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A África no final do século XX - Portfólio Ciclo 3

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LUIS FELIPE GERIBELO LEITE - 1138520
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO CICLO 3
Centro Universitário Claretiano
Pós-Graduação: História e Cultura Afro Brasileira e Africana
Historia da África e dos Africanos
Edgar Bruno Franke Serratto
BARRETOS-SP
2017
A África no final do século XX 
No final do século XX a África se encontrava em um estado de mudança histórica. Totalmente independente da colonização imperialista, seus estados nacionais começaram a se inserirem no panorama internacional, onde a visão estava agora voltada para a nova gestão e futuro do continente. 
Os anos de 1945-1960 foram marcados por intensos conflitos na luta anticolonial que dominou o final do século XX. Esse período resultou com a independência de 16 países africanos. Todo esse processo foi dividido em três etapas: A primeira foi marcada pela intensa mobilização das massas para a luta contra a dominação estrangeira. Nessa época pode ser vista o aparecimento de partidos políticos dentro dos estados africanos, onde se organizavam eficazmente na luta em prol da liberdade. A segunda etapa foi voltada para mobilizar as massas insatisfeitas com a dominação dentro dos próprios países colonizadores, com a intenção de deixar o “inimigo” contra si mesmo. Por fim a luta passaria para o cenário global, onde a África teve a ONU como uma aliada nessa luta. 
Logo após esse período começou uma nova luta, com a intenção para reforçar essa nova etapa marcada pela liberdade, na qual o foco era o desenvolvimento.
A própria colonização “contribuiu” para a descolonização da África. Contribuiu porque os colonizadores introduziram novas habilidades de comunicação (e foi através dessa habilidade de comunicação que a África conseguiu força para sua independência). Porém os colonizadores não transmitiram de forma eficaz as técnicas de produção, o que fez com que os africanos se transformassem em “analfabetos funcionais”, na qual apenas repetia o que os colonizadores “ensinavam”. Com o final da colonização a África não teve êxito em promover o desenvolvimento em seus territórios. Com isso a capacidade industrial (de exploração mineral, de produção etc.) da África era totalmente pífia, porque não tinham mais o apoio estrangeiro da época colonial, apoio esse caracterizado pelo: recurso, organização e conhecimentos, etc.
E o final do século não foi marcado só pelo “atraso” industrial da África. Pior que o atraso industrial foi o atraso no aparato produtivo. Resumidamente a África aprendeu a viver de modo capitalista (proporcionado pelos colonizadores) sem aprender a ser capitalista. Ou seja: tinham ambição pelo consumo, mas não tinham os meios de produção.
O cenário político do final do século foi marcado por extremos. A falta de conhecimento a esse respeito, fez com que os africanos não encontrassem um meio termo. A política era dividia em: tirania e anarquia, e a economia era divida em: dependência (diminuição da capacidade de autonomia) e declínio (redução na capacidade de desenvolvimento). E assim se encontrava o sistema político africano: uma crise causada pela junção dos problemas políticos e econômicos.
Além a instabilidade política e os problemas econômicos, outra situação marcante na perspectiva africana no final do século XX, é a respeito do sistema ecológico do continente.
A África se encontrava (e ainda se encontra) com uma forte ameaça de se tornar inabitável, se não toda, pelo menos uma grande parte. Esse problema era consequência do frequente desmatamento e desertificação da sua superfície (problema esse que também se faz ligação com a incapacidade de planejamento político em que o país se encontrava). Esses problemas são derivados de outro problema já aqui citado, o desenvolvimento. A maior parte do território africano era (e ainda é) rural, e sem energia. E a sua principal fonte de aquecimento e combustível para cocção de alimentos era a lenha. E a busca pela sobrevivência levava a busca massiva por lenha, causando o desmatamento, resultando na desertificação.
Outro grande problema na África no final do século era relacionado ao contingente demográfico do continente (que também é outro problema agravado pela falta de planejamento governamental). Na década de 80 a África teve o maior índice de natalidade do mundo. Mas o alto índice de natalidade é explicado pelo o alto índice de mortalidade infantil (o índice de mortalidade infantil na África, que é existente até os dias de hoje, são causados por coisas “simples” para os não-africanos. Podemos citar: a diarreia, que matou mais de dez milhões de crianças africanas na época colonial e pós-colonial, problema esse que seria facilmente resolvido se existisse agua de boa qualidade em abundancia na África). O amor pelas crianças é uma característica marcante na cultura africana, amor esse que pode ser explicado (em partes ou de forma superficial) por um pensamento em relação a questão de imortalidade, comum na cultura africana (na qual era baseada na ideia de que a pessoa não morreria de verdade se seus genes continuassem vivos em seus descendentes). Somando essa concepção e o alto índice de mortalidade infantil, faziam com que as africanas procurassem ter a maior quantidade de filhos possíveis, para ter a certeza de alguns sobreviveriam. Por isso o maior problema (nesse aspecto) que deve ser combatido, não é só o índice de natalidade, mas também o índice de mortalidade infantil. Pois com menos filhos morrendo, os pais se sentiriam seguros em gerar menos filhos, com a certeza de que mais deles sobreviveriam.
Com isso podemos concluir que a perspectiva da África no final do século XX, é que estava prestes a entrar em um novo século carregada de problemas. Problemas esses que eram derivados principalmente da incapacidade de se governar em que a África se encontrava no momento em questão. A incapacidade governamental, juntada a incapacidade de desenvolvimento e o planejamento insuficiente, derivou em problemas que afetariam (e ainda afetam) o novo ciclo de vivencia do continente. Problemas relacionados ao ecossistema, a sociedade, a industrialização etc.
Referencias:
MAZRUI, Ali A.; WONDJI, C. (Edits.). História geral da África, VIII: África desde 1935. Brasília: UNESCO, 2010. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf>. Acesso em: 26/05/2017.

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