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02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 1 - Conceitos básicos INTRODUÇÃO Diariamente, temos que fazer escolhas do que comprar, do que abrir mão de comprar em detrimento de outro bem ou um plano futuro, en�m...tomamos decisões a todo momento nas nossas vidas. As escolhas fazem parte e elas também compõem o cerne da Economia. Tanto indivíduos como a sociedade precisam tomar uma série de decisões econômicas, de forma a conciliar o uso dos recursos escassos com as in�nitas necessidades e desejos. É importante estudar Economia para entender o mundo que nos cerca e as escolhas necessárias que fazemos e perceber o objeto do estudo da Economia. OBJETIVOS 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Reconhecer a importância do estudo da Economia. Analisar as questões econômicas fundamentais. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= TEMPOS MODERNOS: UMA BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO A todo o momento somos “bombardeados” por questões econômicas nos jornais, na televisão e nas redes. Questões como aumento de preços, desemprego, comportamento das taxas de juros, dé�cit governamental, vulnerabilidade externa, período de crise econômica ou de crescimento dentre outros, são temas que fazem parte da nossa rotina e são discutidos por cidadãos comuns. Outras questões que a Economia estuda e que afetam o consumidor, assalariado, empresário etc.: Fonte da Imagem: Como controlar a in�ação? Como fazer a Economia crescer mais? O que foi a crise econômica mundial? Ela já acabou? Qual o problema do aumento da importação de produtos chineses? Por que os impostos são tão altos no Brasil? O que é uma reforma �scal? Por que a renda no Brasil é muito concentrada? O estudo da Economia nos ajuda a despertar o interesse por esses assuntos e a tentar formular respostas para essas e outras perguntas. A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR ECONOMIA O conhecimento de Economia é muito útil no dia a dia. É tão útil, que vários desses dados você já tem e não se deu conta disso. Por exemplo: Seu time de futebol, que tem uma grande torcida, vai ter um jogo decisivo no sábado. Você vai deixar para comprar o ingresso, no próprio sábado um pouco antes da partida? 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Claro que não! Pois, nesse caso, você vai comprar de cambista e pagar muito caro. O cambista vende caro porque, a essa altura, não há mais ingressos disponíveis nas bilheterias, mas ainda tem pessoas querendo comprar. Dito de outra forma: Os cambistas sabem disso e por isso vendem caro. Se você entende a lógica de situações desse tipo, você conhece os princípios básicos da chamada lei da oferta e da demanda. Foi a “escola da vida” que te ensinou, não foi um curso de Economia. Ensinou, e você aprendeu, por que é algo útil no dia a dia. Mas a “escola da vida” não ensina tudo, caso contrário ninguém estudaria, nem faria faculdade. Vejamos agora um tipo de situação em que o conhecimento de Economia é importante. Suponha que você queira comprar uma televisão nova e existam duas opções, a vista ou em 24 vezes com juros de 2% ao mês, mas com uma prestação baixa. Suponha também que a in�ação seja de 0,5% ao mês e a caderneta de poupança renda 0,6% ao mês. Por qual opção de pagamento você optaria? Justi�que. Resposta Correta O OBJETO DE ESTUDO DA ECONOMIA Mas o que trata a Economia? Qual o objeto de estudo da Economia? A de�nição mais conhecida de Economia é: Uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade escolhem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e os grupos da sociedade, a �m de satisfazer as necessidades humanas da melhor maneira possível. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= (BRAGA; VASCONCELLOS, 2011) Nessa de�nição, temos vários conceitos importantes: recursos produtivos, escolha, escassez, necessidades, distribuição. Para satisfazer o maior número dessas necessidades, a sociedade conta com recursos ou fatores de produção como: Esses recursos, no entanto, são bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades podem simultaneamente ser satisfeitas. DESEJOS DE CONSUMO DA SOCIEDADE Como já foi dito, o objetivo principal da atividade econômica é o de atender as necessidades humanas. Hoje, pelos novos conceitos e realidades, pode-se ampliar esse entendimento para as necessidades do planeta (sustentabilidade). Objetivando apenas em nós, seres humanos, as necessidades representam os desejos de consumo da sociedade. Observa-se que são ilimitadas e diversi�cadas. De um modo geral, quando as necessidades básicas (alimentação, moradia, vestuário) são atendidas, o indivíduo passa a ter outras como educação, lazer, melhoria do seu padrão de vida (maior casa, melhores roupas, automóvel etc.). Uma vez atendidas plenamente as necessidades ditas materiais, o indivíduo passa a sentir outro tipo de necessidade: a estima dos amigos, o reconhecimento e a aceitação do grupo social que frequenta, necessidade de status e assim por diante. A de�nição de Economia sugere que existem dois lados a serem conciliados. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= É fato que toda ciência possui sua própria terminologia, e a Ciência Econômica não é diferente. Por esse motivo, para que você já possa ir se familiarizando e conseguindo mais facilidade nas leituras dos textos, clique aqui (glossário) para conhecer alguns dos conceitos mais frequentes encontrados na literatura econômica. AS QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS, ESCASSEZ E NECESSIDADES A escassez dos recursos ou fatores de produção e as necessidades ilimitadas da sociedade geram os chamados “problemas econômicos fundamentais”: Como já foi dito, essas questões só existem porque há escassez e necessidades a serem atendidas. Fonte da Imagem: Estamos tratando aqui apenas dos bens econômicos, que são aqueles que são relativamente escassos e precisam ser produzidos e, portanto, não são abundantes e oferecidos gratuitamente pela natureza, como é o caso dos bens livres (ex.: ar, água, luz solar etc.) As necessidades vão de�nir o tamanho do mercado consumidor de um produto.” (VASCONCELLOS, M. S. & GARCIA , M. H. 2010, p. 3) O modo como as sociedades tentam resolver os problemas econômicos fundamentais dependendo da forma que cada país organiza sua economia, ou seja, do sistema econômico. Um sistema econômico pode ser de�nido da seguinte maneira: 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Forma política, social e econômica pela qual está organizada a sociedade. É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e no bem-estar. (VASCONCELLOS, M. S. & GARCIA , M. H. 2010, p. 3) GRUPOS DE SISTEMAS ECONÔMICOS De forma geral, os sistemas econômicos podem ser classi�cados em dois grandes grupos. Nos dois sistemas, ocorrem as trocas econômicas que são vantajosaspara os agentes econômicos perante a escassez de recursos porque possibilitam a divisão e a especialização da produção, da distribuição, da comercialização e do consumo em uma organização econômica. Sistema econômico centralizado ou plani�cado Organizado diretamente por uma agência de Estado, onde todo e qualquer planejamento das condições econômicas está vinculado diretamente pelas decisões desta entidade e onde os meios de produção pertencem, de uma maneira geral, a ela. Sistema econômico capitalista ou de mercado O funcionamento da economia é regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. ATIVIDADE Chegou a hora de colocar, em prática, os conhecimentos adquiridos na nossa aula. 1 - A partir do conceito de Economia, compreende-se que: Fatores produtivos geram necessidades humanas. Processos produtivos satisfazem necessidades humanas. Produtos geram necessidades humanas. Produtos satisfazem necessidades humanas. Necessidades humanas geram produtos. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Justi�cativa 2 - Utilizando o conceito de Economia, assinale a opção correta: Em qualquer sociedade, os recursos ou os fatores de produção são limitados e as necessidades humanas são ilimitadas e sempre se renovam. Em algumas sociedades não existe escassez de recursos ou fatores de produção, todos eles são abundantes. Algumas sociedades possuem necessidades limitadas, ou seja, todas as necessidades da coletividade estão satisfeitas. Existem sociedades aonde a escolha entre alternativas de produção não são necessárias, visto que os recursos de produção não são escassos. Não há necessidade de distribuir os resultados da atividade produtiva entre os vários grupos da sociedade, pois nem todos possuem necessidades. Justi�cativa 3 - A razão de ser da Ciência Econômica resulta da principal característica dos fatores de produção. Esta característica, por sua vez, consiste no fato de eles serem: ilimitados versáteis escassos e�cientes valorizados Justi�cativa 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Glossário 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 2 - Fatores de Produção e Agentes Econômicos INTRODUÇÃO Pela existência da escassez dos fatores ou recursos de produção, a produção total de um país tem um limite máximo, ou seja, há uma produção potencial quando todos os recursos disponíveis estão empregados. Precisamos de um modelo que de forma simpli�cada, mas su�cientemente exata, represente esses dilemas na alocação de recursos, incorporando, necessariamente as noções de e�ciência e de crescimento em um sentido econômico. A curva de possibilidades de produção é que nos permite conhecer e operar, em bases simpli�cadas, um modelo que retrate essas condições, e o custo de oportunidade, ou custo da escolha, ou custo alternativo. Para entender o funcionamento do sistema econômico há necessidade de analisar os �uxos reais e monetários assim como os agentes econômicos e os fatores de produção. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= OBJETIVOS Conceituar fatores de produção e agentes econômicos. Reconhecer os conceitos de curva de possibilidade de produção e custo de oportunidade. Identi�car o �uxo circular de renda e produção. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= FATORES OU RECURSOS DE PRODUÇÃO Na primeira aula, abordamos super�cialmente o conceito de fatores de produção. Agora, chegou o momento de nos determos um pouco mais sobre esse tema. Como vimos, consideram-se fatores de produção os meios disponíveis para se gerar os produtos que a sociedade necessita. Sua principal característica é a escassez, no sentido de que, na maioria das vezes, são limitados em quantidade. Esse é, sem dúvida, o cerne da questão econômica: a escassez dos fatores de produção. Outra característica é a versatilidade, signi�cando que um mesmo fator de produção possui a capacidade de poder ser utilizado em vários processos produtivos. Isso �ca demonstrado, por exemplo, ao observarmos que um mesmo trator pode ser utilizado... Veja os cinco fatores de produção e as características de cada um deles: CUSTO DE OPORTUNIDADE Vimos, na aula anterior, que a Economia é uma ciência que lida com escolhas, pois devemos decidir quais desejos serão atendidos com a utilização de quais recursos. Sempre que escolhemos produzir determinado bem devemos abrir mão de recursos que poderiam ser empregados na produção de outros bens, signi�cando o custo de oportunidade na produção de um bem. CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO Deslocamento “para fora” O custo de oportunidade não é o ganho relativo a uma escolha, nem ao custo da produção do que foi escolhido, mas corresponde ao que se deixou de ter ou ao sacrifício do que se deixou de produzir ao se fazer determinada escolha. Esse dilema nas escolhas é representado pela Curva de Possibilidades de Produção (ou Curva de Transformação da Produção). A curva é um bom exemplo de um modelo utilizado para, de forma simpli�cada, representar a realidade. Essa curva, que é uma representação simpli�cada de uma economia, é sempre côncava e, em cada eixo, há um produto. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Vejamos: Curva de Possibilidades de Produção – Máquinas e Alimentos A área delimitada pela curva é a de possibilidades de produção para aquela economia em relação aos dois produtos, que são os únicos produzidos, no caso alimentos (em toneladas) e máquinas (quantidade). Isso signi�ca que qualquer ponto além da curva é impossível de ser alcançado. A produção máxima é alcançada quando a economia está em algum ponto da borda da curva. Esse é seu limite, o limite das possibilidades de produção. Havendo maior produtividade ou disponibilidade de fatores a curva se desloca para a direita (“para fora”). Deslocamento “para dentro” Havendo menor produtividade ou disponibilidade, o deslocamento é para a esquerda (“para dentro”). Deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção A curva expressa o dilema clássico da Economia. Não há recursos para se produzir tudo o que se deseja e é necessário fazer escolhas. Sempre para se produzir mais de um produto é necessário se produzir menos de outro, até a situação limite em que toda a capacidade produtiva da economia está voltada para a produção de apenas um 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= produto. EXEMPLO No exemplo a seguir, 9 é a quantidade máxima que pode-se produzir de máquinas, e 3 toneladas o máximo de alimentos. Suponha que se esteja no ponto A (8 máquinas e 1 tonelada de alimentos) e se passe para o ponto B (5 máquinas e 2 toneladas de alimentos). Nesse caso, a produção de alimentos aumentou, de 1 tonelada para 2 toneladas, mas em compensação a produção de máquinas caiu de 8 para 5. Para se produzir 1 tonelada a mais de alimentos foi necessário abrir mão de 3 máquinas. Essas 3 máquinas que deixaramde ser produzidas representam o custo de oportunidade. Portanto, custo de oportunidade é o que abre mão ao se fazer uma escolha. É o custo de uma escolha. Note que o ponto D é impossível de ser atingido. Esse não é o caso do ponto C. Esse último ponto representa uma situação em que está produzindo menos do que se poderia, pois estamos dentro da curva e não na sua borda. No ponto C estamos produzindo 1 tonelada de alimento, mas apenas 5 máquinas, quando poderíamos produzir 8. Isso ocorre porque, por algum motivo, não estamos utilizando todos os recursos que temos, e, portanto, estamos com recursos ociosos. Um exemplo seria a situação de desemprego. Parte da mão de obra não está trabalhando, e por isso a produção é menor do que poderia ser. FLUXO CIRCULAR DE RENDA E PRODUÇÃO A contrapartida da utilização dos fatores de produção no processo produtivo é sua remuneração. No caso do trabalho, a contrapartida são os salários, e no caso do capital são os lucros. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte: Supondo-se uma economia onde existam apenas famílias e empresas, os proprietários dos fatores de produção são as famílias, que emprestam esses fatores produtivos às empresas, para que elas viabilizem a produção de bens. Os agentes econômicos são, portanto, as famílias e as empresas, que são as entidades que propiciam o processo produtivo. As famílias e as empresas interagem em dois mercados, o de fatores e o de produtos. No mercado de fatores as famílias emprestam capital e trabalho para as empresas utilizarem na produção em troca de uma remuneração, no caso salários e lucros/dividendos. O valor da remuneração é negociado entre as partes. No mercado de produtos as empresas vendem seus produtos às famílias que para comprá-los utilizam a renda obtida no mercado de fatores. Portanto, os dois mercados estão interligados como mostra a �gura do �uxo circular. Essa vinculação dos mercados mostra que pagar baixos salários — se por um lado diminui o custo de produção das empresas — por outro diminui seu mercado consumidor, pois as famílias �cam com menos dinheiro para gastar. Essas relações estão sintetizadas no �uxo circular, que mostra como para cada �uxo real, há uma contrapartida monetária. A�nal, a economia trata de acompanhar transações que ocorrem em valores em moeda. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Glossário 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 3 - História do Pensamento Econômico INTRODUÇÃO Para entender as discussões acadêmicas sobre a economia atual temos que nos debruçar no que já foi escrito e estudado. A evolução sumária da Economia, ao longo dos tempos, faz-se necessária para o entendimento das teorias e pressupostos atuais. Outro objetivo dessa aula é diferenciar o sistema econômico capitalista do socialista e destacar como a Economia se divide de forma didática para seu estudo. Nas próximas aulas, inclusive, vamos trabalhar sumariamente com essas divisões: Microeconomia e Macroeconomia. Por �m, vamos fazer uma contextualização da Ciência Econômica e, principalmente, da sua relação com as diferentes pro�ssões. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= OBJETIVOS Reconhecer a História da Ciência Econômica: evolução e principais referências. Analisar os principais componentes de uma economia de mercado. Distinguir economia de planejamento central versus economia de mercado. Estudar os ramos da Economia e a relação das demais ciências e áreas de conhecimento com a Ciência Econômica. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO Há um consenso em que a teoria econômica foi sistematizada, em 1776, com Adam Smith. Mas como era tratada a economia nos períodos anteriores? Na antiguidade, a atividade econômica era tratada como parte da Filoso�a, Moral e Ética. No século XVI, podemos destacar o mercantilismo, com as preocupações sobre a acumulação de riquezas de uma nação pela quantidade de metais preciosos que a nação possuía. E, no século XVII, a �siocracia, com a ideia da sustentação da economia regida pela lei natural. Mas foi Adam Smith (glossário) que conseguiu sintetizar, estabelecer um corpo teórico próprio. Escola clássica A Economia, como uma ciência especí�ca, nasce com os economistas clássicos. Para eles, o liberalismo e o individualismo estavam associados ao bem comum: o homem, ao maximizar sua satisfação pessoal, como o mínimo de esforço, estaria contribuindo para o máximo do bem-estar social. Vamos destacar alguns pensadores da Escola Clássica: ADAM SMITH (1723 – 1790) Mas por que a costureira e o padeiro agem dessa forma? Por existir a pressão da concorrência e porque querem ser bem-sucedidos e ter lucro. O interessante, na teoria de Smith, é que os agentes econômicos não possuem plano prévio ou orientação externa, é a mão invisível! Ou seja, se cada um procurar fazer o melhor, chega-se a uma situação que é a melhor para a sociedade. A ideia de Smith era a menor intervenção do governo na economia, mas não uma ausência de governo. O governo tinha um papel importante, por exemplo, nas áreas sociais e de infraestrutura. Outro ponto a ser destacado é a divisão do trabalho. Ela traz a especialização, uma maior produção por trabalhador (maior produtividade) e, consequentemente, o barateamento do produto, pois se produz mais com o mesmo número de trabalhadores. O crescimento do mercado é o que impulsiona a especialização. DAVID RICARDO (1772 – 1823) Quantidade de homens/hora para a produção de uma unidade de mercadoria 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Em termos absolutos, Portugal é mais produtivo em ambas as mercadorias. Mas, em termos relativos, o custo de produção de tecidos, em Portugal, é maior que o da produção de vinho; e, na Inglaterra, o custo da produção de vinho é maior que o da produção de tecidos. Comparativamente, Portugal tem vantagem relativa na produção de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos. A Economia Neoclássica Podemos destacar como o principal economista da corrente neoclássica, Alfred Marshall. ALFRED MARSHALL (1842-1924) Escola keynesiana O destaque é para John Maynard Keynes, citado como o criador da Macroeconomia. JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946) DIVISÕES DA ECONOMIA Ao tratar como as pessoas físicas e jurídicas (e a sociedade) decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, a Economia pode fazer isso basicamente através de duas metodologias ou divisões de análise. Microeconomia Analisa o comportamento individual das unidadeseconômicas. Macroeconomia Analisa o funcionamento da Economia como um todo, de um país. Realiza uma visão simplificada e abstrata da Economia. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= SISTEMA ECONÔMICO DE MERCADO CAPITALISTA X SISTEMA ECONÔMICO CENTRALIZADO OU PLANIFICADO De forma geral, os sistemas econômicos podem ser classi�cados em dois grandes grupos: Sistema econômicocapitalista ou de mercado O funcionamento da economia é regido pelas forças de mercado, predominando a livre-iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. Sistema econômico centralizado ou plani�cado Organizado diretamente por uma agência de Estado, onde todo e qualquer planejamento das condições econômicas está vinculado diretamente às decisões desta entidade e onde os meios de produção pertencem, de uma maneira geral, a ela. Nos dois sistemas, ocorrem as trocas econômicas. As trocas econômicas são vantajosas para os agentes econômicos perante a escassez de recursos porque possibilitam a divisão e especialização da produção, da distribuição, da comercialização e do consumo em uma organização econômica. A ECONOMIA E SUA RELAÇÃO COM AS DIFERENTES PROFISSÕES Fonte da Imagem: Os gestores e os contadores precisam de conhecimentos econômicos para obter uma visão do mercado onde atuam, assim como o país e o mundo. Fonte da Imagem: 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= No âmbito do Direito, algumas leis têm implicações econômicas, como na área da concorrência e da defesa do consumidor. Além da ligação estreita com o Direito Comercial. Fonte da Imagem: A relação com Economia é também muito estreita nas áreas de Publicidade, Propaganda e Marketing, pois são necessários estudos de mercado, captação de recursos, preferências dos consumidores. Fonte da Imagem: As questões que envolvem a Geogra�a determinaram as decisões de produção, da localização de portos, a Economia do meio ambiente, dentre outras. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte da Imagem: O curso de História é uma das bases do estudo da Economia. Não é possível entender uma sem a outra. Glossário ADAM SMITH Com a publicação da Riqueza das nações , em 1776, ele estabeleceu as bases cientí�cas da teoria econômica moderna. Ao contrário dos mercantilistas e �siocratas que acreditavam serem os metais preciosos e a terra, respectivamente, os geradores da riqueza nacional, para Adam Smith a riqueza da nação é dada pelo trabalho produtivo. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 4 - Abordagem Microeconômica – Análise de Mercado INTRODUÇÃO O estudo da Economia se divide em dois grandes ramos, como já foi visto: a Microeconomia e a Macroeconomia. Nesta aula, vamos dar início à abordagem microeconômica, ou seja, analisar como a oferta e a demanda interagem e estabelecem o equilíbrio de mercado.Par a análise de mercado, vamos apresentar os conceitos de oferta, demanda e equilíbrio. Ou seja, o comportamento daqueles que querem adquirir bens e serviços e daqueles que querem vender bens e serviços em busca de um ponto de equilíbrio.Vamos contextualizar as decisões de consumo da sociedade e os seus re�exos no mercado de bens e serviços, e como o estado pode alterar esse equilíbrio com impostos, políticas de subsídios e tabelamento de preços. OBJETIVOS 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= De�nir os conceitos de demanda, oferta e equilíbrio de mercado. Analisar a interferência do Estado no equilíbrio de mercado. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= O que é mercado? O mercado é o local onde atuam as forças de demanda e oferta em busca de um equilíbrio. As trocas econômicas são realizadas nos mercados interno e externo. Nestes mercados, atuam conjuntamente as forças da demanda e da oferta por mercadorias ou produtos. Então, os preços dos produtos podem ser de�nidos em função da quantidade de reais (R$) necessários para obter em troca de uma determinada quantidade de mercadorias. Fixando preços para todos os produtos, o mercado permite a coordenação dos compradores e dos vendedores, assegurando a viabilidade do sistema capitalista por meio do chamado livre jogo da oferta e demanda. A Microeconomia utiliza a hipótese de “tudo mais constante” (coeteris paribus, em latim) na construção dos seus modelos. Fonte da Imagem: O objetivo é isolar a uma determinada variável, cujo efeito se pretende investigar, supondo-se que outras variáveis permanecem constantes, ou seja, que não inter�ram no fenômeno investigado. Como exemplo, sabemos que a demanda (ou a procura) de um bem é afetada pelo preço e pela renda dos consumidores. Em um determinado momento, precisamos analisar o efeito do preço sobre a demanda.Para analisar o efeito dessa variável (preço) sobre a demanda, manteremos a renda dos consumidores constante (coeteris paribus), faremos a alteração do preço e saberemos o resultado na demanda. ENTENDENDO A DEMANDA E A PROCURA Por que precisamos adquirir bens e serviços? 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Porque nos são úteis, ou seja, há uma satisfação para os consumidores proporcionada pelo consumo. A demanda (ou a procura) de uma determinada pessoa ou grupo de pessoas por um determinado produto indica o quanto esta pessoa ou grupo de pessoas desejam consumir, a dado preço, esse produto em um determinado período de tempo. Os fatores que afetam a quantidade procurada (demandada) do produto podem ser representados por uma função, chamada função geral da demanda, que pode ser sistematizada da seguinte forma: Qd x = f (Px, R, Ps, Pc etc.) Sendo: Qd x = quantidade demandada do bem x f = função Px = preço do bem x R = renda Ps = preço dos bens substitutos Pc = preço dos bens complementares ENTENDENDO A OFERTA Em microeconomia, a empresa (ou �rma) é o local onde fatores de produção são combinados, segundo um processo de produção escolhido, gerando os produtos, com o objetivo de maximizar seus resultados em termos de produção e lucro. Telnov Oleksii / Shutterstock A oferta (de uma mercadoria em um determinado mercado) é a quantidade de um produto X que um produtor ou conjunto de produtores está disposto a vender, a determinado preço, em um período de tempo. EQUILÍBRIO DE MERCADO O equilíbrio do mercado pode ser de�nido pela interação entre demanda e oferta de mercado para um bem ou serviço. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Da interação entre essas curvas de�ne-se um ponto de equilíbrio E, ao qual correspondem o preço e a quantidade de equilíbrio. Desse modo, a noção de equilíbrio de mercado corresponde à coincidência de desejos entre consumidores e produtores, evidenciando uma situação onde não há excesso ou escassez de oferta ou de demanda. Neste ponto, os planos dos compradores são consistentes com o plano dos vendedores. A imagem a seguir, mostra esse equilíbrio: Em uma economia de mercado, o mecanismo de preços leva automaticamente ao equilíbrio. Na �gura apresentada, perceba que para qualquer preço superior a p a quantidade que os ofertantes desejam vender é maior do que a que os consumidores desejam comprar, evidenciando um excesso de oferta. Por outro lado, para qualquer preço inferior a p , surgirá um excesso de demanda. INTERFERÊNCIA EXTERNA Mas é importante salientar que essa “convergência” para o equilíbrio ocorre sem qualquer interferênciado governo ou de outro agente externo. E o governo pode interferir nesse equilíbrio? Claro que sim! Vejamos agora. 0 0 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Glossário 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 5 - Abordagem Microeconômica – Estrutura de mercado INTRODUÇÃO Como visto na aula anterior, existem vários fatores que podem alterar a demanda e oferta do mercado. Fundamentalmente, a Teoria Microeconômica enuncia que as empresas pretendem maximizar o seu lucro total, e para isso tentam encontrar uma determinada quantidade de produção onde a RMg = CMg. Mas todos os mercados são iguais? O comportamento do ofertador no mercado onde ele é o único produtor daquele bem é o mesmo de um ofertador que possui concorrentes? Claro que não. As empresas estão envolvidas em várias formas, ou estruturas, de mercado. Nesta aula, vamos compreender as principais estruturas dos mercados existentes na economia e suas características. Apresentar os parâmetros de identi�cação das estruturas de mercado e suas características: concorrência perfeita, 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= monopólio, oligopólio e concorrência monopolística. OBJETIVOS Apresentar as características que diferenciam as estruturas de mercado. Identi�car as principais estruturas de mercado: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolística. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= PREMISSA Na análise padrão, que �zemos de demanda e oferta, implicitamente estava sendo suposta uma estrutura de mercado em um contexto de uma estrutura chamada de “concorrência perfeita”. As relações entre compradores e vendedores seguem padrões diferentes dependendo do tamanho desse mercado, do número de vendedores, do número de compradores e, até mesmo, do tipo de produto comercializado. Consequentemente, a forma como os preços são determinados varia de acordo com as características do mercado. Essas características é que fornecem base para uma classi�cação genérica dos diversos tipos de mercados. As estruturas de mercado dependem, fundamentalmente, de três características: Número de empresas que compõe esse mercado; Tipo de produto; Possibilidade de acesso de novas empresas no mercado. A análise simplista que faremos irá considerar quatro alternativas de estruturas de oferta para atender o mercado consumidor de um determinado produto. Conceitualmente, esses mercados são denominados de concorrência perfeita, concorrência monopolística, oligopólio e monopólio. As características de cada um desses apresentaremos a seguir. CONCORRÊNCIA PERFEITA Pelo próprio nome, o mercado de concorrência perfeita é aquele onde a concorrência entre os agentes econômicos, devido ao seu grande número, é a mais signi�cativa. É uma estrutura utópica, pois os mercados altamente concorrenciais existentes, na realidade, são apenas aproximações desse modelo. A consequência lógica desse número excessivo de participantes é que cada um deles se torna incapaz de, sozinho, alterar as condições de mercado. Assim, tanto consumidores como produtores não conseguem afetar os níveis de oferta e procura do produto e o seu preço de equilíbrio. Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas: 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte da Imagem: Existência de um grande número de compradores e vendedores, re�etindo uma situação de mercado atomizado, como se fossem “átomos”. Fonte da Imagem: Produtos homogêneos, ou seja, não há diferença entre os produtos ofertados pelas outras empresas. São substitutos perfeitos entre si, inviabilizando preços diferentes de mercado. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte da Imagem: Transparência do mercado, os agentes possuem completa informação e conhecimento sobre o preço do produto. Fonte da Imagem: Ausência de barreiras à entrada ou a saída de novos concorrentes, ou seja, há livre entrada e saída de �rmas no mercado. Fonte da Imagem: Racionalidade por parte dos agentes, ou seja, a visão da empresa que faz com que as empresas sempre maximizem o seu lucro e que os consumidores maximizem a satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem. MONOPÓLIO O que é? É uma estrutura com condições totalmente opostas à concorrência perfeita. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= O pre�xo mono, como se sabe, signi�ca a unidade. Assim, monopólio representa o caso limite de um mercado onde só existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço. Por esse motivo, preço e quantidades produzidas serão determinadas pela empresa monopolista. Normalmente, os produtos vendidos, nesse tipo de mercado, costumam exigir altíssimos níveis de investimento, fazendo com que o acesso de algum concorrente seja muito difícil. Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas: Uma empresa detém 100% da produção de um determinado mercado; Produto sem substituto próximo; Elevadas barreiras à entrada de novos concorrentes. Uma estrutura onde não há concorrência nem substituto próximo para o produto, os consumidores acabam sendo submetidos às condições impostas pelo ofertador. Mas por que os monopólios surgem e/ou são mantidos? Vejamos alguma situações: OLIGOPÓLIO O que é? É uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio. O número de ofertadores é reduzido, mas essa quantidade pode ser variável. Como são poucos, as ações de uma das empresas podem afetar as demais. Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas: 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte da Imagem: Pequeno número de ofertadores. Fonte da Imagem: Produto pode ser homogêneo ou diferenciado. Fonte da Imagem: Elevadas barreiras à entrada de novos concorrentes. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Há uma interdependência entre as �rmas, pois a ação de uma empresa pode produzir efeitos diretos nas outras do mercado. Por outro lado, há momentos nos quais as empresas podem optar por não competir e, sim, cooperar, visando, por exemplo, a evitar uma guerra de preços entre elas. Geralmente, quando o mercado é muito concentrado, ou seja, quando há poucas empresas no mercado, elas acabam buscando algum tipo de acordo e cooperação. (glossário) CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA O que é? É um mercado que, apesar de ter um grande número de ofertadores e consumidores, há uma heterogeneidade dos produtos. Nesse tipo de mercado, existem as seguintes premissas: Fonte da Imagem: Grande número de ofertadores. Fonte da Imagem: 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum=Produto é diferenciado, seja por características físicas ou pela propaganda e prestação de serviços complementares (exemplo: pós venda), mas há substituto próximos. Fonte da Imagem: Não há barreiras à entrada de novos concorrentes. É interessante destacar uma característica desse tipo de estrutura de mercado: Cada empresa possui certo poder sobre os preços, uma vez que os produtos são diferenciados, ou seja, o consumidor pode escolher, de acordo com a sua preferência (glossário), a marca do produto. A empresa americana Apple Inc. é um exemplo que cumpre com todas as características. Como não há barreiras à entrada de novos competidores... A longo prazo A tendência é um lucro normal e a curto prazo um lucro extraordinário. A curto prazo Exatamente por ter lucros extraordinários, acabam por atrair novos concorrentes até chegar ao ponto de lucro normal. ATIVIDADE 1 - Indique qual estrutura de mercado listada abaixo, corresponde a cada característica. A - mercado de concorrência perfeita B - monopólio C - oligopólio D - concorrência monopolística 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= ( ) As empresas deste mercado são caracterizadas pela existência de um grande número de vendedores e compradores no mercado. ( ) É o mercado constituído por um número reduzido de �rmas ofertando produtos que podem ser homogêneos e/ou diferenciados. ( ) É caracterizado como sendo um mercado no qual há uma heterogeneidade dos produtos que são transacionados. ( ) É o mercado caracterizado pela existência de um único produtor (e vendedor), não tendo substitutos próximos. A, C, B, D A, C, D, B B, A, C, D D, A, B, C Justi�cativa Glossário ACORDO E COOPERAÇÃO O cartel ou o conluio em oligopólio corresponde a uma situação em que algumas empresas estabelecem em conjunto os seus preços ou as quantidades produzidas, repartindo entre si o mercado ou tomando em conjunto outras decisões produtivas. Claro que acabam estabelecendo preços elevados com a �nalidade de aumentar os lucros e reduzir os riscos. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= PREFERÊNCIA A diferenciação do produto pode acontecer pelas diferenças físicas, embalagens, promoção de vendas (propaganda, atendimento, brindes), e pela manutenção e pós-venda. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 6 - Abordagem Macroeconômica: noções de Contabilidade Social e metas de política macroeconômica INTRODUÇÃO Chegou o momento de nos atermos às questões fundamentais de que se trata a Macroeconomia. Esses assuntos, de�nidos para o curto prazo (conjunturais) e para o longo prazo (estruturais), indicam que seu conhecimento é de real importância para o estudante na medida em que determina as prioridades elementares de qualquer política econômica. Ou seja, compreender conceitos importantes na área macroeconômica como Produto Interno Bruto — PIB, Pib per capita, Renda Nacional Bruta e demais agregados. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Além disso, você terá contato com os instrumentos de política econômica que o governo dispõe para conduzir a economia de acordo com os objetivos que deseja alcançar. Esses instrumentos, as políticas macroeconômicas, serão detalhados nas aulas seguintes. OBJETIVOS Reconhecer os conceitos iniciais da Macroeconomia com as noções de Contabilidade Social. Identi�car as metas de curto e longo prazo de que trata a Macroeconomia. Distinguir os instrumentos de política macroeconômica de que dispõe o governo para conduzir a economia rumo às metas desejadas. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= PREMISSA O estudo da Macroeconomia está baseado na atividade econômica global, isto é, de todos os indivíduos, empresas, mercados e governo, no que se refere à compreensão dos chamados agregados econômicos, tais como o produto interno bruto, PIB per capita. Então, vamos começar pelas de�nições de alguns agregados macroeconômicos. PIB A principal medida do Sistema Nacional de Contabilidade é o Produto Interno Bruto (PIB) (glossário). O PIB de um país representa a produção de todas as unidades da economia, em um determinado período de tempo, a preços de mercado, como: Essa medida consegue, de uma forma abrangente, medir o porte da economia. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Como é calculado o PIB? Existem três diferentes óticas de mensuração do produto da Economia: Ótica do Produto O cálculo do PIB pela ótica do produto mede o valor agregado em cada etapa do processo de produção de bens e serviços. Vamos explicar com um exemplo: Considere a produção de iogurtes por uma �rma industrial. Suponha que sejam produzidos 500 litros de iogurte por ano, ao preço médio de R$2,00, logo o valor da produção da �rma no ano será de 500*R$ 2,00 = R$1.000,00. Como medir a contribuição da �rma para o PIB do país? Para chegarmos a real contribuição, no PIB da economia, devemos descontar do valor da produção de cada �rma o que foi adquirido de outras �rmas, ou seja, o produto intermediário. Desta forma estaremos considerando aquilo que cada �rma agrega de valor durante o seu processo de produção. Seguindo no exemplo, suponha que a �rma compre o equivalente a R$300,00 de leite para produzir os 500 litros de iogurte. Logo, o valor adicionado (ou agregado) da �rma produtora de iogurte no ano terá sido de R$700,00 (R$1000,00 menos R$300,00), e esta é sua contribuição ao PIB, e não R$1.000,00.Assim, o PIB pela ótica do produto é calculado: Ótica do produto = Valor da Produção – Valor dos Consumos Intermediários Ótica da Renda A medida do PIB pela ótica da renda consiste em somar todos os pagamentos efetuados como: salários (remuneração pelo trabalho), aluguéis (remuneração pela propriedade), lucro (remuneração ao capital de risco), juros (remuneração ao capital). Ótica da renda = Soma das remunerações dos fatores de produção Ótica da Despesa Por �m, a mensuração do PIB pela ótica da despesa considera que, em contas nacionais, toda produção de bens e serviços é destinada ou para gasto corrente (consumo) ou gasto em formação de capital (investimento). A medida de PIB pode ser obtida então pela soma do total dos gastos dos agentes econômicos em consumo de bens e serviços, e em investimento para ampliação de capacidade produtiva ou manutenção do equipamento. Ótica da despesa = Soma dos gastos com bens de consumo �nal e bens de investimento em capital 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= NikVector / Shutterstock PIB PER CAPITA É possível que você esteja se perguntando... ...podemos a�rmar que se o PIB do país está aumentando, a sua população está mais rica? Uma das maneiras para medir isso é o PIB per capita, ou seja, dividindo o PIB anual do país pela população residente no mesmo período de tempo. ...será que o PIB per capita é uma mensuração satisfatória da qualidade de vida dos habitantes do país? Apesar de muito utilizada, essa medidapode não ser considerada uma representação satisfatória do nível de qualidade de vida. O PIB per capita mede a renda média da população. Por exemplo, suponha a população de um país composta por 1 pessoa ganhando $7000,00 por ano e 9 ganhando R$700,00 por ano, que corresponde ao salário mínimo do país. Se for calculada a média será de R$1330,00 e estará bem acima do salário mínimo. Em economias como a nossa, com uma distribuição de renda concentrada, o PIB per capita não consegue representar a qualidade de vida do brasileiro. Veremos que precisamos de indicadores como IDH para melhorar essa análise. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= De qualquer forma, a taxa de crescimento do PIB per capita é uma medida importante para quali�car o crescimento do PIB ao longo do tempo. Podemos ter uma taxa de crescimento do PIB positiva, porém um PIB per capita negativo. Veja a tabela a seguir mostrando o crescimento real do PIB brasileiro, população residente e PIB per capita %. PIB Pop. Residente PIB per capita 2001 1,3 1,5 -0,2 2002 2,7 1,5 1,2 2003 1,1 1,5 -0,3 2004 5,7 1,5 4,2 2005 2,9 1,4 1,5 2006 4,0 1,2 2,7 2007 6,1 1,1 4,9 2008 5,2 1,1 4,1 2009 (-)0,3 1,0 -1,3 Tabela: Brasil — Taxa de crescimento real do PIB, população residente e PIB per capita % Fonte: IBGE, Contas Nacionais, 2011. RENDA NACIONAL BRUTA (RNB) Como foi visto pelo cálculo do PIB pela ótica da renda, parte da remuneração dos fatores de produção pode não �car dentro do país, se, por exemplo, os fatores de produção forem de não residentes. O PIB de um país considera toda a produção em um território, independente da origem do recurso, e a RNB considera a remuneração à produção apenas aos residentes. Tendo o valor do PIB, para se chegar ao valor da RNB, é necessário calcular o saldo entre os pagamentos de rendas recebidas do exterior e o pagamento das rendas enviadas ao exterior. Se o saldo for positivo, ou seja, se o país recebe mais recursos como renda do que paga, então se soma ao PIB para se obter a RNB; se o saldo for negativo, ou seja, o país envia ao exterior mais recursos como renda do que recebe, então se subtrai do PIB e, neste caso, a RNB será menor do que o PIB. EMPREGO E DESEMPREGO Ouvimos nos noticiários, lemos no jornal sobre um grande problema da economia brasileira que é o desemprego. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Mas como se mede o desemprego? Para se chegar a uma medida é necessário calcular primeiro a população em idade de trabalhar, ou seja, do total da população exclui-se: Quem não está em idade de formação escolar básica (abaixo de 14 anos pela nova pesquisa do IBGE); Os idosos; Os incapacitados ao trabalho etc. Temos o fator de produção trabalho, ou seja, a força de trabalho de uma economia, o contingente de pessoas em idade de trabalhar e disponível para o trabalho. Dessa força calculam-se quantos estão efetivamente trabalhando, em uma data, e quantos desejam trabalhar, mas não encontram ocupação. A medida da taxa de desemprego, ou taxa de desocupação, é a proporção das pessoas que não estavam ocupadas (mas que procuraram emprego nos últimos 30 dias em relação à data da entrevista) em relação ao total da força de trabalho. Taxa de desocupação (%) = (pessoas desocupadas/pessoas na força de trabalho) *100 METAS DE CURTO E LONGO PRAZO DA MACROECONOMIA Como vimos anteriormente, um sistema econômico (maneira como a economia é administrada) se depara com algumas questões fundamentais. Essas questões denominam-se: Conjunturais (no curto prazo) 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Estruturais (no longo prazo) INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA As ferramentas de política econômica que o governo dispõe para conduzir a economia a atingir as metas de curto e longo prazo, são chamadas instrumentos de política macroeconômica. Nas próximas aulas, vamos tratar de cada uma delas, por enquanto vamos apenas nos familiarizar: ATIVIDADE A macroeconomia considera como questões estruturais o nível de emprego e o combate à in�ação. A a�rmativa acima é verdadeira ou falsa? Justi�que a sua resposta. Resposta Correta 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Glossário PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) É importante destacar que a mensuração do Produto Interno Bruto considera todos os bens e serviços produzidos em um período, mas não é levado em conta o desgaste do estoque de riqueza da Economia. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 7 - Abordagem Macroeconômica: moeda e in�ação INTRODUÇÃO A todo o momento lemos nos jornais, ouvimos nos debates sobre e in�ação brasileira, vemos o “dragão in�acionário” estampado nas revistas... Mas o que é in�ação? Bom, como a in�ação é um fenômeno monetário, é importante esclarecer o que é moeda e quais suas funções. Nesta aula, vamos de�nir moeda e suas funções dentro da economia. Com essas de�nições, poderemos compreender os principais tipos de in�ação, ou seja, in�ação de demanda, in�ação de custos e in�ação inercial, e os impactos da in�ação nos agregados macroeconômicos. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= OBJETIVOS Ter contato com o conceito de moeda, sua evolução, tipos e funções. De�nir in�ação, tipos de in�ação e consequências para a economia. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= ENTÃO VAMOS COMEÇAR PELA MOEDA! Conceitualmente, o termo “moeda” é usado para denominar tudo aquilo que geralmente é aceito como meio de trocas de bens e serviços. Signi�ca dizer, portanto, que é condição necessária para que algo possa ser aceito. Mas como chegamos à moeda que utilizamos hoje? Vejamos como foi a evolução do sistema de trocas até o dia atual... Ozornina / Shutterstock Sistema de trocas e a evolução da moeda Não se pode a�rmar com exatidão quando surgiu e qual foi a primeira moeda. Remontando aos primórdios da civilização, imagina-se facilmente que o homem primitivo produzia tudo quanto bastava ao seu sustento. Suas necessidades limitavam-se à garantia de sua sobrevivência. As associações e o desenvolvimento natural da vida em grupo criaram, porém, outras necessidades para cuja satisfação o indivíduo, isoladamente, se viu impotente. Sua auto su�ciência se reduzia na medida do crescimento de suas necessidades. Estabeleceu-se, então, um sistema de trocas diretas, conhecido por escambo, de mercadorias por mercadorias, mercadorias por serviços ou serviços por serviços. DIFICULDADES DA ECONOMIA DE ESCAMBO É fácil imaginar as di�culdades para um razoável funcionamento dessa economia de escambo: 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte da Imagem: Exige uma permanente coincidência de interesses (o indivíduo “A” dispõe de arroz e quer trocar por carne; para se realizar essa troca, é imprescindível que ele encontre umindivíduo “B” que tenha carne e queira arroz!). Fonte da Imagem: Há a di�culdade de se estabelecer as relações ou preços de troca (valores entre dois bens bastante diferentes). Por tudo isso, esse sistema, que vigorou na mais remota antiguidade, era claramente ine�ciente. As mudanças requeridas se realizaram lentamente. Moeda mercadoria Geralmente escolhia-se uma mercadoria que fosse relativamente escassa e não facilmente perecível (nem sempre possível). A história registra que, em diferentes locais e épocas, foram usados como moeda: sal, peles, fumo, gado, trigo, rum, carne seca, ferro, cobre, dentre outros. Moeda metálica 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Sem dúvida, de todas as mercadorias, a preferência maior recaía sobre os metais, não só pela sua relativa escassez, mas, também, pela sua durabilidade e fácil divisibilidade. Muito embora o ferro, o cobre e o bronze tenham sido bastante utilizados, houve uma predominância do uso dos metais preciosos, notadamente a prata e o ouro. Moeda papel Com o tempo, e diante da crescente demanda por tais certi�cados, as casas de custódia passaram a emitir certi�cados cujo valor global em circulação excedia o valor total dos metais preciosos ali depositados. A experiência acumulada pelos custodiadores mostrava que nem todos os depositantes resgatavam, ao mesmo tempo, seus depósitos. Além do mais, enquanto alguns vinham para reconverter seus certi�cados em ouro, outros vinham para depositar. Assim, com um encaixe metálico menor, era possível garantir a liquidez dos certi�cados, isto é, garantir as reconversões que, em média, na semana ou no mês, correspondia a apenas uma fração do total dos certi�cados em circulação. Papel moeda Com o crescimento do volume e valor das transações, o manejo de grandes quantidades de metais preciosos tornou-se problemático pelas di�culdades de transporte e os riscos envolvidos. Pouco a pouco, nota-se o aparecimento de casas de custódia desses metais em diversos pontos. Essas casas passaram a receber em depósito os metais preciosos dos comerciantes, emitindo em troca um recibo ou certi�cado de valor correspondente. Esse certi�cado recebeu a denominação de moeda papel e era generalizadamente aceito nas transações. Sua característica principal era possuir lastro integral (100%) em ouro, isto é, a qualquer momento o possuidor do certi�cado poderia ir à casa de custódia emissora e reconvertê-lo em ouro ou prata. Daí sua crescente aceitabilidade como meio de pagamento em substituição aos próprios metais preciosos. Ocorreu, assim, um novo marco histórico na evolução das formas de moeda: a passagem da moeda papel para os certi�cados emitidos sem o correspondente lastro em ouro ou prata e que vieram a ser chamados de papel moeda. Pouco a pouco o papel moeda passou a ter uso generalizado como meio de pagamento nas transações pelo simples fato de que sua aceitação era geral, não se questionando sobre a possibilidade de convertê-lo ou não em ouro. O esquema a seguir retrata como se desenvolveu o sistema de trocas e a devolução da moeda: 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= TIPOS DE MOEDA Numa classi�cação didática, temos, hoje, as seguintes espécies ou formas de moeda: Moeda manual Vem a ser aquela emitida pela Casa da Moeda, representada pelas cédulas e moedas metálicas em circulação. artmakerbit / Shutterstock Moeda escritural ou bancária Representada pelos depósitos à vista nos bancos comerciais. Vale lembrar que se trata das chamadas moedas �duciárias (isto é, em que se tem fé ou se acredita), já que não possuem valor intrínseco, constituindo-se em moeda simplesmente porque têm aceitação generalizada nas transações econômicas. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= A Aleksii / Shutterstock FUNÇÕES DA MOEDA Bom, já que agora sabemos um pouco sobre o sistema de trocas e dos tipos da moeda, vamos às suas funções: Instrumento de troca Tendo aceitação generalizada como meio de pagamento nas transações, a moeda exerce sua função mais cristalina e fundamental – que é servir como instrumento ou intermediária de trocas entre os indivíduos para satisfação de ambas as partes. Padrão de referência de valor Nesse caso, a moeda possibilita que todos os fatores de produção e os produtos (bens e serviços) possam ter seus valores expressos em unidades monetárias, propiciando a fácil avaliação e comparação de todos os recursos e produtos disponíveis na Economia. Reserva de valor A moeda desempenha, também, a função de reserva de valor no sentido de que o indivíduo pode manter sua riqueza (ou parte dela) sob a forma de moeda, por um período de tempo, sabendo que, amanhã ou depois, esse ativo será aceito em qualquer transação por ter liquidez absoluta. Trata-se, no entanto, de uma função que merece duas ressalvas: primeiro, se o indivíduo prefere manter sua riqueza sob a forma de moeda, ele deixa de ganhar, pois a moeda em si não gera rendimentos; segundo, e ao contrário, em períodos in�acionários o indivíduo perde com a desvalorização da moeda. INFLAÇÃO A in�ação é de�nida como sendo um aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços, em outras palavras, uma perda progressiva do poder de compra da moeda. Em uma economia com in�ação é necessário cada vez mais moeda para se comprar a mesma quantidade de bens e serviços. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= o_du_van / Shutterstock In�ação basicamente signi�ca alta de preços. Mas uma alta de preços que têm algumas características próprias. Observe: Em geral, sobem os preços de todos os bens, serviços etc. uns mais, outros menos, mas todos sobem; É durável, o movimento de elevação dos preços não é um ponto no tempo, não é feito de avanços e recuos estáticos, mas persistente (e às vezes, demorado); É progressiva ou acumulativa. A in�ação alimenta-se a si mesmo e pode aos poucos, aumentar a sua velocidade de alta (ou até mesmo de baixa). Mas o que faz aparecer esse fenômeno que chamamos de in�ação, melhor dizendo, quais são as suas causas, de âmbito socioeconômico, com os seus respectivos efeitos, não só em toda a vida econômica, como também na vida política, na vida social e até na vida individual de cada pessoa que forma a sociedade de um país? As suas causas estão diretamente ligadas ao que podemos identi�car e classi�car como tipos básicos de in�ação. DISTORÇÕES DO PROCESSO INFLACIONÁRIO A principal consequência de um processo in�acionário são as disparidades de preços, porque os preços dos produtos variam com taxas diferentes. Portanto, com a in�ação, os preços relativos mudam: os preços de alguns insumos aumentam mais do que o de outros, as empresas tendem a variar a intensidade com que são usados. Por outro lado, estes tendem a gerar expectativas de que a in�ação tenderá a subir no futuro (gerando expectativas de in�ação futura), onde procurarão resguardar as suas margens de lucro, aumentando os preços dos seus produtos. E, ao mesmo tempo, um processo in�acionário provoca distorções sobre as �nanças públicas; pois este processo acaba gerando uma defasagem entre o fato gerador e o recolhimento efetivo do imposto; assim, quanto maior a in�ação, menor tende a ser a arrecadação do governo. Veja um quadro que apresenta as importantes correntes econômicas sobre o tema in�ação. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum=Corrente Causas principais da inflação Políticas Antiinflacionárias Liberais ou neoliberais Desequilíbrio do setor público (o déficit a dívida pública provocam descontrole monetário, causando inflação de demanda). • Ajuste fiscal (para reduzir o déficit a dívida pública, via reformas fiscais, previdenciária, privatização); • Controle monetário (juros e moeda); • Liberação do comércio exterior (abertura comercial e valorização cambial). Inercialistas Indexação generalizada (formal e informal). • Desequilíbrio do setor público (o déficit e a dívida pública provocam descontrole monetário, causando inflação de demanda). 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Estruturalistas Conflitos distributivos (pressões de margens de lucro, salariais e de tarifas e preços públicos provocam inflação de custos). • Controle de preços oligopólios; • Controle cambial; • Reformas estruturais. Glossário 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 8 - Políticas macroêconomicas: monetária e �scal INTRODUÇÃO Na aula passada aprendemos sobre o que é in�ação e os diferentes tipos. Reconhecer que existe é o primeiro passo para enfrentá-lo. Além da in�ação, outros desequilíbrios econômicos ocorrem. Assim, na economia existem alguns instrumentos que ajudam a manter o ambiente saudável e estável. Como a política monetária e �scal. Nesta aula, vamos estudar a política monetária e a política �scal e os seus instrumentos para atingir o equilíbrio monetário e �scal. OBJETIVOS 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Reconhecer como os instrumentos de Política Monetária podem ser utilizados para o controle do processo in�acionário. Analisar os instrumentos da Política Fiscal em busca do equilíbrio �scal. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= POLÍTICA MONETÁRIA E SEUS INSTRUMENTOS A política monetária refere-se à atuação do governo no sentido de controlar as condições de liquidez do país. Com esse objetivo, o governo atua sobre: A quantidade de moeda na economia artmakerbit / Shutterstock A capacidade de concessão de empréstimos por parte dos bancos hvostik / Shutterstock E, por consequência, sobre os níveis das taxas de juros 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= alexmillos / Shutterstock Na realidade, o mercado monetário é como outro qualquer, onde existe demanda, oferta e preços de equilíbrio. Mas, antes de começarmos, umas considerações importantes: Conceito de Moeda na Política Monetária Muitas coisas são usadas como dinheiro, inclusive o cartão de crédito. Mas o conceito de moeda que é usado na Política Monetária é o M1.M1 = papel-moeda em poder da sociedade + depósitos em conta corrente bancária. Obs.: Quando se fala “sociedade”, não contabilizamos as moedas que estão em poder do governo. Demanda por Moeda (M1) É a quantidade de moeda (M1) que a coletividade deseja deter em um determinado momento. As pessoas demandam moeda (M1): • para Transações (compras/vendas); • por Precaução (contra a incerteza na economia); • por Especulação (guardar provisão de moedas para quando aparecer um investimento interessante). Oferta de Moeda (M1) Quantidade de moeda disponível para a sociedade em um determinado momento; o Banco Central é o órgão do governo encarregado por controlar a oferta de moeda. É possível que você esteja se perguntando...como o Banco Central controla a Oferta de Moeda (M1)? Por meio dos instrumentos monetários, que são quatro. Vamos ver cada um deles: COMENTÁRIOS IMPORTANTES SOBRE A DÍVIDA PÚBLICA INTERNA É gerada quando o governo vende títulos ao público, para captar dinheiro rápido, e oferecendo, em troca, um rendimento deste dinheiro em certo prazo. Os bancos comerciais são compradores habituais. A dívida surge de uma necessidade de gasto do Estado, que não quer �nanciá-la diretamente por um aumento de tributos. Além disso, a dívida é um dos instrumentos de política monetária. Taxa de juros SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) A oferta de moeda permite que o Banco Central determine a taxa de juros, que resulta da relação entre oferta e demanda de moeda. Supondo constante a demanda por moeda, a sua oferta passa a ser a maneira de in�uenciar a taxa de juros. Aumento de oferta de moeda → ↓ juros SELIC; 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte: Banco Central do Brasil COPOM Quem decide qual será o melhor nível desta taxa é o COPOM (Comitê de Política Monetária). A cada 45 dias, o COPOM se reúne para decidir qual será a meta desejada. Nessa decisão, são consideradas as metas de in�ação para o ano e o nível de atividade da economia, entre outros. POLÍTICA FISCAL E SEUS INSTRUMENTOS A política �scal é realizada pelo governo ao administrar seus gastos e ao decidir como vai �nanciá-los. Para dar conta de suas tarefas de forma sustentável, o governo deve cobrir seus gastos com sua receita, ou seja, por meio da cobrança de impostos e tarifas. Exemplos de receita do governo: Exemplos de despesas do governo: Coleta de impostos diretos. Gastos dos ministérios, secretarias e autarquias. Contribuições à providência social. Gastos com transferências à população (como aposentadorias, bolsas de estudos, etc.). Outras receitas: taxas, multas, aluguéis etc. Subsídios (transferências às empresas). TIPOS DE POLÍTICA FISCAL A política �scal pode ser contracionista (= recessiva) ou expansionista. Diz-se contracionista quando reduz a demanda agregada, e expansionista, quando expande a demanda agregada. Redução da oferta de moeda → ↑ juros SELIC. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fonte da Imagem: Política �scal contracionista: Ocorre se o governo corta gastos com o setor privado, ou aumenta os impostos. Se o governo diminui gastos, também reduz a demanda agregada. Já se o governo aumenta os tributos, isto afeta indiretamente a demanda agregada, por meio de consumo e investimento. A�nal, pagando mais impostos, o consumidor poderá reduzir o consumo e as empresas, eventualmente, reduzem o investimento. Os preços dos exportados podem se tornar menos competitivos, devido aos impostos embutidos: Fonte da Imagem: Uma política �scal expansionista: Ocorre se o governo aumenta seus gastos com o setor privado, ou reduz os impostos. Se o governo aumenta gastos, também aumenta a demanda agregada. Já se o governo reduz os tributos, isto aumenta indiretamente a demanda agregada, por meio de consumo e investimento. A redução de impostos se re�ete em mais capacidade de gasto, tanto para consumo quanto para investimento: Impostos sobem e gastos gov. caem → ↓ inv. produção → ↓ emprego, ↓ consumo, ↓ produto Impostos caem e gastos gov. sobem → ↑ inv. produção → ↑ emprego, ↑ consumo, ↑ produto 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum=EFEITOS DA POLÍTICA FISCAL SOBRE A INFLAÇÃO Como visto, uma política �scal expansionista aquece a demanda agregada. Desta forma, as vendas aumentam, criando um ambiente mais propício à elevação de preços. Por isto, uma política �scal expansionista pode contribuir para o aumento da in�ação, mesmo que a economia não esteja próxima ao nível de pleno emprego. Já se a economia estiver operando próxima do nível máximo, com certeza haverá in�ação, neste caso, in�ação de demanda. vladwel / Shutterstock RESULTADOS DO GOVERNO Para manter o equilíbrio �scal, o governo pode se endividar junto à sociedade e também emitir moeda. Mas para que sua dívida não provoque pressão in�acionária, o governo não deve mais emitir dinheiro, seu endividamento deve ser �nanciado através da emissão de títulos da dívida pública. Os títulos são comprados por investidores institucionais, bancos etc. São e 3 as formas de calcular o saldo entre receitas e gastos do Governo, em reais: Resultado Primário Receitas menos gastos, sem incluir, nesta conta, pagamento de juros e correção monetária pelo governo, ou seja, a dívida pública. Normalmente, o governo brasileiro tem buscado superávit primário. Resultado Operacional Receitas menos gastos, incluindo o pagamento de juros da dívida pública. Neste conceito, o resultado mais comum é de dé�cit. Resultado Nominal Receitas menos gastos, incluindo o pagamento de juros da dívida pública, mais a correção monetária ou cambial (alguns títulos têm rendimento correspondente à variação do câmbio). Este é o conceito mais completo; normalmente é um dé�cit. O �nanciamento do dé�cit nominal se dá através da colocação de mais títulos públicos no mercado, elevando, dessa maneira, a dívida pública. DÍVIDA BRUTA E DÍVIDA LÍQUIDA Veja a evolução da nossa dívida pública em proporção ao PIB. A “dívida bruta” engloba todo tipo de débito do Estado brasileiro: 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Títulos públicos vendidos ao “mercado”; Empréstimos bancários; Empréstimos feitos por organismos internacionais; Débitos estaduais e municipais assumidos pelo governo federal. Já no cálculo da “dívida líquida”, desconta-se tudo o que o país já tem em caixa tanto em reais depositados aqui, como em dólares mantidos no exterior — ou vai receber no futuro. Inclusive aquilo que vai receber do mesmo “mercado” de quem o Brasil é devedor. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Glossário 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= Fundamentos de Economia Aula 9 - Políticas Macroeconômicas: cambial e comercial INTRODUÇÃO Escutamos nos telejornais, lemos nos jornais e revistas a valorização e/ou a desvalorização do dólar frente à moeda nacional e as consequências para a economia brasileira. Mas, como a moeda norte-americana se valoriza? Como se desvaloriza? Quais os efeitos? Vamos entender alguns conceitos importantes, nesta aula, para clarear um pouco essas discussões, ou seja, vamos entender os princípios da Política Cambial. Outra política macroeconômica que vamos estudar é a Comercial. Esta consiste na atuação do Governo com medidas para in�uenciar as exportações e importações, sem que seja necessário mexer na taxa de câmbio. E, como isso, fechamos a parte da matéria que diz respeito às políticas macroeconômicas. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= OBJETIVOS De�nir câmbio, regimes cambiais e Política Cambial. Reconhecer a Política Comercial e sua capacidade de in�uenciar a economia na busca das metas macroeconômicas. 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL A política comercial tem a ver com medidas adotadas pelo governo no objetivo de intervir nas transações com o exterior. As tarifas alfandegárias cobradas sobre os produtos importados retratam bem essa interferência. Quanto maior a tarifa, mais di�cultadas se tornarão as importações e mais protegida da concorrência externa estará a indústria nacional e, consequentemente, seus empregados. VAMOS COMEÇAR PELA POLÍTICA CAMBIAL De uma forma resumida, podemos dizer que a Política Cambial é a determinação da taxa de câmbio do país. Mas o que é taxa de câmbio? É o preço do dólar no país; mede quantas unidades da moeda nacional são necessárias para comprar U$1. O que é uma taxa de câmbio valorizada ou valorização cambial? Signi�ca que para comprar U$1 é preciso menos moeda nacional. Ou seja, serão necessários menos reais (R$) para comprar o mesmo dólar (U$). Vamos entender melhor através de um exemplo. A Política Cambial inclui a escolha, pelo Governo, da forma como é determinada a taxa de câmbio o�cial — se é �xada pelo governo ou livremente pelo mercado. REGIMES CAMBIAIS Regime Cambial é forma na qual há a determinação da taxa de câmbio. Vamos estudar duas das três formas disso se realizar: Regime de Câmbio Fixo O Governo se compromete (o�cialmente) com uma determinada taxa �xada. Isto signi�ca dizer comprar e vender dólar a um valor por ele pré-estabelecido, por exemplo, pode estipular que U$1 = R$1,00. Esse regime já foi muito utilizado na economia mundial e possui vantagens e desvantagens. Vejamos: Vantagens 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= O preço do dólar não varia, portanto, não encarece os importados; não impacta sobre a in�ação. Desvantagens O governo precisa gastar as reservas internacionais para manter a taxa. E se a taxa for valorizada (baixa), a balança comercial �ca de�citária. Suponhamos que o valor da moeda americana seja �xado em R$1,50. Neste caso, o Banco Central assume o compromisso de comprar qualquer quantidade de dólar por esse valor. Se ocorrer uma crise �nanceira internacional, as condições do mercado cambial se deterioram, porque, nesses momentos, os investidores estrangeiros procuram retirar seus recursos do país; para isso, compram dólares no mercado de câmbio, levando a uma tendência à valorização da moeda americana. Regime de Câmbio Flutuante (Flexível) No regime de câmbio �utuante, o mercado determina a taxa de câmbio, ou seja, ela depende da demanda e da oferta de dólar no mercado. Oferta de dólar É a entrada de dólar no país. Veja algumas fontes de chegada: • Exportações — o exportador recebe em dólares e troca no Bacen; 02/06/2018 Disciplina Portal http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2047313&classId=931336&topicId=2652202&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum= • Empréstimo do FMI; • Venda de títulos do Brasil no exterior; • Entrada de capitais �nanceiros, atraídos por nossos juros altos; • Envio de lucros de empresas brasileiras atuando no exterior. Demanda por dólar É a saída da moeda em circulação no país. Algumas fontes de demanda por dólar: • Importações — o importador compra dólar para pagar suas compras; • Pagamento da divida externa; • Envio de remessa de lucro de multinacionais atuando aqui, para o país de origem; • Saída de capitais �nanceiros. Na verdade, nenhum governo (autoridades monetárias) de um país deixa de atuar para evitar �utuações consideradas excessivas na taxa de câmbio. Em tese, embora
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