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ATIVIDADES EXPERIMENTAIS - QUÍMICA GERAL

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1 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS 
Departamento de Áreas Acadêmicas II 
Coordenação de Química 
 
 
 
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS 
QUÍMICA GERAL 
 
 
 
 
Elaboração: Equipe de Professores de Química 
Coordenação: Profa Sandra Regina Longhin 
 
 
 
Maio de 2017 
 
2 
 
Sumário 
Introdução ........................................................................................................................................ 3 
Aula 1: Normas e Técnicas de Segurança em Laboratório ............................................................. 4 
Aula 2: Análise das Propriedades de Reagentes Químicos ........................................................... 12 
Aula 3: Gestão de resíduos químicos de aulas laboratoriais ......................................................... 15 
Aula 4: Técnicas de trabalho com material volumétrico ............................................................... 29 
Aula 5: Métodos de Separação de Misturas Homogêneas ............................................................ 35 
Aula 6: Preparação de Soluções e Cálculos de Concentração ...................................................... 40 
Aula 7: Padronização de Solução e Estequiometria de Reação .................................................... 44 
Aula 8: Padronização de HC 0,1 mol L-1 ..................................................................................... 48 
Aula 9: Preparação e padronização de H2SO4 0,1 mol L
-1 ............................................................ 51 
 
3 
 
Introdução 
Relatos de aula experimentais 
As atividades experimentais deverão ser finalizadas a partir da construção de um relato 
dissertativo, isto é, após a aula, os alunos deverão desenvolver um material escrito (manuscrito), 
composto pela análise de forma dissertativa da atividade realizada no laboratório. 
Esta atividade passa pela ação sustentada em uma reflexão construída, de uma ideia própria, de 
um posicionamento, de um pensamento desenvolvendo desta forma a capacidade de fazer 
perguntas, de procurar respostas, de construir argumentos críticos e coerentes, de se comunicar, 
de se entender sempre como sujeito sempre incompleto e a capacidade de reiniciar o processo, 
nunca no mesmo lugar (GALIAZZI, 2011) 
 
1.1 Organização dos relatos: 
1.1.1 Descrição da atividade; 
1.1.2 Ordenação dos materiais e reagentes utilizados; 
1.1.3 Descrição dos resultados obtidos; 
1.1.4 Apresentação de cálculos e resultados. A partir das equações químicas que 
representam as reações envolvidas devidamente balanceadas e identificadas, se forem 
poucas as determinações, coloque-as na forma de texto cursivo, se forma muitas, arranje-
as em quadros, gráficos ou tabelas. 
1.1.5 Considerações finais 
A discussão é o item em que se justifica, de forma explicativa, os resultados obtidos mostrando 
até que ponto os resultados estão de acordo com os esperados, apresentados na literatura científica. 
Neste item você deve deixar claro se o objetivo foi alcançado, ou seja, apresentar respostas à 
problemática do experimento realizado. Deve ser claro, preciso, conciso de acordo com a atividade 
proposta. 
1.1.6 Referências 
As referências utilizadas como fonte de consulta de verão ser informadas, ordenada de acordo com 
a ordem alfabética, cronológicas e sistemáticas (por assunto). 
4 
 
Aula 1: Normas e Técnicas de Segurança em Laboratório 
 
1. Introdução 
Atividades profissionais completamente isentas de riscos para a saúde do homem não existem. 
Assim, é importante que cada trabalhador conheça os perigos a que está exposto em uma 
determinada atividade e que tome as medidas necessárias para evitá-los ou minimizá-los. 
Em um laboratório de Química, os riscos mais comuns são aqueles que envolvem o uso do fogo, 
da eletricidade, de sistemas com pressões diferentes da atmosférica, do manuseio de material de 
vidro e exposição a substâncias químicas nocivas a radiações, tais como, ultravioleta, 
infravermelha, microondas, raios X, etc. 
A presença de agentes químicos e físicos no ambiente de trabalho oferece riscos, mas o fato de se 
trabalhar com estes agentes não implica necessariamente, que tais profissionais desenvolverão 
doenças ou sofrerão acidentes. 
No caso de agentes químicos, por exemplo, para que eles causem danos à saúde, é necessário que 
sua concentração no meio ambiente esteja acima de um determinado valor, limite de tolerância, 
e que o tempo de exposição nesta condição seja suficiente para uma ação nociva ao homem. 
A possibilidade de ocorrerem explosões, incêndio, intoxicações ou outros acidentes não pode ser 
ignorada, mas pode ser controlada se os profissionais verificarem constantemente as condições 
dos materiais e equipamentos utilizados bem como conhecerem as normas de segurança. 
 
2. Objetivos 
Esta aula tem como objetivo descrever as principais regras de segurança e apresentar as principais 
vidrarias e equipamentos usados em um laboratório de Química. 
 
3. Normas de Segurança 
A ocorrência de acidentes em laboratório, infelizmente, não é tão rara como possa parecer. Com a 
finalidade de diminuir a frequência e a gravidade desses acidentes torna-se absolutamente 
imprescindível que durante os trabalhos realizados se observe uma série de normas de segurança: 
1. O laboratório é um lugar de trabalho sério. Trabalhe com atenção, método e calma. 
2. Siga rigorosamente as instruções específicas do professor. Experiências não autorizadas 
são proibidas. 
3. Localize os extintores de incêndio e familiarize-os com o seu uso. 
4. Não fume no laboratório. 
5 
 
5. Prepare-se para realizar cada experiência, lendo antes os conceitos referentes ao 
experimento e o roteiro da prática. 
6. Use um avental (jaleco) apropriado. 
7. Evite conversas desnecessárias no laboratório. 
8. Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis próximos à chama. 
9. Evite contato de qualquer substância com a pele. Seja particularmente cuidadoso quando 
manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases concentrados. 
10. Todas as experiências que envolvam a liberação de gases e/ou vapores tóxicos devem ser 
realizadas na câmara de exaustão (capela). 
11. Sempre que proceder a diluição de um ácido concentrado, adicione-o lentamente, sob 
agitação sobre a água, e não o contrário. 
12. Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substância, não volte a extremidade 
aberta do mesmo para si ou para uma pessoa próxima. 
13. Não jogue nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos. 
14. Não trabalhe com material imperfeito. 
15. Comunique ao seu professor qualquer acidente, pôr menor que seja. 
16. Antes de utilizar qualquer reagente, verifique a toxicidade da substância no rótulo do frasco 
ou na literatura apropriada. 
17. Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagentes antes de usá-lo. Leia duas vezes 
para ter certeza de que pegou o frasco certo. Algumas fórmulas e nomes químicos podem 
diferir apenas de uma letra ou de um número. 
18. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. 
Desloque com a mão, para a sua direção, os vapores que se desprendem do frasco. 
19. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou 
que desenvolva grande quantidade de energia. 
20. Conserve seus equipamentos e mesa limpos. Evite derramar líquido, mas se o fizer, lave 
imediatamente o local com bastante água. 
21. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue 
todos os aparelhos, deixe todo o equipamento limpe e lave as mãos. 
22. Se tiver dúvidas, pergunte. 
 
6 
 
4. Símbolosde Identificação 
Figura 
Pictogramas baseados em padrões largamente aceitos. 
 
5. Equipamentos básicos de laboratório 
A execução de qualquer experimento na Química envolve, geralmente, a utilização de uma 
variedade de equipamentos de laboratório, a maioria muito simples, porém com finalidades 
específicas. O emprego de um dado equipamento ou material depende dos objetivos e das 
condições em que a experiência será realizada. Contudo, na maioria dos casos, a seguinte 
correlação pode ser feita: 
5.1. Material de vidro 
1. Tubo de ensaio: utilizado principalmente para efetuar reações químicas em pequena 
escala. 
2. Béquer: recipiente com ou sem graduação utilizado para o preparo de soluções, 
aquecimento de líquido, recristalização, pesagem, etc. 
3. Erlenmeyer: frasco utilizado para aquecer líquidos ou para efetuar titulações. 
4. Kitassato: frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em filtração sob 
sucção. 
5. Funil: utilizado na transferência de líquidos de um frasco para outro ou para efetuar 
filtrações simples. 
6. Bureta: equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Permite o 
escoamento do líquido e é muito utilizada em titulações. 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
7 
 
7. Balão volumétrico: recipiente calibrado, de precisão, destinado a conter um determinado 
volume de líquido, a uma dada temperatura; utilizado no preparo de soluções de concentração 
definidas. 
8. Proveta ou cilindro graduado: frasco com graduação, destinado a medidas aproximadas 
de volume de líquidos. 
9. Pipeta: equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Existem dois 
tipos de pipetas: (a) pipeta graduada e (b) pipeta volumétrica. A primeira é utilizada para 
escoar volumes variáveis e a segunda para escoar volumes fixos de líquidos. 
10. Bastão de vidro: usado na agitação e transferência de líquidos. Quando envolvido em 
uma de suas extremidades por um tubo de látex, é chamado de policial e é empregado na 
remoção quantitativa de precipitados. 
11. Cuba de vidro ou cristalizador: recipiente geralmente utilizado para conter misturas 
refrigerantes, e finalidades diversas. 
 
7 8 9a 9b 10 11 
 
12. Dessecador: utilizado no armazenamento de substâncias quando se necessita de uma 
atmosfera com baixo teor de umidade. Também pode ser utilizado para manter as substâncias 
sob pressão reduzida. 
13. Condensador: equipamento destinado à condensação de vapores, em (a) destilação ou (b) 
aquecimentos sob refluxo. 
14. Funil de separação: equipamento para separar líquidos não miscíveis. 
15. Funil de adição: equipamentos para adição de soluções em sistemas fechados. 
8 
 
 
 12 13a 13b 14 15 
 
16. Pesa-filtro: recipiente destinado à pesagem de sólidos. 
17. Balão de fundo chato: frasco destinado a armazenar líquidos. 
18. Balão de fundo redondo: recipiente utilizado para aquecimento de soluções em 
destilações e aquecimentos sob refluxo. 
19. Termômetro: instrumento de medidas de temperatura. 
20. Vidro de relógio: usado geralmente para cobrir béqueres contendo soluções e finalidades 
diversas. 
 
16 17 18 19 20 
5.2. Material de porcelana 
21. Funil de Büchner: utilizado em filtração por sucção, devendo ser acoplado a um kitassato. 
22. Cápsula: usada para efetuar evaporação de líquidos. 
23. Cadinho: usado para a calcinação de substâncias. 
24. Almofariz e pistilo: destinados à pulverização de sólidos. Além de porcelana, podem ser 
feitos de ágata, vidro ou metal. 
 
 
 21 22 23 24 
9 
 
5.3. Material metálico 
25. Suporte (a) e garra (b): peças metálicas usadas para montar aparelhagens em geral. 
26. Bico de gás (Bunsen): fonte de calor destinado ao aquecimento de materiais não 
inflamáveis. 
27. Tripé: usado como suporte, principalmente de telas e triângulos. 
28. Plataforma elevatória: usado para ajustar altura de aparelhagens em geral. 
29. Tela de amianto: tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir uniformemente 
o calor, durante o aquecimento de recipientes de vidro à chama de um bico de Bunsen. 
30. Triângulo de ferro com porcelana: usado principalmente como suporte em aquecimento 
de cadinhos. 
 
25a/25b 26 27 28 29 30 
 
5.4. Material elétrico 
31. Balança: instrumento para determinação de massa. 
32. Estufa: equipamento empregado na secagem de materiais, por aquecimento, em geral até 
200C. 
33. Manta elétrica: utilizada no aquecimento de líquidos inflamáveis, contidos em balão de 
fundo redondo. 
34. Chapa elétrica: utilizada no aquecimento de líquidos inflamáveis, contidos em béqueres 
ou erlenmeyer. 
35. Centrífuga: instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos em suspensão 
em líquidos. 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 31 32 33 34 35 
 
5.5. Materiais diversos 
36. Suporte para tubos de ensaio. 
 36 
37. Pisseta: frascos geralmente contendo água destilada, álcool ou outros solventes, usados 
para efetuar a lavagem de recipientes ou materiais com jato do líquido nele contido. 
 
 37 
 
6. Exercícios Pós-Laboratório 
1. Os produtos químicos não podem ser armazenados e manipulados aleatoriamente devido às suas 
propriedades. Dessa forma, como deve proceder um analista ao manipular os seguintes produtos 
químicos e como deve proceder em caso de acidentes com os mesmos? 
(a) Ácido clorídrico; 
(b) Hidróxido de sódio; 
(c) Acetona (Substância inflamável); 
(d) Benzeno (Substância tóxica). 
2. Pesquise procedimentos de segurança para as seguintes situações: 
a) incêndio a partir de bico de gás (bico de Bunsen) 
b) incêndio a partir de curto-circuito em fiação elétrica 
11 
 
c) intoxicação por inalação de gases 
d) queimaduras com fogo 
7. Referências 
A. M. P. Felicíssimo et al. Experiência de Química: técnicas e conceitos básicos. PEQ-Projeto de 
Ensino de Química/Coordenador Ernesto Giesbrecht, São Paulo: Editora Moderna, 1979. 
F. Cienfuergos. Segurança no Laboratório. Rio de Janeiro: Editora Interciência Ltda, 2001. 
D. F. Trindade et al. Química básica experimental. 2ª edição. São Paulo:Ícone, 1998. 
 
8. Anotações 
 
 
 
12 
 
Aula 2: Análise das Propriedades de Reagentes Químicos 
1. Introdução 
 O trabalho em laboratório de Química tem como principais objetivos à aquisição de 
conhecimentos fundamentais sobre as operações práticas e o relacionamento das experiências com 
os conceitos teóricos. 
 As experiências de laboratório estimulam a curiosidade, desenvolvem as habilidades de 
observação, registro e interpretação de dados, assim como oferecem a oportunidade de um bom 
treinamento na manipulação de diversos materiais e equipamentos. 
 O sucesso de uma experiência está diretamente relacionado com o interesse, organização e 
cuidado na sua execução. Assim, o respeito às normas de segurança é fundamental para se evitar 
acidentes, devidos aos riscos inerentes dos trabalhos desenvolvidos. 
 O cuidado e a adoção de medidas de segurança é de responsabilidade de cada indivíduo no 
laboratório. Se existir qualquer dúvida quanto à segurança de uma experiência, deve-se pedir a 
opinião de uma pessoa experiente ao invés de esperar que nada de mal aconteça. Cada um que 
trabalhe deve ter responsabilidade no seu trabalho e evitar atitudes imprudentes, de ignorância ou 
pressa que possam acarretar num acidente e possíveis danos. Deve prestar atenção à sua volta e se 
prevenir contra perigos que possam surgir do seu trabalho, bem como de outras pessoas. 
 Nenhum produto químico deve ser manipulado no laboratório sem que se saiba exatamente 
o seu comportamento. Os rótulos devem conter sempre informações necessárias paraa perfeita 
caracterização, bem como indicações de riscos, medidas de prevenção para o manuseio e 
instruções para o caso de eventuais acidentes. Dessa forma é fundamental que o químico saiba 
diferenciar as propriedades, a qualidade e os eventuais riscos na manipulação de reagentes 
químicos. 
 
2. Objetivos 
 Esta aula tem como objetivos analisar os reagentes químicos quanto as suas propriedades 
físicas e químicas, a forma correta de manipulá-los e como proceder em casos de acidentes. 
 
3. Materiais 
• Catálogos de diferentes empresas MERCK Index FISPQ 
 
 
13 
 
4. Reagentes (sugestão) 
• Ácidos inorgânicos: HC, H2SO4, 
HNO3 
• Ácidos orgânicos: Acético e 
Cítrico 
• Hidróxidos: NaOH e NH4OH • Solventes: Hexano e Acetona 
• Sais: Sulfato de cobre e Nitrato de 
ferro (III) 
• Óxidos: óxido de crômio 
 
5. Procedimento Experimental 
Você encontrará sobre a bancada alguns produtos químicos. Analise seis frascos, leia o rótulo e 
organize as seguintes informações na tabela abaixo. 
6. Resultados 
Tabela 2.1: Análise dos reagentes 
Nome do 
Reagente 
 
Fórmula 
Empresa 
Estado 
Físico na 
CNTP 
 
Ponto de 
Fusão (°C) 
(1 atm) 
 
Ponto de 
Ebulição 
(°C) 
(1 atm) 
 
Densidade 
(g/cm3) 
(25 ºC) 
 
Massa 
Molar 
(g/mol) 
 
 
14 
 
% das 
principais 
impurezas 
 
Riscos 
Gestão do 
resíduo 
 
 
7. Exercícios Pós-Laboratório 
 
1. Das substâncias estudadas quais são orgânicas e quais são inorgânicas. 
2. Porque um analista deve anotar as informações contidas no rótulo de um reagente? 
3. Pesquise sobre os danos que cada produto exposto pode causar e a maneira correta de 
manipulá-lo. 
4. Preencha a tabela de resultados desta aula. As informações não obtidas devem ser 
pesquisadas na Internet ou em catálogos de empresas de produtos químicos. 
 
8. Referências 
Catálogo de reagentes: MercK, Aldrich, Sigma e Fluka. 
TÓKIO, M.; ASSUMPÇÃO, R. M. V. Manual de Soluções: reagentes e solventes. 2ª. edição. São 
Paulo: Editora Edgard Blücher, 1981. 
CIENFUERGOS, F.. Segurança no Laboratório. Rio de Janeiro: Editora Interciência Ltda, 2001. 
 
9. Anotações 
 
 
 
15 
 
Aula 3: Gestão de resíduos químicos de aulas laboratoriais 
 
Introdução: 
 
A produção e o uso de produtos químicos são fundamentais no desenvolvimento 
econômico global e, ao mesmo tempo, estes produtos podem representar risco à saúde humana e 
ao meio ambiente se não forem utilizados de maneira responsável. Portanto, o objetivo primário 
desta aula será abordar o sistema de classificação de perigo dos produtos químicos e fornecer 
informações para proteger a saúde humana e o meio ambiente. 
Um passo essencial para o uso seguro de produtos químicos é a identificação dos perigos 
específicos e também a organização destas informações, de modo que possam ser transmitidas aos 
usuários de forma clara e de fácil entendimento. Por consequência, medidas de segurança podem 
ser tomadas para minimizar ou gerenciar riscos potenciais em circunstâncias onde possa ocorrer 
uma exposição. 
A Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento 
Sustentável e Meio Ambiente (UNCED) identificou, em 1992, a necessidade de unificação dos 
sistemas de classificação de produtos químicos, a fim de proceder a comunicação de seus riscos 
por intermédio de fichas de informações de segurança de produtos químicos, rótulos e símbolos 
facilmente identificáveis. Com este intuito, foi criado o Sistema Globalmente Harmonizado 
(GHS), com o objetivo de aumentar a proteção da saúde humana e do meio ambiente, fornecendo 
um sistema internacionalmente compreensível para comunicação de riscos, como também facilitar 
o comércio internacional de produtos químicos cujos riscos foram apropriadamente avaliados e 
identificados em uma base internacional. 
O sistema unificado de classificação de perigos de produtos químicos tem como intuito ser 
simples e transparente, permitindo uma distinção clara entre as diferentes categorias de perigo, 
facilitando assim o procedimento de classificação. Para muitas categorias, os critérios são 
semiquantitativos ou qualitativos, sendo que o julgamento por especialistas é necessário para 
interpretação de dados com fins de classificação. 
A elaboração desta Norma foi embasada pelas seguintes premissas básicas do GHS: ⎯ a 
necessidade de fornecer informações sobre produtos químicos perigosos relativas à segurança, à 
saúde e ao meio ambiente; ⎯ o direito do público-alvo de conhecer e de identificar os produtos 
químicos perigosos que utilizam e os perigos que eles oferecem; ⎯ a utilização de um sistema 
simples de identificação, de fácil entendimento e aplicação, nos diferentes locais onde os produtos 
 
16 
 
químicos perigosos são utilizados; ⎯ necessidade de compatibilização deste sistema com o critério 
de classificação para todos os perigos previstos pelo GHS; ⎯ a necessidade de facilitar acordos 
internacionais e de proteger o segredo industrial e as informações confidenciais; ⎯ a capacitação e 
o treinamento dos trabalhadores; e ⎯ a educação e a conscientização dos consumidores. 
 
2. Objetivos 
Esta aula tem como objetivo estabelecer critérios para o sistema de classificação de perigos de 
produtos químicos, sejam eles substâncias ou misturas, de modo a fornecer ao aluno informações 
relativas à segurança, à saúde humana e ao meio ambiente para gestão de resíduos químicos. 
 
3. Classificação dos Produtos Perigosos 
Os produtos perigosos são classificados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em nove 
classes de riscos e respectivas subclasses, conforme apresentado na Tabela 1. 
 
 
17 
 
 
A classificação de uma substância numa das classes de risco é realizada por meio de 
critérios técnicos, os quais estão definidos na legislação do transporte rodoviário de produtos 
perigosos. As Figuras 1 e 2 apresentam as placas de sinalização (pictogramas). 
 
Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/transporte-de-produtos-qu%C3%ADmicos-perigosos-um-grande-
tobias-nunes. Acesso em: 07 de maio de 2017. 
Figura 1. Placas de sinalização (pictogramas) das classes de produtos. 
 
18 
 
Os símbolos europeus de perigo definidos no anexo II da Diretiva 67/548/EEC serão 
substituídos até 1 de junho de 2015 por nova sinalética, definida no Regulamento (CE) n.º 
1272/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de dezembro de 2008, relativo à 
classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e misturas, que altera e 7 revoga as Diretivas 
67/548/CEE e 1999/45/CE, e altera o Regulamento (CE) n. o 1907/2006. 
Segundo a legislação, os símbolos negros sobre fundo laranja desaparecem e são substituídos por 
losangos vermelhos. Este formato permite harmonizar (GHS) os avisos internacionalmente 
reconhecidos, como os rodoviários. 
 
Fonte: http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX%3A52011XC0301(04). Acesso em 
07 de maio de 2017. 
 
Figura 2. Pictogramas de produtos perigosos. 
 
19 
 
 
4. Gerenciamento de Resíduos Químicos (GRQ) 
A implantação e a manutenção de um Programa de Gerenciamento demandam a adoção de três 
conceitos importantes, os quais direcionarão as atividades a serem desenvolvidas no decorrer do 
programa. O primeiro é o de que gerenciar resíduos não é sinônimo de geração zero de resíduo, 
ou seja, o gerenciamento busca não só minimizar a quantidade gerada, mas também impõe um 
valor máximo na concentração de substâncias notadamente tóxicas no efluente final da unidade 
geradora, tendo como guia as Resoluçõesdo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). 
O segundo conceito diz que só se pode gerenciar aquilo que se conhece, e assim sendo, um 
inventário de todo o resíduo passivo produzido na rotina da unidade geradora é indispensável. O 
terceiro conceito importante é o da responsabilidade objetiva na geração do resíduo, ou seja, o 
gerador do resíduo é o responsável pela sua destinação final. 
Além destes três importantes conceitos que servem de sustentação para qualquer programa de 
gerenciamento de resíduos, a operacionalização deste envolve outros pontos básicos: 
1) O compromisso explícito dos responsáveis da Unidade Geradora pelo programa; 
2) A conscientização de todos os usuários do laboratório; 
3) O Inventário do passivo e ativo existente na unidade geradora; 
4) A Hierarquização das responsabilidades de cada pessoa envolvida no PGRQ. 
O compromisso formal dos responsáveis pela Unidade Geradora em programar e manter o PGRQ 
é importante, primeiro porque envolve todo o pessoal ligado diretamente às atividades que geram 
resíduos. Além disso, devemos considerar que grande parte destas pessoas estará engajada em 
alguma atividade adicional pelo menos durante a fase inicial do PGRQ. Um programa desta 
natureza sempre demanda recursos financeiros tanto na sua fase inicial, como na sua manutenção 
e um levantamento completo dos resíduos vencidos sem utilidade que se classificam como passivo 
e os reagentes químicos que são utilizados no dia-a-dia classificados ativo são importantes, porque 
permitem que a unidade conheça a si própria quanto à natureza e qualidade dos resíduos gerados 
e estocados. 
 
5. Resíduos Químicos 
Os resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública 
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, 
reatividade e toxicidade são: 
 
20 
 
1. Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; 
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados 
por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou 
apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela 
Portaria do Ministério da Saúde (MS) n. 344 de 1998; 
2. Resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos contendo metais pesados; reagentes para 
laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes; 
3. Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores); 
4. Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas; 
5. Demais produtos considerados perigosos pela classificação da NBR 10004 (ABNT, 2004) 
aquele tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos. 
 
6. Resíduos comuns recicláveis e não recicláveis 
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio 
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares como: papel de uso sanitário, fralda, 
absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar, material utilizado em anti-
sepsia, sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resto alimentar de refeitório, resíduos 
provenientes das áreas administrativas, resíduos de varrição como flores, podas e jardins, resíduos 
de gesso provenientes de assistência à saúde. 
Os resíduos orgânicos como sobras de alimento e de pré-preparo desses alimentos, restos 
podem ser encaminhados ao sistema coletor da Companhia de Urbanização de Goiânia 
(COMURG). 
Todos os resíduos recicláveis como papel, papelão e plástico deverão ser acondicionados 
em recipientes apropriados de acordo com a figura 1 e posteriormente encaminhados ao espaço 
reservado no estacionamento da área III da PUC - Goiás para reciclagem em uma cooperativa de 
catadores de papel. 
Entretanto, os resíduos não recicláveis deverão ser acondicionados em recipientes 
apropriados, conforme figura 3, e posteriormente encaminhados à COMURG. 
 
 (a) (b) (c) 
Figura 1: Recipientes indicados para coleta de resíduos recicláveis (a e b) e não recicláveis (c). 
 
21 
 
7. Resíduos Perfurocortantes 
Os materiais perfurocortantes ou escarificantes são lâminas de barbear, agulhas, escalpes, 
ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; 
tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro 
quebrados no laboratório tais como pipetas, tubos de coleta sanguínea, placas de Petri e outros 
similares. 
 
8. Diretrizes para o Gerenciamento de Resíduos Químicos nos Laboratórios de Química 
Tanto a seleção quanto o tratamento adequado para cada tipo de resíduo gerado é 
fundamental para a minimização do impacto ambiental causado pela atividade desenvolvida em 
laboratórios. 
Os resíduos gerados no laboratório se enquadram são Resíduos Químicos, Resíduos 
Comuns Recicláveis e Resíduos Perfurocortantes. Portanto, são de suma importância o 
conhecimento da legislação e as recomendações para o tratamento e descarte desses. 
A legislação que estabelece as diretrizes para a classificação, tratamento e limites para 
lançamento na rede pública são as Resoluções do CONAMA e algumas NBRda ABNT. 
 
9. Resíduos Químicos 
As características dos riscos destas substâncias são as contidas na Ficha de informações de 
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), conforme NBR 14725-4 (ABNT, 2009). 
Resíduos químicos que apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente, quando não forem 
submetidos a processo de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser submetidos a 
tratamento ou disposição final específicos. 
Resíduos químicos no estado sólido, quando não tratados, devem ser dispostos em aterro 
de resíduos perigosos da Classe I. 
Resíduos químicos no estado líquido devem ser submetidos a tratamento específico, 
sendo vedado o seu encaminhamento para disposição final em aterros. 
Ambos devem ser acondicionados observadas as exigências de compatibilidade química 
dos resíduos entre si, assim como de cada resíduo com os materiais das embalagens de forma a 
evitar reação química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou 
deteriorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos 
componentes do resíduo. 
 
22 
 
Quando os recipientes de acondicionamento forem constituídos de polietileno, deverá ser 
observada a compatibilidade. Quando destinados à reciclagem ou reaproveitamento, devem ser 
acondicionados em recipientes individualizados, observadas as exigências de compatibilidade 
química do resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar reação química entre os 
componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a 
possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo. 
Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material 
compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e 
vedante. 
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, 
adequados para cada tipo de substância química, respeitando as suas características físico-químicas 
e seu estado físico, e identificados de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) do 
CONAMA n. 306 de 2004. Os resíduos que contenham sais que não sejam tóxicos para o meio 
ambiente podem ser descartados na pia conforme procedimento específico. 
As embalagens que não entram em contato direto com produto químico devem ser 
fisicamente descaracterizadas e acondicionadas como Resíduo do Grupo D, podendo ser 
encaminhadas para processo de reciclagem. 
As soluções de ácidos ou bases utilizadas devem ser neutralizadaspara alcançarem pH 
entre 7 e 9, sendo posteriormente lançados na rede coletora de esgoto ou em corpo receptor, desde 
que atendam as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e 
de saneamento competentes. 
Os resíduos ácidos ou básicos gerados nas aulas de titulação que apresentarem em sua 
composição indicadores ácido-base, são descartados na pia normalmente, com exceção dos 
resíduos que apresentarem indicadores tóxicos conforme a tabela 2, sendo tratados de acordo com 
procedimento específico e em seguida descartados na pia. 
 
23 
 
Tabela 2 Propriedades dos indicadores analíticos. 
Substância Fórmula Química 
Fórmula 
Estrutural 
Riscos 
Alaranjado de 
metila 
C14H14N3NaO3S 
NaO3S N N N(CH3)2
 
Tóxico 
Fenolftaleína C20H16O4 
O
O
HO O H 
Não traz riscos 
de manipulação 
Negro de 
Eriocromo 
C20H12N3NaO7S 
N N SO3Na
NO2
HO
OH
 
Não traz riscos 
de manipulação 
Verde de 
Bromocresol 
C21H14Br4O5 
O
S
OO
CH3 Br
OH
Br
Br
OH
Br
H3C
 
Tóxico 
Vermelho de 
metila 
C15H15N3O2 
COOH
N N N(CH3)2
 
Não traz riscos 
de manipulação 
Fonte: Mariano (2006, p. 25). 
O descarte de pilhas, baterias e acumuladores de carga contendo Chumbo (Pb), Cádmio 
(Cd) e Mercúrio (Hg) e seus compostos, deve ser feito de acordo com a Resolução do CONAMA 
n. 257 de 1999. 
Os demais resíduos sólidos contendo metais pesados podem ser encaminhados a Aterro 
de Resíduos Perigosos – Classe I ou serem submetidos a tratamento de acordo com as orientações 
do órgão local de meio ambiente, em instalações licenciadas para este fim. Os resíduos líquidos 
deste grupo devem seguir orientações específicas dos órgãos ambientais locais. 
Os resíduos contendo Mercúrio (Hg) devem ser acondicionados em recipientes sob selo 
d’água e encaminhados para recuperação. 
Resíduos químicos que não apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente, não 
necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a processo de reutilização, recuperação ou 
reciclagem. 
Resíduos no estado sólido, quando não submetidos à reutilização, recuperação ou 
reciclagem devem ser encaminhados para sistemas de disposição final licenciados. 
 
24 
 
Resíduos no estado líquido podem ser lançados na rede coletora de esgoto ou em corpo 
receptor, desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, 
gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes. 
Os resíduos orgânicos como sobras de alimento e de pré-preparo desses alimentos, restos 
podem ser encaminhados ao sistema coletor da Companhia de Urbanização de Goiânia 
(COMURG). 
 
10. Resíduos Perfurocortantes 
Os materiais perfurocortantes como agulhas e lâminas devem ser descartados 
separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso em recipientes rígidos, 
resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente e identificados (Figura 2). 
No caso de vidrarias quebradas, o descarte deve ser feito conforme descrito acima em recipiente 
separado com identificação específica. 
 
Figura 2: Modelo de símbolo de identificação de resíduos perfurocortantes 
 
11. A Rotulagem e a Identificação dos Resíduos Químicos 
 Todos resíduos são identificados e acondicionados na unidade geradora. Para resíduos 
químicos foi utilizado o processo de identificação e rotulagem de acordo com a simbologia de 
risco da National Fire Protection Association (NFPA) dos Estados Unidos da América (EUA), 
também conhecida como diagrama de Hommel. 
Nesta simbologia, cada um dos losangos expressa um tipo de risco que será atribuído um 
grau de risco variando entre 0 e 4 conforme pode ser visto nas figuras 3 e 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 1 
 
 
 
 
 
 
CLASSE 
 0 
 
 
 
 
INFLAMABILIDADE 
(VERMELHO) 
 
REATIVIDADE 
(AMARELO) 
PERICULOSIDADE 
ESPECÍFICA 
RISCO Á SAÚDE 
(AZUL) 
 
 
 
25 
 
Figura 3 Diagrama de Hommel (JARDIM, 1998). 
 
Baseado neste diagrama de Hommel foi desenvolvido um modelo de rótulo a ser utilizado 
na identificação dos resíduos químicos gerados durante as aulas práticas, com posterior 
armazenamento em local apropriado e destinação correta. 
As cores usadas no diagrama indicam: o amarelo, a substância é Reativa; o vermelho, ela 
é Inflamável; o azul, ela é Tóxica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 Modelo de rótulo adotado no Laboratório de Química da PUC-GO para resíduos 
químicos. 
Os números de 0 - 4 indica o grau de atividade, iniciando pelo 0 que representa pouco 
reativo ou estável e 4 muito reativo sendo tóxico ou facilmente inflamável, conforme apresentado 
na legenda do diagrama no quadro 3. 
 
Quadro 3 Legenda do diagrama de Hommel (JARDIM,1998). 
INFLAMABILIDADE (VERMELHO) 
4 - Perigo: Gás inflamável ou líquido extremamente inflamável ponto de fulgor 
abaixo de 22 ºC. 
3 - Perigo: Líquido inflamável com ponto de fulgor abaixo de 38 ºC. 
2 - Cuidado: Líquido inflamável com ponto de fulgor entre 38 e 93 º C. 
1 – Cautela: Combustível se aquecido ponto de fulgor acima de 93 ºC. 
 
 
 
 
 
 
PRODUTOS SECUNDÁRIOS 
 
DISCIPLINA E CURSO: _______________________________________ 
LABORATÓRIO DE QUÍMICA DATA ________________________ 
Local: _____________________________________________________ 
 2 
 
 1 
 
 
 
 
 
 
CLASSE 
 0 
 
 
 
 
NOME DO RESÍDUO 
DESCREVER AQUÍ AS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS EM 
MENOR QUANTIDADES CONSTITUINTES DO RESÍDUO 
GERADO 
 
26 
 
0 – Estável: Não inflamável. 
REATIVIDADE (AMARELO) 
4 – Perigo: Material explosivo em temperatura ambiente. 
3 – Perigo: Pode ser explosivo em caso de choque, em aquecimento ou se misturado 
com água. 
2 – Cuidado: Instável ou pode reagir violentamente se misturado com água. 
1 – Cautela: Pode reagir sobre aquecimento ou misturado com água, mas não 
violentamente. 
0 – Estável: Não reativo quando misturado com água. 
SAÚDE (AZUL) 
4 – Perigo: Pode ser fatal em pequena exposição. Usar EPI necessários. 
3 – Perigo: Corrosivo ou tóxico. Evitar contato com a pele ou inalação. 
2 – Cuidado: Pode ser prejudicial ou nocivo se inalado ou absorvido. 
1 - Cautela: Pode ser irritante. 
0 - Estável: Não causa dano à saúde. 
 
 A tabela 2 apresenta o protocolo de caracterização de resíduos químicos que não possuem 
rótulos, este procedimento permitirá saber algumas propriedades químicas do resíduo como: 
reatividade, pH, solubilidade, inflamabilidade etc. 
 
Tabela 2 Protocolo para a caracterização preliminar de resíduos químicos. 
TESTE A SER REALIZADO PROCEDIMENTO A SER SEGUIDO 
Reatividade com água Adicione uma gota de água e observe se há a formação de 
chama, geração de gás, ou qualquer outra reação violenta. 
Presença de cianetos 
Adicione 1 gota de cloroamina-T e uma gota de ácido 
barbitúrico/piridina em 3 gotas de resíduo. A cor vermelha 
indica teste positivo. 
Presença de sulfetos 
Na amostra acidulada com HCl, o papel embebido 
em acetato de chumbo fica enegrecido quando na presença de 
sulfetos. 
pH Usar papel indicador ou pHmetro. 
 
27 
 
Fonte: Jardim (1999). 
 
12. O Tratamento e o Acondicionamento dos Resíduos Gerados 
 O tratamento não visa zerar a geração de resíduos e sim atender aos pré-requisitos 
adotados pela legislação. Os grupos de resíduos anteriormente identificados nesse laboratório 
químico, além de segregados e identificados, são tratados, acondicionados e destinados de acordo 
com os procedimentos operacionais padrões (POP) disponíveisno PGR da Química. 
 
13. Resíduos de Solventes Orgânicos 
 Todos os solventes orgânicos gerados nas aulas práticas são identificados e armazenados 
em frascos adequados para recuperação por meio de destilação e posterior reutilização nas aulas. 
Os roteiros que descrevem o processo de destilação e recuperação dos solventes orgânicos 
utilizados nas aulas estão descritos no POP disponível no PGR da Química. 
Os solventes que não podem ser recuperados por destilação são encaminhados para 
incineração controlada em empresa habilitada para tal atividade de acordo com procedimento 
específico. 
Os solventes utilizados nas aulas são: acetona, etanol, eter etílico, hexano, clorofórmio, 
acetato de etila, álcool Iso-amílico, eter de petróleo, dissulfeto de carbono, etilenodiamina, cloreto 
de metileno, propileno glicol, alizarol e metanol. 
 
14. Bibliografia 
 
AFONSO, J. C.; NORONHA, L. A.; FELIPE, R. P.;FREIDINGER, N. Gerenciamento de resíduos 
Laboratoriais: recuperação de elementos e preparo para descarte final. Quim. Nova, São Paulo, v. 
26, p.602-611, 2003. 
Resíduo oxidante A oxidação de um sal de Mn(II), de cor rosa claro,para uma 
coloração escura indica resíduo oxidante. 
Resíduo redutor Observa-se a possível descoloração de um papel umidecido 
em 2,6-dicloro-indofenol ou azul de metileno. 
Inflamabilidade Enfie um palito de cerâmica no resíduo, deixe escorrer o 
excesso e coloque-o na chama. 
Presença de halogênios 
Coloque um fio de cobre limpo e previamente aquecido ao 
rubro no resíduo. Leve à chama e observe a coloração: o 
verde indica a presença de halogênios. 
Solubilidade em água 
Após o ensaio de reatividade, a solubilidade pode ser avaliada 
facilmente. Adicionando-se algumas gotas do resíduo em um 
pouco de água. 
 
28 
 
ALBERGUINI, L. B. A.; SILVA, L. C.; REZENDE, M. O. O. Laboratório de resíduos químicos 
do campus USP - São Carlos- resultados da experiência pioneira em gestão e gerenciamento de 
resíduos químicos em um campus universitário. Quim. Nova, São Paulo, v.26, p. 291-295, 2003. 
BUTLER, J.; HOOPER, P. Dilemmas in optimising the environmental benefit from recycling: A 
case study of glass container waste management in the UK. Res. Cons. & Recycling, New Jersey, 
v. 45, p. 331-55, 2005. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE- CONAMA. Resolução N° 357. CONAMA, 
17 de março de 2005. Disponível no site: <http:// 
WWW.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf> 
EIGHMY, T.T.; KOSSON, D.S. U.S.A. National overview on waste management, Wast Manag., 
Amsterdam, v.16, p.361-366, 1996. 
FEHR, M.; CASTRO, M.S.M.V.; CALÇADO, M.R. A practical solution to the problem of 
household waste management in Brazil. Res. Cons. Recycling, New Jersey, v. 30, p.245-257, 
2000. 
GERBASE, A. E.; COELHO, F. S.; MACHADO, P. F .L.; FERREIRA, V. F. Gerenciamento de 
resíduos químicos em instituições de ensino e pesquisa. Quim. Nova, São Paulo,v. 28, p.3, 2005. 
GIL, E. S.;GARROTE,C. F. D.;CONCEIÇÃO,E. C.;SANTIAGO,M. F.;SOUZA, A. R. Aspectos 
técnicos e legais do gerenciamento de resíduos químico- farmacêuticos. Revista Brasileira de 
Ciências farmacêuticas vol. 43, n.1, jan/mar.,2007. 
JARDIM, W.F. Gerenciamento de resíduos químicos em laboratórios de ensino e pesquisa. Quim. 
Nova, São Paulo, v. 21, p.671-673, 1998. 
JOHN, V.M.; ZORDAN, S.E. Research & development methodology for recycling residues as 
building materials – a proposal. Waste Manag., Amsterdam, v. 21, 213-219,2001. 
KAUFMAN JA. Waste Disposal in Academic Institutions. Nova Iorque, Editora Lewis. 1990. 
PEIXOTO, N. S. Gerenciamento e Tratamento de Resíduos Químicos nos Laboratórios de 
Graduação de Química do CEFETGO.Trabalho de conclusão de curso de Graduação em Química 
Agroindustrial, 2008. 
PHILLIPS, P.S.; READ, A.D.; GREEN, A.E.; BATES, M.P. UK waste minimisation clubs: a 
contribution to sustainable waste management. Res. Cons. Recycling, New York, v.27, p.217-247, 
1999. 
SANTOS, A. F. S.S Procedimento Operacional Padrão (POP) para Armazenamento e descarte de 
produtos químicos em laboratório de ensino. Trabalho de conclusão de curso em Química 
Agroindustrial, ano 2008. 
 
29 
 
Aula 4: Técnicas de trabalho com material volumétrico 
1. Introdução 
 A Química é uma ciência experimental e um dos procedimentos mais utilizados no 
laboratório é a medição. Medir significa determinar com base em uma determinada escala, a 
quantidade de uma grandeza. Muitas vezes a prática química não exige medidas precisas, isto é, 
quando a medida é qualitativa. No entanto, muitas vezes é necessário saber com exatidão e precisão 
a massa ou o volume de uma substância. Para determinarmos a massa, utilizamos balanças. Para 
medirmos o volume, utilizamos vários recipientes que nos ajudam a realizar medidas, com 
diferentes níveis de precisão. 
 Muitas vezes o resultado de uma determinada prática depende fundamentalmente do grau de 
precisão com que foram realizadas as medidas, por isso é importante que você conheça os 
recipientes volumétricos, saiba lidar com eles e esteja ciente dos erros que podem acontecer para 
procurar evitá-los. 
 
2. Objetivos 
 Esta aula tem como objetivos reconhecer os principais recipientes volumétricos, estudar suas 
características e especificações de utilidade, as técnicas de limpeza e manipulação. 
 
3. Técnicas de Leitura 
 A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com elevada precisão. 
Erros nas medidas acarretam em erros nos resultados finais da análise, os quais devem ser evitados. 
A não observação dos cuidados necessários à medição conduz a resultados equivocados, mesmo 
quando todas as outras regras de operação são realizadas com precisão. 
 A medida de volumes está sujeita a uma série de erros devidos à ação da tensão superficial 
sobre superfícies líquidas, dilatações e contrações provocadas pelas variações de temperatura, 
imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos e erros de paralaxe. 
 Medir volumes de líquidos em um recipiente significa comparar a sua superfície com a escala 
descrita no recipiente utilizado. Essa superfície é denominada menisco. Os líquidos têm a 
propriedade de reduzir ao máximo a sua superfície. Esta propriedade denomina-se tensão 
superficial e está relacionada com a força na qual as moléculas de um líquido se atraem 
mutuamente. Se no interior de um líquido as forças de atração estão saturadas, na superfície está 
compensada só uma parte delas. Por isso as moléculas da superfície sofrem uma atração recíproca 
especialmente forte, é como se o líquido estivesse coberto por uma película autotensora. Essa força 
 
30 
 
que contrai a superfície do líquido é o que chamamos de tensão superficial e varia para cada 
líquido, dependendo do caráter da interação intermolecular. 
 O menisco é a superfície do líquido que estaremos medindo. Para a água, a força de coesão 
entre as moléculas é parcialmente superada pelas de adesão entre ela e o vidro, e o menisco é 
côncavo, sendo que sua parte inferior (vértice) deverá coincidir com a linha de aferição (Figura 
3.1). No mercúrio, ao contrário, as forças de coesão são bastante maiores que as de adesão entre o 
mercúrio e o vidro, e o menisco é convexo, sendo considerado para leitura sua parte superior 
(Figura 3.2). 
 Para líquidos que apresentam concavidade e são transparentes ou levemente coloridos, a 
parte inferior do menisco deverá coincidir com a linha de aferição (Figura 3.3). Se for fortemente 
colorido, isto é, se não for possível verificar o menisco, deve-se considerar sua parte superior 
(Figura 3.4). 
 
 
Figura 3.1: Superfície côncava Figura 3.2: Superfície convexa 
 
Figura 3.3: Menisco inferior Figura 3.4: Menisco superior31 
 
 
Figura 3.5: Posição do observador. Erro de paralaxe. 
 
 Outra técnica importante é a posição do olho do observador. Este deverá estar sempre no 
mesmo nível da marca de aferição do recipiente (Figura 3.5). Se o observador estiver olhando por 
cima do menisco, observará um valor superior ao verdadeiro. Se estiver olhando por baixo do 
menisco, observará um valor inferior. Estes erros são conhecidos como erros de paralaxe. 
4. Limpeza e secagem de material volumétrico 
 Os aparelhos volumétricos devem estar perfeitamente limpos, para que os resultados das 
medidas possam ser reprodutíveis. Recomenda-se limpar o material com solução detergente, 
enxaguá-lo várias vezes com água da torneira e depois com jatos de água destilada. Verifica-se a 
limpeza, deixando escoar a água. Se a película líquida, inicialmente formada nas paredes, escorre 
uniformemente, sem deixar gotículas presas, a superfície está limpa. Qualquer sujeira aderida às 
paredes dos recipientes altera o resultado final da medida. 
 Caso seja necessária limpeza mais drástica, existem soluções especiais, tais como solução 
sulfocrômica (dicromato de potássio em ácido sulfúrico concentrado). Esta solução é corrosiva e 
exige muito cuidado em seu emprego. Outras soluções utilizadas são a alcoólica de hidróxido de 
potássio, mistura álcool e éter; solução básica de permanganato de potássio. 
 Para a secagem de material volumétrico, pode-se utilizar: secagem comum, por evaporação 
à temperatura ambiente; secagem em corrente de ar, por exemplo, ar aspirado por meio de uma 
bomba de vácuo. 
 Uma secagem rápida pode ser obtida após enxaguar o material com álcool ou acetona. Caso 
não se disponha de tempo para secar pipetas ou buretas, deve-se enxaguá-las repetidas vezes com 
pequenas porções do líquido que será usado para enchê-las. Material volumétrico não deve ser 
seco em estufa, nem deve ser aquecido. 
 
 
32 
 
 
5. Materiais 
• Bastão de vidro • Erlenmeyer de 250mL 
• Béquer de 50mL (4) • Bureta de 50mL 
• Béquer de 250mL • Balão volumétrico de 50mL 
• Proveta de 10mL (2) • Balão volumétrico de 100mL 
• Proveta de 25mL • Pipeta volumétrica de 5mL 
• Proveta de 50mL • Pipeta graduada de 5mL (4) 
• Proveta de 100mL 
 
• Pipetador de borracha (5) 
• Erlenmeyer de 125mL • Suporte universal com garras 
 
6. Procedimento Experimental 
 
Observação: Todos os alunos deverão executar os experimentos. 
6.1. Comparação entre proveta e béquer 
Utilizando o bastão de vidro, preencha a proveta de 25mL com água destilada e acerte o traço de 
aferição. Transfira esse volume cuidadosamente para um béquer de 50mL com cuidado. Compare 
o volume final. Anote a sua observação na tabela de resultados. 
6.2. Comparação entre proveta e erlenmeyer 
Utilizando o bastão de vidro, preencha a proveta de 50mL com água destilada e acerte o traço de 
aferição. Transfira para um erlenmeyer de 125mL limpo e seco. Compare o volume final. Anote 
a sua observação na tabela de resultados. 
6.3. Comparação entre béquer e erlenmeyer 
Utilizando o bastão de vidro, adicione 200mL de água destilada num béquer de 250mL. Transfira 
para um erlenmeyer de 250mL limpo e seco. Compare o volume final. Anote a sua observação na 
tabela de resultados. 
6.4. Comparação entre proveta e balão volumétrico 
Utilizando o bastão de vidro, preencha a proveta de 100mL com água destilada e acerte o traço 
de aferição. Transfira para um balão volumétrico de 100mL. Limpo e seco. Compare o volume 
final. Anote a sua observação na tabela de resultados. 
6.5. Comparação entre bureta e balão volumétrico 
Fixe uma bureta de 50mL no suporte universal. Feche a torneira de controle de escoamento. 
Coloque um béquer de 100mL em baixo da bureta. Com auxílio de um béquer de 50mL, encha a 
bureta com água destilada e observe se há vazamento. Verifique se há bolhas entre a torneira e a 
extremidade inferior da bureta. Caso tenha, abra a torneira rapidamente até removê-la. Em seguida, 
encha a bureta com água destilada e acerte o menisco com o traço de aferição (zero), que fica na 
 
33 
 
parte superior. Segure a torneira com a mão esquerda e usando os dedos polegar e médio dessa 
mão, inicie o escoamento. Transfira 50mL de água da bureta, para um balão volumétrico de 
50mL limpo e seco. Compare o volume final. Anote a sua observação na tabela de resultados. 
6.6. Técnica de pipetagem 
 
Segure uma pipeta graduada de 5 ou 10mL e acople o pipetador de borracha na sua parte superior. 
Retire o ar de dentro do pipetador, apertando simultaneamte o botão superior e o pipetador. 
Mergulhe a extremidade inferior da pipeta em um béquer de 50mL contendo água destilada. Faça 
a sucção apertando o botão inferior, até acertar no zero da pipeta. Puxe devagar, para que o líquido 
não entre no pipetador. Para escoar o líquido, aperte o botão lateral inferior e deixe escoar 
lentamente a água de 1 em 1mL. Repita o procedimento até não mais encontrar dificuldades. 
Não se deve nunca pipetar com a boca líquidos TÓXICOS, VOLÁTEIS E CORROSIVOS. 
Deve-se sempre utilizar o pipetador de borracha (pêra) acoplado a extremidade superior da pipeta, 
na capela com exaustor ligado. 
 
6.7. Comparação entre pipeta graduada e volumétrica 
Meça 5mL de água destilada em uma pipeta volumétrica de 5mL e transfira para uma proveta de 
10mL limpa e seca. Meça 5mL de água destilada em uma pipeta graduada de 5mL e transfira 
para uma outra proveta de 10mL limpa e seca. Compare os volume. Anote a sua observação na 
tabela de resultados. 
 
7. Resultados 
Tabela 3.1: Resultados das comparações de medida de volume 
Procedimento Observações 
1 
2 
3 
4 
5 
7 
8. Exercícios Pós-Laboratório 
 
34 
 
1. Diferencie pipeta graduada de volumétrica. Dê a sua função e diga baseando-se no 
resultado do procedimento 7, qual é a mais precisa. 
2. Cite os erros mais comuns na leitura de volume. 
3. Defina menisco e tensão superficial. 
4. Qual a vidraria de medida de volume que apresentou maior precisão? Cite três vidrarias de 
medidas precisas de volume. 
5. Qual a vidraria que apresentou maior erro de volume. Cite três vidrarias de medidas 
aproximadas de volume. 
6. Se for necessário encher uma pipeta com um líquido corrosivo ou tóxico, como deve-se 
proceder? 
7. Se você tivesse que medir 50mL de água destilada com precisão, qual dos equipamentos a 
seguir você usaria? Justifique. 
- proveta de 50mL; pipeta volumétrica de 50mL; balão volumétrico de 50mL; béquer de 
50mL. 
 
9. Referências 
ALBUQUERQUE, E. O. Aulas Prática de Química. Editora Moderna, São Paulo, 1994. 
 
10. Anotações 
 
 
35 
 
Aula 5: Métodos de Separação de Misturas Homogêneas 
 
1. Introdução 
 As misturas homogêneas são caracterizadas por apresentarem aspecto uniforme, isto é, uma 
única fase, independente do número de substâncias constituintes. Os métodos de separação dos 
componentes dessas misturas normalmente envolvem processos físicos, por exemplo, a destilação. 
 A destilação objetiva-se separar um líquido volátil, de uma substância não volátil, ou a 
separação de dois ou mais líquidos de diferentes pontos de ebulição. É um processo físico que 
consiste basicamente na vaporização de um líquido por aquecimento, seguida da condensação do 
vapor formado. 
 Os principais tipos de destilação são: simples, fracionada, a pressão reduzida e com arraste 
de vapor. Estes tipos diferenciam-se nas aparelhagens utilizadas e em função das características 
dos componentes individuais das misturas a serem separadas. 
 Destilação Simples só se aplica para separar um líquido de suas impurezas não voláteis, um 
solvente usado numa extração ou para separar líquidosde pontos de ebulição muito afastados. 
 Destilação Fracionada destina-se separar líquidos miscíveis entre si, mesmo aqueles de 
ponto de ebulição próximos. Nesta destilação adapta-se uma coluna de fracionamento entre o 
condensador e o balão de destilação. A função dessa coluna é proporcionar em uma única 
destilação uma série de micro-destilações sucessivas, de tal modo que, pela extremidade conectada 
ao condensador saem somente vapores do líquido volátil, regressando ao balão por refluxo, a 
mistura dos vapores contendo o componente menos volátil. 
 Destilação a pressão reduzida é utilizada para destilar líquidos de pontos de ebulição 
elevados ou que se decompõem a temperaturas próximas de seu ponto de ebulição. 
 
2. Objetivos 
 Esta aula tem como objetivos demonstrar os vários tipos de destilações e observar as 
propriedades das substâncias puras, a partir de misturas homogêneas. 
 
3. Materiais 
3.1. Materiais para Destilação Simples 
• Balão de fundo chato • Mangueiras (2) 
• Manta aquecedora e reostato • Béquer de 250mL 
• Suporte universal com garra • Bastão de vidro 
 
36 
 
• Termômetro • Condensador tipo tubo 
• Cronômetro • Rolhas e junta 
• Água destilada • Refresco em pó 
• Pedras de ebulição 
3.2. Materiais para Destilação Fracionada 
• Balão de fundo chato • Mangueiras (2) 
• Manta aquecedora e reostato • Béquer de 250mL (2) 
• Suporte universal com garra • Bastão de vidro 
• Termômetro • Condensador tipo bolas ou espiral 
• Cronômetro • Rolhas e junta 
• Coluna de Vigreaux • Água destilada 
• Pedras de ebulição • Álcool etílico 
 
Observações: 
1- Toda a aparelhagem para destilação a pressão normal deve estar aberta para a atmosfera, a fim 
de evitar aumento da pressão do sistema com o aquecimento. 
2- Deve-se encher o balão até o máximo de 2/3 de sua capacidade. Se o balão estiver muito cheio, 
pode ocorrer arraste mecânico do líquido a se destilar, impurificando assim o destilado. Se o balão 
estiver muito vazio, isto é, menos da metade de sua capacidade, ocorrerão perdas desnecessárias 
devido ao grande volume que o vapor deve ocupar para encher o balão. 
3- Não aquecer o balão até a secura se estiver usando bico de Bunsen, para não haver risco de 
quebra. 
4- A água no condensador deve fluir no sentido contrário à corrente dos vapores para evitar 
choque térmico. 
5- O superaquecimento do líquido poderá resultar em uma ebulição tumultuosa, que pode ser 
evitada, adicionando-se a mistura, algumas pedras porosas. Neste caso, bolhas de ar contidas nas 
pedras porosas são eliminadas pelo aquecimento, as quais, devido a um aumento da pressão 
interna, vencem a pressão da coluna do líquido, sendo assim expelidas e rompem a tensão 
superficial. 
6- Deve-se controlar o aquecimento de modo que o líquido destile a uma velocidade constante, 
ou seja, aproximadamente 1gota por segundo. 
 
 
 
37 
 
4. Procedimento Experimental 
 
4.1. Destilação Simples 
 Adicione no balão de fundo chato a amostra a ser destilada, de modo que a mesma ocupe 2/3 
da capacidade do balão. Monte o sistema de destilação simples, conforme Figura 6.1. Caso tenha 
dúvidas pergunte ao professor. Verifique a temperatura inicial da amostra e anote na tabela 6.1 dos 
resultados. Aqueça o sistema lentamente, aumentando a temperatura através do reostato. Observe. 
Anote a variação de temperatura a cada intervalo de dois minutos. Destile por cerca de 30 minutos. 
No final da destilação, desligue a água de circulação e o aquecimento. 
 
 
Figura 6.1: Montagem do sistema de destilação simples. 
4.2. Destilação Fracionada 
 Adicione no balão de fundo chato a amostra a ser destilada, de modo que a mesma ocupe 2/3 
da capacidade do balão. Monte o sistema de destilação fracionada, conforme figura 2. Caso tenha 
dúvidas pergunte ao professor. Verifique a temperatura inicial da amostra e anote na tabela 2 dos 
resultados. Aqueça o sistema lentamente, aumentando a temperatura através do reostato. Observe. 
Anote a variação de temperatura a cada intervalo de dois minutos. Destile a amostra, e substitua o 
béquer para separar as diferentes substâncias. Destile por cerca de 30 minutos. No final da 
destilação, desligue a água de circulação e o aquecimento. 
 
 
 
38 
 
 
Figura 6.2: Montagem do sistema de destilação fracionada. 
 
 
5. Resultados 
Tabela 6.1: Destilação simples (suco) Tabela 6.2: Destilação fracionada 
Tempo (min) T (C) Tempo (min) T (C)-Pinga T (C)-Vinho 
0 0 
2 2 
4 4 
6 6 
8 8 
10 10 
12 12 
14 14 
16 16 
18 18 
20 20 
22 22 
24 24 
26 26 
28 28 
30 30 
 
6. Exercícios Pós-Laboratório 
1. Como se comporta o ponto de ebulição com a redução da pressão externa? Justifique. 
 
39 
 
2. Porque a destilação simples não é usada na separação de líquidos de pontos de ebulição 
relativamente próximos? 
3. Se você tivesse as seguintes misturas, como faria para obtê-las separadamente? Dê o 
procedimento e as vidrarias necessárias. 
a) sal, areia, água b) tetracloreto de carbono, água, etanol c) sal, óleo, água 
4. Traçar os gráficos obtidos na aula experimental, em papel milimetrado (tamanho A4) e 
interpretá-los. 
 
7. Referência 
A. J. L. O. Pombeiro. Técnicas e operações unitárias em química laboratorial. 1ª edição. São 
Paulo: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983. 
 
8. Anotações 
 
40 
 
Aula 6: Preparação de Soluções e Cálculos de Concentração 
 
1. Introdução 
 A solubilidade de uma substância num determinado solvente é controlada principalmente 
pela natureza do próprio solvente e do soluto, mas também pela temperatura e pressão. Uma 
solução é formada quando uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias formam uma 
única fase. O componente presente em maior quantidade é chamado solvente e os outros 
componentes são denominados solutos. 
 Quando se pensa em soluções, as primeiras idéias que ocorrem envolvem a água como 
solvente: refrigerantes, bebidas, detergentes, remédios em solução oral, etc. Porém muitos 
produtos de consumo, tais como os óleos lubrificantes e a gasolina são soluções que envolvem 
outros líquidos. Além disso, deve-se estar atento que soluções não dizem respeito somente aos 
solventes líquidos. O ar é uma solução de N2, O2, CO2 vapor d’água e outros gases. O vidro, sólido 
amorfo, é uma solução de óxidos metálicos (Na2O e CaO, entre outros) em SiO2. A solda usada 
para fazer as conexões elétricas nos circuitos das calculadoras e dos computadores é também uma 
solução sólida de Sn, Pb e outros metais. 
 Em química, a quantidade de soluto dissolvido numa unidade de volume ou de massa de 
solvente se denomina concentração. A concentração é expressa, comumente, em mol do soluto 
por litro da solução; esta concentração é a molaridade da solução. 
 As soluções podem ser classificadas como: 
1- Soluções de reagentes com concentração aproximada; 
2- Soluções padrões com a concentração conhecida de uma certa substância; 
3- Soluções padrões de referência, com concentração conhecida de uma substância padrão 
primária; 
4- Soluções padrões de titrimetria com concentração conhecida (seja por pesagem ou por 
padronização) de uma substância que não é padrão primária. 
 A comissão de Nomenclatura da IUPAC refere-se às soluções 3 e 4 como soluções padrões 
primárias e soluções padrões secundárias, respectivamente. 
 Soluções de reagentes são preparadas, geralmente, pela pesagem num béquer de uma 
quantidade da substância numa balança semi-analítica e depois adiciona-se um pouco do solvente, 
para dissolver a substância e em seguida transferi-se para um balão volumétricode capacidade 
conhecida e completa-se o volume desejado da solução. 
 
41 
 
 Soluções padrões são preparadas pesando-se a quantidade de substância apropriada numa 
balança analítica, dissolve-se um pouco com o solvente apropriado e transfere-se com o auxílio de 
um funil, à solução para um balão volumétrico de capacidade adequada, tendo o cuidado de não 
perder a solução. O funil deve ser lavado algumas vezes com um jato do solvente e transferindo-
se para o balão. Agita-se a mistura e completa-se o volume até o traço de referência e finalmente 
homogeneiza-se. 
 Quando a substância não for facilmente solúvel em água, é aconselhável aquecer o béquer 
com a substância e um pouco do solvente, ligeiramente e com agitação, até que a substância se 
dissolva completamente. Em seguida, deixa-se a solução resfriar e depois se transferi com o auxílio 
do funil para o balão volumétrico. Lava-se o béquer algumas vezes com o solvente, transferindo 
para o balão. Em nenhuma circunstância o balão pode ser aquecido. 
 Em alguns casos pode ser preferível preparar a solução padrão a partir de soluções 
concentradas, por diluição apropriada. 
 As soluções que são relativamente estáveis e não são afetadas pela exposição ao ar podem 
ser estocadas em frascos de um litro. Nos trabalhos de grande exatidão, os frascos devem ser de 
pyrex, ou de outro vidro resistente com tampas esmerilhadas. Para soluções alcalinas os frascos de 
vidro são substituídos por frascos de polietileno, pois estas reagem com os silicatos presentes no 
vidro. Deve-se observar que os frascos de vidro são obrigatórios para algumas soluções, por 
exemplo, iodo e nitrato de prata. Nestes dois casos o vidro deve ser escuro (castanho), pois estas 
substâncias degradam-se com a luz. 
 Os frascos de estocagem devem estar limpos e secos. Para isto, ele deve ser lavado com um 
pouco da solução, esgotando-se o líquido e enchendo-se os frascos com o restante da solução, 
fechando-os imediatamente. Se o frasco estiver limpo, porém, molhado, deve-se lavá-lo 
sucessivamente com pequenos volumes da solução, esgotando-se completamente o líquido depois 
de cada lavagem. Depois se enche com a solução e se rotula com o nome da solução, concentração, 
data de preparação e nome do analista. Antes de usá-lo para qualquer análise deve-se 
homogeneizar a solução. 
 
2. Objetivos 
 Esta aula tem como objetivos preparar soluções aquosas de diferentes substâncias. 
 
3. Materiais 
• Béquer de 100mL (3) • Balão volumétrico de 100mL (2) 
 
42 
 
• Espátulas • Béquer contendo 300 mL de água recém-
fervida 
• Pisseta com água 
destilada 
• Bastão de vidro 
• Balança semi-analítica • Proveta de 50 mL 
• Frasco de vidro • Frasco de polietileno 
 
4. Reagentes 
• NaOH (P.A.) • HCl (P.A.) 
 
5. Procedimento experimental 
5.1. Preparação da solução NaOH 0,1mol L-1 
Calcule a quantidade de hidróxido de sódio necessária para se preparar 100 mL de solução 0,1 
mol/L (massa molecular = 40,0 g/mol). Com o auxílio de um béquer de 100 mL, pese numa balança 
semi-analítica a quantidade de hidróxido calculada. Dissolva com 50 mL de água destilada recém 
fervida e transfira quantitativamente para um balão volumétrico de 100 mL. Lave o béquer com 
pequenos volumes de água destilada, transfira para o balão e finalmente complete o volume com 
água destilada recém fervida, homogeneize, armazene esta solução em frasco de polietileno e 
rotule-a. 
Observações: 
NaOH é higroscópico e corrosivo. As pastilhas contêm Na2CO3 como impureza. Deve-se utilizar 
água destilada fervida para minimizar a quantidade de CO2 dissolvida. A massa e o volume são 
aproximados porque esta solução não é padrão primária e desta forma deve ser padronizada 
(próxima aula). O armazenamento de solução de NaOH deve ser em frasco plástico porque NaOH 
ataca o vidro (NaOH reage com os silicatos que constituem o vidro). 
 
5.2. Preparação de solução 0,1 mol L-1 de HC 
Cuidado: ácido clorídrico concentrado é altamente tóxico e corrosivo 
Utilizando os dados do rótulo (36,5-38% HCl, M.M. 36,46, e densidade 1,19 g/mL), calcule o 
volume do ácido concentrado necessário para preparar 100mL de solução 0,1 mol L-1. Utilizando 
uma pipeta graduada, meça o volume calculado e transfira para um balão volumétrico de 100 mL 
contendo cerca de 50mL de água destilada. Lave algumas vezes a pipeta com um pouco de água 
destilada transferindo sempre para o balão. Agite cuidadosamente o balão e adicione água até 
completar 100mL. Feche bem o balão e vire-o de ponta-cabeça baixo, várias vezes, para 
 
43 
 
homogeneizar a solução. Transfira esta solução para um frasco de vidro e rotule-o. 
 
6. Resultados 
Tabela 8.1: Resultados dos cálculos para preparação de soluções 
Massa de NaOH (g) 0,1 mol L-1 
Volume de HCl (mL) O,1 mol L-1 
 
7. Exercícios Pós-Laboratório 
1. Qual a importância de se preparar soluções aquosas? 
2. Quais os cuidados que um analista deve observar ao preparar uma solução aquosa de NaOH e 
HCl? 
3. Calcule a massa necessária para preparar 250 mL de solução 0,1 mol L-1 de NaOH. 
4. Diferencie solução reagente de solução padrão. 
5. Explique como deve ser feita a transferência quantitativa de uma substância para o balão 
volumétrico. 
6. Utilizando os dados do rótulo (37% HCl, M.M. 36,46g/mol, e densidade 1,19 g/mL), calcule o 
volume do ácido concentrado necessário para preparar 250 mL de solução 0,1 mol L-1L. 
 
8. Referência 
N. Baccan; J. C. de Andrade; O. E. S. Godinho e J. S. Barone. Química Analítica Quantitativa 
Elementar, 2a edição, Editora da UNICAMP, Campinas, 1995. 
 
9. Anotações 
 
 
 
Aula 7: Padronização de Solução e Estequiometria de Reação 
 
1. Introdução 
 Em análise química é necessário preparar soluções de concentração exatamente conhecida, 
isto é soluções padrões. Essas soluções requerem, muitas vezes, que se faça uma análise 
titulométrica para se determinar à quantidade exata do soluto presente no volume da solução. Este 
procedimento chama-se padronização da solução. 
 A solução a ser padronizada é usualmente adicionada por uma bureta. O processo de adição 
da solução até que a reação se complete é chamado de titulação e a substância a ser determinada 
de titulada. O ponto final da titulação chama-se ponto de equivalência. Este ponto deve ser 
identificado por alguma mudança, produzida pela própria solução, como no caso das soluções de 
permanganato de potássio (KMnO4) ou pela adição de um reagente auxiliar conhecido como 
indicador. Após a finalização da reação entre a substância padrão e a solução a ser padronizada, 
o indicador deverá produzir uma mudança de coloração no sistema. Este ponto é chamado de 
ponto final da titulação. 
 No entanto, nem todas as reações químicas podem ser utilizadas em uma titulação. Uma 
reação é adequada quando ela satisfaz as seguintes condições: a) deve ocorrer uma reação simples 
que possa ser expressa por uma equação química; b) a substância padrão deverá reagir 
completamente com a solução a ser padronizada em proporções estequiométricas; c) a reação deve 
ser rápida (em alguns casos, deve-se adicionar um catalisador para acelerar a reação); d) deve 
haver uma mudança de energia livre marcante conduzindo a alteração de alguma propriedade física 
ou química do soluto no ponto de equivalência; e) deve haver um indicador específico que defina 
nitidamente o ponto final da reação. 
 Para preparar soluções padrões alcalinas, o reagente mais usado é o hidróxido de sódio. No 
entanto, este reagente não é padrão primário, porque é higroscópio e sempre contém uma 
quantidade indeterminada de água e carbonato de sódio adsorvida no sólido. O carbonato de sódio 
pode ser completamenteremovido quando se prepara uma solução saturada de NaOH, a qual é 
deixada em repouso por 24horas. O carbonato de sódio precipita por ser pouco solúvel na solução. 
Isto significa que as soluções de NaOH devem ser padronizadas com um reagente padrão primário, 
por exemplo o biftalato de potássio, para poder determinar a concentração real da solução. 
 As soluções de hidróxido de sódio atacam o vidro e dissolvem a sílica com formação de 
silicatos solúveis. A presença de silicatos solúveis causa erros e as soluções de hidróxidos devem 
ser conservadas em frascos de polietileno. 
 
 
 
2. Objetivos 
 Esta aula tem como objetivos afinar a técnica de pesagem em balança analítica, desenvolver 
a técnica de padronização de solução aquosa de hidróxido de sódio 0,1 mol L-1 e estudar 
estequiometria de reação. 
 
3. Considerações sobre padrão primário 
 Padrão primário é uma substância que apresenta as seguintes características: 
1- Fácil obtenção, purificação e secagem; 
2- Deve existir teste qualitativo simples para identificação de contaminantes, que se presentes 
devem estar em pequena porcentagem; 
3- Deve possuir massa molecular elevada (para diminuir o erro de pesagem); 
4- Solúvel nas condições experimentais; 
5- Deve reagir com a espécie de interesse de modo estequiométrico e instantâneo; 
6- Deve manter-se inalterada ao ar durante a pesagem. Não pode ser higroscópica, oxidada 
ou afetada pelo CO2. 
 
4. Materiais 
• Espátula de porcelana • Balança analítica 
• Béquer de 100 mL • Erlenmeyer de 250 mL (2 por grupo) 
• Pisseta com água destilada • Béquer de 300 mL com água destilada recém 
fervida 
• Bastão de Vidro • Proveta de 50mL 
 
5. Reagentes 
• Água destilada recém fervida • Biftalato de potássio seco a 105ºC 
• Fenolftaleína 1% • Solução de NaOH 0,1 mol L-1 
 
6. Procedimento experimental 
 
6.1. Solução NaOH 0,1 mol L-1 
Utilize a solução de hidróxido de sódio preparada pelo grupo na aula anterior. 
 
 
 
6.2. Padronização da solução de NaOH 0,1 mol L-1 com Biftalato de potássio - KHC8H4O4 (1 
mol = 204,23 g) 
Pese em duplicata com o auxílio de um papel manteiga, aproximadamente 0,5105g de 
biftalato de potássio seco em estufa a 110C por 1-2 horas (anote o valor da massa até a quarta 
casa decimal). Transfira quantitativamente para um erlenmeyer de 250mL (esta massa de biftalato 
de potássio é a quantidade necessária para reagir completamente com 25mL da solução de NaOH 
0,1mol/L). Adicione cerca de 50mL de água destilada fria e recém fervida. Homogeneíze até 
dissolução completa. Adicione duas gotas de fenolftaleína 1% e homogeize. 
Lave a bureta de 50mL com pequena quantidade da solução de NaOH 0,1mol/L. Fixe a 
bureta no suporte universal. Feche a torneira de controle de escoamento. Coloque um béquer de 
100mL em baixo da bureta. Com auxílio de um béquer de 50mL, encha a bureta com solução de 
NaOH 0,1mol/L e observe se há vazamento. Verifique se há bolha entre a torneira e a extremidade 
inferior da bureta. Caso tenha, abra a torneira rapidamente até removê-la. Em seguida, encha a 
bureta com NaOH 0,1mol/L e acerte o menisco com o traço de aferição (zero), que fica na parte 
superior. 
Coloque um papel branco em baixo do erlenmeyer para facilitar a visualização da viragem 
do indicador. Titule com a solução de NaOH aproximadamente 0,1mol/L, lentamente e sob 
agitação. Se ficar solução de NaOH nas paredes do erlenmeyer, lave com pequena quantidade de 
ÁGUA DESTILADA e continue a adição de NaOH até mudança de coloração do indicador 
(incolor para rosa), que persista por mais de 30 segundos. Anote o volume da solução de NaOH 
consumido. Esse volume será usado no cálculo da concentração. 
 
Observação: 
Fique atento a vazamentos e bolhas. Não prossiga a titulação nestes casos. Não adicione mais 
indicador que o recomendado. 
 
7. Cálculos 
 
7.1. Fator de correção 
Calcule o fator de correção, utilizando a seguinte fórmula: 
MVg
m
Fc
..2042,0

 
m = massa do biftalato de potássio pesada (g); Vg = volume gasto da solução de NaOH (mL) 
M= molaridade da solução (0,1 mol/L); 0,2042 = mmol do biftalato de potássio 
 
 
 
7.2. Molaridade real da solução de hidróxido de sódio 
Calcule a média dos fatores de correção da turma. Em seguida, calcule a concentração real da 
solução de NaOH 0,1 mol L-1 e escreva no rótulo. Mreal = Fc x 0,1. 
 
8. Resultados 
 
Tabela 9.1: Resultados da padronização da solução de NaOH 0,1 mol L-1 
Massa de HKC6H4(COO)2 (g) Volume gasto de NaOH (mL) Fator de Correção 
 
 
Média do fator de correção= Molaridade real (mol/L) = 
 
9. Questões Pós-Laboratório 
1- Qual a importância em se fazer análise em duplicata? 
2- Quais as características necessárias para que uma substância seja considerada padrão 
primário? 
3- Justifique por que se deve utilizar água destilada recém fervida nesta análise. 
4- Por que não se deve armazenar solução alcalina em frascos de vidro? 
 
10. Referências bibliográficas 
Ohlweiler, O.A., Química analítica quantitativa. 3a ed., volume 2, Livros Técnicos e Científicos, 
Rio de Janeiro, 1981. 
 
 
Aula 8: Padronização de HC 0,1 mol L-1 
1. Introdução 
 Os reagentes comumente usados na preparação de soluções padrões ácidas são os ácidos 
clorídrico e sulfúrico. Os dois são encontrados no comércio na forma de soluções concentradas. O 
HC apresenta concentração 12 mol L-1, enquanto que o H2SO4 é cerca de 18 mol L-1. Mediante 
diluição apropriada, pode-se preparar com facilidade qualquer solução com uma concentração 
aproximada. 
 As soluções preferidas são as de ácido clorídrico, pois são estáveis indefinidamente e podem 
ser usadas na presença da maior partes dos cátions sem sofrer interferência devida à formação de 
sais solúveis. O ácido sulfúrico forma sais insolúveis com os hidróxidos de bário e de cálcio. Nas 
titulações de líquidos quentes, ou nas determinações que exigem fervura com excesso de ácido 
durante um certo tempo, o ácido sulfúrico padrão é, no entanto, o preferível. O ácido nítrico é 
raramente empregado, pois quase sempre contém um pouco de ácido nitroso que tem uma ação 
destrutiva sobre muitos indicadores. 
 Um método adequado para preparar uma solução é obtê-la com concentração aproximada e 
em seguida padronizá-la com uma substância alcalina padrão primário, por exemplo, o tetraborato 
de sódio (Na2B4O7.10H2O) ou o carbonato de sódio anidro (Na2CO3). A solução padronizada pode 
ser utilizada para determinar alcalinidade de diversas amostras. 
2 HC (aq) + Na2CO3 (aq)  2 NaC (aq) + H2O () + CO2(g) 
 
2. Objetivos 
 Esta aula tem como objetivos preparar e padronizar uma solução de ácido clorídrico 0,1 mol 
L-1 para posterior determinação de pureza de amostras alcalinas. 
 
3. Materiais 
• Pipeta graduada de 10 mL • Balão volumétrico de 250 mL 
• Erlenmeyer 250 mL • Proveta de 50 mL 
• Bureta de 50 mL • Pipeta volumétrica de 50 mL 
• Agitador magnético • Barra magnética 
 
4. Reagentes 
• HC (P.A.) • Alaranjado de metila 1% 
 
 
• Na2CO3 (P.A.) 
 
5. Procedimento experimental 
 
5.1 Preparação da Solução de Ácido Clorídrico 0,1 mol L-1 
Cuidado: ácido clorídrico concentrado é altamente tóxico e corrosivo 
Utilizando os dados do rótulo (36,5-38% HC, M.M. 36,46 g mol-1, e densidade 1,19 g/mL), 
calcule o volume do ácido concentrado necessário para preparar 250 mL de solução 0,1 mol L-1. 
 
Na capela com o exaustor ligado, meça o volume do ácido concentrado e transfira para um balão 
volumétrico de 1000 mL contendo cerca de 400 mL de água destilada. Lave algumas vezes a pipeta 
com um pouco de água destilada transferindo sempre para o balão. Agite cuidadosamente

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