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Respostas do 4° trabalho específico 1° período – Enfermagem – FIS C 01) Citar os componentes do sistema digestório; O sistema digestório humano é composto pela boca, cavidade bucal, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. 02) Definir cavidade bucal e citar suas partes com respectivos limites; Vestíbulo da boca - É o espaço situado entre os lábios e bochechas, externamente, e os dentes e a gengiva, internamente. O músculo bucinador forma o corpo muscular das bochechas e sobre ele há um acúmulo de tecido gorduroso, o corpo adiposo da bochecha. O ducto parotídico abre- se no vestíbulo, ao nível do 2º dente molar superior. Quando os dentes estão em oclusão, o vestíbulo se comunica com a cavidade oral propriamente dita por estreita passagem entre o último molar e o ramo da mandíbula.Cavidade bucal propriamente dita - Situa-se entre as arcadas dentárias e os arcos palatoglossos situados posteriormente. Seu teto é formado pelos palatos, duro e mole, enquanto que o assoalho está constituído pela língua e o sulco que a separa das gengivas, o sulco linguogengival. Neste ducto abrem-se os ductos da glândula sublingual numa elevação, a prega sublingual, enquanto que o ducto da glândula submandibular se abre no assoalho da boca, próximo ao plano mediano, anteriormente, na papila sublingual, de cada lado de uma prega mucosa, sob a língua, denominada frênulo da língua. Incluem-se no assoalho da boca estruturas musculares que servem de sustentação para a língua, entre as quais se destacam os músculos milo-hióideos que formam o chamado diafragma da boca. 03) Descreva sobre as glândulas salivares; As glândulas salivares são órgãos acessórios que fazem parte do sistema digestório dos seres humanos. Os seres humanos possuem três pares de glândulas salivares. Existem três tipos de glândulas salivares: - Glândulas parótidas: estão localizadas adiante e abaixo das orelhas, entre o músculo masseter e a cútis. - Glândulas submandibulares: localizadas no soalho da boca, sob a raiz da língua. - Glândulas sublinguais: localizada na região anterior ás glândulas submandibulares. Elas possuem a importante função de liberar um líquido chamado de saliva. Esta é formada por 99,5% de água e 0,5% de solutos. A saliva possui uma importante função de atuar na dissolução dos alimentos, possibilitando que estes possam ser degustados. A saliva também dá início ao processo de digestão dos alimentos. Uma das enzimas presentes na saliva é a amilase salivar, que é responsável por começar o processo de digestão dos carboidratos na boca. Outra enzima, também muito importante, presente na saliva é a lisozima. Esta enzima atua no combate às bactérias presentes na boca, protegendo-a contra infecções. A lisozima também é importante para evitar a formação e desenvolvimento de cáries nos dentes. A saliva ainda apresenta outras funções importantes como, por exemplo, possibilitar a umidificação dos lábios e da língua enquanto o indivíduo fala. 04) Definir faringe, citar suas partes com respectivos limites e suas comunicações; A faringe é um órgão tubular que se inicia nas coanas com prolongação para baixo no pescoço com a forma de um funil, seu tamanho varia de 12 à 15 cm de comprimento e de cerca de 35 mm em seu início e cerca de 15 mm no seu término. Possui comunicação com o esôfago, fossas nasais e os ouvidos. A faringe situa-se atrás das fossas nasais e a frente às vértebras cervicais, se mantém ligada a laringe e o esôfago. 05) Definir esôfago, citar suas porções, localização e comunicações; O esôfago é um órgão oco, de aproximadamente 25 cm de comprimento e 3 de largura. É constituído de tecido muscular e conjuntivo, sendo rico em vasos sanguíneos e glândulas mucosas. Estas últimas atuam contra organismos e partículas estranhas externas. Exerce função relativa ao sistema digestório, sendo seu componente mais estreito. Localizado em frente à coluna vertebral, e também entre a laringofaringe e o estômago; conduz o alimento até este último. Assim como ele e o intestino, executa movimentos peristálticos na presença do alimento, facilitando tal trajeto, que dura aproximadamente cinco segundos, dependendo da consistência deste. É dividido anatomicamente em três regiões. A primeira, a cervical, possui aproximadamente quatro centímetros, e tem contato direto com a traqueia. É predominantemente constituída de músculo estriado esquelético. A segunda região do esôfago, a torácica, tem cerca de 18cm, e segue a traqueia e a coluna vertebral, atrás do brônquio esquerdo. É predominantemente formada por músculo liso, tal como a porção abdominal. Essa última, de mais ou menos três centímetros, se encontra sobre o diafragma, e desemboca no estômago. Possui nas suas duas extremidades estruturas musculares que controlam a abertura destes canais. A primeira, o esfíncter esofágico superior, se abre quando o alimento chega à faringe. Já o esfíncter esofágico inferior, quando este se aproxima da transição entre o esôfago e estômago. São os esfíncteres que impedem o refluxo alimentar, sendo que, quando isso ocorre, a sensação de queimação se dá em consequência dos componentes ácidos do estômago. 06) Definir estômago, descrever sua localização, partes e comunicações; O estômago é uma bolsa mais ou menos dilatada, em continuação ao esôfago e precedendo o intestino. Está situado na parte superior da cavidade abdominal, logo abaixo do diafragma e do fígado, e repousa sobre o colo transverso. É dividido em: Parte Cárdica (Cárdia) – Corresponde à junção com o esôfago; Fundo – Parte superior dilatada que está relacionada com a cúpula esquerda do diafragma. Limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico. O fundo pode ser dilatado por gás, líquido, alimento ou qualquer combinação destes; Corpo – Corresponde à maior parte do órgão. Situa-se entre o fundo e a parte pilórica; Parte Pilórica – Região infundibuliforme do estômago. Segue-se ao corpo do estômago e estende-se até o piloro. É comum distinguir-se um antro pilórico, parte inicial e mais dilatada, e um canal pilórico, parte final e mais estreitada. O piloro (que significa porteiro) marca o ponto de transição gastroduodenal. Descreve-se nessa região um mecanismo muscular de fechamento e abertura, capaz de controlar a passagem do conteúdo gástrico para o duodeno e, ao mesmo tempo, impedir o refluxo do conteúdo duodenal para o estômago. Este mecanismo é denominado esfincter pilórico. 07) Definir piloro; O piloro é uma estrutura muscular que tem a função valvular. O piloro é um esfíncter (uma musculatura que tem a função valvular). Ele regula a passagem do alimento do estômago para o duodeno. Esvaziamento do estômago ocorre quando a pressão intragástrica supera a resistência do músculo esfíncter do piloro. 08) Diferenciar óstio cárdico de óstio pilórico; Iniciando a morfologia do estômago, ele apresenta dois orifícios, um proximal que comunica com o esôfago, o óstio cárdico e outro distal, o óstio pilórico que comunica com a porção inicial do intestino delgado, o duodeno. 09) Definir intestino delgado, intestino grosso e citar suas partes; O intestino delgado é uma parte do tubo digestivo que começa no estômago e vai até o intestino grosso. Sua principal função é absorver os nutrientes necessários para o corpo humano. Ele se divide em três partes: Duodeno: tem um formato de letra “C”. É nessa parte do intestino que o suco pancreático e o suco biliar agem, transformando a quimo em quilo, jejuno: parte do intestino onde há a absorção dos nutrientes presentes nos alimentos ingeridos e Íleo: dá continuidade à absorção dos nutrientes que começou no jejuno. Grande parte da absorção da vitamina B12 ocorre no íleo. Possui túnicas finas e é estreito. O intestino grosso é a porção responsável pelo importante processo de absorçãoda água, o que determina a consistência do bolo fecal. Ele constitui a parte final do tubo digestivo e possui rica flora bacteriana. é dividido funcional e anatomicamente em três partes: O ceco, que é onde desemboca o conteúdo vindo do intestino delgado, nesta região consta a presença de um pequeno prolongamento em forma de tubo, conhecido como apêndice vermiforme, a segunda porção é o cólon, que é uma estrutura grande que atravessa todo o abdômen, ele, por sua vez, também se distingue em quatro partes que são o cólon ascendente, o cólon transverso, o cólon descendente e o cólon sigmóide (em forma de S) e a última porção é o reto, que é responsável por fazer a comunicação do organismo com o ambiente externo através do ânus, que encontra-se normalmente fechado por um músculo chamado esfíncter anal, que o rodeia em forma de anel. 10) Citar as comunicações do intestino delgado e do intestino grosso; O intestino delgado se comunica proximalmente com o estômago e distalmente com a porção cecal (ceco) do intestino grosso. Comunica-se também com o fígado e o pâncreas, através dos ductos colédoco, pancreático e as vezes pancreático acessório. O intestino grosso é a parte final do tubo digestivo. Divide-se com cólon, ceco e reto. No ceco é onde se comunica com o intestino delgado, há também a inserção do apêndice na parte inferior do ceco e no cólon há o reto, onde as fezes são expelidas. 11) Descreva sobre o duodeno; O duodeno (imagem) faz parte do sistema digestório. É a primeira porção do intestino delgado e também a parte mais curta desse órgão. Precede o jejuno e o íleo e, junto com eles, forma o intestino delgado, que começa no tubo duodenal. Nos seres humanos, o duodeno é um tubo oco que se liga ao estômago e o jejuno e onde ocorre a maior parte do processo digestivo (cerca de 80% da digestão ocorre no duodeno). Sua parede interna tem aspecto ondulado, com várias pregas, cobertas por vilosidades intestinais que aumentam muito a área de absorção dos nutrientes (é o principal local de absorção do ferro, por exemplo). É dividido em 4 partes: superior; descendente; horizontal (inferior); e ascendente. Sua principal função é receber os alimentos parcialmente digeridos do estômago e continuar o processo digestivo. Como o duodeno é pequeno, o estômago envia o quimo (mistura de alimentos semidigeridos e enzimas e ácidos produzidos no estômago) aos poucos para esse órgão. O quimo passa do estômago para o duodeno pelo piloro, pequena abertura entre os dois órgãos. Essa é uma região rica em enzimas, produzidas por 3 órgãos (o próprio duodeno, o fígado e o pâncreas). Através do canal colédoco, chega ao duodeno o suco pancreático, oriundo do pâncreas, e o suco biliar, produzido no fígado e expulso pela vesícula biliar, para auxiliarem a digestão. 12) Descreva sobre o fígado; O fígado é um órgão que atua como glândula exócrina (liberando secreções) e glândula endócrina (liberando substâncias no sangue e sistema linfático). Ele é a maior glândula do corpo humano. O fígado desempenha muitas funções importantes dentro de nosso organismo, como: armazenamento e liberação de glicose, metabolismo dos lipídeos, metabolismo das proteínas (conversão de amônia em uréia), síntese da maioria das proteínas do plasma, processamento de drogas e hormônios, destruição das células sanguíneas desgastadas e bactérias, emulsificação da gordura durante o processo de digestão através da secreção da bile, etc. O fígado age também no armazenamento de vitaminas e minerais. Ele armazena algumas vitaminas como: A, B12, D, E e K, além de minerais como o ferro e o cobre. O fígado participa também da regulação do volume sanguíneo, possui importante ação antitóxica contra substâncias nocivas ao organismo como o álcool, a cafeína, gorduras, etc. As principais doenças que acometem o fígado são as Hepatites, doenças causadas pelo alcoolismo como a cirrose, doenças hepáticas tóxicas, insuficiência hepática, fibroses, etc. 13) Descreva sobre o pâncreas; O pâncreas é uma glândula que faz parte do sistema digestório e endócrino dos vertebrados. O pâncreas produz o suco pancreático que age no processo digestivo, pois possui enzimas digestivas. Esta glândula também é responsável pela produção de hormônios como, por exemplo, insulina, somatostatina e glucagon. Localizado no abdômen, o pâncreas possui, nos seres humanos, de 14 a 25 centímetros de comprimento. Está localizado anexo ao duodeno. O pâncreas possui três regiões principais: cabeça do pâncreas, corpo e cauda. O pâncreas é vascularizado pelas artérias pancreaticoduodenais. A drenagem venosa ocorre através das veias pancreáticas. Tipos de tecido do pâncreas e suas funções: Ilhéus de Langerhans (região endócrina): células do pâncreas responsáveis pela secreção de hormônios que fazem o controle dos níveis de glicose no sangue, Ácino Pancreático (região exócrina): fabrica enzimas que atuam no processo de digestão alimentar. Principais doenças que podem atingir o pâncreas: Câncer de pâncreas, pancreatite (processo inflamatório no pâncreas), tumores benignos, diabetes tipo 1 e fibrose cística. 14) Descreva sobre a vesícula biliar; A vesícula biliar é um órgão muscular responsável pelo armazenamento da bile e está presente na maioria dos vertebrados. No ser humano é um saco membranoso no formato de pêra, que se situa abaixo da superfície do lóbulo direito do fígado, logo atrás das costelas inferiores. A função da vesícula é armazenar a bile segregada pelo fígado, que chega nela através dos condutos hepático e cístico e lá permanece até ser solicitada pelo aparelho digestório. Quando funciona dentro da normalidade, a vesícula esvazia seu conteúdo através do conduto biliar no duodeno para facilitar a digestão, favorecendo assim, os movimentos dos intestinos e a absorção dos nutrientes. Além disso, evita a putrefação e emulsiona as gorduras. O problema mais freqüente da vesícula biliar é a presença de cálculos, cuja forma e tamanho varia desde o tamanho de um grão até o tamanho de uma pêra. São formados por sais biliares e são mais freqüentes nos diabéticos, em pessoas negras, mulheres, especialmente nas que sofrem de obesidade e aquelas que já passaram por múltiplas gestações. Sabe-se que sua incidência aumenta com a idade. As principais razões para a formação dos cálculos são a existência de quantidade excessiva de cálcio e colesterol na bile e a retenção de bílis na vesícula durante um período prolongado. O tratamento mais habitual para este problema é a remoção dos cálculos através de cirurgia, porém, a casos nos quais a intervenção cirúrgica pode ser substituída por outros tratamentos que só poderão ser indicados pelo médico. 15) Descreva sobre o apêndice vermiforme; O apêndice é um tubo vermiforme que parte da primeira parte do intestino grosso e que se situa na região inferior direita do abdômen. Os seres humanos e os macacos são os únicos seres vivos que possuem apêndice. Não se sabe ao certo qual função exerce. Porém, sabemos que ele possui grande quantidade de tecido linfóide, importante para atuar como defesa contra infecções locais. Por motivos ainda pouco conhecidos, o apêndice pode infeccionar, principalmente nas crianças, adolescentes e adultos jovens. Este quadro infeccioso é conhecido como apendicite. Os sintomas são: dores e câimbras na região situada entre o lado direito da bacia e umbigo, febre, náuseas, vômitos, constipação intestinal e diarréia. O tratamento da apendicite é a retirada do apêndice através de cirurgia. Esta intervenção cirurgica deve ser rápida, pois se a parede do apêndice se romper, a infecção pode se alastrar por toda a cavidade abdominal e causar peritonite (inflamação da parede abdominal). A peritonite aguda, sem tratamento adequado, pode levar o paciente à morte. 16) Conceituar o sistema nervoso e citar as partesconstituintes; O sistema nervoso é constituído de neurônios e diversas células que desempenham variadas funções e é divido de acordo com sua localização em: Sistema Nervoso Central (SNC) - formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e Sistema Nervoso Periférico (SNP) - formado pelos nervos e gânglios nervosos. Já a sua divisão funcional se dá como: Sistema Nervoso Central (SNC) - rege as funções de relação com o meio externo e Sistema Nervoso Autônomo (SNA) - ocupa-se do aspecto interior, a regulação e coordenação dos órgãos, independentemente da vontade do homem. Os neurônios são células responsáveis pela recepção e transmissão de estímulos, tendo como duas propriedades fundamentais a irritabilidade (capacidade que permite a uma célula responder a estímulos) e condutibilidade (condução dos estímulos que passam por toda a extensão de um neurônio em um curto espaço de tempo). Ele é composto por corpo celular, dendritos e axônios. É no corpo celular que se localizam o núcleo, o citoplasma e o citoesqueleto. Já os dendritos são prologamentos com muitas ramificações que têm a função de captar estímulos. O axônio, na sua parte final, possui diversas ramificações que formam sinapses com outros dendritos ou corpos celulares. As sinapses são articulações terminais estabelecidas entre um neurônio e outro (interneurais) ou entre um neurônio e uma fibra muscular (neuromusculares) ou um neurônio e uma célula glandular (neuroglandulares). Um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio nem com a fibra muscular ou com a célula glandular, de maneira que, entre eles, não existe continuidade citoplasmática. O que existe é um microespaço, denominada sinapse, na qual um neurônio transmite o impulso nervoso para outro através da ação de mediadores químicos ou neurormônios. Os neurormônios mais comuns são a acetilcolina (fibras colinérgicas) e adrenalina (fibras adrenérgicas). 17) Citar envoltórios do sistema nervoso central; São envoltos por três camadas de tecido conjunto de meninges: pia-máter intimo contato com o encéfalo ou medula espinal mais fina, delicada e transparente; Aracnoide filamentos finos formando uma espécie de teia; Dura-máter mais externa, espessa e resistente. 18) Definir líquor e citar onde ele é encontrado e produzido; É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnoideo e as cavidades ventriculares. A função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central. Sabe-se hoje em dia que o liquor é produzido nos plexos corioides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corioides nos ventrículos e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente liquórico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral. Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o liquor passa para o espaço subaracnoideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnoideas que se projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo sagital superior, a circulação do liquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnoideo da medula, o liquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica ocorre nas pequenas granulações aracnoideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais. A circulação do liquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dúvida, a produção do liquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão liquórica, possivelmente contribuindo para empurrar o liquor através das granulações aracnoideas. 19) Descreva a divisão anatômica do sistema nervoso; Sistema nervoso central -> Medula espinhal (canal vertebral) e Encéfalo (cérebro {telencéfalo e diencéfalo}, tronco encefálico {mesencéfalo, ponte, bulbo} e cerebelo). Sistema nervoso periférico -> Gânglios, terminações nervosas e nervos (cranianos – encéfalo {sensitivos, motores e viscerais} e espinhais – medula). 20) Definir nervos; O nervo é uma estrutura anatômica formada por múltiplos axônios e dendritos neuronais, responsável pela transmissão do impulso elétrico nervoso. De forma simplificada, podemos entender que cada nervo é envolvido por um tubo de tecido conjuntivo (chamado epineuro) e que este, possui vários fascículos nervosos que estão envolvidos por outra camada de tecido conjuntivo (perineuro) que está revestida de uma terceira camada de tecido conjuntivo chamado endoneuro. As fibras nervosas são formadas por um axônio e suas bainhas envoltórias. As fibras nervosas dividem-se em dois tipos: as Amielínicas (axônios pequenos que possuem apenas uma dobra de mielina) e as Mielínicas (axônios de grande calibre que apresentam muitas dobras de bainha de mielina). A região em que não apresenta mielina é conhecida como nódulo de Ranvier, e é através desta região que o impulso nervoso é propagado. Os nervos sensoriais transmitem um impulso gerado por um receptor sensorial do sistema nervoso central. Como exemplo, podemos citar os nervos motores, que transmitem um impulso do sistema nervoso central até um músculo ou víscera periférica. Os nervos ou pares craneais são os que saem diretamente do encéfalo (cérebro) seguindo em direção à face (enervação motora e sensorial), aos órgãos do sentido, vísceras e músculos proximais do tronco. Os nervos raquídeos são aqueles que partem da medula espinhal. Eles são formados por duas raízes: a anterior espinal (motora) e a posterior espinal (sensorial). Os demais nervos são os periféricos. 21) Diferencie sistema nervoso central de sistema nervoso periférico; O Sistema Nervoso Central é formado pelo encéfalo e medula espinhal, cujas funções estão relacionadas em processar todas as informações adquiridas pelos órgãos sensoriais. Já o Sistema Nervoso Periférico é formado pelos nervos raquidianos e cranianos, cuja função envolve a transmissão do impulso nervoso para todo o corpo. 22) Citar os nervos cranianos; Os nervos cranianos podem ser classificados em Motores, Sensitivos e Mistos. Os Motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero- posteriores do pescoço: III – Nervo Oculomotor IV – Nervo Troclear VI – Nervo Abducente XI – Nervo Acessório XII – Nervo Hipoglosso Os Sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato): I – Nervo Olfatório II – Nervo Óptico VIII – Nervo Vestibulococlear Os Mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: V – Trigêmeo VII – Nervo Facial IX – Nervo Glossofaríngeo X – Nervo Vago 23) Citar as diferenças entre nervos espinhais e nervos cranianos; Nervos espinhais são aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, membros e parte da cabeça. Saem aos pares da medula, a cada espaço intervetebral. Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). Estes nervos sensoriais ou motores servem à pele, músculos da cabeça e órgãos especiais dos sentidos. São 12 pares. 24) Definir terminações nervosas; Porção localizada na parte distal dos nervos, com função de contatar os órgãos periféricos. Podem ser sensitivas (sensíveis a um determinado tipo de estímulo, a partir do qual eles desencadearão o aparecimento de impulsos nervosos nas fibras aferentesdo SNC e depois atingem áreas específicas do cérebro onde são interpretados resultando diferentes formas de sensibilidade) ou motoras (somáticas e viscerais. Estabelecem contato com as fibras nervosas e os órgãos efetuadores (músculos e glândulas). Podem ser chamadas de junção neuromuscular). Quanto à distribuição, as terminações nervosas são classificadas em: Especiais: os receptores estão restritos a uma determinada área. São mais complexos. Ex.: visão (retina), audição e equilíbrio (orelha interna), gustação (língua e epiglote) e olfação (cavidade nasal). Gerais: ocorrem em várias partes do corpo, principalmente na pele. São classificadas em: Terminações nervosas livres (mais frequentes); Encapsuladas (mais complexas): corpúsculo de Meissener, corpúsculo de Water-Paccini, corpúsculo de Krause, corpúsculo de Ruffini, discos ou meniscos de Merckel; Fusos neuromusculares (contração); Órgãos neurotendíneos (tensão) e Órgãos da base dos folículos pilosos. Quanto à localização, as terminações nervosas são classificadas em: Exteroceptores: receptores na periferia (na derme); Proprioceptores: receptores na parte própria do corpo (ossos, músculos, articulações); Interoceptores:receptores na parte interna (vísceras e vasos). Quanto à ação as terminações nervosas são classificadas em: Mecanoceptores; Termoceptores; Fotoceptores; Quimioceptores e Nociceptores. 25) Diferencie fibras nervosas aferentes de fibras nervosas eferentes; Um nervo é uma estrutura de forma semelhante a um cabo, constituído de axônios e dendritos. Os nervos fazem parte do sistema nervoso periférico. Nervos aferentes conduzem sinais sensoriais (da pele ou dos órgãos dos sentidos, por exemplo) para o sistema nervoso central, enquanto nervos eferentes conduzem sinais estimulatórios do sistema nervoso central para os órgãos efetores, como músculos e glândulas. 26) Descreva sobre o cerebelo; Esta parte do cérebro localiza-se na parte anterior a medula ablongata, sendo responsável pela coordenação postural tanto durante o estado de descanso quanto em atividade. Também é responsável pelos reflexos e movimentos voluntários, age ainda, no sistema muscular sendo responsável pelo tônus muscular. De forma geral, pode-se entender que o cerebelo é a região do cérebro que capta os impulsos sensitivos das articulações, tendões, músculos, além de receptores do equilíbrio e visuais. Embora sua massa ocupe apenas 10% de volume do encéfalo, o cerebelo é responsável por funções extremamente importantes em nosso corpo, como, por exemplo, coordenar as complexas sequencias dos músculos esqueléticos. Sem ele seria impossível desempenhar todas as atividades motoras que requerem habilidade, desde apanhar um objeto qualquer, até realizar uma atividade física que requeira um pouco mais de coordenação motora, como a dança, por exemplo. 27) Conceituar o sistema endócrino; O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam. Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas. As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais. 28) Citar a localização, forma e os lobos da glândula tireoide; A glândula tireóide está situada na porção anterior do pescoço. Apresenta dois lobos (direito e esquerdo) ligados por uma porção denominada istmo. Este cobre as cartilagens traqueais e os lobos laterais relacionam-se com as partes superiores da traquéia e inferior da laringe. A glândula é envolta por uma cápsula. As unidades estruturais da glândula são os folículos. Estes constituem os lóbulos e variam de tamanho segundo a quantidade de secreção que contêm. Variam também quanto a forma. Estão incluídos em uma delicada trama de fibras reticulares que também suporta uma densa rede capilar. A glândula é responsável pela produção dos hormônios T3 (Triiodotironina) e T4 (Tetraiodotironina) a partir das células foliculares. Estes hormônios controlam o metabolismo do organismo, atuando nos processos de ganho e perda de peso bem como na regulação da temperatura corporal. A tiroxina aumenta o metabolismo celular, relacionando-se, portanto, com o desenvolvimento, diferenciação e crescimento. A glândula elabora, também, um outro hormônio: "Tireocalcitonina" (rebaixador ativo do cálcio plasmático). A glândula tem relação, também, com a "Adenohipófise", pois as células foliculares sintetizam T3 e T4 sob controle do "Hormônio Estimulante da Tireóide" (TSH). 29) Citar a localização e as funções das glândulas supra-renais e da hipófise; As suprarrenais, também conhecidas como adrenais, são duas glândulas endócrinas do corpo humano. Elas estão localizadas acima dos rins. Integrantes do sistema endócrino, as glândulas suprarrenais são muito importantes para o corpo humano, pois fabricam hormônios essenciais para o seu funcionamento. A glândula suprarrenal da direita possui formato triangular, enquanto a da esquerda tem forma de meia-lua. Existem duas regiões nas glândulas suprarrenais. O córtex suprarrenal externo (cerca de 85% da glândula) e a medula suprarrenal (interna). Estas glândulas, no córtex suprarrenal, fabricam hormônios esteroides que regulam a concentração de água e sais no corpo (homeostase mineral). São responsáveis também pela produção de hormônios que atuam na transformação de gordura em glicose pelo fígado. Um exemplo deste hormônio é o glicocorticoide conhecido como cortisol, que também atua na degradação dos triglicerídeos. Estas funções também são desempenhadas pela região do córtex suprarrenal. As glândulas suprarrenais também produzem, na medula suprarrenal, dois outros importantes hormônios: adrenalina (também conhecido como epinefrina) e noradrelalina (também conhecido como norepinefrina). Estes dois hormônios atuam em reações psíquicas e físicas geradas por situações emocionais fortes (principalmente relacionadas ao estresse emocional). A hipófise, glândula pertencente ao sistema endócrino, está situada na face inferior do cérebro, abrigada na sela túrcica do esfenóide. Também é conhecida como glândula Pituitária e glândula mestra, por controlar a produção dos hormônios. É uma pequena massa elipsóide. Consta, essencialmente, de duas partes: o lobo anterior, de natureza epitelial, e o lobo posterior, de natureza nervosa, sendo notável, na constituição química do órgão. O lobo posterior produz ao que parece, hormônio que atua sobre as fibras musculares lisas e sobre a atividade secretora do rim. O lobo anterior segrega pelo menos cinco diferentes hormônios: o hormônio do crescimento; o hormônio sexual; o hormônio tiroidotrópico; o regulador do metabolismo das gorduras e o regulador do metabolismo dos hidratos de carbono. Provavelmente todos provêm de um hormônio único, que se desdobra depois em muitos, sob a ação de enzimas. A superatividade do hormônio do crescimento conduz ao gigantismo ou então à acromegalia (pés, mãos, queixo enormes). A atividade deficiente acarreta a parada do crescimento, ficando o indivíduo anão. A insuficiência combinada dos hormônios sexual, regulador do metabolismo das gorduras e do crescimento produz a chamada distrofia adiposo-genital: o paciente se conserva com aspecto infantil e os seus depósitos de gordura se exageram. 30) Conceituar o sistema sensorial; O sistema nervoso sensorial faz parte do sistema nervoso responsável pelo processamento da informação sensorial. Um sistema sensorial consiste em neurônios sensoriais (incluindo as células receptoras sensoriais), caminhos neurais e partes do cérebro envolvidasna percepção sensorial. Sistemas sensoriais comumente reconhecidos são aqueles para visão, audição, toque, gosto, cheiro e equilíbrio. Em suma, os sentidos são transdutores do mundo físico para o reino da mente, onde interpretamos a informação, criando nossa percepção do mundo que nos rodeia. 31) Descreva sobre o olho; O olho é o órgão responsável pelo sentido da visão. Encontrado em todos os animais vertebrados, ele é localizado em cavidades ósseas no crânio chamadas órbitas. Sua tarefa é converter as ondas de luz emitidas ou refletidas por objetos em impulsos elétricos, que serão enviados ao cérebro. Todas as informações fornecidas por este órgão fotorreceptor têm um papel dominante para a interpretação do mundo pelo ser humano. O poder de usar a informação visual não depende apenas de ver, mas também de compreender o que foi visto. A compreensão das informações visuais – reconhecimento de contornos, cores e da relação com outros objetos – depende da forma como as células sensíveis à luz da retina estão conectadas com o sistema nervoso. Portanto, a função dos olhos no ser humano vai além da forma como a imagem visual é convertida em mensagem, ou seja, ela abrange também o campo de interpretação desta mensagem. O olho é um órgão fotorreceptor e um conversor de energia luminosa em energia elétrica, ou impulsos nervosos, além de ser um eficiente transportador destes impulsos para o cérebro. Para desempenhar todas essas funções, ele conta com um complexo mecanismo constituído por várias camadas de tecidos especializados. São músculos, nervos, veias sanguíneas e lente que se ligam para permitir a rotação do globo ocular e a focalização das imagens. O nervo óptico, por sua vez, faz a conexão entre o globo ocular e o sistema nervoso central. O interior do olho é preenchido por um fluido que, juntamente com a camada de tecido externa, mantém a forma arredondada, protegendo o olho contra forças mecânicas exteriores. Da mesma forma, uma membrana mais externa ainda, denominada de conjuntiva, recobre a superfície interior das pálpebras e a superfície anterior do globo ocular. Ela produz muco para lubrificação do olho, evitando o ressecamento. As três camadas de tecido que constituem o globo ocular, ou túnicas, são: fibrosa (externa), vascular (intermédia) e nervosa (interna). A primeira é composta pela esclera e a córnea. A esclera dá forma e proteção ao olho, além de sustentação para os músculos que o movimentam. Ela é a membrana branca e opaca encontrada na maior parte de sua superfície. A parte restante e frontal do globo é recoberta pela córnea, membrana transparente que atua como uma lente convergente. Coróide, corpo ciliar, íris e cristalino (lente) são encontrados na túnica vascular. Estes elementos estão relacionados, respectivamente, com a nutrição e proteção do olho, sustentação e mudança da espessura do cristalino e bloqueio do excesso de luz que poderia queimar a retina. A retina é a túnica nervosa, propriamente dita. Está repleta de fotorreceptores – cones e bastonetes – para a percepção visual, além de células bipolares e ganglionares para a transmissão dos impulsos visuais para o nervo óptico. 32) Descreva sobre a orelha externa, média e interna. A orelha externa é constituída de pavilhão auricular, conduto auditivo externo e a face externa da membrana do tímpano. A função do pavilhão auricular é coletar as ondas sonoras e dirigi-las para o meato acústico externo, que funciona como um condutor do som até a membrana timpânica, além de proteger e fornecer ressonância sonora. A cera produzida por glândulas ceruminosas da pele do meato forma uma película sobre o conduto, impermeabilizando-o e protegendo o ouvido da ação de micro-organismos, devido a seus constituintes e a sua acidez. A membrana timpânica é fixada à parede do conduto auditivo por um anel de tecido fibroso denominado anel timpânico e dividida em duas partes: parte tensa (ocupa maior parte da área) e parte flácida, que ocupa a porção superior da membrana. E a sua função é a separação da orelha externa da orelha média, além de facilitar a amplificação sonora. A orelha média é constituída de caixa timpânica, ossículos, músculos e ligamentos, tuba auditiva, adito, antro e células mastoides. Está localizada dentro da porção petrosa do osso temporal e é preenchida por ar. Tem formato irregular e mede, aproximadamente, no seu diâmetro vertical, 15 mm, e no seu diâmetro horizontal, 6 mm. Apresenta seis paredes que são praticamente paralelas entre si, dando a esta cavidade um formato de cubo alongado. Ele é um transformador de impedância eficiente, que possibilita a transmissão das vibrações aéreas aos líquidos labirínticos. A tuba auditiva é o canal que comunica a rinofaringe com a orelha média, facilitando a entrada de ar nessa cavidade e tem a função de igualar as pressões que atuam do lado externo e interno da membrana timpânica, deixando-a livre para vibrar. A cadeia ossicular é constituída por três ossículos: martelo, bigorna e estribo, encontrando-se suspensos dentro da caixa timpânica. Estão mantidos articulados devido a uma série de ligamentos muito delgados e por dois músculos: o músculo tensor do tímpano (inervado pelo trigêmeo, o V par craniano) e o músculo estapédio (inervado pelo facial VII par craniano). O tensor do tímpano está ligado ao cabo do martelo e quando se contrai, puxa o ossículo para dentro da orelha média. O estapédio está ligado à cabeça do estribo e quando se contrai puxa-o na direção da janela do vestíbulo. Quando ocorrem sons altos esse sistema de “segurança” é acionado, com a contração desses músculos, aumentando a resistência à transmissão de sons com frequências menores que 1.800Hz, havendo uma diminuição de 30 dB na intensidade devido à rigidez da cadeia ossicular. Este circuito inicia-se com a transmissão do impulso através da orelha externa, orelha média e estruturas sensoriais da orelha interna e nervo coclear, que ao atingir o tronco cerebral, um sinal de alerta é acionado e o circuito passa a ativar seu mecanismo de proteção que ocorre com a estimulação do nervo facial, que vai provocar a contração do músculo estapédio, indo alterar o padrão vibratório do estribo sobre a janela oval, prevenindo lesões das estruturas do ouvido interno. O sistema tímpano-ossicular é um transformador de energia que iguala as impedâncias da orelha média e interna para uma transmissão sonora efetiva por meio de dois mecanismos: o de alavanca e o hidráulico. Estes dois mecanismos aumentam 22 vezes a pressão sonora, o que equivale a uma amplificação de cerca de 30 dB, evitando assim perda de energia sonora. A orelha interna é localizada na porção petrosa do osso temporal, contendo órgãos sensoriais da audição e do equilíbrio corporal. São constituídos de três partes, dois labirintos (canais e passagens do osso): labirinto ósseo ou perinlinfático e labirinto membranáceo ou endolinfático e a cápsula ótica ou labiríntica (camada dura de osso que circunda o labirinto).
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