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Processo Civil I Caso Concreto de 6 à 16 (1)

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PROCESSO CIVIL I – CASOS CONCRETOS
Caso 6
Questão Discursiva 
Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime, com objetivo para preparar suas aulas de filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no sistema o que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a substituição do note mais indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve sucesso nas tentativas de solucionar administrativamente o conflito. O juiz, na fase instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus da prova determinando que o autor produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante dessa decisão indaga-se: 
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova? 
R: Não, tendo em vista a relação de consumo presente no caso em tela, quando demonstra uma clara hipossuficiência do consumidor diante do fabricante, devendo, pois ser aplicada a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, nos termos do artigo 6º, inciso VIII do CDC (Lei 8078/03). Veja-se
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; (CDC
R: Não, considerando que se trata de relação de consumo cabe a inversão do
ônus da prova. (art. 6º , VIII, CDC
b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser distribuído o ônus? 
R: A regra geral está presente no inciso I do artigo 373 do CPC, que nitidamente dispõe que pertence ao autor o ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu direito, e ao réu, quanto a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do Autor.
Contudo, no mesmo artigo, em seu parágrafo primeiro, há a possibilidade do magistrado distribuir diversamente o ônus probatório entre as partes presentes na demanda, quando o mesmo verificar nas peculiaridades da causa, uma excessiva dificuldade ou maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário entre os agentes. Ressaltando que a decisão deve ser devidamente fundamentada e que não possa retirar da parte a quem foi atribuído o ônus, a possibilidade de se desincumbir do dever que lhe foi repassado. Nesse sentido:
Art. 373.  O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. (CPC)
R: Na forma do art. 373, CPC que determina que tem a parte que alega o ônus
de provar. Cabe tratar da possibilidade de inversão e aplicação da teoria da carga
dinâmica da prova.
c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os critérios para utilização dessa espécie de prova? 
R: Em atendimento ao princípio da economia processual, é possível a utilização da prova produzida em outro processo, a chamada prova emprestada, devendo ser verificado na utilização, que a prova tenha sido produzida entre as mesmas partes, sob pena de infração ao princípio do contraditório (assim afirma parte da doutrina).
Contudo, é importante ressaltar que o STJ já teve a oportunidade de admitir o empréstimo de prova mesmo diante de diferenças das partes no processo de origem e de destino da prova, afirmando que o essencial seria o respeito ao contraditório e não a identidade subjetiva das duas demandas. Ademais, o empréstimo não encontra limitação pela natureza do processo ou mesmo pela justiça na qual a prova foi produzida.
Art. 372.  O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. (CPC)
R: Sim, respeitando os termos do art. 372, CPC, garantindo o contraditório
(prova emprestada).
Questões Objetivas
 1ª Questão 
O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que: 
a) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as sentenças que resolvem o mérito. 
R: Por eliminação, este item é o menos errado, pois as sentenças que não resolvem o mérito, ou seja, as terminativas devem sim ser fundamentadas assim como as definitivas, nos termos do artigo 93º, inciso IX da CF cc art. 371 do CPC.
Art. 371.  O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
b) a motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não havendo necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da fonte jurídica para o julgamento. 
c) as partes tem total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e processuais. 
d) se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão fundamentada do caso. 
2ª Questão. Marque a opção correta: 
a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se assim determinar o juiz. 
b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios.
 c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde seja o último recurso ou expediente para se chegar à sentença de mérito. 
d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não havendo preclusão a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntado aos auto
Caso 7
Questão Discursiva 
Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura ( mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois se trata de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o CPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana ? 
R: Não está correto a informação jurídica prestada pela advogada, vide art 449 do NCPC § Único.
Resposta: Está incorreta a fala da Dra. Suzana, considerando que neste caso a
testemunha pode ser ouvida antecipadamente. Tal circunstância acontecerá com intuito
de preservar e permitir o depoimento nos termos do art. 381, CPC (Produção antecipada
da prova).
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo ? 
R: Sim é possível, art 384 NCPC, a requerimento do interessado.
Resposta: Sim. (art. 384, CPC)
Ata notorial é uma espécie de prova.
Questões Objetivas 
1ª Questão Considerando as regras do Código de Processo Civil é correto afirmar que: 
a) no âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais será agora possível produzir provas mais complexas, além de documental, depoimento pessoal e testemunhal. 
b) no âmbito do procedimento comum e de acordo com o princípio da concentração dos atos processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentospontuais, sob pena de preclusão, salvo casos especificados em lei. 
c) as provas documentais somente podem ser juntadas na audiência de instrução e julgamento. 
d) a ata notarial está formalizada como meio probatório, mas não houve previsão de prova emprestada. 
2ª Questão. 
A prova realizada através de exame de DNA: 
a) é obrigatória para a parte contrária, pois trata-se de dignidade na pessoa humana. 
b) não é obrigatória, mas pode geral consequências para quem não se submete ao mesmo. 
c) não pode mais ser determinada pelos juízes, sob pena de violação de direito constitucional. d) deve obrigatoriamente ser seguida pelo juiz
Caso 8
Questão Discursiva 
A Administradora Joia Rara Ltda está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo (e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
 a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas ? 
Resposta: O tema não é tão simples, considerando a quantidade de dispositivos que
regem a matéria. Na verdade, o fato é que sempre que houver fundamento legal para
solicitar a produção de provas, especialmente à atos novos ou desconhecidos no
momento processual já ultrapassado, a tendência é a aceitação sob pena de violação
ao devido processo legal e ao acesso à justiça. (arts. 319,VI c/c 336, 369, 370, 381 e
435, CPC).
Resposta: Em regra sim, pois segundo análise dos artigos destinados a produção de provas, existe um momento oportuno para seu requerimento. Contudo o próprio CPC evidencia situações que podem ter entendimento contrário. Conforme artigo 370, CPC, que permite ao juiz de ofício, requerer da parte as provas necessárias ao julgamento do mérito. Vale registrar o disposto no artigo 434 do CPC, no sentido de que a parte deverá instruir a petição inicial ou contestação com os documentos mínimos destinados a provar suas alegações.
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial ? 
Resposta: Prova pericial prevista nos arts. 464 a 480, CPC, consistindo em prova
técnica realizada por perito. Já a inspeção judicial prevista nos arts. 481 a 484, CPC é
realizada pelo magistrado em qualquer fase do processo a fim de se esclarecer sob fato
interessante ao julgamento da causa.
Resposta: A prova pericial reclama do seu executor um conhecimento técnico, enquanto a inspeção judicial ocorre diretamente pelo juiz, não dependendo de um interlocutor.
Questões Objetivas 
1ª Questão A respeito da confissão judicial e outras provas no CPC, marque a opção correta: 
a) A confissão judicial deve ser exclusivamente espontânea, podendo a extrajudicial ser provocada. 
b) A confissão judicial poderá sempre ajudar ou prejudicar os litisconsortes. 
c) A parte não é obrigada a depor sobre fatos que coloquem sua vida em perigo. 
(Art. 388 do CPC)
d)A parte quando realiza confissão pratica um ato irrevogável. 
2ª Questão Ainda a respeito das provas e o CPC, responda: 
a) A exibição de documento ou coisa pode ser ordenada por juiz de direito.
 b) O documento público faz prova apenas de sua formação, mas não dos fatos descritos. 
c) Quando a lei exigir documento público como da substancia do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, poderá suprimir sua falta. Art 406, CPC 
d) Apenas considera-se autor do documento particular aquele que o fez e assinou, além de reconhecer firma, sob pena de quebra da presunção de autoria.
OBS: A 2ª questão objetiva tem 2 respostas certas – Letra A e C, mas o gabarito oficial é C
Caso 9
Questão Discursiva 
André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação? 
Sim, a busca pela conciliação ou mediação em contendas judiciais cíveis deve ser sempre estimulada por todo o percurso do feito, pelo juiz, bastando pensar que uma vez as próprias partes entrando em consenso oriundo de um acordo livre e espontâneo, a relação jurídica se restabelece e se fortifica de mais segurança entre os agentes participantes, restando ao magistrado homologar o consentimento consagrado entre os agentes. Nesse sentido:
Art. 359.  Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. (CPC)
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível ? 
A audiência de instrução e julgamento é una no sentido de que seja seguida a regra da ocorrência de todas as fases de produção de prova e julgamento da demanda em um único ato judicial, valendo dizer em um único dia, e de forma contínua, sem interrupções, devendo somente ser cindida nas estritas hipóteses expostas no artigo 365 do CPC. Contudo, na prática não se vislumbra o seguimento de tal ordem, haja vista as causas levadas ao judiciário cada vez mais complexas, vindicando fases instrutórias ainda mais longas, sem que se dê toda a conclusão do feito em um único encontro. Nesse mesmo sentido:
Art. 365.  A audiência é una e contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes.
Parágrafo único.  Diante da impossibilidade de realização da instrução, do debate e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima possível, em pauta preferencial. (CPC)
Questões Objetivas 
1ª Questão Sobre a audiência de instrução e julgamento é incorreto afirmar: 
a) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa, nos termos da lei. 
Errado, não independe da complexidade da causa, como afirma o item. Veja-se:
Art. 364.  Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz.
§ 1o Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso.
§ 2o Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção,em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos.
Vb) A AIJ pode ser adiada em casos especiais. 
Art. 362.  A audiência poderá ser adiada:
I - por convenção das partes;
II - se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva necessariamente participar;
III - por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado. (CPC)
Vc) Finda a instrução, o juiz deve dar a palavra ao advogado do autor e réu, além do Ministério Público, quando for o caso. 
Art. 364.  Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. (CPC)
Vd) Se houver antecipação ou adiamento da audiência os advogados ou sociedade de advogados será intimada. 
Art. 363.  Havendo antecipação ou adiamento da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinará a intimação dos advogados ou da sociedade de advogados para ciência da nova designação. (CPC)
2ª Questão A AIJ serve para: 
a) apenas para produzir provas em juízo, pois não pode haver conciliação. 
b) instruir o juiz, preparando-o para futuramente decidir. 
c) instruir o juiz, mas também pode haver conciliação. 
Correto:
Art. 359.  Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. (CPC)
d) apenas para produzir prova de depoimento pessoal e testemunhal, pois as demais podem ser juntadas aos autos.
Caso 10
Questão Discursiva 
Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio ? 
Está correta a informação prestada pelo advogado, contudo, há de se ratificar que os elementos da sentença são os que foram ditos pelo patrono, quais sejam, o relatório, fundamentação e dispositivo, em atendimento aos artigos 489 do CPC e 93, IX, da CF. No entanto, Faz-se mister salientar que nos juizados especiais cíveis, conforme exposição do artigo 38 da lei 9.099/95, tem-se o entendimento que é dispensado o relatório nas sentenças proferidas.
Ademais, o magistrado só poderá alterar ainda o conteúdo da sentença se ocorrer algumas das disposições previstas no artigo 494 do CPC, ou seja, para corrigir inexatidões materiais ou erros de cálculos, ou por interposição de embargos de declaração, devendo dá-se início a modificação de ofício ou requerimento da parte.
Cumpre lembrar outra oportunidade em que o juiz pode modificar seu entendimento proferido em decisão anterior, quando há o julgamento liminarmente improcedente do pedido, no caso em que o réu interpõe apelação, o magistrado poderá se retratar em até 5 dias úteis, nos termos do artigo 332 e seguintes do CPC. 
R.: Sim, eis que a sentença realmente ostenta tais requisitos e quanto a seus efeitos, permite a instituição de hipoteca judiciária. Ver artigo 38 da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais).
b) O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses? 
R: Segundo dispõe o artigo 203, § 1o, NCPC, a sentença é definida como pronunciamento, por meio do qual o juiz com fundamento nos artigos 485 e 487, NCPC, põe fim na fase cognitiva do processo comum ou extingue a execução.
c) O caso acima admite reexame necessário? 
Questões Objetivas 
1ª Questão Com relação aos pedidos formulados pelas partes as sentenças podem ser classificadas em: 
a) declaratórias, constitutivas ou condenatórias, segundo a classificação trinária. 
b) declaratórias, mandamentais e constitutivas, segundo a classificação trinária. 
c) mandamentais apenas, pois todas possuem caráter coerctivo e força de lei.
 d) declamatórias ou não declaratórias, quando julgam procedente ou improcedente o pedido. 2ª Questão. 
As sentenças condenatórias de prestação de fazer, não fazer e entregar coisa certa: 
a) já eram previstas no CPC/73, furto de diversas reformas processuais que ocorreram a a partir dos anos 1990. 
b) não existiam em nosso ordenamento jurídico. 
c) não podem ter solução por meio de mediação ou arbitragem. 
d) já podem ter solução por meio de arbitragem, desde que haja anuência das partes e do Ministério Público.
Caso 11
Questão Discursiva 
Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? 
Os requisitos que validarão a sentença\decisão estrangeira no Brasil, estão dispostos no artigo 963 do CPC/15, quais sejam ser ela proferida por autoridade competente (lembrando que as análises serão feitas aqui no Brasil); ter ocorrido a citação regular ainda que haja revelia no feito; ser ela eficaz no país onde fora proferida; não ofender a coisa julgada brasileira; estar acompanhada de tradução oficial (vide regimento interno do STJ), salvo disposição contrária em tratado; não conter manifesta ofensa a coisa pública (quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes). 
b) Quais os órgãos judiciários competentes para e homologação e execução no Brasil ? 
Resposta: Execução pela Justiça Federal, Art. 109, X, CRFB/1988 e homologação do STJ, artigo 960, § 2º do CPC.
R: STJ (para homologar) e JF (para executar)
c) É cabível antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença estrangeira? 
R: Sim, com base no artigo 962, admitindo a concessão de medida de urgência na forma do §2º, mesmo antes que o réu seja citado para dar maior efetividade ao procedimento
Questões Objetivas 
1ª Questão No âmbito da homologação de sentença estrangeira no Brasil é correto afirmar que: 
a) existe novo juízo de mérito, com possibilidade de reversão do direito material. 
b) existe apenas juízo de delibação. 
c) não existe juízo de mérito ou delibação, mas apenas tramitação burocrática para posterior cumprimento na Justiça Federal.
 d) pode haver anulação do julgado, se houver violação de direito pátrio. 
2ª Questão: A respeito da possibilidade de homologação de decisão arbitral do estrangeiro, marque a correta opção: 
a) Não é possível sua homologação, uma vez que o título executivo é extrajudicial. 
b) Não é possível sua homologação sem anuência prévia das partes. 
c) Podeser homologada de acordo com o CPC. 
d) Trata-se de título executivo extrajudicial no Brasil e poder ser homologada.
Caso 12
Questão Discursiva
 Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou o pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela qual não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão prejudicial concluindo pela inexistência de locação prevalecendo a tese da ré acerca do comodato. Ao final o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de que inexiste contrato de locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila comemora com seu advogado e lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de despejo com novos fundamentos. O advogado afirma que infelizmente a solução da questão prejudicial na fundamentação não faz coisa julgada, podendo a autora propor nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 504 do CPC. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a orientação do advogado ? 
Sim, tendo em vista que somente a parte dispositiva da sentença é que serão abarcados pelo manto da coisa julgada, não se operando, deste modo, seus efeitos na fundamentação do julgado, que poderá ser novamente proposta em nova ação com novos fundamentos jurídicos. Nos termos do artigo 504 do CPC.
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? 
No caso em tela houve a coisa julgada em sua espécie formal, visto que a decisão é de caráter definitivo, não resolvendo assim o mérito da lide, mas tão somente decidiu a questão prejudicial do reclame. A coisa julgada material existe quando a sentença julga de forma definitiva a questão principal de mérito. O que não houve no caso em questão.
Art. 502.  Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. (CPC)
c) A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação processual? 
Não há qualquer afetação do julgado a terceiros que não participaram da relação processual em tela, visto mandamento expresso no artigo 506 do CPC:
Art. 506.  A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.
De todo modo, torna-se oportuno destacar uma possibilidade de terceiro ser atingido pelos efeitos da coisa julgada, que se dará na hipótese da substituição processual de ação individual, quando ainda que o substituído não seja mais parte no feito, sofrerá os efeitos da coisa julgada.
Questões objetivas 1ª Questão 
Existe coisa julgada material em sede de ação civil pública( Lei 7347/85) 
a) Sim. Trata-se de ação de conhecimento que poderá ou não ter o direito material apreciado. b) Não, pois a coisa julgada aqui no caos procedência teria uma amplitude muito grande. 
c) Sim, mas apenas no caso de improcedência do pedido. 
d) Não, seja com procedência ou improcedência do pedido autoral. 
2ª Questão A coisa julgada é oponível: 
a) em sede de contestação, em matéria preliminar, sob pena de preclusão. 
b) em sede mandado de segurança apenas, pois viola-se direito liquido e certo. 
c) em todo e qual momento ou fase processual, sendo certo que deve ser alegado na primeira hora em que parte fala nos autos, sob pena de ulterior responsabilização das custas e outros danos processuais. 
d) apenas no âmbito dos tribunais, sendo vedada sua alegação em 1a instância,
Caso 13
Questão Discursiva 
Maurício vendeu seu carro para seu grande amigo Gilson pelo valor de R$15.000,00. Na ocasião Gilson se comprometeu a realizar a comunicação junto ao DETRAN e regularizar a propriedade do veículo. Passados 02 anos, Maurício é notificado para responder a um processo de suspensão do direito de dirigir em razão do excesso de multas referentes ao veículo vendido, que ainda estava em seu nome. Muito chateado com a situação e sem conseguir localizar seu amigo, Maurício propôs ação de obrigação de fazer em face de Gilson cujo objeto era a condenação do réu na obrigação de regularizar a propriedade do carro junto ao DETRAN. Após a instrução da causa, o juiz julgou procedente o pedido para determinar que o réu regularize a propriedade do veículo, no prazo de 20 dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00. Após o término do prazo, sem o cumprimento da obrigação, o juiz, a requerimento do autor, aumenta a multa diária para R$2.000,00. O réu apresentou petição requerendo a reconsideração da decisão, pois, de acordo com o art. 502 do CPC, a coisa julgada torna imutável a decisão sendo incabível o aumento da multa diária após o trânsito em julgado. Diante do caso indaga-se: 
a) Esta correta a argumentação do réu? 
Não assiste razão alguma ao réu do caso ora sob análise, tendo em vista que a imposição de multa, mesmo que ela se dê de maneira progressiva, é uma forma que o magistrado dispõe para compelir que o mesmo faça a obrigação de fazer imposta na sentença, conforme disposição do artigo 497 do CPC.
Art. 497.  Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
A coisa julgada material é imutável no que diz respeito ao mérito do feito decidido entre as partes da relação processual, sendo indiscutível depois do trânsito em julgado qualquer nova pretensão que baseie em uma tentativa de modificar ou extinguir decisão sem que a mesma já não permita interposição de qualquer recurso, salvo nas hipóteses de cabimento da ação rescisória previstas no artigo 966 do CPC.
b) Considerando a doutrina sobre o tema, qual é a distinção entre coisa julgada e preclusão? 
A coisa julgada, quer seja material ou formal, diz respeito a impossibilidade de se modificar a decisão em que já se dera o trânsito em julgado, sendo, pois, obstado qualquer interposição de novo recurso.
Já a preclusão dá-se quando se deixa de praticar determinado ato subjetivo que cabia a parte interessada, sendo este concedido de forma temporal ou por mandamento de lei. Caso a parte não exerça o direito subjetivo que possui, resta-se precluso a oportunidade, não cabendo, deste modo, nova chance para efetuar o ato perdido.
Exemplo: a oportunidade de manifestar toda a defesa do réu no processo civil se dá pela contestação, no prazo de 15 dias úteis (art. 335.CPC), não oferecendo-a no tempo proposto, resta preclusa e prejudicada tal utilidade, não sendo mais cabível nova chance. Nesse sentido:
Art. 507.  É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.
Art. 508.  Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido. (CPC)
Questões Objetivas 1ª Questão Não fazem coisa julgada material: 
a) os motivos e a verdade dos fatos no processo. 
Correto:
Art. 504.  Não fazem coisa julgada:
I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença.
b) a questão incidental, ainda que decidida pelo juiz após contraditório.
 c) os resultados de laudos de provas periciais. 
d) as sentenças que resolvem o direito material. 
2ª Questão A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar que:
 a) Não vigora e não se aplica ao nosso direito as teorias de relativização da mesma. 
b) Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC. 
c) Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e enfraquecimento da segurança jurídica dos julgados. 
Correto: Art. 5º, XXXVI da CF:
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; (CF)
d) Podeser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição.
Caso 14
Questão Discursiva 
Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A formulando declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação por danos materiais e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de seu nome no cadastro de inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de titularidade do autor. Após contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de realização de mais provas, resolveu o caso com julgamento antecipado da lide, julgando procedente o pedido autoral e estipulando a indenização total no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), entendo ser este valor suficiente para reparar os danos materiais e morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou em julgado e Temístocles inicia a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone Fácil S.A. Em diligências internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre que já havia uma decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os mesmos fatos jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com Ação Rescisória. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) É possível Ação Rescisória no presente caso ?
Sim, há a clara possibilidade da pretensão rescisória, visto a decisão do caso em tela ofende a coisa julgada, conforme disposição do artigo 966, IV do CPC. In verbis:
Art. 966.  A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
 b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória. 
Será de competência originária do tribunal, sendo o mesmo determinado por dependência dos eventuais recursos interpostos no processo originário e da espécie de julgamento de tais recursos.
R:Câmara Civil do TJRJ, Art. 3º do Reg. Interno do TJRJ.
c) Quais são as consequências processuais nos casos em que a ação rescisória é proposta no juízo incompetente? 
Se reconhecida a incompetência do tribunal para julgamento da ação, a mesma sofrerá uma decisão terminativa sem resolução do mérito, devendo ainda ser intimado o autor para emendar a petição inicial, a fim de que se adeque o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescidenda não tiver apreciado o mérito ou tiver sido substituída por decisão posterior. Em seguida, após ocorrência da emenda a petição inicial, os autos deverão ser remetidos ao juízo competente. Nesse sentido:
Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor: (...).
§ 5º Reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda:
I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2o do art. 966;
II - tiver sido substituída por decisão posterior.
§ 6o Na hipótese do § 5o, após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente. (CPC)
Questões Objetivas 1ª Questão São legitimados para ação rescisória:
 a) As partes originárias do processo judicial, com exceção do revel. 
b) As partes originárias do processo judicial, mas não seus eventuais sucessores. 
c) Apenas aquele que saiu derrotado e o terceiro interessado.
 d) O Ministério Público, nos casos em que atuou, ou deveria atuar, como parte ou fiscal da lei. 
Art. 967.  Têm legitimidade para propor a ação rescisória:
2ª Questão. O prazo decadencial para propositura de ação rescisória é de: 
a) 2 anos contados do transito em julgado da ultima decisão proferida no processo. 
b) 5 anos contados sempre da primeira decisão de mérito nos autos. 
c) 2 anos contados da data de interposição de recursos. 
d) 5 anos contados da data da última decisão proferida no processo, salvo se houve prazo decadência menor no Código Civil.
Caso 15
Questão Discursiva
 Em Ação Rescisória proposta por Godofredo em face de Silas houve requerimento de concessão de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da flagrante nulidade do julgamento anterior (violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é possível que seu bem imóvel seja levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano irreparável ou mesmo de dificílima reparação. O relator admite a petição inicial e, incontinente, defere o requerimento de Godofredo para suspender a execução até a decisão final da Ação Rescisória. Silas inconformado, afirma que decisão antecipada do relator seria uma violação constitucional do contraditório e da ampla defesa, pelo que não se conformará com a decisão. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso ? 
Resposta: Seria admitida, tendo em vista que o enunciado menciona a ocorrência de violação manifesta de norma jurídica, a ação rescisória teria cabimento conforme preceitua o artigo 966, V do CPC.
b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória. Indaga-se: 
Resposta: Seria possível, pois, apesar da simples propositura da ação rescisória não impedir o cumprimento da decisão que se pretende rescindir, o art. 969 do CPC autoriza a concessão de tutela provisória (urgência e evidência) em sede de ação rescisória.
Questões Objetivas 1ª Questão Nos termos do CPC, cabe ação rescisória: 
a) quando proposta pelo Ministério Público, caso não tenha sido ouvido em processo em que lhe era obrigatória a intervenção, salvo se a sentença de mérito for efeito de colusão das partes. 
b) na hipótese em que se verifique fundamento para invalidar confissão, ainda que nessa não tenha se baseado a sentença, ou quando em erro de fato for fundada a sentença de mérito. 
c) depois de transitada em julgado a sentença de mérito, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável. 
d) quando a sentença de mérito for proferida por juiz relativamente incompetente, ou for verificada que foi dada por concussão, prevaricação ou corrupção do juiz. 
2ª Questão A ação rescisória tem natureza de: 
a) conhecimento até sua admissibilidade, depois, cautelar. 
b) cautelar com procedimento especial 
c) conhecimento com procedimento especial. 
d) conhecimento com decisão meramente declaratória.

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