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A Diversidade Africana - Portfólio Ciclo 1

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LUIS FELIPE GERIBELO LEITE - 1138520
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO CICLO 1
Centro Universitário Claretiano
Pós-Graduação: História e Cultura Afro Brasileira e Africana
Geografia Política e Econômica da África
Tiago Tadeu Contiero
BARRETOS-SP
2017
A Diversidade Africana
Quando os Europeus começaram a ter contato com os Africanos, especificamente com os situados na África subsaariana, eles, analisando os tipos físicos, especificidades culturais, estilos de vida etc. Criaram em torno dos africanos e da África subsaariana uma imagem pejorativa de um povo não civilizado, sem moral e sem cultura. Tal pensamento começou a ser reforçado por volta do século XVIII quando esse pensamento ocidental passou ser considerado um “saber moderno”. Esse mesmo saber moderno vê a África sob um “olhar imperial”, sempre se colocando (culturalmente, civilizadamente etc.) acima do continente africado e de seus respectivos povos. 
Nessa determinada época, não houve interesse dos pesquisadores, negociantes, e todos aqueles que tiveram contato com a África, de conhecer afundo a cultura de tais povos. Logo de inicio criaram um pensamento em torno de tais povos e esse pensamento refletiu nas produções escritas, que entre as do século XIX e XX, eram carregadas de: ...equívocos, pré-noções e preconceitos decorrentes em grande parte das lacunas do conhecimento, quando não do próprio desconhecimento sobre o referido continente. (HERNANDEZ, Leila. 2005). Esse mesmo preconceito e equívoco fez com que o africano fosse considerado em 1778, nas palavras de Charles Linné: ...Negro, fleumático, relaxado. [...] engenhoso, indolente, negligente. [...] Governado Pelo Capricho. (HERNANDEZ, Leila. 2005). Como é claro, os Africanos eram taxados de forma inferior aos europeus/brancos. Esse foi um pensamento que ficou imortalizado na cabeça do povo, sendo repassado de geração em geração, até usado como “justificativa” para o trafico de escravos, e de como os mesmos eram tratados nas colônias americanas.
Como consequência de esse pensamento ter sido passado de geração a geração, aliado ao pouco interesse por parte da maioria dos pesquisadores de estudar mais a fundo o continente africano e seus povos, acarretou em uma tremenda falta de conhecimento sobre tais povos no senso comum. Isso pode ser facilmente visto ao perguntar para os alunos em sala de aula, qual o pensamento deles a respeito da África e seus povos, as principais respostas que obtemos são: “Guerra; Fome; Escravos; Violência; Safari; Macumba; Exu” entre outros termos extremamente superficiais. 
É nesse ponto que entra a extrema importância de um olhar mais profundo em torno da África e seus povos.
Porque a África e seus respectivos povos, são muito mais do que apenas um povo incivilizado, sem cultura e sem história, como foram taxados por muito tempo no meio científico e popular. Porém esse pensamento começou a mudar aos poucos, “em meados do século XX, pouco a pouco, a historiografia e a antropologia sobre a África foram reconhecidas e tratadas de forma crescentemente critica, abrindo possibilidades para que os preconceitos pudessem vir a ser questionados.” (HERNANDEZ, Leila. 2005).
Foi com tais questionamentos cada vez mais presentes, que o continente africano foi sendo “desbravado”, e com isso foi chegando ao povo ocidental a verdadeira riqueza daqueles povos. 
Riqueza essa que podemos encontrar em toda a complexidade do continente, complexidade essa que encontramos na diversidade étnica do continente, onde existe uma estimativa de mais de 50 etnias diferentes, porem tendo 9 como sendo as principais que são: Zulu; Xhosa; Basotho; Bapedi; Venda; Tswa na; Tsonga; Swazi e Ndebele. Mas toda essa diversidade étnica acaba gerando muitos conflitos de interesse, acarretando desde conflitos civis a genocídios.
Riqueza essa que podemos encontrar extensa diversidade de idiomas falados no continente africano. Atualmente estima-se que 30% de todos os idiomas falados do planeta, estão na África. Existem aproximadamente duas mil línguas faladas, e por volta de oito mil dialetos, que estão espalhados nos mais de cinquenta países do continente africano, o que faz com que a África tenha o multilinguíssimo como característica marcante do continente. Esse multilinguíssimo pode ser facilmente percebido na África do Sul, onde só nesse país existem 11 idiomas oficiais. 
Riqueza essa que podemos encontrar na diversidade religiosa do continente Africano. Na considerada “África Branca” a presença do Cristianismo e do Islamismo é mais marcante. A verdadeira diversidade começa a ser percebida na África subsaariana. Não só a diversidade religiosa, mas também a diversidade cultural, pois do território que se estende desde a Republica dos Camarões, Quênia estendendo-se até o extremo sul africano, é dominada principalmente por tribos aborígenes, onde cada uma delas tem sua cultura própria, sua própria religiosidade e costumes. Coloco religião e cultura juntas, pois uma reflete na outra, já que a religiosidade africana tem como principal característica de seus cultos, a cultura de seu povo, onde são caracterizados até mesmo no dia a dia, através de danças, vestimentas, alimentação, e até as próprias divindades, onde temos os Orixas Yorubanos, os Inquices Bantus, os Voduns da cultura Gege entre tantas outras divindades.
Riqueza essa que podemos encontrar na diversidade geográfica do continente. Geograficamente falando o clima do continente africano é normalmente quente em todas as épocas do ano. Tem como o principal bioma as savanas, bioma característico pela vegetação dispersa, composta por arvores de médio e pequeno porte. Capaz de proporcionar condições de sobrevivência aos animais mais admirados do mundo como: leões, girafas, rinocerontes, elefantes, entre muitos outros. Também encontramos desertos, florestas, vulcões e montanhas tendo a mais conhecida: o Monte Kilimanjaro. Sem contar que a África abriga uma das mais diversas faunas do planeta.
Como vimos brevemente, o continente africano é muito mais que apenas um continente de: “negros, famintos, guerra, escravos e macumbeiros”, muito pelo contrario, é um continente muito rico em cultura e diversidade. Por isso é de extrema importância que olhemos a África com olhos mais atentos aos detalhes, para que esses detalhes possam ser colocados na mentalidade coletiva, através dos estudos nas escolas, como nos cinemas e novelas. Para que quando questionarmos tantos os alunos em sala de aula, como qualquer cidadão nas ruas o pensamento deles sobre a África, as repostas não sejam os mesmos e velhos clichês de: ““Guerra; Fome; Escravos; Violência; Safari; Macumba; Exu”
Referencias:
HERNANDES, Leila Leite. A África em sala de Aula. Selo Negro. São Paulo. 2005.
PEREIRA, Flora. A diversidade linguística africana e suas heranças na formação do português no Brasil. Disponível em: <http://www.afreaka.com.br/notas/diversidade-linguistica-africana-e-suas-herancas-na-formacao-portugues-brasil/>. Acesso em: 21/03/2017.
Religiões na Africa. Disponivel em: <https://sonhosafricanos.wordpress.com/2015/08/22/religioes-na-africa/> Acesso em: 21/03/2017.
SILVA, Júlio Cesar Lázaro da. África. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/africa-continente.htm> Acesso em: 21/03/2017.