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RESIDÊNCIA MÉDICA 2017 – 1ª FASE ACESSO DIRETO – PROVA 1 ACESSO DIRETO – PROVA 1 Instruções para a realização da prova • Esta prova é composta de 80 questões de múltipla escolha. Para cada questão, há 4 alternativas, devendo ser marcada apenas uma. • Assine a folha de respostas com caneta esferográfica preta e transcreva para essa folha as respostas escolhidas. • Ao marcar o item correto, preencha completamente o campo correspondente, utilizando caneta esferográfica preta. • Não deixe nenhuma das questões em branco na folha de respostas. • A duração total da prova é de 4 horas. NÃO haverá tempo adicional para transcrição de gabarito. • Você somente poderá deixar a sala após 2h do início da prova, podendo levar consigo APENAS o CONTROLE DE RESPOSTAS DO CANDIDATO e a DECLARAÇÃO DE PRESENÇA (abaixo). CONTROLE DE RESPOSTAS DO CANDIDATO – PROVA 1 V 1 11 21 31 41 51 61 71 2 12 22 32 42 52 62 72 3 13 23 33 43 53 63 73 4 14 24 34 44 54 64 74 5 15 25 35 45 55 65 75 6 16 26 36 46 56 66 76 7 17 27 37 47 57 67 77 8 18 28 38 48 58 68 78 9 19 29 39 49 59 69 79 10 20 30 40 50 60 70 80 DECLARAÇÃO DE PRESENÇA Declaramos que o candidato abaixo, inscrito no PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA 2017, compareceu à prova da 1ª Fase realizada no dia 13 de novembro de 2016. Nome: Documento: Coordenação de Logística Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp ASSINATURA DO CANDIDATO INSCRIÇÃO ESCOLA SALA LUGAR NA SALA NOME V PROC-01 Retângulo VALORES DE REFERÊNCIA Hb (hemoglobina) 12-14 g/dL Tempo protrombina (TP) 11-12,5 seg. Ht (hematócrito) 35-49% Tempo de tromboplastina ativada (TTPA) 30-43 seg. HCM 26-34 g/L R < 1,2 VCM 78-100fl RNI < 1,25 Reticulócitos 25.000 – 75000 mm3 Fibrinogênio 200-400 mg/dl Leucócitos 5.000 – 10.000 mm3 Plaquetas 150.000 a 4000.000mm3 Albuminúria < 30mg/24h AST 10-30 U/L Proteinúria < 0,15g/24h ALT 10-40 U/L Proteína/creatinina urinária < 0,2 g/g Bilirrubina total 0,2- 1,0 mg/dl Bilirrubina direta 0,1 – 0,4 mg/dl Colesterol total < 200mg/dL Sódio 135 – 145 mEq/L HDL colesterol > 40 mg/dL Potássio 3,5 – 5,5 mEq/L LDL colesterol < 130 mg/dL Cálcio 8,4 – 10 mg/dL Triglicérides < 160 mg/dL Cloreto 98 – 106 mMol/L Fosforo inorgânico 2,7 – 4,5 mg/dL Lactato 0,5 – 1, 6 mMol/L Albumina 3,4 – 4,8 g/dL FSH 5 – 30 mi/mL Alfa1 globulina 01, - 0,3 g/dL LH 5 – 25 mUI/mL Alfa 2 globulina 0,4 – 1,0 g/dL Prolactina 2 – 29 ng/mL Beta globulina 0,5 – 1,1 g/dL PTH 15 – 65 pg/mL Gama globulina 0,8 – 1,6 g/dL TSH 2 –11 µU/mL Complemento C3 0,9 – 1, 8 g/L 25 OH vitamina D 30 – 50 ng/mL Complemento C4 0,1 – 0,4 g/L TIBC 242 – 450 µg/dL Fator Reumatoide Negativo Ferro sérico 30 – 160 µg/dL FAN Negativo Anticorpo antipeptídeo citrulinado cíclico Negativo Creatinina 0,4 – 1,2 mg/dL Anti-SM Negativo Ureia 15 – 45 mg/dL 1. Homem, 23a, hígido, assintomático e exame físico sem alterações, retorna com os seguintes exames: Teste de ensaio imunoenzimático (EIA): positivo; teste de hemaglutinação treponêmico (TPHA): positivo e VDRL = 1/32. A CONDUTA É: a. Tratamento com penicilina benzatina 4.800.000 UI semanal por três semanas seguidas, se liquor alterado. b. Tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI dose única, e acompanhar o título do teste treponêmico. c. Repetir sorologias em duas semanas e caso haja ascensão do título do teste treponêmico, tratar como sífilis. d. Tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI semanal por três semanas seguidas, se liquor normal. 2. Mulher, 53a, relata há 4 meses aparecimento espontâneo de petéquias em braços e coxas, com aumento significativo e extensão para tronco e abdome há 2 semanas. Apresenta sangramento após a escovação dentária no mesmo período. Nega quadros semelhantes no passado. Há 6 meses, devido a um evento de acidente isquêmico transitório passou a utilizar AAS 100mg/dia. Exame físico: petéquias em tronco, abdome e coxas; Abdome: baço palpável a 1 cm do rebordo costal esquerdo. Hemograma: Hb= 13,4g/dl, VCM= 82fl, HCM= 30pg, RDW= 13,5%, leucócitos= 8.900/mm3 (segmentados 70%, linfócitos 23%, monócitos 4%, eosinófilos 3%), plaquetas= 3.000/mm3. Análise do esfregaço não mostra alterações morfológicas. O MECANISMO FISIOPATOLÓGICO DOS ACHADOS É: a. Sequestro de plaquetas no baço. b. Produção de anticorpos antiplaquetas. c. Doença clonal da hematopoese na medula óssea. d. Inibição da ciclo-oxigenase. 3. Homem, 45a, com os diagnósticos de obesidade grau III e insuficiência renal crônica dialítica, com indicação de início de eritropoietina, chega ao Pronto Socorro com dispneia súbita e intensa, dor torácica e confusão mental. Exames complementares confirmam o diagnóstico de embolia pulmonar. NO EXAME FÍSICO ESPERA-SE ENCONTRAR: a. Cianose. b. Perfusão periférica diminuída. c. Pletora. d. Tiragem intercostal 4. Homem, 55a, acompanhado em ambulatório com queixa de dispneia progressiva de longa duração, tosse pouco produtiva e antecedente de tabagismo de 2 maços por dia desde os 15 anos de idade. Exame físico: tórax com diâmetro anteroposterior aumentado, murmúrio vesicular diminuído globalmente. Espirometria: VEF1= 40% e VEF1/CVF= 0,58 pós uso de boncodilatador. Oximetria de pulso= 85% em ar ambiente. Tomografia computadorizada do tórax de alta resolução: revela alterações compatíveis com enfisema parasseptal bilateral. QUAL MEDIDA ESTÁ ASSOCIADA À MELHORA DA SOBREVIDA DESSE PACIENTE A LONGO PRAZO? a. Broncodilatador beta-agonista de ação prolongada. b. Anticolinérgico de ação prolongada. c. Oxigênio suplementar. d. Corticoterapia inalatória. 5. Homem, 21a, com diagnóstico de psoríase leve, apresentou amigdalite purulenta. Foi medicado com uma injeção de corticoide, amoxicilina e diclofenaco. Duas semanas depois, apresentou piora do quadro cutâneo, com lesões eritêmato- descamativas acometendo mais de 90% da superfície corpórea. O DIAGNÓSTICO É: a. Síndrome de Stevens-Johnson, por reação à droga. b. Eritrodermia esfoliativa, por exacerbação da doença. c. Síndrome da pele escaldada, por toxina bacteriana. d. Necrólise epidérmica tóxica, por reação à droga. 6. Homem 32a, trabalhador da área de mineração, procedente de Santarém (PA). Procura a Unidade Básica de Saúde com queixa de fraqueza progressiva e perda de 10 Kg há 4 meses. Há 2 meses vem apresentando episódios frequentes de febre de 38o C à noite, que cede com o uso de medicação. Exame físico: Regular estado geral, emagrecido, PA= 100x70 mmHg, FC= 108bpm. Abdome: dor à palpação profunda com baço palpável na cicatriz umbilical. Hemograma: Hb= 7,3g/dL, leucócitos= 1.900/mm3 (metamielócitos 2%, mieloócitos 4%, bastonetes 8%, segmentados 61%, linfócitos 24%, monócitos 1%), plaquetas= 33.000/mm3. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA É: a. Leucemia mieloide crônica em fase acelerada. b. Lúpus eritematoso sistêmico. c. Leishmaniose visceral. d. Mielofibrose primária. 7. Homem, 40a, faz uso cronicamente de varfarina 10 mg/dia, antecedente de trombose venosa profunda. Chega ao Pronto Socorro com sangramento gengival e urinário volumoso. Bom estado geral, FC= 80bpm, PA= 110x80mmHg. Hb= 12,5 g/dL, Ht= 38% RNI= 10. O TRATAMENTO É: a. Transfundir plasma fresco congelado.b. Administrar imunoglobulina intravenosa. c. Administrar vitamina K. d. Suspender a varfarina e observar. 8. Homem, 43a, previamente hígido, chega ao Pronto Socorro queixando-se de dor lombar intensa, tipo cólica, com irradiação para membro inferior esquerdo há duas horas, sem melhora com medicação oral. Sem outras queixas. Exame físico: Regular estado geral, FC= 148bpm, FR= 25irpm, T= 37,3°C, Tempo de enchimento capilar <2 segundos, PA= 150 x 110 mmHg. Abdome: Giordano presente à esquerda. Após analgesia apresentou melhora da dor e normalização dos sinais vitais. Foram coletadas duas amostras de hemocultura que ficaram positivas após 3 horas e 50 minutos de cultivo em meio automatizado. A bacterioscopia deste material evidenciou presença de bacilos Gram negativos. O TRATAMENTO INDICADO É: a. Amicacina por 7 dias. b. Fosfomicina, dose única. c. Cefazolina por 7 dias. d. Ciprofloxacina por 14 dias. 9. Homem, 26a, queixa-se de dor, sensação de corpo estranho e vermelhidão no olho direito há 6 horas. Refere episódios anteriores que melhoraram com uso de colírios. Refere dor e edema no joelho e no tornozelo esquerdo e dor na região do calcâneo direito há 6 meses. Avaliação oftalmológica: uveite anterior aguda. Exame articular: entesite calcâneo direito, artrite joelho e tornozelo esquerdo. O DIAGNÓSTICO É: a. Espondiloartrite. b. Artrite reumatoide. c. Artrite gonocócica. d. Doença de Behçet. 10. Mulher, 35a, chega ao Pronto Socorro com dispneia intensa. Exame físico: PA= 110x70mmHg, FC= 120bpm, FR= 32irpm, cianótica, com uso de musculatura acessória. Pulmões: murmúrio vesicular presente com sibilos difusos. Após inalação com beta2 agonista, apresenta rebaixamento do nível de consciência, sendo optado por intubação orotraqueal. AO AJUSTAR OS PARÂMETROS INICIAIS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA DEVE-SE OBSERVAR: a. Ventilação a pressão, PEEP= 15, FI02= 0,3. b. Fração inspirada de oxigênio entre 90% e 100%. c. Fluxo inspiratório alto para permitir baixo pico de pressão. d. Frequência respiratória e o volume corrente baixos. 11. Mulher, 30a, assintomática, realiza exame admissional para trabalhar como agente de saúde. Sorologia hepatite B: HBsAg= positivo, anti-HBs= negativo; anti- HBc= positivo, HBeAg= positivo e anti-HBe= negativo; AST = 32 mg/dL e ALT = 64 mg/dL. A CONDUTA É: a. Pesquisar e quantificar HBV-DNA e realizar biópsia hepática. b. Iniciar tratamento com antiviral devido às dosagens de transaminases. c. Expectante e dosar antígeno carcinoembrionário a cada três meses. d. Realizar elastografia hepática e tratar com interferon-alfa. 12. Um médico legista faz uma necropsia em uma mulher não identificada com óbito secundário a hemoptise maciça. Ela aparenta ter entre 35 a 40 anos. Ao exame do tórax observam-se aneurismas de artérias pulmonares, com rotura. QUAL O PROVÁVEL DIAGNÓSTICO: a. Síndrome de Goodpasture. b. Hipertensão pulmonar. c. Poliangeíte com granulomatose. d. Doença de Behçet. 13. Mulher, 30a, faz uso crônico de prednisona 20 mg/dia e fará uma colecistectomia eletiva. EM RELAÇÃO À CORTICOTERAPIA A CONDUTA É: a. Manter a prednisona na mesma posologia. b. Substituir por hidrocortisona nas primeiras 24 horas. c. Dobrar a dose da prednisona no dia da cirurgia. d. Suspender a prednisona por 24 horas. 14. Homem, 57a, pedreiro é trazido ao serviço médico referindo desmaio ao realizar grande esforço no trabalho, ao acordar não apresentava déficits. Nas últimas semanas sentiu aperto no peito ao realizar os esforços que desaparecia ao repouso. Nega outros sintomas. Nega tabagismo e etilismo. Nega antecedentes familiares. Exame físico: PA= 110x85 mmHg, FC= 92bpm, FR= 16irpm, oximetria de pulso (ar ambiente) = 97%. Bom estado geral, corado, hidratado. Pulso carotídeo diminuído e tardio. Pulmões: murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios; Coração: Íctus no quinto espaço intercostal esquerdo, desviado 2cm para a esquerda da linha hemiclavicular ipsilateral; bulhas rítmicas normofonéticas, com sopro mesossistólico ejetivo, rude, audível em foco aórtico, foco aórtico acessório e foco mitral, irradiado para o pescoço, B4 presente; Abdome sem alterações; Extremidades: pulsos de baixa amplitude, ausência de edema. A ALTERNATIVA CORRETA É: a. O diagnóstico é insuficiência aórtica e a causa do desmaio é baixo débito. b. O diagnóstico é insuficiência mitral grave e o desvio do íctus é resultado da cardiomegalia. c. O diagnóstico é estenose aórtica e o aperto no peito é em consequência da hipertrofia ventricular compensatória. d. O diagnóstico é de estenose mitral e a presença de B4 é devida ao aumento do átrio esquerdo, em presença de disfunção diastólica. 15. Mulher, 32a, previamente hígida, internada há 9 dias para tratamento de pneumonia em uso de ceftriaxone e azitromicina intravenosos. Há 48 horas apresenta diminuição da diurese e vermelhidão pelo corpo. Exame físico: PA= 136 x 90mmHg; FC= 82bpm; T= 37,5ºC, presença de exantema maculopapular discreto e difuso. Exames laboratoriais: Hb= 11,5 g/dL; Ht= 35%; Leucócitos= 10.800/mm³; (56% segmentados, 23% linfócitos, 21% eosinófilos), plaquetas= 180.000/mm³; Na= 137mEq/L; K= 4,2mEq/L, Ca= 9,8 mg/dL. Creatinina= 2,5 mg/dL e Ureia= 100 mg/dL; Urina: = densidade= 1015, pH = 5.5; proteína negativa, leucócitos= 20.000/mm³, hemácias = 5.000/mm³, eosinófilos presentes. O DIAGNÓSTICO É: a. Nefrite tubulointersticial aguda. b. Infecção do trato urinário. c. Necrose tubular aguda. d. Glomerulonefrite difusa aguda. 16. Homem, 21a, com história de febre baixa há 20 dias e alteração de consciência nas últimas 12 horas. Líquor lombar: Leucócitos= 40/mm³ (80%linfócitos, 20% neutrófilos), proteína= 150mg/dL, glicose= 30mg/dL (glicemia 90mg/dL). A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CRÂNIO COMPATÍVEL COM O DIAGNÓSTICO É: a. b. c. d. 17. Mulher, 55a, com diagnóstico de cirrose alcoólica realizou estudo tomográfico que evidenciou nódulo hipervascularizado na fase arterial, em segmento hepático VIII, medindo 4cm de diâmetro, com trombose portal associada. Alfafetoproteína= 1230ng/mL. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA É: a. Doença metastática de origem colorretal. b. Colangiocarcinoma. c. Hepatoblastoma. d. Hepatocarcinoma. 18. Homem, 66a, no sétimo dia de pós-operatório de colectomia total com íleo-reto anastomose, evolui com oligúria. Antecedentes pessoais: diabete melito e hipertensão arterial. Os parâmetros hemodinâmicos estão dentro da normalidade. Exames laboratoriais: Na= 133 mEq/L, K= 8,0 mEq/L, ureia= 152 mg/dL, creatinina= 4,0 mg/dL e glicemia= 165 mg/dL. A COMPLICAÇÃO MAIS PROVÁVEL QUE PODE OCORRER É: a. Convulsões tônico-clônicas. b. Fibrilação ventricular ou assistolia. c. Coma hiperosmolar não-cetótico. d. Pericardite urêmica. 19. Homem, 39a, admitido no Pronto Socorro trazido pelo SAMU. Antecedente pessoal: insuficiência renal crônica secundária à nefropatia diabética. Exame físico: Glasgow 10 oximetria de pulso (ar ambiente)= 89%, pressão arterial média (PAM)= 45 mmHg, FC= 130 bpm, Temp.= 38, 2°C, hiperemia e saída de secreção purulenta em local de inserção de cateter de hemodiálise. QUAIS AS CONDUTAS A SEREM TOMADAS NAS PRIMEIRAS 3 HORAS: a. Intubar, iniciar ventilação mecânica, colher gasometria arterial e hemograma, iniciar noradrenalina para atingir PAM de 65 mmHg. b. Dosar lactato sérico, colher hemoculturas, iniciar antibioticoterapia venosa de amplo espectro, infundir 30 mL/kg de solução cristaloide e ofertar oxigênio. c. Intubar, iniciar ventilação mecânica, inserir cateter de artéria pulmonar, colher hemoculturas e iniciar antibioticoterapia de amplo espectro. d. Realizar tomografia de crânio, puncionar veia central, colher hemograma e dosar lactato, infundir 50 mL/kg de solução cristaloidee ofertar oxigênio. 20. Após as medidas iniciais o paciente evolui com melhora do nível de consciência, porém persiste com PAM= 55 mmHg. A CONDUTA É: a. Hidrocortisona 50 mg venosa de 6/6h. b. Retirar o cateter de hemodiálise. c. Iniciar infusão de noradrenalina. d. Albumina 20% 100mL venosa até PAM> 65 mmHg. 21. Mulher, 35a, com diagnóstico de prolapso mitral há 10 anos, assintomática. Exame físico: Bulhas rítmicas normofonéticas com sopro sistólico em foco mitral 4+/6+. Ecocardiograma: diâmetros atrial e ventricular esquerdos acima do valor normal e fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 45%, prolapso incontinente da valva mitral com refluxo grave. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a. Não há indicação cirúrgica, visto que a patologia tem evolução favorável. b. A indicação cirúrgica irá depender da possibilidade de realização de reparo valvar. c. Valvotomia percutânea com balão pode ser proposta para adiar a indicação cirúrgica. d. Indica-se tratamento cirúrgico, mesmo sendo a paciente assintomática. 22. Uma parede desaba sobre um trabalhador, ficando o membro inferior direito soterrado e preso sob os escombros. O resgate levou duas horas, e a perna direita evoluiu com aumento do volume, dor importante e cianose de extremidade. O pulso pedioso direito está diminuído. O TRATAMENTO É: a. Fasciotomia. b. Trombólise. c. Aquecimento do membro. d. Embolectomia. 23. Homem, 70a, no pós operatório imediato de gastroduodenopancreatectomia, com dor em ferida operatória, evolui com dispneia. Exame físico: FR= 30 irpm, FC= 110 bpm, Temp.= 37,8°C, oximetria de pulso (ar ambiente)= 89%; Pulmões: murmúrio vesicular ausente em campo inferior direito. O DIAGNÓSTICO É: a. Pneumonia nosocomial. b. Tromboembolismo pulmonar. c. Derrame pleural. d. Atelectasia pulmonar. 24. Homem, 73a, referindo queda da própria altura há quatro horas, teve ferimento corto-contuso na região temporal esquerda sem perda de consciência, em uso de clopidogrel, Exame físico: Escala de Coma de Glasgow= 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes. ALÉM DA SUTURA DO FERIMENTO, CONDUTA É: a. Realizar radiograma de crânio e solicitar hemograma. b. Realizar tomografia computadorizada de crânio e profilaxia para tétano. c. Realizar tomografia computadorizada de crânio e solicitar coagulograma. d. Realizar radiograma de crânio e iniciar antibioticoterapia. 25. Homem, 65a, oligossintomático, com diagnóstico de hérnia de hiato por deslizamento e esôfago de Barrett sem presença de displasia, em uso de omeprazol 40mg/dia. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a. Manter tratamento clínico e fazer endoscopia a cada 2 anos. b. O seguimento endoscópico é desnecessário devido ausência de displasia. c. Realizar endoscopia a cada 6 meses, com biópsias aleatórias. d. Indicar gastrofundoplicatura, devido ao risco de malignização. 26. Mulher, 24a, admitida no pronto atendimento, referindo que derramou acidentalmente óleo fervente sobre o corpo. Sem antecedentes mórbidos. Exame físico: fácies de dor, PA= 148x96 mmHg, FC= 110bpm, FR= 22irpm, pele: áreas de queimadura, com eritema e formação de bolhas úmidas e muito dolorosas em todo abdome, coxas bilateralmente e antebraços. ENTRE OS CUIDADOS PRECONIZADOS PARA O ATENDIMENTO INICIAL TEMOS: a. Hidratação com ringer lactato, vacinação antitetânica, morfina. b. Hidratação com ringer lactato, cefazolina endovenosa, heparina subcutânea. c. Hidratação com solução salina 0,9%, clorohexidina e nitrato de prata 1%, tópicos. d. Hidratação com solução salina 0,9%, dipirona, dexametasona endovenosa. 27. Mulher, 45a, trazida ao pronto socorro por familiares devido confusão mental há 4 horas e episódio de convulsão tônico-clônica há 30 minutos. Antecedentes pessoais: nega uso de medicação. Exame físico: FC= 78 bpm, FR= 16 irpm, oximetria (ar ambiente)= 98%, PA= 134x78 mmHg, Pescoço: cicatriz cervical anterior com pontos, Neurológico: Escala de Coma de Glasgow: 15, sem déficit focal. Eletrocardiograma: A CONDUTA É: a. Dosagem de enzimas cardíacas. b. Tomografia computadorizada de crânio. c. Dosagem de cálcio sérico. d. Observação em Pronto Socorro. 28.Homem, 45a, refere dor precordial de início súbito, de forte intensidade e com irradiação para as costas, há 2 horas. Antecedente Pessoal: hipertensão arterial sistêmica, em uso irregular de enalapril 10mg/dia. Exame físico: regular estado geral, pálido, PA= 184x114 mmHg, FC= 100bpm; Pulmões: murmúrio vesicular sem ruídos adventícios; Coração: bulhas rítmicas normofonéticas sem sopros. Pulso femoral esquerdo diminuído. Eletrocardiograma: Sobrecarga de ventrículo esquerdo. Tomografia de tórax: A CONDUTA É: a. Cirurgia de emergência. b. Punção de Marfan. c. Tratamento conservador. d. Cateterismo cardíaco. 29. Homem, 22a, perde o controle da motocicleta e colide contra um muro. É trazido ao Pronto Atendimento por transeuntes. Exame físico: Vias aéreas: estridor respiratório com sangue em cavidade oral e fratura de mandíbula; FR= 32irpm; Oximetria de pulso (ar ambiente)= 96%; Tórax: murmúrio vesicular diminuído à esquerda com enfisema subcutâneo e crepitação ao níveis dos quarto, quinto e sexto arcos costais; PA= 130x80mmHg; FC= 120bpm; Abdome e Pelve: sem alteração, FAST= negativo; Neurológico: Escala de Coma de Glasgow= 7 e pupilas isofotorreagentes. A SEQUÊNCIA ADEQUADA DAS CONDUTAS É: a. Cânula de Guedel, colar cervical, toracocentese de alivio, via aérea definitiva. b. Colar cervical, suplemento de oxigênio, via aérea definitiva, drenagem torácica. c. Colar cervical, aspiração da cavidade oral, máscara laríngea, acesso venoso central. d. Aspiração da cavidade oral, acesso venoso, colar cervical, máscara de Venturi. 30. Recém-nascido com 6 horas de vida começou a apresentar insuficiência respiratória aguda progressiva. Exame físico: coração: bulhas rítmicas normofonéticas em hemitórax direito; abdome: escavado. O DIAGNÓSTICO É: a. Persistência do canal arterial. b. Situs inversus totalis. c. Hérnia diafragmática congênita. d. Cisto broncogênico. 31. Homem, 27a, sofre queda do telhado, é trazido ao Pronto Socorro. Exame físico: PA= 110 x 75 mmHg; FC= 110bpm; FR= 28irpm; Oximetria de pulso (ar ambiente)= 89%; Tórax: movimento paradoxal no hemitórax direito. Radiograma de tórax: quatro costelas à direita consecutivas fraturadas em dois pontos e consolidação do parênquima pulmonar adjacente. PARA MELHORAR A OXIGENAÇÃO TECIDUAL, ALÉM DA SUPLEMETAÇÃO DE OXIGÊNIO, DEVE-SE: a. Hiperhidratar com solução cristaloide aquecida, toracocentese e analgesia. b. Enfaixamento do tórax, analgesia e broncodilatador. c. Reposição volêmica com solução cristaloide aquecida sem hiperhidratar e analgesia. d. Reposição volêmica com solução cristaloide aquecida e antibioticoterapia. 32. Mulher, 52a, procura atendimento médico por tosse e febre há 3 dias. No exame foi observada no dorso, a seguinte lesão com aproximadamente 3 cm no maior eixo: A CONDUTA EM RELAÇÃO À LESÃO É: a. Biópsia incisional. b. Biópsia por raspagem. c. Biópsia e pesquisa do linfonodo sentinela. d. Biópsia excisional. 33. Menina, 5a, encaminhada ao ambulatório de cirurgia cardíaca com diagnóstico de comunicação interatrial tipo ostium secundum confirmada por ecocardiografia. QUAIS ACHADOS SEMIOLÓGICOS E DE EXAMES LEVARAM O PEDIATRA A ESTE DIAGNÓSTICO? a. Cianose, sopro diastólico em foco pulmonar e radiograma de tórax mostrando cardiomegalia global. b. Sopro sistólico em borda esternal superior, desdobramento fixo de segunda bulha, ECG com bloqueio de ramo direito. c. Hiperfonese desegunda bulha, sopro em maquinaria em região infraclavicular esquerda, ECG com sobrecarga esquerda. d. Ictus cordis deslocado para direita, sopro em foco tricúspide à manobra de Valsalva e radiograma do tórax com retificação do arco pulmonar. 34. Menino, 3a, chega à Unidade de Emergência Pediátrica com história de tosse, dificuldade respiratória e chiado no peito há 2 horas. A cuidadora nega febre ou quadro viral pregresso. No primeiro ano de vida, relata 3 episódios de sibilância, de curta duração, tratadas no domicílio com nebulização com droga beta 2 agonista. Exame físico: regular estado geral, FC= 130 bpm, FR= 54 irpm, oximetria de pulso (ar ambiente)= 89%; afebril; Pulmão: retração subcostal bilateral, diminuição da entrada de ar à esquerda e sibilos disseminados. Iniciada oxigenioterapia com máscara e nebulização com salbutamol. Radiograma de tórax: A CONDUTA É: a. Intubação endotraqueal. b. Manobra de desobstrução. c. Solicitar broncoscopia. d. Punção de tórax à direita. 35. Menino, 2a, é trazida pela tia, que refere aparecimento de lesão em face dorsal de pé esquerdo há 3 dias que inicialmente era uma bolha com conteúdo seroso com edema local, evolui com piora progressiva da lesão. Exame físico: Pele: lesão dolorosa, endurada, equimótica, mesclada com áreas pálidas de isquemia com bolha necro-hemorrágica em dorso de pé esquerdo. O QUADRO ACIMA SE REFERE A ACIDENTE: a. Escorpiônico. b. Botrópico. c. Crotálico. d. Loxoscélico. 36. Menino, 3a, está internado em enfermaria com quadro de asma aguda grave, recebendo oxigenioterapia, corticoterapia endovenosa e nebulização com droga beta 2 agonista a cada 2 horas. No segundo dia de internação, mantinha insuficiência respiratória, sibilos disseminados em ambos campos pulmonares e oximetria de pulso de 92%. Prescrito terbutalina endovenosa contínua em bomba de infusão. Após 12 horas, paciente melhora do quadro de sibilância. Inicia quadro de vômitos, distensão abdominal e diminuição dos ruídos hidroaéreos. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA PARA ESSA ÚLTIMA SITUAÇÃO CLÍNICA É: a. Distúrbio eletrolítico. b. Pneumonia de base pulmonar. c. Sub-oclusão por bolo de áscaris. d. Gastrite medicamentosa. 37. Menina, 13a, chega ao Pronto Socorro, referindo batedeira no peito e conta ingestão de anti-depressivo tricíclico pois estava tendo dificuldade de aceitação pelas amigas. É imediatamente levada à sala de emergência. As vias aéreas estão protegidas e a ventilação é adequada. Na monitorização cardíaca contínua nota-se taquicardia com QRS alargado. O TRATAMENTO É: a. Cardioversão elétrica. b. Lidocaína. c. Bicarbonato de sódio. d. Adenosina. 38. Lactente, 18 meses, ingeriu analgésico-narcótico de seu pai. É trazido à emergência e sua mãe a descreve como letárgica e com dificuldade para respirar. AS PRIORIDADES DURANTE A AVALIAÇÃO CARDIOPULMONAR RÁPIDA, DESSA CRIANÇA SÃO: a. Determinar frequência cardíaca e pressão arterial para avaliar se está em choque compensado ou hipotensivo. b. Determinar a amplitude do pulso para caracterizar se a criança encontra-se em choque. c. Pedir uma gasometria para avaliar a necessidade de intubação. d. Avaliar as vias aéreas e respiração, pela frequência respiratória, expansibilidade torácica e cor da pele. 39. Menina, 6a, é trazida a atendimento com queixa de febre intermitente há uma semana e dor articular progressiva em membros superiores e inferiores. Há um dia lesões na pele. Exame físico: regular estado geral, FR= 16irpm; FC= 100bpm; Temp= 38,3°C, irritada, descorada ++/4+ e linfonodomegalia generalizada. Abdome: fígado a 3cm rebordo costal direito, baço a 2cm rebordo costal esquerdo, endurecidos; Neurológico: sinais meníngeos ausentes. Pele: equimoses em todo o corpo. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA É: a. Sepse. b. Meningococcemia. c. Leucemia. d. Dengue hemorrágico. 40. Menino, 5a, retorna para avaliação de hemograma solicitado anteriormente. De acordo com a mãe, este exame foi repetido pois os anteriores tinham uma alteração nas “células brancas”. Previamente hígido. Exame físico: descorado +/4+, sem outras alterações. Hemograma: Hb= 10,4g/dL; Ht: 30%, RDW= 14%, Leucócitos= 2.600mm³ (1% bastonetes, 40% segmentados, 2% eosinófilos, 50% linfócitos típicos e 7% monócitos). A CAUSA MAIS COMUM QUE EXPLICA ESTAS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS É: a. Presença de anticorpos anti-leucócitos. b. Exposição a pesticidas/derivados de benzeno. c. Hipoplasia medular. d. Uso de dipirona. 41. Mãe procura Pronto Socorro referindo ser esta sua quarta vinda a pronto atendimento pediátrico. Está extremamente ansiosa dizendo que seu filho já usou várias medicações e a febre não passa. O paciente tem 5 anos, apresenta febre contínua há 7 dias acompanhada de linfonodomegalia cervical bilateral e odinofagia. Há 3 dias iniciou quadro de rash cutâneo acompanhado de hiperemia conjuntival bilateral e edema de punhos. A COMPLICAÇÃO RELACIONADA À ESSA DOENÇA É: a. Abscesso periamigdaliano. b. Aneurisma de coronária. c. Febre reumática. d. Neoplasia. 42. Lactente de 48 dias de vida é admitido na Unidade de Emergência Pediátrica com história de vômitos há 5 dias, pós-alimentares, 2-3 vezes ao dia. Nega diarreia ou febre. No exame físico apresenta sinais de desidratação e a inspeção do períneo mostra genitália ambígua. OS ACHADOS LABORATORIAIS ESPERADOS SÃO: a. Hipernatremia e hipocalemia. b. Hiponatremia e hipocalemia. c. Hipernatremia e hipercalemia. d. Hiponatremia e hipercalemia. 43. Menina, 7 meses, chega à Unidade de Emergência com história de febre alta e irritabilidade há 3 dias. Cuidadora nega sintomas respiratórios ou intestinais. Sem antecedentes patológicos ou comorbidades. Exame físico: REG, corado, hidratado, Temp= 39°C, FR= 56irpm, FC= 156 bpm, tempo de enchimento capilar= 2 segundos. Em outro serviço foi coletado urina que mostrou leucocitúria, nitritos ++ e leucócito- esterase +. Urocultura em andamento. AS CONDUTAS TERAPÊUTICA E DIAGNÓSTICA INICIAIS SÃO: a. Internação, nova urocultura por sondagem vesical, antibioticoterapia empírica intravenosa, ultrassonografia de vias urinárias. b. Tratamento domiciliar com antibioticoterapia oral, nova urocultura por sondagem vesical, uretrocistografia miccional no seguimento ambulatorial. c. Internação, antibioticoterapia empírica intravenosa, ultrassonografia de vias urinárias e uretrocistografia miccional no seguimento ambulatorial. d. Tratamento domiciliar com antibioticoterapia oral, ultrassonografia de vias urinárias e uretrocistografia miccional no seguimento ambulatorial. 44. Menino, 2 meses, comparece à consulta por causa de reação à vacina BCG. Refere diarreia (7x/dia) desde o nascimento, com fezes amolecidas, sem sangue. Apresenta muita tosse e dificuldade respiratória necessitando de antibiótico e lesões esbranquiçadas em boca que não melhoram com tratamento. Gestação e parto normal, peso nascimento= 3,6Kg, comprimento= 50cm, perímetro cefálico= 35,5cm. Aleitamento materno exclusivo. Exame físico: Peso= 4kg, Estatura= 55cm e PC= 39,5cm, T= 37ºC. Emagrecido, anictérico, acianótico. Placas brancas em toda orofaringe. Linfonodo axilar esquerdo com supuração. Pulmões: respiração ruidosa, murmúrio vesicular presente simétrico com estertores crepitantes na base posterior esquerda. Abdome: fígado há 2 cm do rebordo costal direito, baço 1,5 cm abaixo do rebordo costal. Neurológico: Sustenta a cabeça e dirige o olhar. A CAUSA MAIS PROVÁVEL DESSA IMUNODEFICIÊNCIA É: a. Celular. b. Humoral. c. Fagocitica. d. Complemento. 45. Menino, 9a, é trazido pelos pais para consulta em Unidade Básica de Saúde, com história de dor de garganta, febre há 15 dias, mal-estar, diminuição deapetite e fraqueza. Exame físico: Regular estado geral, corado, FC= 98 bpm, FR= 18 irpm, Temp.= 38,4oC; Cavidade oral: hiperemia e hipertrofia de tonsilas, com exsudato esbranquiçado; Abdome: baço palpável a 4cm do rebordo costal esquerdo, na linha hemiclavicular; Linfonodos: palpáveis em cadeia submandibular, jugular e axilar bilateralmente, alguns com diâmetro maior que 2,5cm, todos móveis e elásticos, sem adesão a planos profundos. A FISIOPATOLOGIA DA ESPLENOMEGALIA É DECORRENTE DE: a. Infiltração neoplásica. b. Proliferação linfocitária. c. Hipertensão portal. d. Formação de microabscessos. 46. Menino, 7a, foi trazido ao Pronto Atendimento, pelo SAMU, após ser atropelado e arremessado a cerca de 10 metros, perdeu a consciência imediatamente e mantinha a respiração espontânea. Exame físico: FC= 140 bpm, FR= 33 irpm, tempo de enchimento capilar= 3 segundos. Cabeça: contusão em região frontal; Exame neurológico: balbucia sons incompreensíveis, localiza a dor, não abre os olhos aos estímulos dolorosos; Membros: coxa direita deformada. A CLASSIFICAÇÃO DO COMPROMETIMENTO NEUROLÓGICO E A CONDUTA EM RELAÇÃO À VIA AÉREA SÃO: a. Escala de Coma de Glasgow= 8; intubação traqueal. b. Escala de Coma de Glasgow= 11; máscara de oxigênio não reinalante. c. Escala de Coma de Glasgow= 9; catéter de oxigênio à 5 L/min. d. Escala de Coma de Glasgow= 6; máscara laríngea. 47. Lactente, 6m, é trazido à emergência com história de recusa da mamadeira, distensão abdominal, vômitos e diminuição na frequência das evacuações há 36 horas. Nega febre, alterações urinárias. As fezes tem muco e sangue e uma consistência amolecida. Exame Físico: Regular estado geral, mucosas secas, choroso, FC= 158 bpm, FR 54 irpm; Abdome: distendido, peristaltismo aumentado, massa abdominal palpável em flanco direito; Toque retal: presença de muco com sangue. O DIAGNÓSTICO É: a. Divertículo de Meckel. b. Estenose hipertrófica de piloro. c. Hérnia inguinal encarcerada. d. Intussuscepção intestinal. 48. Em uma Unidade Básica de Saúde foram atendidos: CASO1: Menino, 8a, portador de síndrome nefrótica em uso de predinisona 10mg/dia, refere tosse coriza, mialgia e cafaleia há 36 horas; CASO 2: Menina, 6a, portadora de síndrome de Down e hipotireoidismo, e a mãe conta tosse, febre, obstrução nasal e coriza, há 24 horas; CASO 3: Menina, 9a, febre, tosse, cefaleia, coriza e artralgia há 24 horas; CASO 4: Menino, 4a, referindo tosse, cefaleia, artralgia e febre há 36 horas; CASO 5: Menino 7a, com tosse, coriza, artralgia, exantema e febre há 30 horas. A PRESCRIÇÃO DE OSELTAMIVIR É PARA OS CASOS: a. 1, 3 e 5 b. 2, 3 e 5. c. 1, 2 e 4. d. 3, 4 e 5. 49. Primigesta, 25a, interna em trabalho de parto com 8cm e rapidamente evoluiu para parto vaginal com retenção placentária, sendo necessária extração manual. Apresenta tipagem sanguínea O Rh negativo. Refere administração de Imunoglobulina anti-D com 30 semanas de idade gestacional. No alojamento conjunto realiza teste de Coombs indireto com resultado positivo. A CONDUTA PARA ESSA PUÉRPERA É: a. Orientação para seguimento em pré-natal de alto risco em uma futura gestação. b. Administração de imunoglobulina anti-D se Coombs indireto negativar. c. Expectante, já que recebeu imunoglobulina durante o pré-natal. d. Administração de nova dose de imunoglobulina anti-D se recém-nascido Rh positivo. 50. Gestante,36a, G4P3, na 30a semana de gestação procura unidade de pronto atendimento com queixa de cefaleia occipital há 6 horas. Antecedente: hipertensão arterial crônica. Exame físico: PA= 140x90 mmHg, FC= 90bpm, altura uterina= 25cm, dinâmica uterina= ausente, BCF= 122bpm, reflexos osteotendinosos profundos exaltados com aumento de área reflexógena. Estão disponíveis as seguintes medicações: hidralazina comprimidos de 25 mg, nifedipina cápsulas de 10 mg, diazepam 10 mg comprimidos, sulfato de magnésio ampolas a 50%. A CONDUTA É: a. Administrar sulfato de magnésio, transferência para o hospital de referência. b. Transferir a gestante para o hospital de referência se persistir o quadro após 30 minutos. c. Hidralazina via oral, sulfato magnésio. d. Nifedipina e diazepam via oral; transferência se não houver melhora após medicação. 51. Primigesta, 20a, com idade gestacional de 30 semanas, comparece à unidade de pronto atendimento obstétrico com queixa de febre e dor abdominal. Exame físico: regular estado geral, Temp= 38oC, FC= 100bpm. Exame obstétrico: sem alterações. Exames laboratorial: Exame sumário de urina: nitrito positivo, 500.000 leucócitos/campo e 10.000 hemácias/campo. A HIPÓTESE E A CONDUTA SÃO: a. Infecção do trato urinário; nitrofurantoina via oral. b. Pielonefrite; internação e cefazolina intravenosa. c. Infecção do trato urinário; ampicilina via oral. d. Pielonefrite; internação e sulfametoxazol-trimetropin intravenoso. 52. Primigesta, 20a, com 12 semanas de gestação, inicia pré-natal e recebe resultado de VDRL ¼. A paciente é assintomática e não refere história conhecida de qualquer tratamento. A CONDUTA É: a. Realizar prova treponêmica e, se positiva, tratamento, com abordagem do parceiro. b. Realizar prova treponêmica e, se positiva, tratamento da paciente como sífilis primária, sendo o título alto. c. Repetir a sorologia e, se o título aumentar, tratamento do casal como fase latente indeterminada. d. Expectante, pois se trata de cicatriz sorológica. 53. Gestante, 35a, G4P3C0A0 é avaliada com dor em baixo ventre e perda de líquido por via vaginal há aproximadamente 5h. A idade gestacional é de 32 semanas (amenorreia/ultrassonografia precoce). Exame obstétrico: altura uterina= 30cm; batimentos cardíacos fetais= 132bpm; dinâmica uterina= 2 contrações moderadas de 30segundos; exame especular: grande quantidade de líquido claro em fundo de saco vaginal e colo grosso aparentemente pérvio para 2cm. Ultrassonografia atual: apresentação pélvica e Índice de Líquido Amniótico= 40mm. A CONDUTA É: a. Internação para realização de cesárea devido à apresentação pélvica e bolsa rota. b. Internação para hiperhidratação, tocólise, corticoterapia e seguimento rigoroso. c. Seguimento ambulatorial, controle de temperatura, repouso e hiperhidratação. d. Seguimento ambulatorial, triagem de infecção e corticoterapia. 54. Primigesta de 40 semanas apresenta evolução do trabalho de parto de acordo com o partograma abaixo O DIAGNÓSTICO E A CONDUTA SÃO: a. Distócia de rotação; fórcipe de Kielland. b. Distócia funcional; fórcipe de Simpson. c. Evolução fisiológica; vigilância da vitalidade fetal. d. Parada secundária da descida; indicação de cesariana. 55. Mulher, 36a, G6P5C0A0, último parto há 9 anos. Procura o pronto atendimento obstétrico com queixa de contrações. Exame físico: PA= 110x70mmHg; altura uterina= 39cm; batimentos cardiofetais= 150bpm; dinâmica uterina= 4 contrações de 45 segundos fortes em 10 minutos; toque vaginal: colo pérvio para 6cm, médio, cefálico alto e móvel com bolsa integra. Encaminhada ao Centro Obstétrico para acompanhamento do trabalho de parto. Após 2 horas e 30 minutos é conduzida à sala de parto com dilatação total. Colocada em posição para parto e realizada rotura de membranas, com orientação de esforços para expulsivo e condução com ocitocina. Evolui com sangramento vaginal abundante, batimentos fetais inaudíveis e dinâmica uterina ausente, toque com dilatação total e apresentação inalcançável. O DIAGNÓSTICO É: a. Placenta prévia. b. Descolamento prematuro de placenta. c. Rotura uterina. d. Rotura de vasa prévia. 56. Mulher, 32a, G2P1C1A0, cesárea devido à apresentação pélvica. Procura o Pronto Atendimento Obstétrico com queixa de sangramento vaginal, idade gestacional de 32semanas. Exame físico: PA= 100x60mmHg; FC= 80bpm; altura uterina= 31cm; dinâmica uterina= 3 contrações leves a moderadas de 30 segundos em 10 minutos; batimentos cardiofetais= 144bpm; especular: saída de sangue vermelho vivo pelo orifício externo do colo uterino em pequena quantidade. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA MAIS PROVÁVEL E A MELHOR CONDUTA NESSE CASO SERÃO: a. Descolamento prematuro de placenta e cesárea de urgência. b. Rotura de vasa prévia e cesárea de emergência. c. Amniorrexe prematura pré-termo; internação para inibição de trabalho de parto prematuro e corticoterapia para maturação pulmonar. d. Placenta prévia; realizar ecografia, inibição do trabalho de parto e corticoterapia para maturação pulmonar. 57. Mulher, 33a, G2P2C0A0, comparece ao pronto atendimento por quadro de dor mamária bilateral, mais intensa há 15 dias. Nega trauma, antecedentes de mastite e tabagismo atual ou pregresso. Trabalha em linha de produção de bijuterias. Refere uso regular e adequado de pílula anticoncepcional oral combinada, hoje no terceiro dia de pausa. Antecedentes pessoais e familiares negativos, inclusive oncológicos. Nunca fez mamografia. Exame físico: mamas de médio volume, simétricas, dolorosas nos quadrantes superiores, expressão das árvores ductais negativas bilateralmente, sem outras alterações. Axilas e fossas supraclaviculares bilateralmente livres. A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA É: a. Mastalgia de origem extramamária com piora catamenial. b. Câncer de mama bilateral nos quadrantes superiores externos. c. Fibradeonomatose mamária. d. Papilomas intraductais bilateralmente com ectasia ductal. 58. Mulher, 57a, comparece em consulta de retorno com médico da Estratégia de Saúde da Família, trazendo mamografia com laudo pelo Breast Imaging-Reporting and Data System - BIRADS®= 3. Sem antecedentes oncológicos relevantes na família. A CONDUTA É: a. Repetir mamografia em 1 ano na própria UBS. b. Repetir mamografia em 6 meses na própria UBS. c. Complementar propedêutica. d. Encaminhar para serviço de referência para biópsia. 59. Mulher, 18a, assintomática, comparece à unidade básica de saúde para aconselhamento anticoncepcional. Iniciou atividade sexual aos 14 anos e já teve 5 parceiros. Nunca engravidou e relata última menstruação há 20 dias. Refere que já tentou diversas vezes usar a pílula anticoncepcional, mas que “não se dá bem com ela”, tem muita náusea quando usa e que sempre esquece um ou dois comprimidos por mês. Manifesta o desejo de utilizar o dispositivo intrauterino de cobre (DIU). Exame físico: sem alterações. DEVE-SE ORIENTAR: a. Uso de acetato de medroxiprogesterona de depósito trimestral e uso de preservativo para prevenir doenças sexualmente transmissíveis. b. Uso do DIU, solicitar ultrassom transvaginal para avaliar anatomia uterina e o uso de preservativo até a nova avaliação. c. Uso de preservativo, esclarecer sobre os riscos de doenças sexualmente transmissíveis e reavaliar após dois meses. d. Retorno menstruada para inserção do DIU e manter uso de preservativo em todas as relações para prevenir doenças sexualmente transmissíveis. 60. Mulher, 22a, retorna 4 dias após diagnóstico de doença inflamatória pélvica, em Unidade Básica de Saúde. Fez uso de azitromicina (1 grama). Queixa-se de piora da dor no baixo ventre. Relata mal-estar geral e episódio de febre não aferida. Exame físico: regular estado geral, FR= 14 irpm, FC= 100 bpm, PA= 110x70mmHg, Temp.= 37,8oC; Abdome: dor à palpação profunda de fossa ilíaca esquerda e descompressão brusca duvidosa. Exame ginecológico: secreção purulenta endocervical, dor à palpação dos anexos e mobilização uterina. A CONDUTA É: a. Tratamento ambulatorial, prescrever ceftriaxone 500 mg intramuscular dose única e doxiciclina 100 mg via oral de 12/12 horas por 14 dias e solicitar agendamento de ultrassonografia transvaginal. b. Internação, prescrever cefoxitina 2 gramas intravenoso de 6/6 horas e doxiciclina 100 mg via oral de 12/12 horas por 14 dias e realizar ultrassonografia transvaginal. c. Tratamento ambulatorial, prescrever ceftriaxone 500 mg intramuscular dose única e metronidazol 500 mg via oral de 12/12 horas por 14 dias, reavaliação na unidade básica de saúde em 3 dias. d. Internação, prescrever azitromicina 1 grama via oral e metronidazol 500 mg intravenoso de 12/12 horas por 7 dias e realizar ultrassonografia transvaginal. 61. Mulher, 32a, G1P0C0A0, chega ao pronto socorro queixando-se de sangramento vaginal intermitente em pequena quantidade há 10 dias. Não se recorda com exatidão da data da última menstruação, porém acha que está com 2 meses de gravidez. Nega outras queixas. Exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, FR= 14 irpm, FC= 82 bpm, PA= 110 x 70 mmHg, Temp.= 36,8oC; Abdome: flácido e descompressão brusca negativa. Exame ginecológico: especular pequena quantidade de sangramento coletado em fundo de saco posterior; toque vaginal: útero de volume aparentemente normal, colo impérvio e tumoração dolorosa à palpação em anexo esquerdo. Hb= 13,0 g/dL; Ht= 38%. Ultrassonografia transvaginal: massa em topografia de anexo esquerdo com diâmetro de 5,2 cm contendo um embrião com atividade cardíaca embrionária presente; ausência de líquido livre em cavidade pélvica. CONSIDERANDO QUE A PACIENTE MANIFESTA DESEJO DE TENTAR NOVA GESTAÇÃO, A CONDUTA É: a. Tratamento clínico com metotrexato intramuscular. Dosar β-hCG sérico quantitativo no 4º e 7º dias após o tratamento. b. Orientação de repouso e abstinência sexual. Repetir ultrassonografia transvaginal e β-hCG sérico quantitativo em 3 dias. c. Internação para tratamento cirúrgico da gravidez ectópica. d. Tratamento clínico com metotrexato intramuscular. Dosar β-hCG sérico quantitativo no 1º e 3º dias após o tratamento. 62. Mulher, 25a, nuligesta, comparece à Unidade Básica de Saúde. Refere vontade de engravidar, mantem relações sexuais completas 3x/sem há 2 anos com mesmo parceiro e não usa métodos anticoncepcionais. A paciente relata ciclos menstruais regulares com volume normal de sangramento. Não tem nenhuma outra queixa e não apresenta antecedentes pessoais ou familiares dignos de nota. O parceiro tem 40 anos e já tem dois filhos de outro casamento. Exame físico e ginecológico normais. Exames laboratoriais: sorologias para sífilis, hepatite B/C, HIV 1/2, HTLV I/II foram negativas, há 2 meses. OS EXAMES COMPLEMENTARES A SEREM SOLICITADOS SÃO: a. Dosagens de FSH, prolactina, testosterona total, testosterona livre, androstenediona, 17OH progesterona, S-DHEA, TSH e T4 livre para a mulher e ultrassonografia transvaginal e espermograma. b. Ultrassonografia transvaginal e histerossalpingografia. c. Dosagens de FSH, progesterona, prolactina, testosterona total, testosterona livre, androstenediona, 17OH progesterona, S-DHEA, TSH e T4 livre para a mulher, ultrassonografia transvaginal e histerossalpingografia. d. Ultrassonografia transvaginal, histerossalpingografia e espermograma. 63. Mulher, 49a, relata que há 9 meses iniciou quadro de irregularidade menstrual, inicialmente o intervalo entre os sangramentos diminuiu, e após, notou aumento do intervalo entre as menstruações. Encontra-se há 4 meses sem menstruar. Queixa-se desde então períodos de intensa sudorese, associados a rubor e calor facial. A HIPÓTESE E OS EXAMES COMPLEMENTARES PARA O DIAGNÓSTICO SÃO: a. Síndrome do climatério; dosagens de FSH e estradiol séricos. b. Menopausa; dosagens de Prolactina e FSH séricos. c. Síndrome do climatério; desnecessários exames complementares. d. Menopausa, dosagens de FSH e TSH sérico. 64. Mulher, 55a, G2P2, vem à consulta com queixa de urge-incontinência e perda urinária após orgasmo, com grande impacto na qualidade de vida. Menopausa aos 50 anos, sem uso de terapia hormonal e sem novos episódios de sangramento vaginal, Últimaconsulta ginecológica foi há 1 ano, citologia oncológica e mamografia normais. Antecedente Pessoal: doença reumática e glaucoma. O TRATAMENTO INDICADO É: a. Estrogênio vaginal e fisioterapia com eletroestimulação do nervo tibial posterior. b. Anticolinérgicos, estrogênio vaginal e cinesioterapia. c. Anticolinérgicos e fisioterapia com eletroestimulação do nervo tibial posterior. d. Sling retropúbico e treinamento da musculatura do assoalho pélvico. 65. Após campanha antitabagista no país, as autoridades sanitárias canadenses constataram uma redução significativa do número de fumantes apenas entre os grupos populacionais de maior renda e escolaridade. ISSO QUER DIZER QUE: a. A atenção à diversidade cultural é um elemento central para a produção de equidade em saúde. b. Pessoas com baixa renda e escolaridade são mais negligentes no cuidado a sua saúde. c. A cultura das classes populares é o principal obstáculo a ser superado para a realização de ações mais efetivas em saúde. d. As iniquidades em saúde devem ser combatidas com investimentos na maior homogeneização dos cuidados em saúde. 66. Mulher, 34a, relata em primeira consulta com o médico de família na Unidade Básica de Saúde que há 3 anos realizou uma interrupção voluntária da gestação e solicita que tal fato não seja registrado no prontuário médico, pois teme que sua cunhada, que trabalha na mesma unidade como agente comunitária de saúde, venha a ter conhecimento dessa informação, que constitui um segredo não revelado ao seu companheiro. MEDIANTE ESTA SOLICITAÇÃO DA PACIENTE, A CONDUTA ETICAMENTE ADEQUADA DO MÉDICO É: a. Compartilhar a informação com membros da equipe da Unidade de Saúde, exceto com os agentes comunitários de saúde, porque necessita dividir essa responsabilidade. b. Declarar o impedimento de deixar de relatar no prontuário e descrever a situação narrada detalhadamente. c. Declarar o impedimento de deixar de relatar no prontuário e compartilhar com a paciente um modo discreto de escrever a informação sigilosa. d. Descrever a situação narrada detalhadamente no prontuário, porque todos os trabalhadores da Unidade Básica de Saúde estão obrigados ao sigilo profissional. 67. Em uma pequena comunidade de 15.000 habitantes há suspeita de circulação de um vírus emergente com grande número de casos assintomáticos. O ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO COM MAIOR POTENCIAL DE CONTRIBUIÇÃO PARA ANALISAR A ABRANGÊNCIA DA CIRCULAÇÃO VIRAL É: a. Coorte prospectiva. b. Caso controle. c. Ensaio clínico. d. Transversal. 68. Um paciente relata, durante uma consulta médica, ter procedido exaustiva pesquisa na rede mundial de computadores relacionada a seu problema de saúde. O MÉDICO, NA BUSCA DA QUALIFICAÇÃO DA RELAÇÃO CLÍNICA E PROJETO TERAPÊUTICO, DEVE: a. Alertar o paciente sobre os riscos desta prática e desconsiderar as informações obtidas. b. Estabelecer um diálogo com o paciente que inclua os seus conhecimentos adquiridos. c. Demonstrar a fragilidade das informações obtidas visto que carecem de rigor cientifico. d. Lembrar o paciente de que apenas o médico pode diagnosticar enfermidades e prescrever terapêuticas. 69. O Conselho Local de um Hospital Universitário recebeu dos representantes dos usuários a demanda de que o estabelecimento de saúde garanta o direito dos usuários de recusarem serem atendidos por aprendizes, como não receberem visitas de estudantes no leito, não serem submetidos a procedimentos de aprendizado sem a obtenção do consentimento livre e esclarecido do paciente, além de garantir que tal consentimento seja revogável a qualquer tempo e renovável a cada novo procedimento, ainda que diversas vezes ao longo do dia. NA PERSPECTIVA DA BIOÉTICA, É CORRETO AFIRMAR: a. A proposta do representante dos usuários é inviável e não deve ser discutida num ambiente de ensino-aprendizagem. b. O ensino médico beneficia toda a sociedade e os pacientes de hospital público precisam colaborar para o ensino-aprendizagem. c. A proposta deve ser considerada, porque o ensino com desrespeito ensina a desrespeitar. d. O ensino médico prescinde de modelos que orientem a prática profissional, porque ele é orientado por virtudes e princípios éticos. 70. Um casal levou o filho à Unidade de Emergência Pediátrica num hospital escola durante à noite. Foram informados que a criança necessitava ser internada e que somente a mãe poderia permanecer como acompanhante da criança, tendo em vista que os quartos são compartilhados. O pai reivindica o direito de acompanhar a criança por estar desempregado e a mãe não poder se ausentar do emprego. O MÉDICO DEVE: a. Explicar o impedimento institucional aos pais e orientar que se organizem para se adequar às normas. b. Acomodar o pai, orientando que se respeitem as individualidades dos outros acompanhantes. c. Apresentar a equipe de enfermagem de plantão, para convencer o casal que a criança será bem assistida durante a internação. d. Acionar o Conselho Tutelar para ciência do caso e averiguação da veracidade sobre as informações dos pais. 71. A certa altura do enfrentamento à epidemia de aids, um dado surpreendeu os agentes envolvidos: não eram as prostitutas, homossexuais ou usuários de drogas injetáveis que lideravam, em 2001, as mortes por aids na cidade de São Paulo, mas sim as donas de casa. A SITUAÇÃO DESCRITA É UM EXEMPLO DE: a. Que os estudos epidemiológicos precisam de novos delineamentos metodológicos. b. Alternância aleatória entre os principais grupos de risco. c. Problemas de planejamento na distribuição dos recursos públicos de saúde. d. Dimensão moral da ideia de grupos de risco. 72. Um ensaio clínico randomizado e duplo cego testou nova droga para a prevenção de recidiva de uma doença. Após 12 meses de seguimento foram observadas recidivas no grupo com a nova droga de 25% e com o placebo de 30%. O risco relativo obteve Intervalo de Confiança 95% = 0,61 - 0,92. ASSINALE A CORRETA: a. A nova droga mostrou efeito significativamente maior que o placebo. b. O risco relativo para recidivas foi de 0,87 isto é 87 vezes maior no grupo placebo. c. O efeito placebo foi 5% maior que a nova droga. d. O risco relativo informou a diferença entre as incidências de recidiva entre os grupos. 73. Foi avaliada a taxa de mortalidade neonatal precoce em duas maternidades, uma em hospital universitário (12 por 1000 nascidos vivos) e de uma em uma pequena cidade do interior (8 por 1000 nascidos vivos). EM RELAÇÃO ÀS CONCLUSÕES QUANTO À QUALIDADE DOS SERVIÇOS É CORRETO: a. A taxa de mortalidade neonatal precoce não se relaciona diretamente com a qualidade do serviços hospitalares e sim a mortalidade infantil pós-neonatal. b. A taxa de mortalidade neonatal precoce é a razão entre as mortes nos primeiros 28 dias a cada 1000 nascidos vivos. c. A maternidade do hospital universitário apresenta maior risco de morte entre os nascidos vivos da cidade. d. Não é possível comparar as taxas antes de padronizá-las segundo complexidade do atendimento. 74. O médico de família e comunidade atende uma paciente do sexo feminino, de 44 anos, em consulta não agendada. Ela tira da bolsa uma lista de anotações e prossegue: “dor nas costas, tontura, alteração na menstruação, dor na barriga de vez em quando, dificuldade para dormir; além da hipertensão e da obesidade que já acompanho há 10 anos.” A ALTERNATIVA QUE RELACIONA A SITUAÇÃO DESCRITA COM OS PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE É: a. É pertinente que o médico de família aborde todas as queixas da paciente no mesmo dia para solidificar o vínculo médico-paciente. b. A escolha da queixa a ser primeiramente abordada está a cargo do médico que possui melhor critério de análise clínica. c. A queixa de dificuldade para dormirdeve ser priorizada pelo médico para iniciar a abordagem devido à grande chance de esta paciente, ter transtorno de humor. d. Não há necessidade de abordar todas as queixas no mesmo dia, pois há uma perspectiva de cuidado contínuo. 75. Em determinado momento da primeira reunião de uma Equipe de Saúde da Família para definir o Projeto Terapêutico Singular (PTS) de uma mulher de 50 anos com hipertensão arterial sistêmica e pouca adesão às propostas terapêuticas, o posicionamento de cada profissional foi: o médico destacou o problema das medidas pressóricas elevadas e uso inadequado das medicações; o assistente social destacou o problema da situação de dupla jornada de trabalho e dificuldades econômicas da família; o enfermeiro destacou o manejo inadequado da mãe acamada; o psicólogo destacou o aprofundamento da tristeza vivida pela usuária e o pouco investimento no autocuidado; a agente comunitária de saúde destacou que a rede social de amigos está preocupada e mobilizada para ajudá-la. EM RELAÇÃO AO PTS E AO TRABALHO EM EQUIPE, ASSINALE ALTERNATIVA CORRETA: a. O uso inadequado da medicação é o problema mais importante. b. A abordagem multiprofissional dificulta a construção do PTS. c. Discutir os problemas e as ações prioritárias. d. A possibilidade de participação da rede social não se aplica a situações como esta. 76. Posto que um dos fundamentos centrais da medicina é o primum non nocere. CONSIDERANDO AS PRÁTICAS CLÍNICO-SANITÁRIAS MAIS COMUNS NO BRASIL, QUAL O GRUPO QUE MAIS PODE SE BENEFICIAR DE AÇÕES DE PREVENÇÃO QUATERNÁRIA: a. Parturientes. b. Síndrome de down. c. Tuberculose. d. Transplantados. 77. Estudos internacionais e nacionais sobre promoção da saúde revelam que a maioria expressiva dos praticantes de atividades físicas percebem melhorias nos seus quadros de saúde decorrentes dessas práticas. Os mesmos estudos revelam que a maioria expressiva desses praticantes adotou essas atividades físicas por prescrições de profissionais de saúde, sendo inexpressiva a parcela daqueles que o fizeram por recomendação de outros praticantes. ISSO QUER DIZER QUE: a. As práticas de cuidado fora do âmbito profissional da saúde apresentam fraca legitimidade social. b. As atividades físicas envolvem riscos que apenas os profissionais da saúde podem administrar. c. As atividades físicas supervisionadas por educador físico não estão medicalizadas. d. Estamos atingindo a situação ideal na qual o cuidado à saúde seja responsabilidade exclusiva dos profissionais da saúde. 78. Você está em uma Equipe de Estratégia de Saúde da Família e é informado que o ortopedista do ambulatório de referência para sua área vai disponibilizar um período mensal para o Apoio Matricial. EM RELAÇÃO ÀS POSSÍVEIS OFERTAS QUE ELE PODERÁ OFERECER A SUA EQUIPE ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a. Atendimento individual dos pacientes que não devem ser encaminhados para o ambulatório b. Discussão dos casos graves acompanhados cronicamente no ambulatório para transferência para Equipe Saúde da Família. c. Pactuação de critérios de encaminhamento e apoio técnico para os temas em que a equipe tem dificuldade de conduzir. d. Confeccionar relatórios periódicos para o gestor regional a respeito da resolutividade da ESF no tema do apoiador. 79. O médico de família e comunidade percebe uma grande quantidade de pacientes com problemas mentais na sua área de cobertura. Decide montar, com sua equipe, um grupo de apoio aos familiares desses pacientes, tendo em vista a sobrecarga a que essas pessoas estão expostas. SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DE UM GRUPO DE APOIO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a. A condução dos grupos deve ficar sob responsabilidade dos profissionais não médicos. b. Grupo Balint é o referencial teórico mais desenvolvido para este fim. c. Deve-se definir previamente aulas temáticas para os familiares. d. Definir a técnica grupal adequada para os participantes. 80. Homem, 48a, procura consultório com queixa de zumbido em orelhas há 6 meses. Nega outras queixas. Antecedente pessoal: Hipertensão arterial controlada com uso de losartana 80 mg/dia, câncer de tireoide há 15 anos, com exames de seguimento normais (sic); trabalha em fábrica de papel, na área de produção, com turnos de 6 horas com uso irregular de equipamento de proteção individual nos últimos 8 anos e trabalhou em escritório de advocacia em serviços gerais. Antecedente familiar: perda auditiva paterna. Exame físico geral: inalterado; otoscopia: normal. Audiometria: EM RELAÇÃO AO AUDIOGRAMA PODEMOS AFIRMAR QUE: a. Há perda auditiva compatível com perda auditiva induzida por ruído. b. O ambiente de trabalho oferece pouca condição para explicar exposição a ruído. c. A perda auditiva pode estar relacionada à hipertensão. d. A perda auditiva pode estar relacionada ao tratamento de câncer.
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