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Sorriso/MT 2018/1 MARY ESTHER TEIXEIRA DOS SANTOS DIREITOS SUCESSÓRIOS NA ADOÇÃO MULTIPARENTAL Sorriso/MT 2018/1 DIREITOS SUCESSÓRIOS DA ADOÇÃO MULTIPARENTAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Unic- Campus Sorriso, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Direito. Orientador: Marina Bravo MARY ESTHER TEIXEIRA DOS SANTOS MARY ESTHER TEIXEIRA DOS SANTOS DIREITOS SUCESSÓRIOS NA ADOÇÃO MULTIPARENTAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Unic- Campus Sorriso como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Direito. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Sorriso, dia de mês de 2018 Dedico este trabalho à minha família, pincipalmente ao meu pai Edivan e minha mãe Antônia, ao meu querido namorado e esposo Alex. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus porque em suas palavras encontrei forças e motivação nos momentos mais difíceis. Aos meus pais por toda a dedicação e ensinamentos, pois toda a base que tive me auxiliou em dar sempre o melhor de mim espelhando-me nos melhores exemplos que tive. Ao meu esposo Alex por todo apoio e paciência ao longo desses anos, por todo o cuidado e carinho dedicado a mim até mesmo quando não merecia, pelo incentivo em realizar meus objetivos e seguir ao meu lado nesta caminhada. Aos meus amigos que seguiram este trajeto comigo que me ajudaram com um conselho, com um ombro amigo e até mesmo com seu tempo, por todas as adversidades que conseguimos ultrapassar juntos. A todos os professores que me auxiliaram de alguma maneira para chegar até aqui. Obrigada! SANTOS, Mary Esther Teixeira. Direitos Sucessórios na Adoção Multiparental. 2018. 26 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Direito – Unic, Sorriso, 2018. RESUMO Este trabalho tem por tema os direitos sucessórios na adoção multiparental e busca sintetizar os fatos acerca das garantias fundamentais previstas na Constituição Federal. Com a modernização do modelo de família e com as demasiadas formas de constituição de uma é fácil e notória a confusão de direitos de cada um, por isso a necessidade da reformulação das leis que definem sobre tais assuntos. Foram realizados levantamentos bibliográficos e pesquisas em sites que tratavam sobre o assunto. Com isso buscou-se entender o que é a adoção multiparental e quais são os direitos e deveres nessa nova definição de relação familiar e ainda buscar o conceito de adoção multiparental, identificar quais são os direitos do adotado nesse modelo de família moderno e definir quais são a medidas a serem tomadas em caso de sucessão. Foi possível constatar a evolução histórica da conceituação de família e sua modernização. Com todos os dados em mãos pode se ter uma noção mais ampla de como as mudanças sociais influenciam no direito. E que a sucessão na multiparentalidade não é um assunto pacífico, mas vem ganhando grande importância na área jurídica. Com isso conseguiu-se atingir os objetivos propostos, indo ainda além por busca de esclarecimento sobre o assunto. Palavras-chave: Adoção; Multiparentalidade; Sucessão; Direito Civil. SANTOS, Mary Esther Teixeira. Succession rights in Adoption Multiparental. 2018. 26 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Direito – Unic, Sorriso, 2018 ABSTRACT This work has for theme the rights succession in the adoption multiparental and search to synthesize the facts concerning the fundamental warranties foreseen in the Federal Constitution. With the modernization of the family model and with the too much forms of constitution of one is easy and well-known the confusion of rights of each one, for that the need of the refurbishment of the laws that you/they define on such subjects. Bibliographical risings and researches were accomplished in sites that treated on the subject. With that it was looked for to understand what is the adoption multiparental and which are the rights and duties in that new definition of family relationship and still to look for the concept of adoption multiparental, to identify which are the rights of the adopted in that modern family model and to define which are to measured the they be taken Key-words: Adoption; Multiparentality; Succession; Civil Right. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13 2. CONCEITUANDO O TERMO FAMÍLIA E ADOÇÃO......................................... 14 2.1. ADOÇÃO MULTIPARENTAL..............................................................................17 3. CARACTERÍSTICAS DA SUCESSÃO .............................................................. 19 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 26 6. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 27 13 1. INTRODUÇÃO Este projeto tem por tema os direitos sucessórios na adoção multiparental e tem como objetivo a busca pelo conceito de adoção multiparental e quais são os seus direitos diante de uma sucessão. Com a modernização do modelo de família e com as demasiadas formas de constituição de uma é fácil e notória a confusão de direitos de cada um, por isso a necessidade da reformulação das leis que definem sobre tais assuntos. É importante que se entenda a definição da multiparentalidade e a necessidade da inserção dos adotados a um cotidiano comum, como do que ele pode ou não fazer, o entendimento de seus direitos e deveres e ainda para a melhor compreensão da abrangência dos direitos do adotado. O conhecimento é a melhor forma para diferenciar as características dos mais diversos modelos de família, deixando de lado o conceito de que família é constituída de pai (figura masculina), mãe (figura feminina) e filhos (concebidos no casamento). Justifica-se que em meio à tantas mudanças no modelo de família tradicional, ocasiona-se uma pequena confusão nos direitos e deveres dos membros destas relações. Como é o caso do adotado nas adoções multiparentais, por isso a importância de identificar o conceito da multiparentalidade e buscar a resolução dos conflitos que envolvam seus direitos e deveres. Baseando- se na legislação vigente, como por exemplo a Constituição Federal, que é a maior fonte de busca para tal assunto, e também nas jurisprudências mais recentes que tratem desses litígios, pois a fundamentação é de imprescindível importância. Diante da modernização do modelo de família tradicional o que seria a multiparentalidade e quais são os seus direitos e deveres constituídos nessas relações, em especificamente na adoção multiparental que está sendo de grande relevância nos estudos atuais. Com isso buscou-se entender o que é a adoção multiparental e quais são os direitos e deveres nessa nova definição de relação familiar e ainda buscar o conceito de adoção multiparental, identificar quais são os direitos do adotado nesse modelo de família moderno e definir quais são a medidas a serem tomadas em caso de sucessão. 14 2. CONCEITUANDO O TERMO FAMÍLIAE ADOÇÃO O instituto familiar surgiu há muito tempo na história, a família tornou-se uma espécie de alavanca para a formação da sociedade em geral, e ela vem evoluindo desde então. Passando por processos de readequação a modernidade e aos vínculos constituídos atualmente. Como reafirmamos com o escrito por Tuany Bernardes Pereira em seu artigo sobre Adoção Multiparental: O instituto familiar, na história dos agrupamentos humanos, é o que antecede todos os demais, sendo a base da sociedade e agente socializador do indivíduo, no qual este irá desenvolver sua personalidade e caráter, além de ser o primeiro a sofrer grandes transformações em seu núcleo com o avanço e desenvolvimento social. (PEREIRA, Tuany Bernardes. Adoção Multiparental: possibilidade de múltipla filiação. Jus Brasil) A definição de família está muito além do convencional determinado pela maior parte da sociedade que é o tipo mais tradicionalista ou de cunho religioso, hoje existem os mais diversos tipos de família, pois a ligação familiar não envolve mais somente o fator sanguíneo, hoje o afeto prevalece e muito em relação a isto. Ele (o afeto) é o fator determinante para a constituição da família moderna. Como podemos destacar o dito por Claudia da Silveira: Segundo Claudia da Silveira a expressão família possui origem romana e era utilizada para designar um novo organismo social, cujo chefe mantinha sob seu poder a mulher, os filhos e certo número de escravos, com o pátrio poder romano e o direito de vida e morte sob todos eles. (SILVEIRA, Claudia da. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Conteúdo Jurídico) Por muito tempo foi considerado família o pai (o homem, figura masculina), a mãe (a mulher, figura feminina) e os filhos, os concebidos nessa relação estável. Os filhos frutos de relações extraconjugais não eram considerados membros da família, eram chamados de bastardos portanto não possuíam direito algum. Geralmente o patrimônio da família ficava com filho primogênito advindo da relação conjugal dentro do casamento. O laço sanguíneo era a principal ligação familiar, e o pai, era a base do lar. Por um extenso período este foi o modelo de família a ser seguido, descartando qualquer outro tipo de relação. No entanto, com o passar do anos o conceito de família foi deixando de adotar o termo tradicionalista e veio se modernizando, surgindo então uma ligação mais afetiva, que envolve proteção, amor, cuidado, carinho, respeito, companheirismo e 15 educação e deixando de ter como principal objetivo a procriação ou ainda em tempos mais antigos o fatores econômicos. E com isso foram se instituindo os mais diversos tipos de famílias como as homoafetivas que são formadas por um casal do mesmo sexo, as monoparentais constituídas apenas pela mãe ou pelo pai, as tradicionais representada pelo casal heterossexual e ainda a qual trazemos como tema, a multiparental. Como pode-se destacar na indagação de Bunazar (2010, s.P.), citada por Tuany em se Artigo: “Quem são os pais de hoje, ou, mais precisamente, qual o fator que determina o vínculo parental?” (PEREIRA, Tuany Bernardes. Adoção Multiparental: possibilidade de múltipla filiação. Jus Brasil). Hoje em dia juridicamente não se faz distinção entre filhos, todos possuem os mesmo diretos, devendo ser tratados iguais, independentemente que sejam os filhos concebidos no matrimônio, em um relacionamento extraconjugal, em uma união estável ou ainda por uma relação socioafetiva. Nesse mesmo sentido nos ensina, Maria Berenice Dias: As transformações mais recentes por que passou a família, deixando de ser unidade de caráter econômico, social e religioso para se afirmar fundamentalmente como grupo de afetividade e companheirismo, imprimiram considerável reforço ao esvaziamento biológico da paternidade. (DIAS, Maria Berenice, Manual do Direito das Famílias. 5. ed. São Paulo: Editora RT, 2009, p.324) Portanto é notável todas as mudanças e modernizações do instituto família, ele vem se readaptando a evolução da sociedade em seus diversos aspectos e comportamentos que é cada vez mais constante. Finalizado o conceito de família, agora trataremos sobre adoção, que conforme Carlos Roberto Gonçalves: “Adoção é ato solene pelo qual alguém recebe em sua família, na qualidade de filho, pessoa a ele estranha.” (GONÇALVES, Carlos Roberto, 2014, p.381). Um dos primeiros casos de adoção que é mundialmente conhecido é relatado na bíblia, foi quando Moisés foi encontrado no rio Nilo e foi acolhido pela filha do Faraó. Tornando-se príncipe do Egito. A adoção também já estava disciplinada em oito artigos do Código de Hamurabi (1728–1686 a.C.). E ainda conforme Gonçalves relata em sua doutrina: Deve ser destacado no atual conceito de adoção a observância do princípio do melhor interesse da criança, uma vez que o parágrafo do art. 100 do Estatuto da Criança e do Adolescente proclama que são também princípios que regem a aplicação das medidas de proteção, dentre outros o “ IV – 16 interesse superior da criança e do adolescente”, reiterando conteúdo do revogado art. 1.625 do Código Civil de 2002, no sentido de que “somente será admitida a adoção que constituir efetivo benefício para o adotando” (GONÇALVES. Carlos Roberto, Direito civil brasileiro: direito de família- de acordo com a Lei n. 12.874/2013 – 11. ed. – São Paulo: Saraiva, 2014, p. 382.) Adoção é um vínculo familiar criado por um ato quando não existe laço consanguíneo. Está mais a ligado ao afeto e ao companheirismo na relação que é adquirida com a convivência. A proteção do afeto se dá pelo princípio da dignidade da pessoa, que é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal. Há muito tempo atrás o instituto de adotar só era possível para os pais que não podiam ter filhos, já atualmente visa-se pelo bem estar da criança e adolescente, garantindo os seus direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. Atualmente a adoção é disciplinada pela Lei n. 12.010, de 03 de agosto de 2009. Essa mesma lei acarretou mudanças no Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente no que seria concernente a adoção e toda a burocracia para adotar, essas alterações visam dar celeridade a esses processos burocráticos que tornam-se extensos e cansativos. Que no entanto, buscam sempre proporcionar o melhor para o adotado, pois o mesmo deve ser inserido em família estabilizada e que possa lhe dar as condições mínimas para se reinserir na sociedade, como educação, alimentação, segurança e lazer. 2.1 ADOÇÃO MULTIPARENTAL O conceito de adoção multiparental já é mais moderno, devido a flexibilização do sistema familiar, ele concentra-se na atualização da composição dos mais diversos tipos de família conforme vemos a seguir: A multiparentalidade significa a legitimação da paternidade/maternidade do padrasto ou madrasta que ama, cria e cuida de seu enteado(a) como se seu filho fosse, enquanto que ao mesmo tempo o enteado(a) o ama e o(a) tem como pai/mãe, sem que para isso, se desconsidere o pai ou mãe biológicos. A proposta é a inclusão no registro de nascimento do pai ou mãe socioafetivo permanecendo o nome de ambos os pais biológicos. (KIRCH, Aline Taiane; COPATTI, Lívia Copelli. O reconhecimento da multiparentalidade e seus efeitos jurídicos. In: Âmbito Jurídico). 17 A multiparentalidade dá o direito reconhecido juridicamente de um indivíduo de ter mais de uma mãe e/ou mais de um pai. Efetivando os efeitos do princípio da dignidade humana. Segundo Thábata Fernanda Suzigan: Um processo com decisão inédita referente a multiparentalidade ocorreu no Tribunal de Justiça de São Paulo quandojovem de 19 anos pediu para acrescenta o nome da mão socioafetiva em sua certidão sem retirar o nome da mãe biológica que morreu logo três dias após o parto. Conforme vemos a seguir: EMENTA: MATERNIDADE SOCIOAFETIVA. Preservação da Maternidade Biológica. Respeito à memória da mãe biológica, falecida em decorrência do parto, e de sua família. Enteado criado como filho desde dois anos de idade. Filiação socioafetiva que tem amparo no art. 1.593 do Código Civil e decorre da posse do estado de filho, fruto de longa e estável convivência, aliado ao afeto e considerações mútuos, e sua manifestação pública, de forma a não deixar dúvida, a quem não conhece, de que se trata de parentes - A formação da família moderna não-consanguínea tem sua base na afetividade e nos princípios da dignidade da pessoa humana e da solidariedade. Recurso provido. (SUZIGAN, Thábata Fernanda. Filiação socioafetiva e a multiparentalidade. Direito Net. 2015) De acordo com Maria Berenice Dias, o reconhecimento da filiação multiparental ou pluriparental basta flagrar a presença do vínculo de filiação com mais de duas pessoas. (DIAS, Maria Berenice. 2016. p. 405). O seu reconhecimento gera diversos efeitos jurídicos, como os direitos e deveres derivados da adoção. Como diz Aline Taiane Kirch e Lívia Copelli Copatti: Com o reconhecimento do afeto como um princípio do direito de família e como direito fundamental, há uma quebra de paradigmas, dando-se valor e lugar para o afeto, para o que permeia cada uma das relações familiares. É por esta razão que diz que as relações de consanguinidade são menos importantes que as oriundas de laços de afetividade e convivência familiar, despontando a afetividade como elemento nuclear e definidor da união familiar, com consequente aproximação desta da instituição social. (KIRCH, Aline Taiane; COPATTI, Lívia Copelli. O reconhecimento da multiparentalidade e seus efeitos jurídicos. In: Âmbito Jurídico). A adoção multiparental gera diversos efeitos jurídicos um deles é o direito sucessório, como ensina Lívia Copelli Copatti e Aline Taiane Kirch: Ao se legalizar a multiparentalidade essa passa então a trazer efeitos, não só no cotidiano da vida da família, que se sente realizada, pois conseguiu tornar existente na área jurídica o que já existia na realidade fática, mas também acarreta em efeitos jurídicos. (KIRCH, Aline Taiane; COPATTI, Lívia Copelli. O reconhecimento da multiparentalidade e seus efeitos jurídicos. In: Âmbito Jurídico). 18 Diante do entendimento conceitual de adoção multiparental, passa-se a buscar o esclarecimento dos direitos sucessórios ao qual passa-se a analisar nos capítulos seguintes. 19 3. CARACTERÍSTICAS DA SUCESSÃO Sucessão é a transferência de patrimônio em detrimento de causa mortis, em razão legal ou testamentária, ao herdeiro ou legatário. De acordo com Maria Helena Diniz: O direito das sucessões vem a ser o conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém, depois de sua morte, ao herdeiro em virtude de lei ou de testamento (CC, art. 1.786). Consiste, portanto, no complexo de disposições jurídicas que regem a transmissão de bens ou valores e dívidas do falecido, ou seja, a transmissão do ativo e do passivo do de cujus ao herdeiro. (DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, volume 6: direito das sucessões / Maria Helena Diniz – 29. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2015.) O direito sucessório possui alguns objetivos a serem destacados: a perpetuidade do patrimônio na família do autor da herança; a representação do apreço do sucedido pelo herdeiro e/ou legatário; e a continuidade da relações jurídicas do de cujus. Alguns princípios também são importantes para o direito sucessório no que tange a transferência dos bens são eles o princípio Saisine que diz que com a morte do de cujus os bens são transferidos imediatamente aos herdeiros legítimos e testamentários e o princípio da indivisibilidade onde até que termine o processo de inventário e partilha os bens que compõem a herança não poderão ser divididos (Artigo 1.784 a 1.790 do Código Civil). Existem também três espécies de sucessores, os herdeiros legítimos que são os definidos por lei; o herdeiro universal que é o sucessor de toda a herança; e os legatários que recebem em testamento. A ordem de vocação desses herdeiros está disposta no Artigo 1.829 do Código Civil: Art. 1829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. (Vade Mecum Saraiva / obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia Lívia Céspedes e Fabiana Dias de Rocha, 2016, p.279) 20 Compõe a ação de sucessão o de cujus, os sucessores, que geralmente são os legítimos como o cônjuge, descendentes, ascendentes e colaterais, ou ainda os legatários. E a herança, que é o patrimônio deixado pelo de cujus. Para melhor compreensão explica Venosa: “Entende-se herança como o conjunto de direitos e obrigações que se transmitem, em razão da morte, a uma pessoa, ou a um conjunto de pessoas, que sobreviveram ao falecido”. (VENOSA, Sílvio de Salvo. 2012. p.06). E ainda dispõe Venosa: O patrimônio transmissível, portanto, contém bens materiais ou imateriais, mas sempre coisas avaliáveis economicamente. Os direitos e deveres meramente pessoais, como a tutela, a curatela, os cargos públicos, extinguem-se com a morte, assim como os direitos personalíssimos. (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direitos das sucessões/ Sílvio de Salvo Venosa. – 14. ed. – São Paulo: Atlas, 2014. – (Coleção direito civil; v. 7)) A sucessão classifica-se quanto a sua fonte em legítima e testamentária. Legítima quando fundamenta-se na existência de vínculo familiar, ou na falta deste e de cláusula testamentária, do vínculo estatal, seguindo-se à ordem de vocação hereditária prevista no Código Civil. A legítima pode ser conhecida como o testamento presumido do de cujus, pois o mesmo decorre da lei. Já a testamentária é quando existe disposição de última vontade por meio de testamento deixado pelo falecido. Funda –se na autonomia da vontade, manifestada no testamento, definido como um ato personalíssimo, unilateral, gratuito, solene e revogável. No entanto, no caso de testamento, tendo o sucedido herdeiros necessários descritos no Artigo 1.845 do Código Civil ele poderá dispor apenas de metade de seus bens, pois a outra metade constitui a quota legítima dos herdeiros forçados. Sintetizando os assuntos, vejamos o que diz Maria Helena Diniz: A sucessão testamentária, oriunda de testamento válido ou de disposição de última vontade. Todavia, ante o sistema de liberdade de testar limitada, adotado pela lei pátria, se o testador tiver herdeiros necessários, ou seja, cônjuge supérstite, descendentes e ascendentes sucessíveis (CC, arts. 1.845 e 1.846), só poderá dispor de metade de seus bens (CC,art.1.789), uma vez que a outra metade constitui a legítima daqueles herdeiros.(...) A sucessão legítima ou ab intestato, resultante de lei nos casos de ausência, nulidade, anulabilidade, ou caducidade de testamento. Deveras, se o de cujus não fizer testamento, a sucessão será legítima, passando o patrimônio do falecido às pessoas indicadas pela lei, obedecendo-se à ordem de vocação hereditária. (CC, art. 1.829) (DINIZ, Maria Helena.Curso de direito civil brasileiro, volume 6: direito das sucessões / Maria Helena Diniz – 29. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2015.) 21 Quanto aos seus efeitos se dá a título universal, que é quando for transferido a totalidade ou parte indeterminada da herança. E a título singular, quando for transmitido um bem específico ao sucessor. Conforme pontua Carlos Roberto Gonçalves: Dá-se sucessão a título universal quando o herdeiro é chamado a suceder na totalidade da herança, fração ou parte alíquota (porcentagem) dela. Pode ocorrer tanto na sucessão legítima como na testamentária. Na sucessão a título singular, o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado, denominado legado, como um veículo ou um terreno, por exemplo. Legatário, portanto não é o mesmo que herdeiro. Este sucede a título universal, pois a herança é uma universalidade; aquele, porém, sucede ao falecido a título singular, tomando o seu lugar em coisa certa e individuada. (GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil brasileiro: direito das sucessões, v.7- 10. Ed.- São Paulo: Saraiva, 2016.) São essas as classificações existentes no direito das sucessões brasileiro, lembrando que não é permitido nenhum outro tipo de sucessão seja por ato inter vivos ou contratual, salvo o que está previsto no artigo 2.018 do Código Civil que dispõe o seguinte: “É válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários” ( Vade Mecum Saraiva / obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia Lívia Céspedes e Fabiana Dias de Rocha, 2016, p. 288). A sucessão se abre no lugar do último domicílio do de cujus, em caso de pluralidade de domicílios é permitido legalmente que seja aberta em qualquer um desses foros que configurem domicílio do falecido. Contanto, existem algumas exceções como quando o de cujus for estrangeiro poderá ser regulada pela lei brasileira caso a dele não for a mais benéfica, quando houver domicílio fixo considerar- se-á o local do óbito, quando não houver domicílio e os bens se concentrarem em um só lugar será no local do bens, e ainda se houver pluralidade de domicílios será o local do juiz prevento (que despachou primeiro). Os herdeiros devem ter capacidade e legitimidade. Após abertura do inventário será nomeado um inventariante, que irá fazer a administração dos bens até que seja divido todo o espólio, seja por força legal ou disposição de última vontade. Os herdeiros podem aceitar ou renunciar a herança. Como afirma Carlos Roberto Gonçalves: “Aceitação ou adição da herança é o ato pelo qual o herdeiro anui à transmissão dos bens do de cujus, ocorrida por lei com a abertura da sucessão, confirmando-a. Já a renúncia da herança é negócio jurídico unilateral, pelo qual o 22 herdeiro manifesta a intenção de se demitir dessa qualidade. (GONÇALVES, Carlos Roberto, 2016, p. 88 e 101). Temos a aceitação tácita, que decorre da prática de atos inequívocos positivos ou negativos, a expressa que é por escrito sendo pública ou particular e ainda presumida que decorre do silêncio do herdeiro após um lapso temporal. Ela ainda poder direta quando origina-se do próprio herdeiro, ou indireta quando oriunda dos sucessores, tutor ou curador, mandatário ou gestor ou credores. Já a renúncia é um ato unilateral que não pode ser presumido conforme artigo 1.806 do Código Civil: “A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial”. (Vade Mecum Saraiva / obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia Lívia Céspedes e Fabiana Dias de Rocha, 2016, p. 278). Ela pode ser abdicativa, quando abri mão para todos os herdeiros em partes iguais, ou seja, retorna ao quinhão hereditário ou translativa indicação de outra pessoa e transferência em seu favor do indicado, como por exemplo, cessão da herança. Caso o renunciante seja casado deverá ter outorga uxória. Caso haja a aceitação da herança, seja ela legítima ou testamentária, haverá a divisão em quinhões iguais, ou a parte que lhe cabe de acordo com o que foi deixado em testamento, como já foi citado nos parágrafos acima. Transferindo todos os bens do finado como também as suas dívidas. Depois de aceita a herança, não se pode voltar atrás Em caso que há menor de idade e as partes estiverem de acordo, pode- se fazer o inventário por escritura pública em cartório, desde que seja homologado por um juiz. 23 4 SUCESSÃO NA ADOÇÃO MULTIPARENTAL Sabe-se que com o reconhecimento do vínculo socioafetivo e da multiparentalidade, surgem diversos efeitos jurídicos e como já citado anteriormente o direito de sucessão pode ser considerado um deles. Sendo reconhecida a filiação socioafetiva ela se torna irrevogável, até mesmo a voluntária, segundo o descrito no artigo 27 da Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente): “Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.” (Vade Mecum Saraiva / obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia Lívia Céspedes e Fabiana Dias de Rocha, 2016, p. 1043). Em certos tempos era praticamente impossível de se ver uma criança com dois pais e/ou duas mães, mas como foi possível observar o surgimento da maior variedade de tipos de família isso tornou-se real. Além do direitos sucessórios existem outros efeitos decorrentes do reconhecimento da multiparentalidade que são o parentesco, o nome, obrigação alimentar, guarda do filho menor, direito de visitas e os direito sucessórios. Desde o reconhecimento da multiparentalidade e a aceitação das mais diversas composições de família tornou-se mais comum vermos ações que pedem a inserção dos nomes de pais ou mães socioafetivo mantendo os nomes dos pais biológicos ou ainda o contrário, em certidões de nascimento. Podemos dar como exemplo, uma criança criada por um padrasto desde sua concepção e que recebeu toda assistência necessária, mas no registro de nascimento consta o nome do pai biológico. Não é difícil de se notar o grande espaço que isso vem tomando na área jurídica brasileira, como podemos ver nos julgados a seguir que são só alguns exemplos de um número expressivo dessa ações: DIREITO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. APELAÇÃO. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE REGISTRO DE NASCIMENTO. EXAME DE DNA. PAI BIOLÓGICO QUE VINDICA ANULAÇÃO DO REGISTRO DO PAI REGISTRAL. EXCLUSÃO DO NOME DO PAI REGISTRAL. INOVAÇÃO RECURSAL. INCLUSÃO DO PAI BIOLÓGICO SEM PREJUÍZO DO PAI REGISTRAL. INTERESSE MAIOR DA CRIANÇA. FAMÍLIA MULTIPARENTAL. POSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1. 1. Resguardando o melhor interesse da criança, bem como a existência de paternidade biológica do requerente, sem desconsiderar que também há paternidade socioafetiva do pai registral, 24 ambas propiciadoras de um ambiente em que a menor pode livremente desenvolver sua personalidade, reconheço a paternidade biológica, sem, contudo, desfazer o vínculo jurídico oriundo da paternidade socioafetiva. 4. Recurso provido na parte em que foi conhecido para reformar a sentença. (TJ-RR.2014. on-line) CONSTITUCIONAL E FAMÍLIA. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA COM REGISTRO DE MULTIPARENTALIDADE. VÍNCULO BIOLÓGICO PREEXISTENTE. RECONHECIMENTO SIMULTÂNEO DO VÍNCULO SOCIOAFETIVO. DUPLA MATERNIDADE. POSSIBILIDADE. TESE FIXADA PELO STF COM REPERCUSSÃO GERAL. SENTENÇA REFORMADA. 1. O Supremo Tribunal Federal, ao conceder repercussãogeral ao tema n. 622, no leading case do RE 898060/SC, entendeu que a paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com efeitos jurídicos próprios. 2. Consoante se infere do referido julgado, houve uma mudança no entendimento sobre o tema da multiparentalidade, em virtude da constante evolução do conceito de família, que reclama a reformulação do tratamento jurídico dos vínculos parentais à luz do sobreprincípio da dignidade humana (art. 1º, III, da CRFB) e da busca da felicidade. 3. In casu, constatada a coexistência de dois vínculos afetivos; quais sejam, com os pais socioafetivos e com a mãe biológica, não havendo qualquer oposição de nenhuma das partes sobre o reconhecimento da multiparentalidade, o seu reconhecimento é medida que se impõe. 4. Recurso provido. Sentença reformada. (TJ-DF. 2017 . on-line) Analisando as posições dos tribunais brasileiros pode-se dizer que se assegura ao adotado todos os direitos garantidos aos filhos, assim como na adoção comum. Conforme o Artigo 1596 do Código Civil: “Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.” (Vade Mecum Saraiva / obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia Lívia Céspedes e Fabiana Dias de Rocha, 2016, p. 264). Ou seja, é garantido aos filhos afetivos as mesmas garantias dadas aos filhos consanguíneos sem discriminação alguma, pois todos são iguais perante a lei. Além do que o direito de herança é garantido constitucionalmente no inciso XXX do Artigo 5° da Constituição Federal: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXX - é garantido o direito de herança; (Vade Mecum Saraiva / obra coletiva da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia Lívia Céspedes e Fabiana Dias de Rocha, 2016, p. 6 e 7) Destarte que não há proibição na lei que verse sobre a possibilidade ou não de se receber duas heranças de pais diferentes, sendo a filiação absolutamente legítima, 25 tudo aquilo que não é vedado por lei, é permitido, logo existe a possibilidade de herança na multiparentalidade. Como podemos ver no Recurso a seguir: RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. FILIAÇÃO. IGUALDADE ENTRE FILHOS. ART. 227, § 6º, DA CF/1988. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. PATERNIDADE SOCIOAFETIVA. VÍNCULO BIOLÓGICO. COEXISTÊNCIA. DESCOBERTA POSTERIOR. EXAME DE DNA. ANCESTRALIDADE. DIREITOS SUCESSÓRIOS. GARANTIA. REPERCUSSÃO GERAL. STF. 1. No que se refere ao Direito de Família, a Carta Constitucional de 1988 inovou ao permitir a igualdade de filiação, afastando a odiosa distinção até então existente entre filhos legítimos, legitimados e ilegítimos (art. 227, § 6º, da Constituição Federal). 2. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 898.060, com repercussão geral reconhecida, admitiu a coexistência entre as paternidades biológica e a socioafetiva, afastando qualquer interpretação apta a ensejar a hierarquização dos vínculos. 3. A existência de vínculo com o pai registral não é obstáculo ao exercício do direito de busca da origem genética ou de reconhecimento de paternidade biológica. Os direitos à ancestralidade, à origem genética e ao afeto são, portanto, compatíveis. 4. O reconhecimento do estado de filiação configura direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, que pode ser exercitado, portanto, sem nenhuma restrição, contra os pais ou seus herdeiros. 5. Diversas responsabilidades, de ordem moral ou patrimonial, são inerentes à paternidade, devendo ser assegurados os direitos hereditários decorrentes da comprovação do estado de filiação. 6. Recurso especial provido. (STJ - REsp: 1618230 RS 2016/0204124-4, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 28/03/2017, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 10/05/2017). Diante de todo o exposto é notório os direitos do adotado na multiparentalidade e evidencia-se a possibilidade de sucessão, pois aos ser reconhecida a filiação afetiva o mesmo passa a ter todos os direitos e garantias dadas aos filhos consanguíneos. 26 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O principal objetivo deste trabalho foi alcançado com êxito, permitindo descrever o conceito geral e específico da multiparentalidade e apontar as causas que fizeram com que surgisse a necessidade de discutir tal tema, houve um bom desenvolvimento do conhecimento sobre o assunto que está em processo evolutivo. Pode-se explanar diversos pontos sobre os efeitos jurídicos do reconhecimento da multiparentalidade e em qual proporção ele atinge o cotidiano do envolvidos, pois trata-se de pessoas se relacionando, há sentimentalismo, e fica predeterminado a existência de direitos e garantias a serem determinados. Apesar de não haver legislação que regule especificamente o assunto, pode- se ver que os direitos e princípios constitucionais apontam para a possibilidade e a conexão da multiparentalidade com o direito de sucessão, dando ao adotado o que lhe é de direito. Houve um grande aprendizado com este projeto através dos levantamentos e pesquisas realizados para atingir os objetivos traçados. 27 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Priscila Araújo de. Efeitos da paternidade socioafetiva no ordenamento jurídico brasileiro. Disponível em: <www.ibdfam.org.br/artigos/autor/PriscilladeAraujodeAlmeira> Acesso em 06 de abril de 2018. BIAZZO FILHO, João. Direito das Sucessões: histórico. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3639, 18 jun. 2013. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/24714>. Acesso em: 2 maio 2017. DIAS, Maria Berenice, Manual do Direito das Famílias. 5. ed. São Paulo: Editora RT, 2009. DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. -11. ed. rev., atual. e ampl. - São Paulo: Editora Revista Dos Tribunais, 2016. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, volume 6: direito das sucessões / Maria Helena Diniz – 29. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2015.) GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume 6: Direito de família: as famílias em perspectiva constitucional / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 4.ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2014. GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil brasileiro: direito de família- de acordo com a Lei n. 12.874/2013 – 11. ed. – São Paulo: Saraiva, 2014. GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil brasileiro: direito das sucessões, v.7- 10. Ed.- São Paulo: Saraiva, 2016. KIRCH, Aline Taiane; COPATTI, Lívia Copelli. O reconhecimento da multiparentalidade e seus efeitos jurídicos. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVI, n. 112, maio 2013. Disponível em: <http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12754&revist a_caderno=14>. Acesso em maio 2017. PEREIRA, Tuany Bernardes. Adoção Multiparental: possibilidade de múltipla filiação. Jus Brasil. 2015. Disponível em 28 <https://tuanybpereira.jusbrasil.com.br/artigos/179526008/adocao-multiparental- possibilidade-de-multipla-filiacao>. Acesso em 06 de abril de 2018 SILVEIRA, Claudia da. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 11 out. 2012. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.39926&seo=1>. Acesso em: 02 maio 2017.STJ - REsp: 1618230 RS 2016/0204124-4, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 28/03/2017, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 10/05/2017. Disponível em <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/465738570/recurso-especial-resp- 1618230-rs-2016-0204124-4/inteiro-teor-465738580>. Acesso em 04 de abril de 2018. SUZIGAN, Thábata Fernanda. Filiação socioafetiva e a multiparentalidade. Direito Net. 2015. Disponível em <https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/9204/Filiacao- socioafetiva-e-a-multiparentalidade>. Acesso em 04 de abril de 2018. TJ-DF 20160110175077 - Segredo de Justiça 0003593-61.2016.8.07.0016, Relator: JOSAPHA FRANCISCO DOS SANTOS, Data de Julgamento: 25/10/2017, 5ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE : 14/11/2017 . Pág.: 521/525). Disponível em <https://tj- df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/520674437/20160110175077-segredo-de-justica- 0003593-6120168070016>. Acesso em 08 de abril de 2018. TJ-RR - AC: 0010119011251, Relator: Des. ELAINE CRISTINA BIANCHI, Data de Publicação: DJe 29/05/2014. Disponível em < https://tj- rr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/294681293/apelacao-civel-ac-10119011251>. Acesso em 08 de abril de 2018. VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direitos das sucessões/ Sílvio de Salvo Venosa. – 14. ed. – São Paulo: Atlas, 2014. – (Coleção direito civil; v. 7).
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