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26/03/2018 1 PETROQUÍMICA – CCE 0283 Daniela Sayão Vieira – danisayao@hotmail.com PLANO DE AULA ❖ Matérias primas básicas da indústria petroquímica ❖ Produção de olefinas leves – utilizando a nafta como matéria prima ▪ Pirólise a vapor ✓ Principais reações ✓ Principais produtos ✓ Descrição do processo ▪ FCC Petroquímico ✓ Principal produto ❖ Produção de olefinas leves – a partir do gás de refinaria ❖ Produção de olefinas leves – a partir da desidratação do etanol para a produção de eteno ✓ PE verde 26/03/2018 2 MATÉRIAS PRIMAS BASE ➢ Nafta ✓ Olefinas leves – processo de pirólise ✓ Compostos aromáticos – processo de reforma catalítica ➢ Gás Natural (metano/etano e GLP) ✓ Hidrogênio, Amônia e Metanol ✓ Eteno ➢ Gás de Refinaria ✓ Eteno ✓ Propeno ➢ GLP ✓ Propeno MATÉRIAS PRIMAS BASE ➢ Nafta ✓ Maior parte da nafta utilizada como matéria prima petroquímica é produzida na unidade de destilação atmosférica ✓ Para a produção de olefinas leves – processo de pirólise ✓ Para a produção de compostos aromáticos – processo de reforma catalítica ✓ Quanto mais PARAFÍNICA for a nafta, melhor será para a PIRÓLISE ✓ Quanto mais NAFTÊNICA for a nafta, melhor será para a REFORMA CATALÍTICA *composto naftênicos = cicloalcanos 26/03/2018 3 MATÉRIAS PRIMAS BASE ➢ Nafta ➢ Pirólise a vapor ✓ Também chamado de craqueamento térmico ou reforma com vapor ✓ Craqueamento térmico de cargas líquidas ou gasosas na presença de vapor d’água a altas temperaturas (>700ºC) e em pressões relativamente baixas (< 200kPa) ✓ gera: Hidrogênio, metano, eteno, propeno, butenos, butadienos e hidrocarbonetos mais pesados (C5+) ✓ O rendimento de eteno a partir do craqueamento a vapor é em torno de 30% enquanto que o de propeno é próximo a 15%. ✓ Eteno é o principal produto MATÉRIAS PRIMAS BASE ➢ Nafta ➢ Reforma catalítica ✓ Tem como objetivo principal transformar uma nafta de destilação direta (parafínica) em uma outra rica em hidrocarbonetos aromáticos ✓ É um processo de aromatização de compostos parafínicos e naftênicos - As parafinas são transformadas em naftenos e estes, por sua vez em aromáticos. ✓ Gera: gasolina de alta octanagem* e aromáticos leves (B, T, X), além da produção de Hidrogênio ✓ Os aromáticos leves são os principais produtos * Devido a restrições ambientais que limitam o teor máximo de aromáticos presentes na gasolina, a nafta reformada deverá ser banida deste processo – ficando sua produção destinada, quase que exclusivamente, para a produção de aromáticos para posterior geração de compostos petroquímicos. 26/03/2018 4 OLEFINAS Produção de Olefinas - Introdução Olefinas leves, tais como propeno e eteno, utilizadas para produzir uma ampla gama de produtos, e são tradicionalmente produzidas no país através do processo de pirólise ou steam cracker (craqueamento a vapor) em centrais petroquímicas, que utilizam nafta petroquímica como matéria- prima Devido à limitações técnicas causadas pela natureza do óleo brasileiro, muito pesado e pobre em derivados leves, há uma redução na disponibilidade de matérias-primas, mais especificamente da nafta petroquímica. OLEFINAS Produção de Olefinas - Introdução Nos últimos dez anos, os projetos petroquímicos priorizaram o uso de gás natural como matéria-prima, sobretudo por conta dos baixos preços, em comparação à nafta. O gás seco (metano) é usado principalmente na produção de amônia e metanol e as outras frações – LGN (líquido gás natural) - etano, GLP e gasolina natural- são usadas na produção de olefinas, particularmente eteno A Rio Polímeros é o primeiro polo petroquímico do Brasil a utilizar o gás natural em vez de nafta como matéria-prima essencial. 26/03/2018 5 OLEFINAS Processos de Produção - Pirólise a Vapor ➢ Craqueamento térmico de cargas líquidas ou gasosas, na presença de vapor d’água, a altas temperaturas (>700°C) e, em pressões relativamente baixas (<200kPa) Etano Propano Butano Nafta Gasóleo Hidrogênio Metano Eteno Propeno Fração C4 Nafta de Pirólise: C5 a 200°C Óleo Combustível Unidade de Pirólise a vapor ➢ Produtos gerados: Hidrogênio, Metano, Eteno, Propeno, Butenos, Butadienos e hidrocarbonetos mais pesados OLEFINAS ➢ Principais Reações da Pirólise a Vapor ✓ Desidrogenação Retirada de H2 da molécula C4H10 C4H8 +H2 Quebra da molécula em outras menores C4H10 CH4 + C3H6 Geração de olefinas, diolefinas, alcinos e compostos aromáticos (além de Hidrogênio) Geração de compostos com menores tamanho de cadeia do que a carga ✓ Craqueamento ➢ O número de produtos formados e a proporção relativa entre eles dependem principalmente da carga utilizada 26/03/2018 6 OLEFINAS Para a produção de eteno – carga ideal é o etano (máxima produção de eteno) Quando a carga é o propano, as reações principais dão origem a moléculas de 1 a 3 átomos de carbono (gera apenas 40% de eteno) Para o butano - as reações principais dão origem a moléculas de 1 a 4 átomos de carbono (gera menos ainda de eteno) ➢ Principais Produtos da Pirólise a Vapor C3H8 C2H4 +CH4 C3H8 C3H6 +H2 2C3H8 C3H6 + C2H4 + CH4 + H2 2C3H8 C2H6 + C3H6 + CH4 Os hidrocarbonetos aromáticos não sofrem craqueamento e são os principais responsáveis pela formação do coque. OLEFINAS Ordem de facilidade de craqueamento dos hidrocarbonetos: naftênicos > isoparafínicos > normal parafínico ➢ Principais Produtos da Pirólise a Vapor ➢ Geração de co-produtos da pirólise (base de projeto 1000t de eteno) Etano Propano Butano Nafta Gasóleo 161 633 663 521 416 GC 1000 1000 1000 1000 1000 Eteno 54 785 900 668 1072 C3-C4 43 102 326 741 868 Nafta - - - 195 1006 Óleo comb. - 691 410 501 203 C3-C4 (olefínicos) 1258 2542 2889 3125 4362 Total 26/03/2018 7 ➢ Pirólise de Cargas Gasosas ➢ Pirólise de Cargas Líquidas 26/03/2018 8 OLEFINAS Descrição do Processo Designação de 3 áreas ✓ Área quente - É a seção de pirólise em si ✓ Área de compressão – engloba os compressores e a desidratação do gás ✓ Área Fria – formada por um grande números de sistemas de separação cujo objetivo é a obtenção de produtos de elevada pureza OLEFINAS Descrição do Processo – cargas gasosas ✓ Área quente - É a seção de pirólise em si O processo se inicia com o craqueamento térmico da carga, em presença de vapor d’água no forno de pirólise em alta temperatura (700°C) Segue para a caldeira recuperadora de calor (Trocador da linha de transferência - TLE), onde a temperatura será reduzida para 280° - 330°C O efluente do TLE sofre um resfriamento rápido (quench) em linha. - Para cargas gasosas é feito com água - Para nafta é feito com óleo combustível Gás resfriado vai para o sistema de compressão 26/03/2018 9 OLEFINAS Descrição do Processo ✓ Área de compressão – engloba os compressores e a desidratação do gás Após o resfriamento, a corrente vapor é comprimida e tratada para remoção de gás ácido (H2S, RSH e CO2, principalmente) Faz-se uso de processos de tratamentos com aminas e cáustico Realiza-se a remoção da água presente, através da desidratação com peneira molecular A corrente vai para a área fria OLEFINAS Descrição do Processo ✓ Área Fria – formada por um grande números de sistemas de separação cujo objetivo é a obtenção de produtos de elevada pureza Os vapores contendo as olefinas desejadas são separadas em seus produtos de interesses 1ª etapa – separação criogênica do Hidrogênio Hidrogênio será utilizado nos processos de hidrogenação de propadieno e de compostos acetilênicos A corrente segue então para o seu fracionamento...26/03/2018 10 OLEFINAS Descrição do Processo - Para cargas gasosas (etano e propano)- front-end demethanizer Os hidrocarbonetos mais leves serão sucessivamente separados em uma série de torres fracionadoras R e to rn a p a ra a p ir ó li s e OLEFINAS - Para cargas de nafta petroquímica - front-end depropanizer Existe a produção de grande quantidade de produtos mais pesados (corrente C3 +) A separação é iniciada pela divisão da corrente de produtos em uma corrente C3 - e outra C4 +. Os componentes individuais dessas correntes serão separados, posteriormente, por destilação. - Desmetanizadora - Desetanizadora - Despropanizadora - Desbutanizadora - Fracionamento de Nafta R e to rn a p a ra a p ir ó li s e 26/03/2018 11 OLEFINAS - Para cargas de nafta petroquímica - front-end depropanizer - Desmetanizadora A corrente de topo, rica em CH4, poderá ser utilizada como combustível em fornos ou para a produção de gás de síntese e metanol - Desetanizadora A corrente C2 é separada no topo e, após hidrogenação controlada do acetileno, sofre um novo fracionamento para separação entre eteno (produto) e etano (que é reciclado ao forno de pirólise de cargas gasosas) - Despropanizadora A corrente C3, separada no topo, é hidrotratada para saturação do propadieno e do propino, sendo depois fracionada em propeno (produto) e propano (que também vai para o forno de pirólise de cargas gasosas) OLEFINAS - Para cargas de nafta petroquímica - front-end depropanizer - Desbutanizadora A corrente C4, contem butenos e butadienos , é retirada no topo, e passa por uma torres extratora onde são usados solventes nitrogenados para a remoção de butadieno. Os butenos e isobutenos (rafinados da extração) podem ser utilizados como matéria prima para a produção de outros produtos como: MTBE, ETBE (éter metil (ou etil) terc butílico - melhoram o nº de octanagem da gasolina) - Fracionamento de Nafta A corrente C5, corrente de fundo da desbutanizadora, passa por um processo de hidrogenação dos compostos acetilênicos remanescentes (devido a sua alta reatividade) Em seguida, a fração C5 é separada em compostos mais pesados na seção de fracionamento de nafta, podendo ser enviada para a extração de isopreno, por exemplo. E, o restante da fração C5 pode ser empregado na formulação da gasolina. 26/03/2018 12 OLEFINAS As variáveis importantes do processo são temperatura do reator, tempo de residência, e relação vapor/hidrocarboneto. Temperatura do reator Hidrocarbonetos de pesos moleculares maiores geralmente craqueam a temperaturas mais baixas do que compostos de pesos moleculares mais baixos. Por exemplo, a temperatura de craqueamento do etano é aproximadamente 800ºC enquanto da nafta está em torno de 675- 700ºC Tempo de Residência Para um alto rendimento de olefinas - tempos de residência pequeno Quando etano e gases mais leves são usados como cargas, tempos de residência mais curtos são usados para maximizar a produção de olefinas e minimizar BTX (Benzeno, Tolueno, Xileno) e rendimento de líquidos OLEFINAS Relação vapor/hidrocarboneto Uma elevada relação vapor/hidrocarboneto favorece a formação de olefinas. O vapor reduz a pressão parcial da mistura de hidrocarboneto e aumenta o rendimento de olefinas. Cargas pesadas de hidrocarbonetos requerem mais vapor do que cargas gasosas. A proporção entre vapor e etano é aproximadamente 0.2:1 e 1:1.2 para cargas líquidas 26/03/2018 13 OLEFINAS Produção de Olefinas As olefinas leves são tradicionalmente produzidas através do processo de pirólise, porém devido ao aumento de mercado de produtos petroquímicos e a baixa disponibilidade de nafta petroquímica e gás natural levaram diversas empresas a pesquisar e desenvolver processos para a conversão de cargas mais pesadas em produtos petroquímicos básicos. ➢ Processos de Produção - FCC Petroquímico - Processo de Craqueamento Catalítico Fluido OLEFINAS Processos de Produção - FCC Petroquímico - Processo de Craqueamento Catalítico Fluido É um processo de refino que visa aumentar a produção de gasolina, GLP e olefinas de uma refinaria, através da conversão de cortes pesados provenientes da destilação do petróleo (gasóleo e resíduos), em frações mais leves. O craqueamento catalítico corrige a produção de gasolina, GLP e olefinas, suplementando a diferença entre a quantidade obtida diretamente do petróleo e a requerida pela refinaria, atendendo ao mercado de sua área de influência. Baseado nos processos básicos de FCC – No REFINO de petróleo... 26/03/2018 14 OLEFINAS Na Petroquímica: Aumento de mercado de produtos petroquímicos e a baixa disponibilidade de nafta petroquímica e gás natural FCC Petroquímico – gerar o aumento do rendimento das olefinas leves com foco na maximização do propeno (que é a olefina que mais cresce no mercado nos últimos anos) FCC tradicional (do refino) com modificações dos catalisadores e das principais variáveis de processo (temperatura, tempo de residência, razão catalisador/óleo e razão vapor/carga) Processos de Produção - FCC Petroquímico - Processo de Craqueamento Catalítico Fluido OLEFINAS Processos de Produção - Olefinas a partir de Gás de Refinaria O gás proveniente dos diversos processos de uma refinaria pode conter teores significativos de hidrocarbonetos com 2 átomos de carbono (etano e eteno). Tratamento do gás para a retirada de contaminantes (compostos sulfurados, CO, etc) Separação dos gases através de processos criogênicos Eteno pode ser utilizado diretamente como petroquímico básico Etano pode ser enviado para o processo de pirólise a vapor (aumentando a produção de eteno) Tratamentos SeparaçãoGás de Refinaria Etano Eteno contaminantes Metano + Hidrogênio C3 + 26/03/2018 15 OLEFINAS Permite a produção de eteno a partir de uma matéria prima renovável Processos de Produção – Desidratação do Etanol para a produção de eteno C2H5OH C2H4O + H2O Etanol Seção de pré aquecimento Seção de reação Resfriamento e lavagem com água e soda Secagem e Separação Eteno OLEFINAS 26/03/2018 16 OLEFINAS
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