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Filme Justica 2004 Maria Augusta Ramos av1 resumo

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Universidade Estácio de Sá
Unidade Nova Iguaçu – RJ
Disciplina: Direito Civil I
Professor: Cesar Rolim
Sala: 202
Aluno: Manoel Paulo Martins Pereira
Matricula: 201707015554
Sobre o filme Justiça (2004) de Maria Augusta Ramos, exibido em sala de aula em 05 de abril de 2018.
O filme retrata uma análise da sociologia Jurídica e Judiciária presente no poder judiciário brasileiro, a qual tem por vocação perceber a relação entre duas ciências de grande importância para a vida da sociedade, a Sociologia e o Direito, expondo suas falhas burocráticas, e assim gerando uma conscientização maior para evitar comentários levianos e muita das vezes sem base alguma, sobre a falta de comprometimento das pessoas que fazem parte do judiciário. Onde fica claro que o problema é estrutural, e que estes operadores do direito são meros executores de uma legislação ultrapassada.  
Até que ponto age-se dentro da medida do que é legal e o que é ilegal? Quando a promotora pede a mãe do preso para que consiga um atestado que seu filho trabalhou (como balconista), para atenuar a pena do preso, que com cara de riso, relata que aos treze anos “já tinha dado tiro em muita polícia”, por isso ele ganhou uma posição de respeito/destaque entre os outros integrantes, os quais foram todos mortos segundo relato de sua mãe, enquanto ele estava preso, podemos indagar esse ato é legal?
A pena, com a estrutura vigente, não serve para reeducar, isso é fato. Analisando por um lado, o Estado não tem o direito de invadir a esfera psíquica, íntima do indivíduo, o modo de agir é livre e a expressão de cada indivíduo é garantida pela constituição. A cerca de 500 a.C., Pitágoras, pai do conceito de Justiça, norteadora do Direito, declarou: “educai as crianças e não será preciso punir os homens”. A própria Constituição Federal de 1988, em seu artigo 227, traz a importância da infância na sociedade, ao dar prioridade absoluta aos direitos de crianças e adolescentes. Ocorre que mais de 2 mil anos após o ensinamento de Pitágoras, o Estado brasileiro continua a adotar medidas inócuas e imediatistas para reprimir a violência, em vez de investir nas políticas públicas voltadas às crianças.
O questionamento que se faz é se essa prioridade se dá também na prática. Ao acompanhar as ações do Estado brasileiro voltadas para a criança, é possível perceber que não é esse o direcionamento dado às políticas públicas. Ainda temos muitas crianças fora da escola – principalmente na etapa da creche – ou em escolas precárias, sem acesso a condições básicas de saúde, saneamento, moradia, entre outros. Essa situação é um cenário que favorece uma sequência de distorções e violações de direitos nas outras fases da vida dessas crianças. “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6.
Nesse caso, há dois focos. O primeiro é a análise dos fatores de produção, transformação e distribuição do Direito, que prioriza investigações em torno de uma necessária democratização da justiça. O segundo é a análise científica dos atos praticados pelos instrumentos humanos de realização do Direito – magistrados, advogados, promotores, serventuários da justiça etc. –, que busca superar a visão do senso comum em relação ao mero “aplicador da lei”. “A Lei das Doze Tábuas” publicadas por volta de 450 a.c. foi importante para o conhecimento das “regras do jogo” da vida em sociedade, sendo um importante instrumento favorável ao homem comum e potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos poderosos. Porém atualmente conforme podemos observar, o percurso do documentário evidencia como e para quem a justiça funciona no Brasil, ou seja para 1% da população que detêm a maior parte da riqueza de nosso país e ainda assim tem que deixar-se explorar pelos seus Neocolonizadores alienígenas.

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