Buscar

DTt S. Elisão, Evasão e Elusão Fiscal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

ELISÃO, EVASÃO E ELUSÃO FISCAL
ELISÃO
A elisão fiscal pode ser definida como a conduta lícita, omissiva ou comissiva, do contribuinte, que visa impedir o nascimento da obrigação tributária, reduzir seu montante ou adiar seu cumprimento. A elisão fiscal é alcançada pela não realização do fato imponível (pressuposto de fato) do tributo ou pela prática de negócio jurídico tributariamente menos oneroso, como, por exemplo, a importação de um produto, via Zona Franca de Manaus. Tais manobras, embora beneficiem o contribuinte, não são condenadas por nosso direito positivo.
Segundo SABBAG (2013, p. 2020) esta tem o objetivo de impedir a ocorrência de um determinado fato gerador sendo por exclusão do contribuinte ou somente pela redução do montante tributário a ser pago, referindo-se as condutas lícitas do planejamento do imposto ou economia deste.
ALEXANDRE (2010, p. 287), fala de hipóteses em que poderá ocorrer elisão, após a ocorrência do fato gerador, tais como: O momento da declaração do imposto de renda de pessoa física, onde este na hora de declarar o seu imposto, poderá escolher entre o modelo mais simples e o mais completo, onde no primeiro terá a sua redução de 20%, até um determinado limite.
No mesmo sentido TORRES (2012, p. 8), fala que a elisão pode ser tanto lícita quanto ilícita, onde a primeira consiste em planejamento fiscal existente, enquanto que a ilícita consiste em planejamento fiscal abusivo.
Ou seja, a elisão, de acordo com a doutrina, ocorre antes da ocorrência do fato gerador, e pode ser tanto lícita, onde obedece o que está descrito na lei tributária e a ilícita que se trata de abuso de forma, onde outros doutrinadores a definem mais para frente como elusão.
ESPÉCIES DE ELISÃO
Roberto Sampaio Dória divide entre dois grandes grupos chamados de evasão omissiva e evasão comissiva, onde a primeira é quando o contribuinte deixa de realizar uma ação enquanto que o segundo tipo é quando o contribuinte pratica determinados atos de forma efetiva.
A evasão omissiva se divide em imprópria e por exação:
a) imprópria: onde o sujeito não chega a praticar determinada situação geradora do tributo, não incorrendo em ilegalidade, ou seja, é quando o sujeito se abstêm de fazer determinado ato no país de origem, por este ter determinada carga tributária, onde se fará em outro local que tenha menor carga tributária. Exemplo: compra de eletrônico no exterior.
b) inação: depois de ocorrido o fato gerador, causa danos ao erário, onde pode se dar tanto pela ignorância do agente, quanto de propósito, onde neste caso ocorre o crime de sonegação.
Já a evasão comissiva se divide em evasão ilícita e legítima:
a) evasão ilícita: através de meios ilícitos, o sujeito conscientemente e voluntariamente procura eliminar, protelar ou reduzir o pagamento de um determinado tributo, onde se constituem por fraude, simulação e conluio fiscal.
b) evasão legítima: que é denominada elisão, onde já falado que através de meios permitidos pela lei, o contribuinte visa a redução de tributos.
Para Sacha Calmon, existem três formas de elisão:
a) induzida pela lei (investimento na SUDAN e na Sudene ou Repetro, v.g);
b) garantida pela lei (opção pelo leasing ao invés da compra-e-venda);
c) não proibida pela lei, quando negócios jurídicos alternativos alcançam o mesmo resultado, e somente um deles é tipificado como fato gerador de dado imposto, inexistindo proibição à liberdade contratual dos particulares.
EVASÃO
Segundo SABBAG (2013, p. 2022), a evasão é a prática durante ou posterior a incidência tributária que se dá através de atos ilícitos como fraude, sonegação e simulação, tendo o objetivo de se furtar do pagamento de tributos.
Em outras palavras, ALEXANDRE (2010, p. 288) fala que se trata de uma conduta ilícita, que ocorre após o lançamento do fato gerador, onde o contribuinte pratica atos que visam evitar o conhecimento do nascimento da obrigação tributária pela autoridade fiscal, ou seja, o fato gerador ocorre, mas o sujeito passivo da obrigação oculta o ocorrido para o fisco, onde tem o objetivo de fugir da obrigação tributária. 
Com isso, a opinião da doutrina majoritária é que, a evasão se trata de uma conduta ilícita, onde o contribuinte busca através de artifícios ocultar a determinada existência de um tributo, como ocorre muito na sonegação do imposto, ocorrendo após o fato gerador da obrigação tributária.
Define-se o sujeito ativo de crime tributário da seguinte forma: Pratica o crime tributário quem suprime ou reduz tributo por meio de supressão de informações ou por meio de informação falsa, ou através de inserção de dado inexato em livros ou documentos fiscais, ou mesmo pela falsificação ou alteração de nota fiscal ou se negar a emitir ela, ou através de outras condutas consideradas fraudulentas.
Em síntese, conclui-se, portanto, que a doutrina majoritária diferencia elisão de evasão tomando-se como principais critérios: o momento da realização da prática, e sua licitude.
ELUSÃO
A elusão fiscal é quando o contribuinte simula determinado negócio jurídico, com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador, assim sendo, é considerado pela doutrina como o abuso das formas, pois conforme dito acima, o sujeito adota uma conduta atípica, mas artificiosa.
EXEMPLOS
a) elisão fiscal (lícita): planejamento tributário, no que concerne ao aproveitamento créditos de PIS/COFINS;
b) evasão fiscal (ilícita): escrituração de notas fiscais por valor inferior ao da operação de circulação de mercadorias ou de prestação de serviços;
c) elusão fiscal (ilícita): alguém realiza, de fato, uma doação (ITCMD estadual); mas o contribuinte confere ao negócio forma jurídica de uma compra-e-venda (ITBI municipal) por saber que alíquota deste (municipal) é menor do que a daquele (estadual).

Mais conteúdos dessa disciplina