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Universidade Estácio de Sá Campus de Santa Cruz Sistema de Proteção e medição: SPDA Professor: Haroldo Giusti Lemos Rio de Janeiro, 10/04/2018. Página 1 de 10 Nome / Matrícula Bruno da Silva Cavalcante / 201502521512 Titulo do trabalho Proteção Contra Descargas Atmosféricas Introdução NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas - Esta Norma fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas, bem como de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido. Esta Norma aplica-se às estruturas comuns, utilizadas para fins comerciais, industriais, agrícolas, administrativos ou residenciais, e às estruturas especiais previstas. SPDA - É um Sistema de Proteção contra Descargas Elétricas, popularmente chamado de para-raios. A instalação dos Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) é uma exigência do Corpo de Bombeiros, regulamentada pela ABNT segundo a Norma NBR 5419/2005, e tem como objetivo evitar e/ou minimizar o impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, que podem ocasionar incêndios, explosões, danos materiais e, até mesmo, risco à vida de pessoas e animais. Controle da qualidade - O controle de qualidade começa pela especificação correta, no projeto, nos materiais com as características previstas em norma. Todos os materiais deverão ser rigorosamente vistoriados e conferidos para evitar retrabalho e problemas legais. Manutenção - Os SPDAs devem passar por inspeções visuais anualmente e inspeções completas (de acordo com o nível de proteção requerido), e nessas inspeções deverão ser identificadas eventuais irregularidades e, no caso, corrigidas imediatamente para garantir e eficiência do sistema. Não há uma proteção 100% segura, mas sim a utilização de dispositivos de proteção que diminuam os riscos e a probabilidade de danos aos equipamentos e instalações e/ou estruturas físicas ao serem atingidas. É imprescindível a divulgação e difusão dos conhecimentos capazes de subsidiar a definição e a adoção de práticas eficientes para minimizar os efeitos destrutivos das descargas. Página 2 de 10 Desenvolvimento Atualmente existem três métodos de dimensionamento: O método Franklin (ângulo de proteção) - O método de proteção por para-raios tipo Franklin consiste na utilização de um ou mais mastros com captores, de modo que todo volume da edificação a ser protegido fique dentro de uma zona espacial de proteção do sistema, no interior do cone de proteção criado pelo para-raios. O dimensionamento por este método leva em consideração o nível de proteção e a altura da edificação para obter o ângulo de proteção dos captores em relação à posição da área de exposição analisada. A norma NBR 5419:2015 estabelece os ângulos de proteção a serem utilizados na Figura 1 – Ângulo de proteção correspondente à classe de SPDA. Os ângulos de proteção variam de acordo com a altura dentro de cada nível de proteção, sendo ainda limitados por um valor de altura máxima. Figura 1: Imagem AltoQi. Figura 2: Imagens Google.com Página 3 de 10 Método Eletrogeométrico (esfera rolante) - O método de proteção eletrogeométrico consiste em fazer rodar uma esfera fictícia, com raio determinado pela norma, em todos os sentidos e direções sobre o topo e fachadas da edificação. O objetivo é fazer com que os captores lançados impeçam que a esfera toque a edificação. Nos locais onde essas esferas tocam a edificação, o "raio" (descarga atmosférica) também toca, então esses locais tem que ser protegidos, pois se o raio cair nesse local e não houver uma proteção, certamente haverá dados materiais e/ou pessoais. As normas NBR 5419:2015 e NBR 5419:2005 estabelecem os raios das esferas de acordo com o nível de proteção utilizado. Figura 3: Imagem AltoQi. Método das malhas (Gaiola de Faraday) - O método de proteção por para-raios tipo Gaiola de Faraday consiste em instalar um sistema de captores formado por condutores horizontais interligados em forma de malha, formando uma rede modular de condutores envolvendo todos os lados do volume a proteger (cobertura e fachadas), criando assim uma espécie de "gaiola". Graças a essa disposição temos um campo elétrico nulo em seu interior, pois as cargas se distribuem de forma homogênea na parte mais externa da superfície condutora. O dimensionamento por este método leva em consideração o nível de proteção para obter as dimensões máximas das "quadrículas" que serão utilizadas na malha. A norma NBR 5419:2015 estabelece os limites superiores máximos a serem utilizados na Tabela 2 - Tamanhos máximos das malhas para o método da Gaiola de Faraday. Figura 4: Imagem Google.com Página 4 de 10 Nesta norma não existe uma relação limitada entre largura e comprimento da malha. Os valores adotados pelo comprimento ou pela largura são independentes e delimitados apenas pelo limite superior máximo. A norma NBR 5419:2005 estabelece os limites superiores máximos a serem utilizados na Tabela 1 - Largura do módulo da malha para o método da Gaiola de Faraday. Figura 6: Imagem AltoQi. Quadrículas com formatos irregulares serão analisadas considerando uma projeção retangular, formada a partir dos vértices extremos desta. Caso essa projeção esteja dentro dos limites estabelecidos à quadrícula é considerada válida. Figura 5: Imagem AltoQi. Figura 7: Imagem AltoQi. Página 5 de 10 Dispositivo DR (Interruptor diferencial residual). O dispositivo DR (Diferencial Residual) protege as pessoas e os animais contra os efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto (causado por fuga de corrente). Ao detectar uma fuga de corrente na instalação, o Dispositivo DR desliga o circuito imediatamente. Contato direto - A pessoa toca um condutor eletricamente carregado que está funcionando normalmente. Contato indireto - A pessoa toca algo que normalmente não conduz eletricidade, mas que se transformou em um condutor acidentalmente (por exemplo, devido a uma falha no isolamento). O dispositivo DR é um interruptor automático que desliga correntes elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos de ampère), que um disjuntor comum não consegue detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem o corpo humano. Dessa forma, um completo e eficaz sistema de aterramento deve conter o fio terra e o dispositivo DR. Quando o uso do DR é obrigatório? De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR 5410, o dispositivo DR é obrigatório desde 1997 nos seguintes casos: 1. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou banheira. 2. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação. 3. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos na área externa. 4. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas normalmente molhadas ou sujeitas a lavagens. Observações: A exigência de proteção adicional por dispositivo DR de alta sensibilidade se aplica às tomadas de corrente nominal de até 32A; Quanto ao item 4, admite-se a exclusãodos pontos que alimentem aparelhos de iluminação posicionados a pelo menos 2,50m do chão; O dispositivo DR pode ser utilizado por ponto, por circuito ou por grupo de circuitos. A NBR 5410/97, norma da ABNT sobre instalações elétricas de baixa tensão, prescreve a separação dos circuitos de iluminação e tomadas em todos os tipos de edificações e aplicações, independentemente do local (quarto, sala, etc.). Página 6 de 10 A corrente nominal (In) do dispositivo DR deve ser maior ou igual à corrente do disjuntor. Compatibilidade entre dispositivo DR e disjuntor Esquema de Instalação do DR Figura 9: Imagem Fazfacil Figura 8: Imagem Fazfacil Página 7 de 10 Dispositivos de Proteção Contra Surtos (DSP) Os Dispositivos de Proteção contra Surtos são equipamentos desenvolvidos para detectar a presença de sobretensões transitórias na rede e drená-las para o sistema de aterramento antes que atinjam os equipamentos eletroeletrônicos. Os Dispositivos de Proteção contra Surtos podem ser utilizados em diversas aplicações: em redes de distribuição de energia elétrica, para proteção de transformadores e luminárias urbanas; linhas de telecomunicações; tubulações de companhias de óleo e gás; painéis de energia solar fotovoltaica; quadros de distribuição de edificações comerciais/residenciais e até mesmo conectados às tomadas, acoplados aos equipamentos que desejamos proteger. Existem três classes de DPS: Classe I – Dispositivos com capacidade de corrente suficiente para drenar correntes parciais de um raio. É a proteção primária, utilizada em ambientes expostos a descargas atmosféricas diretas, como áreas urbanas periféricas ou áreas rurais. Instalados nos quadros primários (QGBT) de distribuição. Classe II – Dispositivos com capacidade para drenar correntes induzidas que penetram nas edificações, ou seja, os efeitos indiretos de uma descarga atmosférica. Utilizados em áreas urbanas e instalados nos quadros secundários de distribuição. Classe III – Dispositivos destinados à proteção fina de equipamentos, instalados próximos aos equipamentos. São utilizados para proteção de equipamentos ligados à rede elétrica, à linha de dados e linhas telefônicas. Observações: Surto elétrico - É uma onda transitória de tensão, corrente ou potência que tem como característica uma elevada taxa de variação por um período curtíssimo de tempo. Ele se propaga ao longo de sistemas elétricos e pode causar sérios danos aos equipamentos eletroeletrônicos. Figura 10: Imagem Google.com Página 8 de 10 Os principais danos causados pelos surtos elétricos são a degradação de componentes; a diminuição de vida útil de equipamentos eletroeletrônicos e até mesmo a queima instantânea destes aparelhos. Como explicado acima, existem situações difíceis de prever, como a queda de um raio; mas também cenários rotineiros, onde equipamentos de alta tecnologia e grande valor para o dia-a-dia podem ser danificados causando prejuízos imensuráveis. Descargas Atmosféricas - Sempre que um raio cai, seja diretamente ou próximo a uma instalação / rede elétrica, são gerados surtos. Eles podem chegar até os aparelhos conectados às redes elétricas, linhas de dados, como internet e TV a Cabo e linhas telefônicas. A grande maioria dos surtos gerados por raios são ocasionados por descargas indiretas. Ou seja, mesmo que o raio caia a quilômetros de distância, essa incidência gera um campo eletromagnético que se irradia pelo ambiente e transfere uma parcela do raio ao encontrar condutores metálicos. Manobras de Rede - Outra origem bastante comum do surto elétrico se dá quando companhias energéticas fazem chaveamentos ou manobras de redes, causando a interrupção na distribuição de energia em determinados bairros ou ruas. Não apenas os blecautes, conhecidos popularmente como apagões, mas também as tentativas de religamento são grandes fontes de distúrbios eletromagnéticos, incluindo o surto elétrico. Liga/Desliga de Máquinas - O que a grande maioria das pessoas não sabe, é que os surtos elétricos acontecem de maneira cotidiana devido também ao ligar e desligar de grandes motores. Os surtos podem ser gerados tanto por elevadores em prédios comerciais e residenciais; quanto por equipamentos ainda mais comuns, como aparelhos ar-condicionado ou máquinas de lavar. Todas as vezes que são ligados e desligados, estes motores geram sobretensões transitórias que podem causar danos imediatos, à médio e longo prazo aos equipamentos conectados à mesma rede de energia. Página 9 de 10 Referências Bibliográficas Montal para-raios. – O que é SPDA? Disponível em: http://www.montal.com.br/apostilas-guias-normas-artigos-tecnicos/noticias- novidade-dicas-curiosidades/item/18-o-que-%C3%A9-spda.html Acesso em: 09/04/2018. Qi Suporte. – Dimensionamento do projeto de SPDA através do método Franklin - Disponível em: https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-br/articles/115002602253- Dimensionamento-do-projeto-de-SPDA-atrav%C3%A9s-do-m%C3%A9todo-Franklin Acesso em: 09/04/2018. Qi Suporte. – Método Eletrogeométrico- Disponível em: https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-br/articles/115002637794- Dimensionamento-do-projeto-de-SPDA-atrav%C3%A9s-do-m%C3%A9todo- Eletrogeom%C3%A9trico Acesso em: 09/04/2018. Qi Suporte. – Método das malhas (Gaiola de Faraday) Disponível em: https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-br/articles/115002636274- Dimensionamento-do-projeto-de-SPDA-atrav%C3%A9s-do-m%C3%A9todo-das-malhas- Gaiola-de-Faraday- Acesso em: 10/04/2018. Faz fácil. – Dispositivo DR: o que é ? Para que serve? Disponível em: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/dispositivo-dr/2/ Acesso em: 10/04/2018. Clamper. – O que é DPS? Conheça os Dispositivos de Proteção contra Surtos Disponível em: http://www.clamper.com.br/2016/12/16/o-que-e-dps-dispositivos-de-protecao- contra-surtos-eletricos/ Acesso em: 10/04/2018.
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