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CASOS CONCRETOS DIREITO DO TRABALHO II

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CASOS CONCRETOS DIREITO DO TRABALHO II - 
RESPONDIDOS - 1 ao 15 : 
CASOS CONCRETOS DIREITO DO TRABALHO II - RESPONDIDOS: 
CASO CONCRETO 1 
Ana Lúcia ingressou na empresa Brasil Serviços Ltda. em 15.04.2009 na função 
de auxiliar de serviços gerais. As férias do período 2009/2010 foram usufruídas de 
01.03.2011 a 30.03.2011. Ocorre que o empregador só efetuou o pagamento 
destas férias quando do seu retorno ao trabalho em 31.03.2011. Além disso, Ana 
Lúcia recebeu a título de férias o mesmo valor do salário recebido no mês anterior, 
sem qualquer acréscimo. Ana Lúcia procurou o escritório de advocacia para saber 
se foi regular a atitude da empresa e se tem direito a algum valor a título de férias. 
Qual a orientação você daria para Ana Lúcia? Justifique. 
A orientação para Ana Lúcia é dizer que ela tem direito a dobra referente às 
férias do referido período, pois de acordo com a Súmula 450 do TST é devido 
o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço 
constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na 
época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 
do mesmo diploma legal. As férias deveriam ter sido pagas até 2 (dois) dias 
antes do início do respectivo período. Isso decorre do fato de ter sido 
frustrada a finalidade do instituto, que é propiciar ao trabalhador período 
remunerado de descanso e lazer, sem o qual se torna inviável a sua 
recuperação física e mental para o retorno ao trabalho. O TST aplicou, por 
analogia, o art. 137 da CLT. Além do pagamento em dobro das férias com 
acréscimo de 1/3, Ana Lúcia também tem direito ao pagamento do acréscimo 
de 1/3 constitucional, que não foi realizado, conforme determina o art. 7º XVII, 
da CRFB/88. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1-Jorge, Luiz e Pedro trabalham na mesma empresa. Na época designada para o 
gozo das férias, eles foram informados pelo empregador que Jorge não teria direito 
às férias porque havia faltado, injustificadamente, 34 dias ao longo do período 
aquisitivo; que Luiz teria que fracionar as férias em três períodos de 10 dias e que 
Pedro deveria converter 2/3 das férias em abono pecuniário, podendo gozar de 
apenas1/3 destas, em razão da necessidade de serviço do setor de ambos. 
Diante disso, assinale a afirmativa correta. 
a) A informação do empregador foi correta nos três casos. 
b) Apenas no caso de Jorge o empregador está correto. De acordo com o art. 
130 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o empregado que faltar 
injustificadamente até 5 dias terá direito aos 30 dias de férias, sem desconto 
algum. Contudo, aquele trabalhador que não comparecer ao trabalho de 6 a 
14 dias terá direito apenas a 24 dias de férias; o que somar de 15 a 23 faltas 
poderá gozar de um descanso anual de 18 dias; se as faltas atingirem a 
quantia de 24 a 32, restarão apenas 12 dias de férias para o trabalhador; por 
fim, se o obreiro faltar mais de 32 dias, perderá o direito às férias. 
c) O empregador agiu corretamente nos casos de Jorge e de Luiz, mas não no de 
Pedro. 
d) O empregador está errado nas três hipóteses 
A 
CASO CONCRETO: 2 
Lúcia trabalha na sede de uma estatal brasileira que fica em Brasília. Seu contrato 
vigora há 12 anos e, em razão de sua capacidade e experiência, Lúcia foi 
designada para trabalhar na nova filial do empregador que está sendo instalada na 
cidade do México, o que foi imediatamente aceito. Em relação à situação retratada 
e ao FGTS, é preciso recolher o FGTS de Lúcia, assim como para todos os 
empregados transferidos para o exterior? 
 
 
A resposta está no art. 3º, P.U. da Lei 7.064/82, que dispõe sobre 
trabalhadores contratados ou transferidos para o exterior: Lei 7.064/1982, art. 
3º, parágrafo único - Respeitadas as disposições especiais desta Lei, aplicar-
se-á a legislação brasileira sobre Previdência Social, Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviço - FGTS e Programa de Integração Social - PIS/PASEP. 
Portanto, é devido o FGTS à Lúcia e para todos os empregados transferidos 
para o exterior. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1- (FCC-2016) - Em relação ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, com 
base na Lei n°8.036/90, é correto afirmar: 
a) A critério da empresa, seus diretores, apenas os que forem empregados, 
poderão ser incluídos no regime do FGTS 
b) As pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas na 
forma da lei como entidades beneficentes de assistência social, estão dispensadas 
do recolhimento do FGTS. 
c) É direito dos trabalhadores, a qualquer tempo da vigência do contrato, optar 
pelo regime do FGTS, retroativamente à 05/10/1978 ou à data da sua admissão, 
se esta última for mais recente. 
d) Na hipótese de dispensa sem justa causa, a sociedade anônima empregadora 
pagará, juntamente com as demais parcelas devidas pelo distrato, diretamente ao 
empregado, importância igual a 40% do montante de todos os depósitos realizados 
na conta vinculada durante o contrato de trabalho, atualizados monetariamente e 
acrescidos os respectivos juros. 
e) É hipótese de movimentação pelo trabalhador de sua conta vinculada, no 
curso do c ontrato de trabalho, quando algum dependente seu for portador 
do vírus HIV. Art. 20, XIII, Lei nº 8.036/90. 
 
 
CASO CONCRETO: 3 
Maria foi contratada em 17/05/2010 pela Indústria Automobilística Vitória S/A. Em 
25/03/2016 sofreu acidente de trabalho ficando incapacitada para o trabalho até 
01/04/2016, quando obteve alta médica e retornou ao serviço. Em 03/06/2016 foi 
dispensada sem justa causa. Maria entende ser detentora da estabilidade 
acidentária, razão pela qual ajuizou ação trabalhista postulando sua reintegração 
no emprego. 
Diante do caso apresentado, responda se as seguintes indagações: 
A) Quais os requisitos necessários para a concessão da estabilidade 
acidentária?Justifique indicando o prazo da garantia de emprego. 
 
Os requisitos necessários para a concessão da estabilidade acidentária são: 
afastamento superior a 15 (quinze) dias e a consequente percepção do 
auxílio doença acidentário, salvo se constatada após a despedida doença 
profissional ou doença do trabalho que guardam relação de causalidade com 
a execução do contrato, nos termos da Súmula nº 378, TST. A garantia de 
emprego é assegurada pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses da cessação 
do auxílio doença acidentário, independentemente da percepção do auxílio 
acidente, conforme o art. 118, da Lei nº 8.213/91. 
 
 
 
B) No caso apresentado, Maria terá êxito na ação trabalhista? Justifique. 
 
Não, pois a incapacidade para o trabalho não ultrapassou o prazo de 15 
(quinze) dias. Assim, não tem assegurada a estabilidade decorrente do 
acidente de trabalho, prevista no art. 118, da Lei nº 8.213/91. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
Mônica celebrou contrato de trabalho com Construtora Aurora Ltda. em 
19/10/2014. Em 12/04/2016 foi dispensada imotivadamente, com aviso prévio 
indenizado, sem receber qualquer valor rescisório ou indenizatório. No dia 
19/04/2016 obteve os resultados dos exames que confirmaram sua gravidez de 2 
(dois) meses. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
 
 
A) Caso Mônica ajuíze ação trabalhista após o período da estabilidade garantido à 
gestante, não terá direito a qualquer efeito jurídico referente à estabilidade. 
B) Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de 
admissão mediante contrato de experiência, uma vez que a extinção da relação de 
emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem 
justa causa. 
C) O desconhecimento, pelo empregador, do estado gravídico de Mônica afasta o 
direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. 
D) Na hipótese de ajuizamento de ação trabalhista no último dia do prazo 
prescricional, Mônica terá direito apenas aos salários e demais direitos 
correspondentes ao período de estabilidade garantido à gestante. S. 244,II, 
C. TST e OJ nº 399, SDI-I, do TST. 
Avaliação 
 
 
 
 
CASO CONCRETO: 5 
1- Cristóvão Buarque, advogado, exerce a função de professor de Direito na 
Universidade Campo Belo desde sua admissão em 01/02/2010. Em 10/05/2015 foi 
eleito dirigente sindical do Sindicato dos Advogados, com mandato de 3 (três) 
anos. Ao longo do contrato de trabalho Cristóvão vem descumprido reiteradamente 
as ordens estabelecidas pela Universidade em seu regulamento interno, o que 
gerou a aplicação de várias advertências e suspensões, provocando diversos 
transtornos para o trabalho.Diante do caso relatado, responda justificadamente: 
 
A) A Universidade Campo Belo poderá dispensar Cristóvão Buarque sem justa 
causa? Justifique. 
Sim, pois de acordo com o entendimento consagrado na Súmula nº 369, III do 
TST, o empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só tem 
direito à estabilidade assegurada no art. 543, §3º da CLT e art. 8º, VIII da 
CRFB/88, se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional 
do sindicato para o qual foi eleito dirigente. No caso apresentado, Cristóvão 
Buarque foi eleito dirigente sindical do sindicato dos advogados, fato que 
não garante a estabilidade na Universidade Campo Belo na qual exerce a 
função de professor. 
 
B) Na hipótese de rompimento do contrato de trabalho por justa causa, em que 
modalidade seria enquadrada a conduta faltosa? Justifique indicando o 
fundamento legal. 
 
A conduta faltosa seria enquadrada como indisciplina, em virtude do 
descumprimento de ordens genéricas, indiretas e impessoais do empregador, com 
previsão no art. 482, alínea h, da CLT. 
 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(OAB/FGV) Tício, gerente de operações da empresa Metalúrgica Comercial, foi 
eleito dirigente sindical do Sindicato dos Metalúrgicos. Seis meses depois, 
juntamente com Mévio, empregado representante da CIPA (Comissão Interna para 
Prevenção de Acidentes) da empresa por parte dos empregados, arquitetaram um 
plano para descobrir determinado segredo industrial do seu empregador e 
repassá-lo ao concorrente mediante pagamento de numerário considerável. 
Contudo, o plano foi descoberto antes da venda, e a empresa, agora, pretende 
dispensar ambos por falta grave. Você foi contratado como consultor jurídico para 
indicar a forma de fazê-lo. O que deve ser feito? 
(A) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício e 
Mévio, no prazo decadencial de 30 dias, caso tenha havido suspensão deles para 
apuração dos fatos. 
(B) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício, no 
prazo decadencial de 30 dias, contados do conluio entre os empregados; e simples 
dispensa por justa causa em relação a Mévio, independentemente de inquérito. 
(C) Simples dispensa por falta grave para ambos os empregados, pois o inquérito 
para apuração de falta grave serve apenas para a dispensa do empregado estável 
decenal. 
(D) Ajuizamento de inquérito para apuração de falta grave em face de Tício, 
no prazo decadencial de 30 dias, caso tenha havido suspensão dele para 
apuração dos fatos; e simples dispensa por justa causa em relação a Mévio, 
independentemente de inquérito. Súmula nº 379, TST, art. 543, §3º, da CLT c/c 
art. 474, CLT c/c Súmula nº 62, TST e art. 10, II, "a", do ADCT c/c art. 165, CLT. 
 
Avaliação 
CASO CONCRETO 6 
1- Maria, foi contratada pela empresa ABC Ltda, para trabalhar com contrato de 
experiência de 90 dias, ressalvando que o contrato continha cláusula assecuratória 
de direito recíproco de rescisão, a empregadora rescindiu o contrato 
antecipadamente, tendo completado apenas 60 dias de pacto. Diante do caso 
apresentado pergunta-se: 
 
A) É devido o aviso prévio a Maria? 
 
Sim, é devido o aviso prévio a Maria, conforme prevê o art. 481 da CLT. 
 
B) Em caso afirmativo, quantos dias de aviso prévio a empresa ABC Ltda deve a 
Maria? 
 
São devidos 30 dias de aviso prévio a Maria. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1-Depois de concedido o aviso-prévio, o ato poderá ser reconsiderado se a: 
a) iniciativa, nesse sentido, for da parte que pré-avisou, independente da outra 
parte. 
b) parte pré-avisada ainda não tiver se manifestado sobre a notificação. 
c) outra parte concordar com a reconsideração. Art. 489 
d) parte que concedeu o aviso pagar a indenização legal exigida pela outra parte. 
e) reconsideração ocorrer até o 29º dia do curso do pré-aviso. 
Avaliação 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 6 
Após ter completado 25 (vinte e cinco) anos de trabalho na empresa Gama Ltda, 
Pedro Paulo conseguiu junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o 
deferimento de sua aposentadoria por tempo de contribuição, que somando ao 
período prestado para outras empresas, completou o tempo de contribuição 
exigido pela Autarquia Federal para a concessão da aposentadoria voluntária. No 
entanto, embora Pedro Paulo tenha levantado os valores depositados no FGTS, 
em razão da aposentadoria, não requereu seu desligamento da empresa, por não 
conseguir sobreviver com os proventos da 
aposentadoria concedida pelo INSS, porque seus valores são ínfimos e irrisórios. 
Assim, permaneceu no emprego trabalhando por mais 5 (cinco) anos, quando foi 
dispensado imotivadamente. 
Diante do caso apresentado, responda justificadamente: 
 
A) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho quando o 
empregado continua trabalhando após a aposentadoria? Justifique indicando a 
jurisprudência do TST e do STF sobre a matéria. 
 
A aposentadoria espontânea não extingue o contrato de trabalho, conforme 
entendimento contido na OJ nº 361 da SDI-I do TST, uma vez que o STF 
declarou inconstitucional o art. 453, § 2º da CLT que dizia que a 
aposentadoria voluntária acarretava extinção do contrato de trabalho. 
 
 
 
B) A indenização compensatória de 40% do FGTS incide sobre todo o contrato de 
trabalho, ou somente no período posterior à aposentadoria? 
 
 
Como a aposentadoria não extingue o contrato de trabalho, a indenização de 
40% incide sobre todo o período trabalhado, inclusive, sobre os saques 
ocorridos na conta do FGTS. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1-Um empregado ajuizou reclamatória trabalhista contra sua ex-empregadora, 
alegando, em suma, que fora demitido por justa causa, deixando de receber as 
verbas rescisórias devidas. Na ação pleiteia a conversão da justa causa para 
dispensa injusta com o pagamento das verbas rescisórias referentes a tal 
modalidade de rescisão contratual. A empresa apresentou defesa alegando que a 
demissão ocorreu por justa causa em razão de o reclamante ter agredido seu 
superior hierárquico. Quando do julgamento do feito, o juiz reconheceu que o 
reclamante tomou esta iniciativa por ter sido ofendido por seu chefe, tendo ambas 
as partes culpa na ocorrência dos fatos que culminaram com a rescisão do 
contrato, ou seja, restando configurada a culpa recíproca. Nesse caso, com 
relação à rescisão contratual por culpa recíproca: 
 
a) o empregado terá direito a receber a integralidade das verbas rescisórias, sem 
qualquer dedução. 
b) o empregado terá direito a 100% do saldo de salário e das férias vencidas 
+ 1/3 e 50% do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias 
proporcionais + 1/3, além de poder sacar seu FGTS com multa de 20%. Art. 
484, CLT e Art. 18, § 2º da Lei 8.036/90 
c) o empregado terá direito a 50% do saldo de salário e das férias vencidas + 1/3, 
e a totalidade das demais verbas rescisórias, além de sacar os depósitos do 
FGTS. 
d) o empregado terá direito a 50% do valor do décimo terceiro salário e das férias 
proporcionais + 1/3 e a 100% do saldo de salário e do aviso prévio, além de poder 
sacar seu FGTS com multa de 20%. 
e) todas as verbas deverão ser pagas pelo empregador em sua totalidade, com 
exceção do aviso prévio, que sequer é devido nesta hipótese de rescisão 
contratual, bem como não poderá sacar seus depósitos do FGTS.Avaliação 
 
 
CASO CONCRETO 7 
1- Marcos Vinícius foi contratado pelo Banco Alfa S/A na função de vigilante em 
01/10/2015. Em 13/08/2016 Marcos faltou ao serviço injustificadamente, tendo sido 
advertido por escrito. Marcos Vinícius já havia faltado outras vezes, sem qualquer 
justificativa tendo sido advertido em todas as ocasiões. No dia 16/01/2017, Marcus 
Vinícius voltou a faltar sem qualquer justificativa, desta vez foi punido com 3 (três) 
dias de suspensão. Ao retornar da suspensão o Banco Alfa S/A resolveu dispensar 
Marcos Vinícius por justa causa. Diante do caso apresentado, responda 
justificadamente: O Banco Alfa S/A agiu corretamente ao dispensar Marcus 
Vinícius por justa causa? 
Justifique. 
 
 
Não agiu de forma correta. Não foi observado pelo empregador um dos 
requisitos para aplicação da justa causa, a proibição de dupla penalidade 
para o mesmo ato faltoso (non bis in idem), pois para cada falta só pode 
existir uma única punição. 
 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1-Verônica foi contratada, a título de experiência, por 30 dias. Após 22 dias de 
vigência do contrato, o empregador resolveu romper antecipadamente o contrato, 
que não possuía 
cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão. Sobre o caso, de acordo 
com a Lei de Regência, assinale a opção correta. 
a) O contrato é irregular, pois o contrato de experiência deve ser feito por 90 dias. 
b) Verônica terá direito à remuneração, e por metade, a que teria direito até o 
termo final do contrato. 
c) Verônica, como houve ruptura antecipada, terá direito ao aviso prévio e à sua 
integração ao contrato de trabalho. 
d) O contrato se transformou em contrato por prazo indeterminado, porque 
ultrapassou metade da sua vigência. 
Avaliação 
GABARITO 
CASO CONCRETO: 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1 - Letra B 
 
 
 
CASO CONCRETO 8 
1- Tales, empregado da empresa Bom Garfo, falsificou atestado médico para 
justificar suas faltas e consequentemente não ter desconto em sua remuneração. 
Neste caso, Tales cometeu falta grave passível de demissão por justa causa, uma 
vez que praticou ato de desídia". No caso apresentado, a tipificação pelo 
empregador (desídia) foi correta? Justifique a sua resposta. 
 
A informação está errada, pois a apresentação de atestado médico falso, 
apesar de configurar-se como justa causa, não pode ser considerada desídia, 
mas sim, ato de improbidade, conforme art. 482, "a" da CLT. 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1- A empresa Tudo Limpo, ao admitir seus empregados, sempre informa sobre 
obrigação do uso do uniforme. Mas para evitar esquecimentos, esta espalhou por 
todo o ambiente de trabalho aviso sobre o uso obrigatório do uniforme. Paulo e 
Maurício fazem parte do quadro de empregados da empresa. O superior 
hierárquico do setor onde desempenham suas atividades, dividiu as atribuições de 
cada um, cabendo a Paulo a obrigação de visitar todos os clientes da empresa e 
ao final elaborar um relatório sobre a satisfação ou insatisfação destes, tarefa a ser 
executada em cinco dias. Ao final do prazo ao questionar Paulo sobre a tarefa, 
teve como resposta que ele não a tinha executado porque não gostava de ficar 
paparicando cliente. Nesta mesma oportunidade, ao entrar na sala onde Paulo se 
encontrava, o chefe viu Maurício sem uniforme. 
a) Paulo e Maurício podem dispensados por justa causa, respectivamente 
por atos de insubordinação e indisciplina respecitivamente. Art. 482, h, da 
CLT. 
b) Ambos praticaram ato de indisciplina. 
c) Ambos praticaram ato de insubordinação. 
d) A conduta de ambos não encontra tipificação legal passível de dispensa por 
justa causa. 
e) Ambos, somente poderão receber advertência em respeito a graduação da 
penalidades permitidas em lei. 
Avaliação 
 
 
 
CASO CONCRETO 9 
1- Ana Maria trabalhou na empresa Preço Bom Ltda., por 3 (três) anos. Foi 
dispensada imotivadamente em 20.04.2015, não tendo cumprido o aviso prévio. O 
empregador efetuou o depósito das verbas rescisórias na conta salário de Ana 
Maria no dia 29.04.2015, mas a homologação da ruptura contratual só ocorreu no 
dia 21.05.2015. Diante do caso apresentado, responda justificadamente se Ana 
Maria tem direito à multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, indicando o prazo 
máximo (dia, mês e ano) para a quitação das verbas da rescisão contratual. 
 
 
Há divergências. A tese de defesa para a empregada é dizer que tem direito à 
multa do art. 477, §8º, da CLT, pois as verbas da rescisão não foram quitadas 
no prazo previsto no art. 477, §6º, da CLT. O depósito das verbas da rescisão 
não afasta a multa em exame, pois houve prejuízos ao empregado, já que não 
recebeu, no prazo legal, as guias para o saque do FGTS e por extensão a 
indenização compensatória de 40% depositada na conta vinculada, além do 
seguro desemprego. A tese de defesa para a empresa é dizer que Ana Maria 
não tem direito à multa do art. 477, §8º da CLT, pois o pagamento das verbas 
resilitórias foi realizado dentro do prazo de 10 (dez) dias previsto no art. 477, 
§6º, alínea "b" da CLT, por intermédio de depósito na conta salário o que 
elide a multa, na medida em que a lei fixou o prazo para pagamento e não 
para a homologação da rescisão contratual. O prazo máximo para a quitação 
das verbas da rescisão foi o dia 20.04.2011, eis que na contagem exclui-se o 
dia de início e inclui o vencimento. (O.J. nº 162, da SDII do TST). 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1- Homologar a rescisão nada mais é do que efetuar o pagamento das verbas 
rescisórias a que o empregado fizer jus, nas entidades competentes, que 
orientarão e esclarecerão as partes sobre o cumprimento da lei. Tendo em vista a 
afirmativa, é correto dizer: 
a) O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de 
trabalho, firmado por empregado com mais de 6 (seis) meses de serviço, só será 
válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a 
autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
b) O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a 
causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza 
de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida 
a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. Art. 477, §2º, CLT. 
 
C) Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a 
assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, 
pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Promotor de Justiça. 
 
d) O empregador em hipótese alguma poderá ser representado por preposto 
formalmente credenciado e o empregado, excepcionalmente, poderá ser 
representado por procurador legalmente constituído, com poderes expressos para 
receber e dar quitação. 
e) Tratando-se de empregado menor, será obrigatória, também, a presença e a 
assinatura do pai e da mãe respectivamente, ou de seu representante legal, que 
comprovará esta qualidade. 
 
 
CASO CONCRETO: 10 
Manuela foi contratada pela empresa TDB Informática Ltda., em 13/10/2011 na 
função de analista de sistemas e foi dispensada sem justa causa em 15/06/2013, 
com aviso prévio indenizado. Ajuizou ação trabalhista em 10/07/2015 postulando o 
pagamento de horas extras de todo período trabalhado e seus reflexos sobre o 
repouso semanal remunerado, férias integrais e proporcionais + 1/3, décimos 
terceiros salários integrais e proporcionais, FGTS + 40% e aviso prévio. No 
entanto, no dia da audiência realizada em 19/11/2015, Manuela não compareceu e 
a ação trabalhista foi arquivada, com a extinção do processo sem resolução do 
mérito. Ajuizou nova ação trabalhista em 17.06.2016 postulando além as horas 
extras o adicional noturno de todo período trabalhado e os respectivos reflexos nas 
verbas contratuais e rescisórias. Em sua contestação, a empresa TDB Informática 
arguiu a prescrição total, requerendo a extinção do processo comresolução do 
mérito. Considerando essa situação hipotética, esclareça, de forma fundamentada, 
se há prescrição total no presente caso. 
 
Há prescrição total somente em relação ao pedido de adicional noturno. Isso 
porque, tendo Manuela sido dispensada sem justa causa em 15.06.2013, a 
extinção do contrato de trabalho ocorreu em 15/07/2013, em virtude da 
integração do aviso prévio (art. 487, § 1º da CLT c/c OJ- 82 da SDI, TST c/c 
OJ- 83 da SDI-I do TST), que é de 30 (trinta) dias, pois a dispensa ocorreu 
antes da vigência da Lei nº 12.506/2011 (Súmula nº. 441, TST). Assim a ação 
poderia ter sido proposta até 15/07/2015, ou seja, no prazo de 2 (dois) 
anos.Ajuizada a ação trabalhista em 10/07/2015, interrompeu o prazo 
prescricional, tendo sido observado o biênio previsto no art. 7º, XXIX, da 
CRFB/88. A propositura da ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe 
o prazo prescricional em relação aos pedidos idênticos, nos termos do 
entendimento contido na Súmula nº 268, TST, reiniciando a contagem do 
prazo de 2 (dois) para a propositura da ação. Dessa forma, em relação ao 
pedido de horas extras foi interrompido o prazo prescricional não havendo 
prescrição total, já que a segunda ação trabalhista foi proposta em 
17/06/2016, não tendo transcorrido o prazo de 2 (dois) anos do arquivamento 
da 1ª ação trabalhista. No entanto, em relação ao adicional noturno não 
houve interrupção do prazo prescricional, pois não postulado na ação 
anterior, razão pela qual o prazo de dois anos conta-se da extinção do 
contrato em 15/07/2010. Como a ação trabalhista foi proposta somente em 
17/06/2013 foi ultrapassado o prazo de 2 (dois) anos, estando totalmente 
prescrito o pedido de adicional noturno. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1- (Ano: 2016 - Banca - FCC Órgão: TRT - 1ª REGIÃO) Prova de Juiz do Trabalho 
Substituto). O cirurgião-dentista A admitiu em seu consultório a atendente X, em 
20/10/2002, anotando regularmente sua CTPS. O contrato de trabalho 
desenvolveu-se normalmente até 2004, quando, após sucessivas investidas do 
empregador, a atendente aceitou dar início a um relacionamento amoroso entre 
eles, o qual culminou com o divórcio do empregador em 2005 e a celebração de 
uma escritura pública de união estável entre ele e a atendente, não obstante 
continuassem a executar normalmente o contrato de trabalho. Rompendo a união 
estável, também por escritura pública, em 10/03/2008, a relação de emprego ainda 
assim prosseguiu, sem qualquer alteração, até 15/02/2010, quando o empregador 
dispensou imotivadamente a trabalhadora. Promovendo a trabalhadora 
reclamação trabalhista em face do cirurgião-dentista, em 20/01/2012, pretendia 
receber horas extras, por todo o período, e diferenças salariais desde 2005, 
considerando que desde então até 2009 o empregador não lhe havia concedido 
qualquer reajuste salarial. Tudo considerado, conclusos os autos, o juiz decidiu 
acertadamente que, no caso: 
a) o primeiro contrato prescreveu em 10/03/2010 e o segundo não chegou a ter 
títulos prescritos, determinando-se o prosseguimento da instrução em relação a 
este período. 
b) estariam prescritos todos os títulos anteriores a 20/01/2007, caso arguida a 
prescrição a qualquer tempo no processo. Súmula 308, TST. 
c) arguida a preliminar de prescrição, e com a celebração da união estável, a 
primeira relação de emprego ter-se-ia extinta, uma vez que não se poderia admitir 
relação de subordinação entre conviventes em união estável. Os títulos referentes 
ao primeiro contrato estariam fulminados pela prescrição bienal em 2007 e os do 
segundo poderiam ser integralmente reclamados. 
d) em decisão interlocutória, com a união estável, o contrato de emprego ficou 
suspenso, ainda que houvesse prestação de serviços. Finda esta, o contrato 
retomou sua marcha, devendo-se contar a prescrição quinquenal a partir dessa 
retomada da marcha. 
e) não há prescrição a ser pronunciada, rejeitada a preliminar. 
Avaliação 
onsiderações 
Considerações 
CCASO CONCRETO:11 
1- Cristina Maria foi dispensada por justa causa, sob a alegação de prática de ato 
de indisciplina e insubordinação, por ter se recusado a despir-se diante de sua 
superiora hierárquica. Tal fato ocorreu porque a empresa resolver submeter todos 
os empregados, inclusive mulheres, à revista íntima. A empresa alegou que os 
empregados estariam desviando mercadorias e por isso a adoção da revista íntima 
seria medida eficaz para a preservação e continuidade de suas atividades. Cristina 
Maria nada recebeu na extinção do contrato de trabalho e pretende propor ação 
trabalhista para defender seus interesses. Diante da situação hipotética 
apresentada, na qualidade de advogado contratado por Cristina Maria indique a 
fundamentação jurídica que deverá ser adotada para a defesa dos interesses de 
sua cliente, discriminando as verbas rescisórias que devem ser postuladas. 
 
Na ação trabalhista proposta deve ser postulada a convolação da dispensa 
por justa causa em dispensa imotivada, uma vez que o art. 373-A, VI, da CLT 
veda ao empregador ou preposto proceder à revista íntima nas empregadas. 
Sendo assim, a recusa é legítima não caracterizando ato de indisciplina ou 
insubordinação a que se refere o art. 482, alínea ?h? da CLT. Em virtude da 
dispensa imotivada são devidas as seguintes verbas rescisórias:saldo de 
salário, aviso prévio, férias integrais/proporcionais com acréscimo de 1/3, 
décimo terceiro salário proporcional, guias para saque do FGTS, indenização 
compensatória de 40% do FGTS, guias para o seguro-desemprego. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1- Sobre o contrato de aprendizagem, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) não necessita ser escrito, podendo ser tácito. art. 428, caput da CLT, exige 
que o contrato de aprendizagem seja formulado por escrito 
b) O prazo será de, no máximo, 2 (dois) anos. 
c) é garantido o salário mínimo hora, salvo condição mais favorável. 
d) o aprendiz deverá ter idade mínima de 14 (quatorze) e máxima de 24 (vinte 
quatro) anos, exceto no caso de aprendizes portadores de deficiência, com 
qualquer idade. 
Avaliação 
 
CASO CONCRETO: 12 
1- Se um empregado de um condomínio residencial, utilizando luvas, coloca 
diariamente o saco de lixo, já lacrado, na calçada, no horário predeterminado para 
coleta, passa a ter direito ao adicional de insalubridade? Justifique a resposta. 
 
A função que tem atividade consistente na limpeza e coleta de lixo 
residencial não se enquadra na hipótese descrita no anexo 14 da NR 15 do 
Ministério do Trabalho, que trata do trabalho permanente com lixo urbano 
(coleta e industrialização). O caso comporta a aplicação da Súmula 448 do 
TST, não obstante a conclusão contrária de laudo pericial. Súmula nº 448 do 
TST ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA 
REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO 
Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para 
que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a 
classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo 
Ministério do Trabalho. 
II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de 
grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à 
limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de 
insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 
da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo 
urbano. 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1- No que se refere ao adicional de periculosidade e ao adicional de insalubridade, 
assinale a opção correta. 
a) A eliminação da insalubridade do trabalho em uma empresa, mediante a 
utilização de aparelhos protetores aprovados pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, não é suficiente para o cancelamento do pagamento do respectivo 
adicional. 
b) As horas em que oempregado permanecer em sobreaviso também geram a 
integração do adicional de periculosidade para o cálculo da jornada extraordinária. 
c) Frentistas que operam bombas de gasolina não fazem jus ao adicional de 
periculosidade, visto que não têm contato direto com o combustível. 
d) O caráter intermitente do trabalho executado em condições insalubres não 
afasta o direito de recebimento do respectivo adicional. acordo com o 
entendimento contido na Súmula nº 47 do TST. 
Avaliação 
CASO CONCRETO: 13 
Benedito foi contratado pelo Banco Atenas S/A para trabalhar como vigilante. 
Trabalhou de 2ª a 6ª feira de 9h às 18h, com 1 (uma) hora de intervalo durante os 
2 (dois) anos de duração do pacto laboral e nunca recebeu o pagamento de horas 
extras. Inconformado,ajuizou ação trabalhista postulando seu enquadramento 
como bancário e o pagamento das horas extras a partir da 6ª hora diária, na forma 
do art. 224, da CLT.Diante do caso apresentado, responda de forma justificada: 
A) Benedito deve ser enquadrado como bancário? 
 
Benedito não deve ser enquadrado como bancário, pois de acordo com o 
entendimento contido na Súmula nº 257, do TST, não é bancário o vigilante 
contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas 
especializadas. Isso porque, o vigilante é considerado categoria profissional 
diferenciada, nos termos do art. 511, §3º, da CLT, sendo sua atividade regida 
pela Lei nº 7.102/1983. 
 
B) São devidas as horas extras postuladas por Benedito? 
 
 
Não, pois não sendo enquadrado como bancário, Benedito não tem direito a 
jornada reduzida dos bancários, prevista no art. 224, da CLT. Logo, tem jornada de 
8 (oito) horas. Sendo indevidas as horas extras, pois não trabalhou além da 8ª 
hora diária. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
 
ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA: O princípio de Direito Coletivo do 
Trabalho que prega a impossibilidade de existência de mais de um sindicato por 
base territorial é o da: 
a) Unicidade Sindical - art. 8º, II, da CRFB/88 
b) Liberdade de Associação 
c) Autonomia Sindical 
d) Interveniência Sindicalliação 
conaissideraçõ 
CASO CONCRETO: 14 
Sindicato dos bancários formalizou Convenção Coletiva de Trabalho com o 
Sindicato dos Bancos fixando a contribuição assistencial no percentual de 2% a 
ser descontado dos salários dos empregados no mês seguinte ao reajuste. Ana 
Maria, bancária do Banco Beta S/A, não é sindicalizada e teve descontado do seu 
salário a referida contribuição assistencial. Além desse desconto, no mês de 
março, seu empregador também efetuou desconto a título de contribuição sindical. 
Diante do caso apresentado, responda as questões propostas, justificando suas 
respostas com os dispositivos legais pertinentes e o entendimento do TST sobre a 
matéria. a) Ana Maria poderá exigir a devolução dos valores descontos em seu 
salário a título de contribuição assistencial? 
Ana Maria poderá exigir a devolução dos descontos da contribuição 
assistencial, porque de acordo com o entendimento consagrado na OJ-17 da 
SDC do TST, bem como no Precedente Normativo nº 119 do TST e Súmula 
666 do STF, essa contribuição só obriga os associados. 
 
 b) A resposta seria a mesma na hipótese de contribuição sindical? 
 
Não, no caso da contribuição sindical (imposto sindical), todavia, o desconto 
é devido eis que referida contribuição é obrigatória para todos os integrantes 
da categoria profissional, e independe de associação sindical, conforme art. 
578 e 579 da CLT. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(OAB/FGV) - Foi celebrada convenção coletiva que fixa jornada em sete horas 
diárias.Posteriormente, na mesma vigência dessa convenção, foi celebrado acordo 
coletivo prevendo redução da referida jornada em 30 minutos. Assim, os 
empregados das empresas que subscrevem o acordo coletivo e a convenção 
coletiva deverão trabalhar, por dia, 
(A) 8 horas, pois a CRFB prevê jornada de 8 horas por dia e 44 horas semanais, 
não podendo ser derrogada por norma hierarquicamente inferior. 
(B) 7 horas e 30 minutos, porque o acordo coletivo, por ser mais específico, 
prevalece sobre a convenção coletiva, sendo aplicada a redução de 30 minutos 
sobre a jornada de 8 horas por dia prevista na CRFB. 
(C) 7 horas, pois as condições estabelecidas na convenção coletiva, por serem 
mais abrangentes, prevalecem sobre as estipuladas no acordo coletivo. 
(D) 6 horas e 30 minutos, pela aplicação do princípio da prevalência da 
norma mais favorável ao trabalhador. 
Avaliação 
 
 
CASO CONCRETO: 15 
OAB/FGV - O Banco Ômega S.A. ajuizou ação de interdito proibitório em face do 
Sindicato dos Bancários de determinado Município, nos termos do artigo 567 do 
CPC,postulando a expedição de mandado proibitório, para obrigar o réu a 
suspender ou a não mais praticar, durante a realização de movimento paredista, 
atos destinados a molestar a posse mansa e pacífica do autor sobre os imóveis de 
sua propriedade, com a retirada de pessoas, veículos, cavaletes, correntes, 
cadeados, faixas e objetos que impeçam a entrada de qualquer empregado ao 
local de trabalho, abstendo-se, também, de realizar piquetes com utilização de 
aparelhos de som, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 10.000,00 
(dez mil reais), por agência. Em contestação, o sindicato-réu sustentou que a 
realização de piquetes decorre do legítimo exercício do direito de greve 
assegurado pelo artigo 9º da Constituição da República e que o fechamento das 
agências bancárias visa a garantir a adesão de todos os empregados ao 
movimento grevista. Com base na situação hipotética, responda aos itens a seguir, 
empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal 
pertinente ao caso. 
a) Durante a greve, é lícita a realização de piquetes pelo Sindicato com utilização 
de carros de som? 
Conforme a norma prevista no artigo 6º, I, da Lei 7.783/89, são assegurados 
aos grevistas, entre outros direitos, o emprego de meios pacíficos tendentes 
a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve. A realização de 
piquetes com utilização de carros de som é permitida pela ordem jurídica, 
como meio pacífico tendente a persuadir ou aliciar os trabalhadores para 
aderirem ao movimento. É vedada, contudo, a prática de atos de violência 
moral e/ou material que possam vir a constranger direitos e garantias 
fundamentais de outrem, nos moldes do artigo 6º, §1º, da Lei 7.783/89. Desse 
modo, o examinando deve responder afirmativamente, alegando que o artigo 
6º, I, da Lei 7.783/89 assegura aos grevistas o emprego de meios pacíficos 
tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve. 
 
b) Procede a pretensão veiculada na ação judicial no sentido de que o réu se 
abstenha de impedir o acesso dos empregados às agências bancárias? 
 
O examinando deve responder que procede a pretensão, fundamentando no 
sentido de que as manifestações e atos de persuasão utilizados pelos 
grevistas não podem impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou 
dano à propriedade ou à pessoa, nos termos do artigo 6º, §3º, da Lei 7.783/89. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1- (FCC-2013-TRT-9ª Região). De acordo com o previsto na Lei nº 7.783/89 (Lei 
de Greve), em relação à greve em serviços ou atividades essenciais, é 
INCORRETA a afirmação: 
a) São considerados serviços ou atividades essenciais, entre outros, transporte 
coletivo;captação e tratamento de esgoto e lixo; telecomunicações; processamento 
de dados ligados a serviços essenciais. 
b) Os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados de comum 
acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao 
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. 
c) As entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, ficam 
obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com 
antecedência mínima de 48 horas da paralisação. Antecedência mínima é de 
72 horas da paralisação e não48 horas, conforme prevê o art. 13 da Lei 
7.783/89.ações Adicionais 
 
d) São necessidades inadiáveis da comunidade aquelas que, não atendidas, 
coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da 
população.

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