciatura. O que sabemos é que esses
profissionais têm como experiência educacional, até então, apenas a .qualidade de aluno
Tal atuação reflete como papel do professor aquele que apenas concebe e repassa conteúdos, uma prática
 da relação ensino-aprendizagem. Daí não ser incomum ouvir falas dos alunos que “este ou aqueletecnicista
professor é um excelente intelectual, porém não sabe dar aulas, não tem didática”.
Na condição dos avanços alcançados pelo desenvolvimento teórico da Educação, nesse cenário da realidade, ou
seja, na prática educativa, não há mais como se reduzir a profissão de professor a apenas a transmissão de seus
conteúdos e técnicas. Há necessidade da retomada do significado do saber escolar no diálogo com o saber dos
alunos, com a realidade material em que as se produzem.práticas sociais
Segundo Mizukami (2002), aprender a ser professor não é uma tarefa que seja concluída após estudos deet al.
um conjunto de conteúdos e técnicas para transferência deles a outrem. Atualmente, esse modelo de
racionalidade técnica não corresponde e não dá conta à formação docente. Há de se investir numa racionalidade
prática, em que a aprendizagem aconteça ao redor de que, de fato, são complexas e detentorassituações reais
de problemáticas particulares.
Figura 1 - Professor ensinando e incentivando a pesquisa
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Figura 1 - Professor ensinando e incentivando a pesquisa
Fonte: skynesher, iStock, 2020.
#PraCegoVer: A imagem mostra um professor e dois alunos em uma bancada com um notebook aberto. O
professor está ensinando algo para os alunos e eles prestam atenção.
Ainda na questão da formação docente, estreitar o relacionamento do ensino com a pesquisa é uma condição
extraordinária para superar a dicotomia teoria/prática. Seriam os professores pesquisadores se preocupando
em fazer ligações entre a pesquisa que realizam e os conteúdos das disciplinas que ministram na graduação. No
entanto, ter clareza sobre as particularidades de cada atividade proporciona a identificação do que é desenvolver
um projeto de pesquisa adequado para orientar projetos de alunos de graduação e de pós-graduação. A pesquisa
do aluno na sua formação não deve ser confundida com a pesquisa de docente.
Sendo sustentada pelo referencial teórico do paradigma científico emergente, as experiências inovadoras
adotadas no processo de formação dos profissionais propõem a busca da investigação, da problematização das
informações, tendo o como principal indicador para balizar essas inovações.ensino com pesquisa
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4.2 Articulações e cenários atuais
No século XX, mudanças apressadas e decisivas levaram a humanidade a viver um processo de importantes
mutações nos mais diferentes setores. Nessas primeiras décadas do século XXI, as transformações continuam
conduzindo os processos culturais, econômicos, tecnológicos ao que denominamos .globalização
Retomando que a função primeira da instituição escolar é garantir que os alunos se apropriem dos
conhecimentos produzidos pela humanidade, eles deverão estar traduzidos em conteúdos escolares. No que se
refere à natureza e especificidade da educação, Saviani (2010) salienta que esta é um fenômeno específico dos
seres humanos. Ainda sobre essa especificidade da Educação, o autor afirma:
(...) dizer que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos significa afirmar que ela é, ao
mesmo tempo, uma exigência de e para o processo de trabalho, bem como é, ela própria, um
processo de trabalho. (SAVIANI, 2010, p. 11)
Assim, sendo um processo do ser humano e de sua filogênese, acompanhar as mudanças é uma condição
indispensável para o processo educativo. O papel da escola precisa ser repensado atendendo às questões
relativas ao . O ensino reunido de forma fragmentada, que reforça a importância daensino-aprendizagem
memorização, bem como padrões de normas, não atenderá de forma satisfatória às exigências desse novo
paradigma.
Antes de tudo, é forçoso lembrar que quando as instituições educacionais foram criadas, o contexto era bastante
diferente do que temos atualmente. Essa requer uma nova forma de pensar e agir paralidar com anova era
velocidade e a abrangência de informações, assim como o dinamismo do próprio conhecimento. A organização
do tempo e espaço e a diversidade de possibilidades exige um novo posicionamento crítico e reflexivo do sujeito
ao realizar suas ações com novas prioridades de escolha.
Com tanta concorrência digital, o desenvolvimento de estratégias criativas e de novas aprendizagens caminha
para alcançar a melhor forma de ensinar. Como propiciar aos alunos o desenvolvimento de competências para
lidar com as características da sociedade atual? Como enfatizar a autonomia e a disciplina do aluno para buscar
novas compreensões através da produção de ideias e ações criativas e colaborativas?
Fique de olho
As tecnologias digitais estão se promovendo e se desenvolvendo com várias possibilidades.
Com essas inovações, o professor também precisa se atualizar para utilizar as tecnologias
educacionais a seu favor e a favor do seu estudante. Você conhece o Google Acadêmico? O
YouTube Edu? E o Google Classroom? Faço o convite para que explore essas ferramentas e se
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Com uma tarefa tão inusitada, mais uma vez o envolvimento do aluno no processo de aprendizagem é
fundamental e para obter os resultados exitosos, a escola deve propiciar ao aluno e sentido funcionalidade
naquilo que compõe o foco dos estudos na sala de aula.
Em suma, a profissão docente não é apenas um saber isolado e um fazer desconectado de ações de naturezas
distintas organizadas em momentos separados, mas sim um cujo embasamento seja“know-how” (saber-fazer),
um conhecimento e seu ponto forte seja a educativa.performance
Assista aí
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/e3b116921e40ff765ce341be20f63136
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender a história da filosofia, bem como sua relação com a educação;
• identificar as necessidades da educação com base na filosofia;
• conhecer as práticas pedagógicas e sua historicidade;
• analisar as concepções de aprendizagens nas teorias psicológicas;
• perceber a importância da formação docente para o processo de ensino-aprendizagem;
• compreender as articulações e os cenários atuais da educação.
Referências
ARANHA, M. L. de A. . 2. ed. São Paulo: Moderna, 1996.Filosofia da Educação
BELLO, R. de A. . Rio de janeiro - Porto Alegre - São Paulo: Globo, 1969.Filosofia Pedagógica
CHAUÍ, M. . 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.Convite à Filosofia
CRUZ, E. . Estudo de caso. 2014.A frase certa
YouTube Edu? E o Google Classroom? Faço o convite para que explore essas ferramentas e se
contagie a aprender mais.
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FREIRE, P. . Rio de Janeiro, Paz e Terra,Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa
1997.
LURIA, A. R. . : Bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolvimento. v. 1. 2. ed.et al Psicologia e pedagogia
Lisboa: Estampa, 1991. p. 121-142.
MIZUKAMI, M. G. N. : processos de investigação e formação. Sãoet al. Escola e aprendizagem da docência
Carlos: EdUFScar, 2002.
PIAGET, J. . Rio de Janeiro: Zahar, 1976.A equilibração das estruturas cognitivas
PIAGET, J. . São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1969.Sabedoria e ilusões da Filosofia
PIAGET, J. . Rio de Janeiro Editora Forense Universitária 1989.Seis Estudos de Psicologia
PIMENTA, J. et al. : Experiências e Pesquisas. 2005.Docência, Formação e Práticas Pedagógicas
SACRISTÁN, J. . Porto Alegre: Artmed, 1999.Poderes instáveis em educação
SAVIANI, D. : Conversa com Paulo Freire e Adriano Nogueira e 30 entrevistas sobreInterlocuções pedagógicas
educação. Campinas: Autores Associados, 2010. 
VIGOTSKI, L. S. . São Paulo: Martins Fontes, 2000.A construção do pensamento e da linguagem
VYGOTSKY, L. S. . São Paulo: M. Fontes, 1984.A formação social da mente
	Olá!
	1 Filosofia da educação
	1.1 Filosofia e história
	Pilar 1
	Pilar 2
	Pilar 3
	Pilar 4
	Assista aí
	1.2 Filosofia: necessidade da educação
	2 Educação, escola e práticas pedagógicas
	2.1 Prática pedagógica e historicidade
	2.2 Prática pedagógica e teoria
	Assista aí
	3 Concepções de aprendizagem nas teorias psicológicas
	3.1 Teorias maturacionais
	3.2 Teorias comportamentalistas
	3.3. Teorias de campo
	3.4 Teorias psicanalítícas e neopsicanalíticas
	3.5 Teorias fenomenológicas e humanistas
	3.6 Teorias psicogenéticas
	Piaget
	Vygotsky
	Wallon
	4 Articulações na compreensão do processo ensino-aprendizagem
	4.1 Formação docente
	4.2 Articulações e cenários atuais
	Assista aí
	é isso Aí!
	Referências

Outros materiais