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LIVRO DE OURO DA MEDICINA LIVRO DE OURO DA MEDICINA 2 JOSUÉ DA SILVA BRITO 3 Josué da Silva Brito LIVRO DE OURO DA MEDICINA Primeira edição Primus Gradus 2016 LIVRO DE OURO DA MEDICINA 4 Todos os dados são de domínio público ficando instituída a livre distribuição do saber ficando expressamente vedada qualquer forma de comercialização. Todas as fontes são devidamente listadas e enumeradas no final do trabalho. REFERÊNCIA BRITO, Josué da Silva. Livro de ouro da medicina. Clube do autor, 1 ed. Paracatu, 2016. JOSUÉ DA SILVA BRITO 5 JOSUÉ DA SILVA BRITO é aluno do primeiro período de medicina da Faculdade Atenas. O LIVRO DE OURO foi constituído por seus resumos estudantis e pelas teorizações propostas pelos seus professores a quem fica os mais sinceros agradecimentos. Novembro de 2016 LIVRO DE OURO DA MEDICINA 6 JOSUÉ DA SILVA BRITO 7 Prefácio A obra se destina a todos os estudantes que possuirão e possuíram as mesmas dificuldades que tive em encontrar materiais que muitas vezes são difusos e poucos claros. Não é minha intenção substituir livros clássicos da medicina. Eles são nossos melhores companheiros e nunca poderão ser olvidados. Este material também pretende ser um livro de fácil acesso que possibilite o acesso simplificado as mais profundas e as mais rotineiras informações, entretanto nunca este substituíra os grandes clássicos da literatura médica e nem será superior aos professores, o grande caminho do saber. O livro é organizado conforme PDD das disciplinas de medicina da Faculdade Atenas. Talvez a ordem não seja comum a outras faculdades e até diferencie as materiais, porém tentei ao máximo aproximar de outros materiais cuidando sempre de manter o primor, da credibilidade das informações e da difusão das mesmas. Paracatu, 28 de novembro de 2016. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 8 JOSUÉ DA SILVA BRITO 9 SUMÁRIO ANATOMIA........................................................................................................11 EMBRIOLOGIA..................................................................................................98 HISTOLOGIA...................................................................................................141 FISIOLOGIA.....................................................................................................205 INTERAÇÃO COMUNITÁRIA..........................................................................245 ANÁLISES LABORATORIAIS.........................................................................377 BIOQUÍMICA...................................................................................................467 PRIMEIROS SOCORROS...............................................................................629 HISTÓRIA DA MEDICINA...............................................................................687 ASPECTOS CITOLÓGICOS...........................................................................755 SUMÁRIO DETALHADO.................................................................................784 REFERÊNCIAS....................................................................................................809 LIVRO DE OURO DA MEDICINA 10 JOSUÉ DA SILVA BRITO 11 ANATOMIA LIVRO DE OURO DA MEDICINA 12 JOSUÉ DA SILVA BRITO 13 INTRODUÇÃO À ANATOMIA Terminologia anatômica Em anatomia é considerado normal (padrão biológico) tudo aquilo que se repete e é maioria estatisticamente, pode também em algumas situações ser compreendido com o saudável. As variações podem ser patológicas ou não causar disfunção. Quando não causar disfunção, isto é, sem prejuízo funcional a alteração ao normal é chamada de variação anatômica. Quando a variação causa perdas funcionais é dita anomalia. Já quando a diferença ao normal incompatível com a vida é denominada monstruosidades. São casos de variação anatômica a polidactilia. Uma espécie de anomalia é a síndrome de Down. A acefalia é um tipo de monstruosidade. Fatores de diferenciação Provocam diferenciações morfofuncionais: idade, gênero, etnia, evoluções, trabalho, esporte. São ainda fatores: somatotipo e biótipo. O somatotipo é causado pela interação de fatores ambientais e genéticos e pode ser modificado durante a vida. O ser humano pode ser classificado em: ectomorfo, endomorfo e mesomorfo. O biótipo é determinado geneticamente. Dentro do biótipo há três categorias: longilíneos, brevilíneos e mediolíneos (as diferenças serão melhores exploradas em interação comunitária – exame físico). A interação entre somatotipo e biótipo torna mais prevalentes certas patologias. Longilíneos ectomórficos possuem predisposição para problemas respiratórios. Brevilíneos endomórficos possuem predisposição para problemas circulatórios. Mediolíneos mesomórficos possuem predisposição para problemas digestórios e enxaquecas. Terminologia de posições As posições corporais básicas para avaliação são: decúbito que pode ser dorsal (posição em supina), ventral (posição prona) ou lateral esquerdo ou direito; e ainda ortostatismo (posição ereta sobre os próprios pés). Posição anatômica A posição anatômica é a posição inicial para descrição anatômica. Para perfeita execução da posição devem ser seguidos os seguintes critérios: Olhar voltado para o horizonte; Corpo ortostático e ereto; Membro superior estendido ao longo do corpo; Palma da mão supinada; Membro inferior estendida; Pés paralelos; Hálux encostado. Figura 1 – Posição anatômica. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 14 Divisão do corpo O corpo é divido em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça possui 22 ossos, sendo 8 ossos do neurocrânio e 14 do viscerocrânio,. O pescoço possui o trígono anterior e posterior divididos pelo músculo esternocleidomastoídeo. O tronco possui anteriormente o tórax, o abdome e a pelve e posteriormente o dorso. Membros superiores e inferiores possuem raízes (local onde se fixam, respectivamente, ombro e quadril), partes livres (braço, antebraço, mão, coxa, perna e pé). Planos de delimitação Planos de delimitação são planos tangentes à superfície formando externamente um paralelepípedo (o corpo dentro de uma caixa). São os planos de delimitação: Plano ventral ou anterior ou frontal – É um plano vertical que delimita o ventre. Plano dorsal ou posterior – Plano vertical que delimita o dorso. Plano lateral direito – Plano vertical que tangencia lateral direita do corpo. Plano lateral esquerdo – Plano vertical que tangencia lateral direita do corpo. Plano cranial ou superior – Plano horizontal que tangencia a cabeça. Plano podálico ou inferior ou caudal – Plano horizontal que tangencia os pés, sendo usado caudal quando se fala de tronco isoladamente. Planos de secção Planos de secção são planos que dividem o corpo humano em diferentes hemisférios. São planos de secção do corpo humano: Mediano (sagital mediano) – Esse plano divide o corpo humano em direita e esquerda. Todos os cortes paralelos ao mediano sãoditos como secção sagital (paramediano). É paralelo aos planos de delimitação laterais esquerdo e direito. Frontal (coronal) – paralelo aos planos de delimitação ventral e dorsal. Divide o corpo em anterior e posterior. Transversais – planos paralelos aos planos cranial, podálico e caudal. Divide o corpo ao em parte superior e inferior. Oblíquos – são planos que não são paralelos aos planos de delimitação. Apresentam angulações. Figura 2 – Planos de delimitação. Figura 3 – Planos de secção. JOSUÉ DA SILVA BRITO 15 Eixos corporais Os eixos são definidos como linhas ortogonais que ligam os planos de delimitação. São eixos corporais: Eixo laterolateral, transversal ou horizontal: estende-se de um lado ao outro, tanto da direita para esquerda quanto o inverso, perpendicular ao plano sagital. Nesse eixo ocorrem os movimentos de flexão e extensão. Ex.: Articulação do ombro, do cotovelo, etc. Eixo anteroposterior ou sagital: estende-se em sentido anterior para posterior, perpendicular ao plano frontal. Esse eixo possibilita os movimentos de abdução e adução. Ex.: Articulação do ombro, do quadril, etc. Eixo longitudinal, craniocaudal: estende-se de cima para baixo (ou vice-e-versa), perpendicular ao plano transversal. Esse eixo possibilita os movimentos de rotação lateral e rotação medial. Ex.: Articulação do ombro, do cotovelo, etc. Termos de posição e direção Os termos de posição e direção são necessários para a descrição fidedigna do corpo humano. Quando se estuda órgãos a face virada para o plano mediano é dita medial, a face voltada para o plano lateral é dita lateral. A estrutura mais próxima do plano mediano é medial e a mais distal lateral, entre elas se está à estrutura intermédia. Figura 4 – Representação dos eixos corporais em plano cartesiano. Y representa o eixo transversal, X o eixo sagital e Z eixo longitudinal. Figura 5 – 6 é medial, 4 lateral e 5 intermédio; 2, 3 e 1 são estruturas medianas; 7 é dorsal, 8 média e 9 ventral; 11 externo e 10 interno. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 16 Voltada para o plano de delimitação ventral está à estrutura ventral, voltada para o plano dorsal, posterior. Entre posterior e anterior está à estrutura média. Outra forma de se referir as estrutura s é como interno e externo. Aquando se trata de membros, o que se encontra próximo à raiz é dito proximal, o que se encontra longe da raiz, distal, e entre elas média. Também é comum se usar a estrutura mediana para aquelas estruturas pelas quais passa o plano sagital mediano. Construção do corpo humano Os vertebrados possuem seus corpos construídos segundo alguns princípios. São eles: Antimeria – esse princípio de construção prevê um corpo construído em duas metades, uma metade direita e outra esquerda, antímeros, essas metades, entretanto não são totalmente simétricas sendo necessárias para compreensão das assimetrias morfológicas e anatômicas. Metameria – é o principio pelo qual o corpo humano é construído por uma superposição longitudinal de metâmeros, é melhor observada na fase embrionária, porém continua evidente na coluna vertebral. Paquimeria – princípio pelo qual o corpo axial é constituído por dois tubos. O paquímero anterior, ventral ou visceral é ocupado pelas vísceras, já o paquímero posterior ou dorsal engloba a cavidade craniana e o canal vertebral, nele se encontra o sistema nervoso. Segmentação – Princípio pelo qual territórios de órgão possam possui irrigação e drenagem independentes. Esse princípio rege a construção de fígado, pâncreas e estômago. Clinicamente, possibilita a retirada de determinadas regiões de órgãos em caso de comprometimento. Estratificação – Princípio que compreende a construção do corpo em tecidos, estratos ou túnicas. Histologicamente o corpo possui a pele, tela subcutânea, fáscia muscular (antes dela superficial, posterior a ela profundo), músculos e osso. Cavidades corporais São cavidades ventrais do corpo, a cavidade torácica e a cavidade abdominal. Anteriormente a cavidade torácica é delimitada por costela e esterno e posteriormente pelas vertebras torácicas. Na cavidade torácica se localiza o mediastino, entre os pulmões. O mediastino é dividido em superior (acima do ângulo do esterno) e inferior (abaixo do ângulo do esterno), sendo que o inferior é dividido em anterior (localizado anterior ao pericárdico), médio (cavidade pericárdica) e posterior. Na cavidade torácica há a cavidade pleural na qual se está os pulmões. A cavidade abdominopélvica (abdominal + pélvica) é a cavidade mais complexa do corpo, pois contém a maior parte das vísceras. A cavidade engloba a cavidade peritoneal estabelecida entre lâmina parietal e visceral do peritônio, que possui em seu interior os andares supramesocólico e inframesocólico divididos pelo mesocolo transverso. No crânio está a cavidade do crânio que contém o encéfalo. Divisões da cavidade abdominopélvica em quadrante e regiões Existem duas possíveis formas de se descrever a cavidade abdominal. Pode se dividir em quadrantes ou regiões. A cavidade possui quadrante superior direito, quadrante superior esquerdo, quadrante inferior esquerdo e quadrante inferior direito. Em localização de órgãos é mais comum se utilizar regiões. A parte superior, a nível da nona costela possui 3 regiões: hipocôndrio direito (onde se localiza o fígado e vesícula biliar), JOSUÉ DA SILVA BRITO 17 epigástrio (local onde se localiza a maior parte do estômago) e hipocôndrio esquerdo (abriga baço). A região média, entre a nona costela e os ossos do quadril, possui: flanco direito – região lateral direito – (rim direito e colo ascendente do intestino grosso), mesogastro ou umbilical (na lateral direita se localiza jejuno e na esquerda o íleo) e flanco esquerdo – região lateral esquerda – (rim esquerdo e colo descendente). Na região inferior, em nível dos ossos do quadril, se divide em: inguinal direita – fossa ilíaca direita – (ceco e apêndice vermiforme), hipogástrico (bexiga urinária, útero e ovário) e inguinal esquerda – fossa ilíaca esquerda – (projeção do colo sigmoide). Questões para aprimoramento 1) J.C.F. foi a UBS na segunda-feira relatando fortes dores abdominais. Durante anamnese contou ao médico possuir cirrose hepática. Conhecendo os aspectos morfofuncionais do abdome, descreva a região em que se localiza o órgão lesado pela patologia relatada e possivelmente motivo da dor. 2) Analise como verdadeiro ou falso as seguintes alternativas. ( ) A posição anatômica é plano inicial para qualquer descrição anatômica. ( ) A posição anatômica oriental difere da ocidental pelo posicionamento da perna em leve flexão. ( ) A posição anatômica respeita a posição original dos membros superiores humanos. 3) Defina os planos de delimitação do corpo humano diferenciando-os em horizontal e ventral. 4) Analise as sentenças relativas à terminologia anatômica. (Adaptada prova FA medicina – 2016) a. Ortostatismo é referência para descrição da posição anatômica, sendo referido também como posição bípede. b. O membro superior pode ser divido em raiz e parte livre, sendo a parte livre compreendida como mão e punho. Figura 6 – Divisão da cavidade abdominal. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 18 c. Em exames físicos de abdome se utiliza do decúbito dorsal. ( ) Apenas uma verdadeira. ( ) Apenas uma está incorreta. ( ) Todas as alternativas estão erradas. ( ) Todas as alternativas estão corretas. 5) Descreva qual princípio anatômico de construção corporal melhor descreve cada uma dasestruturas e situações abaixo. a. Coluna vertebral; b. Cavidade abdominal; c. Fígado; d. Pele, tela subcutânea e fáscia muscular; e. Distribuição horizontal de nervos espinais. f. Ombros esquerdo e direito não alinhados. 6) Utilize os termos de posição e direção para descrever as relações estabelecidas. a. Pele em relação ao coração. b. Polegar, mindinho e indicador. c. Corpo das vertebras. d. Mãos e fossa cubital. e. Face em relação à nuca. 7) Qual o plano de secção que divide a cabeça em hemicabeça direita e esquerda? (Adaptada prova FA medicina – 2016) 8) Cite quais os eixos que permitem os seguintes movimentos: rotação lateral, flexão e adução. 9) Defina normal e variação anatômica. 10) Defina a terminologia anatômica (normal, variação, anomalia, monstruosidade) mais adequada para as seguintes situações. a. Menina de 2 meses vai a óbito no PS após entrada. A paciente apresentava, braquicefalia, face plana, fissuras palpebrais longas, cílios longos, epicanto, orelhas pequenas, língua protusa, hipotonia muscular, atraso psicomotor. No cariótipo apresentou 47,XX,+21, sendo um caso clássico de SD. b. Carlos e Maria tiveram um filho com 6 dedos na mão, um caso de polidactilia, uma manifestação autossômica dominante. c. Ao raio-X se verificou que J.B.S. possui situs inversos, essa situação é caracterizada por inversão antimérica dos órgãos do abdome e tórax. _____________________________________________________________________________ JOSUÉ DA SILVA BRITO 19 SISTEMA ÓSSEO Ossos são órgãos dinâmicos e rígidos. São formas especializadas de tecido conjuntivo. Em conjunto formam o sistema esquelético. Funções O sistema ósseo atua protegendo órgãos como coração, pulmões e o sistema nervoso, suportando e sustentando o corpo humano, armazenando íons, formando um sistema de alavancas que permite a movimentação do corpo, atua produzindo células do sangue (hematopoese) e armazena gordura. Divisão do esqueleto O esqueleto humano pode ser dividido em axial, que se desenvolve no plano sagital mediano, e o apendicular que se une ao axial através dos cíngulos do membro superior e do membro inferior. Classificação dos ossos A classificação mais básica dos ossos classifica-os em apendicular e axial de acordo com a parte do esqueleto que compõem. A classificação mais usual, não obstante, classifica-os de acordo com seu comprimento, largura e forma. Ossos longos são os ossos que possuem diáfise, epífise e metáfise. São ditos longos por possuem o comprimento superior à largura. Em seu interior está presente uma cavidade: o canal medular. São exemplos: fêmur e úmero. Os ossos alongados são ossos em que o comprimento também se sobrepõe a largura e espessura, porém em seu interior não há cavidade medular. As costelas são o principal exemplo. Ossos planos (laminares) possuem comprimento e largura sobrepondo espessura. Totalmente recoberto por músculos. Estrutura dividida em lamina compacta e díploe (substância esponjosa). São exemplo os ossos do crânio. Ossos curtos são ossos em que as dimensões se equivalem. Evita transmissão de carga mecânica. Ex.: ossos do carpo e ossos do tarso. Existem alguns ossos com particularidades, não se encaixando na classificação geral, são: irregulares, ossos com nenhuma correlação geométrica, como vértebras e temporal; sesamóides que se trata de um osso intramembranoso que se desenvolve a partir de tendões, como piriforme e patela, ossos pneumáticos que contém cavidades cheias de ar e muco produzido pelo seu epitélio (seios); visceral, osso que não se conecta com o esqueleto e não se articula, o único exemplo é o hioide; sutural, que se desenvolve no interior das suturas craniais, LIVRO DE OURO DA MEDICINA 20 é exemplo o osso que se desenvolve entre a sutura lambdoide e sagital, variante em cada individuo. Substância óssea Existem dois tipos de substância óssea: compacta e esponjosa. Uma das grandes diferenças entre as substâncias é a quantidade de espaço no seu interior e a arquitetura óssea. Na substância compacta, as lamínulas ósseas estão mais próximas e são concêntricas ao redor de canais centrais (Havers) e são invadidos por canais perfurantes (Volkmann); na substância esponjosa, as lamínulas estão mais irregulares em forma e tamanho, deixando lacunas onde se insere medula óssea vermelha. Arquitetura dos ossos longos O osso longo possui macroscopicamente diáfise, epífise, metáfise, cartilagem articular, periósteo e internamente canal medular e endósteo. A diáfise é uma haste do corpo, sendo sua parte principal longa e cilíndrica. Em seu interior se faz presente a cavidade medular que abriga a medula óssea amarela. A epífise é a extremidade do osso, em seu interior está à substância esponjosa que abriga a medula óssea amarela. Entre diáfise e epífise encontra-se a metáfise, região de encontro entre epífise e diáfise que no osso em crescimento abriga cartilagem hialina denominada disco epifisário. Externamente a epífise é coberta pela cartilagem articular, fina camada de cartilagem hialina que forma juntura entre ossos. A cartilagem reduz atrito e absorve choque nas articulações livremente móveis O osso é recoberto por uma resistência membrana branca fibrosa, exceto na região da cartilagem articular, o periósteo. Essa membrana possui duas camadas, uma camada superficial e outra profunda (osteogênica). A irrigação do osso se dá por artérias que partem do periósteo e penetram os vários forames nutrícios. Já a cavidade medular é revestida por endósteo que se constitui de células osteoprogenitoras e osteoclastos. Vascularização do osso O osso é vascularizado por artérias que penetram pelos forames nutrícios provenientes do periósteo, portanto o osso é depende dessa membrana, sem ela o osso morrerá. Crescimento e manutenção São células responsáveis por criarem a matriz óssea os osteoblastos, que depois da mineralização se tornam osteócitos – células quiescentes. Já a reabsorção é realizada por células advindas de macrófagos, os osteoclastos. O osso é um órgão dinâmico que constantemente passa por remodelação. Forças de remodelação As forças de remodelação são forças que provocam alteração na estrutura óssea. São elas: compressão, tração e tensão, flexão ou envergamento ou torção. A compressão são forças em sentidos opostos e direção igual, provocando compactação. Tração e tensão são forças em direção igual, sentido oposto, promovendo extensão. Flexão ou envergamento são forças de dobramento da estrutura. É uma associação entre tração e compreensão. A torção é uma solicitação que ocorre tangencial em rotação na estrutura, na qual duas forças externas são aplicadas em sentindo oposto. Pode ocorrer como consequência a aproximação e achatamento do material. JOSUÉ DA SILVA BRITO 21 Tipos de ossificação O processo de histogênese, que será mais bem detalhado na histologia, segue dois padrões, ossificação intramembranosa ou endocondral. Figura 7 – Forças de remodelação. Figura 8 – Ossificação intramembranosa. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 22 A ossificação intramembranosa ocorre em ossos do neurocrânio, clavícula e em ossos sesamóides e se dá pela formação óssea a partir de uma membrana de tecido mesenquimal. Para ossificação intramembranosa se faz necessária a formação de um centro de ossificação através de diferenciação de células mesenquimais em osteogênicas e posteriormente em osteoblastos. Osteoblastos secretam matriz orgânica e se tornam osteócitos ao se situarem nas lacunas e estenderem finos prolongamentos citoplasmáticos em direção a canalículos que irradiam em várias direções. Cálcio e outrosminerais se depositarão na matriz extracelular no processo de calcificação. A matriz extracelular se forma e se transforma em trabéculas que se fundem para formar o osso esponjoso dando também espaços para invasão de vasos sanguíneos. Na parte externa ao osso que se forma, desenvolve-se o periósteo através de condensação do mesênquima. No centro permanece o osso esponjoso, e na periferia este é substituído por osso compacto. Ossificação endocondral ocorre sobre um modelo cartilaginoso a partir de centros de ossificação. Esse tipo de ossificação se dá sobre um esqueleto cartilaginoso que serve forma-se no feto. Por mensagens químicas especificas células do tipo mesenquimais se aglomeram na forma do futuro osso e dão origem a condroblastos. Os condroblastos secretam a matriz cartilaginosa que consiste em cartilagem hialina. Externamente a cartilagem forma-se o pericôndrio. Quando bem aderidos a matriz extracelular, os condroblastos dão origem aos condrócitos. Divisão celular de condrócitos provocará o crescimento do modelo cartilaginoso, que também cresce por adição de matriz extracelular da periferia por acréscimo de novos condrócitos desenvolvidos a partir do pericôndrio (crescimento aposicional). Com o avançar do crescimento há hipertrofia dos condrócitos na região média e a matriz cartilaginosa começa a Figura 9 – Ossificação endocondral. JOSUÉ DA SILVA BRITO 23 se calcificar. Condrócitos no interior da cartilagem morrem pela dificuldade de nutrientes em se difundir, formando lacunas. Através do pericôndrio penetra uma artéria nutrícia que estimula diferenciação de células do pericôndrio em osteoblastos. O pericôndrio começa a formar o osso e se torna periósteo. No meio do modelo, capilares crescem no interior da cartilagem calcificada induzindo crescimento do centro de ossificação primário que irá substituir a maior parte da cartilagem. Os osteoblastos começam a depositar matriz óssea sobre os resquícios de cartilagem calcificada, a formar trabéculas do osso esponjoso. A ossificação se espalha em direção às duas extremidades. Osteoclastos decompõem parte das trabéculas do osso recém-formadas formando a cavidade medular na diáfise. O osso esponjoso é em sua maioria substituído por osso compacto. Pelas epífises, se desenvolve os centros de ossificação secundários por ramos da artéria epifisial. No modelo de ossificação secundário o osso esponjoso permanece nas epífises e não há presença de cavidades. Parte da cartilagem hialina permanece entre a diáfise e a epífise como cartilagem epifisial que é responsável pelo crescimento ósseo longitudinal. Fontanelas (Fontículos) Fontanelas são fases finais da ossificação intramembranosa que não ossificam a princípio para garantir correto crescimento do encéfalo. O fontículo anterior (bregma) é o mais proeminente. Lambda é posterior, ptério anterolateral e astério póstero-lateral. Crescimento ósseo O crescimento longitudinal se dá por crescimento intersticial da cartilagem epifisial (do lado epifisário) e por substituição da cartilagem por osso do lado diafisário por ossificação endocondral. A cartilagem que sofre processo de sinostose possui uma zona de cartilagem em repouso mais próxima da epífise. Uma zona de proliferação com condrócitos maiores que sofrem crescimento intersticial e que se dividem para substituir os que estão morrendo no lado diafisário. Possui uma zona hipertrófica em que os condrócitos amadurecem e se dispõem em colunas. E por fim uma zona de cartilagem calcificada que condrócitos mortos, osteoclastos que dissolvem a cartilagem e osteoblastos e capilares da diáfise que invadem o local a fim de realizar ossificação endocondral. A espessura cresce devido a substituição do lado diafisário de cartilagem por osso e pelo surgimento de novos condrócitos do lado epifisário. A cartilagem epifisária desaparece nas mulheres aos 18 anos de idade e nos homens aos 21. Com o desaparecimento da cartilagem no local se forma uma linha epifisial e osso para de crescer em comprimento. Lesões na cartilagem podem levar a fechamento precoce da cartilagem atrapalhando o crescimento do osso em comprimento. Figura 10 – Fontanelas. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 24 O crescimento em espessura se dá por crescimento aposicional. Superficialmente células do periósteo se diferenciam em osteoblastos que secretam matriz óssea e se transformam em osteócitos. No interior, os osteoclastos do endósteo destroem o tecido ósseo adjacente a cavidade medular em velocidade menor do que a formação externa. Fratura e reparação Uma fratura é definida como ruptura óssea. De acordo com sua gravidade, forma e posição recebem classificação. As principais fraturas são: abertas (expostas), nelas as extremidades das fraturas se projetam para fora da pele; fechadas, não causam rompimento de pele; cominutivas, nesta fratura o osso se fragmenta é esmagado ou quebrado em pequenos fragmentos alojados entre dois principais; galho verde, é parcial na qual um lado se quebra e outro dobra, ocorrendo apenas em crianças; impactada, uma extremidade fraturada é inserida à força no interior de outra. A reparação óssea ocorre nas seguintes fases: formação do hematoma, formação do calo cartilaginoso, formação do calo ósseo. Os vasos sanguíneos são rompidos no momento da fratura, tendo como consequência o extravasamento de sangue formando um coágulo em torno do local de fratura, esse hematoma de fratura se forma de 6 a 8 horas após a lesão. Com a interrupção do fluxo sanguíneo, várias células vizinhas morrem. No local ocorre inflamação em resposta a morte celular. Osteoclastos e células fagocitárias começam a remover o tecido morto ou lesado em torno do hematoma, esse processo dura semanas. O local de fratura é invadido por fibroblastos provenientes do periósteo e produzem fibras colágenas. Outras células se desenvolvem em condroblastos e produzem fibrocartilagem levando a formação do calo fibrocartilaginoso, tecido de reparação constituído de fibras colágenas e cartilagem que liga extremidades rompidas. Essa fase dura 3 semanas. Células osteogênicas se desenvolvem em osteoblastos em áreas próximas do tecido ósseo melhor vascularizado, formando trabéculas de tecido ósseo esponjoso que se unem ás partes mortas e vivas do osso original. A fibrocartilagem é convertida em osso esponjoso e o calo ósseo durará entre 3 a 4 meses. Na fase final do reparo ocorre a remodelagem óssea do calo. Nesta fase partes mortas e fragmentos são reabsorvidos por osteoclastos e o osso compacto substitui o osso esponjoso. Para remodelação é necessária boa vascularização e quantidades bastantes de cálcio e fósforo. Resistência óssea O osso sendo composto de matéria orgânica e inorgânica possui parâmetros diferentes de flexibilidade e dureza durante a idade. A porcentagem de matéria inorgânica tende a se aumentar entre a infância e a idade adulta, aumentando-se a dureza e diminuindo a flexibilidade óssea. Idade e atividades físicas influenciam diretamente o processo de resistência óssea. Atividades com peso são estimuladores de osteoblastos e resultam na formação de ossos mais resistentes e espessos e retardam perda de massa óssea em vetustas pessoas. O avançar da idade, principalmente em mulheres, leva a redução das hormonas sexuais , principalmente pós-menopausa, com consequência na diminuição da massa óssea por reabsorção óssea pelos osteoclastos superior a deposição óssea pelos osteoblastos, aumentando riscos de osteoporose. Patologias associadas Osteogenesis imperfecta (OI) Existem várias manifestações dessa doença genética, podendo ser tanto por característica autossômica recessiva ou dominante. Sua principal característica se dá por produção defeituosa de colágeno criando ossos pouco flexíveis e facilmentequebradiços. JOSUÉ DA SILVA BRITO 25 Apesar de sua primeira descrição ter sido feita em 1678, ainda são pouco claros vários aspectos biomoleculares da doença. Pacientes acometidos podem sofrer sucessivas fraturas gerando encurvamento de ossos. Possuem rosto em formato triangular, esclerótica azulada, dentes frágeis, desvios de coluna e baixa estatura, podendo desenvolver outras complicações devido à mutação. Osteoporose Osteoporose é uma condição clinica de menor densidade óssea ocasionada por perda de cálcio e aumento da atividade osteoclástica. Nessa situação é maior o espaço entre trabéculas e há enfraquecimento do ósseo. Questões para aprimoramento 1) Explique resumidamente os tipos de crescimento ósseo e suas fases. 2) Explique o processo de remodelação óssea e as forças que induzem o processo. 3) Quais os passos de recuperação de fraturas? 4) Explique as divisões do esqueleto humano e a classificação óssea citando exemplos. 5) Explique os principais pontos da arquitetura de ossos longos. 6) Qual alternativa melhor expressa à diferença entre osso compacto e esponjoso. (adaptado G. Tortora) ( ) Osso esponjoso é composto de numerosos ósteons (sistemas de Havers). ( ) Osso esponjoso é encontrado basicamente nas diáfises dos ossos longos, e o osso compacto é encontrado basicamente nas epífises dos ossos longos. ( ) Osso esponjoso contém ósteons, todos alinhados na mesma direção, ao longo das linhas de tensão. ( ) Osso esponjoso não contém osteócitos presentes nas lacunas. ( ) Osso esponjoso é composto de trabéculas orientadas ao longo das linhas de tensão. 7) Senhora M.P.S possui 69 anos e deu entrada ao PS após fratura no fêmur. A família retrata casos constantes de queda. Em exames séricos foi detectada hipocalcemia, baixa de vitamina D e de hormônios sexuais. Relatou na anamnese consumo excessivo e crônico de Figura 11 – Classificação segundo Sillence da OI com principais defeitos bioquímicos (1981). LIVRO DE OURO DA MEDICINA 26 cafeína com dieta sempre rica em fibras, ter tido menopausa precoce. Investigações revelaram que aos 35 anos a paciente passou por cirurgia bariátrica. a. Qual condição clínica, provavelmente, acomete a paciente? b. Qual a classificação do osso acometido quanto a forma e esqueleto que compõe? c. Como se dá a união desse osso com o esqueleto axial? d. Defina os fatores de risco para o desenvolvimento de patologias ósseas e a fisiopatologia associada. e. Quais são as medidas protetórias que deveriam ter sido indicadas para a paciente ainda na sua tenra idade? 8) Pesquise e defina raquitismo e osteomalácia dando ênfase anatômica no desenvolvimento do sistema ósseo. 9) Classifique todos os ossos do esqueleto axial quanto à forma, largura e comprimento. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ JOSUÉ DA SILVA BRITO 27 SISTEMA ÓSSEO VOLTADO PARA A PRÁTICA ANATÔMICA Pequeno vocabulário anatômico do sistema ósseo (construído de acordo com roteiro de aulas práticas da UFJV) 1) Alvéolo Escavação profunda presente na maxila e na mandíbula onde se insere os dentes. 2) Cabeça Cabeça é conceituada como uma extremidade esférica de um osso longo, geralmente separada do osso por colo. 3) Canal É uma passagem tubular. 4) Cavidade É uma depressão óssea. 5) Crista É uma margem óssea proeminente e grosseira. 6) Côndilo Pode ser definido visualmente como uma proeminência elíptica que se articula com outro osso. 7) Espinha É uma projeção óssea afilada. 8) Epicôndilo Pequena proeminência óssea situada acima do côndilo; 9) Faceta ou faces É uma superfície articular lisa e tendendo a plana. 10) Fissura É uma abertura óssea em fenda. 11) Forame Uma abertura óssea arredondada. 12) Fossa Uma pequena depressão óssea. 13) Incisura Depressão com forma análoga a letra “U”. 14) Linha Uma margem óssea suave 15) Meato É um canal ósseo. 16) Processo Projeção óssea. 17) Ramo É um processo ósseo alongado. 18) Seio Cavidade oca e cheia de ar. 19) Sulco Uma depressão óssea estreita e alongada. 20) Tubérculo Pequena saliência arredondada. 21) Tuberosidade Média saliência. 22) Trocante Grande saliência arredondada. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 28 Roteiro anatômico FA – Prof. Dr. Cristhyano Pimenta Marques) APARELHO LOCOMOTOR ESQUELETO AXIAL (80 ossos) OSSO DO CRÂNIO FRONTAL Forame (incisura) supraorbital Margem supraorbital Arco supraciliar Processo zigomático Crista frontal PARIETAL Forame parietal Túber parietal Linha temporal superior Linha temporal inferior Forame parietal Sulco do seio sagital superior Sulco do seio sigmoide Fovéolas granulares OCCIPITAL Protuberância occipital externa Protuberância occipital interna Linha nucal suprema* Linha nucal superior Linha nucal inferior Forame magno Côndilo occipital Fossa condilar Canal do hipoglosso Sulco do seio transverso Sulco do seio occipital S Sulco do seio petroso inferior Crista occipital interna MAXILAR Processo alveolar superior Forame infraorbital Espinha nasal anterior Processo palatino da maxila Forame (fossa) incisivo NASAL Abertura piriforme LACRIMAL Forame lacrimonasal Óstio nasolacrimal CONCHA NASAL INFERIOR VÔMER Asas do vômer PALATINO Lâmina horizontal Lâmina perpendicular Forame palatino maior Forame palatino menor TEMPORAL Parte escamosa Parte petrosa Processo zigomático Tubérculo articular Fossa mandíbula Sulco do seio petroso superior Processo mastóide Processo estilóide Sulco do seio sigmoide Sulco das artérias meníngeas médias Poro (meato) acústico externo Poro (meato) acústico interno Forame lacerado Forame jugular Forame mastoide Forame estilomastoide Canal Carótico ETMÓIDE Crista Etmoidal Lâmina cribiforme Forames da lâmina cribiforme Seio etmoidal (células) Lâmina perpendicular Concha nasal superior e média ESFENÓIDE Asa menor Asa maior Lâmina lateral e medial do processo pterigoide Hâmulo pterigoideo Fossa pterigoidea Fossa escafoide Sela turca Tubérculo da sela Fossa hipofisial Dorso da sela Forame espinhos Forame oval Forame redondo Canal óptico Fissura orbitaria superior Fossa pterigopalatina ZIGOMÁTICO Processo frontal Processo temporal (Arco zigomático) Forame zigomaticofacial JOSUÉ DA SILVA BRITO 29 CALVÁRIA (Calvária ou abóbada) FOSSAS DO CRÂNIO Fossa anterior Fossa média Fossa posterior MANDÍBULA Corpo da mandíbula Ramo da mandíbula Processo coronoide da mandíbula Processo condilar da mandíbula Incisura da mandíbula Ângulo da mandíbula Forame da mandíbula Forame mentual Língula da mandíbula Sulco milo-hioideo Processo alveolar Protuberância mentual Espinha geniana ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Pontos antropométricos São pontos utilizados para mensurar o corpo. São referências para medidas, traçados, ângulos e classificação do crânio. Vértex: ponto mais alto da cabeça, localizado comumente na sutura sagital; Bregma: encontro das suturas sagital e coronal; Glabela: entre os supercílios, superior ao nasion; Násion: encontro dos ossos nasais com o frontal; Astérion: encontro das suturas lambdóide, parietomastóidea e occiptomastóidea Ptérion: encontro do ossofrontal, parietal, temporal e esfenoide; Ínion: protuberância occipital externa; Lambda: encontro das suturas sagital e lambdoide; Básion: ponto médio da borda anterior do forame magno; Gônion: no ângulo da mandíbula. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ LIVRO DE OURO DA MEDICINA 30 ATLAS DE OSSOS DO CRÂNIO JOSUÉ DA SILVA BRITO 31 LIVRO DE OURO DA MEDICINA 32 JOSUÉ DA SILVA BRITO 33 LIVRO DE OURO DA MEDICINA 34 JOSUÉ DA SILVA BRITO 35 Traumas de crânio Traumatismo de base do crânio São sinais de fratura de base de crânio: rinorreia liquórica, equimose periorbital, equimose retroauricular. A base do crânio é mais vulnerável a danos devido a grande presença de forames no local. Fraturas de face (Lefort 1, 2 e 3) Lefort I (Fratura de Guerin/horizontal ) ocorre transversalmente acima dos ápices dentários, envolvendo processo alveolares, parte da parede do seio maxilar, palato e porção inferior do processo pterigoide. O traço da fatura inicia na porção inferior da abertura piriforme e termina na fissura pterigomaxilar. Lefort II (fratura piramidal) cruza a porção inferior do osso nasal, processo frontal da maxila até o osso lacrimal, rebordo infraorbital, na junção da maxila e osso zigomático de forma obliqua e caminha posteriormente até a fissura pterigomaxilar. Lefort III (disjunção craniofacial) é uma fratura que percorre ambos os ossos nasais, a porção superior dos ossos lacrimais, a parede medial da orbita, as células etmoidais, canal óptico e continua pela parede lateral até poder atingir o esfenoide ou frontal e separa o osso zigomático do frontal na sutura frontozigomática. Figura 12 – Lefort I, II e III da esquerda para direita. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 36 HIÓIDE OSSOS DO TÓRAX CAIXA TORÁCICA: Cavidade torácica Abertura superior do tórax Abertura inferior do tórax Espaço intercostal Ângulo infraesternal ESTERNO Manúbrio do esterno Corpo do esterno Ângulo do esterno Processo Xifoide. Incisuras: Clavicular, Jugular e Costais. COSTELAS Cabeça da costela Colo da costela Tubérculo da costela Face articular do tubérculo da costela Corpo da costela Ângulo da costela COSTELAS VERDADEIRAS I - VII COSTELAS FALSAS VIII - X COSTELAS FLUTUANTES XI - XII COLUNA VERTEBRAL Curvaturas Primárias Cifose torácica Cifose sacral Curvaturas Secundárias Lordose cervical Lordose lombar MORFOLOGIA DAS VÉRTEBRAS (CERVICAIS; TORÁCICAS; LOMBARES ) Corpo Vertebral Arco Vertebral Pedículo Vertebral Forame Vertebral Canal Vertebral Forame intervertebral Processo Espinhoso Processo Transverso Processo Articular Superior Processo Articular Inferior Face Articular Superior Face Articular Inferior Incisura Vertebral Superior Incisura Vertebral Inferior VÉRTEBRAS CERVICAIS (CI-CVII): “São vertebras que possuem forame nos processos transversos para passagem da artéria vertebral, o corpo é retangular e o processo espinhoso é bifurcado, fendido, com exceção em C7 (vertebra proeminente);” Forame Transversário Processo Espinhoso Bífido Tubérculo anterior e posterior do processo transverso Sulco do nervo espinal PRIMEIRA VÉRTEBRA CERVICAL, ATLAS (C1): Arco Anterior do Atlas Arco Posterior do Atlas Tubérculo Anterior Tubérculo Posterior Face Articular Superior Face Articular Inferior Fóvea do Dente Sulco para aa. vertebral SEGUNDA VÉRTEBRA CERVICAL, ÁXIS (C2): Dente do Áxis Vértebra Proeminente (C7): Processo Espinhoso VÉRTEBRAS TORÁCICAS (T1-T12): “São vertebras com longo, obliquo e dirigido para baixo processo espinhoso e se articulam com costelas por faces articulares.” Fóvea Costal do Processo Transverso Fóvea Costal Superior Fóvea Costal Inferior VÉRTEBRAS LOMBARES (L1-L5): “As vertebras lombares possuem grande corpo e processo espinhoso curto e reto.” Corpo Vertebral * Processo Acessório SACRO (VÉRTEBRAS SACRAIS/I-V): Face pélvica Face dorsal Base Ápice Promontório Face Auricular Forames Sacrais Anteriores Forames Sacrais Posteriores Crista Sacral Mediana Crista Sacral Medial Crista Sacral Lateral Processo Articular Superior Face Articular Superior Tuberosidade Sacral Canal, Hiato e Corno Sacral CÓCCIX (OSSO COCCÍGEO) (VÉRTEBRAS COCCÍGEAS/I-IV) JOSUÉ DA SILVA BRITO 37 ATLAS DE OSSOS DO ESQUELETO AXIAL LIVRO DE OURO DA MEDICINA 38 Figura 13 – C5 Figura 14 – C2 JOSUÉ DA SILVA BRITO 39 Figura 16 – T2 Figura 15 – T1 LIVRO DE OURO DA MEDICINA 40 Figura 18 – L5 Figura 17 – Sacro e cóccix. JOSUÉ DA SILVA BRITO 41 ESQUELETO APENDICULAR (126 ossos) OSSO DO MEMBRO SUPERIOR ESCÁPULA Face Costal (Anterior) Face Posterior Margem Superior Margem Medial Margem lateral Colo da escápula Acrômio Processo Coracóide Cavidade Glenóide Incisura da Escápula Tubérculo Supraglenoidal Tubérculo Infraglenoidal Fossa Subescapular Espinha da Escápula Fossa Supra-Espinhal Fossa Infra-Espinhal Ângulo Superior Ângulo Inferior CLAVÍCULA Extremidade Esternal Face Articular Esternal Extremidade Acromial Face Articular Acromial Corpo da Clavícula Tubérculo Conóide Sulco do músculo subclávio Impressão do lig. costoclavicular ÚMERO Cabeça do Úmero Colo Anatômico do Úmero Colo Cirúrgico do Úmero Sulco Intertubercular Tubérculo Maior Tubérculo Menor Crista do Tubérculo Maior Crista do Tubérculo Menor Capítulo do Úmero Tróclea do Úmero Fossa do Olécrano Fossa Coronóide Fossa Radial Sulco do Nervo Ulnar Epicôndilo Medial Epicôndilo Lateral Crista supra – epicondilar medial Crista supra-epicondilar lateral RÁDIO Cabeça do rádio Circunferência articular do rádio Colo do rádio Tuberosidade do rádio Corpo do rádio Incisura ulnar Processo estilóide do rádio Face articular do carpo Margem interóssea Margem Anterior ULNA Olécrano Processo coronóide da ulna Incisura troclear Tuberosidade da ulna Cabeça da ulna Processo estilóide da ulna Incisura radial Margem interóssea OSSOS DO CARPO Escafoide Semilunar Piramidal Psiforme Trapézio Trapezóide Capitato Hamato OSSO DO METACARPO (I a V) Base do metacarpo Corpo do metacarpo Cabeça do metacarpo FALANGES (I a V) Base, Corpo, Cabeça das falanges Proximal Média (exceção do 1º. Dedo) Distal OSSOS DO MEMBRO INFERIOR OSSO DO QUADRIL Íleo Ísquio Púbis Acetábulo Forame Obturado Face Semilunar Fossa do Acetábulo Limbo do acetábulo Incisura do acetábulo Osso Íleo Asas do ilíaco Fossa ilíaca Face glútea Crista ilíaca Face Auricular Tuberosidade ilíaca Espinha ilíaca anterossuperior LIVRO DE OURO DA MEDICINA 42 Espinha ilíaca anteroinferior Espinha ilíaca póstero-superior Espinha ilíaca póstero-inferior Linha glútea superior Linha glútea inferior Linha arqueada Osso Ísquio Corpo do ísquio Ramo do ísquio Túber isquiático Espinha isquiática Incisura isquiática maior Incisura isquiática menor Osso Púbis Ramo superior do púbis Ramo inferior do púbis Tubérculo púbico Sínfise púbica Face sinfisial Linha pectínia Arco púbico Ângulo subpúbico PELVE: Pelve Maior (FALSA) Pelve Menor (VERDADEIRA) AberturaSuperior da Pelve Abertura Inferior da Pelve PRINCIPAIS DIÂMETROS DA PELVE Nível Abertura Superior da Pelve: Diâmetro anatômico: Margem superior da sínfise púbica ao promontório sacral Diâmetro verdadeiro: Face interna da sínfise púbica (ponto mais proeminente) ao promontório sacral Diâmetro diagonal: Margem inferior da sínfise púbica ao promontório sacral Diâmetro transverso Maior largura da abertura superior da pelve Nível Abertura Inferior da Pelve: Diâmetro reto: Margem inferior da sínfise púbica ao ápice do cóccix Diâmetro transverso: Face interna do túber isquiático FÊMUR Cabeça do fêmur Fóvea da cabeça do fêmur Colo do fêmur Corpo do fêmur (diáfise) Trocanter maior Trocanter menor Fossa trocantérica Tuberosidade glútea Linha áspera Côndilo medial Côndilo lateral Face patelar Epicôndilo medial Epicôndilo Lateral Fossa intercondilar Linha Pectínea Face Poplítea Tubérculo do adutor PATELA Base da patela Ápice da patela Face anterior da patela Face articular da patela TÍBIA Côndilo medial da tíbia Côndilo lateral da tíbia Tuberosidade da tíbia Eminência intercondilar Área intercondilar anterior Área intercondilar posterior Face articular da cabeça da fíbula Maléolo medial Face articular inferior Incisura fibular FÍBULA Cabeça da fíbula Colo da fíbula Maléolo lateral da fíbula Fossa do maléolo lateral Ápice da cabeça da fíbula OSSOS DO TARSO Talus, Calcâneo, Navicular e Cubóide Cuneiformes: Medial, Intermédio e Lateral Tróclea e Sustentáculo do Talus Tuberosidade do Calcâneo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Consulta multimídia indicada: FHO Uniararas. Revisão de anatomia. Disponível em <https://www.youtube.com/playlist?list=PLh4rVeGdYgh8_ kMQiL-YG91QfUR2MBLfd>. UFU. Asclépio – atlas de anatomia humana. Disponível em < http://guiadeanatomia.com/ anatomia.html> JOSUÉ DA SILVA BRITO 43 SISTEMA ARTICULAR Articulações são junções entre os ossos que compõem o esqueleto permitindo com que o corpo se movimento. Classificação das articulações Articulações são classificadas de acordo com os movimentos que possibilita e suas características anatômicas. A classificação se dá pela presença ou não de cavidade articular e pelo tipo de tecido conjuntivo que une os ossos. As articulações fibrosas não possuem cavidade articular e são unidos por tecido conjuntivo fibroso. Há dois tipos de articulação fibrosa: sindesmose – possui grande número de tecido conjuntivo que pode formar ligamento interósseo, são exemplos a sincondrose tibiofibular e a gonfose (sindesmose dentoalveolar) –, suturas – com menos tecido conjuntivo está entre os ossos do crânio, entre cristas ósseas se forma uma esquindelese. Na idade adulta as suturas se ossificam. As articulações cartilagíneas não possuem cavidade articular e ossos são interpostos por cartilagem. A união se dá por cartilagem hialina em sincondroses e fibrocartilagem em sínfises (como o disco intervertebral). As articulações sinoviais possuem cavidade sinovial e são unidos por capsular articular e ainda podem possuir ligamentos acessórios. Classificação funcional de articulações Articulações sem movimento que são fixas são classificadas como sinartrose. Com pouca movimentação são ditas anfiartrose e com ampla liberdade de movimentos (sinoviais), diartrose. Disposição de tecido Articulações podem ser de continuidade ou contiguidade. Continuidade ocorre quando o tecido preenche todo o espaço entre o osso. Ocorre em: articulações fibrosas e cartilaginosas. Articulações de contiguidade são sinoviais, portanto possuem grande quantidade de movimento. Nela os ossos se fixam em forma de manguito. Componentes das articulações sinoviais As articulações sinoviais são compostas por cápsula articular, liquido sinovial, ligamentos acessórias, bolsas, bainhas tendíneas e retináculos. Uma cápsula articular, semelhante a um manguito, envolve uma articulação sinovial, circundando a cavidade articular e une os ossos da articulação. Constitui de cápsula fibrosa e uma membrana sinovial. A cápsula fibrosa, normalmente, consiste em tecido conjuntivo denso não modelado (principalmente fibras colágenas) que se fixa ao periósteo dos ossos da articulação. É uma continuação do periósteo que permite os movimentos articulares e resistência à tração. Em algumas cápsulas as fibras há feixes paralelos de tecido conjuntivo denso modelado adaptado para resistir tensões. Os feixes são denominados ligamentos capsulares. A camada interna da cápsula é de membrana sinovial de tecido conjuntivo frouxo. A membrana sinovial secreta o líquido sinovial, um ultrafiltrado de plasma sanguíneo secretado por células análogas a fibroblastos e possui grande quantidade de ácido hialurônico. O líquido tem como função oferecer redução de atrito, lubrificar a articular, oferecer resistência a impactos e fornecer nutrientes para condrócitos. O liquido possui células fagocitárias que removem fragmentos de desgaste e microrganismos. O aquecimento antes do exercício estimula produção e secreção do liquido que fica mais viscoso com imobilização da articulação. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 44 A articulação sinovial possui também os ligamentos acessórios que podem ser classificados como extracapsulares – quando se situam fora da capsula articular e intracapsulares quando estão no interior da cápsula, mas fora da cavidade por pregas da membrana sinovial. De fibrocartilagem se constituem discos e meniscos que servem para melhor adaptação entre superfícies articulares. Ajudam manter a estabilidade e direcionam o fluxo de liquido sinovial para áreas de grande atrito. Para redução do atrito criado nas articulações há as bolsas e bainhas tendíneas. As bolsas possuem membrana sinovial revestida por tecido conjuntivo. Elas estão entre pele e ossos, tendões e ossos, músculo e ossos, e ligamentos e ossos. As bainhas são tubulares e envolvem tendões que sofrem muito atrito. Para que se mantenham alinhados os tendões musculares nas regiões próximas das articulações estão presentes os retináculos. Tipos de movimentos corporais São movimentos corporais: Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Realizado no eixo laterolateral. Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Realizado no eixo laterolateral. Contrário à flexão. A extensão exagerada é dita hiperextensão. Deslizamento: movimento simples sem grande alteração de ângulo em que faces planas de ossos se movem para frente e para trás. Adução: movimento em que se aproxima do plano mediano realizando o movimento em plano frontal. Seu eixo é sagital. Abdução: movimento de afastamento do plano mediano no plano coronal. Contrário de adução. Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano. Ocorre no eixo longitudinal. Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano. Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro. Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada dentária inferior. Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero- inferior. Rotação Inferior da Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da escápula move-se medialmente e a cavidade glenoide move-se caudalmente. Rotação Superiorda Escápula: movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da escápula move-se lateralmente e a cavidade glenoidal move-se cranialmente. Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como abaixar os ombros. Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas anterossuperiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas anterossuperiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. JOSUÉ DA SILVA BRITO 45 Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, ele também está plantifletido. Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido. Dorsiflexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. Plantiflexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos. Classificação articular funcional e estrutural I. Quanto ao número de superficies (Número de ossos que compõe articulação) a. Simples (2) b. Composta (>2) i. Cotovelo ii. Radiocarpal iii. Intercarpal e mediocarpal iv. Carpometacarpais v. Joelho Figura 19 – Movimentos articulares. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 46 vi. Intertarsica II. Quanto a presença de dispositivo a. Completa b. Incompleta i. Esternoclavicular ii. Acromioclavicular iii. Glenoumeral iv. Radio ulnar distal v. Radio carpal vi. Joelho III. Quanto a funcionalidade a. Anaxial – não realiza movimentos; b. Uniaxial – Extensão e flexão; c. Biaxial – Flexão, extensão, abdução e adução; d. Triaxial – Flexão, extensão, abdução, adução e rotação IV. Quanto a forma da superficie a. Plana – Superfícies articulares planas ou ligeiramente curvas, permitindo deslizamento. i. Esterno clavicular ii. Acromio clavicular iii. Intercarpal iv. Mediocarpal v. Carpometacarpais vi. Sacroiliacas vii. Tibiofibular proximal e distal viii. Intertársicas ix. Tarsometatarsais Figura 20 – 1 - Esferóide; 2 - Condilar ou Elipsóide; 3 - Selar; 4 - Gínglimo; 5 - Trocóidea. JOSUÉ DA SILVA BRITO 47 x. Zigoapofisária xi. Costocondral xii. Costovertebral xiii. Intercondral xiv. Esternocostal b. Gínglimo – (Em dobradiça) – realiza extensão e flexão (movimentos angulares). Eixo latero-lateral. i. Cotovelo ii. Interfalângicas iii. Joelho em cadeia cinética fechada iv. Talocrural v. Interfalângica do pé c. Trocóidea – As superfícies articulares são cilindroides. São monoaxiais. Permite o movimento de rotação. Eixo crânio-caudal. i. Atlantoaxial ii. Radioulnar proximal e distal d. Elipsoide – Gerada por superfícies discordantes, isto é, uma côncava e outra convexa tendo raios de curvaturas desiguais. Permitem flexão, extensão, abdução, adução, mas não rotação. São biaxiais. Eixo latero-lateral e antero- posterior. i. Atlanto-occipital ii. Temporomandibular iii. Radiocarpal iv. Metacarpofalângicas v. Metatarsofalângicas e. Selar – Uma peça esquelética tem a forma de sela, apresentando concavidade num sentido e em outro convexidade. Permite flexão, extensão, abdução, adução e rotação, mas é classificada como biaxial. Fato que se justifica pelo fato da combinação de movimentos para a rotação. i. Carpometacarpal do polegar. f. Esferóide – Segmentos de esferas que se encaixam em receptáculos ocos. Pode se movimentar em qualquer direção. Triaxial. i. Ombro; ii. Quadril; LIVRO DE OURO DA MEDICINA 48 JOSUÉ DA SILVA BRITO 49 Análise morfofuncional do joelho Deve ser considera como consistindo de três articulações em uma: duas condilares – uma entre cada côndilo do fêmur e correspondente menisco e côndilo da tíbia, e uma terceira, entre a patela e o fêmur, com as faces articulares não adaptadas uma as outras, de maneira que os movimentos não são unicamente de deslizamento. É uma articulação composta classificada como gínglimo modificado. Realiza movimentos de rotação quando os pés deslocados do chão e normalmente flexão e extensão. Deformidades de joelho O joelho valgo é caracterizado por alinhamento medial e estiramento do ligamento colateral medial e frouxidão do ligamento colateral medial. Há aproximação dos joelhos e afastamento dos pés, com sobrecarga na região medial dos pés. O joelho varo se dá por projeção lateral do joelho e nele se tem ligamento colateral lateral estirado. O joelho hiperestendido (geno recuvato) possui hiperextensão com projeçãodo joelho para trás. Há ligamento cruzado anterior estirado. oelho Hiperestendido (Geno Recurvato) O joelho flexo ocorre com projeção para frente do joelho. Há ligamento cruzado posterior estirado. Lesões de atletas: tríade infeliz A tríade infeliz traduz uma lesão que acontece tipicamente em condições de impacto lateral, comum em atletas. Neste tipo de lesão há comprometimento simultâneo do ligamento colateral medial, ligamento cruzado anterior e o menisco medial. O mecanismo da lesão envolve valgo-rotação externa. Tipos de lesões articulares Entorse É um tipo de lesão em que os ligamentos são estirados e sofrem ruptura parcial ou total quando a articulação é torcida subitamente ou alongada além do seu limite anatômico. Sinovite É uma inflamação da membrana sinovial devido a traumas agudos, uso excessivo da articulação, entre outros. Figura 21 – Deformidades de joelho I. Figura 22 – Geno recuvato, joelho normal e joelho flexo. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 50 Subluxação articular Perda parcial de contato entre as superfícies articulares devido a forças de tensão excessiva. Luxação articular Diferente da subluxação, na luxação há perda total de contato entre as superfícies articulares com a presença de deformidade. Osteoartrite Condição patológica em que se degeneram as superfícies articulares devido a microtraumatismos sucessivos. Aplicações clínicas Hérnia de disco Hérnia é uma projeção ou saída através de fissura ou orifício (extrusão) do núcleo pulposo (resquício da notocorda) pela periferia cartilaginosa (anel fibroso) do disco intervertebral causando compressão das raízes nervosas. Questões para aprimoramento 1) Quais dos ossos abaixo se articulam com o rádio? (Prova FA 2016) ( ) Trapézio e trapezoide. ( ) Piramidal e pisiforme. ( ) Escafoide e semilunar. ( ) Capitato e hamato. 2) Classifique a articulação glenoumeral funcional e estruturalmente. 3) Correlacione: ( G.Tortora) ____(a) uma articulação fibrosa que une os ossos do crânio; uma sinartrose ____(b) uma articulação fibrosa entre a tíbia e a fíbula; uma anfiartrose ____(c) a articulação entre ossos e dentes ____(d) a cartilagem epifisial (de crescimento) ____(e) articulação entre os dois púbis ____(f) articulação com uma cavidade entre os ossos; diartrose ____(g) uma articulação óssea (1) sinostose (2) sincondrose (3) sindesmose (4) sinovial(5) sutura (6) sínfise (7) gonfose 4) Julgue as alternativas. ( ) Elipsoides são as únicas articulações triaxiais do corpo. ( ) Articulações esferoides são triaxais e portanto diartroses. ( ) Tríade infeliz é o nome dado para os ligamentos do tornozelo que são lesados principalmente em jogadores de futebol. ( ) O joelho é uma articulação composta formado por 4 articulações, sendo 2 elipsoides e a classificação geral como gínglimo modificado. 5) Cite a função do arco protetor do ombro e qual sua função. 6) Articulações sinoviais incompletas são articulações que necessitam de estruturas para aumentar superfície de contato. Cite quais as articulações sinoviais incompletas presentes no corpo humano. 7) Em uma entrevista o grande filósofo Zygmunt Bauman disse que “Estamos nos afogando em informações e famintos por sabedoria. Não temos tempo de transformar e reciclar fragmentos de informações variadas numa visão, em algo que podemos chamar de sabedoria.“. Para que fosse mais enfático, o pensador moderno realizou o movimento de JOSUÉ DA SILVA BRITO 51 rotação lateral e depois medial que convencionamos, no ocidente, ser uma expressão de negação. Qual a articulação que possibilita que esse movimento seja feito? 8) Explique a situação que levaria a um rompimento dos ligamentos laterais do tornozelo em uma partida de futebol, qual o tipo de articulação afetada, nome de todos os ligamentos envolvidos e o nome da lesão. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- LIVRO DE OURO DA MEDICINA 52 Roteiro anatômico SISTEMA ARTICULAR ARTOLOGIA DO ESQUELETO AXIAL SUTURAS: entre os ossos do crânio (cranianas) Sutura Escamosa Sutura Plana Sutura Coronal Sutura Sagital Sutura Lambdoide GONFOSE Articulação dentoalveolar ESQUINDELESE SINCONDROSE: Sincondrose Esfeno-Occipital (Temporária) Sincondroses das Costelas (Permanente): Entre 1ª Costela e Esterno Sincondrose Xifoesternal SÍNFISE: Sínfise Manúbrioesternal Sínfise Púbica Sínfise Intervertebral: Discos Intervertebrais (Anel Fibroso e Núcleo Pulposo) ARTICULAÇÕES DO TÓRAX: Articulações costovertebrais: Articulações esternocostais Articulações costocondrais Articulações intercondrais ARTICULAÇÕES SINOVIAIS DO CRÂNIO Articulação Temporomandibular (ATM) Disco da articulação temporomandibular Articulação Atlanto-Occipital Articulação Atlanto-Axial LIGAMENTOS DAS ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL Articulações zigoapofisárias (entre faces articulares) Dos Corpos Vertebrais: Lig. Longitudinal Anterior Lig. Longitudinal Posterior Dos Processos Espinais e Processos Transversos: Ligg. Supra-Espinais Ligg. Inter-Espinais Ligg. Inter-Transversos Dos Arcos Vertebrais Ligamentos amarelos ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR Clavícula: Art. Esternoclavicular Lig. Interclavicular Lig. Costoclavicular Disco articular Art. Acromioclavicular Lig. Coracoclavicular “Lig. Conóide, Lig. Trapezóide” Lig. Acromioclavicular,) Ombro: Art. Glenoumeral / Art. Escápulo- Umeral Lábio glenoidal Recesso axilar Lig coracoacromial Ligamento glenoumeral anterior e posterior Ligamento coracoumeral Cotovelo Art. Úmero-Ulnar (Lig colateral ulnar) Art. Úmero-Radial (Lig. Colateral radial) Art. Rádio-Ulnar Proximal (Lig. anular) Articulação Rádioulnar Média Sindesmose rádio-ulnar Articulação Rádioulnar Distal Articulação Rádiocarpal Retináculo dos flexores Túneo do carpo Disco articular Articulações Carpometacárpais Articulação Carpometacarpal do Polegar: Articulações Intercarpais Articulações Metacarpofalângicas Lig. colaterais Articulações Interfalângicas Proximal Lig. colaterais Articulações Interfalângicas Distal Lig. colaterais ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR: Articulação Sacroilíaca: Ligamento Sacroilíaco Anterior Ligamento Sacroilíaco Posterior Ligamento Sacrotuberal Ligamento Sacroespinal Ligamento iliolombar Forame isquiático maior Forame isquiático menor ARTICULAÇÃO DO QUADRIL JOSUÉ DA SILVA BRITO 53 Capsula articular Lábio do Acetábulo Lig. da Cabeça do Fêmur Lig. pubofemoral Lig. isquiofemoral ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- LIVRO DE OURO DA MEDICINA 54 SISTEMA MUSCULAR O sistema muscular faz parte do aparelho locomotor, sendo dele a parte ativa. As fibras se organizam em ventres – porções contrateis. Tipos de tecido muscular Existem três tipos de tecido muscular. O tecido muscular estriado se divide em esquelético – de contração voluntária –, e cardíaco de contração voluntário. Sem estrias há o músculo liso com contração, geralmente, involuntária. O músculo esquelético em geral movimento ossos do esqueleto, outros, porém, atuam na pele. Possui estrias oriundas da organização do seu sarcoplasma. O coração é o único que contém o tecido muscular cardíaco, músculo que se contrai devido ao seu marca-passo. O tecido muscular liso forma estruturas ocas de vasos sanguíneos, vias respiratórias e boa parte dos órgãos abdominais. É encontrado fixado aos folículos pilosos. Funções Através de um sistema de alavancas obtido entre ossos, músculos e articulações, o músculo possui como função a produção de movimentos do corpo humano e junto com essa função básica está a de estabilizar as posições do corpo. Pela sua grande concentração mitocondrial, o músculo é primordial para manutenção da temperatura corporal. Por estarem também presente em esfíncteres, os músculos são responsáveis por armazenar e movimentar as substâncias no interior do corpo humano. Propriedades do tecido muscular São propriedades do tecido muscular: excitabilidade, contratilidade, extensibilidade e elasticidade. Excitabilidade elétrica é a capacidade de responder a certos estímulos, produzindo potenciais de ação. Contratilidade é a capacidade de se contrair vigorosamente quando estimulado por um potencial de ação. Extensibilidade pode ser compreendida como a capacidade de se estender sem lesionar. Permite ao músculo a contração vigorosa, mesmo se já está esticado. Elasticidade é a capacidade do tecido muscular de retornar a seu comprimento e forma originais após contração ou extensão. Componentes do tecido conjuntivo O músculo é recoberto por uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo ou grupo de músculos com funções semelhantes, fáscia. Ela ajuda na fixação do músculo, permite movimentos livres, transporta nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, e preenche espaços entre músculos. Externamente há uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que envolve externamente o músculo, o epímisio. Esse envia septos que separa feixes musculares de 10 à 100 fibras, perimísio. Individualmente as fibras são separadas por tecido conjuntivo areolar pelo endomísio. Um elemento de tecido conjuntivo fixa o ventre muscular em ossos, tecido subcutâneo ou em capsula articular, o tendão. A aponeurose é uma estrutura de tecido conjuntivo que se apresenta em forma de leque ou lâmina que fixa os músculos às suas inserções, estando presente no crânio e no dorso corporal. JOSUÉ DA SILVA BRITO 55 Inervação e o suprimento sanguíneo A inervação muscular se dá por neurônios motores somáticos. Os neurônios motores somáticos do tipo alfa são extrafusal, do tipo gama intrafusal e beta possui coordenação motora fina. O neurônio do tipo gama garante tônus muscular. O suprimento se dá por capilares contínuosque importam O2 e nutrientes, removendo calor e produtos residuais metabólicos. Anatomia microscópica de fibra muscular esquelética As células surgem por fusões de mioblastos, por isso são multinucleadas. Estas duram por toda vida, não ocorrendo, em geral, crescimento por hiperplasia, mas sim por hipertrofia. Durante a infância, a testosterona age provocando o crescimento da fibra muscular. Restando poucos mioblastos no tecido maduro como células satélite. Células com capacidade de fusão para regeneração de áreas lesadas, como sua quantidade não é o suficiente, o músculo esquelético sofre fibrose – a substituição de fibras por tecido cicatricial fibroso. Limitando a capacidade de regeneração do músculo. A membrana plasmática da fibra é denominada de sarcolema. Milhares de invaginações do sarcolema produzem os túbulos transversos (T), formando um túnel Figura 23 – Organização muscular. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 56 desde a superfície até o centro de cada fibra muscular. Os túbulos estão abertos para o exterior da fibra, e são preenchidos por líquido intersticial. Os potenciais de ação se propagam ao longo do sarcolema por eles. O que garante que todas as partes sejam excitas por um potencial quase ao mesmo tempo. Dentro do sarcolema está o sarcoplasma, o qual possui grande quantidade de glicogênio – gasto na síntese de ATP. Tem-se também a presença de mioglobina. Proteína que se liga as moléculas de oxigênio espalhadas pela fibra a partir do liquido intersticial, liberando oxigênio, conforme a necessidade mitocondrial. As mitocôndrias por sua vez estão dispostas em fila por toda fibra muscular, estrategicamente próximas das proteínas musculares que usam ATP durante a contração. A sarcoplasma se encontra cheio de filamentos, as miofibrilas, que são envolvidas por um sistema de sacos membranáceos cheios de liquido, chamados de retículo sarcoplasmático (RS). As extremidades dilatadas dos sacos do retículo, as cisternas terminais, fazem contato com os túbulos T em ambos os lados, formando uma tríade. Em relaxamento, os sacos armazenam íon cálcio. Dentro das miofibrilas existem unidades ainda menores, os filamentos grossos e finos que participam da contração. Os filamentos se organizam, no músculo estriado esquelético, em sarcômeros, estes por sua vez tem sua estrutura dividida em: Linhas Z – delimitação entre dois sarcômeros; Faixa A - Parte média escura do sarcômero que se estende por toda a extensão dos filamentos grossos e também inclui aquelas partes dos filamentos finos que são superpostos pelos filamentos grossos. Faixa I - A área menos densa, mais clara, do sarcômero, que contém o restante dos filamentos finos, mas nenhum filamento grosso. Uma linha Z passa através do centro de cada faixa I. Zona H - Uma região estreita, no centro de cada faixa A, que contém filamentos grossos, mas nenhum filamento fino. Linha M - Uma região no centro da zona H, contendo proteínas que mantêm os filamentos grossos unidos no centro do sarcômero. (TORTORA, 2010) Tônus muscular Tônus muscular é uma pequena quantidade de tensão ou força de contração no músculo decorrente de contrações involuntárias fracas de suas unidades motoras. Contrações isométricas e isotônicas As contrações se contrações são dividas em contrações isotônicas e isométricas. Na contração isotônica, a tensão desenvolvida pelo músculo permanece quase constante, enquanto o músculo muda seu comprimento. As contrações isotônicas são usadas para os movimentos corporais e para mover objetos. Os dois tipos de contração isotônica são concêntrica e excêntrica. Na contração isotônica concêntrica, se a tensão gerada é grande o suficiente para superar a resistência do objeto a ser movido, o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, para produzir movimento e reduzir o ângulo na articulação. Quando o comprimento de um músculo aumenta durante a contração, a contração é uma contração isotônica excêntrica. Concêntrica é de dinâmica positiva ou de encurtamento JOSUÉ DA SILVA BRITO 57 (agonista). Na contração excêntrica há alongamento do músculo durante a contração, dinâmica negativa. Na contração isométrica, a tensão gerada não é suficiente para superar a resistência do objeto a ser movido e o músculo não altera seu comprimento. Um exemplo seria segurar um livro, mantendo-o imóvel, usando um braço estendido. Essas contrações são importantes para a manutenção da postura e a sustentação de objetos em uma posição fixa. Embora as contrações isométricas não resultem em movimento corporal, ainda assim se gasta energia. Anatomia macroscópica do músculo liso A fibra lisa é mais espessa no meio e afilada em cada extremidade. No interior de cada fibra, encontra-se um único núcleo oval centralmente localizado. O sarcoplasma das fibras musculares lisas contém tanto filamentos grossos quanto filamentos finos, em proporções entre 1:10 a 1:15, mas não estão dispostos na forma ordenada dos sarcômeros como no músculo estriado. As fibras musculares lisas também contêm filamentos intermediários. Como os vários filamentos não possuem padrão regular de sobreposição, as fibras musculares lisas não apresentam estriações, produzindo uma aparência lisa. As fibras musculares lisas também não possuem túbulos transversos e possuem apenas uma quantidade pequena de retículo sarcoplasmático para armazenamento de Ca 2+ . Embora não existam túbulos transversos no tecido muscular liso, existem pequenas invaginações saciformes da membrana plasmática chamadas de cavéolas que contêm Ca 2+ extracelular, usado para a contração muscular. Nas fibras musculares lisas, os filamentos finos fixam-se a estruturas chamadas de corpos densos que são funcionalmente similares às linhas Z nas fibras musculares estriadas. Alguns corpos densos estão dispersos por todo o sarcoplasma; outros estão fixados ao sarcolema. Feixes de filamentos intermediários também se fixam aos corpos densos e estendem-se de um corpo denso para o outro. Durante a contração, o mecanismo dos filamentos deslizantes, que compreende os filamentos finos e grossos, gera tensão que é transmitida para os filamentos intermediários. Estes, por sua vez, tracionam os corpos densos fixados ao sarcolema, produzindo um encurtamento longitudinal da fibra muscular. Quando uma fibra muscular lisa se contrai, ela gira como um saca-rolha. A fibra gira em hélice à medida que se contrai e gira na direção oposta quando relaxa.(TORTORA, 2010) Locais de fixação muscular – Origem e Inserção Quando um músculo esquelético se contrai, traciona um dos ossos da articulação em direção ao outro. Os dois ossos da articulação, normalmente, não se movem de forma uniforme em resposta à contração. Um osso permanece estacionário ou próximo de sua posição original porque outros músculos estabilizam aquele osso, contraindo e tracionando-o na direção oposta, ou porque sua estrutura o toma menos móvel. Geralmente, a fixação do tendão de um músculo ao osso estacionário é chamada de origem; a fixação do outro tendão do músculo ao osso móvel é chamada de inserção. A regra prática é que a origem está, geralmente, proximal, e a inserção é distal, especialmente, nos membros; a inserção é, geralmente, tracionada em direção à origem. LIVRO DE OURO DA MEDICINA 58 Sistemas de Alavancas e Vantagem Mecânica Na produção do movimento, os ossos atuam como alavancas e as articulações como os apoios dessas alavancas. Uma alavanca é uma estrutura rígida que gira em tomo de um ponto fixo, chamado de apoio, simbolizado por A Uma alavanca é influenciada em dois pontos diferentes, por duas forças distintas: a força (E), que produz movimento, e a resistência, que se opõe ao movimento. A força é exercida pela contração muscular;
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