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Aulas 01 a 10 do Conteúdo Online

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02/06/2018 Disciplina Portal
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Fundamentos de Economia
Aula 1 - Conceitos básicos
INTRODUÇÃO
Diariamente, temos que fazer escolhas do que comprar, do que abrir mão de comprar em detrimento de outro bem ou
um plano futuro, en�m...tomamos decisões a todo momento nas nossas vidas. As escolhas fazem parte e elas
também compõem o cerne da Economia.
Tanto indivíduos como a sociedade precisam tomar uma série de decisões econômicas, de forma a conciliar o uso dos
recursos escassos com as in�nitas necessidades e desejos. É importante estudar Economia para entender o mundo
que nos cerca e as escolhas necessárias que fazemos e perceber o objeto do estudo da Economia.
OBJETIVOS
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Reconhecer a importância do estudo da Economia.
Analisar as questões econômicas fundamentais.
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TEMPOS MODERNOS: UMA BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO
A todo o momento somos “bombardeados” por questões econômicas nos jornais, na televisão e nas redes.
Questões como aumento de preços, desemprego, comportamento das taxas de juros, dé�cit governamental,
vulnerabilidade externa, período de crise econômica ou de crescimento dentre outros, são temas que fazem parte da
nossa rotina e são discutidos por cidadãos comuns.
Outras questões que a Economia estuda e que afetam o consumidor, assalariado, empresário etc.:
Fonte da Imagem:
Como controlar a in�ação?
Como fazer a Economia crescer mais?
O que foi a crise econômica mundial? Ela já acabou?
Qual o problema do aumento da importação de produtos chineses?
Por que os impostos são tão altos no Brasil?
O que é uma reforma �scal?
Por que a renda no Brasil é muito concentrada?
O estudo da Economia nos ajuda a despertar o interesse
por esses assuntos e a tentar formular respostas para
essas e outras perguntas.
A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR ECONOMIA
O conhecimento de Economia é muito útil no dia a dia. É tão útil, que vários desses dados você já tem e não se deu
conta disso.
Por exemplo:
Seu time de futebol, que tem uma grande torcida, vai ter um jogo decisivo no sábado.
Você vai deixar para comprar o ingresso, no próprio sábado um pouco antes da partida?
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Claro que não! Pois, nesse caso, você vai comprar de cambista e pagar muito caro.
O cambista vende caro porque, a essa altura, não há mais ingressos disponíveis nas bilheterias, mas ainda tem
pessoas querendo comprar. Dito de outra forma:
Os cambistas sabem disso e por isso vendem caro. Se você entende a lógica de situações desse tipo, você conhece os
princípios básicos da chamada lei da oferta e da demanda.
Foi a “escola da vida” que te ensinou, não foi um curso de Economia.
Ensinou, e você aprendeu, por que é algo útil no dia a dia. 
Mas a “escola da vida” não ensina tudo, caso contrário ninguém estudaria, nem faria faculdade.
Vejamos agora um tipo de situação em que o conhecimento de Economia é importante.
Suponha que você queira comprar uma televisão nova e existam duas opções, a vista ou em 24 vezes com juros de 2%
ao mês, mas com uma prestação baixa. Suponha também que a in�ação seja de 0,5% ao mês e a caderneta de
poupança renda 0,6% ao mês. Por qual opção de pagamento você optaria? Justi�que.
Resposta Correta
O OBJETO DE ESTUDO DA ECONOMIA
Mas o que trata a Economia? 
Qual o objeto de estudo da Economia?
A de�nição mais conhecida de Economia é:
Uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade escolhem empregar
recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre
as várias pessoas e os grupos da sociedade, a �m de satisfazer as necessidades humanas
da melhor maneira possível.
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(BRAGA; VASCONCELLOS, 2011)
Nessa de�nição, temos vários conceitos importantes: recursos produtivos, escolha, escassez, necessidades,
distribuição.
Para satisfazer o maior número dessas necessidades, a sociedade conta com recursos ou fatores de produção como:
Esses recursos, no entanto, são bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades podem simultaneamente ser
satisfeitas.
DESEJOS DE CONSUMO DA SOCIEDADE
Como já foi dito, o objetivo principal da atividade econômica é o de atender as necessidades humanas. Hoje, pelos
novos conceitos e realidades, pode-se ampliar esse entendimento para as necessidades do planeta (sustentabilidade).
Objetivando apenas em nós, seres humanos, as necessidades representam os desejos de consumo da sociedade.
Observa-se que são ilimitadas e diversi�cadas. De um modo geral, quando as necessidades básicas (alimentação,
moradia, vestuário) são atendidas, o indivíduo passa a ter outras como educação, lazer, melhoria do seu padrão de vida
(maior casa, melhores roupas, automóvel etc.).
Uma vez atendidas plenamente as necessidades ditas materiais, o indivíduo passa a sentir outro tipo de necessidade: a
estima dos amigos, o reconhecimento e a aceitação do grupo social que frequenta, necessidade de status e assim por
diante.
A de�nição de Economia sugere que existem dois lados a serem conciliados.
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É fato que toda ciência possui sua própria terminologia, e a Ciência Econômica não é diferente. Por esse motivo, para
que você já possa ir se familiarizando e conseguindo mais facilidade nas leituras dos textos, clique aqui (glossário)
para conhecer alguns dos conceitos mais frequentes encontrados na literatura econômica.
AS QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS, ESCASSEZ E
NECESSIDADES
A escassez dos recursos ou fatores de produção e as necessidades ilimitadas da sociedade geram os chamados
“problemas econômicos fundamentais”:
Como já foi dito, essas questões só existem porque há escassez e necessidades a serem atendidas.
Fonte da Imagem:
Estamos tratando aqui apenas dos bens econômicos, que são aqueles que são relativamente escassos e precisam ser
produzidos e, portanto, não são abundantes e oferecidos gratuitamente pela natureza, como é o caso dos bens livres
(ex.: ar, água, luz solar etc.) As necessidades vão de�nir o tamanho do mercado consumidor de um produto.”
(VASCONCELLOS, M. S. & GARCIA , M. H. 2010, p. 3)
O modo como as sociedades tentam resolver os problemas econômicos fundamentais dependendo da forma que cada
país organiza sua economia, ou seja, do sistema econômico.
Um sistema econômico pode ser de�nido da seguinte maneira:
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Forma política, social e econômica pela qual está organizada a sociedade. É um particular
sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços
que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e no bem-estar.
(VASCONCELLOS, M. S. & GARCIA , M. H. 2010, p. 3)
GRUPOS DE SISTEMAS ECONÔMICOS
De forma geral, os sistemas econômicos podem ser classi�cados em dois grandes grupos. Nos dois sistemas,
ocorrem as trocas econômicas que são vantajosaspara os agentes econômicos perante a escassez de recursos
porque possibilitam a divisão e a especialização da produção, da distribuição, da comercialização e do consumo em
uma organização econômica.
Sistema econômico centralizado ou plani�cado
Organizado diretamente por uma agência de Estado, onde todo e qualquer planejamento das condições econômicas
está vinculado diretamente pelas decisões desta entidade e onde os meios de produção pertencem, de uma maneira
geral, a ela.
Sistema econômico capitalista ou de mercado
O funcionamento da economia é regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade
privada dos fatores de produção.
ATIVIDADE
Chegou a hora de colocar, em prática, os conhecimentos adquiridos na nossa aula.
1 - A partir do conceito de Economia, compreende-se que:
Fatores produtivos geram necessidades humanas.
Processos produtivos satisfazem necessidades humanas.
Produtos geram necessidades humanas.
Produtos satisfazem necessidades humanas.
Necessidades humanas geram produtos.
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Justi�cativa
2 - Utilizando o conceito de Economia, assinale a opção correta:
Em qualquer sociedade, os recursos ou os fatores de produção são limitados e as necessidades humanas são ilimitadas e
sempre se renovam.
Em algumas sociedades não existe escassez de recursos ou fatores de produção, todos eles são abundantes.
Algumas sociedades possuem necessidades limitadas, ou seja, todas as necessidades da coletividade estão satisfeitas.
Existem sociedades aonde a escolha entre alternativas de produção não são necessárias, visto que os recursos de produção
não são escassos.
Não há necessidade de distribuir os resultados da atividade produtiva entre os vários grupos da sociedade, pois nem todos
possuem necessidades.
Justi�cativa
3 - A razão de ser da Ciência Econômica resulta da principal característica dos fatores de produção. Esta característica,
por sua vez, consiste no fato de eles serem:
ilimitados
versáteis
escassos
e�cientes
valorizados
Justi�cativa
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Glossário
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Fundamentos de Economia
Aula 2 - Fatores de Produção e Agentes
Econômicos
INTRODUÇÃO
Pela existência da escassez dos fatores ou recursos de produção, a produção total de um país tem um limite
máximo, ou seja, há uma produção potencial quando todos os recursos disponíveis estão empregados. Precisamos
de um modelo que de forma simpli�cada, mas su�cientemente exata, represente esses dilemas na alocação de
recursos, incorporando, necessariamente as noções de e�ciência e de crescimento em um sentido econômico.
A curva de possibilidades de produção é que nos permite conhecer e operar, em bases simpli�cadas, um modelo
que retrate essas condições, e o custo de oportunidade, ou custo da escolha, ou custo alternativo.
Para entender o funcionamento do sistema econômico há necessidade de analisar os �uxos reais e monetários
assim como os agentes econômicos e os fatores de produção.
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OBJETIVOS
Conceituar fatores de produção e agentes econômicos.
Reconhecer os conceitos de curva de possibilidade de produção e custo de oportunidade.
Identi�car o �uxo circular de renda e produção.
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FATORES OU RECURSOS DE PRODUÇÃO
Na primeira aula, abordamos super�cialmente o conceito de fatores de produção. Agora, chegou o momento de nos
determos um pouco mais sobre esse tema. Como vimos, consideram-se fatores de produção os meios disponíveis
para se gerar os produtos que a sociedade necessita.
Sua principal característica é a escassez, no sentido de
que, na maioria das vezes, são limitados em quantidade.
Esse é, sem dúvida, o cerne da questão econômica: a
escassez dos fatores de produção.
Outra característica é a versatilidade, signi�cando que um mesmo fator de produção possui a capacidade de poder
ser utilizado em vários processos produtivos. Isso �ca demonstrado, por exemplo, ao observarmos que um mesmo
trator pode ser utilizado...
Veja os cinco fatores de produção e as características de cada um deles:
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Vimos, na aula anterior, que a Economia é uma ciência que lida com escolhas, pois devemos decidir quais desejos
serão atendidos com a utilização de quais recursos.
Sempre que escolhemos produzir determinado bem devemos abrir mão de recursos que poderiam ser empregados
na produção de outros bens, signi�cando o custo de oportunidade na produção de um bem.
CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
     
Deslocamento “para fora”
O custo de oportunidade não é o ganho relativo a uma escolha, nem ao custo da produção do que foi escolhido,
mas corresponde ao que se deixou de ter ou ao sacrifício do que se deixou de produzir ao se fazer determinada
escolha.
Esse dilema nas escolhas é representado pela Curva de
Possibilidades de Produção (ou Curva de Transformação
da Produção). A curva é um bom exemplo de um modelo
utilizado para, de forma simpli�cada, representar a
realidade. Essa curva, que é uma representação
simpli�cada de uma economia, é sempre côncava e, em
cada eixo, há um produto.
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Vejamos:
Curva de Possibilidades de Produção – Máquinas e Alimentos
A área delimitada pela curva é a de possibilidades de produção para aquela economia em relação aos dois
produtos, que são os únicos produzidos, no caso alimentos (em toneladas) e máquinas (quantidade).
Isso signi�ca que qualquer ponto além da curva é impossível de ser alcançado. A produção máxima é alcançada
quando a economia está em algum ponto da borda da curva. Esse é seu limite, o limite das possibilidades de
produção.
Havendo maior produtividade ou disponibilidade de fatores a curva se desloca para a direita (“para fora”).
     
Deslocamento “para dentro”
Havendo menor produtividade ou disponibilidade, o deslocamento é para a esquerda (“para dentro”).
Deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção
A curva expressa o dilema clássico da Economia. Não há recursos para se produzir tudo o que se deseja e é
necessário fazer escolhas. Sempre para se produzir mais de um produto é necessário se produzir menos de outro,
até a situação limite em que toda a capacidade produtiva da economia está voltada para a produção de apenas um
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produto.
EXEMPLO
No exemplo a seguir, 9 é a quantidade máxima que pode-se produzir de máquinas, e 3 toneladas o máximo de
alimentos.
Suponha que se esteja no ponto A (8 máquinas e 1 tonelada de alimentos) e se passe para o ponto B (5 máquinas e
2 toneladas de alimentos). Nesse caso, a produção de alimentos aumentou, de 1 tonelada para 2 toneladas, mas em
compensação a produção de máquinas caiu de 8 para 5.
Para se produzir 1 tonelada a mais de alimentos foi necessário abrir mão de 3 máquinas. Essas 3 máquinas que
deixaramde ser produzidas representam o custo de oportunidade. Portanto, custo de oportunidade é o que abre
mão ao se fazer uma escolha. É o custo de uma escolha.
Note que o ponto D é impossível de ser atingido. Esse não é o caso do ponto C. Esse último ponto representa uma
situação em que está produzindo menos do que se poderia, pois estamos dentro da curva e não na sua borda.
No ponto C estamos produzindo 1 tonelada de alimento, mas apenas 5 máquinas, quando poderíamos produzir 8.
Isso ocorre porque, por algum motivo, não estamos utilizando todos os recursos que temos, e, portanto, estamos
com recursos ociosos. Um exemplo seria a situação de desemprego. Parte da mão de obra não está trabalhando, e
por isso a produção é menor do que poderia ser.
FLUXO CIRCULAR DE RENDA E PRODUÇÃO
A contrapartida da utilização dos fatores de produção no processo produtivo é sua remuneração. No caso do
trabalho, a contrapartida são os salários, e no caso do capital são os lucros.
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Fonte:
Supondo-se uma economia onde existam apenas famílias e empresas, os proprietários dos fatores de produção são
as famílias, que emprestam esses fatores produtivos às empresas, para que elas viabilizem a produção de bens. Os
agentes econômicos são, portanto, as famílias e as empresas, que são as entidades que propiciam o processo
produtivo.
As famílias e as empresas interagem em dois mercados, o de fatores e o de produtos.
No mercado de fatores as famílias emprestam capital e trabalho para as empresas utilizarem na produção em troca
de uma remuneração, no caso salários e lucros/dividendos. O valor da remuneração é negociado entre as partes.
No mercado de produtos as empresas vendem seus produtos às famílias que para comprá-los utilizam a renda
obtida no mercado de fatores. Portanto, os dois mercados estão interligados como mostra a �gura do �uxo circular.
Essa vinculação dos mercados mostra que pagar baixos salários — se por um lado diminui o custo de produção das
empresas — por outro diminui seu mercado consumidor, pois as famílias �cam com menos dinheiro para gastar.
Essas relações estão sintetizadas no �uxo circular, que mostra como para cada �uxo real, há uma contrapartida
monetária. A�nal, a economia trata de acompanhar transações que ocorrem em valores em moeda.
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Glossário
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Fundamentos de Economia
Aula 3 - História do Pensamento Econômico
INTRODUÇÃO
Para entender as discussões acadêmicas sobre a economia atual temos que nos debruçar no que já foi escrito e
estudado. A evolução sumária da Economia, ao longo dos tempos, faz-se necessária para o entendimento das teorias e
pressupostos atuais.
Outro objetivo dessa aula é diferenciar o sistema econômico capitalista do socialista e destacar como a Economia se
divide de forma didática para seu estudo. Nas próximas aulas, inclusive, vamos trabalhar sumariamente com essas
divisões: Microeconomia e Macroeconomia.
Por �m, vamos fazer uma contextualização da Ciência Econômica e, principalmente, da sua relação com as diferentes
pro�ssões.
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OBJETIVOS
Reconhecer a História da Ciência Econômica: evolução e principais referências.
Analisar os principais componentes de uma economia de mercado.
Distinguir economia de planejamento central versus economia de mercado.
Estudar os ramos da Economia e a relação das demais ciências e áreas de conhecimento com a Ciência Econômica.
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HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Há um consenso em que a teoria econômica foi sistematizada, em 1776, com Adam Smith.
Mas como era tratada a economia nos períodos anteriores?
Na antiguidade, a atividade econômica era tratada como parte da Filoso�a, Moral e Ética.
No século XVI, podemos destacar o mercantilismo, com as preocupações sobre a acumulação de riquezas de uma
nação pela quantidade de metais preciosos que a nação possuía.
E, no século XVII, a �siocracia, com a ideia da sustentação da economia regida pela lei natural.
Mas foi Adam Smith (glossário) que conseguiu sintetizar, estabelecer um corpo teórico próprio.
     
Escola clássica
A Economia, como uma ciência especí�ca, nasce com os economistas clássicos. Para eles, o liberalismo e o
individualismo estavam associados ao bem comum: o homem, ao maximizar sua satisfação pessoal, como o mínimo
de esforço, estaria contribuindo para o máximo do bem-estar social.
Vamos destacar alguns pensadores da Escola Clássica:
ADAM SMITH (1723 – 1790)
Mas por que a costureira e o padeiro agem dessa forma?
Por existir a pressão da concorrência e porque querem ser bem-sucedidos e ter lucro.
O interessante, na teoria de Smith, é que os agentes econômicos não possuem plano prévio ou orientação externa, é a
mão invisível! Ou seja, se cada um procurar fazer o melhor, chega-se a uma situação que é a melhor para a sociedade.
A ideia de Smith era a menor intervenção do governo na economia, mas não uma ausência de governo. O governo tinha
um papel importante, por exemplo, nas áreas sociais e de infraestrutura.
Outro ponto a ser destacado é a divisão do trabalho. Ela traz a especialização, uma maior produção por trabalhador
(maior produtividade) e, consequentemente, o barateamento do produto, pois se produz mais com o mesmo número de
trabalhadores.
O crescimento do mercado é o que impulsiona a especialização.
DAVID RICARDO (1772 – 1823)
Quantidade de homens/hora para a produção de uma unidade de mercadoria
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Em termos absolutos, Portugal é mais produtivo em ambas as mercadorias. Mas, em termos relativos, o custo de
produção de tecidos, em Portugal, é maior que o da produção de vinho; e, na Inglaterra, o custo da produção de vinho é
maior que o da produção de tecidos.
Comparativamente, Portugal tem vantagem relativa na produção de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos.
     
A Economia Neoclássica
Podemos destacar como o principal economista da corrente neoclássica, Alfred Marshall.
ALFRED MARSHALL (1842-1924)
     
Escola keynesiana
O destaque é para John Maynard Keynes, citado como o criador da Macroeconomia.
JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946)
DIVISÕES DA ECONOMIA
Ao tratar como as pessoas físicas e jurídicas (e a sociedade) decidem empregar recursos produtivos escassos na
produção de bens e serviços, a Economia pode fazer isso basicamente através de duas metodologias ou divisões de
análise.
Microeconomia Analisa o comportamento individual das unidadeseconômicas.
Macroeconomia
Analisa o funcionamento da Economia como um todo,
de um país. Realiza uma visão simplificada e abstrata
da Economia.
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SISTEMA ECONÔMICO DE MERCADO CAPITALISTA X SISTEMA
ECONÔMICO CENTRALIZADO OU PLANIFICADO
De forma geral, os sistemas econômicos podem ser classi�cados em dois grandes grupos:
Sistema econômicocapitalista ou de mercado
O funcionamento da economia é regido pelas forças de mercado, predominando a livre-iniciativa e a propriedade
privada dos fatores de produção.
Sistema econômico centralizado ou plani�cado
Organizado diretamente por uma agência de Estado, onde todo e qualquer planejamento das condições econômicas
está vinculado diretamente às decisões desta entidade e onde os meios de produção pertencem, de uma maneira
geral, a ela.
Nos dois sistemas, ocorrem as trocas econômicas. As trocas econômicas são vantajosas para os agentes econômicos
perante a escassez de recursos porque possibilitam a divisão e especialização da produção, da distribuição, da
comercialização e do consumo em uma organização econômica.
A ECONOMIA E SUA RELAÇÃO COM AS DIFERENTES PROFISSÕES
Fonte da Imagem:
Os gestores e os contadores precisam de conhecimentos econômicos para obter uma visão do mercado onde atuam,
assim como o país e o mundo.
Fonte da Imagem:
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No âmbito do Direito, algumas leis têm implicações econômicas, como na área da concorrência e da defesa do
consumidor. Além da ligação estreita com o Direito Comercial.
Fonte da Imagem:
A relação com Economia é também muito estreita nas áreas de Publicidade, Propaganda e Marketing, pois são
necessários estudos de mercado, captação de recursos, preferências dos consumidores.
Fonte da Imagem:
As questões que envolvem a Geogra�a determinaram as decisões de produção, da localização de portos, a Economia
do meio ambiente, dentre outras.
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Fonte da Imagem:
O curso de História é uma das bases do estudo da Economia. Não é possível entender uma sem a outra.
Glossário
ADAM SMITH
Com a publicação da Riqueza das nações , em 1776, ele estabeleceu as bases cientí�cas da teoria econômica moderna. Ao
contrário dos mercantilistas e �siocratas que acreditavam serem os metais preciosos e a terra, respectivamente, os geradores da
riqueza nacional, para Adam Smith a riqueza da nação é dada pelo trabalho produtivo.
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Fundamentos de Economia
Aula 4 - Abordagem Microeconômica – Análise
de Mercado
INTRODUÇÃO
O estudo da Economia se divide em dois grandes ramos, como já foi visto: a Microeconomia e a Macroeconomia.
Nesta aula, vamos dar início à abordagem microeconômica, ou seja, analisar como a oferta e a demanda interagem e
estabelecem o equilíbrio de mercado.Par a análise de mercado, vamos apresentar os conceitos de oferta, demanda e
equilíbrio. Ou seja, o comportamento daqueles que querem adquirir bens e serviços e daqueles que querem vender
bens e serviços em busca de um ponto de equilíbrio.Vamos contextualizar as decisões de consumo da sociedade e os
seus re�exos no mercado de bens e serviços, e como o estado pode alterar esse equilíbrio com impostos, políticas de
subsídios e tabelamento de preços.
OBJETIVOS
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De�nir os conceitos de demanda, oferta e equilíbrio de mercado.
Analisar a interferência do Estado no equilíbrio de mercado.
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O que é mercado?
O mercado é o local onde atuam as forças de demanda e oferta em busca de um equilíbrio.
As trocas econômicas são realizadas nos mercados interno e externo. Nestes mercados, atuam conjuntamente as
forças da demanda e da oferta por mercadorias ou produtos.
Então, os preços dos produtos podem ser de�nidos em função da quantidade de reais (R$) necessários para obter em
troca de uma determinada quantidade de mercadorias. Fixando preços para todos os produtos, o mercado permite a
coordenação dos compradores e dos vendedores, assegurando a viabilidade do sistema capitalista por meio do
chamado livre jogo da oferta e demanda.
A Microeconomia utiliza a hipótese de “tudo mais
constante” (coeteris paribus, em latim) na construção dos
seus modelos.
Fonte da Imagem:
O objetivo é isolar a uma determinada variável, cujo efeito se pretende investigar, supondo-se que outras variáveis
permanecem constantes, ou seja, que não inter�ram no fenômeno investigado.
Como exemplo, sabemos que a demanda (ou a procura) de um bem é afetada pelo preço e pela renda dos
consumidores.
Em um determinado momento, precisamos analisar o efeito do preço sobre a demanda.Para analisar o efeito dessa
variável (preço) sobre a demanda, manteremos a renda dos consumidores constante (coeteris paribus), faremos a
alteração do preço e saberemos o resultado na demanda.
ENTENDENDO A DEMANDA E A PROCURA
Por que precisamos adquirir bens e serviços?
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Porque nos são úteis, ou seja, há uma satisfação para os consumidores proporcionada pelo consumo. A demanda (ou
a procura) de uma determinada pessoa ou grupo de pessoas por um determinado produto indica o quanto esta pessoa
ou grupo de pessoas desejam consumir, a dado preço, esse produto em um determinado período de tempo.
Os fatores que afetam a quantidade procurada
(demandada) do produto podem ser representados por
uma função, chamada função geral da demanda, que pode
ser sistematizada da seguinte forma:
Qd x = f (Px, R, Ps, Pc etc.) 
 
Sendo: 
 
Qd x = quantidade demandada do bem x 
f = função 
Px = preço do bem x 
R = renda 
Ps = preço dos bens substitutos 
Pc = preço dos bens complementares
ENTENDENDO A OFERTA
Em microeconomia, a empresa (ou �rma) é o local onde fatores de produção são combinados, segundo um processo
de produção escolhido, gerando os produtos, com o objetivo de maximizar seus resultados em termos de produção e
lucro.
 
Telnov Oleksii / Shutterstock
A oferta (de uma mercadoria em um determinado
mercado) é a quantidade de um produto X que um produtor
ou conjunto de produtores está disposto a vender, a
determinado preço, em um período de tempo.
EQUILÍBRIO DE MERCADO
O equilíbrio do mercado pode ser de�nido pela interação entre demanda e oferta de mercado para um bem ou serviço.
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Da interação entre essas curvas de�ne-se um ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço e a quantidade de
equilíbrio.
Desse modo, a noção de equilíbrio de mercado corresponde à coincidência de desejos entre consumidores e
produtores, evidenciando uma situação onde não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda. Neste ponto, os
planos dos compradores são consistentes com o plano dos vendedores.
A imagem a seguir, mostra esse equilíbrio:
Em uma economia de mercado, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio.
Na �gura apresentada, perceba que para qualquer preço superior a p a quantidade que os ofertantes desejam vender
é maior do que a que os consumidores desejam comprar, evidenciando um excesso de oferta. Por outro lado, para
qualquer preço inferior a p , surgirá um excesso de demanda.
INTERFERÊNCIA EXTERNA
Mas é importante salientar que essa “convergência” para o equilíbrio ocorre sem qualquer interferênciado governo ou
de outro agente externo.
E o governo pode interferir nesse equilíbrio?
Claro que sim! Vejamos agora.
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Glossário
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Fundamentos de Economia
Aula 5 - Abordagem Microeconômica –
Estrutura de mercado
INTRODUÇÃO
Como visto na aula anterior, existem vários fatores que podem alterar a demanda e oferta do mercado.
Fundamentalmente, a Teoria Microeconômica enuncia que as empresas pretendem maximizar o seu lucro total, e para
isso tentam encontrar uma determinada quantidade de produção onde a RMg = CMg.
Mas todos os mercados são iguais? O comportamento do ofertador no mercado onde ele é o único produtor daquele
bem é o mesmo de um ofertador que possui concorrentes? Claro que não. As empresas estão envolvidas em várias
formas, ou estruturas, de mercado.
Nesta aula, vamos compreender as principais estruturas dos mercados existentes na economia e suas características.
Apresentar os parâmetros de identi�cação das estruturas de mercado e suas características: concorrência perfeita,
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monopólio, oligopólio e concorrência monopolística.
OBJETIVOS
Apresentar as características que diferenciam as estruturas de mercado.
Identi�car as principais estruturas de mercado: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência
monopolística.
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PREMISSA
Na análise padrão, que �zemos de demanda e oferta, implicitamente estava sendo suposta uma estrutura de mercado
em um contexto de uma estrutura chamada de “concorrência perfeita”.
As relações entre compradores e vendedores seguem
padrões diferentes dependendo do tamanho desse
mercado, do número de vendedores, do número de
compradores e, até mesmo, do tipo de produto
comercializado.
Consequentemente, a forma como os preços são determinados varia de acordo com as características do mercado.
Essas características é que fornecem base para uma classi�cação genérica dos diversos tipos de mercados. As
estruturas de mercado dependem, fundamentalmente, de três características:
  Número de empresas que compõe esse mercado;
  Tipo de produto;
  Possibilidade de acesso de novas empresas no mercado.
A análise simplista que faremos irá considerar quatro alternativas de estruturas de oferta para atender o mercado
consumidor de um determinado produto.
Conceitualmente, esses mercados são denominados de concorrência perfeita, concorrência monopolística, oligopólio e
monopólio. As características de cada um desses apresentaremos a seguir.
CONCORRÊNCIA PERFEITA
Pelo próprio nome, o mercado de concorrência perfeita é aquele onde a concorrência entre os agentes econômicos,
devido ao seu grande número, é a mais signi�cativa.
É uma estrutura utópica, pois os mercados altamente concorrenciais existentes, na realidade, são apenas
aproximações desse modelo.
A consequência lógica desse número excessivo de participantes é que cada um deles se torna incapaz de, sozinho,
alterar as condições de mercado. Assim, tanto consumidores como produtores não conseguem afetar os níveis de
oferta e procura do produto e o seu preço de equilíbrio.
Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas:
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Fonte da Imagem:
Existência de um grande número de compradores e vendedores, re�etindo uma situação de mercado atomizado, como
se fossem “átomos”.
Fonte da Imagem:
Produtos homogêneos, ou seja, não há diferença entre os produtos ofertados pelas outras empresas. São substitutos
perfeitos entre si, inviabilizando preços diferentes de mercado.
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Fonte da Imagem:
Transparência do mercado, os agentes possuem completa informação e conhecimento sobre o preço do produto.
Fonte da Imagem:
Ausência de barreiras à entrada ou a saída de novos concorrentes, ou seja, há livre entrada e saída de �rmas no
mercado.
Fonte da Imagem:
Racionalidade por parte dos agentes, ou seja, a visão da empresa que faz com que as empresas sempre maximizem o
seu lucro e que os consumidores maximizem a satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem.
MONOPÓLIO
     
O que é?
É uma estrutura com condições totalmente opostas à concorrência perfeita.
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O pre�xo mono, como se sabe, signi�ca a unidade. Assim, monopólio representa o caso limite de um mercado onde só
existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço.
Por esse motivo, preço e quantidades produzidas serão determinadas pela empresa monopolista. Normalmente, os
produtos vendidos, nesse tipo de mercado, costumam exigir altíssimos níveis de investimento, fazendo com que o
acesso de algum concorrente seja muito difícil.
Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas:
  Uma empresa detém 100% da produção de um determinado mercado;
  Produto sem substituto próximo;
  Elevadas barreiras à entrada de novos concorrentes.
Uma estrutura onde não há concorrência nem substituto próximo para o produto, os consumidores acabam sendo
submetidos às condições impostas pelo ofertador.
Mas por que os monopólios surgem e/ou são mantidos?
Vejamos alguma situações:
OLIGOPÓLIO
     
O que é?
É uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio.
O número de ofertadores é reduzido, mas essa quantidade pode ser variável. Como são poucos, as ações de uma das
empresas podem afetar as demais. Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas:
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Fonte da Imagem:
Pequeno número de ofertadores.
Fonte da Imagem:
Produto pode ser homogêneo ou diferenciado.
Fonte da Imagem:
Elevadas barreiras à entrada de novos concorrentes.
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Há uma interdependência entre as �rmas, pois a ação de uma empresa pode produzir efeitos diretos nas outras do
mercado.
Por outro lado, há momentos nos quais as empresas podem optar por não competir e, sim, cooperar, visando, por
exemplo, a evitar uma guerra de preços entre elas.
Geralmente, quando o mercado é muito concentrado, ou seja, quando há poucas empresas no mercado, elas acabam
buscando algum tipo de acordo e cooperação. (glossário)
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
     
O que é?
É um mercado que, apesar de ter um grande número de ofertadores e consumidores, há uma heterogeneidade dos
produtos.
Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas:
Fonte da Imagem:
Grande número de ofertadores.
Fonte da Imagem:
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(exemplo: pós venda), mas há substituto próximos.
Fonte da Imagem:
Não há barreiras à entrada de novos concorrentes.
É interessante destacar uma característica desse tipo de estrutura de mercado:
Cada empresa possui certo poder sobre os preços, uma
vez que os produtos são diferenciados, ou seja, o
consumidor pode escolher, de acordo com a sua
preferência (glossário), a marca do produto. A empresa
americana Apple Inc. é um exemplo que cumpre com todas
as características.
Como não há barreiras à entrada de novos competidores...
A longo prazo
A tendência é um lucro normal e a curto prazo um lucro extraordinário.
A curto prazo
Exatamente por ter lucros extraordinários, acabam por atrair novos concorrentes até chegar ao ponto de lucro normal.
ATIVIDADE
1 - Indique qual estrutura de mercado listada abaixo, corresponde a cada característica.
A - mercado de concorrência perfeita
B - monopólio
C - oligopólio
D - concorrência monopolística
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(    ) As empresas deste mercado são caracterizadas pela existência de um grande número de vendedores e
compradores no mercado.
(    ) É o mercado constituído por um número reduzido de �rmas ofertando produtos que podem ser homogêneos e/ou
diferenciados.
(    ) É caracterizado como sendo um mercado no qual há uma heterogeneidade dos produtos que são transacionados.
(    ) É o mercado caracterizado pela existência de um único produtor (e vendedor), não tendo substitutos próximos.
A, C, B, D
A, C, D, B
B, A, C, D
D, A, B, C
Justi�cativa
Glossário
ACORDO E COOPERAÇÃO
O cartel ou o conluio em oligopólio corresponde a uma situação em que algumas empresas estabelecem em conjunto os seus
preços ou as quantidades produzidas, repartindo entre si o mercado ou tomando em conjunto outras decisões produtivas. Claro
que acabam estabelecendo preços elevados com a �nalidade de aumentar os lucros e reduzir os riscos.
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PREFERÊNCIA
A diferenciação do produto pode acontecer pelas diferenças físicas, embalagens, promoção de vendas (propaganda, atendimento,
brindes), e pela manutenção e pós-venda.
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Fundamentos de Economia
Aula 6 - Abordagem Macroeconômica: noções
de Contabilidade Social e metas de política
macroeconômica
INTRODUÇÃO
Chegou o momento de nos atermos às questões fundamentais de que se trata a Macroeconomia. Esses assuntos,
de�nidos para o curto prazo (conjunturais) e para o longo prazo (estruturais), indicam que seu conhecimento é de real
importância para o estudante na medida em que determina as prioridades elementares de qualquer política
econômica. Ou seja, compreender conceitos importantes na área macroeconômica como Produto Interno Bruto — PIB,
Pib per capita, Renda Nacional Bruta e demais agregados.
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Além disso, você terá contato com os instrumentos de política econômica que o governo dispõe para conduzir a
economia de acordo com os objetivos que deseja alcançar. Esses instrumentos, as políticas macroeconômicas, serão
detalhados nas aulas seguintes.
OBJETIVOS
Reconhecer os conceitos iniciais da Macroeconomia com as noções de Contabilidade Social.
Identi�car as metas de curto e longo prazo de que trata a Macroeconomia.
Distinguir os instrumentos de política macroeconômica de que dispõe o governo para conduzir a economia rumo às
metas desejadas.
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PREMISSA
O estudo da Macroeconomia está baseado na atividade econômica global, isto é, de todos os indivíduos, empresas,
mercados e governo, no que se refere à compreensão dos chamados agregados econômicos, tais como o produto
interno bruto, PIB per capita.
Então, vamos começar pelas de�nições de alguns agregados macroeconômicos.
PIB
A principal medida do Sistema Nacional de Contabilidade é o Produto Interno Bruto (PIB) (glossário).
O PIB de um país representa a produção de todas as unidades da economia, em um determinado período de tempo, a
preços de mercado, como:
Essa medida consegue, de uma forma abrangente, medir o
porte da economia.
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Como é calculado o PIB?
Existem três diferentes óticas de mensuração do produto da Economia:
     
Ótica do Produto
O cálculo do PIB pela ótica do produto mede o valor agregado em cada etapa do processo de produção de bens e
serviços.
Vamos explicar com um exemplo: Considere a produção de iogurtes por uma �rma industrial. Suponha que sejam
produzidos 500 litros de iogurte por ano, ao preço médio de R$2,00, logo o valor da produção da �rma no ano será de
500*R$ 2,00 = R$1.000,00. Como medir a contribuição da �rma para o PIB do país?
Para chegarmos a real contribuição, no PIB da economia, devemos descontar do valor da produção de cada �rma o que
foi adquirido de outras �rmas, ou seja, o produto intermediário. Desta forma estaremos considerando aquilo que cada
�rma agrega de valor durante o seu processo de produção.
Seguindo no exemplo, suponha que a �rma compre o equivalente a R$300,00 de leite para produzir os 500 litros de
iogurte. Logo, o valor adicionado (ou agregado) da �rma produtora de iogurte no ano terá sido de R$700,00 (R$1000,00
menos R$300,00), e esta é sua contribuição ao PIB, e não R$1.000,00.Assim, o PIB pela ótica do produto é calculado:
Ótica do produto = Valor da Produção – Valor dos Consumos Intermediários
     
Ótica da Renda
A medida do PIB pela ótica da renda consiste em somar todos os pagamentos efetuados como:
salários (remuneração pelo trabalho),
aluguéis (remuneração pela propriedade),
lucro (remuneração ao capital de risco),
juros (remuneração ao capital).
Ótica da renda = Soma das remunerações dos fatores de produção
     
Ótica da Despesa
Por �m, a mensuração do PIB pela ótica da despesa considera que, em contas nacionais, toda produção de bens e
serviços é destinada ou para gasto corrente (consumo) ou gasto em formação de capital (investimento). A medida de
PIB pode ser obtida então pela soma do total dos gastos dos agentes econômicos em consumo de bens e serviços, e
em investimento para ampliação de capacidade produtiva ou manutenção do equipamento.
Ótica da despesa = Soma dos gastos com bens de consumo �nal e bens de investimento em capital
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PIB PER CAPITA
É possível que você esteja se perguntando...
...podemos a�rmar que se o PIB do país está aumentando, a sua população está mais rica?
Uma das maneiras para medir isso é o PIB per capita, ou seja, dividindo o PIB anual do país pela população residente
no mesmo período de tempo.
...será que o PIB per capita é uma mensuração satisfatória da qualidade de vida dos habitantes do país?
Apesar de muito utilizada, essa medidapode não ser considerada uma representação satisfatória do nível de qualidade
de vida. O PIB per capita mede a renda média da população.
Por exemplo, suponha a população de um país composta por 1 pessoa ganhando $7000,00 por ano e 9 ganhando
R$700,00 por ano, que corresponde ao salário mínimo do país. Se for calculada a média será de R$1330,00 e estará
bem acima do salário mínimo.
Em economias como a nossa, com uma distribuição de
renda concentrada, o PIB per capita não consegue
representar a qualidade de vida do brasileiro. Veremos que
precisamos de indicadores como IDH para melhorar essa
análise.
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De qualquer forma, a taxa de crescimento do PIB per capita é uma medida importante para quali�car o crescimento do
PIB ao longo do tempo. Podemos ter uma taxa de crescimento do PIB positiva, porém um PIB per capita negativo.
Veja a tabela a seguir mostrando o crescimento real do PIB brasileiro, população residente e PIB per capita %.
PIB Pop. Residente PIB per capita
2001 1,3 1,5 -0,2
2002 2,7 1,5 1,2
2003 1,1 1,5 -0,3
2004 5,7 1,5 4,2
2005 2,9 1,4 1,5
2006 4,0 1,2 2,7
2007 6,1 1,1 4,9
2008 5,2 1,1 4,1
2009 (-)0,3 1,0 -1,3
Tabela: Brasil — Taxa de crescimento real do PIB, população residente e PIB per capita % 
Fonte: IBGE, Contas Nacionais, 2011.
RENDA NACIONAL BRUTA (RNB)
Como foi visto pelo cálculo do PIB pela ótica da renda, parte da remuneração dos fatores de produção pode não �car
dentro do país, se, por exemplo, os fatores de produção forem de não residentes.
O PIB de um país considera toda a produção em um território, independente da origem do recurso, e a RNB considera a
remuneração à produção apenas aos residentes.
Tendo o valor do PIB, para se chegar ao valor da RNB, é necessário calcular o saldo entre os pagamentos de rendas
recebidas do exterior e o pagamento das rendas enviadas ao exterior. Se o saldo for positivo, ou seja, se o país recebe
mais recursos como renda do que paga, então se soma ao PIB para se obter a RNB; se o saldo for negativo, ou seja, o
país envia ao exterior mais recursos como renda do que recebe, então se subtrai do PIB e, neste caso, a RNB será
menor do que o PIB.
EMPREGO E DESEMPREGO
Ouvimos nos noticiários, lemos no jornal sobre um grande problema da economia brasileira que é o desemprego.
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Mas como se mede o desemprego?
Para se chegar a uma medida é necessário calcular primeiro a população em idade de trabalhar, ou seja, do total da
população exclui-se:
  Quem não está em idade de formação escolar básica (abaixo de 14 anos pela nova pesquisa do IBGE);
  Os idosos;
  Os incapacitados ao trabalho etc.
Temos o fator de produção trabalho, ou seja, a força de trabalho de uma economia, o contingente de pessoas em idade
de trabalhar e disponível para o trabalho. Dessa força calculam-se quantos estão efetivamente trabalhando, em uma
data, e quantos desejam trabalhar, mas não encontram ocupação.
A medida da taxa de desemprego, ou taxa de desocupação, é a proporção das pessoas que não estavam ocupadas
(mas que procuraram emprego nos últimos 30 dias em relação à data da entrevista) em relação ao total da força de
trabalho.
Taxa de desocupação (%) = (pessoas desocupadas/pessoas na força de trabalho) *100
METAS DE CURTO E LONGO PRAZO DA MACROECONOMIA
Como vimos anteriormente, um sistema econômico (maneira como a economia é administrada) se depara com
algumas questões fundamentais.
Essas questões denominam-se:
     
Conjunturais (no curto prazo)
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Estruturais (no longo prazo)
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA
As ferramentas de política econômica que o governo dispõe para conduzir a economia a atingir as metas de curto e
longo prazo, são chamadas instrumentos de política macroeconômica.
Nas próximas aulas, vamos tratar de cada uma delas, por enquanto vamos apenas nos familiarizar:
ATIVIDADE
A macroeconomia considera como questões estruturais o nível de emprego e o combate à in�ação.
A a�rmativa acima é verdadeira ou falsa? Justi�que a sua resposta.
Resposta Correta
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Glossário
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)
É importante destacar que a mensuração do Produto Interno Bruto considera todos os bens e serviços produzidos em um período,
mas não é levado em conta o desgaste do estoque de riqueza da Economia.
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Fundamentos de Economia
Aula 7 - Abordagem Macroeconômica: moeda e
in�ação
INTRODUÇÃO
A todo o momento lemos nos jornais, ouvimos nos debates sobre e in�ação brasileira, vemos o “dragão in�acionário”
estampado nas revistas... Mas o que é in�ação?
Bom, como a in�ação é um fenômeno monetário, é importante esclarecer o que é moeda e quais suas funções.
Nesta aula, vamos de�nir moeda e suas funções dentro da economia. Com essas de�nições, poderemos compreender
os principais tipos de in�ação, ou seja, in�ação de demanda, in�ação de custos e in�ação inercial, e os impactos da
in�ação nos agregados macroeconômicos.
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OBJETIVOS
Ter contato com o conceito de moeda, sua evolução, tipos e funções.
De�nir in�ação, tipos de in�ação e consequências para a economia.
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ENTÃO VAMOS COMEÇAR PELA MOEDA!
Conceitualmente, o termo “moeda” é usado para denominar tudo aquilo que geralmente é aceito como meio de trocas
de bens e serviços. Signi�ca dizer, portanto, que é condição necessária para que algo possa ser aceito.
Mas como chegamos à moeda que utilizamos hoje?
Vejamos como foi a evolução do sistema de trocas até o dia atual...
 
Ozornina / Shutterstock
     
Sistema de trocas e a evolução da moeda
Não se pode a�rmar com exatidão quando surgiu e qual foi a primeira moeda. Remontando aos primórdios da
civilização, imagina-se facilmente que o homem primitivo produzia tudo quanto bastava ao seu sustento. Suas
necessidades limitavam-se à garantia de sua sobrevivência.
As associações e o desenvolvimento natural da vida em grupo criaram, porém, outras necessidades para cuja
satisfação o indivíduo, isoladamente, se viu impotente. Sua auto su�ciência se reduzia na medida do crescimento de
suas necessidades.
Estabeleceu-se, então, um sistema de trocas diretas, conhecido por escambo, de mercadorias por mercadorias,
mercadorias por serviços ou serviços por serviços.
DIFICULDADES DA ECONOMIA DE ESCAMBO
É fácil imaginar as di�culdades para um razoável funcionamento dessa economia de escambo:
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Fonte da Imagem:
Exige uma permanente coincidência de interesses (o indivíduo “A”
dispõe de arroz e quer trocar por carne; para se realizar essa troca, é
imprescindível que ele encontre umindivíduo “B” que tenha carne e
queira arroz!).
Fonte da Imagem:
Há a di�culdade de se estabelecer as relações ou preços de troca
(valores entre dois bens bastante diferentes).
Por tudo isso, esse sistema, que vigorou na mais remota antiguidade, era claramente ine�ciente. As mudanças
requeridas se realizaram lentamente.
Moeda mercadoria
Geralmente escolhia-se uma mercadoria que fosse
relativamente escassa e não facilmente perecível (nem
sempre possível). A história registra que, em diferentes
locais e épocas, foram usados como moeda: sal, peles,
fumo, gado, trigo, rum, carne seca, ferro, cobre, dentre
outros.
Moeda metálica
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Sem dúvida, de todas as mercadorias, a preferência maior
recaía sobre os metais, não só pela sua relativa escassez,
mas, também, pela sua durabilidade e fácil divisibilidade.
Muito embora o ferro, o cobre e o bronze tenham sido
bastante utilizados, houve uma predominância do uso dos
metais preciosos, notadamente a prata e o ouro.
Moeda papel
Com o tempo, e diante da crescente demanda por tais
certi�cados, as casas de custódia passaram a emitir
certi�cados cujo valor global em circulação excedia o valor
total dos metais preciosos ali depositados. A experiência
acumulada pelos custodiadores mostrava que nem todos
os depositantes resgatavam, ao mesmo tempo, seus
depósitos. Além do mais, enquanto alguns vinham para
reconverter seus certi�cados em ouro, outros vinham para
depositar. Assim, com um encaixe metálico menor, era
possível garantir a liquidez dos certi�cados, isto é, garantir
as reconversões que, em média, na semana ou no mês,
correspondia a apenas uma fração do total dos certi�cados
em circulação.
Papel moeda
Com o crescimento do volume e valor das transações, o
manejo de grandes quantidades de metais preciosos
tornou-se problemático pelas di�culdades de transporte e
os riscos envolvidos. Pouco a pouco, nota-se o
aparecimento de casas de custódia desses metais em
diversos pontos. Essas casas passaram a receber em
depósito os metais preciosos dos comerciantes, emitindo
em troca um recibo ou certi�cado de valor correspondente.
Esse certi�cado recebeu a denominação de moeda papel e
era generalizadamente aceito nas transações. Sua
característica principal era possuir lastro integral (100%)
em ouro, isto é, a qualquer momento o possuidor do
certi�cado poderia ir à casa de custódia emissora e
reconvertê-lo em ouro ou prata. Daí sua crescente
aceitabilidade como meio de pagamento em substituição
aos próprios metais preciosos.
Ocorreu, assim, um novo marco histórico na evolução das formas de moeda: a passagem da moeda papel para os
certi�cados emitidos sem o correspondente lastro em ouro ou prata e que vieram a ser chamados de papel moeda.
Pouco a pouco o papel moeda passou a ter uso generalizado como meio de pagamento nas transações pelo simples
fato de que sua aceitação era geral, não se questionando sobre a possibilidade de convertê-lo ou não em ouro.
O esquema a seguir retrata como se desenvolveu o sistema de trocas e a devolução da moeda:
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TIPOS DE MOEDA
Numa classi�cação didática, temos, hoje, as seguintes espécies ou formas de moeda:
     
Moeda manual
Vem a ser aquela emitida pela Casa da Moeda, representada pelas cédulas e moedas metálicas em circulação.
 
artmakerbit / Shutterstock
     
Moeda escritural ou bancária
Representada pelos depósitos à vista nos bancos comerciais. Vale lembrar que se trata das chamadas moedas
�duciárias (isto é, em que se tem fé ou se acredita), já que não possuem valor intrínseco, constituindo-se em moeda
simplesmente porque têm aceitação generalizada nas transações econômicas.
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A Aleksii / Shutterstock
FUNÇÕES DA MOEDA
Bom, já que agora sabemos um pouco sobre o sistema de trocas e dos tipos da moeda, vamos às suas funções:
Instrumento de troca
Tendo aceitação generalizada como meio de pagamento
nas transações, a moeda exerce sua função mais cristalina
e fundamental – que é servir como instrumento ou
intermediária de trocas entre os indivíduos para satisfação
de ambas as partes.
Padrão de referência de valor
Nesse caso, a moeda possibilita que todos os fatores de
produção e os produtos (bens e serviços) possam ter seus
valores expressos em unidades monetárias, propiciando a
fácil avaliação e comparação de todos os recursos e
produtos disponíveis na Economia.
Reserva de valor
A moeda desempenha, também, a função de reserva de
valor no sentido de que o indivíduo pode manter sua
riqueza (ou parte dela) sob a forma de moeda, por um
período de tempo, sabendo que, amanhã ou depois, esse
ativo será aceito em qualquer transação por ter liquidez
absoluta. Trata-se, no entanto, de uma função que merece
duas ressalvas: primeiro, se o indivíduo prefere manter sua
riqueza sob a forma de moeda, ele deixa de ganhar, pois a
moeda em si não gera rendimentos; segundo, e ao
contrário, em períodos in�acionários o indivíduo perde com
a desvalorização da moeda.
INFLAÇÃO
A in�ação é de�nida como sendo um aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços, em outras palavras,
uma perda progressiva do poder de compra da moeda. Em uma economia com in�ação é necessário cada vez mais
moeda para se comprar a mesma quantidade de bens e serviços.
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o_du_van / Shutterstock
In�ação basicamente signi�ca alta de preços. Mas uma alta de preços que têm algumas características próprias.
Observe:
  Em geral, sobem os preços de todos os bens, serviços etc. uns mais, outros menos, mas todos sobem;
  É durável, o movimento de elevação dos preços não é um ponto no tempo, não é feito de avanços e recuos
estáticos, mas persistente (e às vezes, demorado);
  É progressiva ou acumulativa. A in�ação alimenta-se a si mesmo e pode aos poucos, aumentar a sua
velocidade de alta (ou até mesmo de baixa).
Mas o que faz aparecer esse fenômeno que chamamos de in�ação, melhor dizendo, quais são as suas causas, de
âmbito socioeconômico, com os seus respectivos efeitos, não só em toda a vida econômica, como também na vida
política, na vida social e até na vida individual de cada pessoa que forma a sociedade de um país?
As suas causas estão diretamente ligadas ao que podemos identi�car e classi�car como tipos básicos de in�ação.
DISTORÇÕES DO PROCESSO INFLACIONÁRIO
A principal consequência de um processo in�acionário são as disparidades de preços, porque os preços dos produtos
variam com taxas diferentes. Portanto, com a in�ação, os preços relativos mudam: os preços de alguns insumos
aumentam mais do que o de outros, as empresas tendem a variar a intensidade com que são usados.
Por outro lado, estes tendem a gerar expectativas de que a in�ação tenderá a subir no futuro (gerando expectativas de
in�ação futura), onde procurarão resguardar as suas margens de lucro, aumentando os preços dos seus produtos.
E, ao mesmo tempo, um processo in�acionário provoca distorções sobre as �nanças públicas; pois este processo
acaba gerando uma defasagem entre o fato gerador e o recolhimento efetivo do imposto; assim, quanto maior a
in�ação, menor tende a ser a arrecadação do governo.
Veja um quadro que apresenta as importantes correntes econômicas sobre o tema in�ação.
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da inflação
Políticas
Antiinflacionárias
Liberais ou
neoliberais
Desequilíbrio do
setor público (o
déficit a dívida
pública provocam
descontrole
monetário,
causando inflação
de demanda).
• Ajuste fiscal (para
reduzir o déficit a
dívida pública, via
reformas fiscais,
previdenciária,
privatização); 
• Controle
monetário (juros e
moeda); 
• Liberação do
comércio exterior
(abertura comercial
e valorização
cambial).
Inercialistas
Indexação
generalizada
(formal e
informal).
• Desequilíbrio do
setor público (o
déficit e a dívida
pública provocam
descontrole
monetário,
causando inflação
de demanda).
02/06/2018 Disciplina Portal
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Estruturalistas
Conflitos
distributivos
(pressões de
margens de lucro,
salariais e de
tarifas e preços
públicos
provocam inflação
de custos).
• Controle de
preços oligopólios; 
• Controle cambial; 
• Reformas
estruturais.
Glossário
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Fundamentos de Economia
Aula 8 - Políticas macroêconomicas: monetária
e �scal
INTRODUÇÃO
Na aula passada aprendemos sobre o que é in�ação e os diferentes tipos. Reconhecer que existe é o primeiro passo para
enfrentá-lo. Além da in�ação, outros desequilíbrios econômicos ocorrem. 
Assim, na economia existem alguns instrumentos que ajudam a manter o ambiente saudável e estável. Como a política
monetária e �scal. 
Nesta aula, vamos estudar a política monetária e a política �scal e os seus instrumentos para atingir o equilíbrio
monetário e �scal.
OBJETIVOS
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Reconhecer como os instrumentos de Política Monetária podem ser utilizados para o controle do processo in�acionário.
Analisar os instrumentos da Política Fiscal em busca do equilíbrio �scal.
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POLÍTICA MONETÁRIA E SEUS INSTRUMENTOS
A política monetária refere-se à atuação do governo no sentido de controlar as condições de liquidez do país. Com esse
objetivo, o governo atua sobre:
A quantidade de moeda na economia
 
artmakerbit / Shutterstock
A capacidade de concessão de empréstimos por parte dos bancos
 
hvostik / Shutterstock
E, por consequência, sobre os níveis das taxas de juros
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alexmillos / Shutterstock
Na realidade, o mercado monetário é como outro qualquer,
onde existe demanda, oferta e preços de equilíbrio.
Mas, antes de começarmos, umas considerações importantes:
Conceito de Moeda na Política Monetária
Muitas coisas são usadas como dinheiro, inclusive o cartão
de crédito. Mas o conceito de moeda que é usado na Política
Monetária é o M1.M1 = papel-moeda em poder da sociedade
+ depósitos em conta corrente bancária. 
 
Obs.: Quando se fala “sociedade”, não contabilizamos as
moedas que estão em poder do governo.
Demanda por Moeda (M1)
É a quantidade de moeda (M1) que a coletividade deseja
deter em um determinado momento. As pessoas demandam
moeda (M1): 
 
• para Transações (compras/vendas); 
• por Precaução (contra a incerteza na economia); 
• por Especulação (guardar provisão de moedas para quando
aparecer um investimento interessante).
Oferta de Moeda (M1)
Quantidade de moeda disponível para a sociedade em um
determinado momento; o Banco Central é o órgão do
governo encarregado por controlar a oferta de moeda.
    
É possível que você esteja se perguntando...como o Banco Central controla a Oferta de Moeda (M1)?
Por meio dos instrumentos monetários, que são quatro.
Vamos ver cada um deles:
COMENTÁRIOS IMPORTANTES SOBRE A DÍVIDA PÚBLICA INTERNA
É gerada quando o governo vende títulos ao público, para captar dinheiro rápido, e oferecendo, em troca, um rendimento
deste dinheiro em certo prazo. Os bancos comerciais são compradores habituais. A dívida surge de uma necessidade de
gasto do Estado, que não quer �nanciá-la diretamente por um aumento de tributos. Além disso, a dívida é um dos
instrumentos de política monetária.
    
Taxa de juros SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia)
A oferta de moeda permite que o Banco Central determine a taxa de juros, que resulta da relação entre oferta e demanda
de moeda. Supondo constante a demanda por moeda, a sua oferta passa a ser a maneira de in�uenciar a taxa de juros.
Aumento de oferta de moeda → ↓ juros SELIC;
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Fonte: Banco Central do Brasil
    
COPOM
Quem decide qual será o melhor nível desta taxa é o COPOM (Comitê de Política Monetária). A cada 45 dias, o COPOM se
reúne para decidir qual será a meta desejada. Nessa decisão, são consideradas as metas de in�ação para o ano e o nível
de atividade da economia, entre outros.
POLÍTICA FISCAL E SEUS INSTRUMENTOS
A política �scal é realizada pelo governo ao administrar seus gastos e ao decidir como vai �nanciá-los.
Para dar conta de suas tarefas de forma sustentável, o governo deve cobrir seus gastos com sua receita, ou seja, por meio
da cobrança de impostos e tarifas.
Exemplos de receita do
governo:
Exemplos de despesas do
governo:
Coleta de impostos diretos. Gastos dos ministérios,
secretarias e autarquias.
Contribuições à providência
social.
Gastos com transferências à
população (como
aposentadorias, bolsas de
estudos, etc.).
Outras receitas: taxas,
multas, aluguéis etc.
Subsídios (transferências às
empresas).
TIPOS DE POLÍTICA FISCAL
A política �scal pode ser contracionista (= recessiva) ou expansionista. Diz-se contracionista quando reduz a demanda
agregada, e expansionista, quando expande a demanda agregada.
Redução da oferta de moeda → ↑ juros SELIC.
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Fonte da Imagem:
Política �scal contracionista:
Ocorre se o governo corta gastos com o setor privado, ou aumenta os impostos. Se o governo diminui gastos, também
reduz a demanda agregada. Já se o governo aumenta os tributos, isto afeta indiretamente a demanda agregada, por meio
de consumo e investimento. A�nal, pagando mais impostos, o consumidor poderá reduzir o consumo e as empresas,
eventualmente, reduzem o investimento. Os preços dos exportados podem se tornar menos competitivos, devido aos
impostos embutidos:
Fonte da Imagem:
Uma política �scal expansionista:
Ocorre se o governo aumenta seus gastos com o setor privado, ou reduz os impostos. Se o governo aumenta gastos,
também aumenta a demanda agregada. Já se o governo reduz os tributos, isto aumenta indiretamente a demanda
agregada, por meio de consumo e investimento. A redução de impostos se re�ete em mais capacidade de gasto, tanto
para consumo quanto para investimento:
Impostos sobem e gastos gov. caem → ↓ inv. produção → ↓ emprego, 
↓ consumo, ↓ produto
Impostos caem e gastos gov. sobem → ↑ inv. produção → ↑ emprego, 
↑ consumo, ↑ produto
02/06/2018 Disciplina Portal
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Como visto, uma política �scal expansionista aquece a demanda agregada. Desta forma, as vendas aumentam, criando
um ambiente mais propício à elevação de preços.
Por isto, uma política �scal expansionista pode contribuir para o aumento da in�ação, mesmo que a economia não esteja
próxima ao nível de pleno emprego. Já se a economia estiver operando próxima do nível máximo, com certeza haverá
in�ação, neste caso, in�ação de demanda.
 
vladwel / Shutterstock
RESULTADOS DO GOVERNO
Para manter o equilíbrio �scal, o governo pode se endividar junto à sociedade e também emitir moeda. Mas para que sua
dívida não provoque pressão in�acionária, o governo não deve mais emitir dinheiro, seu endividamento deve ser
�nanciado através da emissão de títulos da dívida pública.
Os títulos são comprados por investidores institucionais, bancos etc.
São e 3 as formas de calcular o saldo entre receitas e gastos do Governo, em reais:
Resultado Primário
Receitas menos gastos, sem incluir, nesta conta, pagamento
de juros e correção monetária pelo governo, ou seja, a dívida
pública. Normalmente, o governo brasileiro tem buscado
superávit primário.
Resultado Operacional
Receitas menos gastos, incluindo o pagamento de juros da
dívida pública. Neste conceito, o resultado mais comum é de
dé�cit.
Resultado Nominal
Receitas menos gastos, incluindo o pagamento de juros da
dívida pública, mais a correção monetária ou cambial
(alguns títulos têm rendimento correspondente à variação do
câmbio). Este é o conceito mais completo; normalmente é
um dé�cit. O �nanciamento do dé�cit nominal se dá através
da colocação de mais títulos públicos no mercado, elevando,
dessa maneira, a dívida pública.
DÍVIDA BRUTA E DÍVIDA LÍQUIDA
Veja a evolução da nossa dívida pública em proporção ao PIB. A “dívida bruta” engloba todo tipo de débito do Estado
brasileiro:
02/06/2018 Disciplina Portal
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  Títulos públicos vendidos ao “mercado”;
  Empréstimos bancários;
  Empréstimos feitos por organismos internacionais;
  Débitos estaduais e municipais assumidos pelo governo federal.
Já no cálculo da “dívida líquida”, desconta-se tudo o que o país já tem em caixa tanto em reais depositados aqui, como em
dólares mantidos no exterior — ou vai receber no futuro. Inclusive aquilo que vai receber do mesmo “mercado” de quem o
Brasil é devedor.
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Glossário
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Fundamentos de Economia
Aula 9 - Políticas Macroeconômicas: cambial e
comercial
INTRODUÇÃO
Escutamos nos telejornais, lemos nos jornais e revistas a valorização e/ou a desvalorização do dólar frente à moeda
nacional e as consequências para a economia brasileira.
Mas, como a moeda norte-americana se valoriza? Como se desvaloriza? Quais os efeitos?
Vamos entender alguns conceitos importantes, nesta aula, para clarear um pouco essas discussões, ou seja, vamos
entender os princípios da Política Cambial.
Outra política macroeconômica que vamos estudar é a Comercial. Esta consiste na atuação do Governo com medidas
para in�uenciar as exportações e importações, sem que seja necessário mexer na taxa de câmbio. E, como isso,
fechamos a parte da matéria que diz respeito às políticas macroeconômicas.
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OBJETIVOS
De�nir câmbio, regimes cambiais e Política Cambial.
Reconhecer a Política Comercial e sua capacidade de in�uenciar a economia na busca das metas macroeconômicas.
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POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL
A política comercial tem a ver com medidas adotadas pelo governo no objetivo de intervir nas transações com o exterior.
As tarifas alfandegárias cobradas sobre os produtos importados retratam bem essa interferência.
Quanto maior a tarifa, mais di�cultadas se tornarão as importações e mais protegida da concorrência externa estará a
indústria nacional e, consequentemente, seus empregados.
VAMOS COMEÇAR PELA POLÍTICA CAMBIAL
De uma forma resumida, podemos dizer que a Política Cambial é a determinação da taxa de câmbio do país.
Mas o que é taxa de câmbio?
É o preço do dólar no país; mede quantas unidades da moeda nacional são necessárias para comprar U$1.
O que é uma taxa de câmbio valorizada ou valorização cambial?
Signi�ca que para comprar U$1 é preciso menos moeda nacional. 
Ou seja, serão necessários menos reais (R$) para comprar o mesmo dólar (U$).
Vamos entender melhor através de um exemplo.
A Política Cambial inclui a escolha, pelo Governo, da forma como é determinada a taxa de câmbio o�cial — se é �xada
pelo governo ou livremente pelo mercado.
REGIMES CAMBIAIS
Regime Cambial é forma na qual há a determinação da taxa de câmbio. Vamos estudar duas das três formas disso se
realizar:
    
Regime de Câmbio Fixo
O Governo se compromete (o�cialmente) com uma determinada taxa �xada. Isto signi�ca dizer comprar e vender dólar a
um valor por ele pré-estabelecido, por exemplo, pode estipular que U$1 = R$1,00.
Esse regime já foi muito utilizado na economia mundial e possui vantagens e desvantagens. Vejamos:
Vantagens
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O preço do dólar não varia, portanto, não encarece os importados; não impacta sobre a in�ação.
Desvantagens
O governo precisa gastar as reservas internacionais para manter a taxa. E se a taxa for valorizada (baixa), a balança
comercial �ca de�citária.
Suponhamos que o valor da moeda americana seja �xado
em R$1,50. Neste caso, o Banco Central assume o
compromisso de comprar qualquer quantidade de dólar por
esse valor.
Se ocorrer uma crise �nanceira internacional, as condições do mercado cambial se deterioram, porque, nesses
momentos, os investidores estrangeiros procuram retirar seus recursos do país; para isso, compram dólares no mercado
de câmbio, levando a uma tendência à valorização da moeda americana.
    
Regime de Câmbio Flutuante (Flexível)
No regime de câmbio �utuante, o mercado determina a taxa de câmbio, ou seja, ela depende da demanda e da oferta de
dólar no mercado.
Oferta de dólar
É a entrada de dólar no país. Veja algumas fontes de chegada: 
• Exportações — o exportador recebe em dólares e troca no Bacen; 
02/06/2018 Disciplina Portal
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• Empréstimo do FMI; 
• Venda de títulos do Brasil no exterior; 
• Entrada de capitais �nanceiros, atraídos por nossos juros altos; 
• Envio de lucros de empresas brasileiras atuando no exterior.
Demanda por dólar
É a saída da moeda em circulação no país. Algumas fontes de demanda por dólar: 
• Importações — o importador compra dólar para pagar suas compras; 
• Pagamento da divida externa; 
• Envio de remessa de lucro de multinacionais atuando aqui, para o país de origem; 
• Saída de capitais �nanceiros.
Na verdade, nenhum governo (autoridades monetárias) de um país deixa de atuar para evitar �utuações consideradas
excessivas na taxa de câmbio. Em tese, embora

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