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Relatório TAT

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1. Introdução
O presente trabalho, tem como objetivo explicar sobre, quais os desafios para o aconselhamento em orientação profissional e pessoal. A orientação constitui uma atividade de construção de si, particularmente de seu percurso profissional em relação as normas institucionais e sociais que definem as formas pertinentes para reportar-se a si e suas experiências. 
Este trabalho, foi muito importante para o desenvolvimento do nosso conhecimento.
2. Quais são os desafios que o aconselhamento deve enfrentar neste início do século XXI
Quais são os desafios que o aconselhamento deve enfrentar neste início do século XXI?
Responder a esta questão supõe definir, em primeiro lugar, o que significa orientar-se atualmente nas sociedades ocidentais globalizadas A globalização econômica, social e cultural transformou profundamente ao longo das três últimas décadas os problemas de orientação com os quais as pessoas, se deparam, nas sociedades ocidentais ricas, os indivíduos são agora considerados inteiramente responsáveis pelo governo de seus percursos profissionais e, de forma mais ampla, os de vida também. Todavia, nestas sociedades cujas instituições e as estruturas ideológicas parecem mais frágeis e menos estáveis que nas sociedades anteriores, essa tarefa supõe que os indivíduos reflitam sobre questões mais gerais do que as relacionadas a seus trajetos educativo e profissional, pontos que serão desenvolvidos na primeira parte deste artigo.
O segundo momento ressaltará que, nessas mesmas sociedades, os indivíduos devem utilizar um conjunto de capacidades ou de competências para enfrentarem a responsabilidade atribuída de conduzirem sua vida e sua carreira profissional. Quais são elas? Quais sãos os processos de sua construção? Nesse aspecto, um fator parece desempenhar papel importante: as experiências que os indivíduos vivem nos diferentes contextos onde estão interagindo e dialogando, contudo, estão estreitamente ligadas à sua posição social e a seu gênero. Para os jovens, elas também estão ligadas à forma de organização da escola.
Todos esses fenômenos combinam-se para produzir grandes diferenças interindividuais no que diz respeito às capacidades de orientar-se. Nessas mesmas sociedades, no entanto, considera-se que cada pessoa pode e deve ser auxiliada em sua orientação por profissionais qualificados. Estes, por conseguinte, são levados a se perguntar sobre como possibilitar que as pessoas construam essas competências ou capacidades de que precisarão para se orientar.
Na terceira parte deste artigo, três formas de intervenção de atendimento em orientação serão distinguidas: informação, orientação e aconselhamento. Esta última parece particularmente indicada para ajudar as pessoas a enfrentarem a exigência contemporânea de conduzir e construir sua vida. Entretanto, este tenir conseil supõe que os orientadores possam recorrer aos conhecimentos relacionados aos fatores e aos processos da construção de si : o modelo Se faire soi - cujos conceitos fundamentais serão brevemente apresentados - constitui uma síntese dos trabalhos sobre esse assunto com o objetivo de oferecer uma base conceitual que permita desenvolver práticas rigorosas de acompanhamento em orientação profissional.
Como conclusão, nota-se que a grande questão que propõe esta concepção de Orientação Profissional nas sociedades ocidentais contemporâneas é a de saber se ela permite à humanidade enfrentar os grandes desafios com os quais está confrontada hoje. Não seria pertinente que a preocupação com os outros e com o bem comum encontrasse também um lugar privilegiado na reflexão que as pessoas fazem sobre seu futuro?
2.1 Como é orientar-se nas atuais sociedades ocidentais 
A orientação depende de fatores produzidos pela, ou seja a sociedade industrializada são sociedades de indivíduos. (Elias, 1991) afirma que as sociedades onde se considera que cada um é individualmente responsável por aquilo que faz de si mesmo.
 No sentido compreendido Hofstede (1991, p.51), o coletivo que questiona sobre qual ou quais de seus membros devem contribuir para o bem comum.
Para (Bauman, 2000, 2007) a sociedade fornece cada vez menos como referenciais para seus membros, instituições ou modelos estáveis e fortes entre outros. Ex: vida de boa qualidade, estilos de vida saudáveis e etc.
A função de holding tende a desaparecer gradualmente nas sociedades ocidentais industrializadas, compreendido por Donald Winnicott (1986), é a sustentação nas principias instituições sociais religiosas, ideológicas, partidos, associações, sindicatos. 
Como assinalaram os autores David Parker (2007) e Charles Taylor (1989), para a sua própria orientação, o individuo terá por si só a definição para sentido de sua vida, esses valores fundamentais, palavras-chaves, que lhe assegurarão este holding que lhe possibilitará a orientação necessária, ou por algum tempo. Mas esse trabalhado de auto definição parece nunca terminar, por ser fundamental em dado momento retomar essa perspectiva de evoluir ou buscar uma nova definição. 
Para (Ehrenberg, 1995) o futuro parece incerto e pouco previsível para (Castel, 2009). Beck, (2009) ressalta que a maioria das sociedades atuais é sociedade de risco. 
As estratégias de projeto de futuro a médio e longo prazo parece ser mais adequado como nas décadas após a Segunda Guerra Mundial. Quando se traça um projeto, parte-se do início ao ideal a ser alcançado, definindo meios e caminhos para alcança-los pode-se redefinir o projeto. É necessário um ponto de partida para a estratégia, as possibilidades aparecem para serem aproveitadas, seguido pelos recursos. Os indivíduos identificam as possibilidades, reconhecem os meios para a realização de seu projeto.
Quando se percebe um futuro incerto, a arte de se orientar exige do individuo a capacidade de se agarrar as oportunidades que o coloque em destaque. Kathleen Mitchell, Al Levin & Jhon Krumboltz (1999) citado por Savickas (1997) elaboraram um conceito “planned happenstance” que traduzido é “casualidade planejada”, descreve a atitude de estratégia: transformar os eventos inesperados em oportunidades para sua orientação supõe uma grande reatividade, flexibilidade e domínio da arte da adaptação. O importante é que o individuo saiba o que é imprescindível para ele e só vai perceber o que for realmente claro dentro deste contexto e definir um objetivo depois de um estudo minucioso, perceber qual a melhor oportunidade a ser escolhida, o que for mais interessante e viável para si.
Pela terminologia de Law, (1981) o individuo pode adotar uma estratégia ao se conhecer, ter uma reflexão de si mesmo, suas ações e expectativas, sobre o mundo entre outras. Essa reflexão nunca termina, é um processo que fará toda a diferença em suas experiências, passadas, presentes e futuras, integrando as experiências futuras para agregar.
2.2 A centralidade da atividade de trabalho
Considerando algumas mudanças nas organizações dos anos cinquenta aos setenta, devido à globalização econômica e do trabalho, percebe-se que também houve mudanças no plano de carreira proposto pelas empresas. O que antes garantia ao empregado estabilidade no emprego e promoção no decorre de sua trajetória profissional, dependia do cumprimento de regras estabelecidas pela empresa e o empregador oferecia tais benefícios, hoje a realização profissional está ligada ao desenvolvimento da empresa, ou seja, quanto mais o funcionário desempenha suas habilidades, maior a possibilidade de crescimento profissional na empresa. 
As sociedades ocidentais atuais têm como característica uma dimensão psicológica e emocional, dar a oportunidade do crescimento não só vocacional, mas levando em consideração que a auto realização é fundamental para impulsionar o empregado para novos conhecimentos, experiências na busca por excelência trazendo benefícios para ambas às partes, empregado e empregador.
2.3 Trabalho flexível e carreiras proteanas
 Tal fator não ocorre nos dias de hoje, dando o aumento da concorrênciaentre empresas e flexibilidade cada vez maior dos campos de trabalho, nesta perspectiva, essa diversificação e flexibilidade das funções a serem esempenhadas refletem diretamente nesses planos de carreira. 
Através das mudanças nas organizações, um modelo de promoção de carreira colocado em questão é a carreira sem fronteiras, indivíduos são chamados de colaboradores e suas funções são determinadas de acordo com a necessidade daquele momento, assim que a necessidade é suprida e outra necessidade surge se faz necessário por parte do individuo apresentar as qualificações necessárias para aquele momento, esquecendo tudo que lhe foi solicitado anteriormente. A cada nova tarefa proposta ao colaborador, ele deve demonstrar suas competências, mas a empresa não se compromete em assegurar sua estabilidade no emprego, e isso permite que o colaborador fique livre de obrigações de fidelidade, assim o crescimento de sua carreira depende somente de seu próprio esforço. 
Neste contexto cabe ao orientador profissional, fornecer ao individuo o desenvolvimento de diferentes habilidades e ferramentas: a escolha da atividade a ser exercida em um mundo globalizado, a descoberta de suas aptidões e o desenvolvimento de todas as suas potencialidades, capacidade de observar tudo o que ocorre e seu redor, para que o individuo possa aproveitar todas as oportunidades apresentadas.
2.4 Emprego flexível e caos pessoal e profissional
Em outra situação podemos perceber que as empresas que passam por frequente concorrência e renovação de produtos têm optado pelos trabalhadores periféricos, pessoas mais vulneráveis que não tiveram nenhuma qualificação profissional e que são treinados para simples tarefas e dispensados quando as lucratividades das empresas decaem. É possível conseguir esse publico trabalhador devido crenças mal elaboradas que o individuo tem sobre si mesmo, que ocorre através das influencias culturais e sociais na qual ele está inserido. E dificilmente esse tipo de trabalhador consegue se fixar no emprego o que os leva sempre em busca do emprego precário. 
Neste mundo globalizado a concorrência por empregos melhores é muito alta, então para aqueles que têm a possibilidade de estar sempre renovando, se atualizando sobre o mercado de trabalho, estará preparado para as melhores oportunidades. Já os profissionais com pouca qualificação acabam ficando sempre a margem com os subempregos e não conseguem sair desse ciclo vicioso, por que uma situação vulnerável alimenta a outra para a mesma perspectiva. 
É fundamental que o psicólogo que trabalha com orientação vocacional compreenda a forma de como cada individuo aprendeu a viver, os reflexos de um contexto ao outro, limitando o trabalhador cada vez mais e que isso também interfere na vida pessoal, relacionamentos com esposa e filhos.
A partir deste ponto, facilita e possibilita que o processo de orientação vocacional chegue a resultados eficazes. Cada sessão deve ter um olhar holístico pelo orientador. A função do orientador vocacional (psicólogo) é avaliar o individuo e expor a ele de maneira clara situação que o leve descobrir suas potencialidades permitindo que ele explore seus conhecimentos empíricos e técnicos, use-os em prol de si mesmo e potencialize suas habilidades tirando-o da zona de conforto que impossibilita seu crescimento profissional.
2.5 Competências e habilidades de orientação: fatores e processos de suas construções.
 Capitais de carreira e de identidades
Há duas grandes categorias que se sobrepõe parcialmente para lidar com a exigência social de se orientar, que são as competências de carreira ou de capital para adultos e a de capital de identidade para os adolescentes e adultos emergentes. Acrescenta se algumas competências mais específicas nos problemas concretos da orientação.
Formalizaram a noção de competência de carreira, Robert DeFillippi, Michael Arthur e Denise Rousseau, diferenciando em 3 categorias:
“Saber como” (knowing how) – é o saber, de conhecimentos de como fazer, de como praticar, das atitudes... que permite á pessoa realizar atividades que conheça.
“Conhecer quem” (knowing whom) – Redes de relações sociais que o indivíduos pode contar.
“Saber por que” (knowing why) – sentido que a pessoa atribui a seus vários investimentos em suas diferentes situações de vida, relacionados ás suas grandes expectativas de sua existência.
James Côté (1996, 1997) propôs o conceito de “identity capital” para descrever os fatores que permitem as pessoas (adolescentes e adultos emergentes) se orientar em nossa sociedade, para ele esse termo significa o que os indivíduos “investem” em “quem eles são”, estes investimentos colhem lucros futuros nos “identity markets” (mercado de identidade). É preciso conhecer bem a sociedade e os meios a se investir, pois os mercados de maior sucesso provavelmente se têm portfólios sociológicos e psicológicos.
Estas características mais sociológicas abrangem poder educacionais, participação como membro de associações/clubes e de irmandades e conduta pessoal. Os fatores mais psicológicos aproveita os compromissos, força do ego, auto eficácio, flexibilidade cognitiva e complexidade, auto monitoramento, habilidades de raciocínio crítico, habilidades morais racionais e outros atributos de caráter que podem oferecer aos indivíduos algumas vitalidades e capacidades com as quais entender e negociar os vários obstáculos e oportunidades sociais, ocupacionais e pessoais que vierem a encontrar na modernidade tardia
Para agir em cada uma das situações efetivas de orientação que encontra, o indivíduo põe em prática certas competências específicas que se referem a grandes categorias definidas tanto por DeFillippi, Arthur e Rousseau quanto por Côté.
2.6 O desenvolvimento de competências para orientação
O papel das interações e das interlocuções no contexto da construção de competências para a orientação
As atividades, interações e interlocuções efetuadas em diferentes contextos têm um papel determinante na construção de orientação.
As diferentes competências para necessárias para orientar-se, são o produto das experiências passadas e presentes do indivíduo. Depende também da valorização desse tipo de saber fazer, reconhecer talentos.
As atividades em diferentes contextos da vida do indivíduo tem papel importante na formação dessas competências. Em cada um desses contextos:
1. Certas representações sociais dominam (por exemplo, os papéis sociais dos homens e das mulheres ou o que significa "ter êxito na vida").
2. Alguns valores são vigentes.
3. Alguns modelos (de pessoas realmente conhecidas ou de celebridades vistas na mídia) são valorizados.
4. Certos tipos de atividades são obrigatórios, encorajados, desencorajados, proibidos a depender da posição, idade, gênero, entre outros.
5. Algumas interlocuções são praticadas (fala-se ou não de determinada questão, fala-se assim mesmo).
6. Acontecem alguns retrospectos (ser reconhecido ou não por tal atividade, encorajar ou dissuadir o engajamento em uma outra, entre outros).
7. Certas posições são estritamente definidas para diferentes atores entre outros.
Alguns contextos constituem áreas de experiências que permitem aos indivíduos construírem competências para se orientar com maior proveito ou maior valor social de que outros.
Todos esses fatores combinados contribuem para orientar-se, cada pessoa pode contar com um capital de competência diferenciado.
2.7 A formação das competências necessárias para orientar-se na adolescência e na idade adulta emergente.
Segundo Robert e Jeffrey, durante á adolescência até a idade adulta emergente há uma busca por experiências que permita o indivíduo desenvolver um conhecimento, que nada mais é do que o fazer, o saber às coisas que por sua vez são necessárias para sua essência. 
De acordo com Van de Velde, não há necessariamente um modelo de socialização a ser seguido, é variável de acordo com a cultura de cada região. O mesmo estudou as representações de indivíduos de quatro países da Europa, aonde foi possívelencontrar um modelo em comum de socialização, porém, com vínculos diferentes perante a sua família. 
É possível verificar que de um país europeu ao outro há diferenças escolares nas experiências dos jovens que automaticamente refletem em outras esferas da vida deles. Nos quatro países a escola tem um papel essencial na socialização e na educação desses jovens, contribuindo grandemente na formação de competências para que o mesmo consiga se orientar. Sua contribuição acontece durante as atividades de educação e carreira, que muitas vezes funcionam como formato de oficina como, por exemplo, o método de Ativação do Desenvolvimento Pessoal e Profissional ou do Découverte des Activités Professionnelles et Projets Personneles. Nos dias de hoje a contribuição implícita da escola para construirmos uma competência socialmente básica é muito mais importante do que uma contribuição explicita que era utilizada antes. Pois ela é determinada de acordo com a estrutura do ambiente escolar e com os processos de seleção e distribuição dos alunos, causando assim, um questionamento dos alunos, pois cada região e até mesmo escolas da mesma região acabará realizando uma orientação de forma diferente. 
Sendo assim, podemos afirmar que há diferentes fatores que causam uma diferença massiva entre os jovens de um país para o outro e até mesmo os que são do mesmo para que possam ter um domínio sobre uma orientação do que ser e do que seguir.
2.8 Ajudar as pessoas a construírem suas competências para se orientarem e acompanha-las em sua orientação.
Nas sociedades líquidas, cada indivíduo é considera responsável pela orientação da sua vida, e por outro, é percebido como possuidor de certo capital de competências que lhe permite se orientar.
Três grandes categorias de ajuda podem ser definidas em função do grau de reflexão pessoal que elas exigem, e podem ser ordenadas em: informação, orientação e aconselhamento.
2.9 As intervenções de informação em Orientação Profissional (e posteriormente escolar)
As intervenções em primeiro nível, tem como objetivo informar sobre o trabalho, o emprego e as formações que ali existem. Tem como objetivo fundamental ajudar as pessoas a construir uma ideia precisa sobre determinadas atividades profissionais, sobre o trabalho e sobre o emprego na atualidade.
Assim, possibilita encontrar respostas a perguntas como: Quais as principais atividades realizadas quando se exerce essa função? Há programas de estudos que preparam para isso? Quais são as condições de trabalho? Qual tipo de formação seguiram aqueles que exercem essas funções? 
Neste primeiro nível, as interações basicamente são de natureza pedagógica. O profissional que assume essa tarefa de conduzir este tipo de orientação, devem dispor de uma excelente formação relacionada aos modos de organização do trabalho.
2.10 As intervenções psicopedagógicas em Orientação Profissional
As intervenções no segundo nível, podem ser descritas como psicopedagógicas ou de orientação. Visam conduzir os participantes a desenvolver formas de relação consigo mesmos e a suas experiências, levando em consideração algumas exigências de algumas atividades ou de funções profissionais que possam lhes convir.
O objetivo principal, é ajudar as pessoas a construírem relações específicas em se tratando de normas sociais vinculadas à forma de pensar o trabalho e suas próprias a atividades.
As principais questões abordadas por essas atividades de orientação, estão relacionadas às competências necessárias no exercício de qualquer função profissional.
Essas intervenções de orientação, tem uma importante dimensão psicológica. Seu desafio é realmente auxiliar os participantes a construírem novas relações consigo mesmos e com suas experiências em certas atividades profissionais. Devem sempre ser conduzidas por profissionais que tenham recebido formação teórica e prática em psicologia de aconselhamento ou de orientação. 
2.11 As intervenções dialógicas do conselho de acompanhamento à construção do si.
As orientações não suficiente para ajudar as pessoas a se orientarem em suas vidas.
A orientação ajuda o individuo a construir uma relação consigo mesmo, com suas experiências e atividades de trabalho e emprego.
Entretanto, não permite que paralelamente o individuo se interrogue sobre suas perspectivas de vida, e valores nos quais possa se alicerçar e tomar decisões.
Hoje vivemos em uma sociedade líquida, que não oferece mais às pessoas estruturas sociais e ideológicas estáveis. Então cada individuo deve orientar-se na vida por si só, seguindo parâmetros que pra ela é importante. Desenvolvendo seu “sentido de si”, buscando atividades reflexivas de personalização.
Para essas atividades reflexivas é que existe o campo da intervenção de aconselhamento, que visa o acompanhamento. Sem foco no percurso profissional ou de formação (como nas orientações), e sim foco na interação desse percurso em uma vida que faça sentido para o individuo.
As intervenções de aconselhamento ajuda a pessoa dar sentido à sua vida, numa perspectiva de diálogo com os outros e consigo mesma.
Obter aconselhamento é um processo que ajuda a pessoa à colocar suas experiências sob diferentes perspectivas futuras e determinar um sentido que nunca é estável.
Exemplos de métodos de aconselhamento são as entrevistas de construção de carreira e as entrevistas construtivista do aconselhamento em orientação para adolescentes e jovens adultos. Esses métodos ajudam as pessoas à enfrentar a sociedade e a exigência social, sem perder a essência de si mesmo.
2.12 Fatores e processos da construção de si
De carácter psicológico, apenas os conselheiros que tenha formação em psicologia de aconselhamento, e que tenham realizado estágios supervisionados podem exercer tais intervenções. Utilizando de metodologia de aconselhamento e tendo conhecimentos dos processos e fatores da construção de si.
O psicólogo de aconselhamento atua nos conhecimentos atuais relacionados à construção de si, olhando o sujeito humano como um ser plural que busca à síntese de si sob a ótica de algumas perspectivas futuras, unindo suas experiências passadas, presentes e suas perspectivas.
Todas essas experiências dá ao sujeito oportunidades de construir uma Forma Identitária Subjetiva (FIS), ou seja, um conjunto de maneiras de ser, fazer e interagir. Portanto, a identidade individual é plural. 
Cada FIS corresponde à uma síntese de si que possibilita ao indivíduo unificar-se dentro de uma perspectiva. O sujeito busca uma estabilização identitária dentro de certa antecipação de tornar-se ou construir-se.
Outra forma de reflexividade fundamenta-se nos processos de interpretação dialógica da pessoa. Organiza-se na forma de diálogo – intra – ou interpessoal – onde o pensamento circula de forma contínua de posições do “eu”, ao “tu” e “ele/ela”. Esse diálogo estabelece perspectivas potenciais de si e suas experiências.
O desafio é ajudar a pessoa a construir perspectivas integradoras para dar um sentido a sua existência.

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