Buscar

LIVRO DE OURO DA MEDICINA (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 820 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 820 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 820 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LIVRO DE OURO DA 
MEDICINA 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 2 
 
 
 
 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
3 
Josué da Silva Brito 
 
 
 
LIVRO DE OURO DA 
MEDICINA 
 
 
 
Primeira edição 
 
 
 
Primus Gradus 
2016 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os dados são de domínio público ficando instituída a livre distribuição do saber ficando 
expressamente vedada qualquer forma de comercialização. Todas as fontes são devidamente 
listadas e enumeradas no final do trabalho. 
 
REFERÊNCIA 
BRITO, Josué da Silva. Livro de ouro da medicina. Clube do autor, 1 ed. Paracatu, 2016. 
 
 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSUÉ DA SILVA BRITO é aluno do primeiro período de medicina da Faculdade Atenas. 
O LIVRO DE OURO foi constituído por seus resumos estudantis e pelas teorizações propostas 
pelos seus professores a quem fica os mais sinceros agradecimentos. 
 
 
Novembro de 2016 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 6 
 
 
 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
7 
 
 
 
 
Prefácio 
 
 
 
A obra se destina a todos os estudantes que possuirão e possuíram as mesmas 
dificuldades que tive em encontrar materiais que muitas vezes são difusos e poucos claros. 
Não é minha intenção substituir livros clássicos da medicina. Eles são nossos melhores 
companheiros e nunca poderão ser olvidados. 
Este material também pretende ser um livro de fácil acesso que possibilite o acesso 
simplificado as mais profundas e as mais rotineiras informações, entretanto nunca este 
substituíra os grandes clássicos da literatura médica e nem será superior aos professores, o 
grande caminho do saber. 
O livro é organizado conforme PDD das disciplinas de medicina da Faculdade Atenas. 
Talvez a ordem não seja comum a outras faculdades e até diferencie as materiais, porém 
tentei ao máximo aproximar de outros materiais cuidando sempre de manter o primor, da 
credibilidade das informações e da difusão das mesmas. 
 
 
 
Paracatu, 28 de novembro de 2016. 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 8 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
9 
SUMÁRIO 
 
ANATOMIA........................................................................................................11 
EMBRIOLOGIA..................................................................................................98 
HISTOLOGIA...................................................................................................141 
FISIOLOGIA.....................................................................................................205 
INTERAÇÃO COMUNITÁRIA..........................................................................245 
ANÁLISES LABORATORIAIS.........................................................................377 
BIOQUÍMICA...................................................................................................467 
PRIMEIROS SOCORROS...............................................................................629 
HISTÓRIA DA MEDICINA...............................................................................687 
ASPECTOS CITOLÓGICOS...........................................................................755 
SUMÁRIO DETALHADO.................................................................................784 
REFERÊNCIAS....................................................................................................809 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 10 
 
 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA 
 
 
 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 12 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
13 
INTRODUÇÃO À ANATOMIA 
Terminologia anatômica 
 Em anatomia é considerado normal (padrão biológico) tudo aquilo que se repete e é 
maioria estatisticamente, pode também em algumas situações ser compreendido com o 
saudável. As variações podem ser patológicas ou não causar disfunção. Quando não causar 
disfunção, isto é, sem prejuízo funcional a alteração ao normal é chamada de variação 
anatômica. Quando a variação causa perdas funcionais é dita anomalia. Já quando a diferença 
ao normal incompatível com a vida é denominada monstruosidades. 
 São casos de variação anatômica a polidactilia. Uma espécie de anomalia é a síndrome 
de Down. A acefalia é um tipo de monstruosidade. 
Fatores de diferenciação 
 Provocam diferenciações morfofuncionais: idade, gênero, etnia, evoluções, trabalho, 
esporte. São ainda fatores: somatotipo e biótipo. 
 O somatotipo é causado pela interação de fatores ambientais e genéticos e pode ser 
modificado durante a vida. O ser humano pode ser classificado em: ectomorfo, endomorfo e 
mesomorfo. 
 O biótipo é determinado geneticamente. Dentro do biótipo há três categorias: 
longilíneos, brevilíneos e mediolíneos (as 
diferenças serão melhores exploradas em 
interação comunitária – exame físico). 
 A interação entre somatotipo e biótipo 
torna mais prevalentes certas patologias. 
Longilíneos ectomórficos possuem predisposição 
para problemas respiratórios. Brevilíneos 
endomórficos possuem predisposição para 
problemas circulatórios. Mediolíneos 
mesomórficos possuem predisposição para 
problemas digestórios e enxaquecas. 
Terminologia de posições 
 As posições corporais básicas para 
avaliação são: decúbito que pode ser dorsal 
(posição em supina), ventral (posição prona) ou 
lateral esquerdo ou direito; e ainda ortostatismo 
(posição ereta sobre os próprios pés). 
Posição anatômica 
A posição anatômica é a posição inicial 
para descrição anatômica. Para perfeita execução 
da posição devem ser seguidos os seguintes 
critérios: 
 Olhar voltado para o horizonte; 
 Corpo ortostático e ereto; 
 Membro superior estendido ao longo do 
corpo; 
 Palma da mão supinada; 
 Membro inferior estendida; 
 Pés paralelos; 
 Hálux encostado. 
 
Figura 1 – Posição anatômica. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 14 
Divisão do corpo 
 O corpo é divido em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça possui 22 ossos, 
sendo 8 ossos do neurocrânio e 14 do viscerocrânio,. O pescoço possui o trígono anterior e 
posterior divididos pelo músculo esternocleidomastoídeo. O tronco possui anteriormente o 
tórax, o abdome e a pelve e posteriormente o dorso. Membros superiores e inferiores 
possuem raízes (local onde se fixam, respectivamente, ombro e quadril), partes livres (braço, 
antebraço, mão, coxa, perna e pé). 
Planos de delimitação 
 Planos de delimitação são planos tangentes 
à superfície formando externamente um 
paralelepípedo (o corpo dentro de uma caixa). 
São os planos de delimitação: 
 Plano ventral ou anterior ou frontal – É um 
plano vertical que delimita o ventre. 
 Plano dorsal ou posterior – Plano vertical 
que delimita o dorso. 
 Plano lateral direito – Plano vertical que 
tangencia lateral direita do corpo. 
 Plano lateral esquerdo – Plano vertical que 
tangencia lateral direita do corpo. 
 Plano cranial ou superior – Plano horizontal 
que tangencia a cabeça. 
 Plano podálico ou inferior ou caudal – Plano 
horizontal que tangencia os pés, sendo usado caudal 
quando se fala de tronco isoladamente. 
Planos de secção 
 Planos de 
secção são 
planos que 
dividem o corpo 
humano em diferentes hemisférios. 
 São planos de secção do corpo humano: 
 Mediano (sagital mediano) – Esse plano divide o corpo 
humano em direita e esquerda. Todos os cortes 
paralelos ao mediano sãoditos como secção sagital 
(paramediano). É paralelo aos planos de delimitação 
laterais esquerdo e direito. 
 Frontal (coronal) – paralelo aos planos de delimitação 
ventral e dorsal. Divide o corpo em anterior e posterior. 
 Transversais – planos paralelos aos planos cranial, 
podálico e caudal. Divide o corpo ao em parte superior 
e inferior. 
 Oblíquos – são planos que não são paralelos aos planos 
de delimitação. Apresentam angulações. 
 
Figura 2 – Planos de delimitação. 
Figura 3 – Planos de secção. 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
15 
Eixos corporais 
 Os eixos são definidos como linhas ortogonais que ligam os planos de delimitação. 
São eixos corporais: 
 Eixo laterolateral, transversal ou 
horizontal: estende-se de um lado ao outro, tanto 
da direita para esquerda quanto o inverso, 
perpendicular ao plano sagital. Nesse eixo ocorrem 
os movimentos de flexão e extensão. Ex.: 
Articulação do ombro, do cotovelo, etc. 
 Eixo anteroposterior ou sagital: estende-se 
em sentido anterior para posterior, perpendicular 
ao plano frontal. Esse eixo possibilita os 
movimentos de abdução e adução. Ex.: Articulação 
do ombro, do quadril, etc. 
 Eixo longitudinal, craniocaudal: estende-se 
de cima para baixo (ou vice-e-versa), perpendicular 
ao plano transversal. Esse eixo possibilita os 
movimentos de rotação lateral e rotação medial. 
Ex.: Articulação do ombro, do cotovelo, etc. 
Termos de posição e direção 
 Os termos de posição e direção são necessários para a descrição fidedigna do corpo 
humano. 
 Quando se estuda órgãos a face virada para o plano mediano é dita medial, a face 
voltada para o plano lateral é dita lateral. 
 A estrutura mais próxima do plano mediano é medial e a mais distal lateral, entre elas 
se está à estrutura intermédia. 
Figura 4 – Representação dos eixos corporais em 
plano cartesiano. Y representa o eixo 
transversal, X o eixo sagital e Z eixo longitudinal. 
Figura 5 – 6 é medial, 4 lateral e 5 intermédio; 2, 3 e 1 são estruturas medianas; 7 é dorsal, 8 média e 9 ventral; 
11 externo e 10 interno. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 16 
Voltada para o plano de delimitação ventral está à estrutura ventral, voltada para o 
plano dorsal, posterior. Entre posterior e anterior está à estrutura média. 
 Outra forma de se referir as estrutura s é como interno e externo. 
 Aquando se trata de membros, o que se encontra próximo à raiz é dito proximal, o que 
se encontra longe da raiz, distal, e entre elas média. 
Também é comum se usar a estrutura mediana para aquelas estruturas pelas quais 
passa o plano sagital mediano. 
Construção do corpo humano 
 Os vertebrados possuem seus corpos construídos segundo alguns princípios. 
 São eles: 
 Antimeria – esse princípio de construção prevê um corpo construído em duas metades, 
uma metade direita e outra esquerda, antímeros, essas metades, entretanto não são 
totalmente simétricas sendo necessárias para compreensão das assimetrias morfológicas e 
anatômicas. 
 Metameria – é o principio pelo qual o corpo humano é construído por uma superposição 
longitudinal de metâmeros, é melhor observada na fase embrionária, porém continua 
evidente na coluna vertebral. 
 Paquimeria – princípio pelo qual o corpo axial é constituído por dois tubos. O paquímero 
anterior, ventral ou visceral é ocupado pelas vísceras, já o paquímero posterior ou dorsal 
engloba a cavidade craniana e o canal vertebral, nele se encontra o sistema nervoso. 
 Segmentação – Princípio pelo qual territórios de órgão possam possui irrigação e 
drenagem independentes. Esse princípio rege a construção de fígado, pâncreas e 
estômago. Clinicamente, possibilita a retirada de determinadas regiões de órgãos em caso 
de comprometimento. 
 Estratificação – Princípio que compreende a construção do corpo em tecidos, estratos ou 
túnicas. Histologicamente o corpo possui a pele, tela subcutânea, fáscia muscular (antes 
dela superficial, posterior a ela profundo), músculos e osso. 
Cavidades corporais 
 São cavidades ventrais do corpo, a cavidade torácica e a cavidade abdominal. 
Anteriormente a cavidade torácica é delimitada por costela e esterno e 
posteriormente pelas vertebras torácicas. Na cavidade torácica se localiza o mediastino, entre 
os pulmões. O mediastino é dividido em superior (acima do ângulo do esterno) e inferior 
(abaixo do ângulo do esterno), sendo que o inferior é dividido em anterior (localizado anterior 
ao pericárdico), médio (cavidade pericárdica) e posterior. Na cavidade torácica há a cavidade 
pleural na qual se está os pulmões. 
A cavidade abdominopélvica (abdominal + pélvica) é a cavidade mais complexa do 
corpo, pois contém a maior parte das vísceras. A cavidade engloba a cavidade peritoneal 
estabelecida entre lâmina parietal e visceral do peritônio, que possui em seu interior os 
andares supramesocólico e inframesocólico divididos pelo mesocolo transverso. 
No crânio está a cavidade do crânio que contém o encéfalo. 
Divisões da cavidade abdominopélvica em quadrante e regiões 
 Existem duas possíveis formas de se descrever a cavidade abdominal. Pode se dividir 
em quadrantes ou regiões. A cavidade possui quadrante superior direito, quadrante superior 
esquerdo, quadrante inferior esquerdo e quadrante inferior direito. 
 Em localização de órgãos é mais comum se utilizar regiões. A parte superior, a nível da 
nona costela possui 3 regiões: hipocôndrio direito (onde se localiza o fígado e vesícula biliar), 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
17 
epigástrio (local onde se localiza a maior parte do estômago) e hipocôndrio esquerdo (abriga 
baço). A região média, entre a nona costela e os ossos do quadril, possui: flanco direito – 
região lateral direito – (rim direito e colo ascendente do intestino grosso), mesogastro ou 
umbilical (na lateral direita se localiza jejuno e na esquerda o íleo) e flanco esquerdo – região 
lateral esquerda – (rim esquerdo e colo descendente). Na região inferior, em nível dos ossos 
do quadril, se divide em: inguinal direita – fossa ilíaca direita – (ceco e apêndice vermiforme), 
hipogástrico (bexiga urinária, útero e ovário) e inguinal esquerda – fossa ilíaca esquerda – 
(projeção do colo sigmoide). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões para aprimoramento 
1) J.C.F. foi a UBS na segunda-feira relatando fortes dores abdominais. Durante anamnese 
contou ao médico possuir cirrose hepática. Conhecendo os aspectos morfofuncionais do 
abdome, descreva a região em que se localiza o órgão lesado pela patologia relatada e 
possivelmente motivo da dor. 
2) Analise como verdadeiro ou falso as seguintes alternativas. 
( ) A posição anatômica é plano inicial para qualquer descrição anatômica. 
( ) A posição anatômica oriental difere da ocidental pelo posicionamento da perna em 
leve flexão. 
( ) A posição anatômica respeita a posição original dos membros superiores humanos. 
3) Defina os planos de delimitação do corpo humano diferenciando-os em horizontal e 
ventral. 
4) Analise as sentenças relativas à terminologia anatômica. (Adaptada prova FA medicina – 
2016) 
a. Ortostatismo é referência para descrição da posição anatômica, sendo referido 
também como posição bípede. 
b. O membro superior pode ser divido em raiz e parte livre, sendo a parte livre 
compreendida como mão e punho. 
Figura 6 – Divisão da cavidade abdominal. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 18 
c. Em exames físicos de abdome se utiliza do decúbito dorsal. 
( ) Apenas uma verdadeira. 
( ) Apenas uma está incorreta. 
( ) Todas as alternativas estão erradas. 
( ) Todas as alternativas estão corretas. 
5) Descreva qual princípio anatômico de construção corporal melhor descreve cada uma dasestruturas e situações abaixo. 
a. Coluna vertebral; 
b. Cavidade abdominal; 
c. Fígado; 
d. Pele, tela subcutânea e fáscia muscular; 
e. Distribuição horizontal de nervos espinais. 
f. Ombros esquerdo e direito não alinhados. 
6) Utilize os termos de posição e direção para descrever as relações estabelecidas. 
a. Pele em relação ao coração. 
b. Polegar, mindinho e indicador. 
c. Corpo das vertebras. 
d. Mãos e fossa cubital. 
e. Face em relação à nuca. 
7) Qual o plano de secção que divide a cabeça em hemicabeça direita e esquerda? (Adaptada 
prova FA medicina – 2016) 
8) Cite quais os eixos que permitem os seguintes movimentos: rotação lateral, flexão e 
adução. 
9) Defina normal e variação anatômica. 
10) Defina a terminologia anatômica (normal, variação, anomalia, monstruosidade) mais 
adequada para as seguintes situações. 
a. Menina de 2 meses vai a óbito no PS após entrada. A paciente apresentava, 
braquicefalia, face plana, fissuras palpebrais longas, cílios longos, epicanto, orelhas 
pequenas, língua protusa, hipotonia muscular, atraso psicomotor. No cariótipo 
apresentou 47,XX,+21, sendo um caso clássico de SD. 
b. Carlos e Maria tiveram um filho com 6 dedos na mão, um caso de polidactilia, uma 
manifestação autossômica dominante. 
c. Ao raio-X se verificou que J.B.S. possui situs inversos, essa situação é caracterizada 
por inversão antimérica dos órgãos do abdome e tórax. 
_____________________________________________________________________________ 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
19 
SISTEMA ÓSSEO 
 Ossos são órgãos dinâmicos e rígidos. São formas especializadas de tecido conjuntivo. 
Em conjunto formam o sistema esquelético. 
Funções 
 O sistema ósseo atua protegendo órgãos como coração, pulmões e o sistema nervoso, 
suportando e sustentando o corpo humano, armazenando íons, formando um sistema de 
alavancas que permite a movimentação do corpo, atua produzindo células do sangue 
(hematopoese) e armazena gordura. 
Divisão do esqueleto 
 O esqueleto humano pode ser dividido em axial, que se desenvolve no plano sagital 
mediano, e o apendicular que se une ao axial através dos cíngulos do membro superior e do 
membro inferior. 
Classificação dos ossos 
 A classificação mais básica dos ossos classifica-os em apendicular e axial de acordo 
com a parte do esqueleto que compõem. A classificação mais usual, não obstante, classifica-os 
de acordo com seu comprimento, 
largura e forma. 
 Ossos longos são os ossos que 
possuem diáfise, epífise e metáfise. São 
ditos longos por possuem o 
comprimento superior à largura. Em seu 
interior está presente uma cavidade: o 
canal medular. São exemplos: fêmur e 
úmero. 
 Os ossos alongados são ossos 
em que o comprimento também se 
sobrepõe a largura e espessura, porém 
em seu interior não há cavidade 
medular. As costelas são o principal 
exemplo. 
 Ossos planos (laminares) possuem comprimento e largura 
sobrepondo espessura. Totalmente recoberto por músculos. Estrutura 
dividida em lamina compacta e díploe (substância esponjosa). São 
exemplo os ossos do crânio. 
 Ossos curtos são ossos em que as dimensões se equivalem. Evita 
transmissão de carga mecânica. Ex.: ossos do carpo e ossos do tarso. 
 Existem alguns ossos com particularidades, não se 
encaixando na classificação geral, são: irregulares, ossos com 
nenhuma correlação geométrica, como vértebras e temporal; 
sesamóides que se trata de um 
osso intramembranoso que se 
desenvolve a partir de tendões, 
como piriforme e patela, ossos 
pneumáticos que contém 
cavidades cheias de ar e muco 
produzido pelo seu epitélio (seios); visceral, osso que não se 
conecta com o esqueleto e não se articula, o único exemplo é o 
hioide; sutural, que se desenvolve no interior das suturas craniais, 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 20 
é exemplo o osso que se desenvolve entre a sutura lambdoide e sagital, variante em cada 
individuo. 
Substância óssea 
 Existem dois tipos de substância óssea: compacta e esponjosa. Uma das grandes 
diferenças entre as substâncias é a quantidade de espaço no seu interior e a arquitetura óssea. 
 Na substância compacta, as lamínulas ósseas estão mais próximas e são concêntricas 
ao redor de canais centrais (Havers) e são invadidos por canais perfurantes (Volkmann); na 
substância esponjosa, as lamínulas estão mais irregulares em forma e tamanho, deixando 
lacunas onde se insere medula óssea vermelha. 
Arquitetura dos ossos longos 
 O osso longo possui macroscopicamente diáfise, epífise, metáfise, cartilagem articular, 
periósteo e internamente canal medular e endósteo. 
 A diáfise é uma haste do corpo, sendo sua parte principal longa e cilíndrica. Em seu 
interior se faz presente a cavidade medular que abriga a medula óssea amarela. 
A epífise é a extremidade do osso, em seu interior está à substância esponjosa que 
abriga a medula óssea amarela. 
Entre diáfise e epífise encontra-se a metáfise, região de encontro entre epífise e 
diáfise que no osso em crescimento abriga cartilagem hialina denominada disco epifisário. 
 Externamente a epífise é coberta pela cartilagem articular, fina camada de cartilagem 
hialina que forma juntura entre ossos. A cartilagem reduz atrito e absorve choque nas 
articulações livremente móveis 
 O osso é recoberto por uma resistência membrana branca fibrosa, exceto na região da 
cartilagem articular, o periósteo. Essa membrana possui duas camadas, uma camada 
superficial e outra profunda (osteogênica). A irrigação do osso se dá por artérias que partem 
do periósteo e penetram os vários forames nutrícios. 
 Já a cavidade medular é revestida por endósteo que se constitui de células 
osteoprogenitoras e osteoclastos. 
Vascularização do osso 
O osso é vascularizado por artérias que penetram pelos forames nutrícios 
provenientes do periósteo, portanto o osso é depende dessa membrana, sem ela o osso 
morrerá. 
Crescimento e manutenção 
 São células responsáveis por criarem a matriz óssea os osteoblastos, que depois da 
mineralização se tornam osteócitos – células quiescentes. Já a reabsorção é realizada por 
células advindas de macrófagos, os osteoclastos. 
 O osso é um órgão dinâmico que constantemente passa por remodelação. 
Forças de remodelação 
 As forças de remodelação são forças que provocam alteração na estrutura óssea. São 
elas: compressão, tração e tensão, flexão ou envergamento ou torção. 
 A compressão são forças em sentidos opostos e direção igual, provocando 
compactação. 
Tração e tensão são forças em direção igual, sentido oposto, promovendo extensão. 
Flexão ou envergamento são forças de dobramento da estrutura. É uma associação 
entre tração e compreensão. 
A torção é uma solicitação que ocorre tangencial em rotação na estrutura, na qual 
duas forças externas são aplicadas em sentindo oposto. Pode ocorrer como consequência a 
aproximação e achatamento do material. 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
21 
Tipos de ossificação 
 O processo de histogênese, que será mais bem detalhado na histologia, segue dois 
padrões, ossificação intramembranosa ou endocondral. 
 
Figura 7 – Forças de remodelação. 
Figura 8 – Ossificação intramembranosa. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 22 
 A ossificação intramembranosa ocorre em ossos do neurocrânio, clavícula e em ossos 
sesamóides e se dá pela formação óssea a partir de uma membrana de tecido mesenquimal. 
Para ossificação intramembranosa se faz necessária a formação de um centro de ossificação 
através de diferenciação de células mesenquimais em osteogênicas e posteriormente em 
osteoblastos. Osteoblastos secretam matriz orgânica e se tornam osteócitos ao se situarem 
nas lacunas e estenderem finos prolongamentos citoplasmáticos em direção a canalículos que 
irradiam em várias direções. Cálcio e outrosminerais se depositarão na matriz extracelular no 
processo de calcificação. A matriz extracelular se forma e se transforma em trabéculas que se 
fundem para formar o osso esponjoso dando também espaços para invasão de vasos 
sanguíneos. Na parte externa ao osso que se forma, desenvolve-se o periósteo através de 
condensação do mesênquima. No centro permanece o osso esponjoso, e na periferia este é 
substituído por osso compacto. 
Ossificação endocondral ocorre sobre um modelo cartilaginoso a partir de centros de 
ossificação. Esse tipo de ossificação se dá sobre um esqueleto cartilaginoso que serve forma-se 
no feto. Por mensagens químicas especificas células do tipo mesenquimais se aglomeram na 
forma do futuro osso e dão origem a condroblastos. Os condroblastos secretam a matriz 
cartilaginosa que consiste em cartilagem hialina. Externamente a cartilagem forma-se o 
pericôndrio. Quando bem aderidos a matriz extracelular, os condroblastos dão origem aos 
condrócitos. Divisão celular de condrócitos provocará o crescimento do modelo cartilaginoso, 
que também cresce por adição de matriz extracelular da periferia por acréscimo de novos 
condrócitos desenvolvidos a partir do pericôndrio (crescimento aposicional). Com o avançar do 
crescimento há hipertrofia dos condrócitos na região média e a matriz cartilaginosa começa a 
Figura 9 – Ossificação endocondral. 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
23 
se calcificar. Condrócitos no interior da cartilagem morrem pela dificuldade de nutrientes em 
se difundir, formando lacunas. Através do pericôndrio penetra uma artéria nutrícia que 
estimula diferenciação de células do pericôndrio em osteoblastos. O pericôndrio começa a 
formar o osso e se torna periósteo. No meio do modelo, capilares crescem no interior da 
cartilagem calcificada induzindo crescimento do centro de ossificação primário que irá 
substituir a maior parte da cartilagem. Os osteoblastos começam a depositar matriz óssea 
sobre os resquícios de cartilagem calcificada, a formar trabéculas do osso esponjoso. A 
ossificação se espalha em direção às duas extremidades. Osteoclastos decompõem parte das 
trabéculas do osso recém-formadas formando a cavidade medular na diáfise. O osso 
esponjoso é em sua maioria substituído por osso compacto. Pelas epífises, se desenvolve os 
centros de ossificação secundários por ramos da artéria epifisial. No modelo de ossificação 
secundário o osso esponjoso permanece nas epífises e não há presença de cavidades. Parte da 
cartilagem hialina permanece entre a diáfise e a epífise como cartilagem epifisial que é 
responsável pelo crescimento ósseo longitudinal. 
 
Fontanelas (Fontículos) 
Fontanelas são fases finais da 
ossificação intramembranosa que não 
ossificam a princípio para garantir 
correto crescimento do encéfalo. 
 O fontículo anterior (bregma) 
é o mais proeminente. Lambda é 
posterior, ptério anterolateral e 
astério póstero-lateral. 
 
 
 
 
 
 
Crescimento ósseo 
 O crescimento longitudinal se dá por crescimento intersticial da cartilagem epifisial 
(do lado epifisário) e por substituição da cartilagem por osso do lado diafisário por ossificação 
endocondral. 
 A cartilagem que sofre processo de sinostose possui uma zona de cartilagem em 
repouso mais próxima da epífise. Uma zona de proliferação com condrócitos maiores que 
sofrem crescimento intersticial e que se dividem para substituir os que estão morrendo no 
lado diafisário. Possui uma zona hipertrófica em que os condrócitos amadurecem e se dispõem 
em colunas. E por fim uma zona de cartilagem calcificada que condrócitos mortos, osteoclastos 
que dissolvem a cartilagem e osteoblastos e capilares da diáfise que invadem o local a fim de 
realizar ossificação endocondral. A espessura cresce devido a substituição do lado diafisário 
de cartilagem por osso e pelo surgimento de novos condrócitos do lado epifisário. 
 A cartilagem epifisária desaparece nas mulheres aos 18 anos de idade e nos homens 
aos 21. Com o desaparecimento da cartilagem no local se forma uma linha epifisial e osso para 
de crescer em comprimento. Lesões na cartilagem podem levar a fechamento precoce da 
cartilagem atrapalhando o crescimento do osso em comprimento. 
Figura 10 – Fontanelas. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 24 
 O crescimento em espessura se dá por crescimento aposicional. Superficialmente 
células do periósteo se diferenciam em osteoblastos que secretam matriz óssea e se 
transformam em osteócitos. No interior, os osteoclastos do endósteo destroem o tecido ósseo 
adjacente a cavidade medular em velocidade menor do que a formação externa. 
Fratura e reparação 
 Uma fratura é definida como ruptura óssea. De acordo com sua gravidade, forma e 
posição recebem classificação. As principais fraturas são: abertas (expostas), nelas as 
extremidades das fraturas se projetam para fora da pele; fechadas, não causam rompimento 
de pele; cominutivas, nesta fratura o osso se fragmenta é esmagado ou quebrado em 
pequenos fragmentos alojados entre dois principais; galho verde, é parcial na qual um lado se 
quebra e outro dobra, ocorrendo apenas em crianças; impactada, uma extremidade fraturada 
é inserida à força no interior de outra. 
 A reparação óssea ocorre nas seguintes fases: formação do hematoma, formação do 
calo cartilaginoso, formação do calo ósseo. 
Os vasos sanguíneos são rompidos no momento da fratura, tendo como consequência 
o extravasamento de sangue formando um coágulo em torno do local de fratura, esse 
hematoma de fratura se forma de 6 a 8 horas após a lesão. Com a interrupção do fluxo 
sanguíneo, várias células vizinhas morrem. No local ocorre inflamação em resposta a morte 
celular. Osteoclastos e células fagocitárias começam a remover o tecido morto ou lesado em 
torno do hematoma, esse processo dura semanas. 
O local de fratura é invadido por fibroblastos provenientes do periósteo e produzem 
fibras colágenas. Outras células se desenvolvem em condroblastos e produzem fibrocartilagem 
levando a formação do calo fibrocartilaginoso, tecido de reparação constituído de fibras 
colágenas e cartilagem que liga extremidades rompidas. Essa fase dura 3 semanas. 
Células osteogênicas se desenvolvem em osteoblastos em áreas próximas do tecido 
ósseo melhor vascularizado, formando trabéculas de tecido ósseo esponjoso que se unem ás 
partes mortas e vivas do osso original. A fibrocartilagem é convertida em osso esponjoso e o 
calo ósseo durará entre 3 a 4 meses. 
Na fase final do reparo ocorre a remodelagem óssea do calo. Nesta fase partes mortas 
e fragmentos são reabsorvidos por osteoclastos e o osso compacto substitui o osso esponjoso. 
Para remodelação é necessária boa vascularização e quantidades bastantes de cálcio e fósforo. 
Resistência óssea 
 O osso sendo composto de matéria orgânica e inorgânica possui parâmetros diferentes 
de flexibilidade e dureza durante a idade. A porcentagem de matéria inorgânica tende a se 
aumentar entre a infância e a idade adulta, aumentando-se a dureza e diminuindo a 
flexibilidade óssea. 
 Idade e atividades físicas influenciam diretamente o processo de resistência óssea. 
Atividades com peso são estimuladores de osteoblastos e resultam na formação de ossos mais 
resistentes e espessos e retardam perda de massa óssea em vetustas pessoas. O avançar da 
idade, principalmente em mulheres, leva a redução das hormonas sexuais , principalmente 
pós-menopausa, com consequência na diminuição da massa óssea por reabsorção óssea pelos 
osteoclastos superior a deposição óssea pelos osteoblastos, aumentando riscos de 
osteoporose. 
Patologias associadas 
Osteogenesis imperfecta (OI) 
 Existem várias manifestações dessa doença genética, podendo ser tanto por 
característica autossômica recessiva ou dominante. Sua principal característica se dá por 
produção defeituosa de colágeno criando ossos pouco flexíveis e facilmentequebradiços. 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
25 
 Apesar de sua primeira descrição ter sido feita em 1678, ainda são pouco claros vários 
aspectos biomoleculares da doença. 
 Pacientes acometidos podem sofrer sucessivas fraturas gerando encurvamento de 
ossos. Possuem rosto em formato triangular, esclerótica azulada, dentes frágeis, desvios de 
coluna e baixa estatura, podendo desenvolver outras complicações devido à mutação. 
Osteoporose 
 Osteoporose é uma condição clinica de menor densidade óssea ocasionada por perda 
de cálcio e aumento da atividade osteoclástica. Nessa situação é maior o espaço entre 
trabéculas e há enfraquecimento do ósseo. 
Questões para aprimoramento 
1) Explique resumidamente os tipos de crescimento ósseo e suas fases. 
2) Explique o processo de remodelação óssea e as forças que induzem o processo. 
3) Quais os passos de recuperação de fraturas? 
4) Explique as divisões do esqueleto humano e a classificação óssea citando exemplos. 
5) Explique os principais pontos da arquitetura de ossos longos. 
6) Qual alternativa melhor expressa à diferença entre osso compacto e esponjoso. (adaptado 
G. Tortora) 
( ) Osso esponjoso é composto de numerosos ósteons (sistemas de Havers). 
( ) Osso esponjoso é encontrado basicamente nas diáfises dos ossos longos, e o osso 
compacto é encontrado basicamente nas epífises dos ossos longos. 
( ) Osso esponjoso contém ósteons, todos alinhados na mesma direção, ao longo das 
linhas de tensão. 
( ) Osso esponjoso não contém osteócitos presentes nas lacunas. 
( ) Osso esponjoso é composto de trabéculas orientadas ao longo das linhas de tensão. 
7) Senhora M.P.S possui 69 anos e deu entrada ao PS após fratura no fêmur. A família retrata 
casos constantes de queda. Em exames séricos foi detectada hipocalcemia, baixa de 
vitamina D e de hormônios sexuais. Relatou na anamnese consumo excessivo e crônico de 
Figura 11 – Classificação segundo Sillence da OI com principais defeitos bioquímicos (1981). 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 26 
cafeína com dieta sempre rica em fibras, ter tido menopausa precoce. Investigações 
revelaram que aos 35 anos a paciente passou por cirurgia bariátrica. 
a. Qual condição clínica, provavelmente, acomete a paciente? 
b. Qual a classificação do osso acometido quanto a forma e esqueleto que compõe? 
c. Como se dá a união desse osso com o esqueleto axial? 
d. Defina os fatores de risco para o desenvolvimento de patologias ósseas e a 
fisiopatologia associada. 
e. Quais são as medidas protetórias que deveriam ter sido indicadas para a paciente 
ainda na sua tenra idade? 
8) Pesquise e defina raquitismo e osteomalácia dando ênfase anatômica no desenvolvimento 
do sistema ósseo. 
9) Classifique todos os ossos do esqueleto axial quanto à forma, largura e comprimento. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
27 
SISTEMA ÓSSEO VOLTADO PARA A PRÁTICA ANATÔMICA 
Pequeno vocabulário anatômico do sistema ósseo (construído de acordo com roteiro de aulas 
práticas da UFJV) 
1) Alvéolo 
Escavação profunda presente na maxila e na mandíbula onde se insere os dentes. 
2) Cabeça 
Cabeça é conceituada como uma extremidade esférica de um osso longo, geralmente 
separada do osso por colo. 
3) Canal 
É uma passagem tubular. 
4) Cavidade 
É uma depressão óssea. 
5) Crista 
É uma margem óssea proeminente e grosseira. 
6) Côndilo 
Pode ser definido visualmente como uma proeminência elíptica que se articula com outro 
osso. 
7) Espinha 
É uma projeção óssea afilada. 
8) Epicôndilo 
Pequena proeminência óssea situada acima do côndilo; 
9) Faceta ou faces 
É uma superfície articular lisa e tendendo a plana. 
10) Fissura 
É uma abertura óssea em fenda. 
11) Forame 
Uma abertura óssea arredondada. 
12) Fossa 
Uma pequena depressão óssea. 
13) Incisura 
Depressão com forma análoga a letra “U”. 
14) Linha 
Uma margem óssea suave 
15) Meato 
É um canal ósseo. 
16) Processo 
Projeção óssea. 
17) Ramo 
É um processo ósseo alongado. 
18) Seio 
Cavidade oca e cheia de ar. 
19) Sulco 
Uma depressão óssea estreita e alongada. 
20) Tubérculo 
Pequena saliência arredondada. 
21) Tuberosidade 
Média saliência. 
22) Trocante 
Grande saliência arredondada. 
 
 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 28 
Roteiro anatômico FA – Prof. Dr. Cristhyano Pimenta Marques) 
 
APARELHO LOCOMOTOR 
ESQUELETO AXIAL (80 ossos) 
OSSO DO CRÂNIO 
FRONTAL 
Forame (incisura) supraorbital 
Margem supraorbital 
Arco supraciliar 
Processo zigomático 
Crista frontal 
PARIETAL 
Forame parietal 
Túber parietal 
Linha temporal superior 
Linha temporal inferior 
Forame parietal 
Sulco do seio sagital superior 
Sulco do seio sigmoide 
Fovéolas granulares 
OCCIPITAL 
Protuberância occipital externa 
Protuberância occipital interna 
Linha nucal suprema* 
Linha nucal superior 
Linha nucal inferior 
Forame magno 
Côndilo occipital 
Fossa condilar 
Canal do hipoglosso 
Sulco do seio transverso 
Sulco do seio occipital S 
Sulco do seio petroso inferior 
Crista occipital interna 
MAXILAR 
Processo alveolar superior 
Forame infraorbital 
Espinha nasal anterior 
Processo palatino da maxila 
Forame (fossa) incisivo 
NASAL 
Abertura piriforme 
LACRIMAL 
Forame lacrimonasal 
Óstio nasolacrimal 
CONCHA NASAL INFERIOR 
VÔMER 
Asas do vômer 
PALATINO 
Lâmina horizontal 
Lâmina perpendicular 
Forame palatino maior 
Forame palatino menor 
TEMPORAL 
Parte escamosa 
Parte petrosa 
Processo zigomático 
Tubérculo articular 
Fossa mandíbula 
Sulco do seio petroso superior 
Processo mastóide 
Processo estilóide 
Sulco do seio sigmoide 
Sulco das artérias meníngeas médias 
Poro (meato) acústico externo 
Poro (meato) acústico interno 
Forame lacerado 
Forame jugular 
Forame mastoide 
Forame estilomastoide 
Canal Carótico 
ETMÓIDE 
Crista Etmoidal 
Lâmina cribiforme 
Forames da lâmina cribiforme 
Seio etmoidal (células) 
Lâmina perpendicular 
Concha nasal superior e média 
ESFENÓIDE 
Asa menor Asa maior 
Lâmina lateral e medial do processo 
pterigoide 
Hâmulo pterigoideo 
Fossa pterigoidea 
Fossa escafoide 
Sela turca 
Tubérculo da sela 
Fossa hipofisial 
Dorso da sela 
Forame espinhos 
Forame oval 
Forame redondo 
Canal óptico 
Fissura orbitaria superior 
Fossa pterigopalatina 
ZIGOMÁTICO 
Processo frontal 
Processo temporal (Arco zigomático) 
Forame zigomaticofacial 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
29 
CALVÁRIA (Calvária ou abóbada) 
FOSSAS DO CRÂNIO 
Fossa anterior 
Fossa média 
Fossa posterior 
MANDÍBULA 
Corpo da mandíbula 
Ramo da mandíbula 
Processo coronoide da mandíbula 
Processo condilar da mandíbula 
Incisura da mandíbula 
Ângulo da mandíbula 
Forame da mandíbula 
Forame mentual 
Língula da mandíbula 
Sulco milo-hioideo 
Processo alveolar 
Protuberância mentual 
Espinha geniana 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pontos antropométricos 
 São pontos utilizados para mensurar o corpo. São referências para medidas, traçados, 
ângulos e classificação do crânio. 
 Vértex: ponto mais alto da cabeça, 
localizado comumente na sutura 
sagital; 
 Bregma: encontro das suturas sagital e 
coronal; 
 Glabela: entre os supercílios, superior 
ao nasion; 
 Násion: encontro dos ossos nasais com 
o frontal; 
 Astérion: encontro das suturas 
lambdóide, parietomastóidea e 
occiptomastóidea 
 Ptérion: encontro do ossofrontal, 
parietal, temporal e esfenoide; 
 Ínion: protuberância occipital externa; 
 Lambda: encontro das suturas sagital e 
lambdoide; 
 Básion: ponto médio da borda anterior 
do forame magno; 
 Gônion: no ângulo da mandíbula. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 30 
ATLAS DE OSSOS DO CRÂNIO 
 
 
 
 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
31 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 32 
 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
33 
 
 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 34 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
35 
Traumas de crânio 
Traumatismo de base do crânio 
 São sinais de fratura de base de crânio: rinorreia liquórica, equimose periorbital, 
equimose retroauricular. 
 A base do crânio é mais vulnerável a danos devido a grande presença de forames no 
local. 
Fraturas de face (Lefort 1, 2 e 3) 
 Lefort I (Fratura de Guerin/horizontal ) ocorre transversalmente acima dos ápices 
dentários, envolvendo processo alveolares, parte da parede do seio maxilar, palato e porção 
inferior do processo pterigoide. O traço da fatura inicia na porção inferior da abertura 
piriforme e termina na fissura pterigomaxilar. 
 Lefort II (fratura piramidal) cruza a porção inferior do osso nasal, processo frontal da 
maxila até o osso lacrimal, rebordo infraorbital, na junção da maxila e osso zigomático de 
forma obliqua e caminha posteriormente até a fissura pterigomaxilar. 
 Lefort III (disjunção craniofacial) é uma fratura que percorre ambos os ossos nasais, a 
porção superior dos ossos lacrimais, a parede medial da orbita, as células etmoidais, canal 
óptico e continua pela parede lateral até poder atingir o esfenoide ou frontal e separa o osso 
zigomático do frontal na sutura frontozigomática. 
 
 
 
Figura 12 – Lefort I, II e III da esquerda para direita. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 36 
HIÓIDE 
OSSOS DO TÓRAX 
CAIXA TORÁCICA: 
Cavidade torácica 
Abertura superior do tórax 
Abertura inferior do tórax 
Espaço intercostal 
Ângulo infraesternal 
ESTERNO 
Manúbrio do esterno 
Corpo do esterno 
Ângulo do esterno 
Processo Xifoide. 
Incisuras: Clavicular, Jugular e Costais. 
COSTELAS 
Cabeça da costela 
Colo da costela 
Tubérculo da costela 
Face articular do tubérculo da costela 
Corpo da costela 
Ângulo da costela 
COSTELAS VERDADEIRAS 
I - VII 
COSTELAS FALSAS 
VIII - X 
COSTELAS FLUTUANTES 
XI - XII 
COLUNA VERTEBRAL 
Curvaturas Primárias 
Cifose torácica 
Cifose sacral 
Curvaturas Secundárias 
Lordose cervical 
Lordose lombar 
MORFOLOGIA DAS VÉRTEBRAS 
(CERVICAIS; TORÁCICAS; 
LOMBARES ) 
Corpo Vertebral 
Arco Vertebral 
Pedículo Vertebral 
Forame Vertebral 
Canal Vertebral 
Forame intervertebral 
Processo Espinhoso 
Processo Transverso 
Processo Articular Superior 
Processo Articular Inferior 
Face Articular Superior 
Face Articular Inferior 
Incisura Vertebral Superior 
Incisura Vertebral Inferior 
VÉRTEBRAS CERVICAIS (CI-CVII): 
“São vertebras que possuem forame nos processos 
transversos para passagem da artéria vertebral, o 
corpo é retangular e o processo espinhoso é 
bifurcado, fendido, com exceção em C7 (vertebra 
proeminente);” 
Forame Transversário 
Processo Espinhoso Bífido 
Tubérculo anterior e posterior do 
processo transverso 
Sulco do nervo espinal 
PRIMEIRA VÉRTEBRA CERVICAL, 
ATLAS (C1): 
Arco Anterior do Atlas 
 Arco Posterior do Atlas 
Tubérculo Anterior 
Tubérculo Posterior 
Face Articular Superior 
Face Articular Inferior 
Fóvea do Dente 
Sulco para aa. vertebral 
SEGUNDA VÉRTEBRA CERVICAL, 
ÁXIS (C2): 
Dente do Áxis 
Vértebra Proeminente (C7): Processo 
Espinhoso 
VÉRTEBRAS TORÁCICAS (T1-T12): 
“São vertebras com longo, obliquo e dirigido para 
baixo processo espinhoso e se articulam com costelas 
por faces articulares.” 
Fóvea Costal do Processo Transverso 
Fóvea Costal Superior Fóvea Costal Inferior 
VÉRTEBRAS LOMBARES (L1-L5): 
“As vertebras lombares possuem grande corpo e 
processo espinhoso curto e reto.” 
Corpo Vertebral * 
Processo Acessório 
SACRO (VÉRTEBRAS SACRAIS/I-V): 
Face pélvica 
Face dorsal 
Base Ápice 
Promontório 
Face Auricular 
Forames Sacrais Anteriores 
Forames Sacrais Posteriores 
Crista Sacral Mediana 
Crista Sacral Medial 
Crista Sacral Lateral 
Processo Articular Superior 
Face Articular Superior 
Tuberosidade Sacral 
Canal, Hiato e Corno Sacral 
CÓCCIX (OSSO COCCÍGEO) (VÉRTEBRAS 
COCCÍGEAS/I-IV) 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
37 
ATLAS DE OSSOS DO ESQUELETO AXIAL 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 38 
 
Figura 13 – C5 
 
 
Figura 14 – C2 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
39 
 
Figura 16 – T2 
Figura 15 – T1 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 40 
 
Figura 18 – L5 
Figura 17 – Sacro e cóccix. 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
41 
ESQUELETO APENDICULAR (126 
ossos) 
OSSO DO MEMBRO SUPERIOR 
ESCÁPULA 
Face Costal (Anterior) 
Face Posterior 
Margem Superior 
Margem Medial 
Margem lateral 
Colo da escápula 
Acrômio 
Processo Coracóide 
Cavidade Glenóide 
Incisura da Escápula 
Tubérculo Supraglenoidal 
Tubérculo Infraglenoidal 
Fossa Subescapular 
 Espinha da Escápula 
Fossa Supra-Espinhal 
Fossa Infra-Espinhal 
Ângulo Superior 
Ângulo Inferior 
CLAVÍCULA 
Extremidade Esternal 
Face Articular Esternal 
Extremidade Acromial 
Face Articular Acromial 
Corpo da Clavícula 
Tubérculo Conóide 
Sulco do músculo subclávio 
Impressão do lig. costoclavicular 
ÚMERO 
Cabeça do Úmero 
Colo Anatômico do Úmero 
Colo Cirúrgico do Úmero 
Sulco Intertubercular 
Tubérculo Maior 
Tubérculo Menor 
Crista do Tubérculo Maior 
Crista do Tubérculo Menor 
Capítulo do Úmero 
Tróclea do Úmero 
Fossa do Olécrano 
Fossa Coronóide 
Fossa Radial 
Sulco do Nervo Ulnar 
Epicôndilo Medial 
Epicôndilo Lateral 
Crista supra – epicondilar medial 
Crista supra-epicondilar lateral 
RÁDIO 
Cabeça do rádio 
Circunferência articular do rádio 
Colo do rádio 
Tuberosidade do rádio 
Corpo do rádio 
Incisura ulnar 
Processo estilóide do rádio 
Face articular do carpo 
Margem interóssea 
Margem Anterior 
ULNA 
Olécrano 
Processo coronóide da ulna 
Incisura troclear 
Tuberosidade da ulna 
Cabeça da ulna 
Processo estilóide da ulna 
Incisura radial 
Margem interóssea 
OSSOS DO CARPO 
Escafoide 
Semilunar 
Piramidal 
Psiforme 
Trapézio 
Trapezóide 
Capitato 
Hamato 
OSSO DO METACARPO (I a V) 
Base do metacarpo 
Corpo do metacarpo 
Cabeça do metacarpo 
FALANGES (I a V) 
Base, Corpo, Cabeça das falanges 
Proximal Média (exceção do 1º. Dedo) 
Distal 
OSSOS DO MEMBRO INFERIOR 
OSSO DO QUADRIL 
Íleo Ísquio Púbis 
Acetábulo 
Forame Obturado 
Face Semilunar 
Fossa do Acetábulo 
Limbo do acetábulo 
Incisura do acetábulo 
Osso Íleo 
Asas do ilíaco 
Fossa ilíaca 
Face glútea 
Crista ilíaca 
Face Auricular 
Tuberosidade ilíaca 
Espinha ilíaca anterossuperior 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 42 
Espinha ilíaca anteroinferior 
Espinha ilíaca póstero-superior 
Espinha ilíaca póstero-inferior 
Linha glútea superior 
Linha glútea inferior 
Linha arqueada 
Osso Ísquio 
Corpo do ísquio 
Ramo do ísquio 
Túber isquiático 
Espinha isquiática 
Incisura isquiática maior 
Incisura isquiática menor 
Osso Púbis 
Ramo superior do púbis 
Ramo inferior do púbis 
Tubérculo púbico 
Sínfise púbica 
Face sinfisial 
Linha pectínia 
Arco púbico 
Ângulo subpúbico 
PELVE: 
Pelve Maior (FALSA) Pelve Menor 
(VERDADEIRA) 
AberturaSuperior da Pelve 
Abertura Inferior da Pelve 
PRINCIPAIS DIÂMETROS DA PELVE 
Nível Abertura Superior da Pelve: 
Diâmetro anatômico: 
Margem superior da sínfise púbica ao 
promontório sacral 
Diâmetro verdadeiro: 
Face interna da sínfise púbica (ponto mais 
proeminente) ao promontório sacral 
Diâmetro diagonal: 
Margem inferior da sínfise púbica ao 
promontório sacral 
Diâmetro transverso 
Maior largura da abertura superior da 
pelve 
Nível Abertura Inferior da Pelve: 
Diâmetro reto: 
Margem inferior da sínfise púbica ao ápice 
do cóccix 
Diâmetro transverso: 
Face interna do túber isquiático 
FÊMUR 
Cabeça do fêmur 
Fóvea da cabeça do fêmur 
Colo do fêmur 
Corpo do fêmur (diáfise) 
Trocanter maior 
Trocanter menor 
Fossa trocantérica 
Tuberosidade glútea 
Linha áspera 
Côndilo medial 
Côndilo lateral 
Face patelar 
Epicôndilo medial 
Epicôndilo Lateral 
Fossa intercondilar 
Linha Pectínea 
Face Poplítea 
Tubérculo do adutor 
PATELA 
Base da patela 
Ápice da patela 
Face anterior da patela 
Face articular da patela 
TÍBIA 
Côndilo medial da tíbia 
Côndilo lateral da tíbia 
Tuberosidade da tíbia 
Eminência intercondilar 
Área intercondilar anterior 
Área intercondilar posterior 
Face articular da cabeça da fíbula 
Maléolo medial 
Face articular inferior 
Incisura fibular 
FÍBULA 
Cabeça da fíbula 
Colo da fíbula 
Maléolo lateral da fíbula Fossa do maléolo 
lateral 
Ápice da cabeça da fíbula 
OSSOS DO TARSO 
Talus, Calcâneo, Navicular e Cubóide 
Cuneiformes: Medial, Intermédio e Lateral 
Tróclea e Sustentáculo do Talus 
Tuberosidade do Calcâneo 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
Consulta multimídia indicada: 
FHO Uniararas. Revisão de anatomia. Disponível em <https://www.youtube.com/playlist?list=PLh4rVeGdYgh8_ 
kMQiL-YG91QfUR2MBLfd>. 
UFU. Asclépio – atlas de anatomia humana. Disponível em < http://guiadeanatomia.com/ anatomia.html> 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
43 
SISTEMA ARTICULAR 
 Articulações são junções entre os ossos que compõem o esqueleto permitindo com 
que o corpo se movimento. 
Classificação das articulações 
 Articulações são classificadas de acordo com os movimentos que possibilita e suas 
características anatômicas. 
 A classificação se dá pela presença ou não de cavidade articular e pelo tipo de tecido 
conjuntivo que une os ossos. 
 As articulações fibrosas não possuem cavidade articular e são unidos por tecido 
conjuntivo fibroso. Há dois tipos de articulação fibrosa: sindesmose – possui grande número 
de tecido conjuntivo que pode formar ligamento interósseo, são exemplos a sincondrose 
tibiofibular e a gonfose (sindesmose dentoalveolar) –, suturas – com menos tecido conjuntivo 
está entre os ossos do crânio, entre cristas ósseas se forma uma esquindelese. Na idade adulta 
as suturas se ossificam. 
 As articulações cartilagíneas não possuem cavidade articular e ossos são interpostos 
por cartilagem. A união se dá por cartilagem hialina em sincondroses e fibrocartilagem em 
sínfises (como o disco intervertebral). 
 As articulações sinoviais possuem cavidade sinovial e são unidos por capsular articular 
e ainda podem possuir ligamentos acessórios. 
Classificação funcional de articulações 
 Articulações sem movimento que são fixas são classificadas como sinartrose. Com 
pouca movimentação são ditas anfiartrose e com ampla liberdade de movimentos (sinoviais), 
diartrose. 
Disposição de tecido 
 Articulações podem ser de continuidade ou contiguidade. 
 Continuidade ocorre quando o tecido preenche todo o espaço entre o osso. Ocorre 
em: articulações fibrosas e cartilaginosas. 
 Articulações de contiguidade são sinoviais, portanto possuem grande quantidade de 
movimento. Nela os ossos se fixam em forma de manguito. 
Componentes das articulações sinoviais 
 As articulações sinoviais são compostas por cápsula articular, liquido sinovial, 
ligamentos acessórias, bolsas, bainhas tendíneas e retináculos. 
Uma cápsula articular, semelhante a um manguito, envolve uma articulação sinovial, 
circundando a cavidade articular e une os ossos da articulação. Constitui de cápsula fibrosa e 
uma membrana sinovial. A cápsula fibrosa, normalmente, consiste em tecido conjuntivo denso 
não modelado (principalmente fibras colágenas) que se fixa ao periósteo dos ossos da 
articulação. É uma continuação do periósteo que permite os movimentos articulares e 
resistência à tração. Em algumas cápsulas as fibras há feixes paralelos de tecido conjuntivo 
denso modelado adaptado para resistir tensões. Os feixes são denominados ligamentos 
capsulares. A camada interna da cápsula é de membrana sinovial de tecido conjuntivo frouxo. 
A membrana sinovial secreta o líquido sinovial, um ultrafiltrado de plasma sanguíneo 
secretado por células análogas a fibroblastos e possui grande quantidade de ácido hialurônico. 
O líquido tem como função oferecer redução de atrito, lubrificar a articular, oferecer 
resistência a impactos e fornecer nutrientes para condrócitos. O liquido possui células 
fagocitárias que removem fragmentos de desgaste e microrganismos. O aquecimento antes do 
exercício estimula produção e secreção do liquido que fica mais viscoso com imobilização da 
articulação. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 44 
A articulação sinovial possui também os ligamentos acessórios que podem ser 
classificados como extracapsulares – quando se situam fora da capsula articular e 
intracapsulares quando estão no interior da cápsula, mas fora da cavidade por pregas da 
membrana sinovial. 
De fibrocartilagem se constituem discos e meniscos que servem para melhor 
adaptação entre superfícies articulares. Ajudam manter a estabilidade e direcionam o fluxo de 
liquido sinovial para áreas de grande atrito. 
Para redução do atrito criado nas articulações há as bolsas e bainhas tendíneas. As bolsas 
possuem membrana sinovial revestida por tecido conjuntivo. Elas estão entre pele e ossos, 
tendões e ossos, músculo e ossos, e ligamentos e ossos. As bainhas são tubulares e envolvem 
tendões que sofrem muito atrito. 
Para que se mantenham alinhados os tendões musculares nas regiões próximas das 
articulações estão presentes os retináculos. 
Tipos de movimentos corporais 
 São movimentos corporais: 
 Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Realizado no 
eixo laterolateral. 
 Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Realizado 
no eixo laterolateral. Contrário à flexão. A extensão exagerada é dita hiperextensão. 
 Deslizamento: movimento simples sem grande alteração de ângulo em que faces planas 
de ossos se movem para frente e para trás. 
 Adução: movimento em que se aproxima do plano mediano realizando o movimento em 
plano frontal. Seu eixo é sagital. 
 Abdução: movimento de afastamento do plano mediano no plano coronal. Contrário de 
adução. 
 Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano. 
Ocorre no eixo longitudinal. 
 Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano. 
 Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e no 
ombro. 
 Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e 
no ombro. 
 Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada 
dentária inferior. 
 Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero-
inferior. 
 Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo 
inferior da escápula move-se medialmente e a cavidade glenoide move-se caudalmente. 
 Rotação Superiorda Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo 
inferior da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenoidal move-se cranialmente. 
 Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. 
 Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como abaixar os ombros. 
 Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
anterossuperiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
anterossuperiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
45 
 Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu 
eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. 
 Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu 
eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. 
 Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está 
totalmente invertido, ele também está plantifletido. 
 Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está 
totalmente evertido, ele também está dorsifletido. 
 Dorsiflexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como 
acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. 
 Plantiflexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se 
fica em pé na ponta dos dedos. 
 
Classificação articular funcional e estrutural 
I. Quanto ao número de superficies (Número de ossos que compõe articulação) 
a. Simples (2) 
b. Composta (>2) 
i. Cotovelo 
ii. Radiocarpal 
iii. Intercarpal e mediocarpal 
iv. Carpometacarpais 
v. Joelho 
Figura 19 – Movimentos articulares. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 46 
vi. Intertarsica 
II. Quanto a presença de dispositivo 
a. Completa 
b. Incompleta 
i. Esternoclavicular 
ii. Acromioclavicular 
iii. Glenoumeral 
iv. Radio ulnar distal 
v. Radio carpal 
vi. Joelho 
III. Quanto a funcionalidade 
a. Anaxial – não realiza movimentos; 
b. Uniaxial – Extensão e flexão; 
c. Biaxial – Flexão, extensão, abdução e adução; 
d. Triaxial – Flexão, extensão, abdução, adução e rotação 
IV. Quanto a forma da superficie 
a. Plana – Superfícies articulares planas ou ligeiramente curvas, permitindo 
deslizamento. 
i. Esterno clavicular 
ii. Acromio clavicular 
iii. Intercarpal 
iv. Mediocarpal 
v. Carpometacarpais 
vi. Sacroiliacas 
vii. Tibiofibular proximal e distal 
viii. Intertársicas 
ix. Tarsometatarsais 
Figura 20 – 1 - Esferóide; 2 - Condilar ou Elipsóide; 3 - Selar; 4 - Gínglimo; 5 - Trocóidea. 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
47 
x. Zigoapofisária 
xi. Costocondral 
xii. Costovertebral 
xiii. Intercondral 
xiv. Esternocostal 
b. Gínglimo – (Em dobradiça) – realiza extensão e flexão (movimentos angulares). 
Eixo latero-lateral. 
i. Cotovelo 
ii. Interfalângicas 
iii. Joelho em cadeia cinética fechada 
iv. Talocrural 
v. Interfalângica do pé 
c. Trocóidea – As superfícies articulares são cilindroides. São monoaxiais. Permite o 
movimento de rotação. Eixo crânio-caudal. 
i. Atlantoaxial 
ii. Radioulnar proximal e distal 
d. Elipsoide – Gerada por superfícies discordantes, isto é, uma côncava e outra 
convexa tendo raios de curvaturas desiguais. Permitem flexão, extensão, 
abdução, adução, mas não rotação. São biaxiais. Eixo latero-lateral e antero-
posterior. 
i. Atlanto-occipital 
ii. Temporomandibular 
iii. Radiocarpal 
iv. Metacarpofalângicas 
v. Metatarsofalângicas 
e. Selar – Uma peça esquelética tem a forma de sela, apresentando concavidade 
num sentido e em outro convexidade. Permite flexão, extensão, abdução, adução 
e rotação, mas é classificada como biaxial. Fato que se justifica pelo fato da 
combinação de movimentos para a rotação. 
i. Carpometacarpal do polegar. 
f. Esferóide – Segmentos de esferas que se encaixam em receptáculos ocos. Pode se 
movimentar em qualquer direção. Triaxial. 
i. Ombro; 
ii. Quadril; 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 48 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
49 
Análise morfofuncional do joelho 
Deve ser considera como consistindo de três articulações em uma: duas condilares – 
uma entre cada côndilo do fêmur e correspondente menisco e côndilo da tíbia, e uma terceira, 
entre a patela e o fêmur, com as faces articulares não adaptadas uma as outras, de maneira 
que os movimentos não são unicamente de deslizamento. É uma articulação composta 
classificada como gínglimo modificado. Realiza movimentos de rotação quando os pés 
deslocados do chão e normalmente flexão e extensão. 
Deformidades de joelho 
 O joelho valgo é 
caracterizado por alinhamento 
medial e estiramento do 
ligamento colateral medial e 
frouxidão do ligamento 
colateral medial. Há 
aproximação dos joelhos e 
afastamento dos pés, com 
sobrecarga na região medial dos 
pés. 
 O joelho varo se dá por 
projeção lateral do joelho e nele 
se tem ligamento colateral 
lateral estirado. 
 O joelho hiperestendido (geno 
recuvato) possui hiperextensão com projeçãodo joelho para trás. Há ligamento cruzado 
anterior estirado. 
oelho Hiperestendido (Geno Recurvato) 
 O joelho flexo ocorre com 
projeção para frente do joelho. Há 
ligamento cruzado posterior estirado. 
 
Lesões de atletas: tríade infeliz 
 A tríade infeliz traduz uma lesão 
que acontece tipicamente em condições 
de impacto lateral, comum em atletas. 
Neste tipo de lesão há comprometimento 
simultâneo do ligamento colateral medial, 
ligamento cruzado anterior e o menisco 
medial. O mecanismo da lesão envolve 
valgo-rotação externa. 
Tipos de lesões articulares 
Entorse 
 É um tipo de lesão em que os ligamentos são estirados e sofrem ruptura parcial ou 
total quando a articulação é torcida subitamente ou alongada além do seu limite anatômico. 
 
Sinovite 
 É uma inflamação da membrana sinovial devido a traumas agudos, uso excessivo da 
articulação, entre outros. 
Figura 21 – Deformidades de joelho I. 
Figura 22 – Geno recuvato, joelho normal e joelho flexo. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 50 
Subluxação articular 
 Perda parcial de contato entre as superfícies articulares devido a forças de tensão 
excessiva. 
Luxação articular 
 Diferente da subluxação, na luxação há perda total de contato entre as superfícies 
articulares com a presença de deformidade. 
Osteoartrite 
 Condição patológica em que se degeneram as superfícies articulares devido a 
microtraumatismos sucessivos. 
Aplicações clínicas 
Hérnia de disco 
 Hérnia é uma projeção ou saída através de fissura ou orifício (extrusão) do núcleo 
pulposo (resquício da notocorda) pela periferia cartilaginosa (anel fibroso) do disco 
intervertebral causando compressão das raízes nervosas. 
Questões para aprimoramento 
1) Quais dos ossos abaixo se articulam com o rádio? (Prova FA 2016) 
( ) Trapézio e trapezoide. 
( ) Piramidal e pisiforme. 
( ) Escafoide e semilunar. 
( ) Capitato e hamato. 
2) Classifique a articulação glenoumeral funcional e estruturalmente. 
3) Correlacione: ( G.Tortora) 
____(a) uma articulação fibrosa que une os ossos do crânio; uma sinartrose 
____(b) uma articulação fibrosa entre a tíbia e a fíbula; uma anfiartrose 
____(c) a articulação entre ossos e dentes 
____(d) a cartilagem epifisial (de crescimento) 
____(e) articulação entre os dois púbis 
____(f) articulação com uma cavidade entre os ossos; diartrose 
____(g) uma articulação óssea 
(1) sinostose (2) sincondrose (3) sindesmose (4) sinovial(5) sutura (6) sínfise (7) gonfose 
4) Julgue as alternativas. 
( ) Elipsoides são as únicas articulações triaxiais do corpo. 
( ) Articulações esferoides são triaxais e portanto diartroses. 
( ) Tríade infeliz é o nome dado para os ligamentos do tornozelo que são lesados 
principalmente em jogadores de futebol. 
( ) O joelho é uma articulação composta formado por 4 articulações, sendo 2 elipsoides e 
a classificação geral como gínglimo modificado. 
5) Cite a função do arco protetor do ombro e qual sua função. 
6) Articulações sinoviais incompletas são articulações que necessitam de estruturas para 
aumentar superfície de contato. Cite quais as articulações sinoviais incompletas presentes 
no corpo humano. 
7) Em uma entrevista o grande filósofo Zygmunt Bauman disse que “Estamos nos afogando 
em informações e famintos por sabedoria. Não temos tempo de transformar e reciclar 
fragmentos de informações variadas numa visão, em algo que podemos chamar de 
sabedoria.“. Para que fosse mais enfático, o pensador moderno realizou o movimento de 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
51 
rotação lateral e depois medial que convencionamos, no ocidente, ser uma expressão de 
negação. Qual a articulação que possibilita que esse movimento seja feito? 
8) Explique a situação que levaria a um rompimento dos ligamentos laterais do tornozelo em 
uma partida de futebol, qual o tipo de articulação afetada, nome de todos os ligamentos 
envolvidos e o nome da lesão. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 52 
Roteiro anatômico 
 
SISTEMA ARTICULAR 
ARTOLOGIA DO ESQUELETO 
AXIAL 
SUTURAS: entre os ossos do crânio 
(cranianas) 
Sutura Escamosa 
Sutura Plana 
Sutura Coronal 
Sutura Sagital 
Sutura Lambdoide 
GONFOSE 
Articulação dentoalveolar 
ESQUINDELESE 
SINCONDROSE: 
Sincondrose Esfeno-Occipital (Temporária) 
Sincondroses das Costelas (Permanente): 
Entre 1ª Costela e Esterno 
Sincondrose Xifoesternal 
SÍNFISE: 
Sínfise Manúbrioesternal 
Sínfise Púbica 
Sínfise Intervertebral: Discos 
Intervertebrais (Anel Fibroso e Núcleo 
Pulposo) 
ARTICULAÇÕES DO TÓRAX: 
Articulações costovertebrais: 
Articulações esternocostais 
Articulações costocondrais 
Articulações intercondrais 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS DO 
CRÂNIO 
Articulação Temporomandibular (ATM) 
Disco da articulação temporomandibular 
Articulação Atlanto-Occipital 
Articulação Atlanto-Axial 
LIGAMENTOS DAS 
ARTICULAÇÕES DA COLUNA 
VERTEBRAL 
Articulações zigoapofisárias (entre 
faces articulares) 
Dos Corpos Vertebrais: 
Lig. Longitudinal Anterior 
Lig. Longitudinal Posterior 
Dos Processos Espinais e Processos 
Transversos: 
Ligg. Supra-Espinais 
Ligg. Inter-Espinais 
Ligg. Inter-Transversos 
Dos Arcos Vertebrais 
Ligamentos amarelos 
ARTICULAÇÕES DO MEMBRO 
SUPERIOR 
Clavícula: 
Art. Esternoclavicular 
Lig. Interclavicular Lig. Costoclavicular 
Disco articular 
Art. Acromioclavicular 
Lig. Coracoclavicular “Lig. Conóide, Lig. 
Trapezóide” Lig. Acromioclavicular,) 
Ombro: 
Art. Glenoumeral / Art. Escápulo-
Umeral 
Lábio glenoidal 
Recesso axilar 
Lig coracoacromial 
Ligamento glenoumeral anterior e 
posterior 
Ligamento coracoumeral 
Cotovelo 
Art. Úmero-Ulnar (Lig colateral ulnar) 
Art. Úmero-Radial (Lig. Colateral radial) 
Art. Rádio-Ulnar Proximal (Lig. anular) 
Articulação Rádioulnar Média 
Sindesmose rádio-ulnar 
Articulação Rádioulnar Distal 
Articulação Rádiocarpal 
Retináculo dos flexores 
Túneo do carpo 
Disco articular 
Articulações Carpometacárpais 
Articulação Carpometacarpal do 
Polegar: 
Articulações Intercarpais 
Articulações Metacarpofalângicas 
Lig. colaterais 
Articulações Interfalângicas Proximal 
Lig. colaterais 
Articulações Interfalângicas Distal 
Lig. colaterais 
ARTICULAÇÕES DO MEMBRO 
INFERIOR: 
Articulação Sacroilíaca: 
Ligamento Sacroilíaco Anterior 
Ligamento Sacroilíaco Posterior 
Ligamento Sacrotuberal 
Ligamento Sacroespinal 
Ligamento iliolombar 
Forame isquiático maior 
Forame isquiático menor 
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
53 
Capsula articular 
Lábio do Acetábulo 
Lig. da Cabeça do Fêmur 
Lig. pubofemoral 
Lig. isquiofemoral 
 
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 54 
SISTEMA MUSCULAR 
 O sistema muscular faz parte do aparelho locomotor, sendo dele a parte ativa. As 
fibras se organizam em ventres – porções contrateis. 
Tipos de tecido muscular 
 Existem três tipos de tecido muscular. O tecido muscular estriado se divide em 
esquelético – de contração voluntária –, e cardíaco de contração voluntário. Sem estrias há o 
músculo liso com contração, geralmente, involuntária. 
 O músculo esquelético em geral movimento ossos do esqueleto, outros, porém, atuam 
na pele. Possui estrias oriundas da organização do seu sarcoplasma. 
 O coração é o único que contém o tecido muscular cardíaco, músculo que se contrai 
devido ao seu marca-passo. 
 O tecido muscular liso forma estruturas ocas de vasos sanguíneos, vias respiratórias e 
boa parte dos órgãos abdominais. É encontrado fixado aos folículos pilosos. 
Funções 
 Através de um sistema de alavancas obtido entre ossos, músculos e articulações, o 
músculo possui como função a produção de movimentos do corpo humano e junto com essa 
função básica está a de estabilizar as posições do corpo. 
 Pela sua grande concentração mitocondrial, o músculo é primordial para manutenção 
da temperatura corporal. 
 Por estarem também presente em esfíncteres, os músculos são responsáveis por 
armazenar e movimentar as substâncias no interior do corpo humano. 
Propriedades do tecido muscular 
 São propriedades do tecido muscular: excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e 
elasticidade. 
 Excitabilidade elétrica é a capacidade de responder a certos estímulos, produzindo 
potenciais de ação. 
Contratilidade é a capacidade de se contrair vigorosamente quando estimulado por 
um potencial de ação. 
Extensibilidade pode ser compreendida como a capacidade de se estender sem 
lesionar. Permite ao músculo a contração vigorosa, mesmo se já está esticado. 
Elasticidade é a capacidade do tecido muscular de retornar a seu comprimento e 
forma originais após contração ou extensão. 
Componentes do tecido conjuntivo 
 O músculo é recoberto por uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo 
ou grupo de músculos com funções semelhantes, fáscia. Ela ajuda na fixação do músculo, 
permite movimentos livres, transporta nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, e preenche 
espaços entre músculos. 
 Externamente há uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que envolve 
externamente o músculo, o epímisio. Esse envia septos que separa feixes musculares de 10 à 
100 fibras, perimísio. 
 Individualmente as fibras são separadas por tecido conjuntivo areolar pelo endomísio. 
 Um elemento de tecido conjuntivo fixa o ventre muscular em ossos, tecido subcutâneo 
ou em capsula articular, o tendão. 
 A aponeurose é uma estrutura de tecido conjuntivo que se apresenta em forma de 
leque ou lâmina que fixa os músculos às suas inserções, estando presente no crânio e no dorso 
corporal. 
 
 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
55 
Inervação e o suprimento sanguíneo 
 A inervação muscular se dá por neurônios motores somáticos. Os neurônios motores 
somáticos do tipo alfa são extrafusal, do tipo gama intrafusal e beta possui coordenação 
motora fina. O neurônio do tipo gama garante tônus muscular. 
 O suprimento se dá por capilares contínuosque importam O2 e nutrientes, removendo 
calor e produtos residuais metabólicos. 
Anatomia microscópica de fibra muscular esquelética 
As células surgem por fusões de mioblastos, por isso são 
multinucleadas. Estas duram por toda vida, não ocorrendo, 
em geral, crescimento por hiperplasia, mas sim por 
hipertrofia. Durante a infância, a testosterona age 
provocando o crescimento da fibra muscular. Restando 
poucos mioblastos no tecido maduro como células satélite. 
Células com capacidade de fusão para regeneração de áreas 
lesadas, como sua quantidade não é o suficiente, o músculo 
esquelético sofre fibrose – a substituição de fibras por tecido 
cicatricial fibroso. Limitando a capacidade de regeneração 
do músculo. 
A membrana plasmática da fibra é denominada de 
sarcolema. Milhares de invaginações do sarcolema 
produzem os túbulos transversos (T), formando um túnel 
Figura 23 – Organização muscular. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 56 
desde a superfície até o centro de cada fibra muscular. Os 
túbulos estão abertos para o exterior da fibra, e são 
preenchidos por líquido intersticial. Os potenciais de ação se 
propagam ao longo do sarcolema por eles. O que garante 
que todas as partes sejam excitas por um potencial quase ao 
mesmo tempo. 
Dentro do sarcolema está o sarcoplasma, o qual possui 
grande quantidade de glicogênio – gasto na síntese de ATP. 
Tem-se também a presença de mioglobina. Proteína que se 
liga as moléculas de oxigênio espalhadas pela fibra a partir 
do liquido intersticial, liberando oxigênio, conforme a 
necessidade mitocondrial. As mitocôndrias por sua vez estão 
dispostas em fila por toda fibra muscular, estrategicamente 
próximas das proteínas musculares que usam ATP durante a 
contração. 
A sarcoplasma se encontra cheio de filamentos, as 
miofibrilas, que são envolvidas por um sistema de sacos 
membranáceos cheios de liquido, chamados de retículo 
sarcoplasmático (RS). As extremidades dilatadas dos sacos 
do retículo, as cisternas terminais, fazem contato com os 
túbulos T em ambos os lados, formando uma tríade. Em 
relaxamento, os sacos armazenam íon cálcio. Dentro das 
miofibrilas existem unidades ainda menores, os filamentos 
grossos e finos que participam da contração. Os filamentos 
se organizam, no músculo estriado esquelético, em 
sarcômeros, estes por sua vez tem sua estrutura dividida em: 
Linhas Z – delimitação entre dois sarcômeros; Faixa A - Parte 
média escura do sarcômero que se estende por toda a 
extensão dos filamentos grossos e também inclui aquelas 
partes dos filamentos finos que são superpostos pelos 
filamentos grossos. Faixa I - A área menos densa, mais clara, 
do sarcômero, que contém o restante dos filamentos finos, 
mas nenhum filamento grosso. Uma linha Z passa através do 
centro de cada faixa I. Zona H - Uma região estreita, no 
centro de cada faixa A, que contém filamentos grossos, mas 
nenhum filamento fino. Linha M - Uma região no centro da 
zona H, contendo proteínas que mantêm os filamentos 
grossos unidos no centro do sarcômero. (TORTORA, 2010) 
 
Tônus muscular 
Tônus muscular é uma pequena quantidade de tensão ou força de contração no 
músculo decorrente de contrações involuntárias fracas de suas unidades motoras. 
Contrações isométricas e isotônicas 
 As contrações se contrações são dividas em contrações isotônicas e isométricas. 
 Na contração isotônica, a tensão desenvolvida pelo músculo permanece quase 
constante, enquanto o músculo muda seu comprimento. As contrações isotônicas são usadas 
para os movimentos corporais e para mover objetos. Os dois tipos de contração isotônica são 
concêntrica e excêntrica. Na contração isotônica concêntrica, se a tensão gerada é grande o 
suficiente para superar a resistência do objeto a ser movido, o músculo se encurta e traciona 
outra estrutura, como um tendão, para produzir movimento e reduzir o ângulo na articulação. 
Quando o comprimento de um músculo aumenta durante a contração, a contração é uma 
contração isotônica excêntrica. Concêntrica é de dinâmica positiva ou de encurtamento 
 JOSUÉ DA SILVA BRITO 
 
57 
(agonista). Na contração excêntrica há alongamento do músculo durante a contração, 
dinâmica negativa. 
Na contração isométrica, a tensão gerada não é suficiente para superar a resistência 
do objeto a ser movido e o músculo não altera seu comprimento. Um exemplo seria segurar 
um livro, mantendo-o imóvel, usando um braço estendido. Essas contrações são importantes 
para a manutenção da postura e a sustentação de objetos em uma posição fixa. Embora as 
contrações isométricas não resultem em movimento corporal, ainda assim se gasta energia. 
Anatomia macroscópica do músculo liso 
A fibra lisa é mais espessa no meio e afilada em cada 
extremidade. No interior de cada fibra, encontra-se um único 
núcleo oval centralmente localizado. O sarcoplasma das 
fibras musculares lisas contém tanto filamentos grossos 
quanto filamentos finos, em proporções entre 1:10 a 1:15, 
mas não estão dispostos na forma ordenada dos sarcômeros 
como no músculo estriado. As fibras musculares lisas 
também contêm filamentos intermediários. Como os vários 
filamentos não possuem padrão regular de sobreposição, as 
fibras musculares lisas não apresentam estriações, 
produzindo uma aparência lisa. As fibras musculares lisas 
também não possuem túbulos transversos e possuem apenas 
uma quantidade pequena de retículo sarcoplasmático para 
armazenamento de Ca
2+
. Embora não existam túbulos 
transversos no tecido muscular liso, existem pequenas 
invaginações saciformes da membrana plasmática 
chamadas de cavéolas que contêm Ca
2+
 extracelular, usado 
para a contração muscular. 
Nas fibras musculares lisas, os filamentos finos fixam-se a 
estruturas chamadas de corpos densos que são 
funcionalmente similares às linhas Z nas fibras musculares 
estriadas. Alguns corpos densos estão dispersos por todo o 
sarcoplasma; outros estão fixados ao sarcolema. Feixes de 
filamentos intermediários também se fixam aos corpos 
densos e estendem-se de um corpo denso para o outro. 
Durante a contração, o mecanismo dos filamentos 
deslizantes, que compreende os filamentos finos e grossos, 
gera tensão que é transmitida para os filamentos 
intermediários. Estes, por sua vez, tracionam os corpos 
densos fixados ao sarcolema, produzindo um encurtamento 
longitudinal da fibra muscular. Quando uma fibra muscular 
lisa se contrai, ela gira como um saca-rolha. A fibra gira em 
hélice à medida que se contrai e gira na direção oposta 
quando relaxa.(TORTORA, 2010) 
Locais de fixação muscular – Origem e Inserção 
Quando um músculo esquelético se contrai, traciona um dos ossos da articulação em 
direção ao outro. Os dois ossos da articulação, normalmente, não se movem de forma 
uniforme em resposta à contração. Um osso permanece estacionário ou próximo de sua 
posição original porque outros músculos estabilizam aquele osso, contraindo e tracionando-o 
na direção oposta, ou porque sua estrutura o toma menos móvel. Geralmente, a fixação do 
tendão de um músculo ao osso estacionário é chamada de origem; a fixação do outro tendão 
do músculo ao osso móvel é chamada de inserção. A regra prática é que a origem está, 
geralmente, proximal, e a inserção é distal, especialmente, nos membros; a inserção é, 
geralmente, tracionada em direção à origem. 
LIVRO DE OURO DA MEDICINA 
 58 
Sistemas de Alavancas e Vantagem Mecânica 
Na produção do movimento, os ossos atuam como alavancas e as articulações como os 
apoios dessas alavancas. Uma alavanca é uma estrutura rígida que gira em tomo de um ponto 
fixo, chamado de apoio, simbolizado por A Uma alavanca é influenciada em dois pontos 
diferentes, por duas forças distintas: a força (E), que produz movimento, e a resistência, que se 
opõe ao movimento. A força é exercida pela contração muscular;

Continue navegando