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Trauma Raquimedular O Trauma Raquimedular (TRM) constitui o conjunto de alterações, temporárias ou permanentes, nas funções motora, sensitiva ou autonômica, consequentes à ação de agentes físicos sobre a coluna vertebral e os elementos do sistema nervoso nela contidos. O acometimento da coluna cervical acontece em 2/3 dos pacientes com TRM e frequentemente apresentam lesões simultâneas, como trauma torácico, abdominal e lesões vasculares do sistema vértebro-carotídeo. O tratamento do doente vítima de TRM inicia-se na abordagem inicial do paciente politraumatizado, segundo especificações do ATLS , tomando- se os cuidados necessários quanto a imobilização da coluna a fim de se evitar a progressão ou mesmo o surgimento de lesões neurológicas. Após a estabilização do paciente e realização diagnóstica de TRM com exame físico e exames secundários de imagem como Rx, TC ou RM cervical, deve-se proceder a estabilização da lesão cervical, geralmente com o uso de tração em halo craniano, até a programação do tratamento definitivo, que geralmente consiste na redução cruenta da fratura e fixação interna da mesma Caso o paciente tenha sido atendido nas primeias 8 horas após o trauma deverá ser instituído a corticoterapia, salvo os pacientes com contra-indicações, segundo protocolo, a fim de evitar possíveis lesões secundárias à medula Nas últimas duas décadas, várias pesquisas vem sendo realizadas na tentativa de obter-se um tratamento mais efetivo para a lesão medular espinal. Todas essas pesquisas envolvem basicamente quatro formas de abordagem do paciente com lesão medular aguda: a cirúrgica, a farmacológica, a biológica e a por meios físicos. O tratamento cirúrgico tem se beneficiado muito das inovações tecnológicas que propõem cada vez mais técnicas mais rápidas, seguras e com maior poder de estabilização da lesão óssea.O tratamento farmacológico restringe-se a corticoterapia a fim de evitar lesões secundárias, porém novas drogas estão sendo testadas e poderão ser introduzidas num futuro próximo O tratamento biológico consiste na maior esperança para o lesado medular, a expectativa de que o uso de células tronco possa proporcionar uma restauração da via neurológica acometida no trauma, vem estimulando diversas pesquisas nesta direção, entretanto ainda estamos em fase inicial desta metodologia.Já a terapia por meios físicos, como a câmara hiperbárica, não demonstrou benefícios nos ensaios animais