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Roteiro Teórico Reprodutor

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FACULDADE SANTA MARIA
CURSO DE CHARARELADO EM MEDICINA
ROTEIRO TEÓRICO DE ANATOMIA SISTÊMICA I
SISTEMA REPRODUTOR
MONITOR : JOABY NATALINO FARIAS DANTAS
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
	O pênis é o órgão de cópula masculino e, conduzindo a uretra, oferece a saída comum para a urina e o sêmem. O pênis é composto anatomicamente por uma raiz, um corpo e uma glande.
Raiz do Pênis: é a parte fixada, formada pelos ramos do pênis (tecido erétil cavernoso), bulbo do pênis (tecido erétil esponjoso) e pelos músculos isquiocavernoso (recobre os ramos) e bulboesponjoso (recobre o bulbo). A raiz está localizada no espaço superficial do períneo;
Corpo do Pênis: é a parte pendular livre suspensa da sínfise púbica. Não possui músculos. Distalmente o corpo esponjoso se expande para formar a glande do pênis, cuja suas margens projetam-se para formar a coroa do pênis. O colo da glande separa a glande do corpo do pênis. Neste colo, a pele e a fáscia do pênis constituem o prepúcio, que cobre a glande. Este prepúcio possui uma prega mediana, o frênulo (freio) do prepúcio que se estande até a face uretral da glande.
	O suprimento arterial é dado principalmente por ramos das artérias pudendas internas.
Artérias dorsais do pênis: suprem o tecido fibroso ao redor dos corpos cavernosos, o corpo esponjoso e a parte esponjosa da uretra, e a pele do pênis;
Artérias profundas do pênis: suprem o tecido erétil cavernoso nos ramos do pênis;
Artérias do bulbo do pênis: suprem o bulbo do corpo esponjoso e a uretra no seu interior, além da glândula bulbouretral
Ramos superficiais das artérias pudendas externas: suprem a pele do pênis
	A inervação sensitiva e simpática do pênis é fornecida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, um ramo terminal do nervo pudendo. Este nervo supre a pele e a glande do pênis. 
	Ramos do nervo ilioinguinal também realizam inervação da pele na raiz do pênis.
	Já os nervos cavernosos conduzem fibras parassimpáticas, que inervam as artérias helicinas do tecido erétil.
As relações posteriores da bexiga masculina
	A bexiga urinária masculina relaciona-se posteriormente com: o lobo posterior da próstata, cavidade peritoneal, escavação retovesical, ureteres, ampola do reto e septo retovesical.
Partes da uretra
Parte Pré-prostática: varia de tamanho de acordo com o grau de enchimento no qual a bexiga se encontra. Estende-se quase verticalmente através do colo da bexiga e continua-se como a parte prostática;
Parte Prostática: desce através da parte anterior da próstata e é limitada anteriormente pelo esfíncter externo da uretra. É a parte mais larga e mais dilatável;
Parte Membranácea: atravessa o espaço profundo do períneo e penetra da membrana do períneo. É a parte mais estreita e menos distensível;
Parte Esponjosa da Uretra: atravessa o corpo esponjoso e possui dois alargamentos, sendo um inicial (no bulbo do pênis) e outro distal na glande do pênis (fossa navicular).
Os elementos encontrados na uretra prostática
	A parte prostática da uretra possui alguns elementos que lhe determinam a característica de parte mais larga e dilatável da uretra masculina. O elemento mais proeminente é a crista uretral, uma crista mediana que localiza-se entre os seios prostáticos. Nestes seios desembocam os ductos prostáticos. Outro elemento encontrado é o colículo seminal, que caracteriza-se por ser uma eminência (dilatação) localizada no meio da crista uretral. Este colículo possui um orifício semelhante a uma fenda, o utrículo prostático. Em cada lado do utrículo prostático abrem-se os ductos ejaculatórios; portanto, o trato urinário e reprodutivo se fundem neste ponto.
Os lobos da próstata
Istmo da próstata (lobo anterior): é anterior à uretra. É fibromuscular, e contém pouco ou nenhum tecido glandular;
Lobo posterior: situa-se posteriormente à uretra e inferiormente aos ductos ejaculatórios; é facilmente palpável por exame retal digital;
Lobos direito e esquerdo (laterais): situam-se de cada lado da uretra e formam a principal parte da próstata;
Lobo médio: situa-se entre a uretra e os ductos ejaculatórios e possui relação íntima com o colo da bexiga.
Trajeto do espermatozóide no aparelho reprodutor masculino
Resumidamente, os espermatozóides seguem o seguinte trajeto:
TÚBULOS SEMINÍFEROS (TESTÍCULOS) EPIDÍDIMO DUCTO DEFERENTE DUCTO EJACULATÓRIO PARTE PROSTÁTICA DA URETRA PARTE MEMBRANÁCEA DA URETRA PARTE ESPONJOSA DA URETRA
	Durante o processo da ejaculação, os espermatozóides armazenados no epidídimo entram no ducto deferente (continuação do ducto do epidídimo). Este ducto cruza superiormente ao ureter, seguindo entre o ureter e o peritônio para chegar ao fundo da bexiga. Posteriormente à bexiga, o ducto deferente desce medialmente entre o ureter e a glândula seminal. Aqui este ducto se dilata para formar a ampola do ducto deferente antes de seu fim. 
	Logo após, os espermatozóides seguem pelos ductos ejaculatórios. Estes ductos se originam a partir da união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Esta origem ocorre perto do colo da bexiga, e os ductos seguem atravessando a parte posterior da próstata. Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal. Após o fim dos ductos ejaculatórios, os espermatozóides seguem pela parte prostática da uretra (onde recebem as secreções prostáticas); logo após entram na uretra membranácea para, finalmente, seguirem pela uretra peniana (esponjosa) até o meio externo, através do óstio externo da uretra.
Glândulas bulbouretrais 
	As duas glândulas bulbouretrais com formato de ervilha (glândulas de Cowper) situam-se póstero-laterais à parte membranácea da uretra, amplamente incrustadas no esfíncter externo da uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na uretra durante a excitação sexual. (MOORE, 2001).
As escavações formadas pela reflexão do peritônio na pelve feminina e masculina. 
REFLEXÕES PERITONEAIS NA PELVE:
	MASCULINA
	FEMININA
	1. O peritôneo desce a parede anterior do abdome
	1. O peritôneo desce a parede anterior do abdome
	2. Reflete-se sobre a face superior da bexiga, criando a fossa supravesical
	2. Reflete-se sobre a face superior da bexiga, criando a fossa supravesical
	3. Cobre a face superior da bexiga e desce pelas laterais para ascender na parede lateral da pelve, criando fossas paravesicais de cada lado
	3. Cobre a face superior da bexiga e desce pelas laterais para ascender na parede lateral da pelve, criando fossas paravesicais de cada lado
	4. Desce na face posterior da bexiga por até 2 cm
	4. Reflete-se do teto da bexiga sobre o corpo do útero, formando a ESCAVAÇÃO VESICOUTERINA
	5. Lateralmente forma pregas sobre os ureteres, ducto deferente e glândulas 
	5. Cobre o corpo e o fundo do útero e parte superior do fórnice da vagina; estende-se lateralmente do útero como dupla prega ou mesentério
	6. Reflete-se da bexiga e glândulas seminais sobre o reto, formando a ESCAVAÇÃO RETOVESICAL
	6. Reflete-se da vagina sobre o reto, formando a ESCAVAÇÃO RETOUTERINA
	7. A escavação retovesical estende-se para formar fossas pararretais de cada lado do reto.
	7. A escavação retouterina estende-se lateral e posteriormente para formar fossas pararretais de cada lado do reto 
	8. Ascende no reto
	8. Ascende no reto
	9. Envolve o colo sigmóide começando na junção retossigmóide
	9. Envolve o colo sigmóide começando na junção retossigmóide
APARELHO REPRODUTOR FEMININO
Configuração externa do útero
Situado entre a bexiga urinária e o reto, com tamanho e formato de uma pêra invertida. Em mulheres que nunca ficaram grávidas, possui: 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura; é maior nas mulheres que ficaram grávidas recentemente e menor (atrofiado) na menopausa (diminuiçãodos hormônios). Subdivisões anatômicas do útero: o Fundo – porção acima dos óstios uterinos das tubas; o Corpo – abaixo do fundo e acima do istmo, possui duas faces: anterior (relacionado com a bexiga) e posterior (relacionado com o reto); o Istmo – abaixo do corpo, segmento estreito com cerca de 1 cm de comprimento; o Colo – parte final do útero com cerca de 2,5 cm de comprimento, possui duas porções: supravaginal (acima da vagina) e vaginal (que se salienta para a vagina). 
A porção vaginal do colo do útero circunda o óstio do útero e, por sua vez, é circundada pelo fórnice da vagina. O interior do corpo do útero é chamado de cavidade uterina e o interior do colo, de canal do colo uterino. O canal do colo do útero se abre na cavidade uterina, no óstio interno, e na vagina, no óstio externo. Normalmente o útero fica deitado sobre a bexiga (antevertido e antefletido). O canal do colo forma rugosidades: pregas palmadas. A porção vaginal do colo que situa-se anteriormente ao óstio é chamado de lábio anterior do colo, e a porção posterior, de lábio posterior do colo. A parede do fundo e corpo do útero é formada por três camadas: o Perimétrio: revestimento seroso externo; o Miométrio: camada muscular lisa espessa; o Endométrio: camada mucosa interna, relacionado com a menstruação e a nidação (implantação do embrião). 
O colo não possui endométrio e o miométrio é delgado. O endométrio é dividido em duas camadas: Camada funcional: parte que descama durante a mesntruação; Camada basal: parte que origina a camada funcional após a menstruação. As células secretoras da túnica mucosa do colo produzem o muco cervical que forma um tampão no colo. Ligamentos do útero: o Lig. largo: pregas duplas de peritônio que fixam o útero em ambos os lados da cavidade pélvica; o Ligg. uterossacrais: extensões peritoneais que ligam o útero ao sacro; o Ligg. cardinais: estendem-se para baixo até a base do lig. largo, da parede lateral da cavidade pélvica ao colo do útero (conduz os vasos uterinos); o Ligg. redondos: estendem-se do útero até os lábios maiores; o Ligg. útero-ováricos. A inclinação do útero para trás é chamada de retroflexão. Por dentro dos dois folhetos do lig. largo passam: lig. redondo do útero, vasos uterinos e o ureter. 
Os ligamentos de sustentação do útero (embrionários, fasciais e de peritônio)?
	O ligamento largo do útero é uma dupla lâmina de peritônio (mesentério) que se estende das laterais do útero até as paredes laterais e o assoalho da pelve. Lateralmente, o peritônio do ligamento largo é prolongado superiormente sobre os vasos como o ligamento suspensor do ovário. A tuba uterina situa-se na margem livre ântero-superior do ligamento largo, dentro da mesossalpinge. Da mesma forma, o ovário situa-se dentro do mesovário, na face posterior do ligamento largo. A maior parte do ligamento largo serve como mesentério para o próprio útero e denomina-se mesométrio.
Além desse ligamento, o ligamento largo, existem outros os ligamentos de sustentação do útero (embrionários, fasciais e de peritônio):
Ligamentos vestigiais embrionários: esses dois ligamentos são vestígios do gubernáculo ovárico, relacionado à descida da gônada de sua posição no desenvolvimento sobre a parede posterior do abdome. São eles:
Ligamento útero-ovárico: fixa-se ao útero póstero-inferior à junção uterotubária. Em outras palavras, esse ligamento prende o ovário ao útero em uma posição posterior e inferior à junção uterotubária;
Ligamento redondo do útero: origina-se ântero-inferiormente à junção uterotubária e fixa-se aos lábios maiores.
Ligamentos fasciais endopélvicos: O colo do útero é a parte menos móvel do deste órgão devido à sua sustentação ser proporcionada por esses tipos de ligamentos fasciais. São eles:
 Ligamentos transversos do colo (cardinais): estendem-se do colo e do fórnice da vagina até as paredes laterais da pelve;
 Ligamentos retouterinos (uterossacrais): seguem superiormente, das laterais do colo até o meio do sacro.
Juntos, todos esses ligamentos (além de outros já citados anteriormente) possuem uma função unânime, que é a de manter o útero centralizado na cavidade pélvica e resistem à tendência de que o útero “caia” ou seja empurrado através da vagina (Prolapso uterino).
As relações posteriores da vagina
	A vagina relaciona-se posteriormente com: o canal anal, o reto e a escavação retouterina.
A tuba uterina (configuração externa e suprimento arterial).
As tubas uterinas conduzem o ovócito, liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil da mulher, da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina. Também são o local habitual de fertilização.
De acordo com sua configuração externa, cada tuba uterina divide-se em 4 partes:
 Infundíbulo: é a extremidade distal afunilada que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal da tuba uterina. Seus processos digitiformes (fimbrias) abrem-se na sobre a face medial do ovário;
 Ampola: é a parte mais “dilatada” e longa da tuba uterina. É o local onde comumente ocorre a fertilização;
 Istmo: é a parte da tuba que entra no corno uterino;
 Parte uterina: é o segmento que atravessa a parede do útero e se abre através do óstio uterino da tuba uterina, no corno do útero.
O suprimento arterial é dado pelas artérias ováricas (ramos da parte abdominal da aorta) e pelos ramos ascendentes das artérias uterinas (ramos da artéria ilíaca interna). Estas artérias se bifurcam em ramos ováricos e ramos tubários; e irrigam ovários e tubas das extremidades opostas.
ESTE ROTEIRO NÃO CONTEMPLA TODO ASSUNTO MINISTRADO EM AULA(testículo e ovário) E MUITO MENOS DEVE SER USADO COMO FONTE ÚNICA DE ESTUDO, SERVINDO APENAS PAR ORIENTAR NOS ESTUDOS.
“Não deixe que as pessoas te façam desistir daquilo que você mais quer na vida. Acredite. Lute. Conquiste. E acima de tudo, seja feliz!”
(Autor desconhecido)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo Humano-: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Artmed Editora, 2016.
MOORE, K eith L. Anatomia orientada para a clínica / K eith L. Moore, Arthur F. Dalley, Anne M.R. Agur; tradução Claudia Lucia C aetano de Araujo. - 7. ed. - Rio de
Janeiro: K oogan, 2014.

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