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Blocos economicos

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA PAULA SOUZA 
ETEC TRAJANO CAMARGO 
ETIM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
DÉBORA HENCKLEIN DE CAMPOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GEOGRAFIA 
 BLOCOS ECONÔMICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMEIRA – SP 
2018 
Introdução 
 
Os blocos econômicos são associações criadas entre os países, a fim de 
estabelecer relações econômicas e facilitação do comércio entre si, como a redução 
e/ou eliminação das tarifas ou impostos de importação e exportação entre os países 
membros. Eles começaram a surgir depois da Segunda Guerra Mundial, quando a 
Europa estava se recuperando dos desastres causados pelas guerras. 
Podemos classificar os blocos econômicos em quatro tipos diferentes, conforme o 
nível de integração entre os seus membros: 
• Zona de livre Comércio: visa à redução e eliminação de tarifas sobre produtos 
comercializados entre os países-membros. 
• União Aduaneira: além de reduzir as tarifas sobre os produtos, os países-
membros estabelecem uma taxa comum sobre os produtos importados de 
países que não fazem parte do bloco, para que os seus produtos fiquem mais 
caros. 
• Mercado Comum: pratica-se a livre circulação de mercadorias, bens e 
serviços entre os países-membros, ou seja, as pessoas e os produtos não 
precisam de autorizações especiais e nem pagar nada para cruzar as 
fronteiras entre dois ou mais países que fazem parte do mesmo bloco. 
• União Econômica e monetária: é quando os países de um mesmo bloco 
adotam uma moeda em comum, administrada por um Banco Central único e 
utilizada pela população como um todo. 
 
Os principais blocos econômicos são: Mercosul, Nafta, Apec, UE, Alca e Asean. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mercosul 
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi criado em 1991 por quatro países da 
América do Sul, Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. É considerada a mais 
abrangente iniciativa de integração regional da América Latina, surgida no contexto 
da redemocratização e reaproximação dos países da região. 
A Venezuela aderiu ao Bloco em 2012, mas está suspensa, desde dezembro de 
2016, por descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, 
por violação da Cláusula Democrática do Bloco. 
Todos os demais países sul-americanos estão vinculados ao MERCOSUL como 
Estados Associados. A Bolívia, por sua vez, tem o “status” de Estado Associado em 
processo de adesão. 
A estrutura do Mercosul foi definida, principalmente, a partir do Protocolo de Ouro 
Preto, firmado em 1994. Sua estrutura básica é formada pelo Conselho do Mercado 
Comum (CMC), Grupo Mercado Comum (GMC), Comissão de Comércio do 
Mercosul (CCM); e, órgãos consultivos Comissão Parlamentar Conjunta (CPC), Foro 
Consultivo Econômico Social (FCES). Existem também os órgãos de apoio técnico e 
outros específicos para a resolução de conflitos, como os Tribunais Ad hoc e o 
Tribunal Permanente de Revisão. O funcionamento do bloco acontece por meio de 
reuniões 
No decorrer do processo de integração, e em grande medida em razão do êxito 
inicial da integração econômico-comercial, a agenda do MERCOSUL foi 
paulatinamente ampliada, passando a incluir temas políticos, de direitos humanos, 
sociais e de cidadania. Os dois marcos na área social e cidadã do MERCOSUL são, 
respectivamente, o Plano Estratégico de Ação Social (2011) e o Plano de Ação para 
o Estatuto da Cidadania do MERCOSUL (2010). 
O bloco tem como objetivos a integração dos países, economicamente, além de 
também integrar seus habitantes a transitar de forma mais fácil entre os países 
vizinhos, a adoção da Tarifa Externa Comum (TEC), a coordenação de políticas 
macroeconômicas, o livre comércio de serviços, ou seja, passagem de mercadorias, 
exportação e importação entre os países, a livre circulação de mão-de-obra, a livre 
circulação de capitais. 
 
 
A agenda política do MERCOSUL abrange um amplo espectro de políticas 
governamentais tratadas por diversas instâncias do bloco, que incluem reuniões de 
ministros, reuniões especializadas, foros e grupos de trabalho. Os Estados Partes e 
Estados Associados promovem cooperação, consultas ou coordenação em 
virtualmente todos os âmbitos governamentais, o que permitiu a construção de um 
patrimônio de entendimento e integração de valor inestimável para a região. O 
MERCOSUL é hoje instrumento fundamental para a promoção da cooperação, do 
desenvolvimento, da paz e da estabilidade na América do Sul. 
Cerca de 90% das mercadorias fabricadas nos países-membros podem ser 
comercializadas internamente sem tarifa de importação. Alguns setores, porém, 
mantém barreiras tarifárias temporárias, que deverão ser reduzidas gradualmente. 
Além da extinção de tarifas internas, o MERCOSUL estipula a união aduaneira, com 
a padronização das tarifas externas para diversos itens. 
Os membros fundadores (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a Venezuela, que 
completou seu processo de adesão em meados de 2012, abrangem, 
aproximadamente, 72% do território da América do Sul (12,8 milhões de km², 
equivalente a três vezes a área da União Europeia); 69,5% da população sul-
americana (288,5 milhões de habitantes) e 76,2% do PIB da América do Sul em 
2016 (US$ 2,79 trilhões de um total de US$ US$ 3,66 trilhões, segundo dados do 
Banco Mundial). Se tomado em conjunto, o MERCOSUL seria a quinta maior 
economia do mundo, com um PIB de US$ 2,79 trilhões. O MERCOSUL é o principal 
receptor de investimentos estrangeiros diretos (IED) na região. 
O sentido da integração do MERCOSUL atual é a busca da prosperidade econômica 
com democracia, estabilidade política e respeito aos direitos humanos e liberdades 
fundamentais. 
Os resultados desse novo momento do MERCOSUL já começaram a aparecer. 
Entre os muitos avanços recentes, destacam-se: 
• aprovação do Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (2017), 
que amplia a segurança jurídica e aprimora o ambiente para atração de novos 
investimentos na região; 
• conclusão do acordo do Protocolo de Contratações Públicas do MERCOSUL 
(2017), que cria oportunidades de negócios para as nossas empresas, amplia o 
universo de fornecedores dos nossos órgãos públicos e reduz custos para o 
governo; 
• encaminhamento positivo da grande maioria dos entraves ao comércio 
intrabloco; 
• modernização no tratamento dos regulamentos técnicos; 
• apresentação dos projetos brasileiros para Iniciativas Facilitadoras de Comércio 
e Protocolo de Coerência Regulatória. 
• tratamento do tema de proteção mútua de indicações geográficas entre Estados 
Partes do MERCOSUL; 
• aprovação do Acordo do MERCOSUL sobre Direito Aplicável em Matéria de 
Contratos Internacionais de Consumo (2017), que estabelece critérios para 
definir o direito aplicável a litígios dos consumidores em suas relações de 
consumo. 
 
Nafta 
O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio é um termo que envolve os países da 
América do Norte (Estados Unidos, México e Canadá) e o Chile como associado, 
que visa a aproximação econômica desses países em busca de melhora mútua 
entre os mesmos. Esse acordo trabalha com a política de comércio entre esses 
países tendo taxas menores. Ele foi ratificado em 1993, entrando em vigor em 01 de 
janeiro de 1994. 
Tendo como objetivo a diminuição das barreiras alfandegárias, a fim de contribuir 
para o livre comércio entre países membros e o fluxo de mercadorias, a diminuição 
dos custos comerciais entre os membros, o aumento do percentual de exportação, a 
garantia de elevação e ajuste da economia dos membros, a fim de adquirirem maior 
competitividade no cenário mundial do comércio. 
Existem muitas divergências com relação ao tratado, sendo que muitos questionamalgumas cláusulas específicas do tratado e se ele é realmente proveitoso para todos 
os envolvidos. Setores do México, que é o menos desenvolvido dos três países, 
como os fazendeiros e de uniões trabalhistas, são contra o acordo. As uniões 
trabalhistas, pela perda de influência que elas tiveram nos centros urbanos do 
México e os fazendeiros, pela pressão que os Estados Unidos fazem em relação a 
preços dos produtos agrícolas mexicanos. Pessoas contrárias ao NAFTA diziam 
que o acordo transformaria o México numa “colônia” dos Estados Unidos. Devido 
aos problemas sociais e estruturais, os mexicanos tentam entrar nos EUA em busca 
de trabalho, mas são barrados. Cogitou-se até a possibilidade do Canadá vetar a 
importação de algumas formas de energia para os Estados Unidos, mas ao final, 
pouca coisa foi alterada. Portanto, o Canadá, mesmo desenvolvido, possui uma 
certa dependência dos EUA. Nos Estados Unidos, temeu-se que esse acordo 
poderia causar desemprego no país por conta da migração de empresas para outros 
países, motivadas pela mão de obra barata. A votação no Senado e no Congresso 
americano foi a favor do NAFTA, mas ganhou de uma maneira “apertada”. 
 
Apec 
A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, foi criada no ano de 1989 na 
Austrália, como um fórum de conversação entre os países membros da ASEAN 
(Associação das Nações do Sudeste Asiático) e seis parceiros econômicos da 
região do Pacífico, como EUA e Japão. Porém, apenas no ano de 1994 adquiriu 
características de um bloco econômico na Conferência de Seattle, quando os 
membros se comprometeram a transformar o Pacífico em uma área de livre 
comércio. 
Os países membros da APEC são: Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, 
Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Coréia do Sul, Tailândia, Estados 
Unidos, China, Hong Kong, Taiwan, México, Papua, Nova Guiné e Chile. 
Entre os aspectos positivos da criação da APEC estão o desenvolvimento das 
economias dos países membros que expandiram seus mercados, sendo que hoje 
em dia, além de produzirem sua mercadoria, correspondem a 46% das exportações 
mundiais, além da aproximação entre a economia norte americana e os países do 
Pacífico e o crescimento da Austrália como exportadora de matérias primas para 
outros países membros do bloco. 
De fato, a intenção primordial dos blocos econômicos é crescer em conjunto para 
cada país ajudar o outro. No caso da APEC, essa ajuda se deu com a redução de 
taxas e barreiras alfandegárias da área asiática do Pacífico. Essa redução (extinção 
de taxas em alguns casos) acarreta em um crescimento econômico dos países 
daquela região e também promove facilidades para quem exporta ou importa 
produtos para a área. Os três pilares de atuação do bloco são: 
• A cooperação econômica e técnica; 
• Liberação comercial e de investimentos; 
• A facilitação dos negócios entre os participantes do bloco. 
A APEC é formada por um grupo de países em fase de crescimento econômico e 
isso é um dos fatores que contribuem para os bons resultados do bloco. Os países 
participam de mais da metade do PIB mundial e tendem à crescer, pois o 
desenvolvimento deles está baseado, no conhecimento. Esse crescimento se dá em 
áreas como informática e tecnologia, setores que aceleram e elevam o crescimento 
econômico de países com essas vertentes. 
 
Asean 
A Associação das Nações do Sudeste Asiático é um bloco econômico integrado por 
Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia 
e Vietnã, além dos países observadores: Papua-Nova Guiné e Timor Leste. 
Criado em agosto de 1967, esse grupo tem como objetivos assegurar a estabilidade 
política e de acelerar o processo de desenvolvimento da região, o desenvolvimento 
socioeconômico da região, a manutenção da estabilidade política, a promoção da 
paz, realização de projetos para a agricultura e o setor industrial, investimentos na 
educação e a não ingerência nos assuntos internos de outro país. 
O primeiro grande encontro envolvendo todos os países integrantes foi realizado em 
fevereiro de 1976. Nessa ocasião, ocorreu a assinatura do Tratado de Amizade e 
Cooperação, que definiu os seguintes princípios fundamentais da ASEAN: 
• Respeito mútuo pela independência, soberania, igualdade, integridade 
territorial e identidade nacional de todas as nações; 
• O direito de cada Estado para conduzir a sua existência nacional livre da 
interferência externa; 
• Não interferência nos assuntos internos um do outro; 
• A renúncia à ameaça ou uso da força; 
• Cooperação efetiva entre si. 
 
Alca 
A Área de Livre Comércio das Américas é um projeto de bloco econômico que reúne 
países da América, tanto do sul, central e do norte. É considerado um projeto 
porque, ao longo das reuniões que foram feitas pelos países participantes, surgiram 
discordâncias entre eles e no fim de 2005, as negociações pararam. A proposta foi 
feita pelos Estados Unidos, no dia 09 de dezembro de 1994, em Miami. 
A criação desse bloco não agradou a todos no continente, especialmente os latino-
americanos. Os Estados Unidos foram os idealizadores da ALCA que, se estivesse 
em vigor, englobaria todos os países da América, com exceção de Cuba. As 
negociações para consolidação da ALCA estão congeladas, pois, entre os seus 
objetivos não revelados, um era minimizar a influência do Brasil no MERCOSUL, 
essa influência não aconteceu. 
As manifestações aconteceram, em sua maioria, nos países latinos que 
consideravam a ALCA como um “truque” dos Estados Unidos para controlar o 
mercado das Américas. Já para alguns norte-americanos, o bloco teria uma má 
influencia em seu países, já que nesses casos, havia o receio de que as empresas 
pudessem sair de lá e buscar mão de obra barata, e com isso, diminuir a quantidade 
de empregos dentro do pais e por consequência, gerar o desemprego. 
A maioria dos pontos que não permitiram que essa ideia fosse à frente foram 
normas no contrato do bloco. Medidas essas que priorizavam o Estados Unidos e 
que foram rejeitadas pelos outros países. Se a ALCA existisse, seria o bloco 
econômico com maior espaço físico do mundo, além de englobar economias 
crescentes (como Brasil e Argentina), além dos Estados Unidos e Canadá, que já 
são potencias mundiais. 
Com o PIB total de 12,5 trilhões de dólares (maior que o da União Europeia - U.E.), 
os países da ALCA somam uma população de 790 milhões de habitantes, o dobro 
da registrada na U.E. Na prática, sua formação significa abortar os projetos de 
expansão do MERCOSUL e estender o NAFTA para o restante das Américas. 
 
UE 
A União Europeia é um bloco econômico constituído por 28 países. Ele surgiu na 
década de 1950, após a Segunda Guerra Mundial, inicialmente com seis países e é 
uma parceria econômica e política entre os países europeus. Sua união vai além de 
áreas econômicas, sendo também política e social. 
Os países que compõem a União Europeia são: Alemanha, Áustria, Bélgica, 
Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, 
Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, 
Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia e 
Suécia. 
Uma das intenções da União Europeia foi colocar um fim às guerras entre os países 
vizinhos, que tornaram-se intensas na Segunda Guerra Mundial. Dentre as 
características comuns nos blocos econômicos estão a mútua ajuda para ser forte 
economicamente, além de facilitar negócios entre os países integrantes. As políticas 
da UE são voltadas para a livre circulação de pessoas, serviços, bens e capital, bem 
como a legislação sobre assuntos relativos à justiça, mantendo tambémas políticas 
relativas ao comércio. 
Além da tradicional vantagem econômica de participação de blocos econômicos, a 
União Europeia ajuda também no desenvolvimento da população mundial. A UE 
presta este auxílio desde 1992, sendo que entre 2010 a 2014, auxiliou em mais de 
80 casos de emergências no mundo, como a catástrofe no Japão, a guerra civil da 
Síria, a epidemia de ebola na África Ocidental, dentre outras. 
Em 2012, a UE ganhou o Prêmio Nobel da Paz por promover a paz, trazer a 
reconciliação, a democracia e os direitos humanos na Europa. O prêmio foi 
anunciado pelo Comitê Nobel da Noruega. 
Entre suas características estão: o livre comércio entre os países-membros, a 
integração política entre países, a livre circulação de pessoas entre os países, a 
adoção do euro como moeda comum. 
A UE é formada por sete instituições principais: 
• Parlamento Europeu - é um órgão com responsabilidades orçamentais, legislativas e 
de supervisão, eleito pelos cidadãos europeus a cada cinco anos. Os membros do 
parlamento são formados por 751 deputados; 
• Conselho da União Europeia - é composto pelos ministros dos governos de cada 
pais da UE. São responsáveis por promover discussões, alterações e aprovar 
legislações, bem como coordenar políticas; 
• Conselho Europeu - é o órgão que tem a função de estabelecer as orientações e 
prioridades políticas da UE. É formado pelos Chefes de Estado e de Governo dos 
Estados-Membros que formulam a agenda política do bloco; 
• Comissão Europeia - é um órgão independente politicamente que tem como objetivo 
principal defender os interesses do bloco, apresentando propostas legislativas, 
gerenciando o dia a dia da UE, monitorando os tratados e seu orçamento. Além 
disso, é responsável por aplicar as decisões do Parlamento Europeu e o Conselho 
da União Europeia. É formada por uma equipe de comissários de cada país-
membro; 
• Banco Central Europeu (BCE) - realiza a gestão da moeda (o euro), garante a 
estabilidade dos preços e coordena a política econômica e monetária da UE. É 
formado pelo presidente e vice do BCE e os governadores dos bancos centrais dos 
países da UE; 
• Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) - tem o objetivo de garantir que a lei 
seja interpretada e aplicada de forma igualitária em todos os países e ainda 
assegurar que as instituições estão cumprindo a legislação. É composto pelo 
Tribunal de Justiça, Tribunal Geral e Tribunal da Função Pública; 
• Tribunal de Contas Europeu (TCE) - é um órgão independente de controle externo 
que auxilia no gerenciamento financeiro da UE e também controla a cobrança e 
utilização dos fundos do bloco. É formado por um membro de cada país da UE. 
Em 2008, uma crise financeira atingiu toda a economia mundial, derivada dos 
empréstimos hipotecários dos Estados Unidos. Nesse período, alguns bancos da 
Europa enfrentaram problemas e a crise foi um dos elementos que auxiliou os 
países do bloco a terem uma cooperação econômica mais estreita. Houveram outros 
momentos que desestabilizaram a economia da UE. Em 2011, por exemplo, ocorreu 
outra crise que deixou vários países endividados como Grécia, Portugal, Itália, 
Espanha e Irlanda. 
 
Brexit 
 
É o processo de saída do Reino Unido da União Europeia iniciado em 2017 e com 
previsão para terminar em 2019. A palavra Brexit vem da junção das palavras 
inglesas “Britain” (Bretanha) e “Exit” (saída). 
O Reino Unido, porém, sempre se manteve à margem da CEE (Comunidade 
Econômica Europeia - 1957) e só aceitou fazer parte do clube em 1973. Mesmo 
assim, dois anos depois, convocaram um referendo para que a população decidisse 
se queriam ou não continuar. Naquela época, ganhou o “sim”. 
Desta maneira, o Reino Unido continuou a fazer parte da UE, mas não participou 
dos dois maiores projetos europeus: 
• a criação de uma moeda única, o euro; 
• o Espaço Schengen, que permite a livre circulação de pessoas. 
O Brexit tem origem no governo do primeiro-ministro conservador David Cameron. 
Para disputar a reeleição, ele se aliou ao partido nacionalista Partido da 
Independência do Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês). 
Em troca do seu apoio, este partido exigiu a convocação de um referendo onde os 
eleitores pudessem escolher entre seguir ou sair da União Europeia. 
O UKIP argumentava que a União Europeia retirava a soberania do Reino Unido em 
assuntos econômicos e imigração. Por isso, pedia que fosse feito uma consulta à 
população sobre a permanência neste bloco econômico. 
O referendo foi marcado para 23 de junho 2016: 48,1% votou não à saída da UE, 
mas 51,9% votou sim. 
No dia seguinte ao referendo, a libra esterlina registrou uma forte queda, assim 
como o dólar australiano e o dólar neozelandês. A bolsa e o mercado mobiliário 
sofreram uma forte queda naquela semana. Por isso, o governo britânico abaixou as 
taxas de juros e fez empréstimos bancários para conter uma possível perda de 
capitais. 
As consequências para a UE são: perde a contribuição monetária do Reino Unido, 
terá que renegociar todos os tratados comerciais com o Reino Unido, medo que o 
Brexit inspire outros países a fazer o mesmo. 
 
Brics 
BRICS é um termo utilizado para designar o grupo de países de economias 
emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. "BRICS" é um 
acrônimo ou seja, a junção das iniciais de palavras que formam outro termo. 
O termo BRIC foi criado em 2001 pelo inglês Jim O'Neill, até então diretor de 
pesquisas econômicas do banco de investimentos Goldman Sachs, para fazer 
referência aos quatro países iniciais e suas respectivas economias que estavam 
crescendo, e somente dez anos depois, após a entrada formal da África do Sul, o “S” 
foi adicionado. 
A partir de 2006, o termo, que tinha sentido apenas teórico, passou a ter significado 
prático, já que ministros das relações exteriores dos quatro países realizaram uma 
primeira reunião formal e, por sugestão do ministro russo, passaram a se reunir com 
maior frequência. 
Estes países emergentes possuem características comuns como, por exemplo, bom 
crescimento econômico. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes 
países não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação 
econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Eles 
formam uma espécie de aliança que busca ganhar força no cenário político e 
econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns. A cada ano ocorre 
uma reunião (cúpula) entre os representantes destes países, que buscam formalizar 
acordos e medidas com claros objetivos de compor um bloco econômico. 
Características comuns destes países: 
 
- Economia estabilizada recentemente; 
 
- Situação política estável; 
 
- Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação; 
 
- Níveis de produção e exportação em crescimento; 
 
- Boas reservas de recursos minerais; 
 
- Investimentos em setores de infraestrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, 
usinas hidrelétricas, etc); 
 
- PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento; 
 
- Índices sociais em processo de melhorias; 
 
- Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais; 
 
- Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como, por exemplo, 
celulares e Internet (inclusão digital); 
 
- Mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos 
estrangeiros; 
 
- Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia. 
 
Resumo das últimas cúpulas: 
- A V Cúpula do BRICS aconteceu nos dias 26 e 27 de março de 2013, na cidade de 
Durban (África do Sul). Participaram da reunião os cinco chefes de estados dos 
paísesintegrantes. O tema do evento foi: "Brics e África: Parceria para o 
Desenvolvimento, Integração e Industrialização". A sexta edição do evento deverá 
ocorrer no Brasil, em de julho de 2014. 
- A VI Conferência de Cúpula do BRICS ocorreu no Brasil entre os dias 15 e 16 de 
julho de 2014. Uma das principais medidas tomadas foi a criação do NBD (Novo 
Banco de Desenvolvimento). Com capital inicial entre US$ 50 bilhões e 100 bilhões, 
o objetivo principal do banco será financiar projetos de infraestrutura nos países do 
BRICS. A sede do Banco ficará na China, sendo que seu primeiro presidente será 
indiano. 
- A sétima conferência ocorreu na cidade de Ufa (Rússia) entre os dias 8 e 9 de julho 
de 2015. 
- Já em 2016, a oitava cúpula ocorreu na cidade indiana de Goa, entre os dias 15 e 
16 de outubro. 
- A 9ª Cúpula do Brics ocorreu entre os dias 3 e 5 de setembro de 2017, na cidade 
chinesa de Xiamen. Entre os principais temas debatidos, foram enfatizados o 
combate ao protecionismo econômico e uma busca diplomática para o problema das 
ameaças e testes nucleares realizados pela Coreia do Norte. 
Juntos ocupam 26,46% da área total da Terra, reúnem 42,58% da população 
mundial e respondem por 22,53% do PIB do planeta. Mas, hoje, no campo 
econômico, os Brics têm tido desempenhos muito diferentes. A Índia é a única que 
continua a crescer. A China ainda mantém uma taxa de crescimento bem maior do 
que a média mundial, mas menos vigorosa do que no passado. Já Brasil e Rússia se 
revelaram "grandes decepções", como afirmou O'Neill em entrevista à BBC Brasil. 
Especialistas disseram acreditar que o grupo evoluiu significativamente desde sua 
criação, deixando de ser meramente um agrupamento de economias emergentes 
com forte crescimento para se tornar um agrupamento político. No entanto, 
destacaram que ainda há um "longo caminho a percorrer" para os Brics façam frente 
aos países hoje considerados desenvolvidos. 
Hoje os cinco países mantêm grupos de trabalho em áreas como cooperação 
espacial, combate ao terrorismo, saúde pública. 
O país que mais investe em educação é a África do Sul, que gasta 6,8% de seu PIB 
na pasta. O Brasil fica em segundo lugar, com 5,3%. Rússia e China ficam 
empatadas, com 4,3%. O investimento do governo indiano em educação equivale a 
3,3% do PIB do país. Já na área da saúde, a China é a que mais investe, com gasto 
de 5,4% do PIB. O Brasil aparece em segundo lugar com 5%, seguido por África do 
Sul (4%), Rússia (3,5%) e Índia (1,4%). De 0 a 100 a Estimativa do Banco 
Mundial aponta que o país mais desigual do grupo é a África do Sul, com índice de 
63. Em seguida, aparece o Brasil, com 51, China (42), Rússia (41) e Índia (35) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
Os blocos econômicos são então, um tipo de acordo, muitas vezes parte de uma 
organização intergovernamental, onde barreiras ao comércio são reduzidas ou 
eliminadas entre os Estados participantes. 
E apesar dos benefícios e pontos positivos, um dos problemas que estão sendo 
preocupantes nos blocos é a desigualdade entre eles. Tanto a desigualdade 
econômica, quanto a social, racial, etária, e de gênero, está sendo muito presente 
entre os países-membros. Nos últimos anos, em alguns blocos, é um fator que está 
sendo tratado e tentando ser resolvido, porém, na maioria, não é algo que dão muita 
importância e valor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia 
SAIBA MAIS SOBRE O MERCOSUL. Disponível em: 
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