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1 Leito Fluidizado Referências: • Kunii & Levenspiel, “Fluidization Engineering”, Wiley, 1991 • Davidson & Harrison, “Fluidization”, Academic Press, 1971 • Angelino, “ Fluidization”, PDP 7/76, COPPE/UFRJ, 1976 • Perry & Chilton – capítulo 20 • Cremasco, M. A., Operações Unitárias em Sistemas particulados e Fluidomecânicos, Blucher, 2009. 2 Capítulo 8 – LEITOS FLUIDIZADO E DE JORRO Introdução: A Fluidização foi desenvolvida em 1922 durante a primeira guerra para a gaseificação do carvão visando a produção de gás de síntese para a produção de combustíveis líquidos. O gaseificador Winkler foi o primeiro destes sistemas de gaseificação de carvão. 8.1 – Leito Fluidizado A operação de fluidização é caracterizada pela percolação de um fluido, líquido ou gasoso, ascendente através de um leito de partículas suportadas ou apoiadas em uma placa distribuidora de fluido. Na fluidização o conjunto fluido/sólido se comporta como líquido em ebulição. 3 Principais aplicações: -Reator químico; -Secagem (fertilizantes, minerais polímeros ); -Revestimento de partículas (farmacêuticos etc.); Principais Vantagens: 1. A mistura rápida das partículas conduz a um leito praticamente isotérmico, evitando-se assim os “pontos quentes” (vantagem importante para reator químico maior rendimento); 2. Elevados coeficientes de transferência de calor e massa entre partículas e fluido; 3. Baixo custo de operação e instalação e não possui partes móveis; 4. Permite operação em grandes escalas. 4 Principais Desvantagens: 1. Desgaste do equipamento (abrasão); 2. Alguns materiais não conduzem a uma fluidização adequada: como os que pulverizam e os que aglomeram. 5 Tipos de Fluidização 6 Borbulhante Tipos de Fluidização 7 Transporte Penumático Slugging Slugs axiais Slugging Slugs Flutuantes Tipos de Fluidização Fluidização Homogênea 8 Fluidização Heterogênea: 9 Fluidização Heterogênea: 10 Slugging 11 Slugging Slugs axiais Arraste 12 A Classificação de Geldart. 13 Fluidização do tipo JorroFluidização do tipo areia Fluidização com aeração Fluidização coesiva (s- ) 14 (s- ) A Classificação de Geldart. A Curva característica de uma Fluidização Normal 15 Velocidade superficial Velocidade na mínima fluidização Os parâmetros das experiências são sempre tomados no sentido das vazões decrescentes Porque a volta é sempre igual, porém, a ida depende da compactação do leito. 16 Do escoamento em meios porosos vimos que (Equação do movimento): A fluidização tem início quando: Arraste de Força sólido do aparente Peso Empuxo Peso Onde: mf = Pressão Piezométrica de mínima fluidização Portanto teremos: Área Sólido do Aparente Peso1 1 A gLA A AgL mfmfS mf mfmfSmf S :Como Sólidos de Massa :sendo ; MA gM mf mf mf L m ~ Perceba que m possui unidades de força por unidade de volume. ~ gm mfS 1~ mfmfmfS LAmgLA 1 ~ m Força Resistiva~ 2 3 2 36 1 mf mf mf mf mf mf mf mf c m q q k k dp k ~ Para partículas muito pequenas considere desprezível Equação de Darcy (partículas pequenas), Caso geral: 22 3 q 36 1 mf s mf mf dp g Cálculo de qmf 17 Porosidade na mínima fluidização: 1 1 mf s mf mf s mf M AL M AL Kmf por Kozeny-Carmann Sólidos de MassaM m Força Resistiva~ 1 s mfm g~ mf mf q k m ~ Exemplo: Experimento com leito Fluidizado ( com ar): Partículas esféricas de vidro (38 - 150µ); Densidade ρs=2,6 g/cm3; Diâmetro do leito D=3,2cm Massa de sólidos ms=267g; Altura do leito na mínima fluidização Lmf=26,0cm 2671 1 0,508 2,6 8,04 26 mf s mf M AL Cálculo da porosidade: 3 22 2 267 981= =32,58.10 33,2 8,04 Valor experimental==>33,8cm s mf Mg dynP cmH O A cm H O Cálculo da Queda de Pressão: 18 Gráfico da Fluidização 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Vazão (cm3/min) Q ue da d e Pr es sã o (c m H 2O ) 13,5104 19,2154 25,5206 29,5260 32315 32,5370 34600 34,51010 351440 351900 35,52370 362860 Queda de Pressão (cm H2O) Vazão (cm3/min) 13,5104 19,2154 25,5206 29,5260 32315 32,5370 34600 34,51010 351440 351900 35,52370 362860 Queda de Pressão (cm H2O) Vazão (cm3/min) 19 Gráfico da Fluidização y = 0,0893x + 5,385 R2 = 0,967 0 5 10 15 20 25 30 35 40 50 100 150 200 250 300 350 Vazão (cm3/min) Q ue da d e Pr es sã o (c m H 2O ) Gráfico da Fluidização 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Vazão (cm3/min) Q ue da d e Pr es sã o (c m H 2O ) Região de Leito Fixo A Qq A Q kL :que já ;:Fixo Leito Coeficiente Angular da reta de Leito Fixo (2º gráfico) md d QA Lk p mf mfp 9,51 136 2 22 cm/s 565,0 136 222 gd q Sp mf mf mf cm/s 58,0 04,8 60 280 A Q q mfmf Cálculo da velocidade de mínima fluidização (qmf) : Valor Experimental (qmf) Relação entre ε e q na Fluidização : Richardson e Zaki (1954) 0,03 0,1 4,65 Re 0, 2 4, 4Re 0,2 Re 1 4,4 Re 1 Re 500 2, 4 Re 500 n t n nq v n n 20 Ex: Projeto de um sistema de Fluidização destinado à secagem de produto químico: Diâmetro do secador: D = 30 cm Carga de sólidos: ms = 39 kg Densidade do sólido: s = 2,1 g/cm3 Diâmetro da partícula dp = 90 µm Esfericidade da partícula = 0,8 Altura do leito na mínima fluidização Lmf = 50cm Fluido: ar a 150ºC e 1 atm 2 2 2 2 30 706,86 4 4 39000 981 54125 706,86 s mf DA cm m g dynP A cm Para uma velocidade de ar de duas vezes a de mínima Fluidização, determine: a) A queda de pressão na mínima fluidização b) A altura do distribuidor formado de esferas de aço de 200 µm, tal que a queda de pressão através deste seja de 10% da queda no leito (εd=0,38) c) A potência do Soprador Solução: a) 21 onde q= foi dito que: q=2qmf P Qq L k A Desejo encontrar L, mas não conheço q qmf e nem k 3 4 3 2931, 2.10 8,31.10 273,15 150 g cm Agora é possível calcular L 2 2 33 4 7 2 2 2 200.10 1 0,38 3,81.10 36 1 150 1 0,38 d distribuidor d dp k cm 7 2 L= 5412,5 3,81.10L= 8,5 0,023.10 1,053 P Pq L k q k cm 2 2 3 34 2 4 2 390001 1 0,475 2,1 706,86 50 q 36 1 (90.10 0,8) 0,475 2,1 8,31.10 981 q 0,526 q 2q 1,053 180 1 0,475 0,023.10 mfs mf s mf s mf mf mf mf m AL dp g cm cm s s b) 22 32 2 75 0,6 54.125 5412,5 59.537,5leito distribuidor mC mmH O Q sPot dynC P P cm 2 6 21,013.10 mmH O dyn cm 2 3 2 607,7 1,053 706,86 744,3 C mmH O cm cmQ cm s 3 6 3 1 10 m s cm 3 6 6 744,3.10 607,7 744,3.10 1 10,01 dependendo do fabricante ou 4 275 0,6 m s Pot hp hp hp c) A potência do soprador: 23 8.2 – O Leito de Jorro 24 Referências: Mathur & Epstein, “Spouted Bed” Criado por MATHUR & GISHLER, 1955. O Leito de Jorro 25 O Leito de Jorro Simulação dos dados de He et al. (1994) Fr aç ão d e vo lu m e de só lid os 26 27 Região de leito fixo O Leito de Jorro 28 Início da expansão do leito O Leito de Jorro 29 Início da formação da cavidade na região de jorro O Leito de Jorro 30 Aumento da cavidade de jorro central O Leito de Jorro 31 Um maior aumento da cavidade de jorro central O Leito de Jorro 32 O Leito de Jorro Características Fluidodinâmicas Jorro Incipiente O Leito de Jorro Características Fluidodinâmicas Jorro Estabelecido com uma determinada altura de fonte de partículas 33 O Leito de Jorro Características Fluidodinâmicas Jorro Estabelecido com uma determinada altura de fonte de partículas 34 O Leito de Jorro Características Fluidodinâmicas VOLTA Jorro Estabelecido com uma determinada altura de fonte de partículas 35 O Leito de Jorro Características Fluidodinâmicas Jorro Mínimo VOLTA 36 O Leito de Jorro Características Fluidodinâmicas 37 Aplicação do Leito de Jorro 38 Recobrimento de Partículas: Baixar a taxa de dissolução de substâncias químicas; Tornar o manuseio de produtos mais fácil; Inibir sabores e odores desagradáveis; Proporcionar boa estética ao produto; Adicionar material para suprir futura carência deste pela partícula; Proporcionar resistência mecânica. Aplicações do Leito de Jorro 39 Recobrimento de Partículas 40 Vantagens do leito de jorro: - Boa agitação dos sólidos e um efetivo contato gás-sólido; - Baixos custos operacionais e de manutenção - Pequeno investimento inicial Limitações do leito de jorro convencional: - Elevada perda de carga, antes de atingir o jorro estável; - Existe uma altura máxima de leito que limita a capacidade do equipamento; - Grande faixa de tempos de residência das partículas; - Dificuldade no “Scale-up”. 41 Correlações Empíricas da Literatura: Di H Dc jm 1 21 3 Velocidade de Jorro Mínimo, q pode ser calculada pela Equação de Mathur e Gishler: 2. .p si jm c c d g HD q D D jmQueda de Pressão de Jorro Mínimo, P pode ser calculada pela Equação de Nascimento et al.: 2 1 3jm mf s P H g max 0,75 1 3 max 2 1,2 Altura máxima de Jorro estável, H pode ser calculada pela Equação de Malek e Lu: 10,105 c c c p i s H D D D d D 42 O leito de jorro não convencional: Visando superar parte das limitações do leito de Jorro Convencional, algumas modificações foram propostas neste sistema. a) Leito de Jorro com Tubo DRAFT b) Leito de Jorro com Aeração Complementar c) Leito Cônico O Leito de jorro com tubo DRAFT Tubo central separando a região de jorro do espaço anular. 43 Vantagens: - Provoca uma expressiva redução na queda de pressão do ar necessária à manutenção do jorro, e portanto da potência. - Aumenta a altura máxima. - Menor faixa de tempo de residência das partículas, produto mais homogêneo (evita curto-circuito). Di H Dc Limitação: menores taxas de transferência de calor e massa O Leito de jorro com tubo DRAFT O Leito de jorro com aeração complementar O leito de jorro não convencional: 44 O Leito de jorro cônico O leito de jorro não convencional: 45 Ex: Deseja-se usar um Leito de Jorro na secagem de cereais. O tubo cilíndrico para o teste em batelada tem diâmetro de Dc= 30 cm, diâmetro de orifício Di = 5 cm, e ângulo de cone de 60º. Para uma operação a 1,5*qjm e uma carga de cereal de 80% da altura máxima (Hmax) que permite um jorro estável. Determine a potência do soprador, considerando que a queda de pressão na tubulação seja de 40% da queda de pressão no leito de jorro estabelecido. Seja a queda de pressão máxima é 50% maior que Pjm . Dados: dp = 0,25 cm; = 0,75; s = 1,18 g/cm3; mf = 0,5; T = 85 ºC. cereal) de carga de (altura cm 63,2720,8 H cm 78,340 )18,1()75,0( 1 5 30 25,0 30105,0 30 ;1105,0:Lu)&(Malek máxima Altura max max2,12 4,075,0 max 2,12 4,075,0 max HH HH D D d D D H Si c p c c 46 mínimo) jorro de pressão de (queda OmmH 1072,7ou OinH 232,42 )( scm g 77,10508998018,163,2725,01 3 2 ;1 3 2:o)(Nasciment JM de Pressão de Queda 22JM 2JMJM JM P dynaPP gHP Smf 3 43 2 1 4 43 1 2 1 3 1 cm g1082,9 )85293( 293102,1 :Onde Mínimo) Jorro de e(Velocidad cm16,116 1082,9 1082,918,163,2729802 30 5 30 25,0 ;2:Gishler) &(Marthur JM de Velocidade s qq Hg D D D d q JMJM S c i c p JM Continuação do Exemplo: 47 HPHPPot PPP PsmQHPPot JMJM 3 2 2 3 1026,5)( OmmH 20384,05,1:Onde ; 60,075 )OmmH()/()(:(HP) Potência Continuação do Exemplo: 48
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