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CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

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CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO 
Liga-se, muitas vezes, a noção de Constituição a tudo que se refira à organização de alguma 
coisa. Ferdinand Lassale se atém a um enfoque sociológico da Constituição, dizendo-a a soma 
dos fatores reais de poder que coexistem numa sociedade, incluindo os interesses e grupos 
que estão em condições fáticas de impor a sua vontade. Para Lassale, o documento escrito 
com o nome de Constituição, se não espelhar fielmente esse paralelogramo de forças opostas 
e eficazes, não será de serventia alguma, não passando de um pedaço de papel 
O conceito de Constituição que nos será útil não se desgarra do papel que se entende que esse 
instrumento deve desempenhar; Do constitucionalismo (doutrina que defende a necessidade 
de uma constituição para reger a vida de um país.), a Constituição emerge como um sistema 
assegurador das liberdades, daí a expectativa que proclame direitos fundamentais. As 
liberdades, igualmente, são preservadas mediante a solução institucional da separação de 
poderes . Tudo isso, afinal, há de estar contido em um documento escrito. Quando esses 
traços são levados em conta, está sendo estabelecido um sentido substancial de Constituição. 
 Documento responsável pela organização do Estado (formado pelo 
povo+território+poder), limitando o exercício do poder deste estado, outorgando 
direitos e garantias fundamentais. 
1. CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO SUBSTANCIAL (OU MATERIAL) 
Fala-se em Constituição no sentido substancial quando o critério definidor se atém ao 
conteúdo das normas examinadas. A Constituição será, assim, o conjunto de normas que 
instituem e fixam as competências dos principais órgãos do Estado, estabelecendo como 
serão dirigidos e por quem, além de disciplinar as interações e controles recíprocos entre 
tais órgãos. Compõem a Constituição também, sob esse ponto de vista, as normas que 
limitam a ação dos órgãos estatais, em benefício da preservação da esfera de 
autodeterminação dos indivíduos e grupos que se encontram sob a regência desse 
Estatuto Político. Essas normas garantem às pessoas uma posição fundamental ante o 
poder público (direitos fundamentais). a Constituição também tem por alvo criar bases 
para a convivência livre e digna de todas as pessoas, em um ambiente de respeito e 
consideração recíprocos. É a Constituição que — além de instituir órgãos supremos e 
regular-lhes as competências, a par de traçar “o procedimento com que se hão de superar 
os conflitos que surjam dentro da comunidade” — deverá estabelecer “os princípios 
fundamentais do ordenamento jurídico, e não só da vida estatal em sentido estrito. 
Positiva princípios e critérios para estabelecer e aplicar as normas do ordenamento. 
Ordena todas as esferas de vida essenciais à convivência”. 
2. CONSTITUIÇÃO EM SENTIDO FORMAL 
A Constituição, em sentido formal, é o documento escrito e solene que positiva as 
normas jurídicas superiores da comunidade do Estado, elaboradas por um processo 
constituinte específico. São constitucionais, assim, as normas que aparecem no 
diploma constitucional, que resultam das fontes do direito constitucional, 
independentemente do seu conteúdo. Em suma, participam do conceito da 
Constituição formal todas as normas que forem tidas pelo poder constituinte 
originário ou de reforma como normas constitucionais, situadas no ápice da hierarquia 
das normas jurídicas. (Fontes tradicionais Toma-se, aqui, o termo “fontes” no sentido 
de jus cognoscendi, ou seja, os modos de elaboração e de revelação da norma jurídica. 
Há fontes diretas (imediatas) e fontes indiretas (mediatas). Fontes imediatas do Direito 
Constitucional são a Constituição, as leis, os decretos e regulamentos de conteúdo 
constitucional. Fontes mediatas são os costumes, a jurisprudência, a doutrina, os 
princípios gerais de Direito, as convicções sociais vigentes, a ideia de justiça e outras 
manifestações.)

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