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* CAPÍTULO 01 NOÇOES PRELIMINARES, OBJETIVOS DO SANEAMENTO. Disciplina: Saneamento Básico Profª. MSc. Giovana Carla Elias Fleury * 1.0 – INTRODUÇÃO CONCEITOS: SAÚDE – É o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doenças ou enfermidades (OMS). SAÚDE PÚBLICA – formas de preservar, melhorar ou recuperar a saúde através de medidas coletivas e com a participação da população. SANEAMENTO – instrumento da saúde pública que consiste em intervenções sobre o meio físico do homem, de forma a eliminar as condições deletérias. * Abastecimento de Água; Coleta, Remoção, Tratamento e disposição final dos resíduos sólidos – lixo; Coleta, Remoção, Tratamento e disposição final dos esgotos; Drenagem de águas pluviais; Higiene dos locais de trabalho, e de lazer, escolas e hospitais; 2.0 – OBJETIVOS DO SANEAMENTO * 2.0 – OBJETIVOS DO SANEAMENTO Higiene e Saneamentos dos alimentos; Controle de artrópodes e roedores; Controle de poluição do solo, do ar e da água, poluição sonora e visual; Saneamento em épocas de emergências (quando ocorrem calamidades). * 3.0 – IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO 3.1 – Importância Sanitária A água é o principal vetor de transmissão das doenças infecciosas intestinais caracterizadas por diárreia. Ocorre a erradicação de doenças de veiculação ou origem hídrica; Ocorre a diminuição dos índices de mortalidade geral e em especial da mortalidade infantil. As melhores condições de higiene pessoal e do ambiente. * 3.0 – IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO 3.2 - Importância Econômica Aumento de vida média útil da população; Redução no número de horas perdidas com doenças → aumento no número de horas trabalhadas. A água constitui matéria prima de muitas indústrias ou auxiliar de processo. * 3.0 – IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO Em 2013, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 340 mil internações por infecções gastrintestinais no país; Se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgoto haveria uma redução, em termos absolutos, de 74,6 mil internações. A probabilidade de uma pessoa com acesso a rede de esgoto faltar as suas atividades normais por diarreia é 19,2% menor que uma pessoa que não tem acesso à rede * 3.0 – IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico (BNDES, 1998); a falta de saneamento básico é a principal responsável pela morte por diarréia de menores de 5 anos no Brasil (Jornal Folha de São Paulo - FSP, 17/dez/99); os índices de mortalidade infantil em geral caem 21% quando são feitos investimentos em saneamento básico (FSP, 17/dez/99); * 4.0 – A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 4.1 – Doenças de Transmissão Hídrica A água é um importante veículo de transmissão de doenças notadamente do aparelho intestinal. Os microrganismos patogênicos responsáveis por essas doenças atingem a água com os esgotos de pessoas infectadas. * 4.0 – A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS Relativamente aos microorganismos patogênicos, as doenças de transmissão hídrica podem ser ocasionadas por: Bactérias: febre tifóide e paratifóide, disenteria bacilar, cólera. Protozoários: amebíase ou disenteria amebiana; Vermes (helmintoses) e larvas (esquitossomose); Vírus: hepatite infecciosa e poliomielite. * 4.0 – A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 4.2 – Contaminantes da água Tipos de contaminantes da água de abastecimento que podem ser encontrados: - Contaminantes naturais de uma água que esteve em contato com formações minerais. Ex.: arsênio e de boro; Contaminantes naturais de uma água na qual se desenvolveram determinadas colônias de microrganismos venenosos. Ex.: algas azul-esverdeadas; * 4.0 – A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 4.2 – Contaminantes da água Contaminantes introduzidos nos cursos de água por certos despejos industriais; Água contaminada por instalações e obras hidráulicas defeituosas, pelo uso de tubos metálicos inadequados, por práticas inadequadas no tratamento de água. * 4.0 – A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 4.3 – Águas e Doenças 4.3.1 – Doenças adquiridas por via oral: Primeiro Grupo: Só contraídas ao se beber a água (cólera, febre tifóide, e paratifóide, hepatite infecciosa, gastroenterites infantis ou diarréias). * 4.0 – A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 4.3 – Águas e Doenças 4.3.1 – Doenças adquiridas por via oral (continuação): Segundo Grupo: Têm outras formas de difusão além da água (disenteria bacilar, amebíase, poliomielite). Terceiro Grupo: A importância da água como veículo é pequena (helmintoses, tuberculoses). * 4.0 – A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 4.3 – Águas e Doenças 4.3.2 – Doenças adquiridas por contato, através da pele e das mucosas: Esquistossomose, leptospirose e doenças relacionadas aos banhos em piscinas, praias tais como: conjuntivites, otites, sinusites, micoses e outras. * 4.0 – A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS 4.4 – Doenças causadas por agentes químicos Água por entrar em contato com agentes químicos venenosos presentes no ar e no solo. Atividade industriais podem introduzir substâncias das mais diversas naturezas. * 5.0 – MEDIDAS GERAIS DE PROTEÇÃO PARA EVITAR DISSEMINAÇÃO DE DOENÇAS PELA ÁGUA Proteção dos mananciais e controle de poluição das águas; Tratamento adequado da água a ser fornecida a população; Sistema de distribuição bem projetado, construído, operado e mantido; Controle permanente da qualidade bacteriológica e química da água na rede de distribuição, ou preferivelmente na torneira do consumidor. * 5.0 – MEDIDAS GERAIS DE PROTEÇÃO PARA EVITAR DISSEMINAÇÃO DE DOENÇAS PELA ÁGUA Lavar periodicamente os reservatórios domiciliares. Solução sanitária para a coleta e disposição dos esgotos com a finalidade de impedir a contaminação das águas de uso doméstico de forma geral e as usadas no lazer e recreação. * ÍNDICES DE ATENDIMENTO – ÁGUA E ESGOTO * BRASIL URBANO 160,9 mi BRASIL RURAL 29,8 mi BRASIL TOTAL 190,7 mi 33 MILHÕES de brasileiros sem acesso à rede de água. Desses, 11,3 MILHÕES estão em áreas urbanas. 149,6 mi atendidos 8,1 mi atendidos 157,1 mi atendidos Fonte: SNIS 2012 / IBGE 2010 INDICES NACIONAIS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA * 119,2 MILHÕES não têm esgoto tratado. Dentre eles, 76,1 MILHÕES não possuem sequer coleta adequada. INDICES NACIONAIS DE ATENDIMENTO DE ESGOTO . REDE DE ESGOTO ATENDIMENTO INADEQUADO 91,7 mi FOSSA SÉPTICA 22,9 mi 76,1 mi ESGOTO TRATADO 71,5 mi SEM REDE DE ESGOTO 98,9 mi ESGOTO NÃO TRATADO 20,2 mi Fonte: SNIS 2012 / IBGE 2010 * Para a UNIVERSALIZAÇÃO dos serviços de água e esgoto no Brasil até 2030, segundo o PLANSAB: FEDERAL (OGU E FIN) 150,2 bi 210,0 bi OUTRAS FONTES ÁGUA ESGOTO Fonte: MCidades, PLANSAB – Ref 12/2012. * INVESTIMENTO NECESSÁRIO O País não alcançou a universalização por falta de vontade política e má gestão. Investimento em Saneamento é uma ação de prevenção. Investir em Saneamento: economizar em saúde, preservar o meio ambiente, melhorar a educação das crianças, preservar as próximas gerações. * Presente em 91,5% dos Municípios do Estado (225 munícipios) - 93% da população total * Em 10 anos, crescimento de 12,6% com aumento real de 437.238 economias 4.959 mil atendidos ÍNDICE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Gráf1 0.825 0.824 0.812 0.808 0.85 0.822 0.875 0.898 0.915 0.937 0.942 Atendimento - Água Tratada Evolução do Atendimento - Água Tratada Plan1 Atendimento - Água Tratada 2003 82.50% 0 0 2004 82.40% 0 0 2005 81.20% 0 0 2006 80.80% 0 0 2007 85% 2008 82.20% 2009 87.50% 2010 89.80% 2011 91.50% 2012 93.70% May-13 94.20% * Em 10 anos, crescimentode 11,2% com aumento real de 358.949 economias. ÍNDICE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ESGOTO TRATADO ESGOTO NÃO TRATADO Gráf1 0.345 0.327 0.323 0.329 0.36 0.35 0.391 0.393 0.413 0.44 0.451 Atendimento - Esgotamento Sanitário Evolução do Atendimento – Esgotamento Sanitário Plan1 Atendimento - Esgotamento Sanitário 2003 34.50% 0 0 2004 32.70% 0 0 2005 32.30% 0 0 2006 32.90% 0 0 2007 36% 2008 35.00% 2009 39.10% 2010 39.30% 2011 41.30% 2012 44.00% May-13 45.10% * Em 5 anos, após investimentos ordenados, o índice de água não contabilizada reduziu em 5,09% , o que representa 1.636.388m³/mês disponíveis. ÍNDICE DE ÁGUA NÃO CONTABILIZADA Indice atual de perdas é 29,44 % , envolvendo perdas físicas e não físicas (comerciais). Gráf1 0.3483 0.3426 0.3215 0.3163 0.2953 0.2944 Atendimento - Esgotamento Sanitário Evolução do Índice de Água Não Contabilizada Plan1 Atendimento - Esgotamento Sanitário 2008 34.83% 2009 34.26% 2010 32.15% 2011 31.63% 2012 29.53% Jun-13 29.44% * * * * * * * * * * * * * * * * * * * No Brasil, atualmente 93% da população urbana é abastecida com água tratada, 27% da população rural tem acesso adequado ao serviço, o que resulta numa cobertura de 82,4% da população total brasileira. 33 milhões de brasileiros não tem acesso ao sistema público de abastecimento de água, sendo que, desses, 11,3 milhões estão em áreas urbanas. * No que diz respeito a esgotamento sanitário, o déficit é bem maior: 48,1% da população tem rede de esgoto e 51,9% não tem. Quando se trata de esgoto coletado e tratado, a situação ainda é pior, apenas 37,5% - 71,5 milhões de habitantes tem esgoto coletado e tratado e 76,1 milhões – 39,9% sequer tem coleta adequada de esgoto. * Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB, para universalizar os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, até 2030, será necessário 360,2 bilhões de Reais, o que representa, em 20 anos, 18 bilhões ao ano. Dos valores que deverão ser investidos, 40% deverão ser destinados à água, cerca de 150,2 bi e 60% para esgotamento sanitário, cerca de 210,0 bi. Esses valores contemplam medidas estruturais e estruturantes. Desse montante de investimentos, o PLANSAB também prevê que 59% serão de origem federal (OGU ou financiamento) e o restante de outras fontes. * * Este mapa representa a atuação da empresa, demonstrando os municípios cujos sistemas são operados pela SANEAGO. Está presente em 91,05% dos municípios do Estado, o que representa 93% da população total do Estado de Goiás. * O índice de cobertura dos serviços de abastecimento de água nos municípios operados pela SANEAGO é de 94,4% atendendo 4.959 mil habitantes. Esse índice está em constante crescimento e, em 10 anos, elevou-se em 12,6% com aumento real de 437.238 economias. Crescimento no mesmo período – (2003-2013) : População Urbana: 25,86% População Atendida com Água: 20,89% Índice de Cobertura de Água: 12,6% * Quanto aos serviços de esgotamento sanitário, atualmente estamos com 45,7% de cobertura, sendo 40,8% coletado e tratado. O percentual ainda não tratado corresponde ao restante do sistema do município de Goiânia cujas obras estão em andamento e deverão ser concluídas em 2014. Atualmente são 67 comunidades atendidas onde, em 10 anos, tivemos um crescimento real de 11,2%, com aumento real de 358.949 economias. Crescimento no mesmo período – (2003-2013) : População Urbana: 25,86% População Atendida com Esgotamento Sanitário: 39,15% Índice de Cobertura de Água: 11,2% * O índice atual de perdas ou água não contabilizada é de 29,44%, envolvendo perdas físicas e não físicas ou comerciais. Em 5 anos, após investimentos ordenados, esse índice reduziu em 5,09%, o que proporcionou uma disponibilidade de cerca de 1,636 milhões de m³/mês, volume suficiente para atender mensalmente 41.000 famílias com 4 pessoas. Vale ressaltar o excelente trabalho realizado em Goiânia, onde o índice de água não contabilizada é de 23,5% e, segundo o SNIS/2012, é a capital com menor índice do País.
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