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Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Conteúdo Exclusivo WEB | JRP\2012\40898 TJSP - Ap 01357 61-28.2008.8.26.0000 - j. 28/11/2012 - julgado por Ramon Mateo Júnior - Área do Direito: SE Obrigação de não fazer - Condômina violenta - Prova irrefutável acerca da conduta antissocial e agressiva. Verossimilhança das alegações, com mais de 3/4 dos condôminos a favor do afastamento, eis que não mais suportavam a conduta da ré, que se mostrava anormal às regras de convivência em sociedade, devendo ser reprimida. Sentença de procedência mantida. Apelo improvido. Ementa Oficial: Obrigação de não fazer - Condômina violenta - Prova irrefutável acerca da conduta antissocial e agressiva. Verossimilhança das alegações, com mais de 3/4 dos condôminos a favor do afastamento, eis que não mais suportavam a conduta da ré, que se mostrava anormal às regras de convivência em sociedade, devendo ser reprimida. Sentença de procedência mantida. Apelo improvido. VOTO Nº: 1253 APELAÇÃO Nº: 0135761-28-2008-8-26-0000 APTE. : Claudete Aparecida Vespasiano APDO.: Condominio Conjunto Residencial das Palmeiras COMARCA: Jundiaí Acórdão Trata-se de apelação interposta em ação de obrigação de não fazer, promovida por Condomínio Conjunto Residencial das Palmeiras em face de Claudete Aparecida Vespasiano, na qual o autor diante de mais de uma conduta desiquilibrada da ré postulou a concessão de liminar para afastamento da mesma das suas dependências e, ao final, postulou seja declarado que a ré não possa morar em nenhuma das unidades do condomínio, tampouco adentrá-lo, sob pena de ser retirada com auxílio de força policial. Por sentença de fls. 162/164, o MM. Juízo a quo julgou procedente o pedido, impondo à ré a obrigação de não morar em qualquer das unidades habitacionais que integram o condomínio autor e nele não adentrar, condenando, ainda, ao pagamento de custas, despesas processuais, além de honorários de advogado arbitrados em R$ 1.000,00. Apela a ré, confirmando que praticou os fatos narrados na peça inicial, no entanto no interior de sua residência e, que se os fatos se configuram infração a Lei, convenção, regimento interno, deveria a síndica de imediato impor e cobrar as multas devidas e estabelecidas, entretanto, dando o respectivo direito de defesa à infratora. Prossegue sustentando que não há nos autos qualquer notificação da apelante para exercer seu direito de defesa na assembleia realizada, sendo nula a deliberação daquela sem a participação da mesma e nenhum efeito poderia acarretar, muito menos de servir de alicerce para a sentença combatida. Sustenta a forma temerária em que a assembleia fora realizada, convocando o proprietário do imóvel e não a ora apelante, aduzindo que antes ambos fossem convocados. Relata, ainda, que ao contrário do entendimento do julgador a quo, a apelante não é nenhuma “psicopatológica”, mas que passou por problemas pessoais os quais todos Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Página 1 estão sujeitos, citando entre eles depressão, ausências de amor, afeto, carinho e dinheiro. Prossegue aduzindo que em nenhum momento a apelante tirou a tranquilidade social no condomínio em que residia, mas sim no interior de sua residência e em frente à mesma, sem qualquer perigo aos demais condôminos e que antes do ocorrido, nada tinha contra a mesma e que os antecedentes da apelante não servem para fundamentar a decisão ora recorrida. Sustenta, no mais, ausência de arrimo legal na sentença combatida na medida em que o artigo 1337 do Código Civil (LGL\2002\400) não prevê o afastamento do condômino, sendo ilegal a medida aplicada à apelante a qual se mostra irresignada também quanto aos honorários advocatícios arbitrados. Postula, ao final, pelo decreto da improcedência da demanda. Recurso regularmente processado e respondido (fls. 177/182). É o relatório. A sentença deve ser confirmada pelos seus próprios fundamentos, os quais ficam inteiramente adotados como razão de decidir, pelo improvimento do recurso. A ré não nega os fatos descritos na inicial, pelo contrário, os confirma. Desta maneira não há que se falar em nulidade da assembleia, seja porque não ingressou com ação específica postulando a nulidade, seja pelo fato de que sua conduta causou temor nos condôminos, que em assembleia extraordinária, por voto de mais de 3/4 dos integrantes do condomínio autor deliberaram pela aprovação das medidas judiciais adotadas visando o afastamento da apelante de suas dependências. Há que se ressaltar que a ré era inquilina do imóvel, sendo convocado para participar da assembleia o proprietário, o qual anuiu com a pretensão da maioria. Apenas para elucidar o temor enfrentado pelos condôminos, diante do comportamento da apelante, trazemos à colação um trecho do depoimento prestado perante a autoridade policial, no Termo Circunstanciado de fls. 27/28, onde se noticia um dos fatos praticados pela apelante - “Relata que na data dos fatos estava passando no condomínio onde reside, ao ouvir gritos de uma criança pedindo socorro. Percebeu que se tratava da vizinha e aproximou-se da casa viu uma menina de aproximadamente 12 anos chorando desesperada pedindo socorro. Entrou na casa da menina e a mãe desta, ora autora, sentada no sofá, chorava copiosamente, bastante perturbada gritando frases como ‘eu quero morrer, ninguém me mata’”. A vítima quis ajuda-la e ofereceu um abraço, sentou-se ao lado da autora (que é a apelante) a qual não parava de chorar desesperada. A filha da autora, sentada num sofá à sua frente as observava. Em dado momento a autora passou a dizer que queria morrer e precisava matar alguém e o dizendo agarrou a vitima pelo pescoço, chegando a deixa-la sem ar; ato contínuo a empurrou várias vezes, subiu sobre o seu corpo, sempre com uma das mãos apertando-lhe o pescoço, até que a menina conseguiu contê-la e mandou a vítima correr. Chegando em sua casa a vítima chamou a Policia Militar e quando os policiais chegaram a filha da autora saiu da casa pedindo aos policiais que levassem sua mãe para um hospício, pois ela havia enlouquecido”. A par desse acontecimento, outros de igual gravidade ocorreram, tais como fazer escândalos, jogando-se no meio da rua e gritando de forma enlouquecida; rasgando as roupas dos condôminos entre tantos outros atos de loucura, o que nos impõe a conclusão de que sua presença naquele condomínio coloca seriamente em risco a segurança, o sossego e a saúde dos demais moradores. Para a solução de conflitos de vizinhança nos termos da Jornada IV STJ 319: “ A condução e a solução das causas envolvendo conflitos de vizinhança devem guardar estreita sintonia com os princípios constitucionais da intimidade, da inviolabilidade, da Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Página 2 vida privada e da proteção do meio ambiente”. Conforme restou demonstrado na sentença, a solução da demanda implicaria no afastamento da apelante do convívio daquele condomínio. Transcreva-se, por oportuno: “A prova testemunhal colhida no correr da fase instrutória bem demonstra a veracidade dos fatos alegados na petição inicial, ficando dessa maneira demonstrado que a autora, efetivamente, em vista de seu comportamento extremamente agressivo para com seus vizinhos, sem que estes dessem a ela motivos para que assim agisse, veio a tirar deles o merecido sossego que tinham no condomínio em que vivem, dada a possibilidade concreta de ela voltar-se sem motivo algum novamente contra qualquer deles. A agressividade imotivada da ré com seus vizinhos e sua alentada folha de antecedentes, que aponta o seu envolvimento na prática de vários crimes graves, patenteia a sua personalidade psicopatológica e seu comportamento anti-social, não se mostrando razoável que os integrantes do condomínio-autor sejam obrigados a tolerar a sua presença entre eles. Como apurado, o temor dos condôminos de que a ré volte a atentar contra a integridade físicade um deles é real e plausível. Veja-se que 92 deles, dos 120 que integram o condomínio-autor, dentre eles o proprietário do imóvel locado ao companheiro da ré, manifestaram em assembleia geral extraordinária, realizada em 2 de julho de 2007 (fl. 82), a sua concordância com o afastamento dela de suas dependências. De acordo com a lição de Fabrício Wlock, trazida à baila pelo autor, a permanência de morador anti-social num condomínio edilício prejudica o bem-estar, a qualidade de vida das pessoas que também residem no prédio e afronta o fundamento da república Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana, de maneira que a privação de sua propriedade, seja com a expulsão, seja com a proibição de uso, gozo e disposição, é medida que se impõe, pois não cumpre com a função social da propriedade. E tal providência não implica em violação do direito de propriedade do sujeito. O interesse de uma coletividade que age dentro da lei e defende seu bem-estar e qualidade de vida deve prevalecer sobre o interesse daquele que age em desacordo com os bons costumes e tira a tranquilidade e sossego de cidadãos de bem. O direito de propriedade, que não está cumprindo sua função social, deve ceder quando em confronto com a dignidade da pessoa humana. Se assim é com o condômino, mais ainda se justifica o afastamento de quem vive desarmoniosamente em condomínio, na condição de inquilina, como é o caso da ré. Por tais razões é que, então, julgo procedente o pedido deduzido, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil (LGL\1973\5), impondo à ré a obrigação de não morar em qualquer das unidades habitacionais que integram o autor e de nele não entrar, sob pena de ser retirada coercitivamente. Fica a ré condenada a restituir ao autor tudo o que ele haja gasto a título de custas e despesas processuais, com atualização monetária a partir do efetivo desembolso, e a pagar os honorários de sua Advogada, que fixo, por equidade, em R$ 1.000,00”. Ainda, que a apelante insista na ausência de previsão de regra específica no ordenamento acerca do afastamento de condômino problemático, o Juízo a quo, com supedâneo no artigo 461, § 5º do CPC (LGL\1973\5), proferiu a tutela jurisdicional que melhor se adequa a hipótese dos autos. Para tanto, pertinente à lição de Antonio Biasi Ruggiero: “O suplício imposto aos moradores pelo mau uso, sobretudo quando convivem com vizinhos nocivos, escandalosos, imorais, barulhentos, desrespeitosos e loucos, vai continuar, se esse mal vizinho for rico. Em todos os países que cultivam o respeito ao ser humano, sobrepujando-o ao da santíssima propriedade, o morador de conduta nociva é desalojado, seja ele proprietário ou não. O projeto foi sensível ao problema, mas adotou solução elitista: o condômino, ou possuidor, que, por causa do seu reiterado comportamento anti-social, tornar insuportável a moradia dos demais possuidores ou a convivência com eles poderá ser constrangido a pagar multa correspondente ao décuplo de suas contribuições. Então, aquela ‘insuportável convivência’, ditada pelo reiterado comportamento anti-social, passará a ser suportável, com o pagamento do décuplo das contribuições condominiais. Assim, a suportabilidade ou insuportabilidade será uma Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Página 3 questão de preço. A multa tornará suportável o que era insuportável” (in Questões imobiliárias. São Paulo: Saraiva, 1997, p. 90). Pois bem, o condomínio autor ingressou com pedido de afastamento da condômina, com prova inequívoca da conduta antissocial da apelante, demonstrando a verossimilhança das alegações, com mais de 3/4 dos condôminos a favor do afastamento, uma vez que não mais suportavam a conduta anormal às regras de convivência em sociedade. Desta maneira, qualquer pena pecuniária não inibiria novas crises, que ao certo poderia provocar resultado trágico, cujo dinheiro não pode e nem poderia reparar. A questão do afastamento já restou superada, na medida em que a apelante já se mudou das dependências do condomínio autor e, com isso, o objetivo ao ajuizamento da demanda foi alcançado, qual seja, o retorno da paz e tranquilidade dentro do condomínio sem o temor de novos ataques por parte da apelante, que sem dúvida alguma necessita de ajuda não só de seus familiares e amigos quanto de profissionais capacitados que, respectivamente, com amor, carinho e profissionalismo contribuirão sem dúvida para melhora da mesma. Quanto aos honorários advocatícios, melhor sorte não resta a apelante, ficando mantida a verba arbitrada no decisum monocrático, porque fixada adequadamente, nos termos do artigo 20, §4º, do Código de Processo Civil (LGL\1973\5). Ante o exposto NEGA-SE PROVIMENTO ao recurso. RAMON MATEO JUNIOR Relator VOTO Nº 12/7287 Apelação Nº 0135761-28.2008.8.26.0000 Comarca: Jundiaí Juiz(a) de 1ª Instância: Antonio Carlos Soares de Moura e Sedeh Apelante: Claudete Aparecida Vespasiano Apelado: Condominio Conjunto Residencial das Palmeiras DECLARAÇÃO DE VOTO É ação de obrigação de não fazer, proposta por Condomínio, com apoio dos integrantes do grupo (doc. 09, fls. 34/39 e ata às fls. 82), em desfavor de ocupante de unidade no conjunto habitacional que se conduziu, mais de uma vez, de modo anti-social. Objetiva a ação a exclusão da requerida do condomínio residencial, proibida ainda sua entrada no local. A ação foi julgada procedente pela sentença acostada às fls. 162/164, nos termos em que proposta. Apelou a ré. Explica suas condutas; situa-as no interior da unidade que habita e não nos espaços comuns do condomínio. Sustenta que a sentença divorcia-se do que dispõe o art. 1.337, do Código Reale. O E. Relator, Des. Ramon Mateo Júnior está improvendo o apelo, no que é acompanhado pelo E. Revisor, Des. Luiz Antonio Costa. Acompanho-os no voto e declaro minha posição, considerando o tema versado na causa. Diz o art. 1.337 do Código Civil (LGL\2002\400): Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Página 4 “Art. 1337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem. Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, até ulterior deliberação da assembléia.” Na parte final do parágrafo situa-se o debate em torno da possibilidade de exclusão de condômino do espaço comum. Américo Isidoro Angélico, em artigo publicado na Revista de Direito Privado, SP, RT, janeiro-março de 2004, p. 99/101, analisando a questão à luz da Constituição Federal (LGL\1988\3) e do próprio Código Reale, conclui que “O novo Código Civil (LGL\2002\400), em seu art. 12, autoriza que o interessado vá a juízo pedir que “cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos (…), o art. 21 do mesmo Codex, demonstrando que a vida privada da pessoa natural é inviolável, permite que o juiz adote a providência que se mostra necessária ao caso concreto. … Se estas ponderações estiverem corretas, podemos dizer que o legislador do novo Código Civil (LGL\2002\400) cuidou, de modo implícito, até mesmo da exclusão do condômino por reiterado comportamento anti-social após a comprovação da continuidade do comportamento e da impossibilidade do condomínio na defesa de direitos, corrigir a incompatibilidade de convivência”. Wernwe Braun Rizk, advogado capixaba, expõe seu estudo e compreensão sobre o tema, em artigo publicado na Revista JurídicaRS, edição nº 330, abril de 2005, p. 77/80. Refere ao posicionamento de Américo Isidoro Angélico; afasta-se da análise do art. 1.337 do Código Civil (LGL\2002\400) à luz do instituto constitucional da função social da propriedade e analisa-o sob a ótica do abuso e direito. Ressalvando que a decisão da assembleia condominial não pode afastar a manutenção do conteúdo mínimo do direito de propriedade (gozar e dispor do bem), conclui o doutrinador pela possibilidade dos condôminos constrangerem o anti-social diretamente no exercício de seu direito de propriedade, impedindo-o de exercê-lo de forma plena. Através de deliberação assemblear, entende Rizk, pode ser determinado ao condômino problemático que se abstenha de exercer a faculdade de usar o bem. Finalisa o artigo com a advertência seguinte: “… embora a assembleia condominial seja dotada de supremacia decisória, caso decida ela pela expulsão, será necessária a proposição de ação de conhecimento constitutiva negativa. Isto com o fito de, através de manifestação jurisdicional, desconstituir parcialmente o direito de propriedade do condômino expulso.” Vamos a Jorge Elias Nehme, em artigo publicado na Revista dos Tribunais, nº 806, dezembro de 2002, p. 45/51, sob o título “Tutela de Exclusão do Condômino Nocivo”. O doutrinador analisa o tema frente ao direito internacional, e aponta Países em que a exclusão de condômino com atitude nociva á permitida. E cita: Argentina, Espanha, Alemanha, Suíça, México e Guatemala, onde essa possibilidade está prevista em leis nacionais. Menciona a posição contrária à possibilidade de exclusão de condômino anti-social, à luz do direito brasileiro, posta por João Batista Lopes (Condomínio, 7 ed., SP, RT., 2000). Avança o articulista sobre formas indiretas de exclusão do condômino nocivo, como a penhora da unidade em caso de inadimplemento de compromissos sociais (v.g., taxa condominial), citando Maria Regina Pagetti Moran (“Exclusão de condômino nocivo nos condomínios em edifícios”, Editora de Direito, Leme, 1996). Diz da ineficácia das multas convencionais, frente à condutas anti-sociais de condôminos. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Página 5 Assevera, e parece assumir, posições favoráveis à possibilidade de exclusão do condômino anti-social postas por Maria Regina ( ob. Cit.)e J. Nascimento Franco (“Exclusão de condômino nocivo à tranquilidade da convivência condominial”, Revista de Direito Civil, 1977). Conclui que “…com base no cumprimento da função social, como elemento transformador e limitador do direito de propriedade, tem-se que eventual lei infraconstitucional que autorize a exclusão temporária ou mesmo definitiva do condômino nocivo é perfeitamente compatível com a atual Carta Magna (LGL\1988\3).” Filio-me à essas posições doutrinárias, entendendo possível, tanto à luz do instituto constitucional da função social da propriedade, como à luz da teoria do abuso de direito, ser possível, a assembleia condominial decidir pela expulsão de condômino anti-social, com conduta reiteradamente nociva à convivência saudável e à paz dos co-proprietários/ocupantes de unidades, devendo buscar tutela judicial para a concretização da decisão. Foi o que fez o autor/apelado em relação à ré/apelante, que, diga-se, não é proprietária da unidade que ocupa, sendo certo que seu proprietário anuiu à decisão assemblear que se quer ver prestigiada pela tutela jurisdicional. Acrescento que foi concedida tutela antecipada para afastamento imediato da requerida do condomínio, pena de multa, podendo ser utilizada força policial para impor a medida (fls. 83). Feitas estas considerações, voto com o Relator pelo improvimento do recurso. Miguel Brandi 3º juiz Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0135761-28.2008.8.26.0000, da Comarca de Jundiaí, em que é apelante CLAUDETE APARECIDA VESPASIANO, é apelado CONDOMINIO CONJUNTO RESIDENCIAL DAS PALMEIRAS. ACORDAM, em 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: “NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. V. U. DECLARARÁ VOTO CONVERGENTE O 3º JUIZ.”, de conformidade com o voto do(a) Relator(a), que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MIGUEL BRANDI (Presidente) e LUIZ ANTONIO COSTA. São Paulo, 28 de novembro de 2012. RAMON MATEO JÚNIOR RELATOR Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Página 6
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