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Contabilidade e Análise de Custos I

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS APLICADAS – ISCA
CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS I
CAROLINE TAMAIRA BUENO 
RA 153042346
LIMEIRA – SP
2017
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS APLICADAS – ISCA
CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS I
 Trabalho confeccionado, como atividade da matéria de Contabilidade de Custos I ministrado no curso de Administração, Instituto Superior de Ciências Aplicadas orientado pelo Profº Ivan Barreti.
LIMEIRA – SP
2017
Sumário
Aplicação dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF ou GGF)	1
Rateio dos Custos Indiretos	1
Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio	4
 Margem de Contribuição.	3
 Margem de Contribuição Unitária e Ponto de Equilíbrio por Produto ou Divisão	5
 Modelo de Decisão da Margem de Contribuição	5
 Modelo de Decisão - Um Único Produto	6
 Ponto de Equilíbrio	7
 Denominação	7
 Ponto de Equilíbrio e Gestão de Curto Prazo	8
 Equação e Cálculo do Ponto de Equilíbrio	8
 Ponto de Equilíbrio em Quantidade	9
 Demonstração da Fórmula	9
 Ponto de Equilíbrio em Valor	10
 Metas de Ponto de Equilíbrio	12
 Ponto de Equilíbrio Operacional	12
 Ponto de Equilíbrio Econômico	13
 Ponto de Equilíbrio Financeiro	13
 Ponto de Equilíbrio Meta	14
 Análise Gráfica do Ponto de Equilíbrio	15
 Metas de Ponto de Equilíbrio e Ponto de Equilíbrio em Valor	14
 Como Construir o Gráfico	15
 Ponto de Equilíbrio em Quantidade para Múltiplos Produtos	16 
Relação Custo-Volume-Lucro	18
Custo para Controle - Custos Estimados e Custos Controláveis	18
Definição	18
Finalidades	19
Utilizações	20
 Formação de Preço de Venda	20
 Acompanhamento da Inflação Interna da Empresa	20
Conceitos	20
 Tipos de Padrão	20
 Custo Padrão Ideal	20
 Custo Padrão Corrente	21
 Custo Padrão Baseado em dados passados	21
 Construção do Padrão	21
Bibliografia	22
Exercícios Resolvidos	
1.APLICAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO ( CIF OU GGF)   
Os custos indiretos de fabricação compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente na fabricação de produtos. Podemos definir também, como custos apropriados aos produtos fabricados mediante rateio, não está vinculado diretamente na produção,mas sim ao processo produtivo como um todo. Uma das características do custo direto ou indireto está relacionada ao produto em si, e a classificação do custo em fixo e variável está relacionada ao volume de produção, portanto como regra geral, os custos indiretos são fixos, o que decorre do fato de que, ainda que nada venha a produzir, a empresa industrial incorrerá em certos gastos indispensáveis para sua existência.
Para calcular os custos indiretos de fabricação (CIF) dividem-se os custospelonúmero de produtos fabricados, de acordo com asua utilização na linha de produção de cada um. São gastos aplicados nos produtosquenãosão quantificados nos produtos, sem a possibilidade de determinar a quantidade aplicada. Exemplos: Aluguel, IPTU, energia elétrica, telefone, segurança, salários e encargos do pessoal mensalista, etc. Esses gastos quando atribuídos à área de produção são tratados como custos indiretos. Sua aplicação pode ser realizada no valor dos produtos fabricados em cada mês e posteriormente ao custo dos produtos vendidos.
1.1 - Rateio dos Custos Indiretos
Rateio é uma divisão proporcional por uma base que tenha dados conhecidos em cada uma das funções em que se deseja apurar custos. Tal base deve constituir-se de dados que guardem estreita correlação com o custo, ou seja, o custo ocorre em condições semelhantes aos dados da base. A medida que serve de parâmetro par a distribuição dos custos indiretos aplicados aos produtos. Para que os custos sejam atribuídos aos produtos de maneira mais justa, não basta optar pela base de rateio mais usual, é preciso, sempre, analisar cuidadosamente os principais fatores que influenciam na fabricação de cada produto para escolher a base de rateio que melhor se adapte a cada situação particular. Assim, os principais fatores a serem considerados: características que envolvem o processo de fabricação, o tipo de produto fabricado, o volume, o peso e o valor da matéria prima aplicada, os equipamentos utilizados, o ciclo de produção, o tempo de horas-máquinas e de horas-homens necessárias, entre outros.
Aplicando a fórmula de rateio, a taxa ser a taxa será expressa em unidade monetária ($) e corresponderá ao valor médio do CIF por unidade. É importante ressaltar que, no caso em questão, o denominador da divisão deverá ser o total da medida escolhida para esse rateio. Se a medida for horas-máquinas, deve-se levantar o total dos empregados que trabalham na fábrica e nas áreas objeto de caçulo, se a medida for custo primário, deve-se levantar o total dos custos primários de todos os produtos fabricados, etc.
Apenas como sugestão, veja as bases de rateio que podem ser utilizadas para atribuiçãodos Gastos Gerais de Fabricação aos produtos: valor da Matéria-Prima aplicada:
• valor da Mão de Obra Direta;
• Custo Primário (matéria-prima mais Mão de Obra Direta);
• horas de trabalho (utilizadas na fabricação de cada produto) etc.
Exemplo Prático:
Suponhamos que na empresa Industrial Cachoeira Paulista S.A., durante o mês de maio, ocorreram os seguintes Gastos Gerais de Fabricação:
A empresa fabricou durante o mês três produtos, os quais tiveram os seguintes Custos
Primários:
• produto A = $ 4,200,00;
• produto B = $ 2.100,00;
• produto C = $ 700,00.
Pede-se:
Calcular e contabilizar o valor dos Gastos Gerais de Fabricação que deverá ser atribuído acada produto, tendo por base o Custo Primário.
Solução:
1. Cálculo da proporção do Custo Primário de cada produto em relação ao total do 
CustoPrimário da produção do período:
• Custo Primário do produto A = $ 4.200,00;
• Custo Primário do produto B = $ 2.100,00;
• Custo Primário do produto C = $ 700,00;
• Total $ 7.000,00
2. Cálculo da proporção a ser rateada para cada produto:
produto A: 
produto B:
produto C:
Uma vez determinada a participação do Custo Primário de cada produto em relação aototal do Custo Primário, basta aplicar os respectivos percentuais sobre o valor de cada gastopara encontrar o valor a ser rateado.
Contabilização:
2. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E PONTO DE EQUILÍBRIO
2.1 Margem de Contribuição
A margem de contribuição representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto ou serviço e os custos e despesas variáveis por unidade de produto ou serviço. Significa que, em cada unidade vendida, a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a margem de contribuição total do produto para a empresa.
2.1.2 Margem de contribuição unitária e ponto de equilíbrio por produto ou divisão
A partir do momento em que há o custeamento variável/direto para cada produto da empresa, assim como uma boa identificação dos custos e despesas fixas de cada um deles, é possível construir o ponto de equilíbrio de cada produto. O mesmo ocorre com os dados das divisões.
2.1.3 Modelo de Decisão da Margem de Contribuição
Margem de contribuição é a margem bruta, obtida pela venda de um produto ou serviço, que excede seus custos variáveis unitários. Em outras palavras, a margem de contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário, ou seja, o preço de venda unitário do produto deduzido dos custos e despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto. Segue o exemplo:
 Quadro 1. Produto A
Isso significa que, a cada unidade de Produto A vendida, a empresa recebe um lucro unitário de$ 900,00. É a contribuição unitária que o Produto A dá à empresa, para cobrir todos os custos e despesas fixas (custos de capacidade) e também propiciar a margem de lucratividade desejada.
No custeamento variável, os custos e despesas fixas são considerados custos periódicos, e não custos do produto. Nesse conceito, não há necessidade de adicionar os custos e despesas fixas ao custeamento unitário do produto, devendo esses gastos ser tratados de forma global, apenas da demonstração de resultados do período.
O exemplo acima evidencia dois conceitos de margem de contribuição, ambos importantes:
o conceito de margem de contribuição unitária, em valor;
o conceito de margem de contribuição percentual.
2.1.4 Modelo de decisão – Um único Produto
O modelo de decisão da margem de contribuição expressa-se em uma demonstração de resultados, em que necessariamente devem ser incorporados os dados quantitativos (que representam os volumes de produção, venda ou o nível de atividade) e os preços unitários. O Quadro 1.1 apresenta o modelo de decisão da margem de contribuição para um volume de atividade de 1.000 unidades anuais de produção e vendas do Produto A.
Quadro 1.1 Modelo de decisão de margem de contribuição – único produto
Demonstração de resultados do período
2.1.5 Margem de contribuição e volume de produção/vendas
Partindo do pressuposto de que a venda de cada unidade de produto propicia uma contribuição unitária para cobrir os custos e despesas fixas e possibilitar o lucro, podemos fazer uma simulação de como seria o lucro líquido, em algumas situações de quantidade vendida:
Quadro 1.2 Margem de contribuição e volume de produção/vendas
Quando vende 700 unidades, a empresa tem um resultado líquido igual a zero. Denominamos essa situação estrutura de equilíbrio ou ponto de equilíbrio das vendas. Estudaremos esse conceito a seguir, com maiores detalhes.
2.2 Ponto de Equilíbrio
O ponto de equilíbrio evidencia, em termos quantitativos, o volume que a empresa precisa produzir ou vender para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos e despesas variáveis em que necessariamente ela tem de incorrer para fabricar/vender o produto. No ponto de equilíbrio, não há lucro ou prejuízo. A partir de volumes adicionais de produção ou de venda, a empresa passa a ter lucros. A informação do ponto de equilíbrio da empresa, tanto do total global, como por produto individual, é importante, porque identifica o nível mínimo de atividade em que a empresa ou cada divisão deve operar.
 2.2.1 Denominação
Denominamos ponto de equilíbrio o volume de atividade operacional em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida/produzida se iguala aos custos e despesas fixas. Em outras palavras, o ponto de equilíbrio mostra o nível de atividade ou o volume operacional, quando a receita total das vendas se iguala ao somatório dos custos variáveis totais mais os custos e as despesas fixas. Assim, o ponto de equilíbrio evidencia os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que à custa de um lucro zero. O ponto de equilíbrio é também denominado ponto de ruptura (break-even point).
2.2.2 Ponto de Equilíbrio e gestão de curto prazo
O conceito de ponto de equilíbrio também é um conceito para a gestãoe curto prazo da empresa. É importante ressaltar esse enfoque. Isso é claro porque o ponto de equilíbrio mostra o ponto mínimo em que a empresa pode operar para que tenha lucro zero. Nesse ponto mínimo de capacidade de operação, a empresa consegue cobrir os custos variáveis das unidades vendidas ou produzidas e também todos os custos de capa- cidade, os custos fixos.
Fica evidente que é uma técnica para utilização em gestão de curto prazo, porque não se pode pensar em um planejamento de longo prazo para uma empresa em que ela não dê resultado positivo e não remunere os detentores de suas fontes de recursos.
2.2.3 Equação e cálculo do ponto de equilíbrio
Como o ponto de equilíbrio conceitua o ponto em que o lucro líquido é igual a zero, é fácil determinar sua equação, em uma determinada quantidade, utilizando os dados restantes da análise da margem de contribuição. Assim, a equação do ponto de equilíbrio é desenvolvida a partir das seguintes premissas:
*Inclui as despesas variáveis.
Como se busca um ponto em que os lucros serão iguais a zero, a equação fica:
2.2.4 Ponto de equilíbrio em quantidade
Objetiva determinar a quantidade mínima que a empresa deve produzir e vender. Abaixo dessa quantidade de produção e vendas, a empresa seguramente estará operando com prejuízo.
Partindo da equação mostrada anteriormente, a fórmula do ponto de equilíbrio em quantidade é a seguinte:
2.2.5 Demonstração da fórmula
Partindo da equação que fundamenta o ponto de equilíbrio, vamos demonstrar a fórmula do ponto de equilíbrio (PE):
Vendas = preço de venda unitário (PV) x quantidade vendida no PE (Q) Custos variáveis = custo variável unitário (CV) x quantidade no PE (Q) Custos fixos = total em reais dos custos e despesas fixas (CF)
Margem de contribuição (MC) = preço de venda – custo variável
MC = PV – CV
Assim, temos:
Equação do ponto de equilíbrio, considerando dados unitários:
PV x Q = CV x Q + CF 
(PV x Q) – (CV x Q) = CF
como PV – CV = MC (margem de contribuição unitária), substituindo, temos:
MC x Q = CF; portanto, a quantidade no ponto de equilíbrio é:
Exemplo:
Ponto de equilíbrio em quantidade = 	$ 560.000	
$ 800,00 ($ 1.700,00 (–) $ 900,00)
PE em quantidade =	700 unidades
2.2.6 Ponto de equilíbrio em valor
Em determinadas situações, notadamente quando o leque de produtos é muito grande e há dificuldades de se obter o mix ideal de produtos e de suas quantidades no ponto de equilíbrio, assim como existem dificuldades de identificar os custos e as despesas fixas para cada produto, temos de nos valer de uma informação de caráter global expressa em denominador monetário. Assim, traduzimos o ponto de equilíbrio em valor de vendas, ou seja, o valor mínimo que deve ser vendido para que a empresa não tenha prejuízo e obtenha lucro zero.
Para esse cálculo, é necessário saber a margem de contribuição em percentual sobre o preço de venda.
Margem de contribuição percentual
	Preço de venda unitário
	$ 1.700,00
	100,00
	Margem de contribuição unitária
	$ 800,00
	47,06%
Fórmula:
Exemplo:
No exemplo acima, o valor mínimo que a empresa necessita vender para cobrir todos os seus custos fixos e variáveis é $ 1.190.000.
Podemos confirmar o cálculo do ponto de equilíbrio em valor, multiplicando a quantidade obtida no ponto de equilíbrio em quantidade pelo preço unitário de venda.
2.2.7 Metas de ponto de equilíbrio
Em algumas situações, faz-se necessário um estudo de ponto de equilíbrio, procurando-se evidenciar alguma situação que se busque ou mesmo um cálculo rápido, que mostre o mínimo de atividade em que a empresa pode atuar em determinadas situações não-habituais.
Basicamente, as diversas variantes de cálculo de metas de ponto de equilíbrio são elaboradas com a retirada de alguns custos e despesas fixas da fórmula de cálculo ou a introdução de valores mínimos de lucro que se imagina colocar como meta. Dão-se nomes diversos aos pontos de equilíbrio encontrados em tais situações. Veremos a seguir algumas delas, considerando os dados para apenas um único produto dentro de um determinado período.
2.2.8 Ponto de equilíbrio operacional
Denominamos ponto de equilíbrio operacional a quantidade de vendas que deve ser efetuada para cobrir todos os custos e as despesas fixas, deixando de lado os aspectos financeiros e não-operacionais. Portanto, o ponto de equilíbrio operacional considera os seguintes dados:
Receitas de vendas (ou da produção a preços de venda);
Custos variáveis – obtidos do custo dos produtos vendidos/produzidos;
Despesas variáveis – obtidas das despesas operacionais(administrativas e de vendas);
Custos fixos – obtidos do custo dos produtos vendidos/produzidos;
Despesas fixas – obtidas das despesas operacionais.
Para obter a quantidade do ponto de equilíbrio operacional com os dados apresentados, excluiremos do total dos custos e das despesas fixas$ 90.000, referentes às despesas financeiras e aos efeitos monetários, ficando com um total de gastos fixos de $ 470.000 ($ 560.000 (–) 90.000).
2.2.9 Ponto de equilíbrio econômico
Para esse cálculo, será incluído as despesas e as receitas financeiras, mais os efeitos monetários, que serão tratados como despesas fixas. Obteremos, assim, o valor da receita mínima que gera lucro zero, mas que cobre todos os gastos operacionais, financeiros e os efeitos da inflação nos ativos e passivos monetários.
Com os dados apresentados, teríamos:
2.2.9 Ponto de equilíbrio financeiro
Uma variante do ponto de equilíbrio econômico, excluindo apenas a depreciação, pois momentaneamente ela é uma despesa não desembolsável. É importante em situações de eventuais reduções da capacidade de pagamento da empresa.
Com os dados apresentados, teríamos a exclusão de $ 150.000 de depreciação, ficando o total dos custos e despesas fixas em $ 410.000 ($ 560.000 (–) $ 150.000).
2.2.10 Ponto de equilíbrio meta
É uma outra variante de ponto de equilíbrio em valor, adicionando-se aos custos e às despesas fixas e aos efeitos financeiros e monetários um montante de lucro mínimo, que a empresa julga obrigatório. Normalmente o valor adicionado é o custo de capital dos acionistas, ou seja, um retorno sobre o capital aplicado de, pelo menos, a taxa de mercado. A fórmula do ponto de equilíbrio nessa condição seria:
Considerando os valores já apresentados e supondo que os acionistas da empresa tenham investido $ 1.000.000 e que desejem um retorno mínimo de 10% ao ano, adicionaríamos ao total dos custos e despesas fixas $ 100.000, valor que seria o lucro mínimo desejado no período.
2.2.11 Metas de ponto de equilíbrio e ponto de equilíbrio em valor
O mais comum nessas situações é fazer o cálculo considerando-se a fórmula do ponto de equilíbrio em valor, obtendo-se, em vez da quantidade de produto a ser vendida, o total mínimo da receita líquida de vendas, suficiente para atender às metas de ponto de equilíbrio. Nesse caso, em vez da margem de contribuição unitária, deverá ser utilizada a margem de contribuição percentual.
2.2.12 Análise gráfica do ponto de equilíbrio
Extremamente importante é colocar os dados que formam o ponto de equilíbrio em um gráfico. No eixo X serão indicados os dados de volume e, no eixo Y, os dados de valor. Colocaremos graficamente as retas de valor das vendas e as retas de custos fixos e variáveis, conforme havíamos introduzido no tópico em que analisamos graficamente o comportamento dos custos.
Figura 1. Gráfico do ponto de equilíbrio
2.2.12.1 Como construir o gráfico
Faça a linha paralela ao eixo X do volume (quantidade) com o valor dos custos fixos totais.
Pegue um volume de vendas (no caso, 1000 unidades), encontre o total de custos fixos mais custos variáveis para essa quantidade e trace a reta, partindo da intersecção da reta paralela ao eixo X, conseguida no item (a) (o ponto onde a reta dos custos fixos encontra com o eixo Y).
Trace a reta de vendas totais, partindo do ponto O, até um volume em reais, multiplicando a quantidade pelo preço de venda (no caso, o preço de venda x 1000 unidades).
Com isso, na intersecção da reta dos custos totais com a reta das vendas totais, teremos representado graficamente o ponto de equilíbrio. Abaixo do ponto de equilíbrio, encontra-se a área de prejuízo e, acima dele, a área de lucros.
2.2.13 Ponto de equilíbrio em quantidade para múltiplos produtos 
Esse é um dos assuntos mais complexos da análise custo/volume/lucro. O ponto de equilíbrio em valor é um critério de margem de contribuição média, por meio da margem de contribuição percentual, e é um dos procedimentos mais utilizados para se encontrar o valor das vendas no ponto de equilíbrio. Contudo, há dificuldades para se encontrar o ponto de equilíbrio em quantidade para mais de um produto.
Outra consideração necessária é que o ponto de equilíbrio em quantidade para mais de um produto só terá sentido se a unidade de medida de quantidade de produção e vendas for a mesma para todos os produtos e estes forem relativamente homogêneos. A seguir, será demonstrado um modelo para a determinação do ponto de equilíbrio em quantidade para três produtos, Produto 1, Produto 2 e Produto 3. A empresa tem custos fixos comuns de $ 488.000 e os seguintes dados unitários. O mix atual será o mesmo no ponto de equilíbrio.
Calcula-se primeiro a participação dos produtos no total de quantidades produzidas, obtendo-se o mix em percentual. Em seguida, aplica-se esse percentual nas margens de contribuição unitárias, obtendo-se uma margem de contribuição unitária média. Com isso, pode-se utilizar a equação do ponto de equilíbrio em quantidade.
	
Aplicando os percentuais do mix na margem de contribuição unitária, obterem-se uma margem de contribuição unitária média.
3.RELAÇÃO CUSTO-VOLUME-LUCRO
O conceito de análise comportamental de custos, separando-os em custos fixos e variáveis, possibilita uma expansão das possibilidades de análise dos gastos e das receitas da empresa, em relação aos volumes produzidos ou vendidos, determinando pontos importantes para fundamentar futuras decisões de aumento ou de diminuição dos volumes de produção, corte ou manutenção de produtos existentes, mudanças no mix de produção, incorporação de novos produtos ou de quantidades adicionais etc. Esse ferramental de análise econômica normalmente é denominado análise de custo/volume/lucro e conduz a três importantes conceitos: margem de contribuição, ponto de equilíbrio e alavancagem operacional.Esses conceitos podem ser agrupados em um único modelo decisório, que é denominando modelo de decisão da margem de contribuição.
4.CUSTO PARA CONTROLE - CUSTOS ESTIMADOS E CUSTOS CONTROLÁVEIS 
É importante ressaltar que todo o processo de controle de custos deve ser feito considerando-se os elementos formadores do custo dos produtos e dos serviços: materiais, mão-de-obra, gastos gerais e depreciação.
O controle dos custos pode ser feito de forma isolada, ou seja, pode-se estruturar modelos e relatórios para avaliação específica de cada elemento de custo. Assim, devem-se construir modelos de informação para avaliar e controlar os gastos com mão-de-obra direta e indireta. Da mesma forma, devem-se construir modelos de informação para avaliação dos gastos com materiais diretos e indiretos, com os gastos gerais de fabricação e as depreciações e amortizações.
Por outro lado, como cada elemento de custo também se relaciona com os produtos, a análise desses custos deve permitir a visualização desse relacionamento. Em linhas gerais, esse processo caracteriza-se por uma análise dos gastos totais de cada elemento de custo, com os mesmos gastos sendo apropriados unitariamente aos diversos produtos e serviços finais.
5.CUSTO PADRÃO   
5.1 Definição
Um padrão representa medidas físicas e monetárias, relativas a elementos de receita e ao custo dos eventos, transações e atividades adequadamente mensurados, que deveriam ser atingidos a partir de condições preestabelecidas, vinculadas à decisão de elaborar uma unidade de pro- duto ou serviço, em um determinado momento de tempo1.
O custo padrão tem as seguintes características:
Compõe-se de elementos físicos e monetários;
Utiliza dados e informações que devem acontecer no futuro;
Deve ser cuidadosamente predeterminado, dentro de bases unitárias;
Aplica-se basicamente a operações repetitivas, servindo como medida predeterminada estável para processos e atividades organizacionais específicas;
Deve servir como modelo de comparação ou meta.
A diferença entre custos orçados ou estimados e custo padrão é que oscustos orçados procuram identificar os custos que deverão ocorrer no futuro, enquanto que o custo padrão pode incorporar metas de realização de custos, ou seja, os custos orçados ou estimados têm como foco os custos que devem acontecer, enquanto o custo padrão tem como foco os custos que deveriam acontecer.
5.2 Finalidades
O custo padrão é uma das técnicas para avaliar e substituir a utilização do custo real. Independentemente de a empresa utilizar o método do custeio direto ou do custeio por absorção, ela pode fazer uso do conceito de custo padrão. O custo padrão se diferencia do custo real no sentido de que ele é um custo normativo, um custo objetivo, um custo pro- posto ou um custo que se deseja alcançar.
Por isso, na elaboração do padrão, a empresa pode incorporar metas a serem atingidas pelos diversos setores da fabrica e operacionais, de modo que tais avaliações de custos sejam alcançadas. Nesse sentido, o custo padrão é uma ferramenta indispensável para o controle dos custos, das operações e das atividades.
O custo padrão pode ser utilizado para diversas metas ou objetivos. Entende-se, porém, que o maior objetivo do custo padrão está ligado aos conceitos de controle empresarial. Assim, os objetivos mais importantes do custo padrão seriam:
Determinação do custo, que deve ser o custo correto;
Avaliação das variações ocorridas entre o real e o padronizado;
Definição de responsabilidades e obtenção do comprometimento dos responsáveis por cada atividade padronizada, servindo como elemento motivacional;
Avaliação de desempenho e eficácia operacional;
Base para o processo orçamentário.
5.3 Utilizações
5.3.1 Formação de preços de venda
É uma das melhores utilizações do custo padrão. Embora, teoricamente, seja o mercado quem dá o preço de venda dos produtos, este deve ser inicialmente calculado em cima das condições de custo das empresas. Dessa forma, como elemento inicial para a formação de preços de venda, deve- mos utilizar o custo padrão, pois ele traz todos os elementos necessários para definir os parâmetros de um preço de venda ideal. 
5.3.2 Acompanhamento da inflação interna da empresa
Outra utilização do custo padrão ocorre no acompanhamento da inflação interna da empresa. A estrutura de custos padrão é a base de dados mais recomendada para a construção das cestas de apuração da inflação da empresa. Mensalmente, utilizaremos as estruturas padrão para avaliar o crescimento do nível dos custos internos da companhia.
5.4 Conceitos
5.4.1 Tipos de Padrão
Na elaboração do padrão alguns conceitos podem ser adotados pelas empresas, e daí servirem de base para a elaboração do custo padrão dos produtos. 
5.4.1.1 Custo padrão ideal
Seria o custo padrão calculado de forma científica, em que todas as condições de utilização máxima dos recursos produtivos, de estrutura de pro- duto e de processo de fabricação pudessem ser alcançadas. Representa o custo de um produto que ocorresse sem qualquer desperdício ou ociosidade, em condições ideais de produção, com os melhores equipamentos e melhores recursos humanos. Como meta, é muito provável que nunca vá acontecer, dadas as imperfeições ambientais, empresariais e de mercado.Tomado como meta, faria com que todos os setores da empresa se empenhassem em atingi-lo, podendo até ser desmotivador, em caso de insucesso.
5.4.1.2 Custo padrão corrente
Nesse caso, buscam-se padrões de custos e produção que, mesmo calculados cientificamente, considerem as eventuais condições correntes daempresa. O custo padrão corrente é tomado como meta para todos os setores da empresa, mas em patamares que, embora ideais e difíceis de se obter, permitam o seu alcance. É um custo ideal, adaptado, que pode ser atingido. Devem-se incorporar no custo padrão todos os objetivos de busca de eficiência, de produtividade e de qualidade fabril, que estejam disponíveis à empresa.
5.4.1.3 Custo padrão baseado em dados passados
O custo padrão também pode ser calculado em cima dos dados reais já ocorridos, pressupondo-se que os dados reais anteriores tenham significância e possam servir para parâmetros futuros. Como é próprio de informações futuras baseadas em dados do passado, é importante saber que o que aconteceu antes seguramente não se repetirá. Nesse aspecto, os riscos de falhas na construção desse tipo padrão são possíveis.
5.5 Construção do Padrão
Tendo como foco o custo unitário de produtos e serviços, devemos construir padrões para todos os elementos de custos formadores do custo dos produtos e serviços. Portanto, deve-se construir:
Padrões para o custo e a quantidade dos materiais diretos;
Padrões para o custo e a quantidade da mão-de-obra direta;
Padrões para o custo e a quantidade de outros custos variáveis;
Padrões para os custos indiretos fixos (caso se utilize qualquer método de custeio que não seja o custeio direto/variável).
6 Bibliografia
MARTINS, Eliseu; Contabilidade de Custos - 9ª edição -Editora Atlas, SP, 2003
RIBEIRO, Osni Moura; Contabilidade de Custos - Editora Saraiva, SP, 2.009
RIBEIRO, Osni Moura; Contabilidade de Custos Fácil - 7ª Edição - Editora Saraiva, SP, 2.009
MEGLIORINI, Evandir; Custos - 1ª Edição, Editora Makron Books Ltda, SP, 2.001
LEONE, George S. G.; Curso de Contabilidade de Custos - 2ª Edição, Editora Atalas, SP, 2.000
PADOVEZE, Clóvis Luís; Curso Básico Gerencial de Custos - 1ª Edição - Editora Pioneira Thomson Learning, SP, 2.003
MAHER, Michael; Contabilidade de Custos - Criando Valor para a Administração - Editora Atlas, SP 2.001
BERTÓ, Dalvio Jose e Beulke, Rolando; Gestão de Custos - 1ª Edição, 4ª Tiragem, Edidora Saraiva, SP, 2.009
Vendas = Custos Variáveis* + Custos Fixos + Lucros
Vendas = Custos Variáveis* + Custos Fixos
Margemdecontribuiçãounitária
=	Custos fixostotais	
Pontodeequilíbrioemquantidade
Vendas = Custos Variáveis + Custos Fixos
custosvariáveis	custos fixos
vendas
PVxQ	=	CVxQ	+	CF	
PE (Q) = CF
MCu
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