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MATERIAL PARA PROVA DE SOCIOLOGIA P2

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MATERIAL PARA PROVA DE SOCIOLOGIA P2
1.O HOMEM
 Podemos apontar as múltiplas facetas do ser humano:
- O homem, um ser material.
 O homem é antes de tudo um animal, possuindo assim um corpo, ou uma “matéria viva complexamente organizada”, e sendo assim, possui mobilidade e possibilidade de se aperfeiçoar até certo ponto. E, por ocupar um local no meio físico e cultural em que vive, o homem é tido como um ser material e corpóreo.
- O homem, um ser racional.
 O homem tem posse e utiliza a razão para refletir, emitir juízos, dominar e modificar a natureza, buscar conhecimentos técnico-científicos, elaborar conceitos e ideias. E todos esses atos do homem de conhecer, refletir e de raciocinar sobre os demais seres vivos, é expandida também a capacidade de conhecer e compreender a si mesmo.
 Como ser racional e pensante, transcende os limites impostos pelo seu corpo e cria novas realidades, novas coisas, bem como é capaz de se recriar, modificando-se e aperfeiçoando-se.
- O homem, um ser psíquico.
O homem é um ser único, dotado de uma personalidade exclusiva, que necessita de afeto, compreensão, aceitação, autoestima e autorrespeito. Além de nutrir diferentes sentimentos pelos demais indivíduos e pelas coisas que fazem parte do seu “estar no mundo”. E, na medida em que procura ultrapassar os limites impostos pelo meio físico e cultural em que vive e, em certo sentido, ultrapassar-se e lançar-se em busca de outras realidades a que aspira, é movido por uma gama imensa e variada de desejos e necessidades sensíveis, morais, racionais e espirituais que o impulsionam na direção de sua plenitude.
- O homem, um ser social e político.
 O homem não vive sozinho, necessitam de um meio social, na busca de poder compartilhar sua existência com os demais, movido pela necessidade de buscar o bem comum.
 A sociabilidade é inerente ao ser humano e garante a perpetuação se sua história. A convivência social permite-lhe compartilhar experiências e vivências passadas e presentes, bem como projetar realizações futuras mediadas pelo uso contínuo que faz da linguagem. E para possibilitar uma convivência harmoniosa, resultado da associação permanente entre indivíduos diferentes, o homem estabelece normas e padrões se conduta, promulga leis que regulam a vida em sociedade. E a partir deste ponto vista, percebemos que o homem além de ser um ser social, é um ser político.
O homem, um ser da práxis.
 O homem é caracterizado com um ser das práxis, pois o processo de produção da existência humana é um convite permanente para a ação, isto é, um ser da ação.
A diferença do homem para com os animais é de que, o homem tem uma ação consciente, finalística, livre e responsável. As relações do homem com a natureza e com os outros homens cria um complexo de relações práticas e sociais, um mundo de finalidades que constitui a contextura da história que se torna sua verdadeira natureza.
O homem, um ser livre.
O homem, apesar de ser movido em parte pelos os seus instintos naturais, tem a capacidade de dominá-los através de suas livres decisões e escolhas. Assim, sua liberdade o eleva acima de mero agir e existir instintivo. Sendo livre, é também um ser moral.
O homem, um ser ético e estético.
O homem é rodeado por questionamentos éticos que requerem respostas urgentes. Na tentativa de transformar “aquilo que é” em “aquilo que deve ser” o homem se apresenta como um se moral.Como um ser moral, o homem é atraído pelo bem, pela justiça, pela verdade, pela honestidade, e é compelido a repelir o mal, a injustiça, a falsidade e a desonestidade.
E como ser estético, é permanentemente atraído pelo belo.
- O homem, um ser finito, perfectível e inacabado.
O homem é o único ser que tem consciência de sua finitude. Sabe que sua vida tem começo, meio e fim. E assim, ele não se satisfaz com o que é ou com aquilo que possui, tenta continuamente buscar “algo” mais, apesar de ter consciência de seus limites.
Família Tradicional 
A família nuclear tem uma forma mais tradicional: família constituída por dois adultos de sexo diferente que vivem maritalmente com os seus filhos biológicos e/ou adotados.
Família Monoparentais
As famílias monoparentais são constituídas por apenas um adulto e seu(s) filho(s). Na maioria dos casos, o adulto é uma mulher.
Situações que origina a monoparentalidade: separação ou divórcio, a viuvez, a geração por parte de uma mulher solteira. Estas famílias, por vezes são alvos de discriminação social, especialmente as mães solteiras e divorciadas; no entanto nos meios urbanos esses preconceitos tendem a desaparecer.
Famílias Recompostas
 Os segundos casamentos estão relativamente generalizados na nossa sociedade e podem acontecer em várias circunstâncias, obedecendo a diferentes combinações possíveis.
 Uma situação é o segundo casamento entre pessoas jovens que não trazem filhos do anterior casamento.
 Outra inclui a existência de filhos de casamentos anteriores que vem viver num novo agregado com o novo conjugue.
Coabitação 
 A coabitação é cada vez mais frequente entre os jovens, sobretudo com um período de experiência de vida em comum antes do casamento oficial.  
Casais homossexuais
 A evolução das mentalidades tem possibilitado a estabilização de relações entre homossexuais que optam por viver maritalmente. 
Comportamento antissocial
 O comportamento antissocial é caracterizado pelo desprezo ou transgressão das normas da sociedade, frequentemente associado a um comportamento ilegal.
Ter comportamentos antissociais em algum momento não indica necessariamente um transtorno de personalidade antissocial (também conhecido como psicopatia ou sociopatia). Indivíduos antissociais frequentemente ignoram a possibilidade de estar afetando negativamente outras pessoas, por falta de empatia com o sofrimento de outras. Exemplos de comportamentos antissociais incluem desde crimes sérios como homicídio, piromania, furto, vandalismo quanto infrações mais leves como críticas cruéis, bullying, sadismo, desrespeitar privacidade e falar palavrões.
O termo antissocial também é aplicado no senso comum a pessoas com aversão ao convívio social, como a fobia social, introvertida, tímida ou reservada (que não é sinônimo do termo "antissocial" referente à psiquiatria, o mais correto para estes casos de acordo com a psiquiatria é o termo misantropia). Clinicamente, antissocial aplica-se a atitudes agressivas contrárias e prejudiciais à sociedade, não a inibições ou preferências pessoais.
Segundo Sidman (1995), indivíduos antissociais aprendem a comportar-se dessa forma à medida que seus atos produzem como consequência a remoção ou a eliminação de eventos perturbadores, ameaçadores ou perigosos, de forma que ele consiga livrar-se, fugir, esquivar-se ou diminuir a frequência ou a intensidade de uma estimulação considerada negativa. Quando os agentes punidores (geralmente os pais e o Estado) não estabelecem limites e consequências eficientes, consistentes e claros com aviso prévio para os comportamentos transgressores, eles tendem a continuar. Estudos mostram que esses comportamentos vão se agravando com a transição da infância para a adolescência de forma que agressividade excessiva na infância é um preditor de agressividade na adolescência e associado positivamente ao uso de drogas e deliquência e mesmo na idade adulta.
O comportamento antisocial pode ser sintoma de três psicopatologias em psiquiatria :
1- Transtorno de personalidade antissocial
 O Transtorno de Personalidade Antissocial, vulgarmente chamado de Psicopatia ou Sociopatia, é um transtorno de personalidade caracterizado pelo comportamento impulsivo do indivíduo afetado, desprezo por normas sociais, e indiferença aos direitos e sentimentos dos outros. Na Classificação Internacional de Doenças, este transtorno é chamado de Transtorno de Personalidade Dissocial (Código: F60.2). Na população em geral, as taxas dos transtornos de personalidade podem variar de 0,5% a 3%, subindo para 45-66% entre presidiários.
A psicopatiaé caracterizada, principalmente, pela ausência de empatia com outros seres humanos (quando não pertencente a família), resultando em descaso com o bem-estar do outro e sérios prejuízos aos que convivem com eles. O Transtorno de personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações sociais e falta de empatia para com os outros. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a sociedade.
2  - Transtorno de conduta
 Desvio de conduta ou Transtorno de conduta é caracterizado por padrões persistentes de conduta socialmente inadequada, agressiva ou desafiante, com violação de normas sociais ou direitas individuais. Com cerca de 1 a 10% de prevalência em crianças e adolescentes, é um dos transtornos psiquiátricos mais freqüentes em jovens e um dos maiores motivos de encaminhamento ao psiquiatra infantil. 
 Crianças que sofrem violência acabam refletindo essa violência com colegas e amigos.
 O ambiente familiar e social tem papel importante no desenvolvimento e manutenção de transtorno de conduta. O comportamento de oposição e desobediência está associado a pais e irmãos agressivos e negligentes, divórcio dos pais, grandes famílias, mães jovens, baixa condição socioeconômica, apenas um cuidador.
O diagnóstico se baseia na presença de:
·  Manifestações excessivas de agressividade e de tirania;
·  Crueldade em relação a outras pessoas ou a animais;
·  Destruição dos bens de outrem;
·  Condutas incendiárias;
·  Roubos ou furtos;
·  Abuso sexual;
· Porte de armas;
.  Mentiras repetidas;
· Cabular aulas e fugir de casa;
· Desobediências anormalmente frequentes e graves.
O transtorno da conduta é mais frequente entre os 12 e 16 anos, sendo quase 4 vezes mais comum no sexo masculino. 
 3 -Transtorno desafiador de oposição 
 Transtorno desafiador e de oposição ou transtorno desafiador opositivo é um tipo de transtorno de conduta que costuma ocorrer com crianças menores. Suas características principais são: comportamento desafiador, desobediente ou perturbador. No entanto, não incluem atos delinquentes ou manifestações mais extremas de agressividade ou comportamento antissocial. Para diagnosticar corretamente esse tipo de transtorno é necessário que os demais critérios gerais citados (classificação de distúrbios restritos ao ambiente familiar) sejam cumpridos. Travessuras graves ou a desobediência em si não são suficientes para o diagnóstico. 
SOCIEDADE CRIMINÓGENA ( Que leva ao crime. Favorece a instalação e manutenção de atos criminosos.)
 Nas palavras de GIORGIO DEL VECCHIO: "o crime não é simplesmente um fato individual pelo qual deve responder de modo exclusivo, seu autor, para repará-lo; é também - e precisamente nas formas mais graves e constantes - um fato social que revela desequilíbrios na estrutura da sociedade onde se produz. Em consequência, suscita problemas muito além da pena e da reparação devidas pelo criminoso".
 Grandes estudiosos defendem necessidade da criação de um programa de governo que esteja realmente voltado para as causas sociais, que determine a criação de uma legislação preventiva capaz de extinguir os focos criminógenos, endógenos(que afetam de dentro para fora) e exógenas(Por fatores externos, processo ou fenômenos), de todas as classes sociais. Um sistema que não fique atrelado apenas na repressão policial, judiciária criminal ou executiva penal, normalmente destinada às classes sociais mais baixas.
 OS FATORES CRIMINÓGENOS
 Para Refletirmos:
- Afinal de contas, de quem é a culpa pela expansão descomunal da criminalidade?  
Seria exclusivamente dos criminosos que por livre arbítrio escolhem o caminho do crime? 
Seria dos políticos e governantes corruptos que se aproveitam da ignorância do povo e não combatem os fatores que levam ao crime?
 Seria do próprio povo, uma espécie de boiada mansa, movido pelo senso comum imposto? 
Seria da mídia, conhecida também como o quarto poder, a qual induz o povo a ter um determinado comportamento até mesmo com o uso de enxertos subliminares? 
Seria do modelo neoliberal, com a sua nova sociedade consumerista exacerbada e controlada por alguns que estão acima dos políticos?
 Seria dos pardos, negros, prostitutas, já que representam a maioria nos presídios?
 Vários são os paradigmas, rótulagem, etiquetagem, estereótipos e estigmas desenvolvidos pela sociedade elitizada dominante, nos últimos séculos, para com a classe mais pauperizada ou estigmatizada, principalmente para com os negros, os pardos e os índios. O reflexo dessa discriminação está refletido no cárcere, cadeia ou casa de detenção, denominado por BECCARIA de “a horrível mansão do desespero e da fome”, nas quais a maioria dos detentos pertence aos grupos citados. 
- De imediato podemos observar que as autoridades governamentais continuam insistindo em dar maior atenção aos efeitos criminógenos, enquanto que as causas exógenas, consorciadas com as causas endógenas, as quais ensejam o surgimento dos crimes através da indução, da imitação, das psicopatias, neuroses, fanatismo etc., são modestamente combatidas ou simplesmente ignoradas de acordo com os interesses circunstanciais do momento político ou econômico.
- Quais são essas causas (exógenas/endógenas)?
 Quais são as suas origens? 
O assunto é complexo, algumas dessas raízes ou vertentes que alimentam a criminalidade que está entranhada profundamente tanto nos governantes como nos governados. 
- Várias são as origens históricas das causas criminógenas. Modernamente podemos citar que, com o advento da 3ª revolução industrial, nos últimos decênios, milhares de pessoas, desqualificadas tecnologicamente, abandonaram a área rural pela pressão de latifúndios nacionais e internacionais, sequiosos unicamente por lucros, pela monocultura predatória, pela mecanização e robotização da lavoura, pela falta de terras, pela falta de trabalho e de perspectivas de uma vida melhor.
Esses fatores impulsionaram e impulsionam ainda o fenômeno da migração das famílias camponesas pobres em busca de novos horizontes mais promissores. O rumo tomado foi à direção do brilho enganoso das grandes cidades. Nas cidades ocorreu e continua ocorrendo a não adaptação de milhares de pessoas. Nas cidades, fatores sociais diversos e adversos, acabaram gerando a marginalização de milhões de seres humanos, bem como o surgimento das favelas e de bairros miseráveis, os quais acabam servindo aos interesses de justiceiros, narcotraficantes, grupos paramilitares (milicianos), de políticos oportunistas de caráter pérfido, de religiosos fundamentalistas e de dezenas de outros aproveitadores. Agigantam-se, paulatinamente, os crimes contra a vida (humana/fauna/flora). A corrupção cria raízes profundas e, obviamente, os crimes contra o patrimônio público e privado não ficam de fora. 
- Dentro de algumas célula familiar a falta de conhecimentos gera a ignorância (mãe de todos os males), os bons costumes se pervertem e a moralidade entra em colapso pela má formação familiar. As virtudes viram moedas enferrujadas e sem valor. 
- O iminente pesquisador e escritor Gustavo BARROSO já mostrava detalhes íntimos de fatores criminógenos da Monarquia, e posteriormente com a República, nas transações financeiras.
 FATORES SOCIAIS DA CRIMINALIDADE
 Na criminologia se fala também de fatores ENDÓGENOS(internos) e
 EXÓGENOS ( externos)  tanto uns como os outros influenciam na produção do delito.
 O FATOR POLÍTICO
 Quando se fala deste fator se está fazendo referência ao governo, à administração pública. Neste sentido, se considera a criminalidade como um fenômeno sociopolítico, aparece adequado pensar que a mesma sempre estará presente a toda sociedade que tenha um governo que a governe ou a “desgoverne”,
 Por outra parte, quando o governo é mau administrador (governos ineficazes e corruptos), pode ser constituído em fator imediatode produção de condutas delituosas (os comentários huelgan); também o será em forma indireta, na medida em que acha condições favoráveis à conduta delituosa e não tome as pertinentes medidas de prevenção.
 O FATOR CULTURAL
 Cultural é o nome com que se designa a todas as realizações caraterísticas dos grupos humanos.
 Criminalidade e grau de instrução;
 Durante o século passado prevaleceu a idéia de que o desenvolvimento da instrução faria diminuir a delinquência, no entanto, as investigações realizadas ao respeito na Europa e no USA. Não produziram resultados definitivos.
  Analfabetismo não joga papel essencial com relacionamento à delinquência (como também se achou durante muito tempo); seu nível pode permanecer igual embora se generalize a instrução (na França, de 1851 a 1931, diminuiu o número de analfabetos em um 90%, mas o nível de criminalidade não experimentou variação).
b.- Criminalidade e meios de comunicação social: O cinema, a televisão, a rádio e a imprensa não são maus nem bons em si mesmos (só são veículos de difusão); se podem sê-lo as mensagens que por seu intermédio chegam ao público.
 O FATOR ECONÔMICO
O socialismo científico de fins do século passado considerou que a criminalidade era um fenômeno de anormalidade social por influência econômica; enquanto a chamada “escola socialista”, considerou-a como uma consequência direta do capitalismo.
Em verdade, o fator econômico na criminalidade é de extrema complexidade, baste saber que, por exemplo, tanto a pobreza como a riqueza pode influir em sua produção.
a.- Em relacionamento com a pobreza, é um feito com que a carência dos meios indispensáveis para a satisfação mesma das necessidades individuais e familiares (falta de trabalho, de morada adequada, de serviços elementares, etc.), pode criar nos indivíduos um estado emocional suscetível de transformar-se em sentimento de inferioridade e de frustração que, assim mesmo, pode ser convertido em ódio ou ressentimento para toda a sociedade, considerada como responsável por tais penúrias. Também pode gerar rebeldia constante que costuma se traduzir em frequente violação às leis, consideradas como instrumento de opressão e exploração; podendo ademais, gerar inrrespeito para as autoridades; atitudes todas elas que podem desencadear impetração de delitos.
b.- Quanto à riqueza, não é menos verdadeiro que as situações de bonança e de extrema facilidade para a obtenção dos bens na sociedade de consumo (o qual implica à perdida da consciência do valor dos objetos) se constitui, em grande parte, em fonte da mais moderna criminalidade: a criminalidade não convencional (econômica, de pescoço branco, dos poderosos.).
 O FATOR ECOLÓGICO
 A ecologia é o estudo dos relacionamentos entre os organismos e seus habitats. Tem três ramos: botânica, animal e humana. A esta ultima se lhe denomina também Ecologia Social, assim que lhe considera um ramo da Sociologia que se ocupa do estudo das áreas de habitação humana e da distribuição espacial dos rasgos ou complexos sociais e culturais.
 Agora bem, em relacionamento com a delinquência, vamos encontrar que a começos do século passado Adolfo Quételet publica sua famosa obra “Física Social” na qual deu a conhecer suas não menos famosas “Leis térmicas da delinquência”, baseadas na influência do médio geográfico sobre o indivíduo.
 FATORES INDIVIDUAIS: 
 Ingredientes como a idade, o sexo, a herança, a genética e a endocrinologia se encontram unidos com a criminalidade. Poderiam ser chamados pessoais porque apontam ao indivíduo como pessoa sujeita a estes elementos psicossomáticos. 
Entre as áreas de estudo mais próximas da Criminologia temos:
Direito Penal: Tipifica  (define juridicamente) a conduta delituosa; O direito penal é sancional por excelência; Ele caracteriza os delitos e, através de normas rígidas, prescreve penas que objetivam levar os indivíduos a evitar essas condutas. 
Direito Processual Penal: fornece os elementos necessários para que se estipule o adequado tratamento do réu no âmbito jurisdicional. Também indica qual a personalidade e o contexto social do acusado e do crime, auxiliando os juristas para que a sentença seja mais justa.
Direito Penitenciário: os dados criminológicos são importantes no Direito Penitenciário para permitir o correto e eficaz tratamento e ressocialização do apenado. A criminologia ajuda a tornar a pena mais humana, buscando o objetivo de punir sem castigar.
Psicologia Criminal: É ciência que demonstra a dimensão individual do ato criminoso; estuda a personalidade do criminoso, orientando a Criminologia.
Psiquiatria Criminal; É o ramo do saber que identifica as diversas patologias que afetam o criminoso e envolve o estudo da sanidade mental.
Antropologia Criminal: Abrange o fenômeno criminológico em sua dimensão holística, ou seja, biopsicosocial. É o Estudo do homem na sua história, em sua totalidade (homem como fator presente no todo);
Sociologia Criminal: demonstra que a personalidade criminosa é resultante de influências psicológicas e do meio social;
Vitimologia: Estuda a vítima e sua relação com o crime e o criminoso (estuda a proteção e tratamento da vítima, bem como sua possível influência para a ocorrência do crime);
Criminalista: é o ramo do conhecimento que cuida da dinâmica de um crime. Estuda os fatores técnicos de como o crime aconteceu. Há um setor especializado da polícia destinado a essa área.
Ciências Econômicas: estuda o crime a partir do instrumental analítico racionalista. O crime é visto como um mercado e sua oferta são determinados por fatores como o ganho esperado da atividade criminosa, probabilidade de sucesso e intensidade da punição em caso de falha.
O ESTADO, OS POLÍTICOS, AS FAMÍLIAS, A SOCIEDADE
- O Estado vendo o crescimento descomunal do crime, cria novas legislações penais mais duras, as quais, infelizmente, não conseguem amainar o recrudescimento do crime e acabam ajudando, ainda mais, a “empilhar” somente seres humanos miseráveis, analfabetos, alguns até inocentes, e outros por crimes de bagatela, em presídios com chances mínimas de ressocialização, a não ser de se especializarem ainda mais no crime e no ódio. Obviamente para os criminosos das classes abastadas tudo fica mais fácil com a contratação de bons advogados para se livrarem ou de emperrarem processos que se arrastam por anos nas estâncias judiciárias superioras, além de conservarem todo ou parte do lucro do butim do erário público, das drogas, do descaminho etc. Sobra tempo até para alguns virarem políticos e conseguirem o fórum privilegiado.  
 Foi criada pela boa sociedade e pela pressão internacional com precípuo de proteger crianças, adolescentes e amenizar a violência contra elas. O Estado promulgou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o qual possui, inquestionavelmente, dezenas de artigos extremamente importantes para a proteção do menor de idade, mas em contrapartida, o Estado é leniente ( tolerante, permissivo) para com a aplicação integral do código, além de ser extremamente paternalista com menores de alta periculosidade.  
- As consequências dessa leniência foram à permanência da prostituição infantil, do trabalho escravo, do abuso sexual, dos crimes contra o patrimônio e dos crimes contra a vida. Neste último quesito os infantes e adolescentes matam e morrem pela necessidade de sobrevivência ou movidos pelo ódio.
- Para alguns criminólogos o ECA é uma falácia. Miguel Granato VELASQUEZ, Promotor de Justiça, mostra alguns desses fatores que maculam a infância brasileira, principalmente a pobre: “No entanto, além da violência contra a vida, os jovens brasileiros também são submetidos a muitos outros tipos de violência, como a miséria, a negligência e abandono paternos, o desemprego, as agressões domésticas, tanto físicas quanto psíquicas, a falta de atendimento básico de saúde, a educação deficiente, as drogase o tráfico e a moradia em locais marcados pela criminalidade ou controlados pelo crime organizado. De fato, crescer no Brasil, especialmente para as populações carentes, é uma experiência de alto risco” 
-  João Farias JUNIOR acrescenta: “É a criminalidade que, tendo suas raízes intocadas, cresce, devasta, violenta, chacina, mutila e dilapida patrimônio, e se torna cada vez mais poderosa, mais potente, e mais desafiante” 
- Por outro lado, famílias das classes sociais abastadas, e principalmente as classes de parcos recursos, já não conseguem mais impedir as más companhias dos filhos. As influências negativas e sem limites da mídia televisiva em horário nobre, com o seu culto às futilidades, novelas e filmes que incentivam ao crime, à prostituição, às drogas, à indução consumerista sem limites e às armadilhas da internet (pedófilos a caça de crianças, apologia as drogas, os perigos do FACE ) e Milhares de infantes ricos e pobres estão sob os influxos de todos os perigos.
MAIS ALGUNS FATORES CRIMINÓGENOS   
     - Temos ainda, as dezenas de desequilíbrios fisiológicos que podem levar o indivíduo a delinquir, Entre essas causas (endógenas) algumas das dezenas de distúrbios cientificamente catalogados:
  As Perversões e Anormalidades Sexuais, como por exemplo:
a) Necrofilia (violação de cadáver para satisfação sexual) e a pedofilia: que desgraça a vida da vitima
 b) os Paranoicos Ideológicos;
 c) Os Fanáticos Religiosos, como por exemplo: os integrantes do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição (1231 – 1821) que levou milhares de inocentes a serem torturados e queimados vivos em fogueiras, tudo em nome de Deus; mais modernamente surgiram novos grupos de Fanáticos Terroristas Religiosos que já levaram milhares à morte (Torres gêmeas- EUA), novamente tudo em nome de Deus. 
Temos ainda pessoas acometidas de:
d)Paranoia Persecutória;
 f) O Maníaco de Notoriedade; 
 g) O Deprimido;
 h) O Explosivo;
 e) O Astênico( sentimentos mórbidos ou depressivos);
 j) A Neurose de Guerra;
 k). A Neurose Traumática;
 l) A Histeria
 m)A Neurastemia ( a quadros hipocondríacos e histéricos,pessimista,azedume.)
 n)- A lista dos fatores endógenos apresenta centenas de psicopatias e os poucos exemplos acima servem apenas para chamar a atenção de que as ações criminosas jamais poderiam ser um produto da livre vontade do individuo, como querem os aguerridos defensores do livre-arbitrismo do Direito Penal.
o)- Quantos chefes de nações já estiveram ou estão sob algum influxo endógeno ou exógeno? 
p)Basta ver o comportamento de alguns chefes de Estado no passado (Alemanha/China/URSS/EUA etc.) e o que alguns líderes da atualidade estão fazendo na África, Ásia, Ámerica do Sul e Oriente Médio. E como será a situação no Brasil? Alguém com transtornos mentais podem ser eleito sem o menor percalço, pois nenhuma cobrança lhe será feita. Quem almeja um emprego público terá que provar a sua sanidade mental antes de assumir o cargo. E o politico precisa provar a sua sanidade mental?
q)- Apesar de tudo, ainda temos saída para transformar a sociedade criminógena em algo melhor?
A reforma política é essencial, pois assim como está não haverá mudanças e a violência será ampliada. Os ilusionistas de plantão, os bandoleiros, os homicidas, os corruptos, os pedófilos, os vendilhões da pátria etc., fazem parte da atual seara política malsã ( mal,daninho ,maléfico), estando a contaminar as três esferas governamentais e a própria República. Somente uma mudança drástica colocaria um ponto final nessa festa de “arromba” dos compadres poderosos e perigosos que se escondem por de trás das coligações políticas e que se revezam a cada pleito com utilização de urnas eletrônicas passíveis de fraude.
- Se a utópica reforma política chegasse a se concretizar teria que ocorrer mudanças no Direito Penal brasileiro que é livre-arbitrista, ou seja, não se preocupa com influxos exógenos e endógenos. Para esse direito penal, o indivíduo se torna criminoso por sua livre vontade, e, portanto, combate apenas os efeitos criminógenos com punições que não atingem a ressocialização correta. Essa visão penal errônea e secular teria que mudar, pois, na realidade, está apenas a realimentar a criminalidade.    para alguns cientistas sociais as cidades precisariam diminuir urgentemente o contingente populacional através de um plano social governamental realmente voltado para o povo. 
- Um outro fator para mudanças nos grupos mais miseráveis da sociedade está relacionado com a educação que é uma das piores do mundo.
Para Gordan MOORE, antevisando problemas graves no futuro, diz:
 “O que me preocupa é que só pessoas com uma ótima educação conseguirão bons empregos em um mundo tão evoluído”. 
O que fazer com os excluídos?
 Campo de concentrações privados para a segurança dos incluídos?
 - Infelizmente esse povo, esquecido pelo Estado e pela sociedade individualista dos incluídos não passam de presas fáceis, uma espécie de “boiada mansa”, para direcionar votos aos políticos maquiavélicos deserdados de honra e dignidade.
 Essa situação paradoxal do analfabetismo e da inversão de valores morais como causas da criminalidade pode ser bem expressa nas palavras do corifeu Rui Barbosa(Pessôa, que occupa o primeiro lugar numa classe ou numa profissão; caudilho, chefe.)
 “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver o poder agigantar-se nas mãos dos maus, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver a verdade vencida pela mentira, de tanto ver promessas não cumpridas, de tanto ver o povo subjugado e maltratado, o homem chega a desanimar-se das virtudes, e a rir-se da honra, e a ter vergonha de ser honesto”. 
Dentro do tema das aulas passadas temos vários fatores que são pertinentes ao mesmo assunto tais como:
 PROCESSOS SOCIAIS
 Os Processos: Associativos  são:  cooperação,  acomodação e assimilação.
 COOPERAÇÃO significa a reunião de diferentes indivíduos para alcançar um objetivo em comum.
 ACOMODAÇÃO é o processo no qual um indivíduo se adapta, sem satisfação, a uma situação que é imposta por outro indivíduo ou pela sociedade.
 ASSIMILAÇÃO é o processo que ocorre quando a pessoa internaliza novos valores e atitudes, tornando-se semelhante a outros indivíduos, implica uma mudança interna.
 A Acomodação e a Assimilação Podem ser Formas de Solucionar Conflitos.
 (Trazendo para a realidade, ou seja, fazendo com que o individuo entenda que não tem outra escolha , a não ser acostumar com a idéia do fato em questão) ele pode resolver esse conflito de duas maneiras, considerando processos associativos: adaptando-se, sujeitando-se, ainda que superficialmente ou mesmo sem gostar, às normas do colégio, como usar a boina, cortar o cabelo em determinado padrão, etc.  (acomodação); ou ainda, transformando-se, internalizando as regras de uma maneira natural, vibrando com o uso do uniforme, com as formaturas etc. (assimilação)
Os Processos Dissociativos são: competição e conflito.
COMPETIÇÃO é a disputa por bens escassos entre indivíduos ou grupos sociais, regulada por “normas”, não configurando emprego de violência.
 CONFLITO é o processo que ocorre quando a competição ganha um grau de alta tensão social, quando a realização do interesse de um depende da neutralização podendo haver, inclusive, violência ou ameaça de violência.
De acordo com alguns sociólogos, a cooperação e a competição são as formas mais elementares e antigas de associação dos seres humanos, principais responsáveis pela perpetuação da nossa espécie.
SISTEMA SOCIAL
Podemos dizer que cada sociedade, locada em um território específico, é um conjunto de sistemas sociais que é parte integrante da estrutura que constitui a sociedade global
PADRÃO SOCIAL
. A sociedade cobra que o individuo siga o padrão, ao contrario estará quebrando as regras sociais. Concluindo, fato social é toda ação que não depende do individuo, mas sim das regras, tendo como essência o modo de agir do ser humano .( O individuo é incorporado à umaobra coletiva. O casamento ou o nascimento são fatos sociais, ou seja, a Reprodução de um modelo coletivo.)
Padrões Sociais de Comportamento: Os padrões sociais de comportamento são construídos historicamente ao longo do desenvolvimento da sociedade, de acordo com o contexto de cada época.
 Às vezes, é preciso muito tempo ou alguma transformação radical na estrutura da sociedade para que se possa perceber que as regras mudaram. Uma das formas de controle social mais eficazes na atualidade são os meios de comunicação de massa, especialmente a mídia eletrônica.
 LEMBRANDO QUE AS normas e regras de conduta são estabelecidas de acordo com as expectativas em torno da função que o indivíduo tem na sociedade.
 Alguns teóricos mais voltados para a transformação social consideram que a mudança, inclusive de comportamentos, atende à demanda da própria sociedade.
Só assim poderá, por seus pensamentos e comportamentos, atuar no sentido da transformação social.
Por mais que entenda como fundamental manter um comportamento dentro do que se espera, a partir dos papéis sociais que desempenha, a partir da posição social que ocupa por conta da valorização desses papéis, em algum momento pode começar a achar que deve ou precisa mudar.
Padrões de Beleza
Lá pelas esquinas do século 19, o escritor José de Alencar andava preocupado com os artifícios empregados pelas mulheres na ânsia de ficarem mais belas. Temendo os “postiços de todas as qualidades” que faziam sucesso na Capital do Império, eternizou suas aflições por escrito:
“Imagine a posição desgraçada de um homem, que, tendo-se casado, leva para casa uma mulher toda falsificada, e que de repente, em vez de um corpinho elegante e mimoso, e de um rostinho encantador, apresenta-lhe o desagradável aspecto de um cabide de vestidos, onde toda a casta de falsificadores pendurou um produto de sua indústria. Quando chegar o momento da decomposição deste todo mecânico – quando a cabeleira, o olho de vidro, os dentes de porcelana, o peito de algodão, as anquinhas se forem arrumando sobre o toilette – quem poderá avaliar a tristíssima posição dessa infeliz vítima dos progressos da indústria humana?”, criticava Alencar em um trecho de sua crônica, reproduzido pela historiadora Denise Bernuzzi de Sant’Anna no livro História da Beleza no Brasil (Contexto, 2014).
Entraram em cena o silicone para turbinar os seios, o hidrogel injetado que quase matou a apresentadora Andressa Urach e até a retirada de costelas para afinar cinturas. No caminho, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos em 2013 e se tornou líder mundial em cirurgias plásticas, com 1,49 milhão de operações no ano, quase 13% do total mundial, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.
As balanças começaram a ser fabricadas no Brasil a partir de 1960, popularizando o hábito de se pesar entre homens e mulheres – ato até então restrito a episódios eventuais, como consultas médicas.
autora do livro O Intolerável Peso da Feiura (Editora PUCRio/Garamond, 2006), Joana Novaes observa que a gordura virou uma espécie de transgressão contemporânea
 Ela diz que Nosso olhar intolerante e discriminatório teria se desacostumado a enxergar os excessos da vida real, de tanto contemplar nas revistas os corpos esculpidos com photoshop. QUE uma das origens dessa necessidade de controle social dos corpos estaria na medicina higienista, que difundiu uma série de hábitos de limpeza e organização para conter a disseminação de doenças. Assim, quem engorda e “transgride” nos cuidados com o próprio corpo passou a ser visto socialmente não apenas como “preguiçoso” e “desleixado”, o que já seria questionável, mas como “sujo”, “doente”, “marginal”. Para os súditos da beleza, o prêmio não seria o céu, mas a própria carne: quem tem disciplina suficiente para renunciar aos prazeres terrenos da comida e do ócio conquista como prêmio o direito de exibir seus corpos sarados. . Nossa sociedade é lipófoba, odeia a gordura, e faz sempre uma associação entre felicidade e figuras esbeltas.
POLÍCIA, CONTROLE SOCIAL E DEMOCRACIA.
 A palavra polícia deriva do termo grego Polis usado para descrever a constituição e organização da autoridade coletiva. A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações políticas que conhecemos, desde as Cidades-estados gregas até os Estados atuais. Entretanto, seu sentido e a forma como é realizada têm variado ao longo do tempo.
 Existem inúmeras outras funções desempenhadas pelas organizações policiais, tais como socorro, assistência às populações carentes e apoio às atividades comunitárias. Nenhuma destas está ligada à função reguladora. A definição funcionalista também falha ao atribuir às polícias a função de regulação social, desconsiderando que nos Estados modernos tal função é desempenhada por diversas outras instituições e, em grande medida, pelo sistema legal.
Enquanto as forças armadas são empregadas no controle social em situações excepcionais, e nos casos dos regimes democráticos dentro de determinados limites, as polícias realizam essa tarefa cotidianamente. De qualquer forma, tal definição não retira da atividade policial o seu caráter eminentemente político.
O aumento das taxas de violência urbana acabaria por forçar, de algum modo, um “endurecimento” das polícias na “luta contra o crime”, o que acarretaria o uso mais frequente da força para realizar o controle social.
Em outras palavras, atribuem a variação na intensidade e no uso da força na atividade policial à necessidade de controle social.
Ao mesmo tempo que as polícias são parte do aparato estatal de controle social, o exercício do seu poder coercitivo está limitado por um conjunto de leis e códigos de conduta. “Se as polícias pudessem manter a ordem sem se preocupar com os aspectos da legalidade, suas dificuldades diminuiriam consideravelmente. Entretanto, elas estão inevitavelmente preocupadas em interpretar a legalidade, uma vez que usam a lei como instrumento de ordem” (Jerome Skolnick).
A forma de controle social e o papel das polícias dependem de fatores políticos, sociais e econômicos. Da mesma forma, os limites da atividade policial vão depender dos mecanismos institucionais de controle da atividade policial existentes num dado regime democrático.
Estado e Controle Social
Controle social refere-se à capacidade de uma sociedade se auto-regular de acordo com princípios e valores desejados. Thomas Hobbes, um dos primeiros pensadores a colocar a questão da violência em termos de controle social, chama a nossa atenção para a necessidade de um controle externo às ações dos indivíduos. No seu pensamento, a violência faz parte do estado de natureza do homem, caracterizada pela ausência da autoridade política. Ela faz parte do estado de guerra, uma vez que, "durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capazes de mantê-los a todos em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens". O "homem é o lobo do homem", e para evitar a "guerra de todos contra todos" é necessário impor mecanismos de controle externos à ação humana.
[2] BECCARIA, Cesar.  Dos delitos e das penas. Biblioteca clássica, v. XXII, 6. ed., São Paulo: Atena, 1959.
[6] Revista Veja. Edição 2075, p. 75 de 27.08.2008.
[8] Secco, Alexandre. A Criminalidade no Brasil bate recorde, apavora a sociedade e os governantes não conseguem vencer os bandidos – Disponível 
[9] BARROSO, Gustavo. Brasil colônia de banqueiros. 2.Reed. Porto Alegre: Revisão Editora, 1989.
[13] JUNIOR, João Farias. Manual de Criminologia. Curitiba: Juruá 2008.

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