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São Bernardo e a mulher

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São Bernardo e a mulher
Eloá Tainá Costa da Rosa Moraes
A mulher em “São Bernardo”, de Graciliano Ramos
cultura do estupro, 
identidade feminina, 
educação,
emancipação da mulher,
sexismo
São Bernardo foi publicado em 1934, quando houve a promulgação das terceira Constituição brasileira, que trouxe avanços no que diz respeito aos direitos da mulher, como o voto e assistência às trabalhadoras grávidas.
Desejo de retratar a realidade social onde “reinavam” os coronéis no nordeste.
E eu. Tirou-me a palavra da boca, atalhou João Nogueira. Convide a Madalena, Seu Paulo Honório. Excelente aquisição, mulher instruída.
Até lhe enfeita a casa, Seu Paulo, gritou Azevedo Gondim.
p. 46
Paulo Honório – sentimento de posse, desde as terras de São Bernardo até as mulheres. Para Paulo Honório, o importante era saciar seus desejos e intenções.
Coisificação da mulher – satisfazer os desejos masculinos
Animalização da mulher e cultura do estupro: “abrequei a Germana, cabritinha sarará danadamente assanhada” (p. 13)
A prisão de Paulo Honório parece ser muito mais devido ao assassinato de João Fagundes do que pela agressão a Germana. Seria Germana a culpada pela agressão?
Isolamento social: “Germana arruinou. Quando me soltaram, ela estava na vida, de porta aberta, com doença do mundo.” (p. 13)
Até os dezoito anos gastei muita enxada ganhando cinco tostões por doze horas de serviço. Aí pratiquei o meu primeiro ato digno de referência. Numa sentinela, que acabou em furdunço, abrequei a Germana, cabritinha sarará danadamente assanhada, e arrochei-lhe um beliscão retorcido na popa da bunda. Ela ficou-se mijando de gosto. Depois botou os quartos de banda e enxeriu-se com o João Fagundes, um que mudou o nome para furtar cavalos. O resultado foi eu arrumar uns cocorotes na Germana e esfaquear João Fagundes. Então o delegado de polícia me prendeu, levei uma surra de cipó de boi, tomei cabacinho e estive de molho, pubo, três anos, nove meses e quinze dias na cadeia, onde aprendi leitura com o Joaquim sapateiro, que tinha uma Bíblia miúda, dos protestantes. Joaquim sapateiro morreu. Germana arruinou. Quando me soltaram, ela estava na vida, de porta aberta, com doença do mundo.
p.13
A “família”
Paulo Honório decide constituir uma família, mas apenas para ter um herdeiro. Para isso, idealiza uma “mulher ideal”: “Tentei fantasiar uma criatura alta, saída, com trinta anos, cabelos pretos – mas parei aí.” (p. 54)
Coisificação da mulher. Busca de uma mulher para enfeitar a casa e prover herdeiros. 
“Resolvi escolher uma companheira. E como a senhora me quadra... (...) A senhora, pelo que mostra e pelas informações que peguei, é sisuda, econômica, sabe onde tem as ventas e pode dar uma boa mãe de família.” (p. 81)
“D. Marcela era um pancadão. Cada olho! O que tinha de ruim era usar muita tinta no rosto e mutios ss na conversa. Paciência. Perfeito só Deus.” (.57)
Casamento como um negócio – p. 85
Desde então comecei a fazer nela algumas descobertas que me surpreenderam. Como se sabe, eu me havia contentado com o rosto e com algumas informações ligeiras.
p.87
Escolarização
Paulo Honório não vê com bons olhos a escolarização da mulher: a mulher deveria voltar-se para as atividades do lar e da maternidade. Madalena, entretanto, lia, escrevia e era professora.
“- Sim. Encontrei-a uma noite destas e gostei da cara. É moça direita?
Azevedo Gondim encetou a quarta garrafa de cerveja e desmanchou-se em elogios.
Mulher superior. Só os artigos que publica no Cruzeiro!
Desanimei:
Ah! Faz artigos!
Sim, muito instruída. Que negócio tem o senhor com ela?
Eu sei lá? Tinha um projeto, mas a colaboração no Cruzeiro me esfriou. Julguei que fosse uma criatura sensata.” (p. 77-78)
Paulo Honório também não gosta que Madalena se interesse pelos negócios da fazenda.
Referências
https://jus.com.br/artigos/30484/analise-da-obra-sao-bernardo-de-graciliano-ramos-a-luz-do-direito-da-mulher/2
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_66792/artigo_sobre_a-reificaao-da-mulher-na-obra-sao-bernardo-de-graciliano-ramos
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio: Record. 1977.

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