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Construindo o Pensamento Matemático Como compreender a matemática num contexto educacional em que o professor é alguém que professa e declara regras, obedecendo cegamente a elas. Compreender e não entender é um desafio que os profissionais da educação devem focar junto às crianças. A história da matemática pode exercer um importante papel psicológico no processo de ensino-aprendizagem tanto em relação ao professor quanto em relação ao aluno. Ao estudante pode criar condições de perceber as diversas fases da elaboração do pensamento Matemático, levar o mesmo a entender e interpretar as diferentes práticas sociais que geraram as necessidades de sua produção e trabalhar as diversas linguagens e formas simbólicas que o constituem e o condicionam. Ao professor, permite problematizar a ação pedagógica no sentido de se criar uma consciência das vivências e recursos cognitivos e interpretativos necessários para uma apropriação significativa das ideias matemáticas. Assim, a História da Matemática apresenta um papel psicológico importante no processo de ensino-aprendizagem ao estimular o envolvimento e a participação ativa do estudante, ao apresentar as dificuldades superadas na busca de solução para os problemas historicamente constituídos de acordo com as diferentes necessidades de diversas sociedades e ao liberar os recursos cognitivos e afetivos do aluno para o recriar da Matemática. As diversas teorias educacionais são reflexos que fundamentaram as raízes da escola que vivemos hoje. O Brasil no século passado não tinha interesse em promover a autonomia e a criatividade, o que era determinante era a transmissão do conhecimento, os conceitos fundamentais adaptados e que se enraizou nas escolas foram os conteudistas e quantitativos. Uma das teorias que vieram fazer parte da formação de seus educadores e que formataram a educação escolar que você viveu e que, em parte, nós ainda vivemos, foi a Teoria Comportamentalista, que fundamenta a ideia de que aprender seria uma resposta produzida por estímulos fornecidos pelo ambiente. Dois importantes adeptos desta teoria foram: • Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936) – que descobriu os reflexos condicionados. • Burrhus Frederuc Skinner (1904-1990) – que concluiu que o aprendizado ocorre em função de mudança do comportamento, reposta individual a estímulos e reforços do meio. Surgiu posteriormente as Teorias Cognitivistas, que procuram compreender e explicar como o indivíduo conhece, como aprende, como atribui significados. Veja alguns importantes nomes desta teoria: • Jerome Bruner (1915 - ?). • David Ausubel (1918 – 2008). • Lev Semionovitch Vigotski (1896 – 1934). • Jean Piaget (1896 – 1980). Destes os mais importantes destacam-se as ideias de: Lev Semionovitch Vigotski: Para Vigotski, sua teoria afirma ser determinante para o desenvolvimento e a aquisição de conhecimentos dos indivíduos, a relação deles com outras pessoas, destacando principalmente a função da linguagem nesse contexto. Destaca que é preciso considerar dois níveis de conhecimento: o real e o potencial, sendo real o que a criança já sabe, e o potencial que é o que a criança pode fazer sozinha, porém, com a mediação de outra pessoa. Jean Piaget: Piaget desenvolveu seus estudos com ênfase nos processos de construção do conhecimento das crianças. Para ele, o conhecimento é uma contínua construção que ocorre por meio do contato da criança com os objetos de estudo. Afirma que o conhecimento resulta das interações que se produzem entre o sujeito e o objeto como uma dupla construção para progredir. Tema 02 A Construção do Número Operatório – Parte I A partir do nascimento o ser humano já entra em contato com os números, iniciando pela própria idade, quando uma criança pequena sem saber quanto é, demonstra com os dedos os anos que tem. Neste ato ela não está fazendo a conservação do número, pois ainda não associa número a quantidade, pois esse processo não ocorre antes dos cinco anos. A maioria dos educadores das escolas infantis baseia-se basicamente no reconhecimento dos algarismos e escritas dos mesmos, e se esquecem de explorar uma variedade de ideias matemáticas que existe e que remete a classificação e seriação. A criança precisa mexer, experimentar, tocar para conhecer o novo, necessita do concreto para que possa organizar seus conhecimentos, que é adquirido naturalmente pelo contato com outras pessoas, e da interatividade com seu grupo de amigos, uma construção é resultante das ações da criança com o mundo. O contato da criança com materiais concretos a leva a uma percepção, pois ao tocar, manipular e experimentar, ela terá uma reação que irá revelar um novo conhecimento, pois necessitou perceber a singularidade do objeto para agir sobre ele, organizando suas percepções e relações entre formas, peso, tamanho, espessuras. É possível estimular essa criança a brincar na escola não como um conteúdo a ser ensinado, mas como uma habilidade a ser desenvolvida de forma progressiva e constante, adequada ao nível de desenvolvimento. Ao apresentar blocos coloridos com formas geométricas para uma criança do nível operatório, de três a quatro anos, ela já será capaz de compor figuras como uma casa, um robô, uma pipa. Na fase do nível pré-operatório o mais importante será o cenário, após esta fase existirá um avanço, na qual a criança começa a aproximar os elementos por atributos ou características comuns a todos, ela poderá organizar por cor, forma, tamanho. A próxima fase é a da seriação, a qual é explorada a construção da série, como por exemplo: formar filas por tamanho dos alunos – do maior ao menor; ordenar brinquedos na sala de atividades. A criança encontra em seu dia a dia, como em uma loja de roupas, que poderá observar uma forma ordenada de arrumação, uma loja de maquiagem com seus mostruários demonstrando as tonalidades. Embora a estrutura mental de número esteja bem formada em torno dos cinco para os seis anos, possibilitando à maioria das crianças a conservação do número elementar, ela ainda não está suficientemente estruturada antes de sete anos e meio de idade para permitir que a criança entenda que todos os números consecutivos estão conectados pela operação (+1), por isso que as atividades lúdicas são de extrema importância nessa fase da criança para o seu desenvolvimento. É por meio dos jogos que construirão um pensamento produtivo e raciocínio lógico, bem como terão melhores condições para enfrentarem situações novas e envolver-se com aplicações matemáticas. TEMA 3 A construção do número operatório – Parte II É importante lembrar que em todo período da evolução humana, sempre encontramos vestígios no homem o sentido do número. Desde os primórdios em relação à contagem de filhos, os pastores contando suas ovelhas, que involuntariamente seu sentido direto, acabava pela contagem dos objetos que haviam sido retirados ou acrescentados. Já despertava ai o sentido do número, sem sua significância primitiva e no seu papel intuitivo não se confunde com a capacidade de contar, que exige um fenômeno mental mais complicado. Se contar é um atributo exclusivamente humano algumas espécies de animais parecem possuir um sentido rudimentar do número. Se observar o mundo animal, será encontrado e descoberto que muitos pássaros têm o sentido do número, experiências já demonstraram que se em um ninho contém quatro ovos, pode-se tirar um sem que nada ocorra, mas se tirarem dois ovos, este pássaro abandonará o ninho. De alguma forma inexplicável, ele pode distinguir dois de três. O princípio da conservação da quantidade numérica, que é também chamado de invariância numérica, é percebido pela criança quando ela é capaz de compreender que uma quantidade permanece idêntica seja qual for o arranjo das unidades que a formam, do espaço que ela ocupar. Várias experiências foram feitas na tratativa desse assunto, criaram alguns estágios de análise, que pode ser observado nas etapas: Ausência de correspondência termo a termo Correspondência termo a termo Iguala coleções, mas ainda conserva quantidades Apósestas análises (veja os exemplos figurativos em seu Livro-Texto), se a criança já é conservativa, dirá que há o mesmo tanto nas duas fileiras, reconhecendo que a disposição das peças não modifica sua totalidade. Em ações de quantificar e numerizar, as crianças acabam observando ações do dia a dia e a forma de quantificar, como no exemplo de se colocar certa quantidade de pratos na mesa, na compra de certa quantidade de pães. Os numerais quantificam os elementos, ou indicam sua ordem de sucessão. Utilizados em textos em que ser quer indicar quantidades, posição ou partes de um todo. Podem ser: Revisão de conteúdo A matemática do cotidiano – parte I A compreensão que a criança tem da matemática: • A linguagem dos adultos. • Os símbolos utilizados. As formas.
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